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Ergonomia - Faccamp

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ção Científica do Trabalho.” Ele defende uma filosofia baseada em um modo energético: “o<br />

trabalho é o exercício de uma força para vencer uma resistência.” E tem uma preocupação<br />

produtivista com uma vertente social. Um exercício indisciplinado acompanha-se de numerosas<br />

contrações sem efeito o que faz aumentar a fadiga. A fadiga é prejudicial à saúde individual<br />

e à coletividade.<br />

Jules Amar age sobre as condições de trabalho. Ele propõe que os baixinhos<br />

sejam elevados até à altura das máquinas. Posiciona instrumentos à esquerda para os canhotos<br />

e preconiza temperaturas ambientais mais adequadas à execução das tarefas.<br />

Atua também sobre a seleção de pessoal. Ele defende a seleção, porém, sem<br />

eliminar ninguém, diferentemente de Taylor. Na sua obra “O motor humano”, ele modera os<br />

princípios da divisão do trabalho ao propor que deve haver coordenação entre todas as instâncias<br />

e condena a divisão extrema das tarefas, principalmente, a concepção dos meios e da<br />

organização do trabalho divorciados da execução. Como sabemos, este divórcio está na origem<br />

de toda a inadaptação industrial que até hoje ainda não conseguimos superar. Ele também<br />

propõe o rodízio para evitar o enfraquecimento das faculdades não utilizadas.<br />

O melhor de Jules Amar é que fez estudos muito precisos e bem analíticos, levando<br />

em conta a postura, os gestos, a velocidade dos gestos, as pausas como, por exemplo,<br />

na tarefa de lixamento de metais. O que não o impediu de emitir opiniões racistas.<br />

Frémont interessa-se, sobretudo, pelas ferramentas. É o primeiro a levar em<br />

conta a variação interindividual, rejeitando, então, os valores limites e os valores médios. A<br />

variação interindividual quer dizer que os indivíduos são diferentes uns dos outros em suas<br />

medidas antropométricas, capacidades, comportamentos e funcionamento psíquico. Logo,<br />

os limites para o trabalho humano tão almejado pelos fisiologistas revelam-se impossíveis<br />

de serem estabelecidos pois o que seria aceitável para um ser humano não o seria para o outro.<br />

Hoje sabemos bem da impossibilidade de os vários segmentos corporais de um mesmo<br />

indivíduo estarem todos na medida média. Ou seja, se alguém se situa na média de altura os<br />

outros segmentos corporais não necessariamente estarão na média.<br />

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