Relatório Planeta Vivo 2010 - WWF
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Capítulo 2: Viver no nosso <strong>Planeta</strong><br />
BIODIVERSIDADE E<br />
RENDIMENTOS NACIONAIS<br />
______________________<br />
O Índice <strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong> por categoria de rendimentos<br />
A análise feita na primeira parte deste relatório para o IPV mostra<br />
que existem diferenças significativas na perda de biodiversidade entre<br />
regiões tropicais e temperadas, bem como entre diferentes regiões bio<br />
-geográficas. Estas diferenças não são apenas de natureza geográfica<br />
ou biofísica, como se verifica se dividirmos os dados de população de<br />
espécies (com excepção de espécies marinhas, cujos dados ainda não<br />
podem ser atribuídos por país) em três categorias de acordo com o<br />
rendimento dos países (ver Caixa: Categorias de rendimentos<br />
nacionais).<br />
O IPV para países de alto-rendimento mostra um aumento de 5%<br />
entre 1970 e 2007 (Figura 34). Em contraste, o IPV para países de<br />
médio-rendimento decresceu 25% e mais de 58% para países de baixo<br />
-rendimento. A tendência em países de baixo-rendimento é<br />
particularmente alarmante não só relativamente biodiversidade, mas<br />
também em relação à população que aí habita. Mesmo que toda a<br />
população mundial esteja directa ou indirectamente dependente dos<br />
serviços dos ecossistemas e recursos naturais e portanto, da<br />
biodiversidade, o impacte da degradação ambiental é sentido mais<br />
fortemente pelas populações mais pobres e vulneráveis, geralmente<br />
mais dependentes dos recursos naturais. Sem acesso a água potável,<br />
solos, comida, combustíveis e materiais, as populações mais<br />
vulneráveis não sairão dos limiares de pobreza e serão incapazes de<br />
prosperar.<br />
Categorias de Rendimentos Nacionais<br />
O Banco Mundial classifica as economias globais em termos do Produto<br />
Nacional Bruto (PNB) per capita para 2007, estimado usando a metodologia<br />
do Atlas do Banco Mundial e o factor de conversão do Atlas (World Bank<br />
2003). O factor de conversão do Atlas foi usado para corrigir as flutuações nos<br />
câmbios monetários nas comparações entre rendimentos nacionais de países<br />
diferentes. As categorias identificadas para 2007 foram:<br />
Baixo-rendimento: ≤US$935 PNB per capita<br />
Médio-rendimento: US$936–11,455 PNB per capita*<br />
Alto-rendimento: ≥US$11,906 PNB per capita<br />
*Inclui as categorias rendimento médio-baixo e médio-alto do Banco Mundial<br />
Mapa 9: Países de alto, médio<br />
- e baixo- rendimento<br />
(classificados de acordo com o<br />
Banco Mundial, 2007: World<br />
Bank, 2003)<br />
Figura 32: Índice<br />
<strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong> por<br />
grupo de<br />
rendimentos. Entre<br />
1970 e 2007, o índice<br />
cresceu cerca de 5%<br />
nos países de altorendimento,<br />
diminuiu<br />
25% nos países de<br />
rendimento-médio e<br />
58% nos países de<br />
baixo-rendimento<br />
Evolução da Pegada Ecológica por categoria de rendimento<br />
Entre 1970 e 2007, a Pegada Ecológica per capita para países de baixorendimento<br />
diminuiu, enquanto que a Pegada dos países de médio-rendimento<br />
aumentou ligeiramente. A Pegada Ecológica dos países de alto-rendimento<br />
aumentou significativamente (Figura 32).<br />
Figura 33: Evolução<br />
da Pegada Ecológica<br />
per capita em países de<br />
alto-, médio-, e baixorendimento,<br />
entre 1961<br />
e 2007. A linha a<br />
tracejado representa a<br />
biocapacidade média<br />
mundial para 2007<br />
(Global Footprint<br />
Network, <strong>2010</strong>).