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. entrevista<br />

PORTO sempre<br />

007 005<br />

Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />

“No fim deste século, 90% das fontes energéticas serão renováveis”<br />

Perante o quadro de Portugal<br />

ser um país periférico e<br />

altamente dependente <strong>do</strong> ponto<br />

de vista energético<br />

(importamos cerca de 85% da<br />

energia que consumimos), o Sr.<br />

Professor afirmou um dia que<br />

“temos de colocar o <strong>Porto</strong> mais<br />

perto <strong>do</strong> Sol e voltar a ser<br />

líderes das cidades com<br />

energias renováveis”...<br />

O Sol é a solução energética <strong>do</strong><br />

futuro. No fim deste século, 90%<br />

das fontes energéticas serão<br />

renováveis. Todas vêm <strong>do</strong> Sol mas,<br />

em particular, será o solar<br />

fotovoltaico e o solar térmico que<br />

terão a maior fatia. Daí que, ao<br />

pensar numa cidade sustentável,<br />

se imagine uma cidade que saia<br />

da sombra da cultura <strong>do</strong> petróleo,<br />

aquela que nos trouxe ao Mun<strong>do</strong><br />

de hoje, e se abra sobre um Novo<br />

Mun<strong>do</strong> de sustentabilidade.<br />

Ainda está convenci<strong>do</strong> de que os<br />

portugueses, de uma forma geral,<br />

gastam electricidade de mo<strong>do</strong><br />

irresponsável, não perceben<strong>do</strong><br />

que é possível poupar sem perder<br />

conforto<br />

Certamente que gastam. Mas a<br />

questão da não eficiência no uso<br />

da energia, eléctrica em particular,<br />

não é, em primeiro lugar, da<br />

responsabilidade <strong>do</strong>s cidadãos. São<br />

necessárias políticas ajustadas,<br />

acções voluntaristas de informação,<br />

campanhas como a que ocorreu<br />

recentemente quanto às lâmpadas<br />

e, sobretu<strong>do</strong>, uma política de preços<br />

da energia verdadeiros.<br />

“Ao pensar-se numa<br />

cidade sustentável,<br />

imagina-se uma<br />

cidade que saia da<br />

sombra da cultura<br />

<strong>do</strong> petróleo”<br />

Como vê o propósito de a CMP instalar, até 2011,<br />

cerca de 5000 m 2 de painéis solares térmicos<br />

nos bairros sociais, e criar um Observatório para<br />

monitorizar o desempenho <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>,<br />

asseguran<strong>do</strong> a gestão <strong>do</strong>s recursos energéticos<br />

na perspectiva de contribuir para alcançar os<br />

objectivos de promoção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como cidade<br />

sustentável<br />

São medidas significativas, que se inscrevem na<br />

estratégia atrás descrita. Os 5000 m 2 representam<br />

um sinal forte da<strong>do</strong> à cidade da necessidade de<br />

introduzir os painéis solares, com a particularidade<br />

de que esta acção se dirige à melhoria da qualidade<br />

de vida das populações menos favorecidas. Por sua<br />

vez, o Observatório é um instrumento essencial<br />

para seguir a melhoria <strong>do</strong> parque construí<strong>do</strong>, novo<br />

e reabilita<strong>do</strong>, apelan<strong>do</strong> ao brio e competência <strong>do</strong>s<br />

projectistas e também à responsabilidade <strong>do</strong>s<br />

promotores e disponibilizan<strong>do</strong> à Câmara um meio<br />

de afinar políticas de urbanismo e de qualidade<br />

energético-ambiental <strong>do</strong> seu parque edifica<strong>do</strong>.<br />

“Perante a subida <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s combustíveis, é bom lembrar a qualidade<br />

<strong>do</strong>s investimentos no Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”<br />

A abertura das linhas <strong>do</strong> Metro<br />

e a utilização de gás natural em<br />

cerca de 50% da frota da STCP<br />

são, também, iniciativas a<br />

destacar…<br />

Essas são medidas cujos<br />

resulta<strong>do</strong>s devem ser<br />

destaca<strong>do</strong>s, em particular<br />

pela Agência. A STCP pode<br />

orgulhar-se <strong>do</strong> perfil<br />

energético-ambiental da<br />

sua frota. E, por sua<br />

vez, quanto ao Metro, é de<br />

sublinhar o impacto significativo<br />

que teve na redução <strong>do</strong>s<br />

combustíveis vendi<strong>do</strong>s na cidade<br />

e, certamente, também na Área<br />

Metropolitana (AM). E, para além<br />

de outras razões, é bom,<br />

particularmente nesta altura de<br />

subida vertiginosa <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s<br />

combustíveis, fazer notar a quem<br />

de direito que os investimentos no<br />

Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> estão a resultar de<br />

forma significativa, melhoran<strong>do</strong> a qualidade de vida<br />

na AM e alivian<strong>do</strong> significativamente a cidade e a<br />

AM da poluição <strong>do</strong>s combustíveis, bem como da<br />

afluência <strong>do</strong> transporte individual ao centro urbano.<br />

“Afigura-se, como estratégia<br />

imediata, a promoção da<br />

substituição da electricidade, para<br />

usos de calor, por gás natural.”

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