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Universidade da Amazônia<br />
endocrinologista e psicólogo, uma vez que esses indivíduos encontramse<br />
com sua saúde extremamente debilitada e necessitam de melhora<br />
urgente na sua qualidade de vida (CARREIRO e ZILBERSTEIN, 2004).<br />
Os pacientes submetidos a esta cirurgia passam por um longo<br />
período de adaptação à nova condição gástrica, seguindo durante alguns<br />
meses uma sequência de passos para a reintrodução de alimentos e de<br />
atividade física. Por conta de sua história alimentar anterior, a literatura<br />
sobre o assunto ressalta que há necessidade da equipe responsável pela<br />
alimentação do paciente atentar para possíveis situações, nas quais o<br />
paciente poderá se sentir tentado a comer mais do que pode ou a ingerir<br />
alimentos que não são tidos como saudáveis. Um exemplo de situação<br />
perigosa é o fato de que geralmente o sujeito obeso come mais e pior<br />
(quanto à qualidade), no final de semana do que durante os dias da semana,<br />
e com frequência, justifica esse comportamento relatando que é<br />
mais comedido durante a semana para poder comer o que e o quanto<br />
desejam no sábado e no domingo (GARRIDO JÚNIOR, 2002).<br />
1.4 OBESIDADE SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO<br />
A Psicologia, como ciência e profissão, tem tomado a Obesidade<br />
como foco de análise e intervenção. Entretanto, dadas as características<br />
deste domínio do conhecimento, há na ciência psicológica diferentes<br />
formas de compreender a Obesidade que geram diferentes formas<br />
de abordá-la, dentre elas, a Análise do Comportamento.<br />
A Análise do Comportamento tem desenvolvido pesquisas sobre<br />
o comportamento alimentar desde o estudo clássico de Ferster,<br />
Nurnberger e Levitt (1962). Estes estudos se caracterizam pela descrição<br />
e análise do comportamento alimentar, em termos da relação organismo-ambiente<br />
construída ao longo da história dos indivíduos, visando<br />
a identificar que condições ambientais (variáveis) instalaram e mantêm<br />
o padrão de comportamento observado e, desta forma, identificam<br />
a função do mesmo. Além da avaliação de métodos de intervenção<br />
para o estabelecimento de mudanças comportamentais e autocontrole<br />
do comportamento dos indivíduos obesos.<br />
Estes estudos, que inicialmente se desenvolviam dentro do<br />
ambiente controlado do laboratório (FERSTER, NUNRBERGER e LEVITT,<br />
1962; GOLDIAMOND, 1965), foram progressivamente estendidos para<br />
outros settings como hospitais e consultórios psicológicos (BARBOSA,<br />
2001, por exemplo).<br />
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