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01. Elementos para uma Crítica de Tradução e Paratradução - USP

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20<br />

ding” (Rubel/Rosman, 2003:7), o conceito <strong>para</strong>tradução referese<br />

a <strong>uma</strong> imersão trans-i<strong>de</strong>ológica das traduções num estado<br />

cultural e epistemologicamente diverso.<br />

Praticar <strong>uma</strong> crítica <strong>para</strong>/tradutiva <strong>de</strong> um fenômeno cultural<br />

significa, assim, perguntar-nos quê elementos do texto ou<br />

da cultura <strong>de</strong> origem foram sujeitados a um <strong>de</strong>slocamento<br />

tradutivo; significa também i<strong>de</strong>ntificar as classes, os procedimentos<br />

e os valores dos respectivos aspectos micro e/ou<br />

macrotextuais. Em síntese, trata-se <strong>de</strong> associar valores,<br />

congruentes com o objeto <strong>de</strong> estudo, aos procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento<br />

observados na com<strong>para</strong>ção entre um texto/cultura<br />

<strong>de</strong> partida (TP/CP) e um texto/cultura <strong>de</strong> chegada (TC/CC). A<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> análise é, em última instância, po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>finir as intenções estéticas, i<strong>de</strong>ológicas, políticas, econômicas,<br />

etc. da entida<strong>de</strong> tradutiva. O espaço que temos a dispor só nos<br />

permite um breve esboço <strong>de</strong>ssas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação<br />

tradutológica, como também só nos permite <strong>uma</strong> sistematização<br />

provisória e incompleta da respectiva terminologia que parcialmente<br />

empregaremos aqui 2 :<br />

Classe <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento Procedimento Valor Intenção<br />

Mutação<br />

Modificação<br />

2 Partimos dos empregos <strong>de</strong> <strong>uma</strong> parte <strong>de</strong>ssa terminologia em Montero<br />

Küpper (2005) e Garrido Vilariño (2005a) em âmbitos diferentes da crítica<br />

da tradução.<br />

TRADTERM, 14, 2008, p. 15-49<br />

Eliminação<br />

Adição<br />

Substituição<br />

Deformação<br />

(mudança radical <strong>de</strong><br />

significado)<br />

Incoerência<br />

Generalização<br />

Neutralização<br />

Atenuação<br />

Intensificação<br />

Especificação<br />

Modulação<br />

Calco<br />

Divergência<br />

Gratuida<strong>de</strong><br />

Obrigatorieda<strong>de</strong><br />

Opcionalida<strong>de</strong><br />

(p. ex.: mudanças<br />

leves que não<br />

atingem a<br />

macroestrutura e que<br />

seriam otimizáveis)<br />

Pragmática<br />

I<strong>de</strong>ológico-política<br />

(p. ex.: domesticação ou<br />

estrangeirização das<br />

formas e dos conteúdos;<br />

<strong>de</strong>sconstrução das metanarrativas<br />

do TP; etc.)<br />

Estética<br />

Econômica

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