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Ergonomia - Faccamp

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17.6.3. - Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica<br />

do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da<br />

análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:<br />

a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de<br />

remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração<br />

as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;<br />

Este subitem com suas alíneas tem um alcance considerável mas a maioria das<br />

pessoas não consegue aplicá-lo. Ele é muito claro. Se há casos de L.E.R. em qualquer parte<br />

do corpo (pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores), o que indica sobrecarga<br />

muscular estática ou dinâmica, não pode haver avaliação do desempenho individual.<br />

Se a avaliação é individual significa sempre que o trabalhador vai ser premiado se atingir ou<br />

ultrapassar o patamar desejado ou punido caso não o atinja. As avaliações são importantes<br />

no processo produtivo desde que sejam coletivas. As avaliações individuais provocam estresse<br />

no trabalhador e são patogênicas por si mesmas, quer dizer, mesmo que não haja premiação<br />

para quem produza mais. Aliás, se há avaliação individual, há alguma intenção<br />

oculta, nem que seja demitir os mais lentos. Logo, uma premiação está sempre implícita<br />

nem que seja a manutenção do emprego.<br />

Se conseguirmos fazer valer este direito ao trabalhador, estaremos contribuindo<br />

enormemente na prevenção das L.E.R. Muitos sindicalistas têm queixado da falta de detalhamento<br />

da NR-17 para seus setores específicos. Nossa opinião é que, embora as correções<br />

de mobiliário e equipamentos tenha alguma influência na prevenção da L.E.R., o incentivo<br />

à produção via prêmios, vantagens financeiras ou qualquer outra é o fator que mais<br />

contribui. Logo, correções de mobiliário e equipamentos são ineficazes se se continua a<br />

pressão por aumento da cadência. O desafio é que os atores sociais (A.F.T., representantes<br />

dos trabalhadores e os próprios trabalhadores) consigam abolir os famigerados incentivos à<br />

produção. Depois pode-se tentar o resto.<br />

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