Viva a Páscoa! Hora de pedalar - Nestlé
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Como <strong>de</strong>vo agir com<br />
meu filho, que não dá<br />
abertura para conversa?<br />
Para o psicólogo Ricardo Monezi, da Unifesp, é preciso<br />
enxergá-lo com compaixão. “Lembre-se da sua adolescência<br />
e <strong>de</strong> tudo o que passou. Não foi fácil, não é<br />
mesmo? É um momento <strong>de</strong> muita insegurança, insatisfação,<br />
angústia... Coloque-se no lugar do seu filho,<br />
entenda o que ele está passando e ofereça ajuda”,<br />
aconselha. Outra sugestão: muitos adolescentes encaram<br />
qualquer conversa como uma DR (discussão <strong>de</strong><br />
relacionamento) chata. Em vez <strong>de</strong> só chamá-lo para reclamar<br />
das notas vermelhas ou cobrá-lo por algo que<br />
ele <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> fazer, converse sobre os interesses em<br />
comum ou as qualida<strong>de</strong>s que ele tem. Contar alguma<br />
experiência da sua adolescência também ajuda.<br />
Como colocar limites<br />
para o adolescente?<br />
Ele precisa <strong>de</strong> limites, pois isso faz parte do processo<br />
<strong>de</strong> educação. Em muitos casos, é necessário dizer não.<br />
“Porém, sempre explique os motivos <strong>de</strong>sse não”, ensina<br />
Marcelo Nunes Iampolsky, professor <strong>de</strong> hebiatria (especialida<strong>de</strong><br />
médica que estuda e trata da<br />
saú<strong>de</strong> dos adolescentes) da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Medicina do ABC, <strong>de</strong> Santo André (SP).<br />
“Dialogue com seu filho, escute a opinião<br />
<strong>de</strong>le e, se for possível, chegue a um<br />
consenso, ce<strong>de</strong>ndo um pouco.”<br />
Meu filho começou a namorar,<br />
<strong>de</strong>vo tocar no tema sexo?<br />
A abordagem sobre sexo é algo que<br />
já tem <strong>de</strong> vir da infância. Falar sobre<br />
o assunto não é estimular uma sexualida<strong>de</strong><br />
precoce ou aumentar o risco<br />
<strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, e sim proteger o filho com informações<br />
precisas, abrindo um canal <strong>de</strong> conversa para esclarecimento<br />
e participação na sua vida. “Uma maneira mais<br />
fácil <strong>de</strong> abordar esse tema é discutir sobre <strong>de</strong>terminado<br />
filme a que vocês assistiram juntos ou a respeito<br />
<strong>de</strong> um caso <strong>de</strong> algum parente ou colega. Assim, você<br />
conhece a opinião <strong>de</strong>le e abre um canal <strong>de</strong> diálogo”, observa<br />
o hebiatra Marcelo.<br />
Meu adolescente vive<br />
me contestando.<br />
Como lidar com isso?<br />
“Ser contestado não<br />
é bom. É um exercício<br />
difícil olhar o outro<br />
e pensar que ele talvez<br />
possa estar certo,<br />
<strong>de</strong>ntro da perspectiva<br />
<strong>de</strong>le. Mas também po<strong>de</strong> estar errado. E<br />
a gran<strong>de</strong> arte, nesse caso, é o diálogo, que<br />
possibilita expressar opiniões favoráveis e<br />
contrárias a um <strong>de</strong>terminado ponto, até se<br />
chegar a um acordo comum”, pon<strong>de</strong>ra Maria<br />
Sylvia <strong>de</strong> Souza Vitalle, chefe do Setor <strong>de</strong><br />
Medicina do Adolescente do Departamento<br />
<strong>de</strong> Pediatria da Unifesp. Ela diz que o melhor<br />
é promover um ambiente em que ambas as<br />
partes se ouçam e sempre ter em mente<br />
que atitu<strong>de</strong>s autoritárias nos afastam dos<br />
adolescentes. “Isso mostra fragilida<strong>de</strong>. Autoritarismo<br />
implica não ter autorida<strong>de</strong>.”<br />
Quando e como falar<br />
sobre sexo e consumo<br />
<strong>de</strong> álcool e drogas?<br />
“O melhor momento e a ‘medida’ para falar<br />
sobre esses assuntos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do quanto o<br />
adolescente se mostra interessado e curioso<br />
em relação a essas questões”, ressalta<br />
Maria Sylvia. “Depen<strong>de</strong> da fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
em que se encontra, da bagagem<br />
que tem e da sua história <strong>de</strong> vida, ou<br />
seja, a conversa entre pais e filhos precisa<br />
consi<strong>de</strong>rar os contextos social, cultural e<br />
familiar”, completa. Quanto<br />
mais fortes e melhor construídos<br />
estiverem os vínculos afetivos,<br />
maior será a facilida<strong>de</strong> e<br />
a tranquilida<strong>de</strong> para lidar com<br />
temas espinhosos. E mais seguro<br />
o adolescente vai se sentir<br />
para fazer perguntas e tirar<br />
suas dúvidas.