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Ed. 116 - NewsLab

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Tabela 1. Número absoluto de achados dos cristais em urinas não refrigeradas (tempo zero) e após refrigeração (quatro e oito horas)<br />

Cristais<br />

Oxalato de Cálcio<br />

Urato amorfo<br />

Fosfato amorfo<br />

Fosfato triplo<br />

Fosfato de cálcio<br />

Ácido úrico<br />

Tempo<br />

Classificação<br />

0 h 4 h 8 h<br />

Raros 6 4 3<br />

Alguns 7 4 12<br />

Numerosos 8 4 23<br />

Raros 1 0 3<br />

Alguns 1 0 4<br />

Numerosos 0 0 11<br />

Raros 1 1 2<br />

Alguns 0 1 3<br />

Numerosos 0 1 3<br />

Raros 0 0 0<br />

Alguns 2 0 0<br />

Numerosos 0 1 2<br />

Raros 0 0 0<br />

Alguns 0 0 1<br />

Numerosos 0 0 1<br />

Raros 0 0 0<br />

Alguns 0 0 1<br />

Numerosos 0 0 1<br />

cristais de urato amorfo e oxalato de<br />

cálcio, com uma maior predominância<br />

desse último (Tabela 1).<br />

Discussão<br />

Os resultados expressaram que em<br />

geral a coloração da maioria das urinas<br />

não foi influenciada pelo método<br />

de conservação em estudo, porém,<br />

pode-se constatar uma elevação na<br />

frequência do aparecimento da cor<br />

amarela-alaranjada após oito horas<br />

de refrigeração, que conforme Maya<br />

e Gomez, está associada à presença<br />

de cristais de urato amorfo (2).<br />

Para Jeff et al, o uso de alguns<br />

medicamentos, fatores metabólicos,<br />

infecções do trato urinário e precipitação<br />

de cristais amorfos após a conservação<br />

da urina sob refrigeração, pode<br />

desencadear o surgimento de cores<br />

anormais nas amostras urinárias. Esse<br />

fato pode explicar a correlação existente<br />

entre o aumento da frequência<br />

da cor amarela-alaranjada e turvação<br />

após a oitava hora de refrigeração com<br />

a concomitante elevação da presença<br />

de cristais de urato amorfo classificados<br />

como numerosos nesse mesmo<br />

tempo (16).<br />

O surgimento de cristais de urato<br />

amorfo na urina não demanda atenção<br />

especial do clínico pelo fato de<br />

não estar relacionado à indicação de<br />

agravos nefrológicos nem urológicos<br />

e, portanto, seu achado é classificado<br />

como normal (1). Todavia, o<br />

achado de numerosos cristais de<br />

urato amorfo, desencadeado principalmente<br />

pela conservação sob refrigeração,<br />

dificulta expressivamente<br />

a observação dos demais elementos<br />

figurados do sedimento urinário,<br />

que podem sugerir ao clínico alguns<br />

quadros não fisiológicos (1, 14, 16).<br />

Segundo Vallejo et al, a cristalização<br />

é potencializada pela refrigeração,<br />

porém depois da urina<br />

alcançar a temperatura ambiente ela<br />

tendem a se redissolver na amostra.<br />

Esse fenômeno não foi observado<br />

nas condições do presente trabalho,<br />

pois as amostras analisadas<br />

em temperatura ambiente, depois<br />

de submetidas à refrigeração, não<br />

apresentaram diminuição do quantitativo<br />

de cristais (14).<br />

Os cristais de oxalato de cálcio<br />

demonstraram ser o tipo mais frequente<br />

no pré e pós-refrigeração nas<br />

condições desse trabalho. O achado<br />

desses cristais nas amostras de urina<br />

destinadas a realização do EPU,<br />

está relacionado à hipercalciúria,<br />

à ingestão de alimentos ricos em<br />

ácidos oxálicos, à intoxicação por<br />

produtos químicos e ao uso de altas<br />

doses de ácido ascórbico (1, 17).<br />

A hipercalciúria idiopática pode<br />

estar relacionada ao desenvolvimento<br />

de cálculos renais compostos<br />

principalmente por oxalato de cálcio,<br />

sendo esse agravo responsável por<br />

68<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>116</strong> - 2013

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