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CARTA PASTORAL POR OCASIÃO DO “ANO DA FÉ” - Opus Dei

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Além disso, esses trabalhos científicos facilitam as relações profissionais com<br />

pesquisadores de prestígio do próprio país ou de outros países; levam a estabelecer amizades<br />

sinceras, que são o ambiente natural do apostolado pessoal, que facilita conseguir que os<br />

colegas, nos seu trabalho de pesquisa, respeitem ao menos os princípios morais<br />

fundamentais.<br />

Os católicos responsáveis que intervêm nestes âmbitos cruciais para a nova<br />

evangelização deveriam perguntar-se sobre como chegar, na medida das suas possibilidades,<br />

também aos meios de comunicação e aos fóruns de opinião, para transmitir boa e sólida<br />

doutrina em assuntos da sua especialidade: colaborando na imprensa; falando no rádio e na<br />

televisão ou através da internet; participando de atividades culturais; oferecendo um parecer<br />

científico autorizado sobre questões que se levantam no debate público, etc. E, por sua vez,<br />

os católicos que promovem empresas de comunicação e opinião pública, ou que trabalham<br />

profissionalmente na mídia, devem se esforçar para que as suas páginas ou as suas câmeras<br />

apresentem, com nível e rigor, o que de limpo e correto se realiza nestes espaços.<br />

Quero deixar bem claro que aqueles que trabalham nessas áreas devem sentir a<br />

responsabilidade de tirar proveito dos seus talentos, sem esquecer que muitas outras<br />

pessoas, com trabalhos materiais ou aparentemente de pouco relevo, esforçam-se em<br />

converter a sua ocupação em oração a Deus, para que os homens e as mulheres que dirigem<br />

a sociedade se saibam inteiramente responsáveis, conscientes de que Deus lhes pedirá contas<br />

do seu rendimento; e devem se mostrar muito agradecidos aos que trabalham, por assim<br />

dizer, na penumbra. Vem muito ao caso o que comentava São Josemaria: quem é mais<br />

importante? O reitor de uma universidade ou a última pessoa que cuida da manutenção do<br />

prédio? E ele respondia sem hesitar: quem cumpre a sua tarefa com mais fé, com mais afã de<br />

santidade.<br />

Harmonia entre fé e razão<br />

19. Aqueles que nos sabemos filhos de Deus devemos propagar que não há “motivo<br />

para existir concorrência entre a razão e a fé: uma implica a outra, e cada qual tem o seu<br />

espaço próprio de realização. (...) Deus e o homem estão colocados, em seu respectivo<br />

mundo, numa relação única. Em Deus reside a origem de tudo, n'Ele se encerra a plenitude<br />

do mistério, e isto constitui a sua glória; ao homem, pelo contrário, compete o dever de<br />

investigar a verdade com a razão, e nisto está a sua nobreza” 31.<br />

Mantém plena atualidade o horizonte que descrevia São Josemaria: "sobre o firme<br />

alicerce de um profundo conhecimento científico, devemos mostrar que não há nenhuma<br />

oposição entre a fé e a razão" 32; antes, pelo contrário, deve haver uma completa harmonia,<br />

porque os dois âmbitos de conhecimento procedem de Deus, do Logos criador que, além<br />

disso, se fez homem.<br />

Na Carta apostólica Novo Millénnio ineúnte, João Paulo II escreveu: “Para a eficácia do<br />

testemunho cristão, especialmente nestes âmbitos delicados e controversos, é importante<br />

fazer um grande esforço para explicar adequadamente os motivos da posição da Igreja,<br />

sublinhando sobretudo que não se trata de impor aos não crentes uma perspectiva de fé, mas<br />

31 Beato João Paulo II, Carta enc. Fides et ratio, 14-IX-1998, n. 17.<br />

32 São Josemaria, Carta 9-I-1951, n. 12.<br />

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