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Discursos 1977 - Paulo Egydio

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;E porque num regime liberal, a liberdade nao pode ser apenas (^.<br />

ia de pensamento, embora ela pro.pria venha a ser a mais importante delas,<br />

"mas ela tem que atingir a |iberide de quem nasce poder sobreviver. É impossivel<br />

de uma visão liberal se separar a visão de uma pro&finda tranformação<br />

social onde fora da visão utópica de uma igualdade inatingível, deve existir<br />

a decisão individufal fita^PtaJU^ e da comunidade de dar mais oportunidades,<br />

mais meios, para que seus membros possam sobreviver melhor.<br />

Ainda ha pouca recebi^ duas cartas, as duas tratavanv/pura e simplesmente<br />

de alunas de estabelecimentos recera-inaugurados-que $ía® viam a impossibilidade<br />

da sobrevivêhcia^física de suas procrias famílias,* Kão estaria,<br />

portanto.tacr» completa a visão liberal se a açao do governo terminasse na escola,<br />

onde a própria subsistência do aluno e de £6a família que poe em perigo<br />

a existência desta própria família.<br />

Tampouco I possível se resolver esse problema social se lançando<br />

mãos de ideias fantásticas ou de processos magi^pos • Existe se a necessidade<br />

db conhecimento da economia e da administração. Existe a necessidade de se<br />

saber gsrenciar a escassetS, que e permanente entre nós e será permanente ainda<br />

durante muitos decénios. A imaturidade de uma visão que espera a plejínitude<br />

para poder agir é também a visão do ejaculado. íorque com a escasseã<br />

com que temos que lidar, é dela que teremos que tirar as ri^quezas; e da<br />

da nossa própria formação que dobremos encontrar a realidade e tranformala<br />

e não aceitá-la como $^4L é., com um determinismo inexorável, que colocas-<br />

«^- - se os homens separados nas categorias dos que/sobrevivem e dos que nap podem<br />

f" sobreviver.<br />

Cabe a nos, efetivamente, este esforço de atuação, e o esforço de atuaçao<br />

tem que sor na menor das comunidades, ate que obtenha uma abran^encia<br />

global que atinja o Estado e a Nação. E aqueles que apelam para o Estado,<br />

com uma visão ^Iminentemente paternalista, como se o Estado todo pudesse e<br />

íosse o único responsável pelos problemas da Nação, aqueles passam a emascular<br />

a proprii.a nação, fazendo com que o, Estato se .torne maior áo que ela pro<br />

pria, quando a nação somos nos, nos agentes de transformação, nos, agentes<br />

_ atuantes, nos agentes que não delegamos responsabilidaâes, nos agentes que<br />

~~~ r: •"''"'não^col"õc T amos--no=s^ombros do-.-Estado-^e^jio^go_ve_r.no_toda_s as r^espqnsabilidades<br />

sobre as infelicidades que caem dos vários setores da administração çT~&"á<br />

vida própria de cada um^de nos.<br />

, i Esta "$&£ivi&ade é aliada do totalitarismo. 0 caminho para chegarmos<br />

mftásterto dele, seja de direita ou de esquerda, pouco importa^ Os dois dever<br />

ser rejeitados, porque eles se opõetua visão máxima que a visão da liberàad*<br />

é a açao consciente de cada um, de acordo com o instrumento cultural que ci<br />

dísum possue. Não excluo nesta açao aqueles que sequeijpixderam aprender a ler<br />

e continuam analfabetos. A responsabilidade delesjp tárabera existente; menos<br />

t i r<br />

J/ è claro do que aqueles que tiveram a suprema ventura e felicidade de se enriquecer<br />

com um cabedal de cultura., que permite a visão mais ampla dos problemas<br />

dos homens, dos problemas da nação.<br />

Dentro desses conceitos efci encaro a açao do meu governo, dentro de<br />

uma estratégia que necesseBsiamente não termina no meu quaifó-enio; dentro<br />

"N de uma tática que seja a mais apropriada para superarmos os obstftcttlos,<br />

dentro de uma determinação inquebrantável de atingir o objetivo final,<br />

de ver esta nação transformada, de ver esta nação sem tutela de qualquer es<br />

pecie, porque ela nao terá que temer, em instante algum, a p«or delas que<br />

é a tutela de uma. potência estrangeira, ou de uma ideia que nada tem que v«<br />

com o nosso povo e as. nossas coisas, e, principalmente, com a nossa gente.<br />

Assim, quando oleamos para um plano de ade^tiação, gostaria que neste<br />

meu pronunciamento ficas^se claro que as palavras do míiíjsecretario ' tra<<br />

/. duzem a política de meu governo. Que as estatísticas citadas não representam<br />

^btivos paia que possamos, amanhã, reclamar o recorde entre todas as administrações<br />

estaduais, dê ter sido a nossa a/que mais construiu salas de<br />

aulas neste|f Estado. Mas gostariamos, isto sim, que cada sala de aula<br />

construída, que' cada aula proferida, que cada reunião de diretpires e profe<br />

sores, que na visão global da educação do Estado, quer rio níve» do l)9e do<br />

22 grau, quer no nível das três universidades .estaduais, todos soubessem<br />

que os investimentos fabulosos que i^fifá^ífíf o governo faz, não é para as pia<br />

cas de bronze, . nem para os metros cubieos de concreto, nem para os equipa<br />

mentos instalados, 'E para ftue cada homem adquira com seu esforço, um ins-<br />

m<br />

;o que ira garantir .a~sua liberadade. ira/Lhe Êrop^ciar a se<br />

Lue^-ae XiDefrxaçao, irão garantir mais ao^que mincà a visão

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