mapa da violência 2012 crianças e adolescentes do brasil
mapa da violência 2012 crianças e adolescentes do brasil
mapa da violência 2012 crianças e adolescentes do brasil
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
MAPA DA VIOLÊNCIA <strong>2012</strong><br />
Vemos na tabela 6.1 que o primeiro ano de vi<strong>da</strong> de nossas crianças apresenta taxas anormalmente<br />
eleva<strong>da</strong>s, o triplo que nas outras i<strong>da</strong>des até os 10 anos. Foram 76 homicídios em 2000<br />
e 73 no ano 2010. Mas se o número de homicídios caiu, caiu mais ain<strong>da</strong> a base de crianças com<br />
menos de 1 ano de i<strong>da</strong>de registra<strong>da</strong>s entre ambos os censos: crianças passaram de 3,2 para 2,7<br />
milhões originan<strong>do</strong>, apesar <strong>da</strong>s que<strong>da</strong>s de homicídios em termos absolutos, um crescimento nas<br />
taxas de 13,8%. Também se considerarmos a faixa <strong>da</strong>s crianças de 1 a 5 anos de i<strong>da</strong>de, observamos<br />
um aumento equivalente: as taxas passam de 1,12 para 1,27 homicídios para ca<strong>da</strong> 100 mil<br />
crianças com menos de 5 anos de i<strong>da</strong>de. Crescimento de 13,5% na déca<strong>da</strong>.<br />
O Brasil está conseguin<strong>do</strong> atingir as Metas <strong>do</strong> Milênio pela rápi<strong>da</strong> redução nas últimas<br />
déca<strong>da</strong>s de suas taxas de mortali<strong>da</strong>de infantil (crianças menores de um ano) e na infância<br />
(crianças menores de cinco anos) pelas diversas ações no campo <strong>da</strong> saúde, <strong>da</strong> sani<strong>da</strong>de pública<br />
e de acesso a outros benefícios sociais. Mas o mesmo não acontece na área <strong>do</strong>s homicídios, que<br />
marca<strong>da</strong>mente avança na contramão dessas tendências.<br />
Podemos ver ain<strong>da</strong> que <strong>do</strong>s 3 aos 11 anos de i<strong>da</strong>de, a evolução entre os anos 2000 e 2010<br />
aparece instável. Para algumas i<strong>da</strong>des sobe, para outras desce, sem muita previsibili<strong>da</strong>de ou explicação.<br />
Mas nos extremos <strong>da</strong> escala etária o crescimento se apresenta bem mais sistemático:<br />
até os 2 anos de i<strong>da</strong>de e a partir <strong>do</strong>s 12 anos, indicativo de novos problemas, ou de problemas<br />
antigos mal resolvi<strong>do</strong>s, nessas faixas.<br />
De uma ou outra forma, o gráfico 6.1 permite visualizar de forma clara a íngreme espiral<br />
de violência letal contra nossos <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong>, que se inicia aos 12 anos de i<strong>da</strong>de, numa pendente<br />
drástica que aponta os problemas ain<strong>da</strong> vigentes e sem solução no campo de nossa a<strong>do</strong>lescência,<br />
marca<strong>da</strong> pelo seu ingresso precoce nas contradições de nossa moderni<strong>da</strong>de.<br />
Também não foi muito homogênea a evolução <strong>da</strong>s taxas ao longo <strong>da</strong> déca<strong>da</strong>. Podemos<br />
ver pelo gráfico 6.2 que a tendência de crescimento <strong>da</strong>s taxas, que vinha se manten<strong>do</strong> desde<br />
1980 (ver gráfico 2.1) reverte-se a partir de 2003 14 , para reiniciar seu rápi<strong>do</strong> crescimento a partir<br />
de 2006, com um ritmo médio de 5,5% ao ano.<br />
Gráfico 6.2. Evolução <strong>da</strong>s taxas de homicídio (em 100 mil) de crianças e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong> (