25. parestesia no tratamento endodÃ´ntico revisÃ£o de literatura

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24 fase involutiva. O método estatístico utilizado foi a análise de variância para que fosse feita uma comparação entre as médias. Conclui-se que o cimento Sealapexâ foi o mais biocompatível seguido pelo Apexitâ e Sealer 26â (VELOSO et al., 2006). Escoda-Francoli et al. (2007) sugeriram que substâncias utilizadas na composição do cimento sealer, como tungstato de cálcio e óxido de zircônio, não são totalmente inócuas e reabsorvíveis quando extravasadas além do forame apical. Através de estudos experimentais Morse (1997) demonstrou que o eugenol e paraformaldeído são os principais materiais que causam reações neurotóxicas. Para Pertot et al. (1992) não existe material de preenchimento totalmente compatível e a sua propagação para além do forame apical pode originar manifestações clínicas em relação a toxidade do produto, embora a extrusão em pouca quantidade é bem tolerada pelos tecidos perirradiculares. Escoda-Francoli et al. (2007) relataram um caso em que ocorreu extravasamento de grande quantidade do cimento sealer durante tratamento endodôntico de um molar inferior direito permanente, causando dano ao nervo alveolar direito e consequentemente causando parestesia no hemilábio direito e região do mento. No planejamento do tratamento, o dentista optou pela remoção do molar antes do paciente ser submetido a cirurgia. Poucos meses após a remoção cirúrgica do material, o paciente apresentou a sensibilidade totalmente restaurada. O material removido foi analisado e foi confirmado que era realmente o cimento sealer. Scarano et al. (2007) relataram um caso que um paciente, sexo feminino, 52 anos, apresentava um quadro de dor e dormência no lábio inferior e região do mento, ambos lado esquerdo, após tratamento endodôntico do segundo pré-molar esquerdo, e que todas doenças sistêmicas foram excluídas como responsáveis por esses sintomas. A radiografia panorâmica mostrou a presença de um material radiopaco na região do canal mandibular que se extendia do canino ao segundo pré-molar. Uma terapia com antibióticos, dexametasona, carbamazepina, foi prescrita para dor, porém não ocorreu melhora. O tratamento cirúrgico foi o de escolha, entretanto o paciente optou por não se submeter ao procedimento proposto. Após 1 mês, o exame clínico mostrou que a parestesia tinha desaparecido, mas a dor era permanente. A radiografia panorâmica mostrou que não ocorreu reabsorção do cimento
25 obturador. Após 4 meses a dor tinha desaparecido quase por completo e uma hipoestesia ainda era presente. A dor desapareceu após 10 meses e a hipoestesia após 15 meses. Os autores concluíram que a composição química do cimento parece ser muito importante, pois nesse caso a ausência de paraformaldeído provavelmente facilitou a evolução positiva do quadro clínico (Fig 4 e 5). Figura 4: Radiografia panorâmica tomada uma semana após transbordamento do material obturador. Área radiopaca pode ser vista na região do canal mandibular. Fonte: SCARANO, 2007. Figura 5: Radiografia panorâmica tomada dois meses após o aparecimento da anestesia. A quantidade de material radiopaco na região do canal mandibular inferior é similar à observada após uma semana. Fonte: SCARANO, 2007.
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