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revista perio set2010 - 3ª REV - 31-01-11.indd - Revista Sobrape

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R. Periodontia - 20(3):13-19<br />

morfologia das superfícies irradiadas. A análise morfológica<br />

revelou que as superfícies irradiadas apresentavam-se<br />

com derretimento, e a avaliação da biocompatibidade<br />

demonstrou uma maior adesão de osteoblastos às superfícies<br />

irradiadas. Devido a isso, os autores chegaram à conclusão<br />

de que a irradiação com o laser de Er,Cr:YSGG aumenta a<br />

biocompatibilidade das superfícies de titânio.<br />

Lee et al., 2008 avaliaram a adesão, proliferação e<br />

diferenciação de células semelhantes a osteoblastos em<br />

discos de titânio que foram irradiados com laser de Er,Cr:YSGG<br />

e com o laser de CO 2.<br />

48 discos de titânio anodizados foram<br />

divididos em 4 grupos de acordo com o tipo de tratamento:<br />

1) controle sem tratamento; 2) Laser de CO 2<br />

; 3) Laser de<br />

Er;Cr:YSGG com potência de 1.5W; 4) Laser de Er,Cr:YSGG<br />

com potência de 2.5W. A proliferação de osteoblastos e a<br />

atividade de fosfatase alcalina foram avaliadas com 1 e 3<br />

dias após os tratamentos. Os resultados dessa pesquisa<br />

demonstraram que ambos os tipos de laser foram eficazes<br />

na proliferação e diferenciação das células semelhantes a<br />

osteoblastos em superfícies de titânio irradiadas.<br />

Tratamento de doença <strong>perio</strong>dontal<br />

Em 2007, Kelbauskiene & Maciulskiene realizaram um<br />

estudo piloto comparando raspagem e alisamento (RAR)<br />

à aplicação do laser Er,Cr:YSGG associado (Laser-RAR) no<br />

tratamento de <strong>perio</strong>dontite juvenil e moderada (atualmente<br />

classificada como Periodontite Agressiva). Foram selecionados<br />

10 pacientes, tratados pelo método de boca dividida com o<br />

Protocolo A (apenas RAR) ou com o Protocolo B (associação<br />

laser + RAR), as avaliações foram realizadas no início e 3 meses<br />

após os tratamentos, analisando os parâmetros clínicos de<br />

sangramento à sondagem (SS), profundidade de sondagem<br />

(PS) e o índice de placa (IP). Os resulados demonstraram que<br />

no início, não houve placa em 3,8% dos dentes tratados<br />

com Laser-RAR e em 7,7% daqueles tratados com RAR<br />

apenas; Após 3 meses, a porcentagem de faces livres de<br />

placa aumentou para 47,4% no grupo RAR e para 34,6% no<br />

grupo Laser-RAR. No inicio das avaliações, 88,5% dos dentes<br />

no grupo Laser-RAR e 76,9% do grupo RAR apresentaram<br />

sangramento a sondagem, no entanto, após 3 meses houve<br />

redução de 68% para o grupo Lase-RAR e 60% para o grupo<br />

RAR. Redução da profundidade de sondagem ocorreu em<br />

ambos os grupos sendo que nos pacientes tratados pelo<br />

protocolo B, essa tendência foi maior. Os autores concluiram<br />

que os dois tipos de tratamento não-cirúrgicos foram<br />

eficientes, melhorando de maneira significativa os parâmetros<br />

clínicos avaliados, porém a associação Laser-RAR demonstrou<br />

maiores vantagens quando comparada com a RAR sozinha.<br />

Tratamento de doença periimplantar<br />

O trabalho de Azzeh, 2008 avaliou a aplicação clínica do<br />

laser de Er,Cr:YSGG em implantodontia através um relato de<br />

caso clinico sobre o tratamento de periimplantite. Paciente<br />

não-fumante do sexo masculino com 28 anos de idade<br />

apresentava recessão gengival de 2mm e profundidade<br />

de sondagem de 7mm na face vestibular do implante que<br />

substituía o dente 21. Foi executado cirurgia óssea regenerativa<br />

onde o laser de Er,Cr:YSGG foi utilizado no rebatimento do<br />

retalho, na remoção do tecido de granulação, perfuração do<br />

tecido ósseo e na limpeza da superfície do implante e após<br />

esse debridamento, enxerto ósseo heterogêno e membrana<br />

foram associadas ao defeito. Durante o acompanhamento de<br />

3, 6, 12 e 18 meses não foi encontrada nenhuma complicação<br />

e dessa forma o laser de Er,Cr:YSGG foi eficaz na cirurgia óssea<br />

regenerativa para tratamento de periimplantite.<br />

DISCUSSÃO<br />

A utilização do laser de Er,Cr:YSGG tem recebido destaque<br />

nos últimos tempos devido sua utilização tanto em tecidos<br />

duros (dente e osso) como dos tecidos moles.<br />

Diversos estudos in vitro avaliaram a capacidade e as<br />

características das superfícies radiculares após a irradiação<br />

do laser de Er,Cr:YSGG em remover o cálculo das superfícies<br />

dentárias associado ou não com procedimentos de raspagem<br />

e alisamento radicular com instrumentos manuais. Ting et<br />

al., 2007 demonstraram que a potência de 1W foi eficiente<br />

na remoção do cálculo de dentes extraídos, sem causar<br />

efeitos deletérios (carbonização, trincas ou condensação) na<br />

superfície radicular, já na potência de 3W Ekworapoj et al.,<br />

2007 observaram a presença de trincas e condensação no<br />

tecido dentinário resultado semelhante ao encontrado por<br />

Yamazaki et al., 20<strong>01</strong> quando aplicou esse mesmo laser em<br />

dentes sem irrigação. Sugerindo que a presença de irrigação<br />

externa é importante para se evitar superaquecimentos<br />

durante a irradiação, além de ser um fator de grande influência<br />

no processo de ablação tecidual, corroborado por Ishizaki et<br />

al., 2004; Meister et al.,2006.<br />

A remoção tecidual com ausência de danos térmicos nas<br />

superfícies irradiadas se deve ao mecanismo de ação deste<br />

laser (Ting et al., 2007) 33 . O comprimento de onda do laser<br />

de Er,Cr-YSGG (2.78µm) é altamente absorvido pela água.<br />

Dessa forma a irradiação com esse laser promove a rápida<br />

evaporação da água causando microexplosões na superfície<br />

dentinária removendo os cristais de hidroxiapatita em<br />

temperatura abaixo de seu ponto de fusão em um mecanismo<br />

denominado de ablação fotomêcanica(Harashima et al., 2005;<br />

Oliveira et al., 2<strong>01</strong>0).<br />

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