Avaliação das alterações geométricas e dimensionais ... - Dentsply
Avaliação das alterações geométricas e dimensionais ... - Dentsply
Avaliação das alterações geométricas e dimensionais ... - Dentsply
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Serene et al. 96 (1995); Martín et al. 57 (2003); Maia Filho 55 (2003);<br />
Guilford et al. 40 (2005); Bahia et al. 8 (2006) explicaram que a fratura por torção<br />
dos instrumentos endodônticos se dá quando a ponta ou qualquer outra parte<br />
do instrumento se prende às paredes do canal enquanto a haste continua<br />
girando. O limite elástico do metal é excedido e o instrumento sofre deformação<br />
plástica seguida de fratura, especialmente em canais atrésicos e curvos.<br />
Em vários estudos que utilizaram instrumentos ProFile, foi<br />
verificada uma relação direta entre os valores de torque até a fratura e o<br />
diâmetro do instrumento (Svec, Powers 102 , 1999; Peters, Barbakow 72 , 2002;<br />
Bahia et al. 8 , 2006). A mesma relação foi verificada por Ulmann, Peters 107<br />
(2005) ao analisarem instrumentos do sistema ProTaper.<br />
Sattapan et al. 86 (2000), analisando instrumentos de NiTi<br />
descartados após o uso clínico, encontraram que 55,7% dos instrumentos<br />
fraturaram por torção enquanto 44,3% apresentaram características de fratura<br />
por fadiga. Instrumentos que fraturaram por torção apresentaram deformação<br />
plástica dos pitchs logo acima do ponto de fratura. Já os instrumentos<br />
fraturados por fadiga apresentaram uma ruptura aguda sem quaisquer defeitos<br />
aparentes. A fratura por torção foi mais prevalente em instrumentos de menor<br />
diâmetro, enquanto a fratura por fadiga foi mais comum em instrumentos de<br />
maior diâmetro. Os instrumentos mais finos são usados para alargamento<br />
apical, por isso possuem um maior risco de se prenderem às paredes do canal<br />
próximo à ponta. Ao contrário, os instrumentos mais calibrosos, por<br />
apresentarem maior massa, apresentam menor risco de fratura por torção,<br />
necessitando de um alto torque para que a fratura ocorra.<br />
Gambarini 34 (2000) concluiu que uma possível solução para este<br />
problema é o uso de motores endodônticos com baixo torque, que trabalham<br />
abaixo dos valores máximos de torque até a fratura de cada instrumento.<br />
Teoricamente, no caso de um instrumento ser submetido a níveis de torque<br />
iguais ao valor selecionado, o motor com baixo torque pararia de girar,<br />
podendo ainda reverter a posição da rotação. Assim é possível reduzir bastante<br />
a ocorrência de deformação plástica e/ou fratura do instrumento.