batata semente - Associação Brasileira da Batata (ABBA)
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Fitossani<strong>da</strong>de<br />
ENTOMOLOGIA<br />
Requeima <strong>da</strong> <strong>batata</strong><br />
A<br />
<strong>batata</strong> (Solanum tuberosum L) é<br />
a quarta fonte de alimento no<br />
mundo e encontra-se dissemina<strong>da</strong><br />
na maioria <strong>da</strong>s regiões tropicais<br />
e subtropicais do planeta (Filgueira,<br />
2000).<br />
No Brasil, planta-se anualmente entre<br />
130 a 150.000 hectares de <strong>batata</strong>,<br />
com produtivi<strong>da</strong>de média de 20 tonela<strong>da</strong>s/ha.<br />
A requeima é a principal doença<br />
fúngica <strong>da</strong> cultura <strong>da</strong> <strong>batata</strong> no mundo.<br />
É caracteriza<strong>da</strong> como doença de alto<br />
poder destrutivo e está dissemina<strong>da</strong> em<br />
várias regiões produtoras de <strong>batata</strong> no<br />
Brasil, porém encontra nas regiões Sul e<br />
Sudeste as melhores condições de desenvolvimento.<br />
É conheci<strong>da</strong> também como<br />
"mela" e "crestamento de Phytophthora".<br />
A doença é causa<strong>da</strong> pelo fungo Phytophthora<br />
infestans (Mont.) de Bary. Esse<br />
patógeno é favorecido por baixas temperaturas<br />
(12°C a 20 °C) e alta umi<strong>da</strong>de<br />
relativa, proporciona<strong>da</strong> por neblina,<br />
chuva, orvalho e irrigação frequente. O<br />
fungo pode atacar a cultura em qualquer<br />
estágio de desenvolvimento, iniciando<br />
principalmente no terço mediano superior<br />
<strong>da</strong> planta, mas pode ser encontrado<br />
também nos tubérculos.<br />
Os sintomas de requeima podem<br />
variar de acordo com as condições<br />
climáticas (temperatura, umi<strong>da</strong>de relativa,<br />
intensi<strong>da</strong>de luminosa) ou de acordo<br />
com a resistência <strong>da</strong> cultura ao patógeno.<br />
Nas folhas (Figura 1), as lesões são<br />
inicialmente verdes claras a escuras, irregulares<br />
e se desenvolvem rapi<strong>da</strong>mente<br />
tornando-se amarronza<strong>da</strong>s ou pretas,<br />
causando a morte de folíolos, caule e<br />
<strong>da</strong> planta. Entre o tecido sadio e a lesão<br />
pode-se observar um halo encharcado. A<br />
lesão pode evoluir e atingir o pecíolo e o<br />
caule e causar a morte <strong>da</strong> planta (Figura<br />
2). Em condições de alta umi<strong>da</strong>de, pode<br />
ocorrer a formação de frutificações, de<br />
cor esbranquiça<strong>da</strong>, na parte inferior <strong>da</strong><br />
folha. Sob baixa umi<strong>da</strong>de, o tecido fica<br />
quebradiço. Em condições altamente<br />
favoráveis, as plantas podem apresentar<br />
aspecto de queima, característico <strong>da</strong><br />
doença. Nos tubérculos, o fungo causa<br />
podridão escura e dura, com a bor<strong>da</strong><br />
defini<strong>da</strong>.<br />
O fungo sobrevive principalmente<br />
em restos culturais e tubérculos doentes,<br />
é disseminado pelo vento e pela água.<br />
Pode sobreviver também na forma de<br />
oósporos, que são estruturas sexua<strong>da</strong>s<br />
de reprodução e de resistência.<br />
As medi<strong>da</strong>s de controle recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />
são, principalmente, escolha de local<br />
de plantio com boa drenagem, destruição<br />
de restos culturais, espaçamento<br />
que permita maior ventilação, controle<br />
químico e cultivares que apresentem algum<br />
nível de resistência ao patógeno.<br />
O fungo P. infestans apresenta variabili<strong>da</strong>de<br />
genética ou raças fisiológicas,<br />
Divulgação<br />
Figura 1- Sintomas causados por Phytophthora infestans (requeima) em folhas de <strong>batata</strong>. Na superfície inferior, formação <strong>da</strong>s estruturas<br />
de frutifi cação.<br />
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