Projeto estrutural de pavimentos rodoviários e de pisos industriais ...
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AÇÕES 21<br />
3.1.1 Ações móveis<br />
Nos <strong>pavimentos</strong>, não só o valor das ações, mas também o número <strong>de</strong><br />
repetições, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> circulação dos veículos e a posição na placa<br />
influenciam os esforços gerados na estrutura. As solicitações móveis que atuam<br />
em <strong>pavimentos</strong> <strong>rodoviários</strong>, urbanos e <strong>industriais</strong>, são, por natureza,<br />
transientes, ou seja, <strong>de</strong> curta duração. Embora o intervalo entre as forças seja<br />
um fator que melhore a resistência do material, o fato <strong>de</strong>ssas forças atuarem<br />
repetidamente provoca o fenômeno da fadiga, que po<strong>de</strong> romper uma estrutura<br />
submetida a tensões abaixo da tensão limite. A fadiga é tratada com mais<br />
<strong>de</strong>talhes no capítulo 5, <strong>de</strong>ste trabalho.<br />
Verifica-se que as faixas <strong>de</strong> <strong>pavimentos</strong> correspon<strong>de</strong>ntes às rampas<br />
apresentam mais <strong>de</strong>feitos que as <strong>de</strong> contra-rampa, o que é atribuído à maior<br />
velocida<strong>de</strong> dos veículos na <strong>de</strong>scida. Quanto maior a velocida<strong>de</strong> do veículo<br />
menores são as tensões geradas. Segundo SOUZA (1980), esse efeito começa a se<br />
estabilizar a partir <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 60 km/h. Outro efeito, assim<br />
como a velocida<strong>de</strong> dos veículos, que normalmente é <strong>de</strong>sprezado no<br />
dimensionamento <strong>de</strong> <strong>pavimentos</strong> <strong>rodoviários</strong> é o abaulamento da pista <strong>de</strong><br />
rolamento, que faz com que o eixo externo do veículo seja mais carregado que o<br />
eixo interno.<br />
SOUZA (1980) indica um coeficiente <strong>de</strong> majoração das ações <strong>de</strong> 1,2,<br />
com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levar em conta o impacto que as ações móveis exercem sobre<br />
um pavimento rígido. Hoje em dia esse efeito é <strong>de</strong>sprezado <strong>de</strong>vido à verificação<br />
<strong>de</strong> que as ações móveis provocam esforços inferiores às solicitações estáticas, o<br />
que chega a compensar o aumento das tensões provocado pelo impacto.<br />
Um fator importante no dimensionamento <strong>de</strong> <strong>pavimentos</strong> é o número<br />
<strong>de</strong> solicitações em uma <strong>de</strong>terminada área. Visto que nem todos os veículos<br />
trafegam na mesma posição, não é necessário consi<strong>de</strong>rar que o ponto mais<br />
crítico do pavimento será solicitado pelo número total <strong>de</strong> repetições <strong>de</strong> força.<br />
Trabalhos estatísticos têm <strong>de</strong>terminado a porcentagem <strong>de</strong> veículos que trafegam<br />
em cada posição do pavimento.