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CARTA PASTORAL POR OCASIÃO DO “ANO DA FÉ” - Opus Dei

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Rm 8, 18-19.21 ). São Josemaria, precisamente porque se sabia e se sentia muito filho de Deus<br />

Pai – filiação que envolve a verdade mais íntima do homem e da mulher –, chegou a alcançar<br />

uma compreensão especialmente profunda da liberdade cristã, e alertou contra “o equívoco<br />

dos que se conformam com uma triste gritaria: liberdade! liberdade! Muitas vezes nesse<br />

mesmo clamor se esconde uma trágica servidão, porque a opção que prefere o erro não<br />

liberta; só Cristo é que liberta (cf. Gal IV, 31), porque só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida<br />

(cf. Jo XIV, 6)” 43. Ele acrescentou: “A liberdade adquire o seu sentido autêntico quando é<br />

exercida em serviço da verdade que resgata, quando a gastamos em proclamar o Amor<br />

infinito de Deus, que nos desata de todas as escravidões” 44.<br />

Como cidadãos responsáveis, nós cristãos devemos fazer o possível para defender e<br />

promover a liberdade própria e a dos outros, e – ao mesmo tempo – ajudar a todos a<br />

descobrirem essa nova liberdade: hac libertáte nos Christus liberávit (Gal 5, 1 ), com a qual<br />

Cristo nos libertou. Esta é uma das tarefas mais urgentes da nova evangelização. Já lhes<br />

recordei que as pessoas que devem se santificar no estado matrimonial desempenham um<br />

papel insubstituível nesta missão, mas desejo repisar que é responsabilidade de cada uma e<br />

de cada um difundir a reta doutrina sobre o matrimônio e a família.<br />

CONHECER E PROFESSAR A FÉ<br />

27. Todos os esforços para levar a cabo a nova evangelização – quer seja no apostolado<br />

da inteligência, quer seja nas áreas prioritárias que acabo de mencionar – devem apoiar-se no<br />

sólido fundamento da fé. Sem fé, de fato, é impossível agradar a Deus (Hb 11, 6), diz-nos a<br />

Escritura.<br />

Esta virtude teologal, porta da vida cristã, requer a livre adesão do intelecto, e conduz à<br />

plena fidelidade à Vontade de Deus, que se expressa nas verdades a nós reveladas,<br />

transmitindo-nos a segurança de que devem ser aceitas pela própria autoridade do Criador<br />

que, como narram as passagens bem claras do Gênesis, apenas queria o bem de toda a<br />

criação. Por isso, a fé seriamente assumida e praticada estimula uma confiança contínua,<br />

plena, em Deus, que nos assegura – ao nos exercitarmos nesse abandono livre e responsável<br />

– a participação na sua própria vida divina, que nos foi comunicada com essas verdades<br />

como caminho para alcançar a união com o próprio Deus.<br />

“Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao<br />

Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou<br />

plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da<br />

remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem<br />

numa vida nova: «Pelo Batismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como<br />

Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos<br />

numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência<br />

humana segundo a novidade radical da ressurreição” 45.<br />

43 São Josemaria, Amigos de Deus, n. 26.<br />

44 Ibid., n. 27.<br />

45 Bento XVI, Carta apost. Porta fídei, 11-X-2011, n. 6.<br />

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