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Pneumo Atual - Unifesp

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5. inespecífico<br />

A inspeção dos gráficos permite imediata inferência do distúrbio presente.<br />

Curva de fluxo-volume expiratório em normais, em portadores de distúrbios restritivos e distúrbios<br />

obstrutivos.<br />

Distúrbio restritivo é caracterizado por ausência de obstrução e CV(F) reduzida na presença de<br />

causa potencial para restrição, ex. fibrose pulmonar, com relação VEF 1 /CVF normal. CV(F) normal<br />

pré ou pós broncodilatador exclui presença de distúrbio restritivo.<br />

Algumas doenças de vias aéreas como bronquiectasias e alguns casos de asma, podem levar ao<br />

fechamento completo das vias aéreas periféricas e podem dar este padrão, pseudo-restritivo,<br />

denominado então de inespecífico.<br />

Distúrbio obstrutivo é caracterizado por presença de obstrução, com VEF 1 reduzido e CV(F)<br />

normal, com relação VEF 1 /CVF diminuída.<br />

Na obstrução, se o aprisionamento de ar elevar muito o volume residual, a capacidade vital pode<br />

estar reduzida. Aqui refere-se ao distúrbio obstrutivo com capacidade vital reduzida. Quando a<br />

CVF se reduz pode levar a uma relação VEF 1 /CVF normal. Entretanto a causa mais freqüente de<br />

relação VEF 1 /CVF normal associada a distúrbio obstrutivo normal é a incorreta realização da<br />

manobra de CVF com pouco tempo de expiração.<br />

Se a CV(F) estiver muito baixa, na presença de obstrução e na presença de doença clínica<br />

potencialmente restritiva associada (ex, asma + obesidade), pode-se caracterizar distúrbio misto.<br />

Como podemos ver a espirometria deve estar sempre associada à avaliação clínica.<br />

15 - Como se caracteriza obstrução ao fluxo aéreo na espirometria?<br />

Em geral pela relação VEF 1 /CV(F) reduzida. A obstrução resulta em esvaziamento mais lento dos<br />

pulmões, de modo que a relação cai. Embora valores abaixo de 70% sejam sugeridos para<br />

caracterizar obstrução em adultos, deve-se preferir a utilização de valores abaixo de um limite<br />

inferior particular. Este depende do sexo e da idade – mulheres tem vias aéreas maiores em<br />

proporção ao volume pulmonar, e portanto valores previstos maiores.<br />

16 - O encontro de relação VEF 1 /CVF baixa, sempre indica doença?<br />

Não. Indivíduos de grande estatura (acima de 1,85 m), com tórax grande (CV acima de 120% do<br />

previsto) ou com grande força muscular, podem "esmagar" as vias aéreas numa manobra de<br />

expiração forçada e exibir valores para relação reduzidos. Nestas situações o laudo deve<br />

contemplar a possibilidade de "variante normal".<br />

17 - Quando a espirometria deve ser repetida em DPOC?<br />

VEF 1 é o parâmetro espirométrico fundamental a ser seguido, para documentar a história natural<br />

da DPOC, porque é o melhor indicador prognóstico. A repetição anual, fora de períodos de<br />

exacerbação, permite avaliar o declínio funcional. Para isto, devem ser considerados os valores<br />

após broncodilatador.<br />

A espirometria não muda após programas de reabilitação e outras medidas devem ser feitas para<br />

avaliar o impacto sobre a doença.<br />

www.pneumoatual.com.br<br />

ISSN 1519-521X

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