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Fechamento Percutâneo de Comunicação Interatrial com Prótese ...

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Oliveira EC, et al. <strong>Fechamento</strong> Percutâneo <strong>de</strong> Comunicação <strong>Interatrial</strong> <strong>com</strong> Prótese Amplatzer. Rev Bras Cardiol Invas 2005; 13(3):<br />

198-205.<br />

do o surgimento da Amplatzer 4 (1996), permitindo o<br />

fechamento <strong>de</strong> CIAs gran<strong>de</strong>s, <strong>com</strong> segurança e alto<br />

índice <strong>de</strong> sucesso.<br />

SELEÇÃO DE PACIENTES<br />

As CIAs próximas a estruturas nobres, <strong>com</strong>o as <strong>de</strong><br />

seio venoso, ostium primum e seio coronário, não<br />

po<strong>de</strong>m ser fechadas pela via percutânea. As indicações<br />

para o fechamento <strong>de</strong> CIA são as mesmas da<br />

indicação cirúrgica. CIAs pequenas (menores que 5mm)<br />

e sem repercussão clínica não têm indicação para<br />

fechamento, exceto na presença <strong>de</strong> provável embolia<br />

paradoxal, <strong>com</strong>o acontece nas indicações para fechamento<br />

<strong>de</strong> forame oval. A maioria das CIAs tipo ostium<br />

secundum, que correspon<strong>de</strong>m a 2/3 das CIAs, po<strong>de</strong><br />

ser fechada por via percutânea. Uma distância maior<br />

que 4mm entre as valvas atrioventriculares, a veia<br />

cava superior (VCS), a veia pulmonar superior direita<br />

e o seio coronário torna o procedimento viável e<br />

seguro. Uma distância <strong>de</strong> 2 a 3mm do seio coronário<br />

é aceitável, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seu orifício seja suficientemente<br />

largo para não interferir <strong>com</strong> o fluxo. A presença da<br />

borda anterior (aórtica) não é indispensável 5 .<br />

(<strong>com</strong> orientação pelo ecocardiograma) e liberam-se o<br />

colo e, em seguida, o disco em AD. Antes <strong>de</strong> liberar<br />

a prótese, <strong>de</strong>ve-se checar sua posição, em vários cortes,<br />

pelo ecocardiograma. A angiografia antes e <strong>de</strong>pois do<br />

procedimento e manobras para checar a firmeza da<br />

fixação da prótese são medidas opcionais. Em nossa<br />

prática, não temos realizado angiografias <strong>de</strong> rotina,<br />

sendo o procedimento orientado pelo ecocardiograma.<br />

Algumas vezes, principalmente em CIAs gran<strong>de</strong>s,<br />

a prótese adota uma posição oblíqua (Figura 1) e não<br />

paralela ao septo, atravessando a CIA. A liberação <strong>de</strong><br />

parte do colo em AE e a abertura parcial do disco em<br />

veia pulmonar, geralmente, melhoram o posicionamento<br />

da prótese, permitindo seu implante <strong>com</strong> segurança.<br />

Outras vezes, mesmo <strong>com</strong> essas manobras, a prótese<br />

continua se posicionando obliquamente ao ser recuada.<br />

Nesses casos, a mudança do posicionamento inicial<br />

em veia pulmonar superior esquerda (VPSE) para<br />

outras veias pulmonares ou o uso <strong>de</strong> cateter-balão 7<br />

(Figura 2), introduzido através <strong>de</strong> outra punção veno-<br />

AVALIAÇÃO DO TAMANHO DA PRÓTESE<br />

A re<strong>com</strong>endação clássica para escolha do tamanho<br />

da prótese é <strong>de</strong> que esta seja aproximadamente 2mm<br />

maior ou menor que o tamanho da CIA distendida por<br />

balão (medidas coerentes entre ecocardiograma e fluoroscopia).<br />

Alguns profissionais sugerem que essa medida<br />

não é necessária, escolhendo o tamanho da prótese<br />

<strong>com</strong> base apenas no tamanho regular da CIA, verificado<br />

pelo ecocardiograma 6 acrescido <strong>de</strong> 4mm. Nos casos <strong>de</strong><br />

CIAs gran<strong>de</strong>s (maiores que 30mm <strong>de</strong> diâmetro) ou associadas<br />

a aneurisma, é aconselhável usar prótese 3 a<br />

4mm maior que o diâmetro distendido. Em nossa opinião,<br />

o tamanho distendido é o melhor parâmetro para<br />

a opção e torna o procedimento mais seguro.<br />

Figura 1 - Prótese mal posicionada em CIA gran<strong>de</strong>.<br />

VARIAÇÕES TÉCNICAS<br />

O material <strong>de</strong>senvolvido para o fechamento percutâneo<br />

<strong>de</strong> CIA é direcionado para o procedimento<br />

via veias femorais. A CIA po<strong>de</strong> ser ultrapassada por<br />

vários tipos <strong>de</strong> cateteres posicionados em veia pulmonar<br />

superior esquerda. Em seguida, <strong>com</strong> ajuda <strong>de</strong> fioguia<br />

longo, posiciona-se uma bainha longa e <strong>com</strong><br />

diâmetro <strong>com</strong>patível <strong>com</strong> o tamanho da prótese selecionada.<br />

A colocação <strong>de</strong> bainha em átrio esquerdo (AE)<br />

apresenta risco <strong>de</strong> embolia aérea, principalmente para<br />

artéria coronária direita, <strong>de</strong>vendo-se tomar cuidado<br />

para evitar essa <strong>com</strong>plicação. A retirada do introdutor<br />

na junção da veia cava inferior (VCI) <strong>com</strong> átrio direito<br />

(AD), aguardando-se o retorno <strong>de</strong> sangue antes da<br />

introdução da bainha em AE, diminui o risco <strong>de</strong> embolia,<br />

sendo por isso re<strong>com</strong>endada por muitos autores. Após<br />

o bom posicionamento da bainha em AE, a prótese é<br />

introduzida fixa em um kit, abrindo-se o primeiro disco<br />

em AE; puxa-se, então, a prótese até o septo interatrial<br />

Figura 2 - Prótese posicionada <strong>com</strong> auxílio <strong>de</strong> cateter-balão.<br />

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