Pneumo Atual - Unifesp
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Pacientes com obstrução ao fluxo aéreo e VEF 1 ou VEF 1 /CVF abaixo de 40% são classificados<br />
como portadores de distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) acentuado. Em DPOC, a sobrevida<br />
torna-se menor com a redução progressiva do VEF 1 , sendo especialmente afetada, quando os<br />
valores do VEF 1 pós-Bd situam-se abaixo de 40% do previsto. Metade dos pacientes com estes<br />
valores funcionais morrerão nos 5 anos seguintes ao teste.<br />
Pacientes com VEF 1 e relação VEF 1 /CVF acima de 60% são classificados como portadores de<br />
DVO leve. Pacientes com valores intermediários são classificados como portadores de DVO<br />
moderado.<br />
27 - Por que usar 2 parâmetros para classificar o DVO? Não se poderia usar apenas o VEF 1 ?<br />
A American Thoracic Society sugeriu que o diagnóstico de obstrução ao fluxo aéreo seja feito pela<br />
relação VEF 1 /CVF reduzida e a partir daí a classificação de gravidade deveria seguir o VEF 1<br />
expresso como percentual. Em pacientes com valores grandes para a CVF, entretanto, uma<br />
relação VEF 1 /CVF muito baixa pode ser observada, com VEF 1 relativamente preservado. A SBPT a<br />
partir disto sugeriu que a classificação siga o parâmetro mais alterado.<br />
28 - Como se classifica a gravidade do distúrbio ventilatório restritivo (DVR)?<br />
O padrão-ouro para caracterizar restrição é a redução da capacidade pulmonar total, que é a soma<br />
do volume residual e da capacidade vital. A medida do VR exige métodos especiais. Na falta de<br />
mensuração da CPT, a CV(F), expressa em porcentagem, é usada para graduar o DVR: abaixo de<br />
50% é acentuado, e acima de 60%, leve; entre estes valores é classificado como moderado.<br />
29 - Como se classifica um distúrbio ventilatório combinado (DVC)?<br />
Consenso da SBPT sugere que o distúrbio seja classificado pelo parâmetro mais anormal,<br />
seguindo o que foi sugerido para os distúrbios obstrutivo e restritivo.<br />
30 - Como se resume a classificação dos distúrbios espirométricos?<br />
A classificação dos distúrbios espirométricos é mostrada na tabela abaixo.<br />
Distúrbio<br />
VEF 1<br />
(%)<br />
CV(F)<br />
(%)<br />
VEF 1 /CV(F)<br />
(%)<br />
Leve 60 – LI 60 – LI 60 – LI<br />
Moderado 41 – 59 51 – 59 41 – 59<br />
Grave ≤ 40 ≤ 50 ≤ 40<br />
• Na presença de FEF25-75/CV(F) isoladamente reduzida o distúrbio será classificado como<br />
leve, na presença de sintomas e/ou tabagismo importante.<br />
• LI limite inferior da normalidade<br />
31 - Quando os fluxos do meio e do final da curva devem ser valorizados?<br />
O diagnóstico de obstrução ao fluxo aéreo pode ser caracterizado se estes fluxos estão reduzidos<br />
em sintomáticos respiratórios ou grandes fumantes. Nesta situação o distúrbio deve ser chamado<br />
de DVO leve e não obstrução de pequenas vias aéreas.<br />
Em assintomáticos respiratórios, estes fluxos podem estar eventualmente reduzidos, o que não<br />
significa progressão funcional acelerada ao longo dos anos.<br />
32 - Leitura recomendada<br />
Aaron SD; Dales RE; Cardinal P. How accurate is spirometry at predicting restrictive pulmonary<br />
impairment? Chest 1999; 115:869 -873.<br />
Eaton T; Withy S; Garrett JE; et al. Spirometry in primary care practice. The importance of quality<br />
assurance and the impact of spirometry workshops. Chest 1999; 116:416-423.<br />
Faresin SM; Barros JA; Beppu OS; et al. Quem deve realizar a espirometria durante a avaliação<br />
pulmonar pré-operatória? A Folha Médica/UNIFESP, 1998; 116:85-90.<br />
Ferguson GT, Enright PL, Buist S et al. Office spirometry for lung health assessment in adults. A<br />
consensus statement from the National Health education Program. Chest 2000;117:1146-1161.<br />
www.pneumoatual.com.br<br />
ISSN 1519-521X