Investimento Direto Estrangeiro no Setor Bancário Brasileiro - Faap
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3.1 ParticipaÁ„o dos Bancos <strong>Estrangeiro</strong>s <strong>no</strong> Brasil<br />
O capital estrangeiro desempenha papel muito importante <strong>no</strong> relacionamento da<br />
eco<strong>no</strong>mia brasileira com o resto do mundo, pois a presenÁa de sÛcio estrangeiro cria<br />
condiÁıes favor·veis ao processo de captaÁ„o de recursos <strong>no</strong> exterior. A entrada de bancos<br />
estrangeiros assume grande import‚ncia pois permite a realizaÁ„o de operaÁıes internacionais,<br />
a transferÍncia de tec<strong>no</strong>logias e de produtos e a colocaÁ„o de papÈis das empresas locais <strong>no</strong><br />
exterior (CORAZZA & OLIVEIRA, 2007, p.12).<br />
De acordo com Corazza & Oliveira (2007, p.10-11) a abertura do sistema banc·rio ‡s<br />
instituiÁıes estrangeiras ocorreu simultaneamente em toda a AmÈrica Latina. As instituiÁıes<br />
estrangeiras, <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1990, tiveram como alvo de investimento os bancos lati<strong>no</strong>-<br />
america<strong>no</strong>s, devido ‡ atratividade de seus mercados em expans„o, que apresentava Ûtimo<br />
retor<strong>no</strong> nas atividades financeiras, pelos competidores locais pouco eficientes quando<br />
comparados com outros paÌses e pela consolidaÁ„o banc·ria na Europa e <strong>no</strong>s Estados Unidos.<br />
AlÈm disso, deve-se <strong>no</strong>tar que, se por um lado, a presenÁa de bancos estrangeiros pode<br />
facilitar a entrada de capital <strong>no</strong> paÌs, por outro lado, os bancos multinacionais tambÈm s„o<br />
meios facilitadores para a saÌda de capitais em momentos de crise. Entretanto, a estabilidade<br />
monet·ria, as privatizaÁıes e o potencial de negÛcios <strong>no</strong> Brasil e <strong>no</strong> MERCOSUL 18<br />
aumentam o interesse de investidores estrangeiros para ingressarem <strong>no</strong> paÌs (CORAZZA &<br />
OLIVEIRA, 2007, p.12).<br />
O interesse dos bancos estrangeiros pelo potencial do mercado local, pelas <strong>no</strong>vas<br />
oportunidades de lucros e a necessidade do Banco Central de recuperar parte do<br />
prejuÌzo acumulado <strong>no</strong>s ˙ltimos a<strong>no</strong>s com a liquidaÁ„o de bancos, corretoras e<br />
distribuidoras induziu o gover<strong>no</strong> a elaborar um modelo de entrada dessas<br />
instituiÁıes <strong>no</strong> PaÌs, que, ao mesmo tempo, trouxesse ganhos aos envolvidos na<br />
negociaÁ„o. Para que o gover<strong>no</strong> conseguisse pÙr em pr·tica o seu programa de<br />
privatizaÁıes, os banqueiros internacionais foram chamados a participar do mercado<br />
nacional, pois se observava que os bancos nacionais n„o estavam se interessando em<br />
acelerar o processo de fus„o e incorporaÁıes a despeito de todas as vantagens<br />
oferecidas dentro do PROER (CORAZZA & OLIVEIRA, 2007, p.12).<br />
18 MERCOSUL, sigla que significa Mercado Comum do Sul, formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e<br />
Paraguai, foi instituÌdo por meio do Tratado de AssunÁ„o em 1991. DisponÌvel em:<br />
http://www.geomundo.com.br/geografia-30146.htm Acesso em 11/05/2011<br />
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