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Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

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A consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ssas duas vias- a Weltgeschichte <strong>como</strong><br />

prova indireta e <strong>como</strong> prova teleológica - pressupõe uma análise<br />

minuciosa da relação entre categorias lógicas e percurso temporal <strong>do</strong><br />

espírito, o que será objeto da segunda parte <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Consi<strong>de</strong>ramos, contu<strong>do</strong>, que não essamos necessariamente presos a<br />

uma disjunção e que o texto hegeliano po<strong>de</strong>rá tornar plausíveis ambas<br />

as hipóteses.<br />

Deve-se ressaltar que Hegel abdica da filosofia <strong>do</strong><br />

entendimento, a qual sustentava o rigor <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong> uma prova<br />

por puros conceitos. Uma exposição imanente <strong>de</strong> categorias, tal <strong>como</strong><br />

a <strong>apresentada</strong> na Lógica, baseada num critério <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> <strong>como</strong><br />

coerência interna, não nos oferece a evidência e o rigor da prova<br />

ontológica da tradição; ela <strong>de</strong>ve ser complementada pela história, a<br />

qual cumprirá o papel <strong>de</strong> complementar a exposição categorial, seja<br />

<strong>como</strong> prova indireta, seja <strong>como</strong> prova teleológica. Nesse momento,<br />

Hegel revela sua veia trinitária42: a história mundial é a incarnação da<br />

Razão. Ainda que haja, quanto a este ponto, uma certa ambigüida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> texto hegeliano, po<strong>de</strong>mos afirmar que essa incarnação é parte<br />

essencial da prova <strong>do</strong> i<strong>de</strong>alismo absoluto, seja <strong>como</strong> o percurso que é<br />

abstraí<strong>do</strong> na Fenomenologia, seja <strong>como</strong> momento <strong>de</strong> uma prova<br />

indireta, que viria a complementar a exposição da Ciência da Lógica, seja<br />

42 D.Rosenfíeld chama a atenção <strong>para</strong> a raiz trinitária das provas<br />

cosmológica e físico- teológica, ao contrário da prova ontológica; “Neste<br />

senti<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se dizer que aquilo que a tradição <strong>de</strong>nominará <strong>de</strong> provas<br />

cosmológica e física da existência <strong>de</strong> Deus possuem uma raiz trinitária,<br />

fundan<strong>do</strong>-se exclusivamente na razão.” As peripécias da razão, p.26<br />

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