MONOGRAFIA APLICAÇÃO DE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ...

Entende-se que esse fato em particular foi muito significativo para os alunos,
pois lhes foi dado a oportunidade de interagirem durante a aula com os colegas de
outras salas, evento que não acontece em uma aula normal, onde somente é
realizada a aula de uma única turma por vez.
Para Ferreira (2003), aventurar-se é, acima de tudo, viver situações em que o
risco e a imprevisibilidade estão presentes; é o desafio do autoconhecimento e da
transcendência dos próprios limites em busca de um desenvolvimento pessoal, uma
vez que exige coragem e audácia para superar os obstáculos.
5.1.7 Ludicidade x superação de obstáculos
A implantação de atividades com obstáculos a serem superados dentro dessa
modalidade e realizados de forma lúdica, foi observado por 5,08% dos alunos em
ambos os casos.
Quando os alunos citam a ludicidade eles referem-se ao ter gostado da
prática livre da atividade, pois não houve um direcionamento impedindo que os
mesmos tomassem as suas decisões durante a realização da Corrida de Orientação,
eles puderam explorar o ambiente ao máximo, curtindo com todas as forças.
Quando uma atividade em ambiente natural é realizada sem as informações
prévias, seja no âmbito da segurança ou se tratando do aspecto prático
propriamente dito, tal fato pode comprometer a experimentação de uma pessoa que
nunca tenha passado por esse tipo de situação, as quais envolvem um grande
controle informacional do corpo.
Daí a importância da proposta de Cornell (1997) referente a um aprendizado
sequencial, o qual é capaz de despertar, sutilmente, a percepção da natureza.
Cornell (1997) propõe cinco regras do ensinamento ao ar livre, dirigidas a
guias, monitores e educadores em geral que pretendem acompanhar algum grupo:
ensine menos e compartilhe mais; seja receptivo; concentre a atenção no grupo;
observe e sinta primeiro, fale depois; crie um ambiente leve, alegre e receptivo.
A popularização das Atividades de Aventura poderia ser muito mais efetiva se
fosse iniciada na escola, amparada pelos possíveis canais interdisciplinares e não
tão somente pela Educação Física. As discussões geradas sobre os contextos
geográficos e históricos de realização das atividades de aventura, a relação da