SIMONE DE OLIVEIRA SIMONE DE OLIVEIRA

foi editado nos Estados Unidos, com igual
sucesso.
ÊXITO… APESAR DOS BEATLES
Desde 1959, e até aos dias de hoje, o nome
de Cliff Richard raramente esteve ausente
das tabelas de sucessos britânicas, tanto de
singles como de álbuns. E isto aconteceu,
naturalmente, durante o período de grandeza
dos compatriotas e Beatles. Quando
se voltou para o cinema, em 1962, o filme
e Young Ones foi um incrível sucesso nos
diversos países (o nosso incluído) em que foi
estreado. O filme seguinte, Summer Holiday,
foi rodado em cinco continentes e implicou
viagens num total de cinco mil quilómetros.
E embora 1963 fosse o ano em que começou
a beatlemania, Cliff era a figura quando o
filme estreou, a 10 de Janeiro. Os jovens que
o aguardavam à entrada do cinema eram em
tal número que Cliff Richard não conseguiu
chegar a horas ao cinema…
UMA QUESTÃO DE FÉ
A 16 de Junho de 1966, Cliff surgiu em palco
durante uma campanha de Billy Graham, na
qual falou abertamente da sua fé cristã. Muitos
dos seus fãs choraram quando leram isto nos
jornais do dia seguinte, temendo o seu fim
como estrela pop, mas, logo a seguir, Cliff
fez uma tournée pela União Soviética: estava
provado que os fãs
tinham chorado desnecessariamente.
No
ano seguinte, novos
rumores: «continuaria
ou abandonaria
o espectáculo?» parecia
ser a pergunta
mais popular de
1967. Entretanto, é
anunciado um novo
filme, Two A Penny,
«ANTES DE
CLIFF E DOS
SHADOWS,
NÃO HAVIA
NADA QUE
VALESSE A
PENA OUVIR
NA MÚSICA
INGLESA»
John Lennon
apoiado e financiado pela Associação Evangelista
de Billy Graham. Houve, nessa altura,
especulações quanto ao facto de ele se poder
ordenar ou, no mínimo, de vir a ser professor
de educação religiosa: mas Cliff manteve-se
na música e os fãs respiraram de novo! No
entanto, ao aparecer em diversos programas
religiosos de TV, Cliff condenou as estrelas
pop que tomavam drogas, afirmou que o sexo
pré-marital não era saudável e disse mesmo
aos Beatles que estavam a perder tempo ao
ligarem-se ao yogi Maharishi Mahesh.
FESTIVAIS DA EUROVISÃO
Em 1968, Cliff foi o representante da Inglaterra
no Festival da Eurovisão e foi por apenas
um ponto que não conseguiu o primeiro lugar.
No entanto, a canção Congratulations subiu
ao primeiro lugar dos tops de diversos países,
incluindo a Alemanha, onde se manteve nessa
posição durante sete semanas, e vendeu mais
de um milhão de exemplares, conferindo-lhe,
assim, o seu quinto Disco de Ouro. O cantor
fez diversos concertos gospel, incluindo um
na catedral de Coventry.
Voltou a competir nos palcos da Eurovisão
em 1973, com a canção Power to All Our
Friends, que terminou na terceira posição,
atrás da canção do Luxemburgo Tu te Reconnaîtras
e da da Espanha Eres Tú. Desta
vez, Cliff Richard tomou um calmante para
Discos e espectáculos
Uma discografia,
mesmo selectiva, de
Cliff Richard seria
inútil: teríamos de
referir, pelo menos,
50 títulos. É, de
facto, um artista de
enorme actividade,
dispersa pelos
discos, o cinema
e os espectáculos.
E este ano, na
continuidade dos
seus concertos de
2008, bem como da
tournée que o reuniu
com os Shadows,
em 2009/2010,
Cliff vai dar seis
espectáculos no
Royal Albert Hall,
que mostrarão
aos seus fãs a sua
notável versatilidade
musical. Será
acompanhado por
uma orquestra de
swing e cantará
diversos êxitos da
sua carreira de 52
anos, bem como
uma selecção do seu
novo álbum (ainda
não editado), de
título Bold as Brass.
Os espectáculos
tiveram lugar nos
dias 11, 12, 13, 15,
16 e 17 de Outubro.
vencer os nervos e o seu manager esteve a
ponto de não o conseguir acordar a tempo
de actuar…
Já em 1980, os seus êxitos em disco
continuaram: Carrie chegou a número 4,
Dreamin’ chegou ao Top 10 e um dueto com
Olivia Newton-John, extraído da banda sonora
de Xanadu, alcançou a 15.ª posição das
tabelas. O álbum I’m no Hero recebeu críticas
espantosas em todo o mundo e chegou
a quarto lugar nas tabelas britânicas. Esse
sucesso espelhou-se nos Estados Unidos,
Holanda, Austrália e Nova Zelândia. A BBC
e o Daily Mirror consideraram-no o Melhor
Entertainer Familiar e, para pôr uma cereja
no topo do bolo, recebeu das mãos da rainha
a sua Ordem do Império Britânico. Cliff Richard
assinalou o seu 40.º aniversário com
um Sir antes do nome… A
O SENHOR VINHO
O cantor, um dos mais
famosos residentes do
Algarve, resolveu mandar
plantar vinhas na sua
propriedade da Guia,
há já vários anos.
Juntamente com um casal
amigo, fez uma sociedade
que continua a gerir várias
propriedades e uma adega.
Surgiu, assim, a Adega do
Cantor, com plantação
de vinhas modernas de
castas recomendadas e
uma adega moderna com
óptimos meios de produção.
Mal adivinhava Cliff Richard
que estava a escrever
as primeiras linhas
da história dos vinhos
do Algarve da era moderna.
Os vinhos do cantor
britânico vendiam-se,
exportavam-se, foram
evoluindo e, recentemente,
até foi lançado o primeiro
espumante.
E de tal forma progrediram
que na última Fatacil,
no III Concurso Melhor
Vinho do Algarve 2010,
em finais de Agosto, foram
premiados: Medalha de
Ouro para o Vida Nova
Branco de 2009, Medalha
de Ouro para o Vida Nova
Reserva Tinto de 2008 e
Vencedor Absoluto para o
espumante Vida Nova Rosé
2009.
OUTONO 2010 13