CARTA PASTORAL POR OCASIÃO DO “ANO DA FÉ” - Opus Dei
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Universidade tem como a sua mais alta missão o serviço aos homens, ser fermento da<br />
sociedade em que vive” 28.<br />
Palavras que expressam muito bem o que deve ser a direção apostólica que devem<br />
seguir aqueles que atuam nesses ambientes: ser fermento, dar luz e calor – a luz e o calor do<br />
Evangelho – para que os seus amigos e colegas, os seus alunos, impregnem a sua alma e a<br />
sua atuação com a Boa Nova de Cristo, em plena fidelidade ao Magistério da Igreja. Deste<br />
modo, contribuirão para a evangelização da cultura. É de perene atualidade este ponto de<br />
Caminho: “Tens de comunicar a outros Amor de Deus e zelo pelas almas, para que esses, por<br />
sua vez, peguem fogo a muitos mais que estão num terceiro plano, e cada um destes últimos<br />
aos seus companheiros de profissão.<br />
De quantas calorias espirituais não precisas! - E que responsabilidade tão grande, se<br />
esfrias! E (nem o quero pensar) que crime tão horroroso, se desses mau exemplo!” 29<br />
Não permitamos que caia no vazio o desafio saudável de fomentar que muitas pessoas e<br />
instituições, em todo o mundo, promovam – movidos pelo exemplo dos primeiros cristãos –<br />
uma nova cultura, uma nova legislação, uma nova moda, coerentes com a dignidade da<br />
pessoa humana e o seu destino para a glória dos filhos de Deus em Jesus Cristo (cf. 2 Cor 3,<br />
18). É dever de todos rezar e colaborar com generosidade completa para consegui-lo; cabe<br />
aos professores universitários e aos pesquisadores a responsabilidade de um empenho<br />
profundo e perseverante, para aproveitar cada uma das ocasiões que o exercício da profissão<br />
lhes proporciona. A fé se configura, neste contexto, como o apoio para avançar rumo à<br />
verdade ao mesmo tempo em que nos esforçamos, pela própria força da virtude, em levá-la a<br />
todos os ambientes e ajudar a que a recebam ou nela cresçam os que nos rodeiam.<br />
18. A pesquisa ocupa um espaço de especial destaque no trabalho dos professores<br />
universitários e de outros intelectuais. Nessa tarefa, o cristão empenhado na procura e<br />
difusão da verdade, animado pelo reto desejo de colaborar na configuração de um saber que<br />
supere a fragmentação e o relativismo, descobre constantes oportunidades para desenvolver<br />
um profundo apostolado doutrinal. Nenhum tema de pesquisa, nenhuma área do amplo<br />
campo da educação é neutra do ponto de vista da fé. Todo o nosso trabalho, até mesmo umas<br />
aulas de química – para dar um exemplo concreto – podem cooperar ou não para estender o<br />
Reino de Cristo. “A necessária objetividade científica rejeita justamente toda neutralidade<br />
ideológica, toda ambiguidade, todo conformismo, toda covardia: o amor à verdade<br />
compromete a vida e todo o trabalho do cientista” 30. Se o que move um professor, um<br />
pesquisador, é principalmente o desejo de dar glória a Deus e de servir as almas, então a<br />
coerência cristã do seu exemplo, a disponibilidade que manifesta para com os seus alunos e<br />
colaboradores, a retidão com que focaliza o seu trabalho, o empenho por formar os seus<br />
discípulos e transmitir-lhes o seu saber, tudo isso contribui sem dúvida alguma para que as<br />
pessoas que o escutam ou que recebem o eco do seu trabalho descubram ou experimentem<br />
os sinais dos seguidores de Cristo.<br />
28 São Josemaria, Discurso no ato de investidura de doutores “honoris causa” pela Universidade de<br />
Navarra, 7-X-1967.<br />
29 São Josemaria, Caminho, n. 944.<br />
30 São Josemaria, Discurso no ato de investidura de doutores “honoris causa” pela Universidade de<br />
Navarra, 9-V-1974.<br />
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