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SIMONE DE OLIVEIRA SIMONE DE OLIVEIRA

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Saúde<br />

E<br />

Preparado<br />

para o frio?<br />

Para enfrentar mais um Outono e um<br />

Inverno com saúde, há que repor as<br />

camisolas nas gavetas e saber defender-se<br />

do risco de gripe e constipações<br />

É<br />

inevitável: é preciso arrumar a roupa de Verão e<br />

começar a organizar o roupeiro para o Inverno.<br />

Com maior ou menor entusiasmo, a preparação<br />

para os dias frios exige cuidados que vão além<br />

da moda ou do conforto. Prevenir as gripes e constipações<br />

faz parte dos preparativos para a mudança de estação.<br />

Embora a gripe seja causada por um vírus, este é sensível<br />

à alteração do tempo. «O vírus é destruído pelos raios<br />

ultravioleta. Durante o Outono e Inverno, a incidência<br />

desta radiação é menor, permitindo a sua sobrevivência e<br />

proliferação. Além disso, os vírus da gripe, à temperatura<br />

do corpo, vivem cerca de uma semana. Em temperaturas<br />

mais baixas, sobrevivem mais tempo, tornando-se, por<br />

isso, mais ‘virulentos’ com o frio», explica Paula Silva<br />

Pereira, especialista em medicina interna do Hospital<br />

da Boavista, unidade HPP Saúde no Porto.<br />

«A principal medida de prevenção<br />

da gripe é a vacinação. Deve ser repetida<br />

anualmente e ser feita, sobretudo,<br />

pelos grupos de risco, nomeadamente,<br />

idosos, crianças e doentes crónicos»,<br />

adverte a especialista.<br />

Apesar da semelhança dos sintomas<br />

iniciais, a gripe é diferente da constipação,<br />

sendo a gripe muito mais grave,<br />

«principalmente, em pessoas idosas<br />

ou debilitadas por doenças crónicas».<br />

Segundo Paula Silva Pereira, «as complicações<br />

surgem mais frequentemente<br />

em pessoas com doença cárdio-pulmonar<br />

prévia e em mulheres grávidas.<br />

As mais comuns são, obviamente,<br />

complicações respiratórias: traqueobronquite<br />

e pneumonia», esclarece.<br />

Recomendações<br />

para avós e netos<br />

Contactar o médico<br />

assistente, se é portador<br />

de doença crónica ou<br />

prolongada;<br />

Descansar, ingerir muitos<br />

líquidos (água, sumos) e<br />

manter uma alimentação<br />

saudável;<br />

Evitar o contacto com outras<br />

pessoas, de forma a diminuir<br />

o contágio;<br />

Evitar mudanças de<br />

temperatura;<br />

Não se abafar demasiado;<br />

Aplicar soro fisiológico para<br />

desentupir/descongestionar<br />

o nariz;<br />

Pode não ser aconselhável<br />

tomar medicamentos<br />

que reduzam a tosse;<br />

Não tomar antibióticos<br />

sem monitorização médica;<br />

Às crianças, não dar aspirina<br />

sem indicação médica;<br />

Enquanto estiver doente,<br />

não efectuar a vacinação.<br />

CUIDADOS ESPECIAIS<br />

A PARTIR DOS 65<br />

Para evitar a infecção e riscos associados<br />

à doença, «aconselha-se a vacinação,<br />

preferencialmente no Outono, a<br />

pessoas consideradas com alto risco de<br />

desenvolver complicações pós-infecção<br />

gripal». A saber: «indivíduos com 65 ou mais anos e,<br />

em particular, aos idosos em lares ou outras instituições;<br />

pessoas residentes ou com internamentos prolongados<br />

em instituições prestadoras de cuidados de saúde, independentemente<br />

da idade, como é o caso de pessoas com<br />

deficiência ou em centros de reabilitação; indivíduos<br />

sem abrigo e, finalmente, todas as pessoas com idade<br />

superior a seis meses, incluindo grávidas e mulheres a<br />

amamentar, que sofram de doenças crónicas pulmonares<br />

(inclusive asma), cardíacas, renais<br />

e hepáticas, diabetes mellitus ou outras<br />

doenças metabólicas, outras situações<br />

que provoquem depressão do sistema<br />

imunitário, como corticoterapia, infecção<br />

pelo VIH e cancro».<br />

A vacinação deve ser sazonal, pois,<br />

explica a internista, «o vírus sofre<br />

inúmeras mutações, razão pela qual a<br />

vacina proposta num ano dificilmente<br />

protege do vírus para o ano seguinte».<br />

Por outro lado, «a vacinação evita o<br />

aparecimento da gripe e, numa grande<br />

percentagem, diminui a gravidade da<br />

doença», insiste a especialista.<br />

A par disto, há que reforçar e manter<br />

saudável o sistema imunitário, cuja<br />

missão é combater, eficazmente, os<br />

invasores nocivos. De acordo com Paula<br />

Silva Pereira, a pessoa deve «fortalecer-<br />

-se», aumentando as defesas do organismo.<br />

Como? «Descansando bastante,<br />

alimentando-se adequadamente,<br />

ingerindo muitos líquidos, incluindo<br />

sumos naturais, evitando o consumo<br />

de álcool e não fumando.» E<br />

NUTRIENTES<br />

Eficaz na<br />

aceleração<br />

da recuperação<br />

do organismo,<br />

a alimentação<br />

não deve ser<br />

descurada em<br />

caso de gripe.<br />

Flavonóides<br />

Os flavonóides,<br />

responsáveis<br />

pelas cores da<br />

fruta, activam o<br />

sistema imunitário.<br />

Encontram-se na<br />

toranja, laranja,<br />

limão e lima.<br />

Bebidas<br />

hidratantes<br />

Água, sumos<br />

de fruta natural<br />

– laranja, sobretudo<br />

–, chá e caldos<br />

são obrigatórios.<br />

Se, associados<br />

aos mais comuns<br />

sintomas de gripe,<br />

tiver náuseas e<br />

diarreia, opte por<br />

água e bebidas<br />

isotónicas, para<br />

repor os níveis de<br />

hidratação.<br />

Verde-escuro<br />

Brócolos, couve<br />

(galega, repolho,<br />

portuguesa) e<br />

espargos, por<br />

exemplo, são ricos<br />

em glutationa,<br />

um poderoso<br />

antioxidante que<br />

fortalece o sistema<br />

imunitário e ajuda<br />

o organismo a lutar<br />

contra infecções.<br />

Canja<br />

Pode lembrar os<br />

tempos de infância,<br />

é verdade, mas<br />

a canja de galinha<br />

tem um ligeiro<br />

efeito<br />

anti-inflamatório<br />

que reduz os<br />

sintomas das<br />

infecções do<br />

tracto respiratório<br />

superior.<br />

OUTONO 2010 39

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