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Língua Portuguesa e Literaturas em Língua ... - Colégio Platão

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Comentário:<br />

Assim como <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de 2011, quando a<br />

Universidade Estadual de Maringá apresentou<br />

“Morar <strong>em</strong> república” como t<strong>em</strong>a da prova de<br />

redação, o vestibular de inverno/2012 trouxe uma<br />

discussão que faz parte do cotidiano de muitos<br />

vestibulandos: “O uso de tatuagens por crianças e<br />

adolescentes”. O primeiro texto de apoio, “Deputado<br />

baiano quer proibir tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> crianças e<br />

jovens”, retirado do site redeimprensalivre.com.<br />

br, descreveu uma proposta de projeto de lei<br />

de um parlamentar baiano, o qual acredita que<br />

o Estado deva criminalizar a prática, mesmo<br />

com a autorização dos pais; já o segundo texto,<br />

“Tatuag<strong>em</strong> vira moda entre adolescentes”, do<br />

site online.unisanta.br, trouxe opiniões diferentes<br />

sobre o t<strong>em</strong>a e apresentou relatos de qu<strong>em</strong> fez<br />

uma tatuag<strong>em</strong> e não se arrependeu. Os gêneros<br />

cobrados foram “carta pessoal” e “relato”, ambos<br />

já solicitados <strong>em</strong> vestibulares anteriores.<br />

GÊNERO TEXTUAL 1 – CARTA DO LEITOR<br />

Tendo como apoio os textos 1 e 2, escreva uma<br />

carta ao editor da revista Rede Imprensa Livre, Sr. Souza,<br />

com até 15 linhas, expondo sua opinião a respeito do<br />

projeto de lei do Deputado Federal Márcio Marinho, que<br />

proíbe tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> crianças e jovens. Não utilize nome<br />

próprio ou fictício para assinar a sua carta. Escreva<br />

apenas a palavra Leitor como assinatura.<br />

Comentário:<br />

Nessa proposta, o candidato, tendo como apoio os<br />

textos 1 e 2, deveria escrever uma carta do leitor,<br />

cuja finalidade seria manifestar sua opinião sobre<br />

a proposta do projeto de lei do deputado baiano,<br />

descrita no texto 1. Vestibulandos que observaram<br />

com atenção a estrutura do gênero (local e data,<br />

vocativo, corpo da carta, despedida e assinatura),<br />

criaram um papel social para o <strong>em</strong>issor, marcaram<br />

a interlocução com o editor da revista e defenderam<br />

um posicionamento com argumentos coerentes e<br />

convincentes têm grandes chances de tirar uma<br />

nota acima de 50. Isso, é claro, desde que aspectos<br />

de coesão e des<strong>em</strong>penho linguístico tenham sido<br />

observados. Importante ressaltar que a banca<br />

instruiu os candidatos para que assinass<strong>em</strong> a carta<br />

apenas com a palavra “Leitor”; portanto, qualquer<br />

identificação diferente anulará automaticamente o<br />

texto.<br />

GÊNERO TEXTUAL 2 – RELATO<br />

Tendo como apoio os textos 1 e 2, redija um relato,<br />

com até 15 linhas, que fará parte da reportag<strong>em</strong> de<br />

uma revista, sobre o uso de tatuag<strong>em</strong> por crianças e<br />

jovens. Nesse relato você deve ex<strong>em</strong>plificar com uma<br />

experiência (fictícia ou não) sua ou de outra pessoa<br />

sobre o uso ou a recusa de tatuag<strong>em</strong>. Para identificar<br />

a(s) pessoa(s) do relato, use, se achar necessário,<br />

nome(s) dentre os quais: João, Maria, Pedro, Ana,<br />

Eduardo, Beatriz. Não serão avaliados os textos que<br />

trouxer<strong>em</strong> quaisquer outros nomes que não esses<br />

sugeridos.<br />

Comentário:<br />

“relato” é um gênero textual acessível para boa parte<br />

dos vestibulandos, entretanto, a proposta poderia<br />

ter sido mais objetiva e focada apenas no relato de<br />

experiência vivida. Oferecer a escolha entre o relato<br />

de 1ª. pessoa (“... uma experiência (...) sua...”) ou<br />

o relato <strong>em</strong> 3ª. (“...ou de outra pessoa...”) foi uma<br />

instrução desnecessária da banca. Também não<br />

nos pareceu pertinente determinar os nomes que<br />

poderiam aparecer no texto (“João, Maria, Pedro,<br />

Ana, Eduardo, Beatriz”). Essa escolha, obviamente<br />

aleatória, pode fazer com que boas redações, que<br />

respeit<strong>em</strong> as características do gênero, sejam<br />

zeradas, afinal, é o que diz o comando (“... não<br />

serão avaliados textos que trouxer<strong>em</strong> quaisquer<br />

outros nomes ...”). Nesse sentido, esperamos<br />

bom senso da banca corretora para que reavalie<br />

essa instrução do comando. Por se tratar de um<br />

relato que faria parte de uma reportag<strong>em</strong>, o título<br />

era desnecessário, mas sua presença não afetará<br />

significativamente a avaliação. Com relação às<br />

características do gênero, o mais importante seria,<br />

a partir da discussão do t<strong>em</strong>a, apresentar uma<br />

sequência de ações que não causasse expectativa<br />

no leitor; no relato, os el<strong>em</strong>entos da narrativa são<br />

importantes, mas não a estrutura (o clímax, por<br />

ex<strong>em</strong>plo).<br />

Comentário final:<br />

De maneira geral, a prova de redação do vestibular<br />

de inverno/2012 foi b<strong>em</strong> elaborada e cont<strong>em</strong>plou<br />

o trabalho realizado <strong>em</strong> sala de aula. O t<strong>em</strong>a, por<br />

não estar <strong>em</strong> evidência, estampado <strong>em</strong> capas de<br />

revistas e páginas de jornais, possivelmente evitou<br />

o senso comum; além disso, os textos de apoio<br />

trouxeram bons argumentos, os quais poderiam ser<br />

desenvolvidos na carta do leitor e também servir<strong>em</strong><br />

como base para o gênero textual 2. Nossa única<br />

observação à banca elaboradora é que ela não<br />

puna no relato, com um zero, candidatos que, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, apenas cometeram o deslize de escrever<br />

“José” <strong>em</strong> vez de “João”; a habilidade linguística de<br />

qu<strong>em</strong> pleiteia uma vaga na universidade está muito<br />

além desse pequeno equívoco. De qualquer forma,<br />

a prova trouxe um t<strong>em</strong>a interessante e propostas<br />

acessíveis aos candidatos que se prepararam.<br />

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