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Universidade da Amazônia<br />

sistemática a situações punitivas: o desenvolvimento de alterações orgânicas<br />

como taquicardia, tremores periféricos, aumento da sudorese,<br />

úlceras, medo, ansiedade, depressão, fobias, dentre outros. Tais efeitos<br />

fizeram Skinner (1953/2000) propor alternativas à punição para obter<br />

a redução da frequência de um comportamento, sendo a principal<br />

delas a extinção, que se caracteriza pela retirada do evento ambiental<br />

consequente à resposta com alta frequência.<br />

A segunda operação estudada pela Análise do Comportamento<br />

é o reforçamento. Reforçamento é definido como uma operação na<br />

qual um estímulo ambiental apresentado contingentemente a uma resposta,<br />

aumenta a frequência e probabilidade de ocorrência futura da<br />

mesma (SKINNER, 1953/2000, 1969/1984; HALL, 1975).<br />

As pesquisas da Análise do Comportamento mostraram que existem<br />

basicamente dois tipos de reforço: reforço positivo e reforço negativo.<br />

A diferença básica entre eles está no fato de que, no reforço positivo<br />

o que aumenta a frequência e probabilidade de ocorrência do comportamento<br />

é a apresentação de um estímulo contingente à resposta,<br />

enquanto que, no reforço negativo, o que aumenta a frequência e probabilidade<br />

de ocorrência do comportamento é a retirada de um estímulo<br />

aversivo ou a evitação do contato com o referido estímulo.<br />

Os estudos sobre o reforço positivo realizados pela Análise do<br />

Comportamento indicaram como fatores críticos para o estabelecimento<br />

de uma contingência de reforço: 1) o tempo entre a resposta e a<br />

conseqüência e; 2) o esquema de administração da consequência, que<br />

pode ser feita de forma contínua, intermitente, dentre outras variações<br />

e combinações possíveis (MACHADO, 1980, 1986).<br />

Vários autores estudaram os efeitos do reforço negativo. Em geral,<br />

estes estudos são realizados em associação com estudos acerca da punição.<br />

Tais estudos classificaram os comportamentos reforçados negativamente<br />

como fuga e esquiva. Na fuga, a resposta é reforçada pela retirada do estímulo<br />

aversivo e na esquiva a resposta é reforçada por evitar ou adiar o<br />

contato do indivíduo com a estimulação aversiva (SIDMAN, 1989/1995).<br />

Embora, haja uma franca defesa nos textos de Skinner e Sidman dos<br />

benefícios de estabelecer comportamentos via reforçamento positivo, estudos<br />

recentes têm problematizado esta questão, uma vez que muitos comportamentos<br />

instalados e mantidos por reforço positivo imediato têm consequências<br />

futuras altamente aversivas. Um exemplo disso, pode ser o comportamento<br />

de comer em excesso, para o qual existe reforço imediato. Esta<br />

discussão leva com que se iniciem reflexões sobre as consequências do uso<br />

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