Estudo de Impacte Ambiental do Projecto de ... - DRAMB Madeira
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Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento da Ponta Oeste, S.A.<br />
<strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Impacte</strong> <strong>Ambiental</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
RESUMO NÃO TÉCNICO – TOMO 2<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2008<br />
Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong> Lda
Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong>, Lda.<br />
ÍNDICE DE TEXTO<br />
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1<br />
2. OBJECTIVOS, JUSTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO.................................... 2<br />
2.1. Objectivos e Justificação <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>.......................................................................... 2<br />
2.2. Descrição <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>.................................................................................................... 3<br />
3. CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE NA ÁREA DO PROJECTO E IMPACTES ........... 10<br />
3.1. Clima.............................................................................................................................. 10<br />
3.2. Meio Geológico e Geomorfológico ............................................................................. 10<br />
3.3. Uso Actual <strong>do</strong> Solo....................................................................................................... 11<br />
3.4. Recursos Hídricos ........................................................................................................ 12<br />
3.5. Figuras <strong>de</strong> Planeamento e Or<strong>de</strong>namento................................................................... 14<br />
3.6. Ecologia......................................................................................................................... 15<br />
3.7. Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Ar............................................................................................................19<br />
3.8. Ruí<strong>do</strong>.............................................................................................................................. 20<br />
3.9. Paisagem....................................................................................................................... 21<br />
3.10. Património................................................................................................................... 23<br />
3.11. Sócio-economia.......................................................................................................... 24<br />
3.12. Síntese <strong>de</strong> <strong>Impacte</strong>s ................................................................................................... 26<br />
4. MEDIDAS POTENCIADORAS, MITIGADORAS E DE COMPENSAÇÃO....................... 32<br />
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 36<br />
Índice <strong>do</strong> Tomo 2<br />
EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2008
Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong>, Lda.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
O presente <strong>do</strong>cumento constitui o Resumo Não Técnico <strong>do</strong> <strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Impacte</strong> <strong>Ambiental</strong><br />
(EIA) <strong>do</strong> “<strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal”.<br />
Sinteticamente, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver-se o projecto em questão como uma Instalação por cabo<br />
para o transporte <strong>de</strong> passageiros <strong>do</strong> tipo teleférico, que liga a zona próxima à Quinta <strong>do</strong>s Tis<br />
no Paúl da Serra, na Estrada Regional n.º 110 (ER110), à zona da levada e vereda das<br />
Vinte e Cinco Fontes, constituí<strong>do</strong> por duas secções separadas por uma estação intermédia<br />
e com uma distância total <strong>de</strong> 1380 m.<br />
Este projecto é promovi<strong>do</strong> pela Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento da Ponta Oeste, S.A., que<br />
para o efeito lançou um concurso público ten<strong>do</strong> por objecto a respectiva concepção e<br />
construção e que se constitui, assim, como proponente <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>. O <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução<br />
<strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, pela ETERMAR – Empresa <strong>de</strong> Obras Terrestres<br />
e Marítimas, S.A., em conjunto com o fabricante <strong>do</strong>s equipamentos DOPPELMAYR<br />
Seilbanhen GmbH e o Gabinete <strong>de</strong> Arquitectura RISCO A4.<br />
O objectivo principal <strong>do</strong> EIA consistiu na i<strong>de</strong>ntificação e avaliação <strong>do</strong>s efeitos, positivos e<br />
negativos, associa<strong>do</strong>s à implementação <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal, ten<strong>do</strong> como pressuposto<br />
base as características <strong>do</strong> projecto, relativamente, às fases <strong>de</strong> construção e exploração, e<br />
as características actuais da área <strong>de</strong> intervenção em diversos <strong>do</strong>mínios.<br />
Preten<strong>de</strong>u-se <strong>de</strong>sta forma promover, atempadamente, a a<strong>do</strong>pção e aplicação <strong>de</strong> medidas e<br />
acções que evitem e/ou anulem, sempre que possível, os impactes negativos no ambiente e<br />
nas populações abrangidas, assim como, elaborar um conjunto <strong>de</strong> recomendações que<br />
permitam valorizar os impactes positivos resultantes.<br />
O proponente <strong>do</strong> projecto, adjudicou a elaboração <strong>do</strong> presente EIA à empresa ECOMIND –<br />
Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong>, Lda.. A elaboração <strong>do</strong> EIA <strong>de</strong>correu entre Maio <strong>de</strong> 2007 e<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2008.<br />
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EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
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2. OBJECTIVOS, JUSTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO<br />
2.1. OBJECTIVOS E JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO<br />
O <strong>Projecto</strong> <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal visa a criação <strong>de</strong> uma infra-estrutura <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong><br />
passageiros e carga entre a zona próxima à Quinta <strong>do</strong>s Tis, junto à ER110, no Paul da Serra<br />
(Estação A – Estação Alta), à zona da levada e vereda das Vinte e Cinco Fontes (Estação C<br />
– Estação Baixa), num local situa<strong>do</strong> a cerca <strong>de</strong> 400 m <strong>do</strong> sítio com o mesmo nome. Existirá,<br />
ainda, uma outra estação intermédia (Estação B) na zona das Casas <strong>do</strong> Rabaçal.<br />
Os objectivos subjacentes à concretização <strong>do</strong> projecto em análise, relacionam-se com a<br />
necessida<strong>de</strong> turística, procuran<strong>do</strong> dar a conhecer a Floresta Laurissilva e as veredas das<br />
Levadas das 25 Fontes e <strong>do</strong> Risco, assim como toda a riqueza natural envolvente, a<br />
visitantes <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s e condições físicas, controlan<strong>do</strong> simultaneamente os fluxos <strong>de</strong><br />
visitantes ao local através <strong>do</strong> próprio teleférico, que funciona como mecanismo <strong>de</strong> regulação<br />
<strong>de</strong> entradas. Complementarmente, permitirá o transporte <strong>de</strong> pessoal e materiais necessários<br />
aos serviços <strong>de</strong> vigilância e conservação competentes, assim como constituirá um meio <strong>de</strong><br />
evacuação e assistência em emergências médicas, inexistente até à data no local.<br />
A presente intervenção, enquadran<strong>do</strong>-se nas políticas <strong>de</strong> apoio e incentivo à promoção <strong>de</strong><br />
projectos estruturantes que visem tirar um maior aproveitamento das condições que a Ilha<br />
da Ma<strong>de</strong>ira proporciona para o sector turístico, contribui simultaneamente para:<br />
• Melhorar a qualida<strong>de</strong> ambiental (uma vez que os locais adjacentes às levadas das<br />
25 Fontes e <strong>do</strong> Risco encontram-se actualmente sujeitos a consi<strong>de</strong>rável pressão por<br />
parte <strong>do</strong>s visitantes, resultan<strong>do</strong> numa <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos indiscriminada, entre<br />
outros impactes ambientais, ao longo <strong>do</strong>s percursos) das áreas protegidas com<br />
interesse para a conservação da natureza, on<strong>de</strong> se insere o Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal,<br />
proporcionan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s melhores condições <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong>, por<br />
exemplo, recolha <strong>de</strong> resíduos a<strong>de</strong>quada e da disponibilização e manutenção <strong>de</strong><br />
instalações sanitárias;<br />
• Mo<strong>de</strong>rar os fluxos <strong>de</strong> visitantes às levadas das 25 Fontes e <strong>do</strong> Risco (através <strong>de</strong> um<br />
posto <strong>de</strong> controlo na Estação B), uma vez que a elevada afluência <strong>de</strong> turistas que se<br />
verifica actualmente ao local passará, na sua maioria, a optar pelo teleférico como<br />
meio <strong>de</strong> regresso <strong>do</strong> local das 25 Fontes, minimizan<strong>do</strong>, em cerca <strong>de</strong> 50%, a<br />
presença <strong>de</strong> visitantes nas levadas;<br />
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• Promover e valorizar as áreas protegidas da Laurissilva e <strong>do</strong> Maciço Montanhoso<br />
Central, divulgan<strong>do</strong>-as nos locais apropria<strong>do</strong>s, nomeadamente através dum Centro<br />
<strong>de</strong> Informação e Apoio a instalar nas Casas <strong>do</strong> Rabaçal (Estação B).<br />
2.2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO<br />
O projecto em estu<strong>do</strong> está inseri<strong>do</strong> no Concelho <strong>de</strong> Calheta, que se situa na Costa Oeste da<br />
ilha, e na freguesia <strong>de</strong> Calheta (Figura 2.1).<br />
O projecto alvo <strong>do</strong> presente EIA abrange:<br />
• A construção <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal, entre a cota alta <strong>do</strong> Paul da Serra (Estação<br />
A ou Estação Alta) e a zona da levada e vereda das Vinte e Cinco Fontes (Estação<br />
C ou Estação Baixa), situa<strong>do</strong> a cerca <strong>de</strong> 400 m <strong>do</strong> sítio com o mesmo nome. Haverá<br />
uma ligação a uma cota intermédia on<strong>de</strong> se situam as Casas <strong>do</strong> Rabaçal (Estação B<br />
ou Estação Intermédia);<br />
• A construção <strong>de</strong> duas torres intermédias (<strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong> Torre 1 e 2), a primeira a<br />
cerca <strong>de</strong> 70 m da Estação A, no Paul da Serra, e a outra a cerca <strong>de</strong> 160 m da<br />
Estação B, a caminho da Estação C;<br />
• A implantação <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> estacionamento junto à ER110, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> oposto à<br />
Estação A.<br />
A ligação por teleférico reparte-se, assim, em duas secções:<br />
• Secção A – B (Paul da Serra – Rabaçal) com cerca <strong>de</strong> 705 m <strong>de</strong> comprimento<br />
inclina<strong>do</strong>, vencen<strong>do</strong> uma diferença <strong>de</strong> alturas <strong>de</strong> 136 m;<br />
• Secção B – C (Rabaçal – Vinte e Cinco Fontes), com cerca <strong>de</strong> 674 m <strong>de</strong><br />
comprimento inclina<strong>do</strong>, vencen<strong>do</strong> uma diferença <strong>de</strong> alturas <strong>de</strong> 107 m.<br />
Na Figura 2.2 apresenta-se a Planta Geral <strong>de</strong> Implantação da solução a<strong>do</strong>ptada para o<br />
transporte <strong>de</strong> passageiros por teleférico.<br />
As três estações <strong>de</strong> teleférico conferem programas, técnicas construtivas e integrações na<br />
paisagem diferenciadas, adaptan<strong>do</strong>-se cada uma <strong>de</strong>las às situações envolventes.<br />
O projecto prevê a implantação da Estação A embebida na encosta, a 1215 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>,<br />
virada a Norte, fican<strong>do</strong> esculpida no interior da Serra e camuflada por entre o planalto <strong>do</strong><br />
Paul da Serra, ocultan<strong>do</strong>-se daqueles que passam pela ER110 (Figura 2.3).<br />
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Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
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Figura 2.3 – Simulação visual da implantação da Estação A<br />
A Estação A contempla diversas instalações, nomeadamente, as necessárias à gestão e<br />
funcionamento <strong>do</strong> teleférico, uma loja, um snack-bar com esplanada, um mira<strong>do</strong>uro e<br />
instalações sanitárias públicas e para funcionários.<br />
O parque <strong>de</strong> estacionamento <strong>de</strong> apoio ao teleférico a implantar <strong>do</strong> la<strong>do</strong> oposto à Estação A,<br />
junto à ER110, é dissimula<strong>do</strong> por uma elevação <strong>do</strong> terreno junto à estrada. Esta localização<br />
surge como alternativa ao estacionamento <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> que actualmente se verifica junto<br />
ao local <strong>de</strong> partida <strong>do</strong>s percursos das Levadas <strong>do</strong> Risco e das 25 Fontes.<br />
O acesso <strong>do</strong> estacionamento à Estação A é feito por um percurso pe<strong>do</strong>nal semienterra<strong>do</strong>,<br />
cujos extremos são mira<strong>do</strong>uros orienta<strong>do</strong>s para as paisagens.<br />
A Estação B, localizada junto às Casas <strong>do</strong> Rabaçal, será implantada num terrapleno situa<strong>do</strong><br />
a 1079 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>. Este terrapleno consiste numa área anteriormente intervencionada,<br />
estan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> qualquer vegetação e, por isso, surge como uma “cicatriz” que rompe<br />
toda a envolvente <strong>de</strong>nsamente arborizada. Foi preconiza<strong>do</strong> o revestimento exterior <strong>de</strong>sta<br />
estação em ma<strong>de</strong>ira, como forma <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> perante a envolvente paisagística<br />
(Figura 2.4).<br />
A Estação B contempla instalações necessárias à gestão e funcionamento <strong>do</strong> teleférico e<br />
intalações sanitárias para funcionários.<br />
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Figura 2.4 – Simulação visual da implantação da Estação B<br />
A Estação C será implantada a 973 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>, junto à levada para o sítio das 25 Fontes e<br />
junto ao cruzamento com a vereda da Rocha Vermelha (Figura 2.5). A estação ficará assim<br />
a 400 m <strong>do</strong> sítio das 25 Fontes, não existin<strong>do</strong> outro acesso à mesma, se não a referida<br />
vereda. Esta estação assumir-se-á como um afloramento rochoso, sen<strong>do</strong> “forrada” a basalto<br />
da região, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rá instalar o mesmo musgo que se <strong>de</strong>senvolve nas pedras e<br />
pare<strong>de</strong>s das levadas existentes no lugar.<br />
A Estação C contempla diversas instalações, nomeadamente, as necessárias à gestão e<br />
funcionamento <strong>do</strong> teleférico, um snack-bar com esplanada e instalações sanitárias públicas.<br />
Como referi<strong>do</strong> anteriormente, o teleférico é constituí<strong>do</strong> por duas secções in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (AB<br />
e BC), cada uma com duas cabines, que partilham uma estação intermédia (Estação B). As<br />
duas secções da instalação estão concebidas para o transporte <strong>de</strong> passageiros à velocida<strong>de</strong><br />
máxima <strong>de</strong> 5,0 m/s, o que proporciona uma capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />
180 pessoas por hora em cada direcção, sentadas. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte po<strong>de</strong>rá<br />
ainda ser expandida até ao máximo <strong>de</strong> 260 pessoas por hora, alteran<strong>do</strong> o arranjo interior<br />
<strong>do</strong>s assentos e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, nesse caso, a lotação das cabines em 10 lugares senta<strong>do</strong>s<br />
mais 4 em pé. No entanto, o teleférico funcionará a uma velocida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada aos fluxos <strong>de</strong><br />
visitantes, não se preven<strong>do</strong>, regra geral, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> mesmo à<br />
velocida<strong>de</strong> máxima.<br />
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Figura 2.5 – Simulação visual da implantação da Estação C<br />
Cada secção da linha <strong>do</strong> teleférico, terá na sua estação alta, um guincho <strong>de</strong> resgate<br />
autónomo e um sistema para resgate <strong>de</strong> passageiros, que permitirá, em caso <strong>de</strong> avaria<br />
irrecuperável, rebocar os veículos <strong>de</strong> volta à estação para evacuação <strong>do</strong>s passageiros.<br />
Os processos <strong>de</strong> execução a implementar nas várias frentes da obra e nas montagens <strong>do</strong><br />
teleférico foram pensa<strong>do</strong>s, segun<strong>do</strong> os elementos patentes no projecto, numa perspectiva<br />
<strong>de</strong> salvaguardar o meio ambiente e interferir o mínimo possível com a flora e fauna locais,<br />
<strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> consciente da especial condição e sensibilida<strong>de</strong> da Floresta Laurissilva, bem<br />
como <strong>do</strong>s vários regimes <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> que este ecossistema beneficia.<br />
As infra-estruturas necessárias à implantação das torres intermédias, assim como das<br />
estações, serão instaladas com forma e dimensões que lhes permitem ser uma primeira<br />
parte das infra-estruturas <strong>de</strong>finitivas. Desta maneira, a maior parte <strong>do</strong>s recursos aplica<strong>do</strong>s<br />
na fase provisória serão integralmente aproveita<strong>do</strong>s na fase seguinte, não sobejan<strong>do</strong> na<br />
zona outros vestígios materiais resultantes da obra.<br />
De um mo<strong>do</strong> geral, é proposta unicamente a utilização <strong>do</strong>s caminhos e veredas existentes.<br />
Inclusive, as pessoas envolvidas nos trabalhos da Estação C, <strong>de</strong>slocar-se-ão diariamente a<br />
pé, apoiadas por uma logística a<strong>de</strong>quada a estas circunstâncias, enquanto os materiais<br />
serão transporta<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> um teleférico provisório.<br />
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Elegeu-se a zona junto à Estação A e estacionamento para estaleiro central da obra, uma<br />
vez que possui boas condições para apoio às restantes frentes <strong>de</strong> obra e é acessível a to<strong>do</strong><br />
o tipo <strong>de</strong> viaturas <strong>de</strong> transporte. No terrapleno <strong>de</strong> implantação da Estação B haverá um<br />
pequeno estaleiro <strong>de</strong> apoio.<br />
Estão contempla<strong>do</strong>s, igualmente, os trabalhos <strong>de</strong> reconstituição das cotas e <strong>de</strong> recuperação<br />
da vegetação, quan<strong>do</strong> intervencionada.<br />
De acor<strong>do</strong> com o Plano <strong>de</strong> Trabalhos estabeleci<strong>do</strong>, está previsto um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />
12 meses para a execução da empreitada em questão.<br />
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3. CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE NA ÁREA DO PROJECTO E IMPACTES<br />
No presente EIA foram analisa<strong>do</strong>s os seguintes aspectos ambientais:<br />
• Clima;<br />
• Meio Geológico e Geomorfológico;<br />
• Solo e Uso <strong>do</strong> Solo;<br />
• Recursos Hídricos;<br />
• Figuras <strong>de</strong> Planeamento e<br />
Or<strong>de</strong>namento;<br />
• Componente Ecológica;<br />
• Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar;<br />
• Ruí<strong>do</strong>;<br />
• Paisagem;<br />
• Património;<br />
• Sócio-economia.<br />
3.1. CLIMA<br />
O clima geral <strong>do</strong> local <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> projecto po<strong>de</strong> ser caracteriza<strong>do</strong> como tratan<strong>do</strong>-se<br />
<strong>de</strong> um clima frio, <strong>de</strong> alguma amplitu<strong>de</strong> térmica, <strong>de</strong> forte humida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> elevada pluviosida<strong>de</strong> e<br />
nebulosida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> vento Noroeste cuja velocida<strong>de</strong> é elevada.<br />
Ten<strong>do</strong> em conta as características <strong>do</strong> empreendimento e <strong>do</strong>s projectos associa<strong>do</strong>s, não é<br />
expectável a ocorrência <strong>de</strong> impactes no clima <strong>de</strong>correntes da sua implementação, quer<br />
durante a fase <strong>de</strong> construção, quer na fase <strong>de</strong> exploração.<br />
3.2. MEIO GEOLÓGICO E GEOMORFOLÓGICO<br />
Na área em estu<strong>do</strong> afloram as unida<strong>de</strong>s litoestratigráficas <strong>do</strong> Complexo Vulcânico Pós-<br />
Miocénico <strong>de</strong> Paul da Serra, Achada da Pinta e Lombada das Vacas e o Complexo<br />
Vulcânico Pós-Miocénico, com intercalações piroclásticas, da Ribeira da Janela, Porto<br />
Moniz, Ponta <strong>do</strong> Pargo, Ribeira Brava e Câmara <strong>de</strong> Lobos. A área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> localiza-se,<br />
igualmente, no Parque Natural da Ma<strong>de</strong>ira (PNM), nas proximida<strong>de</strong>s da Reserva Geológica<br />
e <strong>de</strong> Vegetação <strong>de</strong> Altitu<strong>de</strong>.<br />
A bacia hidrográfica da ribeira da Janela, on<strong>de</strong> se localiza a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, apresenta um<br />
risco <strong>de</strong> erosão hídrica <strong>do</strong>s solos baixo.<br />
No que diz respeito à tectónica, na área em estu<strong>do</strong> não ocorrem falhas geológicas com<br />
expressão a nível regional, assim como não foram i<strong>de</strong>ntificadas quaisquer explorações <strong>de</strong><br />
minerais metálicos ou não metálicos na área <strong>de</strong> intervenção ou na sua envolvente directa.<br />
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<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
A escavação <strong>de</strong> terrenos e os aterros necessários para os locais <strong>de</strong> implantação das infraestruturas<br />
das estações e <strong>do</strong>s estaleiros são as activida<strong>de</strong>s em que se po<strong>de</strong>rão registar<br />
maiores interferências sobre o meio geológico, nomeadamente, no que diz respeito ao<br />
aumento da erosão hídrica e à modificação da superfície <strong>do</strong> terreno. Estas alterações no<br />
meio geológico resultarão na compactação <strong>do</strong>s solos e na consequente modificação das<br />
condições <strong>de</strong> drenagem natural, nas áreas <strong>de</strong> implantação das infra-estruturas. Consi<strong>de</strong>ramse<br />
estes impactes como negativos, mas face ao facto <strong>de</strong> serem muito pontuais e pouco<br />
expressivos no espaço (limitan<strong>do</strong>-se aos pontos <strong>de</strong> implantação das torres <strong>do</strong> teleférico, das<br />
plataformas das 3 estações e <strong>do</strong> local <strong>do</strong> estaleiro principal) são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s pouco<br />
significativos.<br />
A alteração da morfologia resultante da realização <strong>de</strong> movimentos <strong>de</strong> terras, necessários<br />
para a implantação das estações e restantes elementos <strong>do</strong> projecto, constitui ainda um<br />
impacte negativo e pouco significativo. De referir que, na estação A, será reposta a<br />
morfologia existente antes da intervenção.<br />
Na fase <strong>de</strong> exploração não são espera<strong>do</strong>s impactes negativos sobre as componentes<br />
geológica e geomorfológica.<br />
3.3. USO ACTUAL DO SOLO<br />
No que diz respeito aos usos <strong>do</strong> solo afectos à área em estu<strong>do</strong>, constata-se que a área em<br />
estu<strong>do</strong> encontra-se <strong>do</strong>minada pela categoria “Floresta Natural”. Destaca-se, igualmente,<br />
uma “Área <strong>de</strong> Uso Social”, local on<strong>de</strong> será implantada a Estação B, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
actualmente às Casas <strong>do</strong> Rabaçal, que apresentam uma visibilida<strong>de</strong> privilegiada sobre o<br />
vale <strong>do</strong> Rabaçal.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> construção das infra-estruturas propostas contribuem para a ocorrência<br />
<strong>de</strong> impactes negativos nos solos em virtu<strong>de</strong> da compactação a que os mesmos serão<br />
sujeitos, pela implantação <strong>de</strong> estaleiros e plataformas das estações.<br />
Os impactes susceptíveis <strong>de</strong> ocorrer nestes locais contribuirão para a <strong>de</strong>gradação<br />
pe<strong>do</strong>lógica, como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> fenómenos <strong>de</strong> compactação e impermeabilização.<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se, no entanto, que este impacte será minimiza<strong>do</strong>, uma vez que os locais<br />
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selecciona<strong>do</strong>s para os estaleiros apresentam vegetação escassa, ou mesmo inexistente<br />
com solos anteriormente intervenciona<strong>do</strong>s.<br />
O potencial aumento da poluição e contaminação <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s solos existentes, através <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>rrame aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> óleos usa<strong>do</strong>s e lubrificantes, constitui, também, um potencial impacte<br />
negativo, mas pouco significativo.<br />
É durante o <strong>de</strong>correr da fase <strong>de</strong> construção que se perspectiva a ocorrência <strong>do</strong>s principais<br />
impactes negativos, ao nível <strong>do</strong>s usos <strong>do</strong> solo, uma vez que se iniciará o processo <strong>de</strong><br />
alteração <strong>do</strong>s usos preexistentes. Os impactes expectáveis neste <strong>de</strong>scritor, estarão<br />
potencialmente associa<strong>do</strong>s à ocupação territorial pela implementação das infra-estruturas <strong>do</strong><br />
teleférico e estaleiros, que po<strong>de</strong>rão originar uma compactação, perdas irreversíveis <strong>de</strong> solos<br />
e, consequentemente, <strong>do</strong>s usos que lhe estão afectos.<br />
Durante a fase <strong>de</strong> exploração, os impactes mais significativos que se iniciam na fase <strong>de</strong><br />
construção, assumem um carácter permanente, uma vez que é no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sta fase que<br />
se dá a conversão <strong>de</strong>finitiva <strong>do</strong>s usos preexistentes. Preconizam-se, entre estes, a<br />
ocupação e a afectação física <strong>do</strong> solo pelas infra-estruturas das estações <strong>do</strong> teleférico e<br />
parque <strong>de</strong> estacionamento, constituin<strong>do</strong> um impacte pouco significativo, dada a reduzida e<br />
pontual área <strong>de</strong> afectação.<br />
3.4. RECURSOS HÍDRICOS<br />
A área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> localiza-se na Unida<strong>de</strong> Hidrológica <strong>de</strong> Planeamento (UHP) Vertente Norte<br />
(Ilha da Ma<strong>de</strong>ira), que abrange integralmente os concelhos <strong>de</strong> Porto Moniz, Santana e<br />
S. Vicente e parcialmente os concelhos <strong>de</strong> Calheta, Ponta <strong>do</strong> Sol e Machico. Insere-se,<br />
também, na bacia hidrográfica da ribeira da Janela, que constitui o curso <strong>de</strong> água mais<br />
extenso <strong>do</strong> arquipélago. Por pertencer a esta bacia hidrográfica, é <strong>de</strong> referir que a área <strong>de</strong><br />
intervenção não é uma zona propensa à ocorrência <strong>de</strong> cheias.<br />
No levantamento <strong>de</strong> campo efectua<strong>do</strong>, apenas foi i<strong>de</strong>ntificada uma captação <strong>de</strong> água<br />
subterrânea, localizada na envolvente directa da área <strong>de</strong> intervenção, a montante das Casas<br />
<strong>do</strong> Rabaçal, a qual se trata <strong>de</strong> uma nascente com reservatório, que abastece a fonte<br />
existente nas Casas <strong>do</strong> Rabaçal. Entre os recursos hídricos superficiais existentes na área<br />
<strong>do</strong> projecto e envolvente, encontra-se um reservatório <strong>de</strong> água localiza<strong>do</strong> próximo da área<br />
<strong>de</strong> intervenção, junto à ER110, as ribeiras <strong>do</strong> Alecrim, das 25 Fontes (afluentes da ribeira da<br />
Janela) e <strong>do</strong> Risco, interceptadas pelo teleférico, e os sítios das nascentes das 25 Fontes e<br />
<strong>do</strong> Risco.<br />
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EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
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Na área <strong>de</strong> intervenção, as fontes poluentes existentes são principalmente as <strong>de</strong>scargas das<br />
águas residuais <strong>do</strong>mésticas das instalações sanitárias (IS) das Casas <strong>do</strong> Rabaçal e a<br />
<strong>de</strong>posição indiscriminada <strong>de</strong> resíduos ao longo <strong>do</strong> percurso até à Levada das 25 Fontes.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
A mobilização <strong>de</strong> maquinaria e veículos envolvi<strong>do</strong>s nos trabalhos <strong>de</strong> construção, assim<br />
como as operações a realizar em área <strong>de</strong> estaleiro, po<strong>de</strong>rão reflectir-se num aumento <strong>do</strong><br />
risco <strong>de</strong> contaminação das águas subterrâneas e superficiais, na medida em que,<br />
localmente se po<strong>de</strong>rão verificar infiltrações <strong>de</strong> substâncias poluentes nos solos, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />
vazamento e/ou <strong>de</strong>rrame aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> produtos, nomeadamente óleos e combustíveis <strong>do</strong>s<br />
equipamentos e viaturas. Neste senti<strong>do</strong>, a ocorrência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>rrame pontual ou aci<strong>de</strong>ntal<br />
<strong>de</strong> efluentes ou substâncias poluentes, constitui um potencial impacte negativo, cujo<br />
significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da expressão <strong>do</strong> eventual <strong>de</strong>rrame, bem como <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> produto<br />
<strong>de</strong>rrama<strong>do</strong>.<br />
A compactação e impermeabilização <strong>do</strong>s terrenos inerente à implantação <strong>do</strong> estaleiro e das<br />
fundações das infra-estruturas <strong>do</strong> projecto implicará alterações nas condições naturais <strong>de</strong><br />
infiltração e <strong>de</strong> drenagem superficial, potencian<strong>do</strong>, embora <strong>de</strong> forma localizada, a diminuição<br />
da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> escoamento superficial. Neste senti<strong>do</strong> po<strong>de</strong>rse-á<br />
verificar uma diminuição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recarga <strong>do</strong>s níveis aquíferos locais. Os<br />
impactes associa<strong>do</strong>s à compactação <strong>do</strong>s terrenos, apesar <strong>de</strong> negativos, são pouco<br />
significativos, uma vez que são localiza<strong>do</strong>s, não se esperan<strong>do</strong> qualquer <strong>de</strong>scida <strong>do</strong>s níveis<br />
piezométricos locais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à redução <strong>de</strong> área <strong>de</strong> recarga.<br />
Em fase <strong>de</strong> exploração, o aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> pessoas na zona levará a uma maior<br />
geração <strong>de</strong> efluentes <strong>do</strong>mésticos. No entanto, está previsto um aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong><br />
sanitários, nas estações <strong>do</strong> teleférico, provi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> efluentes a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> antes<br />
da sua <strong>de</strong>scarga no meio. Po<strong>de</strong>-se, assim, afirmar que o projecto terá impactes positivos e<br />
significativos na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s recursos hídricos, relativamente à situação actual em que se<br />
verifica a contínua poluição <strong>do</strong> solo e recursos hídricos, resultante da <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> efluentes<br />
das instalações sanitárias nas Casas <strong>do</strong> Rabaçal, que não são sujeitos a tratamento<br />
a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>.<br />
Do mesmo mo<strong>do</strong> é, também, conjecturável que, em fase <strong>de</strong> exploração, se produza uma<br />
maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos, que po<strong>de</strong>rão afectar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />
recursos hídricos. No entanto, prevê-se a implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> gestão<br />
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ambiental, contemplan<strong>do</strong> uma recolha mais eficiente <strong>do</strong>s mesmos resíduos (quer através <strong>de</strong><br />
diversos recipientes espalha<strong>do</strong>s ao longo da área <strong>de</strong> intervenção, quer através <strong>de</strong> uma<br />
melhor gestão <strong>de</strong>sses mesmos resíduos), resultan<strong>do</strong> num impacte positivo e significativo<br />
face à situação actual.<br />
3.5. FIGURAS DE PLANEAMENTO E ORDENAMENTO<br />
Na área em estu<strong>do</strong> foram i<strong>de</strong>ntificadas áreas <strong>de</strong> uso condiciona<strong>do</strong>, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à Carta <strong>de</strong><br />
Condicionantes <strong>do</strong> Plano Director Municipal (PDM) <strong>de</strong> Calheta, nomeadamente áreas <strong>de</strong><br />
“Reserva Natural Parcial” e “Zona <strong>de</strong> Repouso e Silêncio” <strong>do</strong> Parque Natural da Ma<strong>de</strong>ira, e<br />
Sítios <strong>de</strong> Interesse Comunitário (SIC) da Floresta Laurissilva da Ma<strong>de</strong>ira e <strong>do</strong> Maciço<br />
Montanhoso Central. Já no que diz respeito à afectação <strong>de</strong> classes <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> uso, com<br />
base na Planta <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> PDM <strong>de</strong> Calheta, a área <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> teleférico<br />
inclui-se totalmente na categoria Espaços Naturais <strong>de</strong> Uso Condiciona<strong>do</strong> (Floresta Natural<br />
sem Laurissilva).<br />
Toda a área <strong>de</strong> intervenção em estu<strong>do</strong> se encontra classificada, na Planta <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento<br />
<strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território da Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (POTRAM) como<br />
“Espaço natural <strong>de</strong> uso interdito – Reserva Biogenética”.<br />
Com base no Conceito Básico <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo Territorial <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento Turístico<br />
(POT), o local <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> teleférico <strong>do</strong> Rabaçal, insere-se parcialmente na área<br />
geográfica “A porta da Laurissilva”, cujo objectivo é “…divulgar o Parque Natural da Ma<strong>de</strong>ira<br />
e a Laurissilva, através <strong>de</strong> formas que conjuguem os aspectos culturais e pedagógicos com<br />
os lúdicos (através, por exemplo, da utilização <strong>de</strong> novas tecnologias)”.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
Os principais impactes susceptíveis <strong>de</strong> ocorrerem ao nível das Figuras <strong>de</strong> Planeamento e<br />
Or<strong>de</strong>namento, durante a fase <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> projecto em estu<strong>do</strong>, pren<strong>de</strong>m-se com a<br />
alteração da ocupação <strong>do</strong> solo pela implantação das estruturas permanentes, pelo que este<br />
tipo <strong>de</strong> impactes embora se inicie durante a fase <strong>de</strong> construção, prolongam-se,<br />
posteriormente, durante a fase <strong>de</strong> exploração.<br />
As afectações referidas previamente traduzem-se num impacte negativo mas pouco<br />
significativo, uma vez que a ocupação pela implantação <strong>do</strong> projecto é <strong>de</strong> pequena dimensão<br />
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e que as funções atribuídas as estes espaços se coadunam perfeitamente com os objectivos<br />
<strong>do</strong> projecto.<br />
3.6. ECOLOGIA<br />
Das espécies da Flora, constantes da Directiva Habitats, foram observadas na zona em<br />
estu<strong>do</strong>, a presença <strong>de</strong> cinco espécies <strong>do</strong> Anexo II, uma das quais prioritária e significativa<br />
em termos <strong>de</strong> importância natural <strong>do</strong> local, o que reforça a importância <strong>de</strong> conservação da<br />
Laurissilva. Não foram encontradas espécies <strong>do</strong> anexo IV ou V da mesma Directiva. Porém,<br />
é <strong>de</strong> notar que as cinco espécies <strong>do</strong> Anexo II da Directiva foram efectivamente observadas<br />
fora <strong>do</strong>s locais previstos para a edificação <strong>de</strong> estruturas relacionadas com o teleférico.<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se, portanto, que as mesmas espécies só po<strong>de</strong>rão ser eventualmente afectadas<br />
se houver obras acessórias, fora da área <strong>de</strong> inervenção <strong>de</strong>finida no projecto alvo <strong>do</strong><br />
presente EIA.<br />
Em termos <strong>do</strong>s habitats naturais menciona<strong>do</strong>s na Directiva Habitats, apenas foi possível<br />
fazer correspondência concreta a um <strong>de</strong>les: Laurissilva da Ma<strong>de</strong>ira, que se apresenta nesta<br />
zona em bom esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação. A Laurissilva engloba diversos tipos <strong>de</strong> sub-habitats<br />
aos quais correspon<strong>de</strong>m nichos ecológicos específicos <strong>de</strong> diferentes plantas. Terá si<strong>do</strong><br />
eventualmente a presença <strong>de</strong>stes sub-habitats e, também, a presença <strong>de</strong> diferentes etapas<br />
<strong>de</strong> sucessão da floresta climácica que <strong>de</strong>terminou a classificação <strong>de</strong>sta área na carta <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> PDM <strong>de</strong> Calheta na classe “Espaços Naturais <strong>de</strong> Uso Condiciona<strong>do</strong> –<br />
Floresta Natural sem Laurissilva”, facto que, à luz <strong>do</strong>s conhecimentos actuais, não parece<br />
ser a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, pois além <strong>do</strong> elenco florístico presente no local ser <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por espécies<br />
típicas da Laurissilva, há também a consi<strong>de</strong>rar que ao conceito <strong>de</strong> “floresta natural” está<br />
obviamente associada a palavra “Laurissilva”.<br />
Das 11 espécies <strong>de</strong> avifauna i<strong>de</strong>ntificadas na área em estu<strong>do</strong>, a gran<strong>de</strong> maioria (9) têm um<br />
estatuto <strong>de</strong> conservação consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como “seguro”, e apenas duas apresentam estatuto<br />
<strong>de</strong> conservação preocupante, nomeadamente <strong>de</strong> “vulnerável”. A área <strong>de</strong> implantação directa<br />
<strong>do</strong> projecto não aparenta ter potencial para a ocorrência <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>stas duas espécies, a<br />
galinhola, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à orografia <strong>do</strong> terreno. Quanto à outra espécie com estatuto vulnerável, o<br />
pombo-trocaz, trata-se <strong>de</strong> uma espécie endémica da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira e que, <strong>de</strong> alguma<br />
forma simboliza a própria Laurissilva, pois está inteiramente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ste habitat, já<br />
que a sua dieta é constituída, essencialmente, pelas bagas produzidas pelas várias<br />
espécies arbóreas típicas <strong>de</strong>sta floresta. O conjunto <strong>de</strong>stes factos <strong>de</strong>termina que esta<br />
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espécie seja alvo <strong>de</strong> especial atenção por parte <strong>do</strong> Parque Natural da Ma<strong>de</strong>ira, através <strong>de</strong><br />
medidas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> habitat e campanhas <strong>de</strong> sensibilização para a sua protecção.<br />
Quanto aos vertebra<strong>do</strong>s terrestres analisa<strong>do</strong>s para a área em estu<strong>do</strong>, verifica-se que três<br />
das 11 espécies consi<strong>de</strong>radas apresentam classificação <strong>de</strong> “Criticamente em Perigo”, todas<br />
elas correspon<strong>de</strong>ntes a espécies <strong>de</strong> morcegos (Morcego da Ma<strong>de</strong>ira, Morcego-arborícola da<br />
Ma<strong>de</strong>ira e Morcego-orelhu<strong>do</strong>-cinzento). De acor<strong>do</strong> com a informação disponível, embora<br />
estas espécies <strong>de</strong> morcegos possam ocorrer na área da Laurissilva, aparentam ser mais<br />
abundantes nas zonas menos elevadas.<br />
No âmbito <strong>do</strong> cálculo da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga <strong>do</strong> ecossistema on<strong>de</strong> está previsto implantar o<br />
projecto, ten<strong>do</strong> em atenção a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir linhas orienta<strong>do</strong>ras para a sua<br />
utilização num contexto <strong>de</strong> operação <strong>do</strong> teleférico, consi<strong>de</strong>raram-se os <strong>do</strong>is percursos mais<br />
utiliza<strong>do</strong>s pelos visitantes, levada das 25 Fontes e levada <strong>do</strong> Risco, e respectivas<br />
interligações (Figura 3.1). O percurso mais utiliza<strong>do</strong> pelos visitantes <strong>de</strong>senvolve-se por uma<br />
extensão aproximada <strong>de</strong> 2 400 m e suportaria uma média <strong>de</strong> 480 pessoas por dia (ao longo<br />
<strong>de</strong> 8 horas).<br />
Nas condições actuais <strong>de</strong> utilização, em que uma parte importante <strong>do</strong>s visitantes percorrem<br />
o percurso mais utiliza<strong>do</strong> nos <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga po<strong>de</strong>rá estar a ser<br />
momentaneamente ultrapassada nos dias <strong>de</strong> maior movimento, se tivermos em<br />
consi<strong>de</strong>ração os valores estima<strong>do</strong>s para o número médio <strong>de</strong> visitantes que foram forneci<strong>do</strong>s<br />
pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Calheta (cerca <strong>de</strong> 320 visitantes/dia).<br />
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Figura 3.1 – Percursos preferenciais <strong>do</strong>s visitantes <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Fonte: isnova.ma<strong>de</strong>iratecnopolo.pt.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção<br />
A ocupação e alteração <strong>de</strong> áreas com interesse ecológico, para a instalação <strong>de</strong> estaleiros e<br />
das infra-estruturas das estações e torres <strong>do</strong> teleférico, po<strong>de</strong>rão traduzir-se num impacte<br />
muito relevante. No entanto, as áreas <strong>de</strong> estaleiro não serão instaladas <strong>de</strong>ntro da área <strong>de</strong><br />
Laurissilva. O estaleiro principal, a localizar junto à estação A, abrange apenas uma zona <strong>de</strong><br />
relva<strong>do</strong>, enquanto o estaleiro <strong>de</strong> apoio às estações B e C e Torre 2, localiza-se numa<br />
plataforma <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> vegetação anteriormente intervencionada. No que se refere aos<br />
locais <strong>de</strong> implantação das estações, a estação A localiza-se numa zona <strong>de</strong> relva<strong>do</strong> e a<br />
estação B localiza-se na referida plataforma anteriormente intervencionada e <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong><br />
vegetação, não afectan<strong>do</strong>, por isso, qualquer área <strong>de</strong> Laurissilva. Apenas as<br />
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movimentações previstas para a implantação da Estação C, serão levadas a cabo numa<br />
área cartografada como Laurissilva, muito embora a mesma não apresente ainda to<strong>do</strong> o<br />
potencial biológico e monumentalida<strong>de</strong> típica <strong>de</strong>stas formações. A instalação das torres<br />
intermédias terá um significa<strong>do</strong> menor, em que embora a vegetação seja eliminada, a área<br />
afectada é muito reduzida e espera-se a recuperação parcial da mesma, através da<br />
implementação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> recuperação.<br />
Haven<strong>do</strong> o acompanhamento ambiental a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, garantir-se-á a não afectação da<br />
vegetação envolvente aos locais <strong>de</strong> implantação das infra-estruturas propostas (estações e<br />
torres). Caso contrário, a edificação <strong>de</strong> estruturas traduz este impacte numa acção<br />
irreversível com supressão <strong>de</strong> área <strong>de</strong> Laurissilva na Estação C.<br />
A maior preocupação no que diz respeito aos impactes causa<strong>do</strong>s na fauna em fase <strong>de</strong><br />
construção, surge relativamente ao ruí<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong> pela circulação <strong>de</strong> alguma maquinaria na<br />
estrada <strong>de</strong> ligação da ER110 ao Rabaçal, <strong>de</strong> que resultará alguma perturbação sobre a<br />
comunida<strong>de</strong> avifaunística, particularmente os pombos-torcazes, traduzin<strong>do</strong>-se num impacte<br />
significativo, mas temporário (ocorrência apenas na fase <strong>de</strong> construção).<br />
Em suma, os impactes mais negativos durante a fase <strong>de</strong> construção advêm da construção<br />
da estação C por <strong>de</strong>terminar a eliminação <strong>de</strong> vegetação. Em menor grau seguem-se os<br />
impactes produzi<strong>do</strong>s pela instalação das torres e da instalação <strong>do</strong> estaleiro. <strong>Impacte</strong>s<br />
mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s resultam da circulação <strong>de</strong> maquinaria pesada.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Exploração<br />
Pelo cálculo da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga <strong>do</strong> ecossitema on<strong>de</strong> está previsto o projecto, é<br />
possível afirmar que a actual visitação consiste já num impacto significativo no ecossistema,<br />
pelo pisoteio <strong>do</strong>s trilhos, <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos e perturbação directa, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rarse<br />
que a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga <strong>de</strong>ste ecossistema possa estar a ser pontualmente<br />
ultrapassada em <strong>de</strong>terminadas situações, nomeadamente em momentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
concentração <strong>de</strong> visitantes.<br />
A instalação <strong>de</strong> um teleférico para transporte <strong>de</strong> pessoas, po<strong>de</strong>rá reduzir o tempo médio <strong>de</strong><br />
permanência <strong>de</strong> cada visitante na área <strong>do</strong> Rabaçal, ao permitir que parte <strong>do</strong>s visitantes<br />
possam regressar às Casas <strong>do</strong> Rabaçal e/ou ao Paul da Serra <strong>de</strong> forma rápida e sem<br />
utilizar as levadas. Assim, o número médio <strong>de</strong> visitantes no percurso actualmente mais<br />
utiliza<strong>do</strong> po<strong>de</strong>rá aumentar para 650 visitantes diários, sem que isso represente um<br />
acréscimo efectivo na pressão exercida sobre o ecossistema, contribuin<strong>do</strong> para melhores<br />
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condições <strong>de</strong> preservação da flora e fauna locais, no senti<strong>do</strong> em que fornece to<strong>do</strong> outro tipo<br />
<strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong> apoio aos visitantes (instalações sanitárias apropriadas, locais <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos, etc.) e constitui um meio eficaz <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> acessos às levadas.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, a implementação <strong>do</strong> projecto e todas as infra-estruturas que lhe estão<br />
afectas, irá promover o conhecimento e protecção da biodiversida<strong>de</strong> da ilha da Ma<strong>de</strong>ira, em<br />
particular a Floresta Laurissilva, quer pela disponibilização <strong>de</strong> informação e sensibilização<br />
ambiental, quer pelo contacto directo que o teleférico proporcionará a um maior número <strong>de</strong><br />
utiliza<strong>do</strong>res.<br />
Estes aspectos traduzir-se-ão em impactes positivos e significativos.<br />
3.7. QUALIDADE DO AR<br />
Na área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> projecto, o tráfego afluente à ER110 representará a única fonte<br />
<strong>de</strong> poluição atmosférica, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, essencialmente, à afluência turística ao local <strong>do</strong><br />
Rabaçal e ao tráfego com <strong>de</strong>stino a Porto Moniz. No entanto, a própria situação climática <strong>de</strong><br />
altitu<strong>de</strong> que caracteriza o local, nomeadamente, em termos <strong>de</strong> ventos fortes e direcciona<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> quadrante Noroeste, senti<strong>do</strong>s com gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> no Paul da Serra, favorece boas<br />
condições para que ocorra uma elevada dispersão <strong>de</strong> poluentes atmosféricos emiti<strong>do</strong>s em<br />
toda essa área, reduzin<strong>do</strong> as probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fenómenos críticos <strong>de</strong> poluição <strong>do</strong> ar. Deste<br />
mo<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>r-se-á dizer que a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar no local <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> projecto<br />
correspon<strong>de</strong> a um Índice <strong>de</strong> Muito Bom.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
Face às características <strong>do</strong>s trabalhos a efectuar durante a fase <strong>de</strong> construção, é previsível<br />
que os principais impactes negativos são os resultantes da emissão <strong>de</strong> partículas em<br />
suspensão e a sua <strong>de</strong>posição nas proximida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> local da sua emissão. Estes impactes<br />
são <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s essencialmente <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> terraplenagens e <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> terras.<br />
As emissões <strong>de</strong> poeiras e a sua consequente <strong>de</strong>posição nas zonas circundantes, provocam,<br />
efeitos nocivos na flora e fauna local, embora não assumam gran<strong>de</strong> perigosida<strong>de</strong> face ao<br />
seu carácter temporário. Deste mo<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ra-se que os impactes <strong>de</strong>correntes das<br />
emissões <strong>de</strong> poeiras embora tenham um carácter negativo, relativamente restrito à zona <strong>de</strong><br />
obra (on<strong>de</strong> se localizam as fontes emissoras) e temporário, não <strong>de</strong>verão constituir impactes<br />
significativos.<br />
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Consi<strong>de</strong>ram-se, ainda, as emissões resultantes <strong>do</strong> funcionamento <strong>de</strong> máquinas e veículos<br />
com motor <strong>de</strong> combustão, que se prevê que causarão impactes pouco significativos, ten<strong>do</strong><br />
em conta a dimensão da obra e a normal capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispersão atmosférica.<br />
Em fase <strong>de</strong> exploração, há a consi<strong>de</strong>rar o aumento <strong>de</strong> afluência <strong>de</strong> veículos particulares à<br />
ER110, nomeadamente na zona da Estação A, que po<strong>de</strong>rá constituir um impacte negativo<br />
na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar. No entanto, as concentrações <strong>do</strong>s diversos poluentes, além <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rem directamente das quantida<strong>de</strong>s emitidas, sofrem gran<strong>de</strong> dispersão <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />
regime <strong>de</strong> ventos que se verifica no local. Deste mo<strong>do</strong>, o impacte associa<strong>do</strong> a esta<br />
ocorrência será pouco significativo, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> referir, ainda, que actualmente já se verifica<br />
bastante afluência <strong>de</strong> veículos à zona, correspon<strong>de</strong>ntes às centenas <strong>de</strong> visitantes diários,<br />
cujo aumento anual se verificará inevitavelmente, com ou sem implementação <strong>do</strong> projecto.<br />
3.8. RUÍDO<br />
Analisan<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s aquan<strong>do</strong> das medições <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> efectuadas no local, verificase<br />
que a área em estu<strong>do</strong> apresenta níveis sonoros muito reduzi<strong>do</strong>s, encontran<strong>do</strong>-se<br />
conformes com a legislação em vigor sobre a matéria, não existin<strong>do</strong> receptores com<br />
sensibilida<strong>de</strong> ao ruí<strong>do</strong> nas proximida<strong>de</strong>s. As principais fontes <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> verificadas consistem<br />
no tráfego ro<strong>do</strong>viário diminuto da ER110, em ruí<strong>do</strong>s naturais (aerodinâmica vegetal e<br />
fonação animal) e em vozes <strong>do</strong>s visitantes.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
Dada a inexistência <strong>de</strong> receptores sensíveis nas proximida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> projecto, prevê-se que os<br />
principais impactes no ruí<strong>do</strong> em fase <strong>de</strong> construção, são <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
utilização da ER110 e da estrada <strong>de</strong> ligação às Casas <strong>do</strong> Rabaçal, para o transporte <strong>de</strong><br />
pessoas e materiais afectos à obra. Estes impactes serão negativos, temporários e pouco<br />
significativos ao nível <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>.<br />
De forma idêntica ao referi<strong>do</strong> para a fase <strong>de</strong> construção, prevê-se que os principais<br />
impactes na componente ruí<strong>do</strong> na fase <strong>de</strong> exploração, apenas po<strong>de</strong>rão ocorrer nos<br />
receptores sensíveis próximos das vias <strong>de</strong> acesso ao teleférico (ER110 e vias associadas),<br />
sen<strong>do</strong> a significância e a magnitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> impacte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> tráfego afecto ao<br />
empreendimento. Uma vez que se prevê a continuação <strong>de</strong> uma elevada afluência <strong>de</strong><br />
veículos durante o perío<strong>do</strong> diurno a esta zona <strong>do</strong> Paul da Serra e salientan<strong>do</strong> a ausência <strong>de</strong><br />
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receptores sensíveis, prevêem-se, para a fase <strong>de</strong> exploração, impactes negativos e pouco<br />
significativos ao nível <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>.<br />
Da<strong>do</strong> os reduzi<strong>do</strong>s níveis sonoros usualmente associa<strong>do</strong>s à fase <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong><br />
teleféricos, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> são utilizadas as tecnologias mais recentes, como é o<br />
presente caso, afigura-se que os mesmos não <strong>de</strong>verão ser susceptíveis <strong>de</strong> gerar impactes<br />
negativos significativos.<br />
3.9. PAISAGEM<br />
Em termos genéricos, o Vale <strong>do</strong> Rabaçal apresenta um relevo bem marca<strong>do</strong>, <strong>de</strong> formas,<br />
pre<strong>do</strong>minantemente, abruptas, revestidas por vegetação <strong>de</strong>nsa, revelan<strong>do</strong>, pontualmente,<br />
as formações rochosas que sustentam o ver<strong>de</strong> <strong>do</strong>minante.<br />
Foram i<strong>de</strong>ntificadas duas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Paisagem (UP), as quais se <strong>de</strong>nominaram Floresta<br />
<strong>de</strong> Laurissilva (UP1) (Figura 3.2) e Planalto Serrano (UP2) (Figura 3.3).<br />
Figura 3.2 – Floresta Laurissilva – UP1<br />
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EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
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Fevereiro <strong>de</strong> 2008
Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong>, Lda.<br />
Figura 3.3 – Planalto Serrano – UP2<br />
A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> paisagem Floresta Laurissilva apresenta um grau <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> eleva<strong>do</strong>, o<br />
que traduz, uma baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver visualmente, alterações na sua estrutura. Já<br />
a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> paisagem Planalto Serrano apresenta um grau <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> médio,<br />
possuin<strong>do</strong> alguma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção visual <strong>de</strong> alterações.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
Durante a fase <strong>de</strong> construção verificar-se-á uma interferência nas percepções humanosensoriais<br />
resultante <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>sorganização espacial e funcional <strong>do</strong> espaço <strong>de</strong> intervenção<br />
e, ainda, <strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong> alguma forma relaciona<strong>do</strong>s com a obra, como sejam, os estaleiros<br />
e áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito e empréstimo, cujos impactes se farão sentir, não só no local<br />
directamente afecta<strong>do</strong>, bem como, na área envolvente. Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à morfologia da zona<br />
atravessada e às características <strong>do</strong> projecto em causa, verifica-se que as estruturas a<br />
introduzir geram um impacte negativo e significativo, mas <strong>de</strong> carácter temporário.<br />
Durante a fase <strong>de</strong> exploração, os impactes visuais gera<strong>do</strong>s pelas novas estruturas,<br />
assumem um carácter <strong>de</strong>finitivo. No entanto, as soluções arquitectónicas apresentadas para<br />
as estações, possuem a preocupação <strong>de</strong> se harmonizarem com a paisagem envolvente.<br />
Deste mo<strong>do</strong>, os impactes <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s da implantação das estações <strong>do</strong> teleférico e parque <strong>de</strong><br />
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estacionamento, po<strong>de</strong>rão constituir um impacte negativo, embora pouco significativo e <strong>de</strong><br />
algum mo<strong>do</strong>, subjectivo.<br />
São, igualmente, expectáveis impactes resultantes <strong>de</strong> uma maior agitação no local<br />
directamente afecta<strong>do</strong> pelo teleférico, assim como, na sua envolvente. A implantação <strong>de</strong>sta<br />
nova estrutura potenciará uma maior afluência <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong> turistas,<br />
traduzin<strong>do</strong>-se num impacte negativo, mas pouco significativo. Julga-se, no entanto, que a<br />
presente proposta permitirá ten<strong>de</strong>ncialmente a um or<strong>de</strong>namento mais eficiente da região<br />
com a criação <strong>de</strong> medidas (disponibilização <strong>de</strong> pessoal para limpeza, manutenção e<br />
vigilância da zona) e infra-estruturas <strong>de</strong> apoio à activida<strong>de</strong> turística (criação <strong>de</strong> zonas <strong>de</strong><br />
estacionamento, instalações sanitárias, restauração, tratamento <strong>de</strong> efluentes e locais para<br />
<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> resíduos) minimizan<strong>do</strong>-se, <strong>de</strong>sta forma, o eventual impacte negativo produzi<strong>do</strong>.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, salienta-se o impacte positivo e significativo, que o teleférico promoverá,<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao facto <strong>do</strong> mesmo permitir que um maior número <strong>de</strong> utentes usufrua <strong>de</strong> uma<br />
paisagem ímpar <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> valor cénico (to<strong>do</strong> o vale <strong>do</strong> Rabaçal e a cascata das<br />
25 Fontes).<br />
3.10. PATRIMÓNIO<br />
No local <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> projecto não foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s elementos <strong>de</strong> valor patrimonial.<br />
De salientar que foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s elementos etnográficos na área em estu<strong>do</strong>, como as<br />
Levadas <strong>do</strong> Risco e das 25 Fontes, <strong>de</strong>signadas anteriormente por Levada Velha e Nova <strong>do</strong><br />
Rabaçal, as Casas <strong>do</strong> Rabaçal e a fonte junto das mesmas. A construção <strong>de</strong>stas Levadas<br />
foi iniciada em 1835 para aproveitamento <strong>de</strong> água.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção e Exploração<br />
As levadas das 25 Fontes e <strong>do</strong> Risco po<strong>de</strong>rão sofrer impactes negativos <strong>de</strong>correntes da<br />
implementação <strong>do</strong> projecto, na fase <strong>de</strong> construção pela passagem <strong>de</strong> pessoal afecto à obra,<br />
uma vez que serão um meio <strong>de</strong> acesso às frentes <strong>de</strong> obra pelos trabalha<strong>do</strong>res. As Casas <strong>do</strong><br />
Rabaçal e a fonte po<strong>de</strong>rão sofrer impactes negativos durante a escavação e construção das<br />
infra-estruturas da estação B, assim como a construção da estação C po<strong>de</strong>rá provocar<br />
impactes negativos na levada das 25 Fontes. No entanto, se forem a<strong>do</strong>ptadas as medidas<br />
<strong>de</strong> boas práticas preconizadas na execução da obra, não é expectável que venham a<br />
ocorrer quaisquer impactes significativos sobre estes elementos.<br />
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Na fase <strong>de</strong> exploração é expectável a ocorrência <strong>de</strong> impactes positivos significativos no<br />
património, no senti<strong>do</strong> em que a implantação <strong>do</strong> teleférico possibilitará o acesso a um maior<br />
número <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong> várias ida<strong>de</strong>s e condições físicas, promoven<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> o<br />
património etnográfico da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira e, particularmente, a Levada das 25 Fontes.<br />
3.11. SÓCIO-ECONOMIA<br />
Como anteriormente referi<strong>do</strong>, o projecto insere-se na freguesia e concelho da Calheta.<br />
A freguesia <strong>de</strong> Calheta localiza-se na parte Sul <strong>do</strong> concelho e partilha limites, a Norte, com o<br />
concelho <strong>de</strong> Porto Moniz, a Oeste, com a freguesia <strong>de</strong> Estreito da Calheta, a Este, com a<br />
freguesia <strong>de</strong> Arco da Calheta e com o concelho <strong>de</strong> Ponta <strong>do</strong> Sol, e a Sul, com a freguesia <strong>de</strong><br />
Arco da Calheta e o Oceano Atlântico.<br />
O local <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> projecto é servi<strong>do</strong> pela Re<strong>de</strong> Regional Principal, nomeadamente<br />
pela ER110.<br />
A freguesia <strong>de</strong> Calheta é uma das mais populosas <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Calheta, possuin<strong>do</strong><br />
3105 habitantes, em 2001. A freguesia <strong>de</strong>ste município com maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional é<br />
a <strong>de</strong> Paul <strong>do</strong> Mar, com 567,3 Hab/km 2 , sen<strong>do</strong> este valor bastante eleva<strong>do</strong> relativamente à<br />
média <strong>do</strong> concelho e mesmo da Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira. A freguesia <strong>de</strong> Calheta,<br />
on<strong>de</strong> se localiza o projecto, apresenta uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 146,9 Hab/km 2 .<br />
O envelhecimento <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Calheta é actualmente uma realida<strong>de</strong>, já que na maior<br />
parte das freguesias a proporção <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos é mais alta que a <strong>de</strong> jovens. A taxa <strong>de</strong><br />
natalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Calheta está abaixo das taxas <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong>, tanto da Região<br />
Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, como da <strong>do</strong> país.<br />
A repartição da população activa por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> na ilha da Ma<strong>de</strong>ira revela, no<br />
geral, um maior peso <strong>do</strong> sector terciário em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> sector secundário, que se vem<br />
acentuan<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos. De facto, cerca <strong>de</strong> 66,2% da população inclui-se no sector<br />
terciário e somente 25,3% no sector secundário. Este gran<strong>de</strong> peso <strong>do</strong> sector terciário está<br />
relaciona<strong>do</strong> com a activida<strong>de</strong> turística, em que a economia da Ma<strong>de</strong>ira está assente. Aliás,<br />
entre os aspectos sócio-economicos, o presente projecto relaciona-se prepon<strong>de</strong>rantemente<br />
com o <strong>de</strong>senvolvimento da activida<strong>de</strong> turística.<br />
O local <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> teleférico <strong>do</strong> Rabaçal insere-se parcialmente na área geográfica<br />
“A porta da Laurissilva”, estan<strong>do</strong> esta regulamentada pelo Plano <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento Turístico<br />
da Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (POT). A área <strong>do</strong> Rabaçal é consi<strong>de</strong>rada como uma<br />
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gran<strong>de</strong> valência turística <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> Calheta, pois nela estão localizadas as levadas <strong>do</strong><br />
Risco e das 25 Fontes, que irão ser servidas pelo projecto em estu<strong>do</strong>.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Construção<br />
Po<strong>de</strong>rá dizer-se que os impactes negativos, no que respeita ao <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> sócio-economia,<br />
ocorrem maioritariamente na fase <strong>de</strong> construção. Entre estes, consi<strong>de</strong>ra-se a afectação da<br />
re<strong>de</strong> viária local, <strong>de</strong>rivada da circulação <strong>de</strong> maquinaria e veículos pesa<strong>do</strong>s afectos aos<br />
trabalhos, que produz perturbações ao nível da normal circulação nas vias e <strong>de</strong>gradação<br />
<strong>do</strong>s respectivos pavimentos.<br />
O incómo<strong>do</strong> causa<strong>do</strong> na população visitante da zona <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> projecto, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />
à <strong>de</strong>gradação e/ou <strong>de</strong>sorganização da circulação ro<strong>do</strong>viária/pe<strong>do</strong>nal, bem como, às<br />
emissões <strong>de</strong> poeiras e aumento <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às <strong>de</strong>capagens e terraplanagens<br />
necessárias à construção e ao funcionamento da maquinaria e circulação <strong>de</strong> veículos<br />
pesa<strong>do</strong>s, resulta num impacte negativo mas pouco significativo.<br />
No entanto, ocorrerão também nesta fase impactes positivos, <strong>de</strong>correntes da criação <strong>de</strong><br />
emprego e <strong>do</strong> estímulo económico, associa<strong>do</strong> à execução da obra. É expectável um<br />
aumento temporário <strong>de</strong> população presente na freguesia, durante a fase <strong>de</strong> construção,<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à permanência <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res afectos à obra. Em obras <strong>de</strong> idênticas dimensões,<br />
os empreiteiros po<strong>de</strong>m recorrer a mão-<strong>de</strong>-obra local, pelo que é provável a criação <strong>de</strong><br />
alguns postos <strong>de</strong> trabalho directos, assim como o recurso a matérias-primas e a subempreiteiros<br />
locais. Estes aspectos traduzem-se em impactes positivos e maioritariamente<br />
significativos.<br />
<strong>Impacte</strong>s na Fase <strong>de</strong> Exploração<br />
Em contrapartida, durante a fase <strong>de</strong> exploração, os impactes previstos, mais significativos,<br />
estão directamente relaciona<strong>do</strong>s com a qualida<strong>de</strong>, segurança e estímulos económicos no<br />
sector turístico, através da criação <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> utilização pública, com equipamento<br />
a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> apoio aos turistas e à protecção <strong>de</strong> zonas ecologicamente muito importantes,<br />
melhoran<strong>do</strong> assim o aproveitamento <strong>de</strong>sta zona.<br />
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Especificamente, ao nível sócio-económico, po<strong>de</strong>rão prever-se impactes positivos para a<br />
exploração <strong>do</strong> teleférico <strong>do</strong> Rabaçal relaciona<strong>do</strong>s com:<br />
• maior promoção <strong>do</strong> conhecimento e protecção da biodiversida<strong>de</strong> da ilha da Ma<strong>de</strong>ira,<br />
em particular a Floresta Laurissilva, pela disponibilização <strong>de</strong> informação e<br />
sensibilização ambiental e pelo contacto directo que o teleférico proporcionará a um<br />
maior número <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>res;<br />
• melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s às veredas <strong>do</strong> Risco e 25 Fontes, uma vez que o<br />
teleférico fará com que as veredas se tornem acessíveis a visitantes <strong>de</strong> todas as<br />
ida<strong>de</strong>s e condições físicas;<br />
• controlo da circulação pe<strong>do</strong>nal e ro<strong>do</strong>viária, uma vez que o teleférico constitui um<br />
meio prático <strong>de</strong> controlar os acessos à zona protegida, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a possibilitar a<br />
manutenção e preservação <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o espaço, ao mesmo tempo que permite um<br />
aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga das veredas sem que esse aumento prejudique a<br />
preservação da área em estu<strong>do</strong>;<br />
• melhoria significativa em relação às condições <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong> existentes no percurso<br />
já que passarão a haver casas <strong>de</strong> banho em todas as estações para usufruto <strong>do</strong>s<br />
visitantes, a aplicação <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>Ambiental</strong> que contribuirá em muito<br />
para a valorização e reabilitação ambiental da zona em questão;<br />
• melhoria da segurança <strong>do</strong>s visitantes em caso <strong>de</strong> emergência, uma vez que o<br />
teleférico constituirá um meio eficaz para a evacuação <strong>do</strong>s visitantes <strong>de</strong>sta zona <strong>do</strong><br />
Parque Natural da Ma<strong>de</strong>ira (Levadas das 25 Fontes e <strong>do</strong> Risco), em caso <strong>de</strong><br />
emergência;<br />
• criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho.<br />
3.12. SÍNTESE DE IMPACTES<br />
De mo<strong>do</strong> a ser possível fazer uma avaliação global, integrada e qualitativa <strong>do</strong>s principais<br />
impactes gera<strong>do</strong>s pela implantação <strong>do</strong> projecto, elaborou-se um quadro síntese <strong>do</strong>s<br />
principais impactes (Quadro 3.1), para as fases <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong> exploração.<br />
Para a maioria <strong>do</strong>s impactes i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s, são propostas medidas <strong>de</strong> minimização ou <strong>de</strong><br />
potenciação específicas, cuja numeração é a atríbuida no Caítulo 6 <strong>do</strong> Relatório Base –<br />
Tomo 1 <strong>do</strong> <strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Impacte</strong> <strong>Ambiental</strong>. No Capítulo 4 <strong>do</strong> presente RNT são então<br />
apresentadas as principais medidas propostas no âmbito <strong>de</strong>ste projecto.<br />
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De referir ainda que, a maioria <strong>do</strong>s impactes que não são minimizáveis, apresentam-se<br />
como pouco significativos, <strong>de</strong> carácter pontual, uma vez que advêm da implantação das<br />
estações e apoios intermédios <strong>do</strong> teleférico, cujas áreas <strong>de</strong> implantação são <strong>de</strong> reduzida<br />
dimensão.<br />
Quadro 3.1 – Síntese <strong>do</strong>s principais impactes ambientais <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Descritor Fase <strong>Impacte</strong><br />
Alteração das condições<br />
naturais <strong>de</strong> infiltração e<br />
drenagem<br />
Indução <strong>de</strong> instabilização ou<br />
alteração das condições<br />
geotécnicas <strong>do</strong>s terrenos<br />
Geologia,<br />
Geomorfologia Construção Alteração da morfologia<br />
resultante da realização <strong>de</strong><br />
movimentação <strong>de</strong> terras<br />
necessárias para a<br />
implantação das estações,<br />
principalmente na Estação A<br />
Alteração das características<br />
geotécnicas, induzidas por<br />
acções <strong>de</strong> <strong>de</strong>capagem,<br />
movimentação <strong>de</strong> terras, e<br />
ocupação <strong>do</strong> terreno<br />
Alteração da estrutura <strong>do</strong>s<br />
solos (modificações físicoquímicas,<br />
Solos e Uso<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> Solo<br />
Construção arejamento; diminuição <strong>do</strong><br />
grau <strong>de</strong> humida<strong>de</strong>;<br />
compactação; ocorrência <strong>de</strong><br />
eventuais contaminações)<br />
Risco <strong>de</strong> contaminação <strong>do</strong>s<br />
solos, por <strong>de</strong>rrames<br />
aci<strong>de</strong>ntais<br />
Desenvolvimento <strong>de</strong><br />
processos erosivos e<br />
consequente perda <strong>de</strong> solo,<br />
<strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acções <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>smatação e terraplenagem<br />
Características <strong>do</strong><br />
<strong>Impacte</strong><br />
Negativo, directo,<br />
reversível/irreversível,<br />
temporário/permanente,<br />
<strong>de</strong> reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
reversível/irreversível,<br />
temporário/permanente,<br />
<strong>de</strong> reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
irreversível, permanente,<br />
<strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada<br />
e pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
reversível/irreversível,<br />
temporário/permanente,<br />
<strong>de</strong> reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo, <strong>de</strong><br />
reduzida a mo<strong>de</strong>rada<br />
magnitu<strong>de</strong>,<br />
temporário/permanente,<br />
reversível/irreversível e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo, <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>rada magnitu<strong>de</strong>,<br />
temporário, reversível e<br />
pouco significativo.<br />
Negativo, indirecto,<br />
temporário, reduzida<br />
magnitu<strong>de</strong> e pouco<br />
significativo<br />
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Descritor Fase <strong>Impacte</strong><br />
Recursos<br />
Hídricos<br />
Exploração<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Alteração <strong>do</strong>s usos actuais<br />
<strong>do</strong> solo, com a diminuição da<br />
respectiva capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uso, pela implantação <strong>de</strong><br />
estruturas permanentes<br />
Alteração das capacida<strong>de</strong>s e<br />
características <strong>do</strong> solo, com<br />
a conversão <strong>de</strong>finitiva <strong>do</strong>s<br />
respectivos<br />
usos<br />
preexistentes<br />
Alteração das condições<br />
naturais <strong>de</strong> infiltração e<br />
drenagem, e aumento da<br />
compactação <strong>do</strong>s terrenos,<br />
que po<strong>de</strong> gerar uma<br />
diminuição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
recarga <strong>de</strong> aquíferos<br />
Degradação da qualida<strong>de</strong> da<br />
água, tanto no caso das<br />
águas subterrâneas como<br />
superficiais, com aumento <strong>do</strong><br />
caudal sóli<strong>do</strong> e o acréscimo<br />
<strong>do</strong> risco <strong>de</strong> contaminação<br />
aci<strong>de</strong>ntal <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> água<br />
receptores, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrames<br />
aci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong> óleos e<br />
lubrificantes.<br />
Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
tratamento <strong>do</strong>s efluentes<br />
provenientes das instalações<br />
sanitárias e consequente<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />
recursos hídricos<br />
Melhoria <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong><br />
recolha <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />
urbanos ao longo das<br />
levadas e consequente<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />
recursos hídricos<br />
Alteração das condições<br />
naturais <strong>de</strong> infiltração e<br />
drenagem e diminuição das<br />
áreas <strong>de</strong> recarga directa,<br />
com consequente alteração<br />
da piezometria<br />
Características <strong>do</strong><br />
<strong>Impacte</strong><br />
Negativo, directo, com<br />
duração variável (zonas<br />
<strong>de</strong> estaleiro ou<br />
implantação <strong>de</strong><br />
estações), magnitu<strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>rada, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> uso afecta<strong>do</strong>,<br />
permanente e pouco<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
permanente, <strong>de</strong><br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
temporário, baixa<br />
magnitu<strong>de</strong> e pouco<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, magnitu<strong>de</strong> e<br />
significa<strong>do</strong> variáveis,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da<br />
expressão <strong>do</strong> <strong>de</strong>rrame e<br />
<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> produto<br />
<strong>de</strong>rrama<strong>do</strong><br />
Positivo, directo/indirecto,<br />
permanente, <strong>de</strong><br />
magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada e<br />
significativo<br />
Positivo, directo/indirecto,<br />
permanente, <strong>de</strong><br />
magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada e<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
permanente, <strong>de</strong><br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida,<br />
pouco significativo<br />
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Descritor Fase <strong>Impacte</strong><br />
Planeamento e<br />
Or<strong>de</strong>namento<br />
<strong>do</strong> Território<br />
Componente<br />
Ecológica<br />
Construção<br />
e<br />
Exploração<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Afectação <strong>de</strong> áreas<br />
classificadas <strong>de</strong> Reserva<br />
Natural Parcial e Zona <strong>de</strong><br />
Repouso e Silêncio <strong>do</strong><br />
Parque Natural da Ma<strong>de</strong>ira;<br />
Afectação <strong>de</strong> áreas da Re<strong>de</strong><br />
Natura, classificadas como<br />
Área <strong>de</strong> Laurissilva e como<br />
Maciço Montanhoso Central;<br />
Afectação <strong>de</strong> classes <strong>de</strong><br />
espaço <strong>de</strong> uso, classificadas<br />
como Espaços Naturais <strong>de</strong><br />
Uso Condiciona<strong>do</strong> – Floresta<br />
Natural (sem Laurissilva) e<br />
como Espaço Natural <strong>de</strong> Uso<br />
Interdito – Reserva<br />
Biogenética<br />
Ocupação/alteração <strong>de</strong> áreas<br />
com interesse ecológico,<br />
associadas à <strong>de</strong>smatação, à<br />
movimentação <strong>de</strong> terras e à<br />
instalação <strong>do</strong>s estaleiros e<br />
das infra-estruturas das<br />
estações e parque <strong>de</strong><br />
estacionamento<br />
Deposição <strong>de</strong> poeiras,<br />
poluentes atmosféricos e<br />
níveis <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong>s<br />
pelos veículos e<br />
equipamentos em obra<br />
Danos na vegetação pela<br />
passagem <strong>de</strong> cabos para<br />
instalação e posterior<br />
<strong>de</strong>smontagem <strong>do</strong> teleférico<br />
provisório<br />
Danos na vegetação pela<br />
passagem <strong>de</strong> cabos para<br />
instalação <strong>do</strong> teleférico<br />
<strong>de</strong>finitivo<br />
Risco <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aves e quirópteros por<br />
colisão com os cabos <strong>do</strong><br />
teleférico provisório<br />
Afectação da vegetação ao<br />
longo da linha por<br />
con<strong>de</strong>nsação e precipitação<br />
proveniente <strong>do</strong>s cabos<br />
Perturbação e pisoteio<br />
excessivo para áreas fora <strong>do</strong><br />
trilho da levada ao longo <strong>do</strong><br />
percurso<br />
Características <strong>do</strong><br />
<strong>Impacte</strong><br />
Negativo, permanente, <strong>de</strong><br />
reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
irreversível e permanente<br />
nas zonas a ocupar pelas<br />
infra-estruturas e<br />
reversível e temporário<br />
nas restantes, <strong>de</strong><br />
reduzida a mo<strong>de</strong>rada<br />
magnitu<strong>de</strong> e significativo<br />
Negativo, Indirecto,<br />
temporário, reversível, <strong>de</strong><br />
reduzida a mo<strong>de</strong>rada<br />
magnitu<strong>de</strong> e pouco<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, reversível,<br />
reduzida a mo<strong>de</strong>rada<br />
magnitu<strong>de</strong> e pouco<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, reversível,<br />
reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
permanente, irreversível,<br />
reduzida a mo<strong>de</strong>rada<br />
magnitu<strong>de</strong> e pouco<br />
significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
<strong>de</strong> reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
permanente, reversível,<br />
<strong>de</strong> reduzida a mo<strong>de</strong>rada<br />
magnitu<strong>de</strong> e significativo<br />
Página 29<br />
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Descritor Fase <strong>Impacte</strong><br />
Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Ar<br />
Ruí<strong>do</strong> e<br />
Vibrações<br />
Paisagem<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Risco <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aves e quirópteros por<br />
colisão com os cabos <strong>do</strong><br />
teleférico <strong>de</strong>finitivo<br />
Divulgação da importância<br />
ecológica da Laurissilva e<br />
consequente protecção e<br />
valorização da mesma<br />
Melhoria das condições <strong>de</strong><br />
preservação da fauna e flora<br />
locais, uma vez que fornece<br />
infra-estruturas <strong>de</strong> apoio aos<br />
visitantes e reduz o tempo <strong>de</strong><br />
permanência <strong>de</strong>stes nas<br />
levadas<br />
Alteração da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às emissões difusas<br />
<strong>de</strong> partículas <strong>de</strong>correntes<br />
<strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> construção<br />
(principalmente, da execução<br />
<strong>de</strong> terraplenagens e da<br />
<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> terras)<br />
Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar,<br />
na estrada <strong>de</strong> ligação da ER<br />
110 às Casas <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Degradação da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
ar no Paul da Serra, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />
ao aumento <strong>de</strong> afluência <strong>de</strong><br />
veículos particulares<br />
Aumento <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> e<br />
vibrações na envolvente <strong>do</strong>s<br />
locais <strong>de</strong> obra<br />
Permanência <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong><br />
ruí<strong>do</strong> no Paul da Serra<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à afluência <strong>de</strong><br />
veículos particulares<br />
Alteração da estrutura e<br />
organização da paisagem<br />
Interferência nas percepções<br />
humano-sensoriais<br />
Efeito invasor provoca<strong>do</strong><br />
pelas infra-estruturas <strong>do</strong><br />
teleférico<br />
Aumento da agitação local<br />
na envolvente <strong>do</strong> teleférico<br />
Características <strong>do</strong><br />
<strong>Impacte</strong><br />
Negativo, directo,<br />
permanente, irreversível,<br />
reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Positivo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
mo<strong>de</strong>rada magnitu<strong>de</strong> e<br />
significativo<br />
Positivo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
mo<strong>de</strong>rada magnitu<strong>de</strong> e<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, reversível, <strong>de</strong><br />
reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Positivo, directo,<br />
permanente, reversível,<br />
reduzida magnitu<strong>de</strong> e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
temporário, reversível, <strong>de</strong><br />
magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
temporário, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
pouco significativo<br />
Negativo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
pouco significativo<br />
Página 30<br />
EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2008
Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong>, Lda.<br />
Descritor Fase <strong>Impacte</strong><br />
Património<br />
Sócioeconomia<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Construção<br />
Exploração<br />
Melhoria <strong>do</strong> acesso e visão<br />
da paisagem proporcionada<br />
pelo uso <strong>do</strong> teleférico<br />
Interferência nas estruturas<br />
das Levadas das 25 Fontes e<br />
<strong>do</strong> Risco, nas Casas <strong>do</strong><br />
Rabaçal e Fonte, pela<br />
passagem <strong>de</strong> pessoal afecto<br />
à obra<br />
Promoção <strong>do</strong> património<br />
etnográfico (Levadas das 25<br />
Fontes e <strong>do</strong> Risco)<br />
Aumento da circulação <strong>de</strong><br />
veículos <strong>de</strong> obra e<br />
consequente <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong><br />
pavimento da ER 110 e da<br />
estrada <strong>de</strong> ligação às Casas<br />
<strong>do</strong> Rabaçal<br />
Incómo<strong>do</strong> causa<strong>do</strong> nos<br />
indivíduos visitantes <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />
às emissões <strong>de</strong> poeiras e<br />
aumento <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>.<br />
Dinamização da economia<br />
local<br />
Aumento da oferta <strong>de</strong> locais<br />
para lazer para todas as<br />
ida<strong>de</strong>s e condições físicas e<br />
reforço da competitivida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
sector turístico<br />
Melhoria das condições <strong>de</strong><br />
salubrida<strong>de</strong> ao longo <strong>do</strong>s<br />
percursos e <strong>de</strong> serviços<br />
presta<strong>do</strong>s pelas infraestruturas<br />
<strong>do</strong> teleférico<br />
Melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s<br />
às Levadas das 25 Fontes e<br />
<strong>do</strong> Risco e consequente<br />
melhoria das condições <strong>de</strong><br />
segurança e resposta a<br />
emergências<br />
Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento <strong>do</strong><br />
número <strong>de</strong> visitantes nas<br />
veredas, sem comprometer a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga <strong>do</strong><br />
ecossistema e as condições<br />
<strong>de</strong> segurança <strong>do</strong>s visitantes<br />
Características <strong>do</strong><br />
<strong>Impacte</strong><br />
Positivo, directo,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada e<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, irreversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> reduzida e<br />
pouco significativo<br />
Positivo, directo,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada e<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, irreversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada e<br />
significativo<br />
Negativo, directo,<br />
temporário, <strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong><br />
reduzida e pouco<br />
significativo<br />
Positivo, directo/indirecto,<br />
temporário, <strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong><br />
reduzida a mo<strong>de</strong>rada e<br />
pouco significativo<br />
Positivo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
<strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada<br />
e significativo<br />
Positivo, directo,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> elevada e<br />
muito significativo<br />
Positivo, directo/indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> elevada e<br />
muito significativo<br />
Positivo, indirecto,<br />
permanente, reversível,<br />
magnitu<strong>de</strong> elevada e<br />
significativo<br />
<strong>Impacte</strong> negativo e significativo<br />
<strong>Impacte</strong> negativo e pouco significativo<br />
<strong>Impacte</strong> positivo e pouco significativo<br />
<strong>Impacte</strong> positivo e significativo<br />
EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2008<br />
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Consulta<strong>do</strong>ria <strong>Ambiental</strong>, Lda.<br />
4. MEDIDAS POTENCIADORAS, MITIGADORAS E DE COMPENSAÇÃO<br />
Apresentam-se, <strong>de</strong> seguida, as principais medidas <strong>de</strong> minimização e recomendações<br />
propostas no EIA com o objectivo <strong>de</strong> reduzir ou evitar os impactes i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s.<br />
Fase <strong>de</strong> Construção<br />
A fase <strong>de</strong> construção, dadas as características <strong>do</strong> projecto em estu<strong>do</strong>, surge como a fase<br />
em que ocorrerão mais impactes <strong>de</strong> carácter negativo, sen<strong>do</strong>, como tal, aquela em que<br />
terão <strong>de</strong> ser respeitadas mais medidas com vista à minimização <strong>de</strong> tais impactes. Deste<br />
mo<strong>do</strong>, da<strong>do</strong> o enorme interesse <strong>de</strong> que se reveste a conservação da Laurissilva, durante a<br />
fase <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>verão ser observa<strong>do</strong>s alguns cuida<strong>do</strong>s. Assim, a execução das obras<br />
<strong>de</strong>verá observar os seguintes aspectos:<br />
1. Apesar <strong>de</strong> estar previsto no projecto, instalações sanitárias (IS) apenas para funcionários<br />
na Estação B, propõe-se a instalação, neste local, <strong>de</strong> IS com capacida<strong>de</strong> para servir os<br />
visitantes das levadas e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> efluentes igualmente<br />
a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para este aumento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>. De referir que o local da estação B apresenta<br />
boas condições para albergar um sistema <strong>de</strong> maior capacida<strong>de</strong> uma vez que correspon<strong>de</strong><br />
a uma área intervencionada, <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> vegetação;<br />
2. Prevenir a potencial contaminação <strong>do</strong> solo e linhas <strong>de</strong> água, não permitin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>scarga<br />
directa no solo, ou sobre linhas <strong>de</strong> água, <strong>de</strong> poluentes (entulhos, lamas, betumes, óleos,<br />
lubrificantes, combustíveis, produtos químicos, resíduos sóli<strong>do</strong>s e outros materiais<br />
residuais da obra) e evitan<strong>do</strong> o seu <strong>de</strong>rrame aci<strong>de</strong>ntal;<br />
3. Definir operações <strong>de</strong> armazenagem em locais e contentores específicos e operações <strong>de</strong><br />
transporte, para to<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> resíduos produzi<strong>do</strong>s na área afecta à obra;<br />
4. Colocação <strong>de</strong> coberturas nos veículos <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a minimizar a<br />
perturbação nas zonas adjacentes à obra, face ao transporte <strong>de</strong> terras escavadas e outros<br />
materiais residuais da obra;<br />
5. As operações <strong>de</strong> manutenção, como sejam, as reparações mecânicas, mudanças <strong>de</strong><br />
óleo e restantes operações <strong>de</strong> lubrificação; ou aplicação <strong>de</strong> massas, <strong>de</strong>vem ser realizadas<br />
na zona <strong>do</strong>s estaleiros, ou em zonas <strong>de</strong>stinadas para esse efeito, as quais <strong>de</strong>verão estar<br />
convenientemente sinalizadas e equipadas com os sistemas <strong>de</strong> recolha das águas <strong>de</strong><br />
lavagem para posterior tratamento ou envio para local on<strong>de</strong> possam ser tratadas;<br />
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EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
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6. Recomenda-se a manutenção <strong>do</strong>s acessos aos estaleiros em condições <strong>de</strong> limpeza, <strong>de</strong><br />
higiene e em bom esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação;<br />
7. Dever-se-á limitar a extensão das intervenções, nomeadamente a remoção <strong>de</strong> coberto<br />
vegetal, a realizar durante esta fase ao mínimo indispensável para a execução da obra;<br />
8. Todas as operações relativas aos trabalhos <strong>de</strong> limpeza, <strong>de</strong>smatação e movimentação <strong>de</strong><br />
terras, <strong>de</strong>verão ser realizadas no mais curto espaço <strong>de</strong> tempo e, <strong>de</strong> preferência no perío<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> época seca;<br />
9. No final das obras, e após a remoção <strong>do</strong>s estaleiros <strong>de</strong> apoio à obra, as zonas mais<br />
compactadas com as obras, que se localizarem fora das áreas a intervencionar, <strong>de</strong>verão<br />
ser alvo <strong>de</strong> escarificação <strong>do</strong>s terrenos, <strong>de</strong> forma a assegurar, tanto quanto possível, o<br />
restabelecimento das condições naturais <strong>de</strong> infiltração;<br />
10. Os solos férteis, provenientes das operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>capagem, <strong>de</strong>verão ser utiliza<strong>do</strong>s nas<br />
operações <strong>de</strong> revegetação <strong>do</strong>s talu<strong>de</strong>s e restantes operações <strong>de</strong> recuperação e integração<br />
paisagística;<br />
11. Manter uma vigilância apertada à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar fogo ou incêndios;<br />
12. Na recuperação paisagística, utilizar apenas espécies que pertençam à Laurissilva;<br />
13. Como medida compensatória face aos danos causa<strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ramos importante<br />
proce<strong>de</strong>r à erradicação <strong>de</strong> acácias existentes no Rabaçal, próximo <strong>do</strong> local <strong>de</strong> instalação<br />
da estação intermédia.<br />
14. Deverá limitar-se a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> circulação <strong>do</strong>s veículos nos caminhos em terra, uma<br />
vez que a emissão <strong>de</strong> poeiras aumenta com a velocida<strong>de</strong>;<br />
15. Interdição da queima <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a legislação em vigor<br />
sobre a matéria;<br />
16. Devem ser evitadas ao máximo activida<strong>de</strong>s rui<strong>do</strong>sas, sen<strong>do</strong> recomendável que estas<br />
tenham a menor duração possível, <strong>de</strong> forma a minorar o seu impacte sonoro;<br />
17. Relativamente aos veículos <strong>de</strong> acesso à obra, a sua movimentação <strong>de</strong>verá ser<br />
racionalizada, e <strong>de</strong>vem ser evitadas, a to<strong>do</strong> o custo, situações <strong>de</strong><br />
aceleração/<strong>de</strong>saceleração excessivas assim como buzina<strong>de</strong>las <strong>de</strong>snecessárias;<br />
18. Os níveis sonoros nas zonas <strong>de</strong> obra <strong>de</strong>verão cumprir o regime jurídico <strong>de</strong> protecção <strong>do</strong>s<br />
trabalha<strong>do</strong>res contra o ruí<strong>do</strong>;<br />
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EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
Resumo Não Técnico – Tomo 2<br />
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19. Preconiza-se como medida minimiza<strong>do</strong>ra, o acompanhamento arqueológico durante as<br />
fases que impliquem movimentos <strong>de</strong> terra, tais como <strong>de</strong>smatações, escavações,<br />
terraplanagens, <strong>de</strong>pósitos e empréstimos <strong>de</strong> terras e construção <strong>de</strong> estaleiros;<br />
20. Recomenda-se a vedação da zona da Levada das 25 Fontes que possa vir a ser<br />
afectada, quan<strong>do</strong> exequível, <strong>de</strong> forma a limitar o acesso <strong>de</strong> pessoal afecto à obra;<br />
21. Preconiza-se, ainda, a monitorização <strong>do</strong>s canais <strong>de</strong> água da Levada das 25 Fontes, no<br />
início e no fim <strong>de</strong> obra, <strong>de</strong> forma a verificar se as mesmas não sofreram danos na sua<br />
estrutura, assim como a monitorização das Casas <strong>do</strong> Rabaçal e respectiva fonte;<br />
22. Colocar, sempre que necessário, resguar<strong>do</strong>s laterais para protecção contra quedas nos<br />
acessos pe<strong>do</strong>nais localiza<strong>do</strong>s na área afecta a obra;<br />
23. Implementação <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s, já que será difícil a movimentação <strong>de</strong><br />
visitantes e trabalha<strong>do</strong>res afectos à obra em simultâneo.<br />
Fase <strong>de</strong> Exploração<br />
Para esta fase preconizam-se as seguintes medidas:<br />
1. To<strong>do</strong>s os utiliza<strong>do</strong>res <strong>do</strong> teleférico, visitantes das Casas <strong>do</strong> Rabaçal e <strong>do</strong> sítio das 25<br />
Fontes <strong>de</strong>verão ser sensibiliza<strong>do</strong>s (através <strong>de</strong> cartazes, posters ou folhetos) para os<br />
cuida<strong>do</strong>s e as boas práticas que <strong>de</strong>vem a<strong>do</strong>ptar durante a visita <strong>de</strong> forma a não provocar<br />
danos na zona;<br />
2. Deverão ser coloca<strong>do</strong>s vários recipientes para recolha <strong>de</strong> resíduos ao longo <strong>do</strong> percurso<br />
<strong>do</strong> teleférico, <strong>de</strong> forma a neles ser coloca<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o lixo produzi<strong>do</strong>, os quais <strong>de</strong>vem ser<br />
esvazia<strong>do</strong>s com regularida<strong>de</strong> pelo pessoal afecto à manutenção <strong>do</strong> local, evitan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa<br />
forma a poluição <strong>do</strong> meio envolvente;<br />
3. Uma vez que a instalação <strong>do</strong> teleférico permitirá controlar os acessos a esta área,<br />
sugere-se a instalação <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> controlo que possibilitem a gestão <strong>de</strong> entradas e<br />
saídas <strong>de</strong> visitantes, asseguran<strong>do</strong> assim que, a cada momento, o número <strong>de</strong> visitantes nos<br />
caminhos não exceda os valores médios <strong>de</strong> referência <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s;<br />
4. Face ao aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> visitantes espera<strong>do</strong>, a empresa explora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> teleférico<br />
<strong>de</strong>verá manter as áreas <strong>de</strong> Laurissilva envolventes às estações e, eventualmente, ao longo<br />
<strong>do</strong>s trilhos, limpas <strong>de</strong> resíduos, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser implementa<strong>do</strong> um Sistema <strong>de</strong> Gestão<br />
Integra<strong>do</strong> da Qualida<strong>de</strong> e Ambiente com vista à obtenção <strong>de</strong> uma Certificação formal,<br />
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nomeadamente através <strong>do</strong>s sistemas ISO 9001 e ISO 14001. Deste mo<strong>do</strong>, garantir-se-á a<br />
preservação da área em estu<strong>do</strong>, já que esta é uma área protegida <strong>do</strong> parque natural.<br />
Actualmente, a visitação que se verifica é já um factor algo perturba<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista<br />
da qualida<strong>de</strong> ambiental, sen<strong>do</strong> previsível que, na ausência <strong>de</strong> a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> medidas, se<br />
venha a tornar ainda mais acentua<strong>do</strong>;<br />
5. Sugere-se que seja consi<strong>de</strong>rada a implementação <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> tarifas que<br />
favoreça a recolha <strong>de</strong> visitantes <strong>do</strong> final da levada das 25 Fontes por teleférico, em<br />
<strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> uma que favoreça o regresso a pé pela levada, uma vez que <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> se<br />
contribuirá para uma diminuição global <strong>do</strong>s tempos <strong>de</strong> permanência <strong>do</strong>s visitantes nos<br />
percursos;<br />
6. De mo<strong>do</strong> a verificar os efeitos da utilização, <strong>do</strong> espaço, pelos visitantes, sobre as<br />
comunida<strong>de</strong>s animais e vegetais <strong>de</strong>verá ser implementa<strong>do</strong> um Programa <strong>de</strong> Monitorização<br />
<strong>de</strong> Flora e Fauna <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>, que forneça da<strong>do</strong>s concretos sobre os efeitos e as suas<br />
implicações e que permita regular <strong>de</strong> forma correcta o fluxo <strong>de</strong> visitantes;<br />
7. Implementação <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Monitorização que verifique os níveis sonoros<br />
efectivamente resultantes da implementação <strong>do</strong> empreendimento e <strong>de</strong>spolete, em<br />
conformida<strong>de</strong>, os procedimentos regulariza<strong>do</strong>res necessários;<br />
8. Relativamente às áreas on<strong>de</strong> se possa prever a implantação <strong>de</strong> uma cobertura vegetal,<br />
<strong>de</strong>verá ser garantida a preservação da mesma, mediante regas, fertilizações, retanchas e<br />
sementeiras nas zonas mal revestidas, cortes da vegetação, substituição <strong>de</strong> exemplares<br />
em más condições fitossanitárias e, ainda, a recuperação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s que possam<br />
evi<strong>de</strong>nciar sinais <strong>de</strong> erosão. O recurso a herbicidas ou fogos controla<strong>do</strong>s são acções que<br />
<strong>de</strong>verão ser proibidas.<br />
9. Aquan<strong>do</strong> da implantação <strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Informação <strong>Ambiental</strong> sugeri<strong>do</strong> para as Casas<br />
<strong>do</strong> Rabaçal, <strong>de</strong>verá ser disponibilizada informação relevante, focalizada na sensibilização<br />
ambiental e, também, informação acerca <strong>do</strong> concelho da Calheta para divulgação da área<br />
envolvente.<br />
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Após a aturada análise <strong>de</strong> impactes factor a factor e entre os mesmos <strong>de</strong> que foi alvo o<br />
<strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal, verifica-se que é na fase <strong>de</strong> construção que<br />
ocorre o maior número <strong>de</strong> impactes negativos, muito embora estes sejam, na sua maioria,<br />
temporários e reversíveis. Os impactes negativos mais significativos, nesta fase, estão<br />
relaciona<strong>do</strong>s com alterações na morfologia associadas às obras <strong>de</strong> terraplenagem<br />
necessárias para a implantação das estações e com a ocupação/alteração <strong>de</strong> áreas com<br />
coberto vegetal pelos elementos <strong>de</strong> projecto, mais precisamente pela estação C e pelos<br />
postes.<br />
A dimensão diminuta e circunscrita <strong>de</strong>stes impactes negativos, em conjunto com a<br />
capacida<strong>de</strong> efectiva que o projecto <strong>de</strong>monstra em termos <strong>de</strong> maioritariamente os anular ou<br />
reduzir a uma dimensão aceitável ou mesmo <strong>de</strong>sprezível, permite consi<strong>de</strong>rar que se<br />
encontram reunidas condições que garantem a sua viabilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong> ambiental.<br />
Entre as qualida<strong>de</strong>s que lhe conferem este carácter, salientam-se o eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong><br />
integração paisagística <strong>de</strong> que o mesmo foi <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, pela dissimulação das infra-estruturas<br />
que o integram, pelo recurso a materiais adapta<strong>do</strong>s à zona <strong>de</strong> inserção, pelo recurso a<br />
soluções técnicas pouco usuais neste tipo <strong>de</strong> equipamento (como é o caso da substituíção<br />
<strong>do</strong>s cabos <strong>de</strong> comunicações entre estações habitualmente utiliza<strong>do</strong>s por um sistema <strong>de</strong><br />
comunicações especial através <strong>do</strong> cabo carril <strong>do</strong> teleférico como medida excepcional para<br />
diminuir o impacte visual) e a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> sistemas eficientes para o tratamento <strong>do</strong>s esgotos<br />
<strong>do</strong>mésticos e recolha e valorização <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s. Há igualmente que salientar o<br />
extremo cuida<strong>do</strong> na planificação da execução da obra, fase em que, conforme já foi referi<strong>do</strong>,<br />
se verifica a ocorrência da maior parte <strong>do</strong>s impactes negativos significativos neste tipo <strong>de</strong><br />
empreendimentos.<br />
De referir ainda que, a maioria <strong>do</strong>s impactes que não são minimizáveis, apresentam-se<br />
como pouco significativos, <strong>de</strong> carácter pontual, localiza<strong>do</strong> e dimensão reduzida, uma vez<br />
que advêm essencialmente da implantação das pequenas estruturas das estações <strong>do</strong><br />
teleférico.<br />
De sublinhar também, para concluir, que à implementação <strong>do</strong> empreendimento em questão<br />
estão associa<strong>do</strong>s diversos impactes positivos significativos ou muito significativos, entre os<br />
quais se <strong>de</strong>stacam os seguintes:<br />
• maior divulgação e promoção da biodiversida<strong>de</strong> da ilha da Ma<strong>de</strong>ira, em particular da<br />
importância ecológica da Floresta Laurissilva, pela disponibilização <strong>de</strong> informação e<br />
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sensibilização ambiental e pelo contacto directo que o teleférico proporcionará a um<br />
maior número <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>res, e consequentemente da necessida<strong>de</strong> da sua<br />
protecção e valorização;<br />
• maior promoção <strong>do</strong> património etnográfico (Levadas das 25 Fontes e <strong>do</strong> Risco);<br />
• melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s às veredas <strong>do</strong> Risco e 25 Fontes, tornan<strong>do</strong>-as<br />
acessíveis a visitantes <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s e condições físicas;<br />
• controlo da circulação pe<strong>do</strong>nal e ro<strong>do</strong>viária, uma vez que o teleférico constitui um<br />
meio prático <strong>de</strong> controlar os acessos à zona protegida, ao mesmo tempo que permite<br />
um aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga das veredas sem que esse aumento prejudique<br />
a preservação da área em estu<strong>do</strong>;<br />
• melhoria significativa das condições <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong> existentes no percurso e da<br />
segurança <strong>do</strong>s visitantes em caso <strong>de</strong> emergência, uma vez que o teleférico<br />
constituirá um meio eficaz para a sua evacuação.<br />
Desta forma consi<strong>de</strong>ra-se que o presente projecto po<strong>de</strong>rá constituir uma excelente<br />
oportunida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>monstração da compatibilida<strong>de</strong> entre conservação da natureza e o seu<br />
uso sustentável.<br />
Lisboa, Fevereiro <strong>de</strong> 2008<br />
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EIA <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Execução <strong>do</strong> Teleférico <strong>do</strong> Rabaçal<br />
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