Gênero, Corpo e Diversidade Sexual (Sexualidades) ST.51 Marli de ...
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processo <strong>de</strong> produção é a reprodução inconteste “marcadamente, a família, a escola, a igreja, os<br />
meios <strong>de</strong> comunicação e materializadas nas relações <strong>de</strong> trabalho, no quadro político, na política<br />
partidária, no sindicalismo, na divisão sexual do trabalho operada nas diversas esferas da vida<br />
social” [...] (ALMEIDA, 2004: p.6/7). Dessa forma, as relações <strong>de</strong>terminam também o exercício da<br />
sexualida<strong>de</strong> feminina e masculina.<br />
Sistema Carcerário Alagoano<br />
O sistema carcerário em Alagoas, como em todo Brasil, possui inúmeras dificulda<strong>de</strong>s. Sua<br />
população é formada por pessoas, cuja maioria é oriunda das camadas sociais <strong>de</strong> baixa renda, que<br />
tantas vezes cometem <strong>de</strong>litos, porque são levados pela necessida<strong>de</strong> da própria sobrevivência e <strong>de</strong><br />
suas famílias. O complexo penitenciário <strong>de</strong> Alagoas tem como integrantes: a Penitenciária<br />
Masculina <strong>de</strong> Segurança Máxima Baldomero Cavalcante; Estabelecimento Prisional São Leonardo<br />
<strong>de</strong> segurança média; o Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia <strong>de</strong> segurança média,<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Internação Masculina (para adolescentes do sexo masculino que cometeram ato<br />
infracional), o Hospital <strong>de</strong> Custódia e Tratamento: Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho<br />
Suruagy, para os inimputáveis e semi-inimputáveis, a Casa do Albergado, para a execução da pena<br />
privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> em regime aberto e semi-aberto, o Centro <strong>de</strong> Observação Criminológica,<br />
<strong>de</strong>stinado a realizar exames físicos e mentais gerais e exames criminológicos.<br />
O Presídio Feminino Santa Luzia iii situava-se na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pilar (cida<strong>de</strong> situada a menos <strong>de</strong><br />
26 km <strong>de</strong> Maceió), como uma colônia penal e, por volta <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1975, no governo <strong>de</strong> Afrânio<br />
Lages, foi transferido para a capital, Maceió, on<strong>de</strong> se encontra até este momento. População<br />
carcerária feminina em lagoas representa 5% da população carcerária geral. iv<br />
Visita Íntima<br />
No Brasil, a visita íntima foi permitida, pela primeira vez, em 1924, no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, aos<br />
reclusos que tivessem bom comportamento e fossem casados civilmente. A esses, era permitido<br />
receberem a visita dos cônjuges. Em 1929, foi retirada a exigência do casamento civil e em 1933 a<br />
visita foi estendida aos presos provisórios. Em outros países latino-americanos a visita intima<br />
começou a ser permitida a partir da década <strong>de</strong> 30 do século XX. A Argentina em 1938, Cuba em<br />
1931. Atualmente, no Brasil, a visita íntima é permitida em todos os estabelecimentos prisionais<br />
masculinos, e com restrição, a maioria dos estabelecimentos prisionais femininos. A polêmica em<br />
torno dos presídios femininos <strong>de</strong>ve-se a questão implícita <strong>de</strong>sta permissão se significa concessão a<br />
liberda<strong>de</strong> feminina, on<strong>de</strong> entram em jogo os valores <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> patriarcal e sexista como a<br />
socieda<strong>de</strong> brasileira. Uma socieda<strong>de</strong> que, embora garanta a igualda<strong>de</strong> entre os sexos no que tange<br />
direitos e <strong>de</strong>veres, ainda se constata a discriminação entre homens e mulheres no seu cotidiano.