24.09.2013 Views

21/08/1981 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco

21/08/1981 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco

21/08/1981 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Ata da Setuagésima Nona Reunião Ordinária da Terceira Sessão <strong>Legislativa</strong> da<br />

Nona Legislatura.<br />

Realizada em <strong>21</strong> <strong>de</strong> agosto <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> <strong>1981</strong>.<br />

Presidência <strong>do</strong>s Exmos. Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s Nival<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong>, Argemiro<br />

Pereira e José Fernan<strong>de</strong>s.<br />

Aos vinte e um (<strong>21</strong>) dias <strong>do</strong> mês <strong>de</strong><br />

agosto <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> mil novecentos e oitenta<br />

e um (<strong>1981</strong>), às nove (09:00) horas.<br />

Comparecem os Deputa<strong>do</strong>s Adalberto<br />

Farias, Alcir Teixeira, Almeida Filho,<br />

Antônio Benjamim, Antônio Corrêa <strong>de</strong><br />

Oliveira, Argemiro Pereira, Assis Pedrosa,<br />

Barreto Guimarães, Carlos Elísio Caribé,<br />

Carlos Porto, Carlos Veras, Cintra Galvão,<br />

Edgar Lins, Edmir Régis, Eduar<strong>do</strong><br />

Pan<strong>do</strong>lfi, Felipe Coelho, Ferreira Lima<br />

Filho, Geral<strong>do</strong> Barbosa, Gilvan <strong>de</strong> Sá<br />

Barreto, Harlan Ga<strong>de</strong>lha, Henrique<br />

Queiroz, Horácio Ferras, Hugo Martins,<br />

José Aglaílson, José Augusto, José<br />

Fernan<strong>de</strong>s, José Liberato, José Queiroz,<br />

José Ramos, Luiz Heráclio, Mansueto De<br />

Lavor, Manuel Aroucha, Maviael<br />

Cavalcanti, Moacyr André Gomes, Nilton<br />

Carneiro, Nival<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong>, Osval<strong>do</strong><br />

Rabelo, Paulo Andra<strong>de</strong> Lima, Paulo<br />

Men<strong>do</strong>nça, Ribeiro Go<strong>do</strong>y, Roosevelt<br />

Gonçalves, Sérgio Longman, Severino<br />

Cavalcanti, Severino Otávio, Torquato<br />

Ferreira Lima e Vital Novaes. Ocupam,<br />

respectivamente, as Ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Primeiro<br />

e Segun<strong>do</strong> Secretários, os Deputa<strong>do</strong>s<br />

Maviael Cavalcanti e Hugo Martins.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Haven<strong>do</strong> número<br />

legal <strong>de</strong> Srs. Deputa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>claro aberta a<br />

Reunião.<br />

Passe-se à leitura da Ata da Reunião<br />

anterior.<br />

(O Sr. 2º Secretário lê a Ata.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Está em discussão<br />

a Ata que acaba <strong>de</strong> ser lida.<br />

(Pausa.)<br />

Não haven<strong>do</strong> impugnação, consi<strong>de</strong>ro-a<br />

aprovada.<br />

Passa-se à leitura <strong>do</strong> Expediente.<br />

(O Sr. 1º Secretário lê o Expediente.)<br />

EXPEDIENTE<br />

OFÍCIO Nº 89/81 - DO PRESIDENTE DA<br />

TELPE, prestan<strong>do</strong> esclarecimentos em<br />

resposta às Indicações nºs 1902 a 1905,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Mansueto De<br />

Lavor.<br />

OFÍCIO Nº 244/81 - DO SECRETÁRIO DE<br />

SANEAMENTO E OBRAS, prestan<strong>do</strong><br />

informações em resposta à Indicação nº<br />

1978, <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> José<br />

Liberato.<br />

PARECERES NºS 3633 A 3636 - DA<br />

COMISSÃO DE REDAÇÃO DE LEIS, que<br />

redigem os Projetos nºs 1100 a 1102 e<br />

1115.<br />

A Imprimir.<br />

PARECER Nº 3633<br />

A Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis, ten<strong>do</strong><br />

em vista o Projeto nº 1100, já aprova<strong>do</strong><br />

em 2ª e última discussão, é <strong>de</strong> parecer<br />

que lhe seja dada a seguinte redação<br />

final:<br />

Ementa: Transfere subvenção.<br />

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO<br />

ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

DECRETA:<br />

Art. 1º - Fica transferida a importância <strong>de</strong><br />

Cr$ 5.00000 (cinco mil cruzeiros), parte da<br />

<strong>do</strong>tação discriminada no A<strong>de</strong>n<strong>do</strong> “C”, <strong>do</strong><br />

Orçamento Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, no corrente<br />

exercício, em nome <strong>do</strong> Contato Colégio e<br />

Curso, <strong>de</strong>sta Capital, para a Socieda<strong>de</strong><br />

Caruaruense <strong>de</strong> Ensino Superior -<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> O<strong>do</strong>ntologia, sediada no<br />

Município <strong>de</strong> Caruaru, <strong>de</strong>stinada a custear<br />

bolsa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

Art. 2º - A presente Lei entrará em vigor<br />

na data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

411


412<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Art. 3º - Revogam-se as disposições em<br />

contrário.<br />

Sala da Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis,<br />

em 20.<strong>08</strong>.<strong>1981</strong>.<br />

Deputa<strong>do</strong> Roosevelt Gonçalves<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Deputa<strong>do</strong> Horácio Ferraz, Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha Filho.<br />

A Imprimir.<br />

PARECER Nº 3636<br />

A Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis, ten<strong>do</strong><br />

em vista o Projeto nº 1115, já aprova<strong>do</strong><br />

em 2ª e última discussão, é <strong>de</strong> parecer<br />

que lhe seja dada a seguinte redação<br />

final:<br />

Ementa: Transfere subvenção.<br />

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO<br />

ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

DECRETA:<br />

Art. 1º - Fica transferida a importância <strong>de</strong><br />

Cr$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil<br />

cruzeiros), parte da <strong>do</strong>tação discriminada<br />

no A<strong>de</strong>n<strong>do</strong> “C” <strong>do</strong> Orçamento Geral <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, no corrente exercício, em nome<br />

da Ação Social Andra<strong>de</strong> Lima (Cr$<br />

30.000.00) e Troça Carnavalesca Mista<br />

Ceroula <strong>de</strong> Olinda, em Cr$ 5.000,00),<br />

ambas sediadas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Olinda, e<br />

Centro <strong>de</strong> Assistência Social da Sapucaia,<br />

para as seguintes entida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>stina, da a<br />

custear bolsas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>:<br />

OLINDA Cr$<br />

Colégio São Bento 70.000,00<br />

RECIFE<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> O<strong>do</strong>ntologia da Fesp 15.000,00<br />

Art. 2º - A presente lei entrará em vigor na<br />

data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

Art. 3º - Revogam-se as disposições em<br />

contrário.<br />

Sala da Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis,<br />

em 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>1981</strong>.<br />

Deputa<strong>do</strong> Roosevelt Gonçalves<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Deputa<strong>do</strong> Horácio Ferraz, Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha Filho.<br />

A Imprimir.<br />

PARECER Nº 3634<br />

A Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis, ten<strong>do</strong><br />

em vista o Projeto nº 1101, já aprova<strong>do</strong><br />

em 2ª e última discussão, é <strong>de</strong> parecer<br />

que lhe seja dada a seguinte redação<br />

final:<br />

Ementa: Transfere subvenção.<br />

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO<br />

ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

DECRETA:<br />

Art. 1º - Fica transferida a importância <strong>de</strong><br />

Cr$ 4 000,00 (quatro mil cruzeiros), parte<br />

da <strong>do</strong>tação discriminada no A<strong>de</strong>n<strong>do</strong> “C”<br />

<strong>do</strong> Orçamento Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, no<br />

corrente exercício, em nome da Escola<br />

Técnica <strong>de</strong> Comércio <strong>do</strong> Recife, para o<br />

Instituto Ban<strong>de</strong>irantes, ambos sedia<strong>do</strong>s<br />

nesta Capital, <strong>de</strong>stinada a custear bolsa<br />

<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

Art. 2º - A presente lei entrará em vigor na<br />

data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

Art. 3º - Revogam-se as disposições em<br />

contrário.<br />

Sala da Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis,<br />

em 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>1981</strong>.<br />

Deputa<strong>do</strong> Roosevelt Gonçalves<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Deputa<strong>do</strong> Horácio Ferraz, Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha Filho.<br />

A Imprimir.<br />

PARECER Nº 3635<br />

A Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis, ten<strong>do</strong><br />

em vista o Projeto nº 1102, já aprova<strong>do</strong><br />

em 2ª e última discussão, é <strong>de</strong> parecer<br />

que lhe seja dada a seguinte redação<br />

final:<br />

Ementa: Transfere subvenção.<br />

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO<br />

ESTADO DE PERNAMBUCO


DECRETA:<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Art. 1º - Fica transferida a importância <strong>de</strong><br />

Cr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros), parte<br />

da <strong>do</strong>tação discriminada no A<strong>de</strong>n<strong>do</strong> “C”<br />

<strong>do</strong> Orçamento Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, no<br />

corrente exercício, em nome da<br />

Associação Atlética <strong>de</strong> Santo Amaro, para<br />

o CEPREVE - Colégio e Curso, ambos<br />

<strong>de</strong>sta Capital, <strong>de</strong>stinada a rastrear bolsa<br />

<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

Art. 2º - A presente lei entrará em vigor na<br />

data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

Art. 3º - Revogam-se as disposições em<br />

contrário.<br />

Sala da Comissão <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> Leis,<br />

em 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>1981</strong>.<br />

Deputa<strong>do</strong> Roosevelt Gonçalves<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Deputa<strong>do</strong> Horário Ferraz, Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha Filho.<br />

A Imprimir.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Concluída a leitura<br />

<strong>do</strong> Expediente, passa-se ao Pequeno<br />

Expediente.<br />

Com a palavra o Sr. Dep. Barreto<br />

Guimarães.<br />

O Sr. BARRETO GUIMARÃES - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, ilustre Dep. Nival<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong>,<br />

Senhores Membros integrantes da Mesa,<br />

Senhores Deputa<strong>do</strong>s, Senhores<br />

Jornalistas, entre os quais <strong>de</strong>staco essa<br />

figura singular <strong>de</strong> jornalista que é Murilo<br />

Marroquim:<br />

Da Tribuna <strong>de</strong>sta Assembléia <strong>Legislativa</strong>,<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, tem surgi<strong>do</strong> inúmeros<br />

protestos contra esse tratamento<br />

discriminatório que há longos e longos<br />

anos, vem caracterizan<strong>do</strong> a política <strong>do</strong><br />

Governo Central, com relação ao Norte e<br />

ao Nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> País. Esta Assembléia,<br />

por outro la<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> pioneira, em vários<br />

movimentos e inúmeras iniciativas,<br />

volta<strong>do</strong>s os movimentos e as iniciativas<br />

para um grito <strong>de</strong> alerta às autorida<strong>de</strong>s<br />

fe<strong>de</strong>rais, quanto ameaça da própria<br />

unida<strong>de</strong> política nacional que num país <strong>de</strong><br />

dimensões continentais tem si<strong>do</strong> um<br />

verda<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>safio histórico. Dai surgiu o<br />

Encontro <strong>de</strong> Salgueiro, iniciativa <strong>de</strong>sta<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>, daí surgiu a<br />

criação nesta Casa, <strong>de</strong> uma Comissão<br />

específica para tratar da problemática da<br />

área das secas <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, a<br />

Comissão da Área das Secas que<br />

organizou e realizou o Encontro <strong>de</strong><br />

Salgueiro, reunin<strong>do</strong> técnicos, políticos,<br />

estudiosos da problemática nor<strong>de</strong>stina no<br />

centro teórico <strong>do</strong> Polígono das secas,<br />

elaboran<strong>do</strong> projetos e planos afasta<strong>do</strong>s<br />

totalmente <strong>do</strong> empirismo e da<br />

improvisação porque fundamenta<strong>do</strong>s na<br />

técnica e na ciência.<br />

Desta Assembléia <strong>Legislativa</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> partiu uma outra iniciativa,<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a da realização no Recife,<br />

<strong>de</strong> Encontro <strong>de</strong> Salvação <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste. E,<br />

é <strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacar nesse Encontro a<br />

participação <strong>do</strong> ex-Deputa<strong>do</strong> Estadual<br />

Clo<strong>do</strong>mir Moraes, <strong>de</strong>sta Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, Sr. presi<strong>de</strong>nte e Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s, em pronunciamentos feitos<br />

por Deputa<strong>do</strong>s da Oposição e <strong>do</strong><br />

Governo, em várias e sucessivas<br />

legislaturas tem parti<strong>do</strong> esta voz <strong>de</strong><br />

protesto, <strong>de</strong> alerta às autorida<strong>de</strong>s<br />

fe<strong>de</strong>rais, para a injustiça <strong>de</strong>sse tratamento<br />

discriminatória, fruto <strong>do</strong> imediatismo<br />

econômico <strong>do</strong>s tecnocratas e que não<br />

representa senão, repito, uma ameaça<br />

para a própria unida<strong>de</strong> política nacional, e<br />

por isso está a Nação brasileira, está o<br />

Brasil dividi<strong>do</strong> em duas partes, em duas<br />

Nações em <strong>do</strong>is Brasis, o Brasil da<br />

opulência econômica, <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s<br />

merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> trabalho, o Brasil<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>do</strong> centro-sul, e Brasil<br />

atrasa<strong>do</strong>, o Brasil sub-<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, o<br />

Brasil <strong>de</strong> todas as formas <strong>de</strong> servidão se o<br />

nor<strong>de</strong>ste e o norte não representassem<br />

um centro consumi<strong>do</strong>r interno, natural<br />

para os produtos que são feitos no centrosul,<br />

como se o norte e o nor<strong>de</strong>ste,<br />

também não representassem centro<br />

produtor das mais expressivas marcas<br />

nacionais <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> xelita, <strong>de</strong><br />

colombita, <strong>de</strong> algodão <strong>de</strong> fibras longas, e<br />

extra longas, <strong>de</strong> salgemas, <strong>de</strong> açúcar, <strong>de</strong><br />

petróleo, <strong>de</strong> gipsita, mas, nada disso<br />

interessa aos tecnocratas que <strong>de</strong>stinam<br />

os gran<strong>de</strong>s recursos da União para a<br />

região próspera <strong>do</strong> centro-sul, ignoran<strong>do</strong> e<br />

projetan<strong>do</strong> ao seu próprio <strong>de</strong>stino, trinta e<br />

413


414<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

cinco milhões <strong>de</strong> brasileiros, que habitam<br />

e povoam o Norte e Nor<strong>de</strong>ste. Precisa <strong>de</strong><br />

planos técnico ou científico o Nor<strong>de</strong>ste?<br />

Não, os planos já estão elabora<strong>do</strong>s;<br />

precisa-se <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>? Não,<br />

tu<strong>do</strong> isto já foi feito. Precisa <strong>de</strong> um órgão<br />

<strong>de</strong>senvolvimentista? Não, a SUDENE aí<br />

está, apta para cumprir a sua missão. O<br />

que falta então? Falta uma solução<br />

política para o nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil. Esta<br />

solução traduzida num tratamento<br />

prioritário para os problemas <strong>do</strong> Norte e<br />

Nor<strong>de</strong>ste. Diferencia<strong>do</strong>, disse Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, um<br />

tratamento diferencia<strong>do</strong>, e esse<br />

tratamento diferencia<strong>do</strong> é que os jornais<br />

hoje noticiam, que em conseqüência <strong>do</strong><br />

plano <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong><br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral, a Eletrobrás alcançou<br />

uma redução <strong>de</strong> verbas, a serem<br />

aplicadas na obras da construção da<br />

Hidroelétrica <strong>de</strong> Itaparica, só acontece isto<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, porque o<br />

Nor<strong>de</strong>ste ainda não teve esta solução<br />

política, fundamentada num tratamento<br />

prioritário, em to<strong>do</strong>s os setores, para num<br />

plano <strong>de</strong> contenção, nacional, <strong>de</strong>veria ter<br />

o mesmo tratamento no Norte, nas outras<br />

regiões. Toda a obra está sen<strong>do</strong><br />

aguardada com a melhor das<br />

expectativas, das esperanças, a obra da<br />

Hidroelétrica da Itaparica, os seus<br />

trabalhos são uma <strong>de</strong>corrência da<br />

<strong>de</strong>terminação da ELETROBRÁS, no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> reduzir os recursos financeiros,<br />

loca<strong>do</strong>s à obra <strong>de</strong> Itaparica. E os<br />

argumentos apresenta<strong>do</strong>s, Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />

e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, é que houve uma<br />

redução <strong>de</strong> consumo da energia elétrica,<br />

Quem argumenta assim, não argumenta<br />

pensan<strong>do</strong> alto, quem argumenta assim<br />

não argumenta pensan<strong>do</strong> no futuro <strong>do</strong><br />

Brasil, pois se Itaparica não for uma obra<br />

acelerada, não teremos o fornecimento <strong>de</strong><br />

energia elétrica como suas obras<br />

asseguram em <strong>Pernambuco</strong>. E isso<br />

acontecen<strong>do</strong> haverá uma restrição no<br />

próprio <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> e <strong>de</strong> alguns Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Nor<strong>de</strong>ste brasileiro. Pouco adianta o<br />

i<strong>de</strong>alismo <strong>de</strong> um Apolônio Sales dirigin<strong>do</strong><br />

a CHESF, <strong>do</strong> Dr. Luiz Carlos Menezes,<br />

que não têm meios, da mesma forma que<br />

o nosso lí<strong>de</strong>r Salmito Filho, sem recursos<br />

amplos, não po<strong>de</strong> realizar to<strong>do</strong>s os planos<br />

da SUDENE. Assim eu imagino a<br />

frustração <strong>do</strong> Dr. Luiz Carlos Meneses,<br />

Presi<strong>de</strong>nte da CHESF, a Companhia<br />

Hidroelétrica <strong>do</strong> São Francisco que se<br />

propõe a Cia Hidroelétrica <strong>do</strong> São<br />

Francisco, <strong>de</strong>sejoso <strong>de</strong> vê realiza<strong>do</strong> esta<br />

gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong> Itaparica, recebe agora<br />

<strong>de</strong>terminações superiores, emanadas da<br />

eletrificação da Petrobrás, dizen<strong>do</strong> que, a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> contenção<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas no âmbito nacional atinge<br />

também a CHESF, atinge as obras <strong>de</strong><br />

Itaparica, e argumentan<strong>do</strong> a Eletrobrás.<br />

Com esse <strong>do</strong>cumento não convincente, <strong>de</strong><br />

que o consumo <strong>de</strong> energia elétrica<br />

durante o ano passa<strong>do</strong>, foi reduzi<strong>do</strong>, teve<br />

uma baixa <strong>de</strong> consumo, e Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />

acho ingênua a argumentação da<br />

Eletrobrás, acho improce<strong>de</strong>nte os seus<br />

argumentos, interpetro as obras <strong>de</strong><br />

Itaparica <strong>de</strong>viam ter a mesma priorida<strong>de</strong>,<br />

que têm as obras e Itaipu.<br />

Perguntaria aos dirigentes da Eletrobrás<br />

este plano <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa no<br />

âmbito nacional também atingiu a Itaipu,<br />

estou certo que não, e se não atingiu<br />

Itaipu, não po<strong>de</strong> atingir a CHESF, não<br />

po<strong>de</strong> atingir as obras <strong>de</strong> construção da<br />

Hidroelétrica <strong>de</strong> Itaparica, esperança <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> e <strong>de</strong> alguns esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Nor<strong>de</strong>ste brasileiro.<br />

Esta notícia Sr. Presi<strong>de</strong>nte, e Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s, hoje publicada no Diário <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>, <strong>de</strong>ixa-nos não<br />

<strong>de</strong>sesperançosos, porque quem luta no<br />

Nor<strong>de</strong>ste, e pelo Nor<strong>de</strong>ste, não po<strong>de</strong><br />

arrefecer as suas esperanças e nem po<strong>de</strong><br />

se aconselhar com pessimismo e com<br />

galopismos, por isto que, figo sempre que<br />

os não po<strong>de</strong>mos fechar essa trincheira,<br />

que é na Tribuna <strong>de</strong>sta Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Nós não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>mos estarilhar armas,<br />

nós precisamos perseverar, perdurar na<br />

luta pugnaz, difícil, mas um dia, haverá,<br />

<strong>de</strong> ser vitoriosa, no senti<strong>do</strong> da integração<br />

<strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste, no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

harmônico integral da Pátria brasileira.<br />

Len<strong>do</strong> os jornais e ven<strong>do</strong> essa notícia, <strong>de</strong><br />

restrições financeira para as obras <strong>de</strong><br />

Itaparica, e logo nos animamos, a mais<br />

uma vez ocuparmos a Tribuna <strong>de</strong>sta<br />

Assembléia, conhece<strong>do</strong>res entretanto <strong>de</strong>


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

que não e o apelo ao Ministro César Calls,<br />

não é o apelo ao Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Eletrobrás, não é o apelo as autorida<strong>de</strong>s<br />

fe<strong>de</strong>rais, para o caso especifico e setorial<br />

da CHESF e <strong>de</strong> Itaparica, o que <strong>de</strong>ve<br />

animar os nossos propósitos, na Tribuna<br />

<strong>de</strong>sta Assembléia, posto que,<br />

interpretamos que esta restrição as obras<br />

<strong>de</strong> Itaparica, e uma redundante mas<br />

restrições às obras <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o Nor<strong>de</strong>ste<br />

brasileiro.<br />

Enquanto nós conquistamos aquele<br />

tratamento diferencia<strong>do</strong>, prioritário,<br />

preferencial para o Nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil a<br />

CHESF, a SUDENE tantas outras<br />

instituições nor<strong>de</strong>stinas permanecerão<br />

sofren<strong>do</strong> a falta <strong>de</strong> recursos para a<br />

realização <strong>do</strong>s seus planos.<br />

(Lê):<br />

INDICAÇÃO Nº <strong>21</strong>03<br />

Indico à Mesa, na forma regimental, que<br />

seja feito um apelo ao Exmo. Senhor<br />

Ministro Cesar Cals, das Minas e Energia,<br />

a fim <strong>de</strong> que as obras <strong>de</strong> construção da<br />

Hidrelétrica <strong>de</strong> Itaparica mereçam um<br />

tratamento preferencial e, assim, estejam<br />

excluídas <strong>de</strong> qualquer plano <strong>de</strong> contenção<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas.<br />

Justificativa<br />

Muitas vezes são feitas acusações à<br />

SUDENE pela <strong>de</strong>sativação <strong>de</strong> alguns<br />

programas. Claro que estas restrições são<br />

absolutamente improce<strong>de</strong>ntes, uma vez<br />

que, não dispon<strong>do</strong> <strong>de</strong> recursos financeiros<br />

amplos, aquele órgão <strong>de</strong>senvolvimentista<br />

não po<strong>de</strong> operar milagres e, por isto,<br />

involuntariamente se torna inadiplente.<br />

Do mesmo a CHESF que <strong>de</strong> Apolônio<br />

Sales até Luiz Carlos Menezes tem sabi<strong>do</strong><br />

cumprir a alta finalida<strong>de</strong> para a qual foi<br />

criada. Quan<strong>do</strong> elimina ou retarda a<br />

execução <strong>de</strong> algum trabalho é menos por<br />

força <strong>de</strong> qualquer iniciativa <strong>de</strong> uma<br />

direção <strong>do</strong> que <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spesas impostos pela Eletrobrás e pelo<br />

Ministro das Minas e Energia.<br />

Agora mesmo, o eficiente, dinâmico e<br />

competente Diretor-Presi<strong>de</strong>nte da CHESF,<br />

Dr. Luiz Carlos Menezes, está em<br />

dificulda<strong>de</strong>s diante da improrrogável obra<br />

<strong>de</strong> construção da Hidrelétrica <strong>de</strong> Itaparica.<br />

Os argumentos apresenta<strong>do</strong>s pela<br />

Eletrobrás não são convincentes.<br />

Apresentam como justificativas da -<br />

redução <strong>de</strong> recursos financeiros<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s àquela obra, plano <strong>de</strong><br />

contenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas que atinge a<br />

todas as obras e o fato da redução <strong>do</strong><br />

consumo <strong>de</strong> energia. Os que assim<br />

pensam não pensam no futuro próximo.<br />

Pois é sabi<strong>do</strong> que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucos anos,<br />

a área <strong>de</strong> atuação da CHESF po<strong>de</strong>rá<br />

sofrer um racionamento <strong>de</strong> energia<br />

elétrica se não for concluída Itaparica.<br />

Além <strong>do</strong> mais, Itaparica merece um<br />

tratamento preferencial e prioritário. Não<br />

po<strong>de</strong> ser obra incluída nos planos gerais<br />

<strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas da Eletrobrás.<br />

Não po<strong>de</strong> e nem <strong>de</strong>ve.<br />

A redução episódica <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong><br />

energia nesta região jamais po<strong>de</strong>rá ser<br />

<strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> <strong>de</strong>saceleração das obras<br />

<strong>de</strong> Itaparica, inclusive porque isso<br />

implicaria, inevitavelmente, no sensível<br />

aumento <strong>do</strong>s custos finais <strong>do</strong> referi<strong>do</strong><br />

empreendimento. E um plano <strong>de</strong><br />

economia tem que, a<strong>do</strong>tar priorida<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>ntre as quais, sem dúvida alguma,<br />

<strong>de</strong>veria estar Itaparica.<br />

Eis as razões que justificam o presente<br />

Requerimento <strong>de</strong> apelo ao Exmo. Senhor<br />

Ministro Cesar Cals, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />

da<strong>do</strong> um tratamento diferencia<strong>do</strong> e<br />

prioritário às obras <strong>de</strong> Itaparica que se<br />

constituem em uma iniciativa da maior<br />

significação para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> e <strong>de</strong> outros Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste<br />

sofri<strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste brasileiro.<br />

Sala das Reuniões, em <strong>21</strong> <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Barreto Guimarães<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan <strong>de</strong> Sá Barreto.<br />

O Sr. GILVAN DE SÁ BARRETO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, ontem toda<br />

a Nação teve a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> através<br />

da Imprensa televisada testemunhou o<br />

quanto po<strong>de</strong> chegar a insatisfação <strong>de</strong> um<br />

povo e a maneira massacrante com que o<br />

Governo <strong>de</strong>sta Nação, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong> mil<br />

novecentos e sessenta e quatro (1964)<br />

415


416<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

tenta infligir ao povo brasileiro um mo<strong>de</strong>lo<br />

econômico que na realida<strong>de</strong> tornou este<br />

Brasil num Brasil quase sem esperança,<br />

principalmente para as gran<strong>de</strong>s<br />

populações brasileiras, assoladas, que<br />

não dispõem mais <strong>do</strong>s mínimos recursos<br />

para continuar a viver. Em Salva<strong>do</strong>r,<br />

ontem, a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> insatisfação<br />

chegou ao ponto <strong>do</strong> “quebra-quebra”,<br />

incêndios em coletivos, numa prova, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> que em<br />

algumas regiões <strong>do</strong> País, em alguns<br />

Esta<strong>do</strong>s a situação ten<strong>de</strong> a piorar, haja<br />

vista, o exemplo que assistimos pela<br />

televisão. E nós estamos nesta manhã<br />

tentan<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrar, <strong>de</strong> que o exemplo<br />

<strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>r po<strong>de</strong>rá ocorrer também em<br />

<strong>Pernambuco</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o Governo <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, através <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s aqueles que<br />

compõem o Governo <strong>de</strong> participação, não<br />

enten<strong>de</strong> que aqui em <strong>Pernambuco</strong> o povo<br />

que sempre se caracterizou como um<br />

povo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, como um povo, digo<br />

até, como rebel<strong>de</strong>, até hoje não tomou<br />

<strong>de</strong>terminadas atitu<strong>de</strong>s, não porque a<br />

situação <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> seja melhor <strong>do</strong><br />

que a da Bahia, muito pelo contrário, a<br />

miséria, o sacrifício <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano está muito maior <strong>do</strong> que o<br />

<strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> que da Bahia. O aumento<br />

nas passagens, os coletivos aqui em<br />

<strong>Pernambuco</strong> neste primeiro semestre<br />

alcançou cifras alarmantes muito mais <strong>do</strong><br />

que os sessenta e <strong>do</strong>is por cento que<br />

provocaram a ira <strong>do</strong> povo em Salva<strong>do</strong>r.<br />

Nos tivemos em <strong>Pernambuco</strong> três,<br />

chama<strong>do</strong>s não aumentos <strong>de</strong> passagens,<br />

mas uma técnica <strong>de</strong> adaptação, <strong>de</strong> uma<br />

colocação <strong>de</strong> três sucessivos aumentos<br />

para fazer parte ao aumento <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

petróleo. Nós tivemos, esta é que é a<br />

realida<strong>de</strong>! Abertamente <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s<br />

aumentos nas passagens <strong>do</strong>s coletivos <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Se é no sistema<br />

<strong>de</strong> trem a mesma coisa ocorreu, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s. Nós<br />

pagamos as tarifas <strong>de</strong> trem em<br />

<strong>Pernambuco</strong> e as tarifas <strong>do</strong>s transportes<br />

coletivos urbanos por ônibus são muito<br />

mais caras <strong>do</strong> que na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo e com recursos muito menores,<br />

haja vista o percurso Jaboatão Recife e<br />

Jaboatão-Cabo. Mas o que ocorre, é que<br />

aqui em <strong>Pernambuco</strong> no ocorreu, porque<br />

temos à frente como li<strong>de</strong>rança na<br />

Oposição em <strong>Pernambuco</strong> homens<br />

conseqüentes ao passo <strong>de</strong> um trabalho<br />

sem dúvida alguma, um trabalho<br />

mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>r, um trabalho orienta<strong>do</strong>r, um<br />

trabalho não a procura <strong>de</strong> conflitos, mas<br />

<strong>de</strong> encaminhamento das populações mais<br />

carentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, para<br />

encontrar soluções que não sejam<br />

soluções <strong>de</strong> conflitos ou <strong>de</strong> lutas, mas <strong>de</strong><br />

diálogo mas infelizmente, há maioria das<br />

vezes a Governo não quer enten<strong>de</strong>r a<br />

papel prepon<strong>de</strong>rante que exerce no<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> a Comissão <strong>de</strong><br />

Justiça e Paz, da Igreja nos seus<br />

movimentos <strong>de</strong> base, <strong>de</strong> parti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

oposição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e da<br />

perspectiva que tem o povo <strong>de</strong> eleger o<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> como irá fazê-lo<br />

em 82. daí, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>do</strong> PMDB ainda hoje, conclamou uma<br />

reunião das oposições <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

porque consciente está, ele Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>sse Parti<strong>do</strong> auscultan<strong>do</strong> como ausculta<br />

to<strong>do</strong>s os dias as mais variadas tendências<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa frente <strong>de</strong> oposições sem<br />

dúvida alguma que é o PMDB, que é<br />

preciso lutar, é preciso a união, para<br />

levarmos adiante o projeto <strong>de</strong>mocrático<br />

que é a realização das eleições<br />

conseqüentemente a vitória <strong>de</strong> um<br />

Governo, <strong>de</strong> um homem sem dúvida<br />

alguma que encara as aspirações <strong>do</strong> povo<br />

sofri<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> que é Sena<strong>do</strong>r<br />

Marcos Freire.<br />

Portanto sem tirar o mérito, a bravura <strong>do</strong><br />

povo baiano, temos que analisar friamente<br />

o que houve na Bahia on<strong>de</strong> o povo por<br />

não encontrar os seus lí<strong>de</strong>res como em<br />

<strong>Pernambuco</strong> existem, como já constou <strong>de</strong><br />

esperar soluções que não vêm, tomou<br />

para si e saiu às Ruas para protestar e<br />

recebeu por parte da Polícia daquele<br />

Esta<strong>do</strong>, a violência, a coação, povo que<br />

outra coisa não fez senão repelir e<br />

extravasar o sofrimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>zessete<br />

anos. Aqui em <strong>Pernambuco</strong> já não<br />

ocorreu fato semelhante porque as<br />

oposições estão conscientes da sua<br />

posição, sem recuarem um passo <strong>de</strong> que<br />

a solução para o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>,<br />

está prestes a acontecer com a realização<br />

<strong>de</strong> eleições com a candidatura sem dúvida<br />

alguma <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>r Marcos Freire.


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Portanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong> uma maneira mais franca possível,<br />

estamos aqui para dizer que ainda esta<br />

semana o Dep. Hugo Martins solicitou a<br />

esta Casa, a aprovação <strong>do</strong> Requerimento<br />

<strong>de</strong> congratulações com os Sindicatos<br />

rurais <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> que reuni<strong>do</strong>s na<br />

Serra Talhada, e procuraram levar até o<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, as reivindicações,<br />

mas infelizmente o Dep. Hugo Martins não<br />

foi atendi<strong>do</strong> <strong>de</strong>liberadamente e teve o seu<br />

Requerimento <strong>de</strong>rrota<strong>do</strong>. Seria o caso <strong>de</strong><br />

perguntarmos se o Dep. Hugo Martins por<br />

acaso estivesse aqui solicitan<strong>do</strong><br />

congratulações por um sindicato que<br />

tivesse, por exemplo, tenta<strong>do</strong> marchar<br />

para o Recife em termos <strong>de</strong> passeata,<br />

para chegar em frente ao Palácio <strong>do</strong><br />

Governo, aí ainda po<strong>de</strong>ríamos ter a<br />

recusa daqueles que fazem o Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Governo.<br />

Fica então através das nossas palavras,<br />

uma advertência <strong>de</strong> que nos que fazemos<br />

oposição em <strong>Pernambuco</strong> estamos<br />

conscientes e iremos ocupar to<strong>do</strong>s os<br />

espaços que nos forem ofereci<strong>do</strong>s, que<br />

não forem da<strong>do</strong> condições <strong>de</strong> ocupar,<br />

para dizer que estaremos sempre atentos,<br />

atentos para cobrar, para sempre<br />

estarmos aqui lembran<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o que<br />

nós queremos em <strong>Pernambuco</strong>, sem<br />

dúvida nenhuma, são as realizações <strong>de</strong><br />

eleições e não prorrogações <strong>de</strong> mandatos,<br />

como aconteceu em 1980. nós queremos<br />

realizações <strong>de</strong> eleições para julgarmos,<br />

para que o povo possa historicamente<br />

julgar aqueles que há <strong>de</strong>zessete anos<br />

vêm infelicitan<strong>do</strong> esta Nação.<br />

Muito Obriga<strong>do</strong>.<br />

(Assume a Presidência o Deputa<strong>do</strong><br />

Argemiro Pereira.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o<br />

Deputa<strong>do</strong> Eduar<strong>do</strong> Pan<strong>do</strong>lfi.<br />

O Sr. EDUARDO PANDOLFI - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Senhores Deputa<strong>do</strong>s, vimos<br />

a a Tribuna <strong>de</strong>sta Casa para convidar os<br />

senhores parlamentares para o<br />

lançamento <strong>do</strong> livro “Resistir é Preciso”,<br />

<strong>de</strong> Alípio <strong>de</strong> Freitas, padre Alípio, que será<br />

lança<strong>do</strong> segunda-feira, às <strong>de</strong>zoito horas,<br />

no Livro 7. O livro <strong>do</strong> padre Alípio relata as<br />

suas experiências na prisão, relata os<br />

seus sofrimentos, submeti<strong>do</strong> a torturas, e<br />

também um livro sobre o sistema<br />

penitenciário brasileiro, sobre as péssimas<br />

condições por que passam, não só os<br />

presos políticos mas também os presos<br />

comuns neste País.<br />

No perío<strong>do</strong> que passou na ca<strong>de</strong>ia o padre<br />

Alípio <strong>de</strong> Freitas compreen<strong>de</strong>u bem toda<br />

essa máquina infernal que e a máquina<br />

penitenciária brasileira. E o livro portanto é<br />

um livro <strong>de</strong> dupla utilida<strong>de</strong>, é um livro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>núncia das torturas por ele sofridas e é<br />

também um livro <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias <strong>do</strong> sistema<br />

penitenciário no Brasil apontan<strong>do</strong> inclusive<br />

soluções para as questões penitenciárias<br />

no Brasil.<br />

Assim, Sr. Presi<strong>de</strong>nte e senhores<br />

Deputa<strong>do</strong>s, esperamos o comparecimento<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, segunda-feira, às <strong>de</strong>zoito horas,<br />

na Livro 7, na Rua 7 <strong>de</strong> Setembro, para<br />

que o prestigiamos com a nossa presença<br />

o lançamento <strong>do</strong> livro “Resistir é Preciso”,<br />

<strong>de</strong> Alípio <strong>de</strong> Freitas.<br />

(De parte <strong>do</strong>s Srs. Deputa<strong>do</strong>s José<br />

Liberato, Ribeiro Go<strong>do</strong>y, Harlan Ga<strong>de</strong>lha,<br />

Nilton Carneiro (3), Antônio Benjamim e<br />

Mansueto De Lavor, vêm à Mesa,<br />

respectivamente, <strong>de</strong> per si, as seguintes<br />

proposições):<br />

Requerimento Nº 2353<br />

Requeiro à Mesa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cumpridas as<br />

formalida<strong>de</strong>s regimentais, seja consigna<strong>do</strong><br />

na Ata nos nossos trabalhos, um voto <strong>de</strong><br />

congratulações ao Exmo. Sr. Governa<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, Dr. José<br />

Augusto Amaral <strong>de</strong> Souza, aos Exmos<br />

Srs. Dr. Olímpio Tabajara, Secretário <strong>de</strong><br />

Administração daquele esta<strong>do</strong> e ao Dr.<br />

Orly Érico da Costa Fachin. Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

Instituto <strong>de</strong> Previdência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, pela passagem <strong>do</strong><br />

cinquentenário <strong>do</strong> IPERGS.<br />

Justificativa<br />

Dentro <strong>de</strong> meio século <strong>de</strong> existência, o<br />

Instituto <strong>de</strong> Previdência o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, IPERGS, através <strong>de</strong> sua<br />

atual diretoria, traçou uma filosofia <strong>de</strong><br />

trabalho na qual ten<strong>de</strong> crescer ainda mais,<br />

buscan<strong>do</strong> um maior aperfeiçoamento.<br />

Cria<strong>do</strong> em 1930 pelo então Interventor<br />

417


418<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Fe<strong>de</strong>ral José Antônio Flores da Cunha,<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover e<br />

<strong>de</strong>senvolver a previdência e assistência<br />

social, em favor <strong>do</strong>s funcionários <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Municípios e das classes<br />

proletária, o IPERGS tornou-se uma<br />

organização mo<strong>de</strong>lo em to<strong>do</strong> país. Após<br />

anos ele foi esboçan<strong>do</strong> o seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, num trabalho cuida<strong>do</strong>so<br />

e planeja<strong>do</strong>, motivo mais <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong>za<br />

atual. Hoje é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma das<br />

entida<strong>de</strong>s previ<strong>de</strong>nciárias, com projeção<br />

nacional e uma sólida estrutura que<br />

aten<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 700 mil beneficiários,<br />

segura<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. O IPERGS<br />

oferece uma assistência completa, em<br />

to<strong>do</strong>s os níveis e justamente no ano <strong>de</strong><br />

seu cinquentenário, trabalha para atingir<br />

metas aperfeiçoadas, levan<strong>do</strong> assim, a<br />

segurança e garantias aos seus<br />

beneficiários.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Plenário dê-se<br />

conhecimento as autorida<strong>de</strong>s acima<br />

mencionadas.<br />

Sala das Reuniões, em 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

José Liberato<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Requerimento Nº 2356<br />

Requeremos, obe<strong>de</strong>cidas as formalida<strong>de</strong>s<br />

regimentais, consta na Ata <strong>do</strong>s nossos<br />

trabalhos um Voto <strong>de</strong> Congratulações pela<br />

eleição <strong>do</strong> Secretário <strong>de</strong> Habitação, José<br />

Jorge <strong>de</strong> Vasconcelos, para a Vice-<br />

Presidência da Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

COHAB's, justo reconhecimento ao<br />

atuante auxiliar <strong>do</strong> Governo Maciel que<br />

tem, inegavelmente, feito da missão<br />

confiada uma verda<strong>de</strong>ira trajetória <strong>de</strong><br />

eleva<strong>do</strong> senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> com o<br />

espírito volta<strong>do</strong> aos menos favoreci<strong>do</strong>s.<br />

Desta <strong>de</strong>cisão da Casa <strong>de</strong> Joaquim<br />

Nabuco se dê conhecimento ao nosso<br />

ilustre homenagea<strong>do</strong> diante <strong>de</strong> um evento<br />

por to<strong>do</strong>s os mo<strong>do</strong>s significativo.<br />

Oral.<br />

Justificativa<br />

Sala das Reuniões, em <strong>21</strong> <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Ribeiro Go<strong>do</strong>y<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Projeto Nº 1138<br />

Ementa: Transfere Subvenção.<br />

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO<br />

ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

DECRETA:<br />

Art. 1º - Fica transferida a importância <strong>de</strong><br />

Cr$ 8.000,00 (oito mil cruzeiros), parte da<br />

<strong>do</strong>tação discriminada no A<strong>de</strong>n<strong>do</strong> “C” <strong>do</strong><br />

Orçamento Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong> corrente<br />

exercício em nome da Faculda<strong>de</strong><br />

Olin<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Professores, para o Colégio<br />

e Curso 2.001. <strong>de</strong>sta Capital, a fim <strong>de</strong><br />

custear bolsa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Dilza <strong>de</strong><br />

Queiroz Lira.<br />

Art. 2º - A presente lei entrará em vigor na<br />

data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

Art. 3º - Revogam-se as disposições em<br />

contrário.<br />

Oral.<br />

Justificativa<br />

Sala das Reuniões, em <strong>21</strong> <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Às 1ª, 2ª e 5ª Comissões.<br />

Indicação Nº <strong>21</strong>01<br />

Indicamos à Mesa, cumpridas as<br />

formalida<strong>de</strong>s regimentais, e, ainda, ouvi<strong>do</strong><br />

o Plenário, seja lembrada ao Exmo. Sr.<br />

Secretário <strong>do</strong> Trabalho, e ao Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Serviço Social Agamenon<br />

Magalhães (SSAM), a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mandarem esten<strong>de</strong>r até a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

3 Carneiros, no Ibura <strong>de</strong> Cima, a<br />

Operação Osval<strong>do</strong> Cruz, para aten<strong>de</strong>r às<br />

quase 4 mil famílias que resi<strong>de</strong>m lá,<br />

pessoas pobres, que não têm nenhuma<br />

assistência médica no local, ou pelo<br />

menos nas adjacências.<br />

Justificativa<br />

Em boa hora o Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> lançou<br />

a Operação Osval<strong>do</strong> Cruz para dar<br />

assistência às comunida<strong>de</strong>s carentes.


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Merece pois, <strong>do</strong> povo, aplausos pela<br />

iniciativa. Em vista disso, apelamos, para<br />

o Secretário <strong>do</strong> Trabalho e ao Serviço<br />

Social Agamenon Magalhães, esten<strong>de</strong>r<br />

até o bairro <strong>de</strong> 3 Carneiros os benefícios<br />

<strong>de</strong>sse programa.<br />

Três (3) Carneiros é uma comunida<strong>de</strong><br />

pobre com uma população <strong>de</strong> quase 30<br />

mil pessoas totalmente aban<strong>do</strong>nadas. Por<br />

isso pedimos sua inclusão na benéfica<br />

Operação Osval<strong>do</strong> Cruz.<br />

Sala das Reuniões, em 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Nilton Carneiro<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 2099<br />

Indicamos à Mesa, cumpridas as<br />

formalida<strong>de</strong>s regimentais, seja lembrada<br />

ao Exmo. Sr. Ministro <strong>do</strong>s Transportes <strong>do</strong><br />

Brasil, Engenheiro Eliseu Rezen<strong>de</strong>, a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não permitir, nos 9<br />

Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste Brasileiro,<br />

principalmente em <strong>Pernambuco</strong>, o uso <strong>do</strong><br />

novo sistema <strong>de</strong> catracas eletrônicas para<br />

os transportes coletivos, como está<br />

previsto, para não causar o <strong>de</strong>semprego<br />

em massa <strong>do</strong>s numerosos cobra<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

ônibus, como já se comenta, aumentan<strong>do</strong><br />

o pânico, ainda mais provoca<strong>do</strong> pela onda<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego que assola o Nor<strong>de</strong>ste,<br />

bem acentua<strong>do</strong> nas Capitais <strong>do</strong>s 9<br />

Esta<strong>do</strong>s que formam a citada Região.<br />

O Governo <strong>de</strong>ve obrigar as empresas <strong>de</strong><br />

ônibus que a<strong>do</strong>tarem as catracas<br />

eletrônicas (borboletas) a manter<br />

emprega<strong>do</strong>s 2 cobra<strong>do</strong>res para cada<br />

ônibus <strong>de</strong> sua frota, como forma <strong>de</strong> evitar<br />

o <strong>de</strong>semprego.<br />

Esses cobra<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>riam ficar sen<strong>do</strong><br />

aproveita<strong>do</strong>s para trocar dinheiro <strong>do</strong>s<br />

senhores passageiros para não atrasar as<br />

viagens, quan<strong>do</strong> fossem pagar as<br />

passagens para <strong>de</strong>scer <strong>do</strong>s coletivos<br />

servi<strong>do</strong>s pelo novo sistema.<br />

Oral.<br />

Justificativa<br />

Sala das Reuniões, em <strong>21</strong> <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Nilton Carneiro<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Requerimento Nº 2357<br />

Requeiro à Mesa, na forma regimental,<br />

seja registra<strong>do</strong> nas Atas <strong>do</strong>s trabalhos<br />

<strong>de</strong>sta Casa um voto <strong>de</strong> profun<strong>do</strong> pesar<br />

pelo falecimento <strong>do</strong> Dr. Pedro Raimun<strong>do</strong><br />

Rego, ocorri<strong>do</strong> à 10 <strong>do</strong> corrente mês, na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juazeiro da Bahia.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Plenário sejam<br />

cientifica<strong>do</strong>s o Sr. Diniz Cavalcanti,<br />

Prefeito <strong>de</strong> Petrolina e a Sra. Betinha<br />

Cavalcanti Rego, esta resi<strong>de</strong>nte à Praça<br />

da Ban<strong>de</strong>ira, nº 45, Juazeiro/Bahia.<br />

Oral.<br />

Justificativa<br />

Sala das Reuniões, <strong>21</strong> <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>1981</strong>.<br />

Mansueto De Lavor<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº <strong>21</strong>00<br />

Indicamos à Mesa, cumpridas as<br />

disposições regimentais, seja lembrada ao<br />

Exmo. Sr. Secretário <strong>do</strong> Trabalho e Ação<br />

Social, bem como ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

Serviço Social Agamenon Magalhães<br />

(SSAM), a necessida<strong>de</strong> da Operação<br />

Osval<strong>do</strong> Cruz conce<strong>de</strong>r gratuitamente, às<br />

pessoas carentes a Carteira <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

exigida para exercer qualquer trabalho,<br />

complementan<strong>do</strong> as finalida<strong>de</strong>s da<br />

campanha, ao nosso ver lançada em boa<br />

hora e que objetivou aten<strong>de</strong>r as<br />

comunida<strong>de</strong>s mais carentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Justificativa<br />

Há muita gente necessitan<strong>do</strong> <strong>de</strong> carteiras<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para obter empregos. Todavia<br />

as gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelo<br />

povo têm evita<strong>do</strong> que essas pessoas<br />

pobres consigam seus objetivos mais<br />

facilmente.<br />

É comum se <strong>de</strong>slocarem, ainda <strong>de</strong><br />

madrugada, para os Postos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />

visan<strong>do</strong> obter este <strong>do</strong>cumento, e gastam<br />

dinheiro com ônibus e enfrentam perigos<br />

<strong>de</strong> assaltos. Por isso enten<strong>de</strong>mos que o<br />

Governo, através da Operação Osval<strong>do</strong><br />

Cruz, po<strong>de</strong>ria também a<strong>do</strong>tar a entrega<br />

das Carteiras <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> esta<br />

operação estiver atuan<strong>do</strong>.<br />

Dê-se ciência na integra, <strong>de</strong>sta proposição<br />

para melhor sensibilizar as autorida<strong>de</strong>s.<br />

419


420<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Sala das Reuniões, em 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Nilton Carneiro<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº <strong>21</strong>02<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, Dr. Marco Antônio<br />

Maciel, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>mitir o Delega<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> Polícia <strong>de</strong> Santa Terezinha, que vem<br />

a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> um comportamento incompatível<br />

com a função, pratican<strong>do</strong> arbitrarieda<strong>de</strong>s<br />

contra cidadãos honra<strong>do</strong>s e acobertan<strong>do</strong><br />

malfeitores, tu<strong>do</strong> para aten<strong>de</strong>r aos<br />

caprichos <strong>do</strong> incompetente, inoperante e<br />

indigno Prefeito local. Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta<br />

casa seja da<strong>do</strong> conhecimento ao<br />

Verea<strong>do</strong>r Antonio Siqueira da Silva.<br />

Justificativa<br />

O atual Delega<strong>do</strong> <strong>de</strong> Polícia <strong>de</strong> Santa<br />

Terezinha vem pratican<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> quanto é<br />

<strong>de</strong> arbitrarieda<strong>de</strong>s daquele Município a<br />

serviço <strong>do</strong> Prefeito local.<br />

De início, vem negan<strong>do</strong>,<br />

sistematicamente, o Atesta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Residência exigi<strong>do</strong> pela Justiça Eleitoral<br />

aos Cidadãos que não são recomenda<strong>do</strong>s<br />

pelo Chefe da Edilida<strong>de</strong>.<br />

O Sargento que vem ocupan<strong>do</strong> a<br />

Delegacia <strong>de</strong> Santa Terezinha vem<br />

apreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, irregularmente, armas <strong>de</strong><br />

cidadãos honra<strong>do</strong>s da Cida<strong>de</strong>, inclusive<br />

comerciantes e <strong>de</strong>vidamente autoriza<strong>do</strong>s<br />

mediante Porte <strong>de</strong> Arma, a uma simples<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> Prefeito local.<br />

Além disso, vem instauran<strong>do</strong> processos e<br />

efetuan<strong>do</strong> prisões arbitrárias, sem<br />

qualquer or<strong>de</strong>m judicial ou flagrante,<br />

apenas pelo fato <strong>de</strong> o cidadão, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

bem, não concordar com as<br />

irregularida<strong>de</strong>s praticadas pelo Prefeito, o<br />

que tem obriga<strong>do</strong> muitas vezes a<br />

impetração <strong>de</strong> Habeas Corpus, oneran<strong>do</strong><br />

o povo or<strong>de</strong>iro e pacato da Cida<strong>de</strong>.<br />

Como temos plena convicção <strong>de</strong> que o<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> não concorda com<br />

tais expedientes, contamos com suas<br />

enérgicas providências visan<strong>do</strong> coibir<br />

esse abuso que vem maculan<strong>do</strong>, não<br />

somente o seu Governo como o bom<br />

nome da própria Polícia Militar <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> cujo coman<strong>do</strong> igualmente<br />

não agasalha tal comportamento.<br />

Por tu<strong>do</strong> isso, esperamos a aprovação<br />

<strong>de</strong>sta proposição.<br />

Sala das Reuniões, em 19 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

<strong>1981</strong>.<br />

Antônio Benjamim<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

O Sr. PRESIDENTE - Não haven<strong>do</strong> mais<br />

ora<strong>do</strong>res inscritos no Pequeno<br />

Expediente, passa-se ao Gran<strong>de</strong><br />

Expediente.<br />

Com a palavra o Dep. Manoel Cavalcanti.<br />

O Sr. MAVIAEL CAVALCANTI - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, não po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer o meu protesto contra o<br />

que nós assistimos, e po<strong>de</strong>ria dizer e<br />

afirmar, <strong>de</strong> um complô contra o programa<br />

<strong>do</strong> álcool no Brasil. To<strong>do</strong>s nós sabemos<br />

da luta para a implantação <strong>de</strong>sse<br />

programa, que é um programa sobretu<strong>do</strong><br />

nacional, pois sabemos da crise em que<br />

passamos, implantação da indústria <strong>do</strong><br />

álcool, que é típica <strong>do</strong> interior, que é<br />

levada sobretu<strong>do</strong> para as cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

interior, implica inicialmente no merca<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> trabalho na fixação <strong>do</strong> homem <strong>do</strong><br />

campo, além disso, da ânsia <strong>de</strong> to<strong>do</strong><br />

brasileiro, pelo menos, daqueles que<br />

pensam em termo nacional, em termo <strong>de</strong><br />

Brasil, da necessida<strong>de</strong> da substituição da<br />

gasolina pelo álcool, não a substituição<br />

total mas pelo menos daqueles<br />

programação estabelecida inicialmente<br />

pelo Governo <strong>de</strong> alcançarmos uma<br />

redução na importância da gasolina para<br />

pudéssemos ter um equilíbrio na balança<br />

orçamentária brasileira. Mas o que nos<br />

assistimos ultimamente Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s, é uma campanha<br />

<strong>de</strong>scrença, é uma campanha <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>smoralização contra o programa <strong>do</strong><br />

álcool que acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, um programa<br />

nacional e vamos encontrar <strong>de</strong>ntro<br />

aqueles que participam <strong>de</strong>ssa campanha<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scrença ma própria Petrobrás que<br />

aliada as multinacionais e mui<br />

especialmente as responsáveis pelas<br />

indústrias automobilísticas que<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam em to<strong>do</strong> o Brasil uma


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

campanha contra essa programação <strong>do</strong><br />

Álcool, contra essa programação da<br />

energia nacional.<br />

Assistimos inicialmente sem que haja<br />

maior fiscalização <strong>do</strong> Governo, a indústria<br />

automobilística ai fabricar os carros a<br />

álcool trazen<strong>do</strong> em sua gran<strong>de</strong> maioria<br />

carros <strong>de</strong>feituosos para que leve a<br />

<strong>de</strong>scrença ao povo brasileiro, para que<br />

esse programa caia na <strong>de</strong>scrença diante<br />

<strong>do</strong>s menos avisa<strong>do</strong>s, e o pior que isto Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, é que a<br />

própria comunida<strong>de</strong> brasileira começa a<br />

acreditar, e começa a acreditar por falta<br />

<strong>de</strong> uma maior campanha <strong>de</strong><br />

esclarecimento, por falta talvez <strong>de</strong> que<br />

uma própria união entre os políticos<br />

brasileiros, entre os diversos Parti<strong>do</strong>s<br />

brasileiros, sejam <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>s tanto<br />

no Congresso Nacional como nas<br />

Assembléias, uma campanha <strong>de</strong><br />

esclarecimento ao povo contra esta<br />

campanha que estabelece para <strong>de</strong>scrença<br />

<strong>do</strong> programa <strong>do</strong> álcool. Hoje, os próprios<br />

industriais <strong>do</strong> álcool, os homens partilham<br />

acreditan<strong>do</strong> no Governo implantar,<br />

começam a ver uma interrogação sem<br />

saber por on<strong>de</strong> an<strong>de</strong> caminhamos e<br />

aon<strong>de</strong> chegamos nesse campanha, da<br />

programação da ampliação ou não, <strong>do</strong><br />

programa <strong>de</strong> álcool brasileiro.<br />

V. Exa. po<strong>de</strong>m observar que são diversos<br />

os setores <strong>do</strong> Governo especialmente,<br />

aqueles que são dirigi<strong>do</strong>s pelos<br />

tecnocratas que, acredita, vendida às<br />

multinacionais - <strong>de</strong>sencan<strong>de</strong>am esta<br />

campanha <strong>de</strong> <strong>de</strong>smoralização contra o<br />

álcool. Agora mesmo nós nos <strong>de</strong>paramos<br />

com um fenômeno que nos assim,<br />

podíamos dizer fenômeno, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os<br />

tecnocratas conseguiram criar – quase o<br />

que eu po<strong>de</strong>ria dizer, impossível, para a<br />

imaginação brasileira, este selo<br />

obrigatório, para o carro a álcool. Ora, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, se nós<br />

compramos um carro fabrica<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> toda<br />

a <strong>do</strong>cumentação diz que o carro é a<br />

álcool, on<strong>de</strong> existe já, uma plaqueta<br />

i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> que o carro é a álcool. Nós<br />

perguntamos: qual é a razão que leva o<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Petróleo a criar<br />

este selo para o carro a álcool? Qual a<br />

razão <strong>de</strong>sta discriminação <strong>de</strong> colocar este<br />

selo “a álcool”, <strong>de</strong> obrigar o proprietário <strong>do</strong><br />

carro - mesmo com o seu carro já<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>, com o seu carro com placa<br />

i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> que o carro é a álcool, com o<br />

seu carro <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong> e provan<strong>do</strong> que o<br />

carro é a álcool, qual a razão que leva o<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Petróleo a criar<br />

este selo? Eu po<strong>de</strong>ria até aceitar a idéia<br />

<strong>de</strong> que o carro que for retifica<strong>do</strong>, eles iam<br />

ter o selo - admitamos que isto existisse.<br />

Que fosse coloca<strong>do</strong> um selo, no momento<br />

<strong>de</strong> sua retificação, para que aspectos<br />

pu<strong>de</strong>ssem i<strong>de</strong>ntificar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que só estes<br />

carros i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m receber álcool.<br />

Mas, o carro <strong>de</strong> que, <strong>de</strong> origem da fábrica,<br />

um carro que já tem todas as suas<br />

características, i<strong>de</strong>ntificadas através <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>cumentos e, através <strong>de</strong> placas, qual a<br />

razão <strong>de</strong> levar este selo? Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s, nós só i<strong>de</strong>ntificamos<br />

nisto, esta discriminação, senão a razão<br />

<strong>de</strong> dificultar, cada vez mais, o programa<br />

<strong>do</strong> álcool, no Brasil. Conce<strong>do</strong> um aparte<br />

ao Dep. Gilvan Sá Barreto.<br />

O Sr. Gilvan Sá Barreto - Dep. Maviael<br />

Cavalcanti, sem dúvida nenhuma, V. Exa.<br />

tem mais <strong>de</strong> que a razão, em trazer a esta<br />

Casa, nesta manhã, e seu protesto, a sua<br />

indignação, que diz respeito à falta <strong>de</strong><br />

uma conseqüência lógica, que po<strong>de</strong>ria ter,<br />

o programa <strong>do</strong> álcool, no Brasil.<br />

Realmente, Dep. Maviael Cavalcanti,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> se começou<br />

a falar no projeto com motor a álcool, foi<br />

uma solução para o povo brasileiro. Foi<br />

uma solução <strong>do</strong> Governo, porque visou,<br />

simplesmente, adiar, prorrogar, a crise por<br />

que passava a indústria automobilística<br />

brasileira, fruto da política econômica que<br />

foi imposta, neste País, implantada neste<br />

País, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 64. E, esta solução <strong>de</strong><br />

Governo, to<strong>do</strong>s nós sabemos, que<br />

começou, inclusive com os carros oficiais,<br />

os carros <strong>de</strong> repartições públicas, a<br />

receberem a conversão. E, me lembro<br />

perfeitamente bem, <strong>de</strong> logo no início, o<br />

jornalista Joelmir Beting, num brilhante<br />

Artigo, dizia que o Governo - já naquela<br />

época - procurava obstacular, procurava<br />

complicar, procurava embaralhar a gran<strong>de</strong><br />

opinião pública brasileira, no que diz<br />

respeito ao Projeto <strong>do</strong> Pró-Álcool, e<br />

começou inclusive a diversificação em<br />

termo <strong>do</strong>s mais varia<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> álcool<br />

4<strong>21</strong>


422<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

que po<strong>de</strong>ria ser obti<strong>do</strong> não só da cana <strong>de</strong><br />

açúcar, quan<strong>do</strong> nós sabemos<br />

perfeitamente bem, e V. Exa. sabe muito<br />

mais <strong>de</strong> que esse mo<strong>de</strong>sto ora<strong>do</strong>r que lhe<br />

aparteia, <strong>de</strong> que a Cana <strong>de</strong> açúcar é<br />

realmente a melhor matéria, e a melhor<br />

condição que oferece <strong>do</strong> aproveitamento e<br />

da substituição, como alternativa o álcool.<br />

E Joelmir Beting dizia, não adianta<br />

complicar o Projeto Pró-Álcool, porque<br />

razão esta complicação, <strong>de</strong>ixe os<br />

brasileiros, com seu talento, com sua<br />

capacida<strong>de</strong> resolveram eles próprios,<br />

atrás nos quintais <strong>de</strong> suas casas, nas<br />

oficinas, em pé <strong>de</strong> escada, aon<strong>de</strong> fosse,<br />

porque terminaria o brasileiro a construir<br />

motor movi<strong>do</strong> a nada. Essas foram as<br />

expressões mais ou menos <strong>do</strong> jornalista<br />

Joelmir Beting, a realida<strong>de</strong> é esta<br />

Deputa<strong>do</strong> Maviael Cavalcanti, o Governo<br />

agora se vê mais uma vez pressiona<strong>do</strong><br />

pela Indústria Automobilística no Brasil e<br />

com esta pressão procura a cada dia<br />

complicar, complicar a vida daqueles que<br />

adquiriram carros movi<strong>do</strong>s a álcool, ou<br />

que então nas oficinas, nos subúrbios, nas<br />

cida<strong>de</strong>s, no interior fizeram a conversão, e<br />

que hoje perfeitamente bem estão aí<br />

trafegan<strong>do</strong> sem que haja com isso<br />

nenhum prejuízo para o Pró-Álcool. Não<br />

será a fixação <strong>de</strong> um selo que irá <strong>de</strong><br />

maneira nenhuma regularizar, isto sim,<br />

algumas conversões, ou muitas<br />

conversões que não feitas tecnicamente.<br />

O Governo <strong>de</strong>veria ao invés <strong>de</strong> se<br />

preocupar na fixação <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sivos que<br />

i<strong>de</strong>ntifiquem aqueles que estão trafegan<strong>do</strong><br />

com carro a álcool, <strong>de</strong>veria isto sim, incitar<br />

uma campanha a nível nacional, junto as<br />

revendas <strong>de</strong> automóveis, enfim junto a<br />

população <strong>de</strong>ste País, para que tenhamos<br />

isto sim Deputa<strong>do</strong> Maviael Cavalcanti, um<br />

motor que seja realmente fabrica<strong>do</strong> para<br />

receber a <strong>de</strong>stinação a álcool, e não<br />

adaptação que foram feitas pelas gran<strong>de</strong>s<br />

empresas multinacionais fabricantes <strong>de</strong><br />

veículos automotores no Brasil. V. Exa.<br />

está bem lembra<strong>do</strong> e pedin<strong>do</strong>-lhe<br />

<strong>de</strong>sculpa pelo aparte tão prolonga<strong>do</strong>, <strong>de</strong><br />

que seu Mário Garnero, até quan<strong>do</strong> não<br />

tinha participa<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong><br />

Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>do</strong> problema<br />

energético no Brasil, até enquanto seu<br />

Mário Garnero, não tinha participa<strong>do</strong>, e<br />

saben<strong>do</strong> qual é a sua participação na<br />

primeira e na segunda reunião, esse<br />

cidadão ao invés <strong>de</strong> comparecer nesta<br />

Comissão, viajou para fazer um safari na<br />

África, quan<strong>do</strong> voltou aí sim já po<strong>de</strong> dizer<br />

qual o reca<strong>do</strong> que po<strong>de</strong>ria dar, nós<br />

queremos duzentos mil carros a álcool, e<br />

entregar no merca<strong>do</strong> brasileiro, carros que<br />

não correspon<strong>de</strong>m com a realida<strong>de</strong>, com<br />

material que realmente muita das retíficas<br />

aqui no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> tem<br />

condições <strong>de</strong> oferecer melhores<br />

condições <strong>de</strong> que os carros fabrica<strong>do</strong>s<br />

pelas Indústrias automobilísticas no País.<br />

V. Exa. tem razão, V. Exa. protesta como<br />

um homem conhece<strong>do</strong>r, inclusive da<br />

problemática da cana <strong>de</strong> açúcar no<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, sabe o que<br />

significaria o Pró-Álcool para o Brasil,<br />

sabe perfeitamente bem, só para encerrar<br />

Deputa<strong>do</strong> Maviael Cavalcanti, estivemos<br />

juntamente com o Deputa<strong>do</strong> Paulo<br />

Men<strong>do</strong>nça, com o Deputa<strong>do</strong> Roosevelt<br />

Gonçalves e com o Deputa<strong>do</strong> Torquato<br />

Ferreira Lima, conversan<strong>do</strong> com o Cônsul<br />

<strong>do</strong> Brasil em Miami, quan<strong>do</strong> ele nos<br />

afirma, <strong>de</strong> que se o programa <strong>de</strong> álcool,<br />

se os carros a álcool pu<strong>de</strong>ssem chegar<br />

com a nossa tecnologia, pu<strong>de</strong>ssem<br />

chegar lá nos Esta<strong>do</strong> Uni<strong>do</strong>s,<br />

principalmente na Flórida, nós teríamos<br />

um gran<strong>de</strong> avanço, porque lá eles<br />

também estão preocupa<strong>do</strong>s com a<br />

solução da alternativa <strong>do</strong> petróleo através<br />

<strong>do</strong> álcool. Mas, infelizmente,o nosso<br />

Governo está preso, aos interesses das<br />

gran<strong>de</strong>s empresas e a solução <strong>do</strong> álcool e<br />

não foi solução <strong>do</strong> povo, foi solução <strong>do</strong><br />

Governo. Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />

(Assume a Presidência o Deputa<strong>do</strong> José<br />

Fernan<strong>de</strong>s.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Continua com a<br />

palavra o Deputa<strong>do</strong> Maviael Cavalcanti.<br />

O Sr. MAVIAEL CAVALCANTI - Eu<br />

agra<strong>de</strong>ço o aparte <strong>de</strong> V. Exa. Deputa<strong>do</strong> e<br />

incorporo ao meu pronunciamento.<br />

Mas, continuan<strong>do</strong>, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s, não entendi, nem enten<strong>do</strong><br />

essa discriminação. Se existe selo para o<br />

carro a álcool, porque não o selo para o<br />

carro a gasolina? E ainda mais po<strong>de</strong>ria se


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

alegar que era um problema <strong>do</strong> controle<br />

<strong>do</strong> consumo <strong>do</strong> álcool. Ora, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, se existe uma<br />

procura gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> álcool, é uma<br />

<strong>de</strong>monstração patente que álcool está<br />

sen<strong>do</strong> bem aceito e que este Programa o<br />

povo está aceitan<strong>do</strong>, o povo esta<br />

contribuin<strong>do</strong>, o povo está colaboran<strong>do</strong>.<br />

Agora vejam os senhores que enquanto<br />

nós assistimos essas dificulda<strong>de</strong>s criadas<br />

para o programa <strong>do</strong> álcool, paralelamente<br />

nós assistíamos nos jornais<br />

pronunciamento <strong>do</strong> Ministro <strong>de</strong> Energia<br />

dizen<strong>do</strong> que to<strong>do</strong> o apoio seria da<strong>do</strong> ao<br />

Programa Nuclear. Vejam os Senhores<br />

que o programa <strong>do</strong> álcool é um programa<br />

nosso, é um programa nacional com<br />

tecnologia nacional, são recursos nossos,<br />

são mãos <strong>de</strong> obra nossas, é a nossa<br />

tecnologia. O programa nuclear totalmente<br />

importa<strong>do</strong>, com a tecnologia importada,<br />

mas, V. Exa. já começa a enten<strong>de</strong>r essa<br />

discriminação e po<strong>de</strong> perfeitamente<br />

chegar a uma conclusão das razões pelas<br />

quais se levam maior apoio ao programa<br />

nuclear e um <strong>de</strong>sprezo ao programa <strong>do</strong><br />

álcool no Brasil.<br />

Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s,<br />

restringe-se o crédito, dificulta-se a<br />

aprovação <strong>do</strong>s projetos que se <strong>de</strong>stinam a<br />

programação <strong>do</strong> álcool, tira-se a<br />

priorida<strong>de</strong> para esses programas, tu<strong>do</strong><br />

isso janta<strong>do</strong> a burocratização que hoje<br />

nós assistimos. E nós ainda perguntamos,<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, se esse<br />

selo não é uma iniciativa <strong>do</strong>s tecnocratas<br />

para dificultar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong><br />

programa energético no Brasil. Se esse<br />

selo então é mais uma burocratização<br />

on<strong>de</strong> está o Ministro da<br />

Desburocratização? Qual a iniciativa que<br />

tomou até o presente momento S. Exa.<br />

para evitar que esse selo perdure não só<br />

dificultan<strong>do</strong> o programa <strong>do</strong> álcool, mas,<br />

burocratizan<strong>do</strong>, que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser,<br />

através <strong>de</strong>sta burocratização um meio <strong>de</strong><br />

dificultar a ampliação <strong>do</strong> programa <strong>do</strong><br />

álcool.<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, por falta<br />

<strong>de</strong> condições, porque eu <strong>de</strong>sejava me<br />

ampliar nosso pronunciamento porque sei<br />

que hoje <strong>de</strong>verá iniciar uma consciência<br />

nacional da campanha contra aqueles que<br />

tentam <strong>de</strong>struir um programa nacional,<br />

mais <strong>do</strong> que nunca o Brasileiro irá<br />

<strong>de</strong>spertar, irá <strong>de</strong>spertar porque este selo é<br />

o indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> aquilo que durante<br />

este perío<strong>do</strong> estamos assistin<strong>do</strong> e que<br />

nos faltava, um espaço maior concreto<br />

que nos <strong>de</strong>monstrasse essa iniciativa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong> Governo a<br />

torpe<strong>de</strong>ar e a dificultar o programa <strong>do</strong><br />

álcool, programa energético <strong>do</strong> Brasil,<br />

mas fica então Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s o meu protesto a minha<br />

incerteza <strong>de</strong> que o Parti<strong>do</strong> Democrático<br />

social que não po<strong>de</strong> aceitar ser governista<br />

iniciativa <strong>de</strong>ssa natureza, ao Parti<strong>do</strong><br />

Social e não apenas a Oposição compete<br />

<strong>de</strong>nunciar, compete exigir e cobrar <strong>do</strong><br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral tomar uma posição no<br />

problema <strong>do</strong> álcool. Nós somos <strong>de</strong> um<br />

Parti<strong>do</strong>, parti<strong>do</strong> que dar o suporte ao<br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral e ao Governo Estadual<br />

mas, não po<strong>de</strong>mos porque pertencemos a<br />

esse Parti<strong>do</strong> nos curvarmos e <strong>de</strong>ixarmos<br />

que erros <strong>de</strong> natureza administrativa<br />

assistimos em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s setores <strong>do</strong><br />

Governo!<br />

O Sr. Edmir Régis - Deputa<strong>do</strong> Maviael<br />

Cavalcanti, na realida<strong>de</strong> a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> selo<br />

<strong>do</strong>s veículos movi<strong>do</strong>s a álcool foi uma<br />

idéia infeliz porque no momento em que<br />

existe o Ministério para <strong>de</strong>sburocratizar<br />

então vem o próprio Governo<br />

burocratizan<strong>do</strong> como diz o Deputa<strong>do</strong><br />

Mansueto De Lavor.<br />

Aquele selo a começar pela própria<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> material que ele se<br />

<strong>de</strong>spren<strong>de</strong> com facilida<strong>de</strong> basta a ação <strong>do</strong><br />

sol no para-brisa <strong>do</strong> automóvel para que o<br />

material emprega<strong>do</strong> se dissolva e quan<strong>do</strong><br />

cai to<strong>do</strong> cidadão será obriga<strong>do</strong> ir a uma<br />

<strong>de</strong>legacia <strong>de</strong> policia prestar uma queixa,<br />

registrar e com a certidão daquela queixa<br />

irá a uma <strong>de</strong>legacia para conseguir um<br />

novo selo. Então se este cidadão está<br />

numa viagem <strong>de</strong> percurso muito longo<br />

per<strong>de</strong> o selo numa cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> interior à<br />

noite ou mesmo a <strong>de</strong>legacia não tem<br />

meios <strong>de</strong> resolver o problema são<br />

dificulda<strong>de</strong>s que geram maiores<br />

dificulda<strong>de</strong>s ainda ao programa <strong>do</strong> álcool.<br />

Agora o que eu acho e eles escolheram<br />

um méto<strong>do</strong> erra<strong>do</strong> é porque na verda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma economia planificada,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um programa como é o Pró-<br />

423


424<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

álcool em que se joga com quantida<strong>de</strong>s e<br />

com valores eu acho que estava haven<strong>do</strong><br />

uma certa liberalida<strong>de</strong>, estava haven<strong>do</strong><br />

uma omissão <strong>do</strong> Governo com relação a<br />

inversão <strong>de</strong> carros a álcool porque<br />

sabemos que existe <strong>de</strong>zenas e centenas<br />

<strong>de</strong> automóveis converti<strong>do</strong>s em quintal <strong>de</strong><br />

casas sem o conhecimento <strong>do</strong> Governo<br />

porque o i<strong>de</strong>al era que a Petrobrás tivesse<br />

conhecimento <strong>de</strong> quantos carros temos<br />

movi<strong>do</strong> a álcool para então elaborar a<br />

programação <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>sse produto.<br />

De mo<strong>do</strong> que eu acho que esse produto<br />

num certo senti<strong>do</strong> o selo promove um<br />

controle, e necessário, porque se cada<br />

pessoa, individualmente começa a<br />

transformar o seu carro a álcool não<br />

usan<strong>do</strong> os meios corretos o da própria<br />

fábrica chegamos a um esta<strong>do</strong> realmente<br />

<strong>de</strong> saber quantos carros estão movi<strong>do</strong>s a<br />

álcool realmente. É esse o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

controle. Agora se for uma medida<br />

burocrática essa foi.<br />

O Sr. MAVIAEL CAVALCANTI -<br />

Deputa<strong>do</strong> Edmir Régis V. Exa. teria razão<br />

na parte <strong>do</strong> controle <strong>do</strong> álcool no que diz<br />

respeito aos carros retifica<strong>do</strong>s. Eu me<br />

referi no início se esse selo fosse<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos carros retifica<strong>do</strong>s ai V.<br />

Exa. tinha razão, mas o carro fabrica<strong>do</strong> a<br />

álcool já está sob o controle <strong>do</strong> Governo,<br />

o carro fabrica<strong>do</strong> a álcool já tem o controle<br />

das indústrias porque quan<strong>do</strong> eles são<br />

autoriza<strong>do</strong>s na fabricação sofre<br />

automaticamente esse crivo. Dai admitiria<br />

uma forma <strong>de</strong> controle para o carro<br />

retifica<strong>do</strong> mas, não para o carro fabrica<strong>do</strong><br />

nobre Deputa<strong>do</strong>. Então é diante disso que<br />

eu vejo mais um complô contra o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> programa <strong>do</strong> álcool<br />

no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e, no Brasil.<br />

Ainda há poucos instantes eu ouvia <strong>do</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> Barreto Guimarães <strong>do</strong> fala<strong>do</strong><br />

entusiasmo, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que to<strong>do</strong>s<br />

mantivesse esse entusiasmo em regozijo<br />

da certeza e <strong>do</strong> progresso da gran<strong>de</strong>za <strong>do</strong><br />

Brasil e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, que nós<br />

chamávamos a atenção <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Barreto Guimarães, que como homem <strong>do</strong><br />

Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> PDS, que o nosso Parti<strong>do</strong> tem<br />

um programa, e nós queremos <strong>de</strong> olhar<br />

este programa e o programa <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

não está escrito, neste programa <strong>de</strong> que o<br />

Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong> PDS <strong>de</strong>ve dizer<br />

simplesmente como costumo dizer a<br />

Oposição amem; que eu não acredito que<br />

o Presi<strong>de</strong>nte Figueire<strong>do</strong> queira e <strong>de</strong>seje<br />

que os homens <strong>do</strong> Governo, pertencem<br />

ao PDS venham a esta Casa,<br />

simplesmente para confirmar tu<strong>do</strong> aquilo<br />

que os órgãos <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong>terminam. Nós temos uma obrigação<br />

maior com a Pátria, com o Brasil, e <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>ssa obrigação maior, nós silenciamos<br />

diante as vezes <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas<br />

posições, <strong>de</strong> certos tecnocratas ou<br />

mesmo <strong>do</strong> Governo por termos dúvidas,<br />

com essas posições, mas, quan<strong>do</strong> nós<br />

conscientizamos <strong>de</strong> que uma posição vem<br />

realmente contra os Interesses nacionais,<br />

vêm realmente contra o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>do</strong> Brasil, só nos resta <strong>de</strong>nunciar, e pedir<br />

em nome <strong>do</strong> próprio Parti<strong>do</strong>, ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte Figueire<strong>do</strong>, que tome as<br />

medidas necessárias para evitar que o<br />

caos venha contra a economia nacional, e<br />

para sobretu<strong>do</strong> neste caso<br />

especificamente neste caso <strong>do</strong> Programa<br />

<strong>do</strong> álcool, que to<strong>do</strong>s nós conhecemos e<br />

sabemos que está sen<strong>do</strong> sabota<strong>do</strong>s por<br />

diversos órgãos <strong>do</strong> Governo, por aqueles<br />

que são vendi<strong>do</strong>s, subordina<strong>do</strong>s às<br />

multinacionais, e chamar à atenção <strong>do</strong><br />

Governo, para que Sua Excelência o<br />

Presi<strong>de</strong>nte da República, não caia na sua<br />

boa vonta<strong>de</strong>, na sua consciência tranqüila<br />

em saber que por trás <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s esses<br />

órgãos existe aqueles que tentam<br />

torpe<strong>de</strong>ar e dificultar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>do</strong> álcool no Brasil. É necessário que o<br />

próprio Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Governo, neste instante<br />

se una à Oposição, para pedir ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte da República as medidas<br />

cabíveis e necessárias par evitar que o<br />

fato venha a se concretizar <strong>de</strong> uma vez<br />

por todas.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o Sr.<br />

Dep. Edmir Régis.<br />

O Sr. EDMIR RÉGIS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Os jornais <strong>de</strong> hoje trazem uma nota oficial<br />

<strong>do</strong> Sindicato da Indústria <strong>do</strong> Açúcar, <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, com o objetivo<br />

primordial, como afirma no seu intróito <strong>de</strong><br />

esclarecer a Opinião pública, quanto a um


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

<strong>de</strong>sentendimento havi<strong>do</strong> entre os<br />

produtores <strong>de</strong> açúcar, os usineiros e os<br />

fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana. Relativo a um<br />

crédito que seriam titulares, os<br />

agricultores canavieiros. Junto às usinas<br />

<strong>de</strong> açúcar, as quais estão vinculadas<br />

como fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana. Ao mesmo<br />

tempo, a nota salienta o <strong>de</strong>sejo <strong>do</strong><br />

Sindicato, <strong>de</strong> preservar a harmonia que<br />

<strong>de</strong>ve sub-existir entre as duas classes e<br />

dirimir quaisquer dúvidas que possam<br />

comprometer o seu relacionamento.<br />

O primeiro ítem da nota, Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s, afirma:<br />

(...).<br />

(Lê):<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, pela leitura da nota<br />

constata-se, facilmente que o Instituto <strong>do</strong><br />

Açúcar e <strong>do</strong> Álcool, a não julgar com<br />

presteza da matéria <strong>de</strong> sua competência,<br />

está trazen<strong>do</strong> um clima <strong>de</strong> inquietação no<br />

relacionamento entre os produtores <strong>de</strong><br />

açúcar e os fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana. E, é<br />

profundamente estranhável, que uma<br />

autarquia <strong>do</strong> Governo Fe<strong>de</strong>ral, o Instituto<br />

<strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool, escolha, o caminho<br />

mais perigoso no momento atual que é <strong>de</strong><br />

agravar mais ainda a situação econômica<br />

o o setor produtivo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mais<br />

importantes que é sem dúvida o agroaçucareiro.<br />

A nota <strong>do</strong> Sindicato apesar <strong>de</strong> firme e<br />

enérgica, é pru<strong>de</strong>nte, porque a realida<strong>de</strong><br />

faz um apelo, aos dirigentes <strong>do</strong> Instituto<br />

<strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> álcool no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que<br />

estu<strong>de</strong>m e dêem uma solução ao<br />

problema que esta sob a sua<br />

responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Repetin<strong>do</strong> o ítem 6, quan<strong>do</strong> o Presi<strong>de</strong>nte<br />

diz:<br />

(Lê):<br />

“Lastima que <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> Autarquia<br />

controla<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> setor venham em prejuízo<br />

<strong>de</strong> um <strong>do</strong>s segmentos <strong>de</strong> produção<br />

geran<strong>do</strong> polêmicas e expectativa <strong>de</strong><br />

direitos o que acirra os ânimos entre as<br />

classes produtoras e mal esta social que<br />

só prejuízos trazem ao Esta<strong>do</strong> e ao País.”<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, esse mal este po<strong>de</strong>mos<br />

dizer não envolve apenas os produtores e<br />

os fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana, a persistir esse<br />

impasse pela omissão e pela intromissão<br />

que <strong>de</strong>veria ser resolvida <strong>de</strong> comum<br />

acor<strong>do</strong>, ouvin<strong>do</strong> <strong>de</strong> comum acor<strong>do</strong><br />

ouvin<strong>do</strong> os fornece<strong>do</strong>res e não toman<strong>do</strong><br />

uma <strong>de</strong>cisão unilateral, levar a indústria<br />

açucareira <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> a enfrentar<br />

mais uma crise, com repercussões no<br />

próprio setor trabalhista. E a partir <strong>do</strong><br />

momento em que e é o que se sabe, que<br />

alguns engenhos preten<strong>de</strong>m não mais<br />

fornecer cana às usinas até que a dívida<br />

seja diminuída, naturalmente que o<br />

trabalha<strong>do</strong>r da cana <strong>de</strong> açúcar, o homem<br />

rural, irá sofrer as conseqüências da<br />

política a<strong>do</strong>tada neste caso pelo IAA.<br />

Assim Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s,<br />

pedin<strong>do</strong> para que seja transcrito nos Anais<br />

<strong>de</strong>sta Casa, a nota <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong><br />

açúcar, para que fique registrada a<br />

posição daquele órgão, posição <strong>de</strong> bom<br />

sen<strong>do</strong> que, pe<strong>de</strong> que o IAA, pegue as<br />

suas origens e seja um órgão condutor da<br />

produção, e não um organismo que está<br />

no momento trazen<strong>do</strong> inquietação e<br />

discórdia ao setor econômico <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Assim é o meu<br />

pronunciamento, fazen<strong>do</strong> um apelo aos<br />

dirigentes <strong>do</strong> IAA, ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

Sindicato, da Indústria <strong>do</strong> Açúcar, e ao<br />

fornece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> cana no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que se<br />

chegue a um <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>r comum,<br />

porque está em jogo, não é a autarquia<br />

nem as usinas nem os fornece<strong>do</strong>res, o<br />

que está em jogo no momento, a própria<br />

economia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, no<br />

momento atravessan<strong>do</strong> uma grave crise,<br />

crise esta, que é <strong>de</strong> to<strong>do</strong> Pais. E assim Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, esta Casa não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> servir como elemento mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>r<br />

intervin<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que haja<br />

entendimento, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o IAA,<br />

análise melhor o problema, não tome<br />

medidas superficiais, sem o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

como fez agora, prejudican<strong>do</strong> a economia<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

O Sr. PRESIDENTE - A Presidência quer<br />

comunicar aos Senhores Deputa<strong>do</strong>s, que<br />

a reunião solene em homenagem ao<br />

patrono <strong>do</strong> Exército, fica adiada para<br />

quinta feira, dia 27.<br />

Com a palavra o Deputa<strong>do</strong> Harlan<br />

425


Ga<strong>de</strong>lha.<br />

426<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

O Sr. HARLAN GADELHA - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, em<br />

<strong>Pernambuco</strong> não foi coloca<strong>do</strong> pelo<br />

Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no programa as<br />

populações pobres da zona canavieira <strong>do</strong><br />

Nor<strong>de</strong>ste, foi a<strong>do</strong>tar um discurso populista<br />

já conheci<strong>do</strong> na marca <strong>do</strong> “Slogan”<br />

Desenvolvimento com Participação.<br />

(Lê):<br />

“Projeto Viver um Projeto cria<strong>do</strong> por<br />

Decreto...”<br />

O Sr. Carlos Porto - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha, ouvin<strong>do</strong> atentamente o<br />

pronunciamento <strong>de</strong> V. Exa. acredito, que<br />

não foram fornecidas informações<br />

verda<strong>de</strong>iras.<br />

Eu mesmo tive oportunida<strong>de</strong> durante a<br />

elaboração da programação <strong>do</strong> Projeto<br />

Viver, projeto <strong>do</strong> Governo, que tem o seu<br />

campo <strong>de</strong> atuação estendi<strong>do</strong> ate o<br />

município <strong>de</strong> Canhotinho, o <strong>de</strong> São<br />

Benedito <strong>do</strong> Sul, e <strong>de</strong> fácil política, em que<br />

eu participei <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> dirigentes <strong>do</strong><br />

Projeto Viver, com agricultores daquela<br />

região.<br />

E, naquela oportunida<strong>de</strong>, participamos<br />

também Prefeitos, Verea<strong>do</strong>res, que<br />

procuraram sentir qual realmente era a<br />

aspiração daquele povo, e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse<br />

espírito <strong>do</strong> Projeto Viver, liga<strong>do</strong> a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Planejamento, e dirigi<strong>do</strong><br />

pelo competente Técnico Romário Dias,<br />

hoje já começa a prestar um eficiente<br />

serviço, nessas regiões em que V. Exa.<br />

diz que as comunida<strong>de</strong>s não foram<br />

ouvidas.<br />

Estou aqui justamente para fazer este<br />

reparo e dizer a V. Exa. que eu mesmo<br />

tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> reuniões<br />

em que os agricultores e camponeses<br />

também <strong>de</strong>la participaram.<br />

O Sr. HARLAN GADELHA - Nobre<br />

Deputa<strong>do</strong> Carlos Porto, o aparte <strong>de</strong> V.<br />

Exa. vem reafirmar o que dissemos na<br />

Tribuna.<br />

V. Exa. afirma que participou <strong>do</strong> Projeto<br />

Viver, juntamente com Secretários <strong>de</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, Prefeitos, Verea<strong>do</strong>res, e <strong>do</strong>s<br />

agricultores, mas V. Exa. não citou que a<br />

CETAPE, os Sindicatos estavam<br />

representa<strong>do</strong>s, por isso V. Exa. confirma a<br />

ausência <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res rurais <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> que não participavam da<br />

elaboração <strong>do</strong> Projeto Viver, a CETAPE,<br />

encaminhou o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> informação sobre<br />

o Projeto Viver, e até a presente data não<br />

obteve resposta.<br />

E, V. Exa. reafirma o que dissemos no<br />

nosso pronunciamento, que os Prefeitos e<br />

os políticos locais, foram que<br />

<strong>de</strong>terminaram a orientação da execução<br />

<strong>do</strong> Projeto Viver, sem que, aqueles mais<br />

interessa<strong>do</strong>s que são os trabalha<strong>do</strong>res<br />

rurais, tivessem participação na<br />

elaboração <strong>do</strong> Projeto.<br />

Ouço o Deputa<strong>do</strong> Severino Otávio.<br />

O Sr. Severino Otávio - Deputa<strong>do</strong> Harlan<br />

Ga<strong>de</strong>lha, venho ao microfone <strong>de</strong> apartes,<br />

somente para prestar alguns<br />

esclarecimentos, porque o conceito <strong>de</strong> V.<br />

Exa. sobre participação está muito restrito.<br />

Quan<strong>do</strong> o Deputa<strong>do</strong> Carlos Porto, e, eu<br />

também sou testemunha <strong>de</strong> que o Projeto<br />

Viver, é um Projeto muito bom on<strong>de</strong> se<br />

abriu um amplo <strong>de</strong>bate, com todas as<br />

representações, e se o representasse da<br />

CETAPE, não estava presente, mas<br />

estavam presentes, mas estavam os os<br />

próprios agricultores, então a participação<br />

foi muito mais ampla.<br />

Então eu acho que não há razão <strong>de</strong> V.<br />

Exa. dizer que não houve participação <strong>do</strong>s<br />

representantes da CETAPE, porque em<br />

todas as reuniões os próprios<br />

trabalha<strong>do</strong>res e muitas vezes participei <strong>de</strong><br />

reuniões e não estavam presentes<br />

Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Sindicatos, e tive<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater o Projeto Viver.<br />

O Sr. HARLAN GADELHA - Deputa<strong>do</strong><br />

Severino Otávio, V. Exa. talvez esteja<br />

<strong>de</strong>sinforma<strong>do</strong>, sobre a Participação <strong>do</strong>s<br />

representantes <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, que<br />

afirmam que não foram convida<strong>do</strong>s sem<br />

participarem na elaboração <strong>do</strong> Projeto<br />

“Viver”, e sim os usineiros representa<strong>do</strong>s<br />

por Sr. Gilson Macha<strong>do</strong> que teve efetiva<br />

participação na elaboração e na execução<br />

<strong>do</strong> Projeto “Viver”. Se V. Exa. pu<strong>de</strong>r ouvir<br />

o restante <strong>do</strong> nosso pronunciamento vai<br />

ver que terá afirmações que não po<strong>de</strong>m


ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

ser contestadas pelas representantes <strong>do</strong><br />

Governo nesta Casa.<br />

(...).<br />

(Lê):<br />

Antes <strong>de</strong> prosseguir, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ouço<br />

com satisfação o Deputa<strong>do</strong> Sérgio<br />

Longman.<br />

O Sr. Sérgio Longman - Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha, em boa hora V. Exa. traz<br />

para <strong>de</strong>bate e discussão nesta Casa o tão<br />

anuncia<strong>do</strong> e alarga<strong>do</strong> o Projeto “Viver”<br />

tinha como objetivo fundamental a<br />

construção <strong>de</strong> agrovilas. A partir da<br />

pressão e contra-pressão <strong>de</strong>ste próprio<br />

Governo e <strong>do</strong>s usineiros ele recuou,<br />

recuou e hoje nada mais tem si<strong>do</strong> feito <strong>do</strong><br />

que ter si<strong>do</strong> um projeto eleitoreiro.<br />

Eleitoreiro na pior espécie que o<br />

eleitoralismo faz, distribuir dinheiro para a<br />

população miserável da Zona da Mata.<br />

Agrovila <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser agro e só se põe<br />

Vila e nem Vila tem si<strong>do</strong> mais, porque o<br />

Sr. Secretário <strong>de</strong> Habitação e nós já<br />

tomamos conhecimento disso, é<br />

comparecer, inclusive, com alguns<br />

Deputa<strong>do</strong>s, Deputa<strong>do</strong> Maviael Cavalcanti<br />

até outro dia falou satisfeito, que na área<br />

<strong>de</strong>le vão lá distribuir cheques para a<br />

melhoria habitacionais. E até aí ninguém é<br />

contra, que se distribua cheques para a<br />

melhoria habitacional. Agora, a partir daí,<br />

dizer que o Projeto “Viver” vai redimir as<br />

condições <strong>de</strong> vida da zona da Mata, aí é<br />

uma diferença <strong>de</strong> cento e oitenta graus. O<br />

Projeto “Viver” o que tem feito é isso,<br />

distribuir cheques para a melhoria<br />

habitacionais para os cabos eleitorais <strong>do</strong><br />

PDS da Zona da Mata. E outra coisa não<br />

tem feito a não ser a propaganda farta nos<br />

jornais e nos meios <strong>de</strong> comunicação. Eu<br />

disse, já por diversas vezes nesta Casa,<br />

inclusive, V. Exa. também tem dito, que<br />

este Governo tem si<strong>do</strong> pródigo em montar<br />

esquemas promocionais, até não só<br />

inteligentemente formula<strong>do</strong>s mas com<br />

nomes sugestivos. Este é um nome<br />

sugestivo, o nome é sugestivo, a<br />

propaganda tem si<strong>do</strong> sugestiva - Projeto<br />

“Viver - Já no sertão é o Projeto “Asa<br />

Branca”, realmente este Governo a gente<br />

reconhece e eu insisto em reconhecer, e<br />

no que diz respeito Assessoria <strong>de</strong><br />

comunicação é <strong>do</strong>s mais bem <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s<br />

que <strong>Pernambuco</strong> já viveu. Em termos <strong>de</strong><br />

comunicação eles são fabulosos,<br />

conseguem entregar um cheque e<br />

transformar esses seus cheques num<br />

Projeto “Viver”, grandioso projeto capaz<br />

<strong>de</strong> redimir as condições <strong>de</strong> vida <strong>do</strong><br />

trabalha<strong>do</strong>r da Zona da Mata V. Exa.<br />

coloca muito bem e para que isso<br />

acontecesse precisaria que houvesse<br />

outra formulação, precisaria que os<br />

trabalha<strong>do</strong>res efetivamente participassem,<br />

como V. Exa. está provan<strong>do</strong> que não<br />

estão participan<strong>do</strong> da <strong>de</strong>cisões. Estão é<br />

sen<strong>do</strong> mero instrumentos <strong>de</strong> promoção <strong>do</strong><br />

Governa<strong>do</strong>r Marco Maciel, nem estão<br />

sen<strong>do</strong> nem os reais beneficiários em<br />

termo <strong>de</strong> transformações econômicas nem<br />

estão participan<strong>do</strong> das <strong>de</strong>cisões que lhes<br />

interessam.<br />

Daí porque, me congratulo com o V. Exa.<br />

e acredito que a contribuição <strong>de</strong> V. Exa.<br />

no que diz respeito ao Projeto Viver não<br />

ficará neste pronunciamento mas em<br />

outros que irão se suce<strong>de</strong>r e ainda a<br />

contribuição <strong>de</strong> outros parlamentares e<br />

até a ala governista.<br />

O Sr. HARLAN GADELHA - Registro com<br />

satisfação o aparte e lembraria a V. Exa.,<br />

que quan<strong>do</strong> os chefes distribuíram vinte<br />

mil cruzeiros pela Secretaria <strong>de</strong><br />

Habitação, pelos Deputa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PDS, ao<br />

mora<strong>do</strong>res da zona canavieira, à primeira<br />

vista parece que o trabalha<strong>do</strong>r será o<br />

único beneficia<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> a melhoria <strong>do</strong><br />

imóvel é feita está o Governo melhoran<strong>do</strong><br />

o imóvel <strong>do</strong> usineiro, como bem sabemos<br />

o trabalha<strong>do</strong>r rural não possui imóvel, a<br />

sua casa, então a distribuição <strong>de</strong> cheque<br />

está sen<strong>do</strong> apenas para melhorar o<br />

patrimônio <strong>do</strong> usineiro <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

(Lê):<br />

“Em educação os trinta e nove milhões e<br />

trinta e cinco mil cruzeiros que estão<br />

sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>s...”<br />

O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o<br />

nobre Dep. Hugo Martins.<br />

O Sr. HUGO MARTINS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />

427


428<br />

ANAIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Encontra-se nas galerias <strong>de</strong>sta Casa, um<br />

cidadão chama<strong>do</strong> Cícero Nitamar da<br />

Silva, um jovem pra cuja história eu<br />

chamaria a atenção <strong>do</strong>s Srs. Deputa<strong>do</strong>s,<br />

para o que ela tem <strong>de</strong> urgente, <strong>de</strong><br />

dramático. É ma pessoa que foi envolvida<br />

nas malhas <strong>do</strong> vício, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>sagradável experiência, com o<br />

nascimento <strong>de</strong> um filho, refém sua visão<br />

com relação ao tóxico e resolvei<br />

aban<strong>do</strong>ná-lo. É um homem mo<strong>de</strong>sto que<br />

venceu as teias <strong>do</strong> vício nas quais se<br />

envolvera. Voltou a trabalhar. Esse<br />

homem pai <strong>de</strong> quatro filhos há vinte e <strong>do</strong>is<br />

dias foi colhi<strong>do</strong> pelas malhas da Polícia<br />

pernambucana, suspeito <strong>de</strong> homicídio e<br />

foi barbaramente espanca<strong>do</strong> e se<br />

encontra nas galerias <strong>de</strong>sta Casa, após a<br />

<strong>de</strong>núncia, após os relatos <strong>de</strong>stes fatos<br />

sairei daqui com ele para o IML e para a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Segurança, pedir ao Dr.<br />

Sérgio Higino garantias <strong>de</strong> vida para ele e<br />

que se localize também os seus quatro<br />

filhos e sua mulher que não se encontram<br />

mais na sua mo<strong>de</strong>sta residências no Seco<br />

<strong>do</strong>s Casa<strong>do</strong>s em Santo Amaro.<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, além <strong>de</strong>ssa violência, que<br />

sabemos, não há autorida<strong>de</strong> que possa<br />

controlar, a nível <strong>de</strong> agentes policiais,<br />

insanos, brutais e <strong>de</strong>sumanos, pois a<br />

própria vítima me revela que após quinze<br />

dias o <strong>de</strong> lega<strong>do</strong> <strong>de</strong> Olinda, <strong>do</strong> Primeiro<br />

Distrito, Dr. José Alves Catinga o liberou,<br />

e os agentes sadicamente o mantiveram<br />

preso, torturaram-no, a ponto <strong>de</strong> cortar<br />

parte <strong>do</strong>s seus <strong>de</strong><strong>do</strong>s com uma foice, usar<br />

alicate, dar bolos, está com as mãos<br />

chagadas, o cabelo tosquia<strong>do</strong> como se<br />

fora um animal, E mais, a alimentação que<br />

lhe era servida era um pão e um copo<br />

d'água. Tal barbarismo, que esperávamos<br />

não existir mais, <strong>de</strong>sgraçadamente ocorre<br />

com freqüência na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, e as<br />

medidas tomadas pelo Governo até hoje<br />

não conseguiram coibir esse esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

coisas. O que há <strong>de</strong> grave também é que<br />

essas violências que temos <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong><br />

daqui com freqüência não ocorra com<br />

aquele socialmente bem sucedi<strong>do</strong>, ou<br />

melhor, com os ricos, e uma policia <strong>de</strong><br />

classe, o cidadão <strong>de</strong> cor está sob<br />

<strong>de</strong>sconfiança permanente <strong>do</strong>s policiais<br />

pernambucanos. E por isso, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, que ao trazer essa <strong>de</strong>núncia<br />

assumo também publicamente o<br />

compromisso <strong>de</strong> levá-lo a Secretaria <strong>de</strong><br />

Segurança e exigir das autorida<strong>de</strong>s que<br />

se abra um inquérito, que esses monstros,<br />

que com o dinheiro público pago com os<br />

impostos <strong>do</strong> povo, não triturem, não<br />

peguem o homem e o levem a condição<br />

<strong>de</strong> besta humana.<br />

Era o que tinha a dizer, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Encerran<strong>do</strong> o<br />

Gran<strong>de</strong> Expediente passa-se a Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong><br />

Dia.<br />

(O Sr. Presi<strong>de</strong>nte submete ao Plenário, e<br />

encerra a discussão <strong>do</strong>s Projetos nºs<br />

1044, 1090, 1092, 1094, 1095, 1097 e<br />

1098, que são logo após aprova<strong>do</strong>s, em<br />

segun<strong>do</strong> turno.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Esgotada a pauta a<br />

Mesa passa a <strong>de</strong>spachar a matéria que<br />

<strong>de</strong>u entrada no Expediente.<br />

(Vão às 1ª, 2ª e 5ª Comissões o Projeto<br />

<strong>de</strong> Lei nº 1132, <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Harlan Ga<strong>de</strong>lha. In<strong>do</strong> à Publicação as<br />

Indicações nºs 2099 a <strong>21</strong>03. propostas<br />

pelos Deputa<strong>do</strong>s Nilton Carneiro, Antônio<br />

Benjamim e Barreto Guimarães; o mesmo<br />

ocorren<strong>do</strong> com os Requerimentos nºs<br />

2355 a 2357, <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s<br />

José Liberato, Ribeiro Go<strong>do</strong>y e Mansueto<br />

De Lavor.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Encerra<strong>do</strong> a Or<strong>de</strong>m<br />

<strong>do</strong> Dia e não haven<strong>do</strong> Ora<strong>do</strong>res inscritos<br />

para explicação pessoal encerro a<br />

presente reunião e convocan<strong>do</strong> outra para<br />

segunda-feira, 24 <strong>do</strong> corrente a hora<br />

regimental, com Trabalhos Legislativos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!