Investimento Direto Estrangeiro no Setor Bancário Brasileiro - Faap
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De acordo com Krugman & Obstfeld (2005, p.126-128), investimento direto<br />
estrangeiro È o fluxo de capitais internacionais, direcionados a uma empresa de determinado<br />
paÌs, para que possa ampliar sua capacidade ou criar uma filial nesse paÌs, envolvendo alÈm<br />
da transferÍncia de capital, participaÁ„o <strong>no</strong> controle da empresa adquirida. Passa a ser uma<br />
multinacional quando detÈm a cota mÌnima de aÁıes da outra empresa necess·ria para ter<br />
controle ou direito a voto nas decisıes da empresa. A multinacional È um veÌculo para<br />
emprÈstimos internacionais, que ocorre na relaÁ„o entre matriz e sua filial estrangeira.<br />
Entretanto, apesar de ocorrer esse fluxo de capital entre elas, o principal objetivo de uma<br />
multinacional È a ampliaÁ„o do controle.<br />
Na explicaÁ„o de GonÁalves et al (1998, p.132-134), os fluxos de investimentos<br />
diretos estrangeiros ocorrem porque as empresas em diferentes paÌses buscam ganhar uma<br />
taxa de retor<strong>no</strong> maior do que conseguem obter em seu prÛprio paÌs. Isso acontece porque os<br />
paÌses diferem na dotaÁ„o de fatores de produÁ„o e cada empresa tem necessidade de fatores<br />
especÌficos para sua produÁ„o, que podem ser encontrados em outros paÌses.<br />
O IDE difere de investimento estrangeiro especulativo, pois este entra <strong>no</strong> paÌs atraÌdo<br />
pelas altas taxas de juros e retor<strong>no</strong> r·pido. Esse tipo de investimento exter<strong>no</strong> est· presente nas<br />
Bolsas de todo o mundo, com a aquisiÁ„o de aÁıes das companhias de capital aberto. O FMI<br />
define IDE como a aquisiÁ„o de pelo me<strong>no</strong>s 10% de aÁıes ordin·rias 4 de uma empresa<br />
p˙blica ou privada por um investidor estrangeiro, envolvendo interesse <strong>no</strong> controle da<br />
empresa e re-investimentos quando necess·rio 5 .<br />
O FMI, como dizem Saracini & Paula (2006, p.6), recomenda para os investimentos<br />
de portfÛlio 6 que sejam aquisiÁıes inferiores a 10% de aÁıes ordin·rias de uma empresa <strong>no</strong><br />
exterior.<br />
Saracini & Paula (2006, p.6-7) resgatam a definiÁ„o de IDE adotada pelo FMI, a partir da<br />
primeira ediÁ„o do ìComparativo de DefiniÁıes para o <strong>Investimento</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Estrangeiro</strong>î da<br />
OCDE, em 1983, como um tipo de investimento que tem um interesse de longo prazo em uma<br />
empresa em outro paÌs, com o objetivo de participar efetivamente na gest„o da empresa.<br />
4 AÁıes ordin·rias s„o aÁıes com direito a voto em uma empresa.<br />
5 Cf. ìGlossary of Selected Financial Terms: Foreign Direct Investment (FDI).î In: FMI. DisponÌvel em:<br />
http://www.imf.org/external/np/exr/glossary/showTerm.asp#89 Acesso em 27/10/2010.<br />
6 PortfÛlio È uma carteira de tÌtulos e valores mobili·rios. Cf. ìDicion·rio de FinanÁas: portfÛlioî. BOVESPA.<br />
DisponÌvel em: http://www.bovespa.com.br/Principal.asp Acesso em 27/10/2010.<br />
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