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mapa da violência 2012 crianças e adolescentes do brasil

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CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO BRASIL<br />

os 65 municípios com mais de 20 mil crianças e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong> que não registraram<br />

homicídios nessa faixa).<br />

E aqui surge um questionamento crucial: quais são os fatores que levam um pequeno número<br />

de municípios a apresentar essas taxas de ver<strong>da</strong>deira pandemia de homicídios de crianças<br />

e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong>? Da<strong>do</strong> o escopo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, vão ter que ser as diversas instâncias locais: socie<strong>da</strong>de<br />

civil e aparelhos governamentais os encarrega<strong>do</strong>s e responsáveis pelas respostas.<br />

Com bem menor intensi<strong>da</strong>de, também as vítimas de acidentes de transporte tem contribuí<strong>do</strong><br />

a incrementar a letali<strong>da</strong>de de crianças e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong>. Com que<strong>da</strong>s significativas a partir<br />

<strong>da</strong> vigência <strong>do</strong> Código <strong>do</strong> Trânsito, volta a recrudescer a partir de 2006. Nessa evolução <strong>da</strong> última<br />

déca<strong>da</strong>, alguns fatos merecem destaque:<br />

• largo incremento na mortali<strong>da</strong>de de crianças com menos de 1 ano de i<strong>da</strong>de, com taxas<br />

que passam de 2,8 para 4,6 mortes em ca<strong>da</strong> 100 mil crianças: crescimento de 61,4%.<br />

Com menor intensi<strong>da</strong>de também crescem as taxas de crianças com 1 ano de i<strong>da</strong>de;<br />

• <strong>da</strong> mesma forma, a partir <strong>do</strong>s 14 anos de i<strong>da</strong>de observa-se crescimento, e em alguns<br />

casos, bem significativo, como a partir <strong>do</strong>s 18 anos de i<strong>da</strong>de, quan<strong>do</strong> o aumento entre<br />

2000 e 2010 supera a casa de 50%;<br />

• nas i<strong>da</strong>des intermediárias, <strong>do</strong>s 2 aos 13 anos, houve que<strong>da</strong>s, principalmente entre os<br />

5 e os 12 anos de i<strong>da</strong>de;<br />

• eleva<strong>da</strong>s taxas em crianças de 1 ano de i<strong>da</strong>de, principalmente entre ocupantes de<br />

automóvel;<br />

• entre 1 e 14 anos de i<strong>da</strong>de, a maior parte <strong>da</strong>s vítimas é pedestre;<br />

• entre 15 e 19 anos de i<strong>da</strong>de, índices extremamente eleva<strong>do</strong>s, fun<strong>da</strong>mentalmente<br />

devi<strong>do</strong> a mortes de crianças e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong> ocupantes de motocicleta, cuja taxa, entre<br />

2000 e 2010 passa de 3,7 para 17,5 o que representa um crescimento de 376,3%.<br />

Também no caso <strong>do</strong>s óbitos por acidentes de transporte, as diferenças entre as diversas<br />

áreas <strong>do</strong> país são eleva<strong>da</strong>s, confirman<strong>do</strong> as observações coloca<strong>da</strong>s no capítulo 1 com referência<br />

à determinação estrutural tanto <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de quanto <strong>da</strong> letali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s acidentes:<br />

• entre os esta<strong>do</strong>s, situações que vão de 15 óbitos para ca<strong>da</strong> 100 mil crianças e<br />

<strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong> no Paraná, até 5,3 em Amazonas;<br />

• se as distâncias entre as capitais também são largas – de taxa 4,3 em Belém até 23<br />

e 23,1 em Teresina e Porto Velho, maiores ain<strong>da</strong> são os contrastes existentes entre<br />

os municípios, alguns <strong>do</strong>s quais apresentam índices extremamente eleva<strong>do</strong>s, como<br />

Barbalha, no Ceará ou Francisco Beltrão e Cianorte, no Paraná.<br />

Uma melhor caracterização <strong>da</strong>s situações violentas vivi<strong>da</strong>s pelas crianças e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong><br />

foi obti<strong>da</strong> a partir <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s de atendimento às vítimas de violência no âmbito <strong>do</strong> SINAN, <strong>do</strong><br />

Ministério <strong>da</strong> Saúde, fonte caracteriza<strong>da</strong> no Capítulo 1.<br />

Em primeiro lugar, cabe destacar um enorme contraste: se a violência letal por causas<br />

externas atinge principalmente crianças e <strong>a<strong>do</strong>lescentes</strong> <strong>do</strong> sexo masculino - em torno de 80%<br />

<strong>do</strong>s óbitos registra<strong>do</strong>s pelo SIM na última déca<strong>da</strong> – proporção ain<strong>da</strong> maior quan<strong>do</strong> se trata de<br />

homicídios – em torno de 90% <strong>do</strong> sexo masculino -, a relação se inverte nos atendimentos <strong>do</strong><br />

SUS. Efetivamente, os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> SINAN apontam que no ano 2011 os atendimentos femininos<br />

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