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Universidade da Amazônia<br />
to 4 ocorrido durante a história de vida do indivíduo com um ou mais<br />
reforçadores primários. Estes estímulos serão denominados reforçadores<br />
condicionados e reforçadores generalizados, respectivamente.<br />
Ao analisar o comportamento é necessário considerar os três níveis<br />
de seleção. No entanto, pelas próprias características da ciência que<br />
preconiza a eleição de um nível de análise ou ainda um recorte para configurar<br />
o caminho de investigação de um aspecto da realidade, Skinner<br />
(1990) propõe que a Análise do Comportamento investigue o comportamento<br />
a partir das interações organismo-ambiente que se dão no nível<br />
ontogenético (na história pessoal de cada indivíduo), acreditando que<br />
neste nível se façam presentes os dois outros níveis de determinação do<br />
comportamento: o filogenético e o cultural.<br />
Por conta desta eleição para a compreensão do processo de determinação<br />
do comportamento, uma das críticas mais frequentemente feitas ao<br />
Behaviorismo Radical (e por extensão à Análise do Comportamento) é que o<br />
homem seria tomado como um autômato e que não existiria a possibilidade<br />
de um indivíduo comandar sua própria vida. A exposição feita acima, ainda<br />
que pontual e sumarizada, impossibilita a confirmação desta crítica.<br />
A elaboração do conceito de autocontrole por Skinner (1953/2000),<br />
como controle ambiental exercido pelo próprio indivíduo, a partir da análise<br />
das contingências às quais seu comportamento é função (autoconhecimento),<br />
que lhe possibilita apresentar respostas (respostas controladoras)<br />
para diminuir a frequência de alguns comportamentos e/ou aumentar<br />
a frequência de outros (respostas controladas); descaracteriza a<br />
crítica de automação humana frequentemente feita ao Behaviorismo<br />
Radical, muito difundida no meio acadêmico (SKINNER, 1974/1993; FRAN-<br />
ÇA, 1997; CARRARA, 1998; RODRIGUES, 1999; WEBER, 2002).<br />
Em geral, o autocontrole é requerido em que existam contingências<br />
conflitantes. Na maioria das vezes, as consequências reforçadoras<br />
são apresentadas primeiramente que as consequências aversivas,<br />
mantendo a frequência e a probabilidade de ocorrência da resposta<br />
em níveis altos, gerando um controle competitivo (KERBAUY, 2000).<br />
Um exemplo de controle competitivo e dos prejuízos que este pode<br />
causar ao indivíduo pode ser observado no consumo de drogas (SILVA,<br />
GUERRA, GONÇALVES e GARCIA-MIJARES, 2001) e na Obesidade (KER-<br />
BAUY, 1972, 1977).<br />
4<br />
Pareamento ou emparelhamento de estímulos é o procedimento pelo qual um estímulo previamente<br />
neutro em relação a um respondente, adquire a função de eliciá-lo, após ter sido apresentado<br />
conjuntamente com o estímulo que originalmente eliciava o respondente em questão (SKINNER,<br />
1953/2000).<br />
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