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. primeiro plano
PORTO sempre
009
Intervenção na defesa ambiental e na qualidade da água das praias
da cidade começa a dar os primeiros frutos
Homem do Leme com bandeira azul
responsável técnico, havia que
tirar partido, a curto prazo, das
infra-estruturas pré-existentes
ao nível das águas pluviais,
rede de saneamento e ETAR.
Tornava-se, pois, urgente
acabar com a situação
escandalosa que consistia no
facto de a segunda cidade do
país possuir todas as suas praias
interditas e impróprias, do
ponto de vista balnear.
patamar: a conquista da Bandeira Azul numa
praia – a do Homem do Leme – que o responsável
autárquico pelo Ambiente, Álvaro Castello-
-Branco, assinalou como «uma conquista
extraordinariamente importante para a cidade»
e que legitima expectativas positivas para o
futuro.
Pela primeira vez na sua
história, a cidade do Porto
terá, este Verão, uma praia
assinalada com Bandeira
Azul, uma cor que, no
domínio em apreço,
também pode ser de
esperança num futuro
ambiental muito mais
limpo e socialmente mais
inclusivo. O que, desde há
muito, parecia algo de
inalcançável é hoje uma
realidade tangível, fruto
de trabalho, competência
e saber.
A obtenção deste galardão de
qualidade foi o corolário do
processo iniciado com a criação,
em Outubro de 2006, da
Empresa Municipal Águas do
Porto, sucedânea dos
entretanto extintos SMAS.
Como explica Joaquim Poças
Martins, a alma mater da
empresa e o seu principal
Ligações à rede de
saneamento – o passo
decisivo
A ligação das habitações,
situadas na orla marítima, à
rede de saneamento foi o passo
determinante para que a
situação começasse a dar os
primeiros resultados positivos.
A solução, que, afinal, não
passava de um mero segredo
de Polichinelo, não tardou a
desenhar-se. Construíram-se
intercepções de águas pluviais
poluídas e criaram-se condições
para que as mesmas fossem
desviadas para a ETAR de
Sobreiras.
Para o Vereador do
Ambiente, “a obtenção
da primeira Bandeira
Azul foi uma conquista
extraordinariamente
importante para a
cidade”
Perante os indicadores
apurados, o Instituto Nacional
da Água certificou oficialmente
as praias do Porto como zonas
balneares.
Alcançado este objectivo – com
base nos resultados do Verão
passado – a fasquia foi, de
imediato, elevada para outro
Um apelo ao brio e civismo dos
portuenses
A Bandeira Azul foi muito difícil
de conseguir, mas é
extremamente fácil de perder
Às mais-valias decorrentes da atribuição deste
galardão, quer na óptica da saúde pública, quer
do ponto de vista ambiental, económico e social,
Poças Martins acrescenta um outro, cuja
subjectividade não lhe retira importância, antes
pelo contrário: a devolução da auto-estima e do
orgulho a uma cidade cuja população era obrigada
a “emigrar” apenas para poder fazer um pouco de
praia em segurança e sem pôr em risco a sua
saúde.
Todavia, consciente da precariedade desta
“conquista”, Joaquim Poças Martins deixa o alerta:
“É preciso que todos os portuenses reconheçam
a importância do que agora foi conseguido e que
colaborem no sentido de ajudar a manter a Bandeira
Azul nesta ou noutras praias da cidade. Trata-se
de uma marca de qualidade que foi muito difícil
conseguir, mas que é extremamente fácil de perder,
se não houver – repito – a colaboração de todos”.