Relatório Planeta Vivo 2010 - WWF
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Sumário executivo<br />
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<strong>2010</strong>—O Ano Internacional da Biodiversidade<br />
- o ano em que novas espécies continuam a ser<br />
descobertas, mas também durante o qual se encontram<br />
mais tigres a viver em cativeiro do que em estado<br />
natural.<br />
- o ano em que 34% dos CEOs da Ásia-Pacífico e 53%<br />
dos CEOs da América Latina expressaram preocupação<br />
sobre os impactos da perda de biodiversidade nas<br />
perspectivas de crescimento dos seus negócios,<br />
comparado com apenas 18% dos CEOs oeste-europeus<br />
- o ano em que existem 1.0 mil milhões de pessoas a<br />
utilizar a internet mas mil milhões que ainda não têm<br />
acesso a água potável<br />
Este ano, a biodiversidade está no centro das atenções<br />
como nunca antes esteve assim como o<br />
desenvolvimento humano, com uma importante<br />
revisão para breve dos Objectivos de Desenvolvimento<br />
do Milénio. Estes factores tornam esta 8ª edição do<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong> da <strong>WWF</strong> particularmente<br />
pertinente. Usando uma série alargada de indicadores<br />
complementares, o relatório documenta o estado de<br />
mudança da biodiversidade, dos ecossistemas e do<br />
consumo dos recursos naturais pela humanidade, e<br />
explora as implicações destas mudanças para a saúde,<br />
riqueza e bem-estar humanos no futuro.<br />
Um vasto leque de indicadores está a ser utilizado para<br />
seguir a tendência da biodiversidade e as pressões<br />
sobre ela exercidas, assim como as principais medidas<br />
adoptadas face a essas tendências (Butchart, S.H.M. et<br />
al. <strong>2010</strong>, CBD <strong>2010</strong>). Uma das medidas temporalmente<br />
mais prolongadas das tendências no estado da<br />
biodiversidade global, medida pelo Índice <strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong><br />
(LPI), mostra uma tendência geral consistente desde<br />
que o primeiro <strong>Relatório</strong> <strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong> foi publicado em<br />
1998: ou seja, um declínio global de cerca de 30% entre<br />
1970 e 2007 (Figura 1). As tendências entre as<br />
1.5 ANOS<br />
PARA GERAR OS<br />
RECURSOS<br />
RENOVÁVEIS<br />
USADOS EM 2007<br />
________________<br />
Figura 1: Índice<br />
<strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong><br />
O índice global mostra<br />
que as populações de<br />
vertebrados<br />
diminuíram quase 30%<br />
entre 1970 e 2007.<br />
Figura 2: Pegada<br />
Ecológica da<br />
Humanidade<br />
A procura humana na<br />
biosfera mais que<br />
duplicou entre 1961 e<br />
2007 (Global Footprint<br />
Network, <strong>2010</strong>)<br />
populações de espécies tropicais e temperadas são<br />
fortemente divergentes: o LPI tropical decresceu cerca<br />
de 50% enquanto o LPI temperado aumentou cerca de<br />
30%. A razão por detrás destas tendências<br />
contrastantes reflecte muito provavelmente diferenças<br />
nas taxas e tempos das alterações de uso do solo, e<br />
portanto da perda de habitat, nas zonas tropicais e<br />
temperadas. O aumento do LPI temperado desde 1970<br />
pode dever-se ao facto de partir dum nível de base mais<br />
baixo, e das populações de espécies estarem a<br />
recuperar devido a melhorias no controlo de poluição e<br />
gestão de resíduos, melhor qualidade do ar e da água,<br />
um aumento na cobertura florestal e/ou maiores<br />
esforços conservacionistas em pelo menos algumas<br />
regiões temperadas.<br />
Em contraste, o LPI tropical parte muito<br />
provavelmente dum nível de base mais elevado, e<br />
reflecte as alterações de larga escala nos ecossistemas<br />
tropicais que ocorrem desde o início do índice em 1970,<br />
que compensam no cômputo geral quaisquer impactos<br />
conservacionistas positivos.