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Ecletismo Projetivo<br />

De todos os fenômenos parapsíquicos, a projeção da consciência se destaca como aquele<br />

onde a alma aparece mais desnuda perante a realidade espiritual. Por isso, a Projeciologia é<br />

uma área com um imenso campo de estudos. É natural portanto, que surjam pesquisadores<br />

com enfoques diferentes em cima do mesmo assunto. Dependendo do condicionamento<br />

psicológico do estudioso, é óbvio que ele direcionará suas opiniões a favor do sistema<br />

(filosófico, científico ou religioso) que lhe seja mais simpático. Por exemplo:<br />

- O parapsicólogo vê a projeção como um fenômeno paranormal relativo à capacidade cerebral<br />

do sujeito, descartando qualquer influência espiritual sobre o mesmo.<br />

- O espírita vê a projeção como um fenômeno mediúnico e isso gerou o equívoco de se<br />

acreditar que a projeção só ocorre se o projetor receber ajuda dos espíritos desencarnados.<br />

Isso não é verdade, pois embora os espíritos possam ajudar, a projeção é capacidade anímica<br />

da própria pessoa.<br />

- O ocultista vê a projeção como um potencial oculto do ser humano e que só pode ser ativado<br />

mediante algum processo iniciático. Inclusive, alguns atrelam o processo projetivo a rituais<br />

variados ou a iniciações espirituais em alguma confraria secreta. Isso gerou o equívoco de se<br />

acreditar que só consegue se projetar conscientemente quem estiver ligado à alguma<br />

sociedade esotérica. Obviamente que isso não corresponde a realidade. Já encontrei muita<br />

gente projetada fora do corpo que não era iniciada em coisa alguma. Por diversas vezes vi<br />

minha mãe projetada, e olhe que ela não acredita nisso e ainda é protestante. Também já vi<br />

vários animais projetados e eles não tem grau iniciático nenhum.<br />

- O iogue vê a projeção como um fenômeno místico ou como um dos sidis* (poderes). Isso<br />

induz ao erro de se achar que o projetor precisa da orientação de um guru experiente ou de<br />

que deve levar uma vida ascética. Porém, isso não é necessário. Podemos ser projetores<br />

conscientes e morarmos na cidade, participando ativamente dos eventos diários da vida<br />

moderna. E o guru de que precisamos é o "BOM SENSO" de vivermos corretamente. Se o<br />

amigo leitor quiser buscar a ajuda de algum mestre na projeção, que busque então alguém de<br />

confiança: seus amparadores extrafísicos!<br />

- O católico vê a projeção sob o ângulo da dualidade. Considera uma coisa divina, um<br />

verdadeiro milagre, quando acontece com alguém de dentro da igreja, como nos mostra os<br />

relatos da Hagiografia*. Entretanto, fora do âmbito da igreja é considerada como coisa do<br />

diabo. Inclusive, na época da inquisição muitos projetores foram parar na fogueira acusados de<br />

serem bruxos. Felizmente as fogueiras da intolerância religiosa foram apagadas há três<br />

séculos atrás. Contudo, ainda existem as fogueiras psicológicas, onde quando não se entende<br />

um fenômeno parapsíquico se diz logo que é algo diabólico. Ou, como gosta de dizer o padre<br />

jesuíta Oscar G. Quevedo (duble de parapsicólogo): "Ninguém sai do corpo, isto é obra do<br />

subconsciente da pessoa".<br />

Na Hagiografia**, que é a biografia dos santos católicos, encontramos vários relatos de<br />

bilocação física, que é quando o corpo espiritual, projetado fora do corpo humano, materializase,<br />

sendo percebido por outras pessoas e podendo até, em certas circunstâncias, realizações<br />

materiais como se estivesse no corpo físico.<br />

Há relatos desse tipo de experiência invulgar ocorridos com Alphonse-Marie de Liguori (Santo<br />

Afonso de Liguori; 1696-1787), Antônio de Pádua (Santo Antônio de Pádua; 1195-1231), Maria<br />

de Agreda (1602-1665), José de Anchieta (Padre Anchieta; 1534-1597), Pio de Petralcina

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