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Fechamento Percutâneo de Comunicação Interatrial com Prótese ...

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Oliveira EC, et al. <strong>Fechamento</strong> Percutâneo <strong>de</strong> Comunicação <strong>Interatrial</strong> <strong>com</strong> Prótese Amplatzer. Rev Bras Cardiol Invas 2005; 13(3):<br />

198-205.<br />

• A borda ínfero-anterior vai da margem inferior do<br />

<strong>de</strong>feito ao centro do anel tricúspi<strong>de</strong> (plano subcostal<br />

4 câmaras ao 2-D ou horizontal no ecocardiograma<br />

transesofágico);<br />

• A borda súpero-posterior (ou superior) é medida<br />

da margem superior da CIA ao ponto médio do<br />

orifício <strong>de</strong> entrada da VCS no AD (plano subcostal<br />

eixo curto no 2-D ou vertical no ecocardiograma<br />

transesofágico);<br />

• A borda ínfero-posterior (ou inferior) é a distância<br />

da margem inferior do <strong>de</strong>feito ao ponto médio do<br />

orifício <strong>de</strong> entrada da VCI no AD (plano subcostal<br />

eixo curto no 2-D ou vertical no ecocardiograma<br />

transesofágico).<br />

REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO<br />

SEM FLUOROSCOPIA<br />

O fechamento percutâneo <strong>de</strong> CIA po<strong>de</strong> ser realizado<br />

apenas pelo ecocardiograma transtorácico ou<br />

transesofágico, sem ajuda da fluoroscopia. As medidas<br />

das pressões e o cálculo <strong>de</strong> shunt po<strong>de</strong>m ser feitos<br />

posicionando-se o cateter em artéria pulmonar guiado<br />

pelo ecocardiograma, assim <strong>com</strong>o seu posicionamento<br />

em veia pulmonar e as etapas clássicas para a realização<br />

do procedimento. Em casos especiais, <strong>com</strong>o durante<br />

a gravi<strong>de</strong>z, esse método po<strong>de</strong> ser preferido. Segundo<br />

Ewert e Berger 14 , o fechamento <strong>de</strong> CIA e <strong>de</strong> forame<br />

oval po<strong>de</strong> ser realizado <strong>com</strong> segurança em muitos<br />

pacientes, guiado apenas pelo ecocardiograma.<br />

IDADE IDEAL<br />

Alguns autores <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o fechamento precoce<br />

das CIAs para evitar a sobrecarga crônica do ventrículo<br />

direito (VD) ou pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento da CIA.<br />

Segundo Harper et al. 15 , <strong>com</strong>o a CIA e a distância <strong>de</strong><br />

suas bordas em relação às estruturas vizinhas ten<strong>de</strong>m<br />

a crescer proporcionalmente ao crescimento da superfície<br />

corporal, o procedimento é facilitado se realizado<br />

mais tar<strong>de</strong>; por isso sua equipe tem optado por executar<br />

a intervenção quando a criança atinge cerca <strong>de</strong> 5<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e peso em torno <strong>de</strong> 20kg. Em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> usarmos sonda <strong>de</strong> adulto para a realização do<br />

ecocardiograma transesofágico, também temos preferido<br />

fazer o procedimento em crianças que já tenham<br />

<strong>com</strong>pletado 5 anos; entretanto, quando há gran<strong>de</strong> sobrecarga<br />

<strong>de</strong> volume do VD, interferindo <strong>com</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pondo-estatural, temos ocasionalmente antecipado<br />

a intervenção em crianças <strong>com</strong> peso entre 15<br />

e 20kg.<br />

e o risco <strong>de</strong> embolização é maior. Em tais situações,<br />

sugere-se liberar parcialmente o colo em AE e usar prótese<br />

3 a 4mm maior que o diâmetro distendido da CIA. A<br />

análise cuidadosa da anatomia da CIA e <strong>de</strong> sua relação<br />

<strong>com</strong> as estruturas vizinhas e a certificação <strong>de</strong> que a<br />

prótese está bem fixa, antes <strong>de</strong> sua liberação, diminuem<br />

os riscos e aumentam o sucesso do procedimento.<br />

CIAs múltiplas 17<br />

Na presença <strong>de</strong> duas ou mais <strong>com</strong>unicações interatriais,<br />

<strong>de</strong>ve-se verificar se há tecido suficiente entre<br />

elas para a<strong>com</strong>odar mais <strong>de</strong> uma prótese. Quando há<br />

bordas a<strong>de</strong>quadas entre as <strong>com</strong>unicações, re<strong>com</strong>enda-se<br />

liberar primeiro a prótese menor e, em seguida,<br />

a maior. Em caso <strong>de</strong> escasso tecido entre elas, po<strong>de</strong>se<br />

tentar, <strong>com</strong> balão, transformá-las em uma só CIA 18<br />

e usar uma prótese suficientemente gran<strong>de</strong> para cobrir<br />

todo o orifício criado, ainda que permaneça pequeno<br />

shunt residual sem importância clínica. Nos casos <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>unicações próximas, mas sem tecido suficiente<br />

entre elas para a<strong>com</strong>odar duas ou mais próteses, e na<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformá-las em uma única CIA,<br />

po<strong>de</strong>-se utilizar uma prótese superdimensionada para<br />

tentar cobrir o orifício o máximo possível. Nos casos<br />

<strong>de</strong> CIAs múltiplas, é necessário usar balões con<strong>com</strong>itantes<br />

para avaliar <strong>de</strong>talhadamente os diâmetros e<br />

selecionar a(s) prótese(s) a<strong>de</strong>quada(s) para cada caso.<br />

Aneurisma/fenestração 19<br />

Na presença <strong>de</strong> CIA associada a aneurisma, o i<strong>de</strong>al<br />

é fechá-la fazendo-se um “sanduíche” do mesmo.<br />

Quando a CIA é pequena (diâmetro distendido menor<br />

que 20mm), a utilização <strong>de</strong> próteses maiores, usadas<br />

para o fechamento <strong>de</strong> forame oval, geralmente é a<br />

melhor escolha. Na presença <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma CIA, a<br />

associação <strong>de</strong> uma prótese <strong>de</strong> forame oval permeável<br />

(FOP) <strong>com</strong> outra <strong>de</strong> CIA facilita o envolvimento do<br />

aneurisma <strong>de</strong> ambos os lados, o que se faz, respectivamente,<br />

pelo maior diâmetro do disco do FOP à direita<br />

e pelo do disco da prótese da CIA maior à esquerda.<br />

PROBLEMAS ESPECIAIS<br />

CIAs gran<strong>de</strong>s 16<br />

Em CIAs gran<strong>de</strong>s (maiores que 30mm <strong>de</strong> diâmetro),<br />

principalmente quando associadas <strong>com</strong> bordas finas (Figura<br />

4), a liberação da prótese po<strong>de</strong> se tornar mais difícil<br />

Figura 4 - CIA gran<strong>de</strong>, <strong>com</strong> bordas finas.<br />

201

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