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Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

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A impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passar <strong>do</strong> condiciona<strong>do</strong> ao<br />

incondiciona<strong>do</strong>, é imposta pelas "filosofias <strong>do</strong> entendimento". Hegel<br />

mostra que essa posição kantiana, já expressa por Jacobi (on<strong>de</strong> não há<br />

condição nem condiciona<strong>do</strong>, não há o que compreen<strong>de</strong>r), veio a ser um<br />

senso comum na filosofia; todavia, ela nos leva a uma conseqüência<br />

inaceitável, qual seja, afirmar que "on<strong>de</strong> começa o racional, não há<br />

mais razão"2i. Enfim, dito <strong>de</strong> uma forma um tanto simplificada, Hegel<br />

afirmaria que a "ilusão dialética" (o conhecimento <strong>para</strong> além <strong>do</strong> campo<br />

<strong>do</strong> supra-sensível) não é uma ilusão mas tmia afirmação da razão, mas<br />

que, <strong>para</strong> compreendê-lo, <strong>de</strong>ve-se assumir a filosofia especulativa, não<br />

se <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ter nos limites da filosofia <strong>do</strong> entendimento.<br />

A crítica hegeliana à crítica kantiana da prova cosmológica<br />

não implica, por parte <strong>de</strong> Hegel, imia aceitação pura e simples <strong>de</strong>sta.<br />

Segun<strong>do</strong> Hegel, essa se apoiaria numa falsa exteriorida<strong>de</strong> entre o finito<br />

e Deus. O erro da prova cosmológica residiria em conceber essas duas<br />

<strong>de</strong>terminações formam, uma relativamente ã outra, uma relação<br />

exterior, finita. Deveríamos perceber que cada uma das duas partes<br />

está numa relação com a outra: o finito só é através <strong>do</strong> infinito.<br />

Ora, o finito não <strong>de</strong>ve ser toma<strong>do</strong> numa relação <strong>de</strong><br />

exteriorida<strong>de</strong> frente ao infinito, isto é, sua existência só po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>terminada <strong>como</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> finito. Dessa forma saímos da<br />

"silogística <strong>do</strong> entendimento" <strong>para</strong> compreen<strong>de</strong>r a verda<strong>de</strong>ira relação<br />

21 Preuves, p. 103; PhRel,II,p.434<br />

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