3ª Edição da FGR em Revista - Fundação Guimarães Rosa
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Segurança Ci<strong>da</strong>dã: qual controle?<br />
Ellen Márcia L. S. de Carvalho<br />
As instituições policiais são capazes de exercer controles formais e informais, e à<br />
proporção que se fortalece o vínculo que se estabelece entre a polícia e a comuni<strong>da</strong>de,<br />
maior será a possibili<strong>da</strong>de de se construir uma segurança ci<strong>da</strong>dã. A Mediação de<br />
Conflitos e os recursos metodológicos de que se serve auxiliarão a polícia e a comuni<strong>da</strong>de<br />
no convívio com os contextos de desavenças, discórdias, controvérsias e violência. Tratase<br />
de uma forma eficaz que viabiliza o acesso a soluções rápi<strong>da</strong>s e criativas, sendo,<br />
portanto, um el<strong>em</strong>ento essencial para a concretização do Estado D<strong>em</strong>ocrático de Direito.<br />
Palavras-chaves: Segurança Ci<strong>da</strong>dã - Controle Social - Polícia Comunitária - Mediação de Conflitos<br />
Exist<strong>em</strong> controles formais e informais,<br />
sendo a polícia capaz de realizar estes<br />
dois tipos, uma vez que é responsável<br />
pelo cumprimento <strong>da</strong> lei e exerce ao<br />
mesmo t<strong>em</strong>po uma função social. O<br />
controle formal é constituído pelas<br />
normatizações, regras, leis, códigos,<br />
padronizações que são impostas<br />
ao ci<strong>da</strong>dão. O controle informal é<br />
exercido de forma proporcional ao<br />
vínculo vigente entre o sujeito e a<br />
A mediadora de conflitos atua para a<br />
<strong>em</strong>ancipação ci<strong>da</strong>dã.<br />
46 <strong>FGR</strong> EM REVISTA<br />
socie<strong>da</strong>de, sendo este fortalecido por<br />
uma relação social constituí<strong>da</strong>.<br />
Os mecanismos de controles formais<br />
se utilizam de agentes fiscalizadores,<br />
de meios legais e judiciais para agir<strong>em</strong>.<br />
O controle formal é fun<strong>da</strong>mentado,<br />
teórico, igualitário e impessoal. O controle<br />
informal é fun<strong>da</strong>dor, dinâmico,<br />
moral e reflexivo, ele é o poder que o<br />
meio, as relações familiares e sociais<br />
defesa social<br />
possu<strong>em</strong> para controlar as atitudes<br />
e comportamentos <strong>da</strong>s pessoas. A<br />
polícia t<strong>em</strong> função institucional de<br />
fazer controle formal, entretanto<br />
deve dimensionar o alcance social<br />
que atinge, para cumprir sua função<br />
informal e pe<strong>da</strong>gógica.<br />
A polícia ideal é aquela que t<strong>em</strong> pessoas<br />
b<strong>em</strong> capacita<strong>da</strong>s e motiva<strong>da</strong>s<br />
para servir a socie<strong>da</strong>de. As instituições<br />
policiais dev<strong>em</strong> oferecer uma boa organização<br />
do trabalho, que se preocupa<br />
com a saúde mental de seus servidores,<br />
que valoriza e estimula o policial.<br />
A polícia é capaz de evoluir, de se<br />
a<strong>da</strong>ptar às novas d<strong>em</strong>an<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
função policial, de agir de forma sistêmica<br />
com a socie<strong>da</strong>de. Diante de tais<br />
pressupostos é inegável a importância<br />
<strong>da</strong> adoção de novas políticas institucionais<br />
com o enfoque na prevenção<br />
criminal, não deixando de lado a sua<br />
função repressora, porém exercendo<br />
esta, de forma legal e qualifica<strong>da</strong>. E é<br />
neste contexto que atua a Polícia Comunitária,<br />
que trabalha <strong>em</strong> conjunto<br />
com a socie<strong>da</strong>de que se serve, agindo<br />
de forma articula<strong>da</strong>, exercendo um