Investimento Direto Estrangeiro no Setor Bancário Brasileiro - Faap

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O quadro 1 apresenta algumas normas de regulamentaÁ„o da entrada de capital estrangeiro no paÌs. Com as portas fechadas para a entrada de capital estrangeiro no final dos anos 60, o sistema financeiro brasileiro se tornou mais concentrado, ao mesmo tempo em que a tecnologia se tornou presente no setor, trazendo a novidade da automaÁ„o de processos de controle interno dos bancos. Em um segundo momento, na metade da dÈcada de 1980, a inovaÁ„o tecnolÛgica chega no interior das agÍncias possibilitando o lanÁamento eletrÙnico dos registros das transaÁıes diretamente pelo funcion·rio do setor de atendimento (MOLINA, 2004, p.78, apud JINKINGS,1995). A introduÁ„o do processo de automaÁ„o nesse perÌodo permitiu a instalaÁ„o dos primeiros caixas eletrÙnicos. Na dÈcada de 1990 o setor de processamento de dados, assim como alguns funcion·rios da ·rea, foram substituÌdos por computadores (MOLINA, 2004, p.78). Tabela 5. RelaÁ„o PopulaÁ„o e AgÍncias Banc·rias no Brasil de 1980 a 1995 PerÌodo PopulaÁ„o (em mil hab.) No. de AgÍncias PopulaÁ„o/AgÍncias 1980 118.561 13.088 9.059 1981 121.213 14.379 8.430 1982 123.885 16.404 7.552 1983 126.573 16.701 7.579 1984 129.273 17.016 7.597 1985 131.978 17.757 7.432 1986 134.653 17.098 7.875 1987 137.268 16.525 8.307 1988 139.819 19.645 7.117 1989 142.307 18.357 7.752 1990 144.724 19.996 7.238 1991 147.074 17.942 8.197 1992 149.358 17.825 8.379 1993 151.572 17.442 8.690 1994 153.724 18.223 8.436 1995 154.835 18.151 8.530 Fonte: IBGE e BC. PosiÁ„o em Jun/95 (Estimativa da populaÁ„o de acordo com a taxa de crescimento dos ˙ltimos dois anos.) DisponÌvel em: http://www.bcb.gov.br/?PROER Acesso em 25/10/2010. 21
A tabela 5 apresenta a relaÁ„o entre a populaÁ„o e n˙mero de agÍncias banc·rias de 1980 a 1995, ficando claro que o n˙mero de agÍncias n„o aumentou com o crescimento da populaÁ„o, pois o avanÁo tecnolÛgico permitiu que diversos serviÁos fossem realizados sem a necessidade da presenÁa em agÍncias, seja por meio de caixas eletrÙnicos, ou atravÈs da internet. Ao mesmo tempo em que a tecnologia era introduzida no setor banc·rio, modernizando sua estrutura interna, tal tecnologia, como um sistema informatizado, se tornava cada vez mais necess·ria para acompanhar o ritmo da desvalorizaÁ„o da moeda devido ‡ inflaÁ„o, que era a principal preocupaÁ„o desde os anos 1980. Sistemas que fossem capazes de acompanhar a variaÁ„o do preÁo da moeda permitiram que os bancos obtivessem lucros muito altos, os quais financiaram novos investimentos em tecnologia (MOLINA, 2004, p.78-79). Para Barbachan & Fonseca (2004, p.3) a inflaÁ„o foi um dos fatores mais importantes para a acumulaÁ„o de enormes ganhos no setor banc·rio. A crescente inflaÁ„o possibilitava a geraÁ„o de lucros por meio das operaÁıes no overnight, isto È, compra de tÌtulos p˙blicos com garantia de recompra e com prazo de um dia e por meio do float banc·rio, isto È, assimetria de indexaÁ„o, a qual n„o corrigia os valores que estavam parados em conta corrente e os recolhimentos de tributos, mas aplicava esses recursos em tÌtulos p˙blicos. Devido ao grande ganho com a inflaÁ„o, o crÈdito banc·rio era uma segunda opÁ„o para os bancos aumentarem seus ativos. Entretanto, esse cen·rio da economia brasileira, com altos Ìndices de inflaÁ„o, foi modificado com a introduÁ„o do Plano Real em 1994. A perda de receitas origin·rias da inflaÁ„o n„o representou, no entanto, uma queda significativa na lucratividade dos bancos. Tal fato pode ser explicado pela substituiÁ„o das receitas inflacion·rias por receitas de serviÁos banc·rios, o que j· denotou um acentuado esforÁo dos bancos em adaptar suas atividades ao novo cen·rio que se delineou (MOLINA, 2004, p.79). Em 1994, com o Plano Real, o paÌs vivenciou uma queda brutal da inflaÁ„o, que prejudicou a forma de acumulaÁ„o de lucros das instituiÁıes financeiras. A ineficiÍncia de muitas delas levou o Banco Central a intervir para diminuir a vulnerabilidade do sistema e 22
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