29.12.2013 Views

Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3.2.0 começo pelo finito<br />

Segun<strong>do</strong> Kant, o diagnóstico <strong>do</strong> erro da teologia física e da<br />

cosmoteologia resi<strong>de</strong>m na utilização equivocada <strong>de</strong> um princípio <strong>do</strong><br />

entendimento, a lei <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>; quer-se fazer <strong>de</strong>ssa um uso<br />

transcen<strong>de</strong>nte, quan<strong>do</strong> a crítica nos mostra que só lhe é permiti<strong>do</strong> um<br />

uso imanente, ou seja, que se refira a objetos <strong>do</strong> conhecimento<br />

empírico.<br />

A prova cosmológica conclui a existência <strong>de</strong> um ente<br />

necessário a partir da existência em geral. Conforme Kant expõe em<br />

KrV B 633, o argumento utiliza<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser resumi<strong>do</strong> da seguinte<br />

forma: "se algo existe, <strong>de</strong>ve existir um ente absolutamente necessário".<br />

A prova, <strong>de</strong>nominada por Leibniz <strong>de</strong> contingentia mundi proce<strong>de</strong> assim:<br />

to<strong>do</strong> contingente <strong>de</strong>ve ter a sua causa que <strong>de</strong>ve, por sua vez, ter uma<br />

causa que, quan<strong>do</strong> contingente, <strong>de</strong>ve ter uma causa, até que, através da<br />

série das causas, chegue-se a uma causa absolutamente necessária.<br />

Essa causa é Deus.<br />

A prova físico-teológica, por sua vez, parte da constatação,<br />

no mun<strong>do</strong>, <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> um evi<strong>de</strong>nte or<strong>de</strong>namento segun<strong>do</strong> um<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> propósito; esse or<strong>de</strong>namento conforme a fins é alheio às<br />

coisas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, que não po<strong>de</strong>m adaptar-se a fins <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s, a<br />

não ser que um princípio or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r as tivesse or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa forma;<br />

há pois uma causa sublime e sábia que é causa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, não agin<strong>do</strong><br />

cegamente, mas mediante Hberda<strong>de</strong>(KrV, B 653). Ambas as provas<br />

134

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!