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. editorial<br />
Uma conquista <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
PORTO sempre<br />
003<br />
To<strong>do</strong>s sabemos que a reabilitação <strong>do</strong>s Bairros Sociais, a requalificação da Baixa portuense e a mobilidade<br />
são os três principais problemas que identificamos na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Por isso, coerentemente, a maior<br />
parte <strong>do</strong> nosso esforço tem si<strong>do</strong> para aí canalizada.<br />
Mas tal não quer dizer que a Câmara só faça isso. Uma vez conseguida a maioria absoluta nas eleições de<br />
2005, ficamos com obrigações acrescidas. Ficamos com a responsabilidade de fazer mais e melhor, também<br />
nas outras áreas.<br />
É pois esse o esforço que tem si<strong>do</strong> feito. Daí, por exemplo, a batalha pela recuperação <strong>do</strong> Bolhão, a<br />
modernização <strong>do</strong> Pavilhão Rosa Mota, a chamada <strong>do</strong> público ao Rivoli, a requalificação da Praça de Lisboa<br />
junto aos Leões, a renovação <strong>do</strong> Ferreira Borges, a aposta no Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso. Em perío<strong>do</strong> de<br />
queda da economia, é isto que uma autarquia pode e deve fazer para reestruturar o seu teci<strong>do</strong> económico<br />
e aproveitar o forte potencial turístico que o <strong>Porto</strong> tem.<br />
É pois nesta lógica que conseguimos uma vitória que muito nos deve alegrar. Durante anos as nossas praias<br />
foram uma vergonha que muitos julgavam irrecuperável. A tarefa era muito difícil e, por isso, eu próprio<br />
resolvi nada prometer de concreto a esse respeito. Mas não deixamos de trabalhar para melhorar as nossas<br />
praias e tentar fazer uma surpresa à cidade. Trabalhamos e conseguimos. Todas as praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> estão<br />
com a água em condições de receber os banhistas e uma delas conseguiu mesmo uma Bandeira Azul.<br />
Compreenderão que, como Presidente da Câmara, eu sinta um enorme orgulho no que conseguimos. Esta<br />
primeira Bandeira Azul é, seguramente, o melhor incentivo para continuarmos a trabalhar na melhoria da<br />
nossa costa. Uma costa que é inegavelmente um património em que temos de continuar a apostar.<br />
Um abraço <strong>do</strong><br />
Esta primeira Bandeira Azul é,<br />
seguramente, o melhor incentivo<br />
para continuarmos a trabalhar<br />
na melhoria da nossa costa.
PORTO sempre<br />
004<br />
. sumário<br />
003 Editorial<br />
Uma conquista <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
024<br />
O que há de novo<br />
A Baixa começa a mexer<br />
049<br />
Rua<br />
Avenida de Montevideu<br />
005<br />
Entrevista<br />
Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira<br />
Fernandes<br />
027<br />
O que há de novo<br />
Rua Miguel Bombarda requalificada<br />
050<br />
Portuenses Ilustres<br />
António Lobão Vital<br />
009<br />
Primeiro Plano<br />
Homem <strong>do</strong> Leme com bandeira azul<br />
039<br />
Desporto<br />
<strong>Porto</strong> a caminho de Pequim<br />
051<br />
Postal Ilustra<strong>do</strong><br />
012<br />
Primeiro Plano<br />
Ambiente com «boa onda» nas praias<br />
portuenses<br />
040<br />
Clube<br />
Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
052<br />
Passadeira<br />
013<br />
Comunicação Social<br />
“New Media” ameaça imprensa<br />
clássica<br />
042<br />
Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />
<strong>Porto</strong> Cívico: Brigadas na rua, cidade<br />
em acção<br />
054<br />
Sala de Visitas<br />
014<br />
019<br />
Em Foco<br />
Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Em Foco<br />
<strong>Porto</strong>, uma cidade sustentável<br />
044<br />
047<br />
Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Uma estrutura intermunicipal para<br />
concertar estratégias<br />
Ciência<br />
“Nó<strong>do</strong>as na Alma”<br />
056<br />
058<br />
Jogo Crescer a Brincar<br />
Brinca n’Areia<br />
<strong>Porto</strong> de A a Z<br />
Álvaro Parente<br />
048<br />
Momentos Históricos<br />
O Cerco <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Ficha Técnica<br />
<strong>Porto</strong> Sempre nº19<br />
Julho 2008<br />
Direcção<br />
Rui Rio<br />
Coordenação Editorial<br />
Florbela Guedes<br />
Coordenação Redactorial<br />
Gabinete de Comunicação e<br />
Imagem da Câmara <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Redacção<br />
Aníbal Sacramento<br />
Florbela Guedes<br />
Hugo Silva<br />
José Luís Dias<br />
Paulo Neves<br />
Sara Parente<br />
Susana Tavares<br />
Fotografia<br />
Rui de Meireles<br />
Fotografia da capa<br />
Rui de Meireles<br />
Edição e Propriedade<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Praça General Humberto<br />
Delga<strong>do</strong><br />
4049-001 <strong>Porto</strong><br />
imprensa@cm-porto.pt<br />
www.cm-porto.pt<br />
Design e Composição<br />
Gráfica<br />
B+ Comunicação<br />
Impressão<br />
Heska - Indústria Tipográfica<br />
S.A.<br />
Publicidade<br />
Gabinete de Comunicação e<br />
Imagem da Câmara <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Depósito Legal<br />
198544/03<br />
Tiragem<br />
150.000 Exemplares<br />
Periodicidade<br />
Trimestral
. entrevista<br />
005<br />
Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />
Presidente da Agência de Energia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (AdE<strong>Porto</strong>)<br />
PORTO sempre<br />
“O Sol é a solução energética <strong>do</strong> futuro”<br />
Por mero acaso, esta conversa<br />
decorre justamente no Dia<br />
Mundial <strong>do</strong> Ambiente, o que<br />
constitui um excelente mote para<br />
lhe pedir um diagnóstico sucinto<br />
sobre o actual esta<strong>do</strong> da cidade,<br />
nesse <strong>do</strong>mínio específico. Ou<br />
seja, como é que está (como é)<br />
o ambiente no <strong>Porto</strong><br />
A resposta, em termos rigorosos,<br />
não deve ser simplista. Poderei<br />
dizer que há boas perspectivas em<br />
termos <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res habituais<br />
(resíduos urbanos, água, energia,<br />
qualidade <strong>do</strong> ar ambiente, ruí<strong>do</strong>,<br />
espaços verdes), mas deveremos<br />
esperar, para que possa responder<br />
com mais propriedade, até que seja<br />
elaborada a proposta de Estratégia<br />
para a Sustentabilidade da cidade,<br />
a qual se encontra presentemente<br />
em preparação e será entregue à<br />
Câmara pela Agência de Energia,<br />
no fim deste ano de 2008.<br />
A AdE<strong>Porto</strong> nasceu em Março de<br />
2007 por iniciativa da CMP. De<br />
um mo<strong>do</strong> sintético e em termos<br />
facilmente compreensíveis pelo<br />
comum <strong>do</strong>s portuenses, o que é<br />
e para que serve, no concreto,<br />
esta Agência de que o Sr.<br />
Professor é presidente<br />
Se atentarmos na resposta à<br />
pergunta anterior, saberemos<br />
identificar aí alguns actores das<br />
políticas de gestão <strong>do</strong>s resíduos<br />
(Lipor), da água (Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>),<br />
etc. A Agência de Energia será mais<br />
um desses actores, que nasceu para<br />
responder ao desafio que, também<br />
na abordagem da questão<br />
energética, se coloca hoje às<br />
autarquias, já que a energia é um<br />
recurso essencial ao progresso e<br />
ao bem-estar das comunidades.<br />
Todavia, também tem fortes<br />
repercussões negativas no<br />
ambiente, nomeadamente na<br />
poluição <strong>do</strong> ar e –<br />
soubemo-lo ainda há<br />
pouco tempo – no<br />
aquecimento<br />
global <strong>do</strong><br />
planeta, que<br />
nos vai trazer<br />
as alterações<br />
climáticas.<br />
Então, a<br />
AdE<strong>Porto</strong> é<br />
uma entidade<br />
especializada de<br />
apoio à boa<br />
gestão da energia<br />
no Município <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, através<br />
<strong>do</strong> envolvimento da Câmara, mas também <strong>do</strong>s principais<br />
actores, no âmbito das políticas públicas (águas,<br />
transportes, resíduos, património edifica<strong>do</strong> público,<br />
habitação social, entidades <strong>do</strong> desporto e <strong>do</strong> lazer,<br />
etc.) e das empresas da área da energia (electricidade,<br />
gás, combustíveis) e <strong>do</strong>s cidadãos em geral, através<br />
das associações mais diversas. E contará, certamente,<br />
com o contributo especializa<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema científico<br />
da Universidade.<br />
Em que medida é que pode contribuir para a<br />
melhoria da qualidade de vida das pessoas Por<br />
outras palavras: que mais-valia representa a criação<br />
deste organismo para a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Vai permitir à CMP dispor de uma entidade<br />
especializada, que lhe dê suporte às medidas, que,<br />
em termos de políticas, identificou para o futuro:<br />
uma cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ambientalmente exemplar<br />
também no que respeita à energia, o que significa<br />
uma cidade causa<strong>do</strong>ra de menos poluição, em particular<br />
com menos emissões de CO2 (dióxi<strong>do</strong> de carbono)<br />
per capita. Numa frase, vai contribuir, de forma muito<br />
especial, para que o <strong>Porto</strong> possa, de facto, vir a<br />
corresponder ao compromisso que se prepara para<br />
assumir, solenemente, no contexto europeu: ser uma<br />
cidade sustentável.<br />
Energia e Ambiente são duas vertentes<br />
indissociáveis <strong>do</strong>s padrões da qualidade de vida<br />
urbana. No caso da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, como tem<br />
si<strong>do</strong> possível “casar” estes <strong>do</strong>is aspectos, no âmbito<br />
da esfera de competências da AdE<strong>Porto</strong><br />
A energia é um recurso essencial que vem toda (!)<br />
ela <strong>do</strong> ambiente. Só que há formas de energia, como<br />
é o caso <strong>do</strong>s combustíveis fósseis, que ainda<br />
representam a grande fatia da energia que usamos,<br />
como são os combustíveis líqui<strong>do</strong>s e gasosos para os<br />
transportes, para a indústria, em nossas casas (gás<br />
butano ou gás natural) e para a produção de mais de<br />
60% da electricidade <strong>do</strong> nosso país. Ora, daqui ressalta<br />
clara a ligação das políticas energéticas com o<br />
ambiente, quer o ambiente na cidade propriamente<br />
dita, quer o ambiente global de que, em última análise,<br />
a cidade e os seus cidadãos são responsáveis, através<br />
<strong>do</strong> CO2 que se produz localmente e que<br />
tem um impacte global, ao nível <strong>do</strong><br />
planeta. Por isso, a ONU criou o<br />
slogan: “pensar globalmente quan<strong>do</strong><br />
agir localmente”. Creio ser esse o<br />
entendimento da Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e, claro,<br />
da AdE<strong>Porto</strong>.
PORTO sempre<br />
006<br />
. entrevista<br />
“Há que reduzir os usos de combustíveis fósseis na cidade”<br />
Em Março último, foi formalmente<br />
apresentada a Matriz Energética<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A que conclusões<br />
chegou esse <strong>do</strong>cumento e que<br />
principais medidas preconiza,<br />
com vista a fazer <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> uma<br />
cidade sustentável, em<br />
consonância com os valores e o<br />
méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> conceito da Agenda<br />
21 Local<br />
Antes de mais, a Matriz permitiu o<br />
diagnóstico da situação da energia<br />
no <strong>Porto</strong>, condição necessária para<br />
a definição de uma estratégia<br />
adequada. Ora, esse diagnóstico<br />
mostra-nos que, em primeiro lugar,<br />
o peso da história – enquanto<br />
cidade “toda eléctrica” que foi<br />
durante cerca de 40 anos – ainda<br />
é muito visível no <strong>Porto</strong>. Os maiores<br />
consumos são de electricidade. O<br />
gás natural e os gases mais<br />
tradicionais, propano e butano,<br />
apresentam uma muito baixa<br />
penetração. Por outro la<strong>do</strong>, em<br />
termos de sectores, ao contrário <strong>do</strong><br />
que é comum veicular, o sector que<br />
usa mais recursos energéticos no<br />
<strong>Porto</strong> é o <strong>do</strong>s edifícios e não o <strong>do</strong>s<br />
transportes. Para isso contribui o<br />
facto de a electricidade ser, em<br />
mais de 60%, de origem fóssil e<br />
chegar aos utiliza<strong>do</strong>res com uma<br />
eficiência algures entre 30 e 40%.<br />
Como dizia alguém com alguma<br />
ironia, a electricidade não se produz<br />
no supermerca<strong>do</strong>, isto é, neste caso,<br />
na rede eléctrica. Antes de chegar<br />
ao quadro eléctrico em nossas casas,<br />
a electricidade já foi queda de água<br />
ou vento, mas, também, gás natural<br />
e até carvão, que se queimam para<br />
gerar a electricidade. Ora, estes<br />
processos de queima implicam<br />
muitas perdas de energia, em alguns<br />
casos, de mais de 65%. Isto faz<br />
com que um chá feito em nossas<br />
casas, com electricidade, emita o<br />
<strong>do</strong>bro <strong>do</strong> CO2 <strong>do</strong> que se for feito<br />
com gás natural.<br />
Portanto, qual o principal<br />
objectivo a ter em conta<br />
O diagnóstico conduz, de imediato<br />
e claramente, a um objectivo:<br />
reduzir os usos de combustíveis<br />
fósseis na cidade, porque só assim,<br />
pela emissão de menos CO2 per<br />
capita, se pode ambicionar a ter<br />
um <strong>Porto</strong> sustentável. Tu<strong>do</strong><br />
pondera<strong>do</strong>, aquele objectivo deu<br />
origem a uma meta: reduzir as<br />
emissões de CO2 per capita <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
em cerca de 30% para um valor na<br />
casa das 3,5 toneladas de CO2 per<br />
capita, por ano.<br />
“A meta é reduzir as<br />
emissões de CO2 per<br />
capita <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> em<br />
cerca de 30% para<br />
um valor na casa das<br />
3,5 toneladas de CO2<br />
per capita, por ano.”<br />
Para alcançar uma tal meta, que<br />
medidas concomitantes serão<br />
necessárias<br />
Em primeiro lugar, promover a<br />
eficiência energética por duas vias,<br />
a saber: a) seleccionan<strong>do</strong> as formas<br />
de energia mais adequadas para um<br />
determina<strong>do</strong> serviço (veja-se o<br />
exemplo <strong>do</strong> chá acima referi<strong>do</strong>); a<br />
isso chama-se a gestão da procura,<br />
que resulta de uma atitude<br />
informada que não se deixa<br />
embarcar em consumismos<br />
desloca<strong>do</strong>s e que tem um maior<br />
respeito pela energia como se vai<br />
já, felizmente, sentin<strong>do</strong> que existe<br />
em relação à água, por exemplo; e<br />
b) usan<strong>do</strong> tecnologias e processos<br />
eficientes, como é o caso <strong>do</strong>s<br />
frigoríficos ou das lâmpadas, ou <strong>do</strong><br />
uso <strong>do</strong>s transportes colectivos,<br />
quan<strong>do</strong> exista uma verdadeira<br />
alternativa de serviço. Dessa forma,<br />
reduzem-se as necessidades de<br />
energia sem que haja redução das<br />
prestações. No que respeita aos<br />
edifícios, as questões da eficiência<br />
energética devem ser tidas em<br />
consideração logo no projecto e na<br />
construção, em ligação com a<br />
regulamentação recente (DL 78,<br />
79 e 80 de 2006), e permitem<br />
ir mais além na via da<br />
sustentabilidade.<br />
Isso, em primeiro lugar… e em segun<strong>do</strong><br />
Em segun<strong>do</strong> lugar, promover a penetração das energias<br />
renováveis. Os objectivos de reduzir os combustíveis<br />
fósseis impõem, desde logo, a penetração da água<br />
quente solar, já que a água quente sanitária é um<br />
<strong>do</strong>s principais usos de energia pelas famílias.<br />
E qual será a estratégia imediata<br />
As acções de promoção das energias renováveis e de<br />
eficiência energética no projecto e construção de<br />
edifícios têm, porém, um tempo de resposta alarga<strong>do</strong>,<br />
em números significativos, pelo grau de inovação em<br />
relação às práticas correntes e pela necessidade de<br />
envolver um amplo espectro de cidadãos, desde<br />
profissionais aos promotores e gestores da coisa<br />
pública. Por isso, afigura-se, como estratégia imediata,<br />
a promoção da substituição da electricidade, para<br />
usos de calor, por gás natural, como o combustível<br />
fóssil de transição de menor impacte ambiental e<br />
particularmente adapta<strong>do</strong> a assegurar uma das vias<br />
na direcção de um <strong>Porto</strong> sustentável.<br />
“A AdE<strong>Porto</strong> vai contribuir<br />
para que o <strong>Porto</strong> possa vir a<br />
corresponder ao<br />
compromisso que<br />
se prepara para<br />
assumir,<br />
solenemente, no<br />
contexto<br />
europeu: ser<br />
uma cidade<br />
sustentável.”
. entrevista<br />
PORTO sempre<br />
007 005<br />
Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />
“No fim deste século, 90% das fontes energéticas serão renováveis”<br />
Perante o quadro de Portugal<br />
ser um país periférico e<br />
altamente dependente <strong>do</strong> ponto<br />
de vista energético<br />
(importamos cerca de 85% da<br />
energia que consumimos), o Sr.<br />
Professor afirmou um dia que<br />
“temos de colocar o <strong>Porto</strong> mais<br />
perto <strong>do</strong> Sol e voltar a ser<br />
líderes das cidades com<br />
energias renováveis”...<br />
O Sol é a solução energética <strong>do</strong><br />
futuro. No fim deste século, 90%<br />
das fontes energéticas serão<br />
renováveis. Todas vêm <strong>do</strong> Sol mas,<br />
em particular, será o solar<br />
fotovoltaico e o solar térmico que<br />
terão a maior fatia. Daí que, ao<br />
pensar numa cidade sustentável,<br />
se imagine uma cidade que saia<br />
da sombra da cultura <strong>do</strong> petróleo,<br />
aquela que nos trouxe ao Mun<strong>do</strong><br />
de hoje, e se abra sobre um Novo<br />
Mun<strong>do</strong> de sustentabilidade.<br />
Ainda está convenci<strong>do</strong> de que os<br />
portugueses, de uma forma geral,<br />
gastam electricidade de mo<strong>do</strong><br />
irresponsável, não perceben<strong>do</strong><br />
que é possível poupar sem perder<br />
conforto<br />
Certamente que gastam. Mas a<br />
questão da não eficiência no uso<br />
da energia, eléctrica em particular,<br />
não é, em primeiro lugar, da<br />
responsabilidade <strong>do</strong>s cidadãos. São<br />
necessárias políticas ajustadas,<br />
acções voluntaristas de informação,<br />
campanhas como a que ocorreu<br />
recentemente quanto às lâmpadas<br />
e, sobretu<strong>do</strong>, uma política de preços<br />
da energia verdadeiros.<br />
“Ao pensar-se numa<br />
cidade sustentável,<br />
imagina-se uma<br />
cidade que saia da<br />
sombra da cultura<br />
<strong>do</strong> petróleo”<br />
Como vê o propósito de a CMP instalar, até 2011,<br />
cerca de 5000 m 2 de painéis solares térmicos<br />
nos bairros sociais, e criar um Observatório para<br />
monitorizar o desempenho <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>,<br />
asseguran<strong>do</strong> a gestão <strong>do</strong>s recursos energéticos<br />
na perspectiva de contribuir para alcançar os<br />
objectivos de promoção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como cidade<br />
sustentável<br />
São medidas significativas, que se inscrevem na<br />
estratégia atrás descrita. Os 5000 m 2 representam<br />
um sinal forte da<strong>do</strong> à cidade da necessidade de<br />
introduzir os painéis solares, com a particularidade<br />
de que esta acção se dirige à melhoria da qualidade<br />
de vida das populações menos favorecidas. Por sua<br />
vez, o Observatório é um instrumento essencial<br />
para seguir a melhoria <strong>do</strong> parque construí<strong>do</strong>, novo<br />
e reabilita<strong>do</strong>, apelan<strong>do</strong> ao brio e competência <strong>do</strong>s<br />
projectistas e também à responsabilidade <strong>do</strong>s<br />
promotores e disponibilizan<strong>do</strong> à Câmara um meio<br />
de afinar políticas de urbanismo e de qualidade<br />
energético-ambiental <strong>do</strong> seu parque edifica<strong>do</strong>.<br />
“Perante a subida <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s combustíveis, é bom lembrar a qualidade<br />
<strong>do</strong>s investimentos no Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”<br />
A abertura das linhas <strong>do</strong> Metro<br />
e a utilização de gás natural em<br />
cerca de 50% da frota da STCP<br />
são, também, iniciativas a<br />
destacar…<br />
Essas são medidas cujos<br />
resulta<strong>do</strong>s devem ser<br />
destaca<strong>do</strong>s, em particular<br />
pela Agência. A STCP pode<br />
orgulhar-se <strong>do</strong> perfil<br />
energético-ambiental da<br />
sua frota. E, por sua<br />
vez, quanto ao Metro, é de<br />
sublinhar o impacto significativo<br />
que teve na redução <strong>do</strong>s<br />
combustíveis vendi<strong>do</strong>s na cidade<br />
e, certamente, também na Área<br />
Metropolitana (AM). E, para além<br />
de outras razões, é bom,<br />
particularmente nesta altura de<br />
subida vertiginosa <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s<br />
combustíveis, fazer notar a quem<br />
de direito que os investimentos no<br />
Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> estão a resultar de<br />
forma significativa, melhoran<strong>do</strong> a qualidade de vida<br />
na AM e alivian<strong>do</strong> significativamente a cidade e a<br />
AM da poluição <strong>do</strong>s combustíveis, bem como da<br />
afluência <strong>do</strong> transporte individual ao centro urbano.<br />
“Afigura-se, como estratégia<br />
imediata, a promoção da<br />
substituição da electricidade, para<br />
usos de calor, por gás natural.”
PORTO sempre<br />
008<br />
. entrevista<br />
“Estratégia para a sustentabilidade aponta<br />
para uma cidade melhor”<br />
Em finais de 2007, foi assina<strong>do</strong><br />
o Protocolo para a conclusão <strong>do</strong><br />
processo da Agenda 21 Local,<br />
com o objectivo de definir uma<br />
Estratégia de Sustentabilidade<br />
para o <strong>Porto</strong>, iniciativa em que a<br />
CMP é pioneira no país e a quarta<br />
a nível mundial. Que <strong>do</strong>cumento<br />
ambiental é esse Para que<br />
opções aponta<br />
O que se anuncia agora é a<br />
publicação <strong>do</strong> relatório de<br />
sustentabilidade da CMP, enquanto<br />
organização, para o ano de 2007,<br />
a exemplo <strong>do</strong> que começa a ser<br />
corrente para as grandes empresas,<br />
pon<strong>do</strong> em destaque os aspectos<br />
mais salientes da sua acção interna<br />
e externa na via da<br />
sustentabilidade. O protocolo<br />
assina<strong>do</strong> entre a CMP e a Agência<br />
de Energia visa a elaboração, já<br />
referida, de uma proposta de<br />
Estratégia de Sustentabilidade para<br />
a cidade, que será um <strong>do</strong>cumento<br />
fundamenta<strong>do</strong>, o qual, à luz <strong>do</strong><br />
esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> conhecimento e das<br />
melhores práticas, apontará as<br />
linhas directrizes da actuação da<br />
CMP para a criação de uma cidade<br />
com melhor ambiente, melhor<br />
qualidade de vida e, numa palavra,<br />
mais sustentável.<br />
“Nuclear em Portugal - não, obriga<strong>do</strong>”<br />
Embora não fazen<strong>do</strong> parte, neste<br />
momento, da agenda política <strong>do</strong><br />
Governo, a discussão em torno da<br />
opção entre o sim e o não ao<br />
Nuclear não está morta. O que<br />
pensa sobre o assunto Mantém<br />
que “a questão da energia nuclear,<br />
em Portugal, é uma ane<strong>do</strong>ta”<br />
Ane<strong>do</strong>ta no senti<strong>do</strong> de “coisa<br />
episódica”, já que está longe de fazer<br />
rir. É um assunto muito sério e não<br />
apenas pela sua não sustentabilidade<br />
ambiental. O que temos é de encarar<br />
soluções de futuro e dura<strong>do</strong>uras. Nos<br />
países maiores, pode haver<br />
necessidade, aliada à capacidade<br />
financeira e à dimensão de sistema<br />
e espaço<br />
territorial, para instalar centrais<br />
nucleares. Por outro la<strong>do</strong>, há países<br />
pequenos, como a Bélgica ou a Suíça,<br />
que estão no cruzamento das grandes<br />
redes eléctricas e aí também pode<br />
fazer senti<strong>do</strong> instalar centrais<br />
nucleares. Mas em Portugal, país<br />
pequeno, duas vezes periférico em<br />
relação à Europa e à Península, com<br />
um território frágil e varia<strong>do</strong>, isto é,<br />
ambientalmente sensível e onde o<br />
consumo da electricidade não deve<br />
continuar a crescer como até aqui,<br />
por força de um uso mais criterioso<br />
e racional e de mecanismos crescentes<br />
de eficiência energética, instalar uma<br />
unidade nuclear das dimensões<br />
comerciais habituais colocaria<br />
problemas sérios de gestão <strong>do</strong> sistema<br />
eléctrico em caso de avarias na<br />
central, aliás, bastante comuns.<br />
Portugal não é, de to<strong>do</strong>, um país<br />
adequa<strong>do</strong> à utilização <strong>do</strong> nuclear.<br />
<br />
. perfil Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />
A sustentável leveza <strong>do</strong> futuro<br />
Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes é, desde Março <strong>do</strong><br />
ano passa<strong>do</strong>, Presidente <strong>do</strong> C.A. da Agência de<br />
Energia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Ade<strong>Porto</strong>), entidade à qual<br />
atribuiu o papel de contribuir para que, num<br />
futuro que não se pretende longínquo, a cidade<br />
se torne sustentável, <strong>do</strong> ponto de vista energético.<br />
O seu vastíssimo currículo universitário e<br />
académico, mas também técnico e profissional,<br />
fazem dele uma das vozes mais ouvidas e<br />
respeitadas nos <strong>do</strong>mínios da Energia, Ambiente<br />
e Climatização, áreas às quais dedicou os seus 40<br />
anos como <strong>do</strong>cente universitário e, em breve, 30<br />
como catedrático da FEUP (Departamento de<br />
Engenharia Mecânica).<br />
Foi Secretário de Esta<strong>do</strong> por duas vezes - a primeira<br />
da pasta <strong>do</strong> Ambiente (1984-85) e, mais tarde,<br />
Adjunto <strong>do</strong> Ministro da Economia (2001-2002), com<br />
a responsabilidade pela energia. Além de ter si<strong>do</strong><br />
Presidente <strong>do</strong> Conselho Científico da FEUP e Vice-<br />
Reitor da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ocupa actualmente<br />
a presidência <strong>do</strong> Conselho Geral da Associação<br />
Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) e da<br />
Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Energia<br />
Solar (SPES). É também membro <strong>do</strong> Conselho Director<br />
da Cogen, da Direcção <strong>do</strong> Forum Portucalense e <strong>do</strong><br />
Centro Nacional de Cultura.<br />
Para este prestigia<strong>do</strong> especialista, para quem a<br />
actividade de professor universitário, enquanto<br />
guia de meto<strong>do</strong>logias, visa criar espaço para que<br />
outras pessoas acedam, igualmente, ao<br />
Conhecimento, a solução energética <strong>do</strong> futuro<br />
chama-se SOL, <strong>do</strong> qual - reclama - o <strong>Porto</strong> precisa<br />
de se aproximar. Garante que, no final deste século,<br />
90% das fontes energéticas serão renováveis e,<br />
quanto ao nuclear, afirma (e explica) não ser uma<br />
opção para Portugal.
. primeiro plano<br />
PORTO sempre<br />
009<br />
Intervenção na defesa ambiental e na qualidade da água das praias<br />
da cidade começa a dar os primeiros frutos<br />
Homem <strong>do</strong> Leme com bandeira azul<br />
responsável técnico, havia que<br />
tirar parti<strong>do</strong>, a curto prazo, das<br />
infra-estruturas pré-existentes<br />
ao nível das águas pluviais,<br />
rede de saneamento e ETAR.<br />
Tornava-se, pois, urgente<br />
acabar com a situação<br />
escandalosa que consistia no<br />
facto de a segunda cidade <strong>do</strong><br />
país possuir todas as suas praias<br />
interditas e impróprias, <strong>do</strong><br />
ponto de vista balnear.<br />
patamar: a conquista da Bandeira Azul numa<br />
praia – a <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme – que o responsável<br />
autárquico pelo Ambiente, Álvaro Castello-<br />
-Branco, assinalou como «uma conquista<br />
extraordinariamente importante para a cidade»<br />
e que legitima expectativas positivas para o<br />
futuro.<br />
Pela primeira vez na sua<br />
história, a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
terá, este Verão, uma praia<br />
assinalada com Bandeira<br />
Azul, uma cor que, no<br />
<strong>do</strong>mínio em apreço,<br />
também pode ser de<br />
esperança num futuro<br />
ambiental muito mais<br />
limpo e socialmente mais<br />
inclusivo. O que, desde há<br />
muito, parecia algo de<br />
inalcançável é hoje uma<br />
realidade tangível, fruto<br />
de trabalho, competência<br />
e saber.<br />
A obtenção deste galardão de<br />
qualidade foi o corolário <strong>do</strong><br />
processo inicia<strong>do</strong> com a criação,<br />
em Outubro de 2006, da<br />
Empresa <strong>Municipal</strong> Águas <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, sucedânea <strong>do</strong>s<br />
entretanto extintos SMAS.<br />
Como explica Joaquim Poças<br />
Martins, a alma mater da<br />
empresa e o seu principal<br />
Ligações à rede de<br />
saneamento – o passo<br />
decisivo<br />
A ligação das habitações,<br />
situadas na orla marítima, à<br />
rede de saneamento foi o passo<br />
determinante para que a<br />
situação começasse a dar os<br />
primeiros resulta<strong>do</strong>s positivos.<br />
A solução, que, afinal, não<br />
passava de um mero segre<strong>do</strong><br />
de Polichinelo, não tar<strong>do</strong>u a<br />
desenhar-se. Construíram-se<br />
intercepções de águas pluviais<br />
poluídas e criaram-se condições<br />
para que as mesmas fossem<br />
desviadas para a ETAR de<br />
Sobreiras.<br />
Para o Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
Ambiente, “a obtenção<br />
da primeira Bandeira<br />
Azul foi uma conquista<br />
extraordinariamente<br />
importante para a<br />
cidade”<br />
Perante os indica<strong>do</strong>res<br />
apura<strong>do</strong>s, o Instituto Nacional<br />
da Água certificou oficialmente<br />
as praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como zonas<br />
balneares.<br />
Alcança<strong>do</strong> este objectivo – com<br />
base nos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Verão<br />
passa<strong>do</strong> – a fasquia foi, de<br />
imediato, elevada para outro<br />
Um apelo ao brio e civismo <strong>do</strong>s<br />
portuenses<br />
A Bandeira Azul foi muito difícil<br />
de conseguir, mas é<br />
extremamente fácil de perder<br />
Às mais-valias decorrentes da atribuição deste<br />
galardão, quer na óptica da saúde pública, quer<br />
<strong>do</strong> ponto de vista ambiental, económico e social,<br />
Poças Martins acrescenta um outro, cuja<br />
subjectividade não lhe retira importância, antes<br />
pelo contrário: a devolução da auto-estima e <strong>do</strong><br />
orgulho a uma cidade cuja população era obrigada<br />
a “emigrar” apenas para poder fazer um pouco de<br />
praia em segurança e sem pôr em risco a sua<br />
saúde.<br />
Todavia, consciente da precariedade desta<br />
“conquista”, Joaquim Poças Martins deixa o alerta:<br />
“É preciso que to<strong>do</strong>s os portuenses reconheçam<br />
a importância <strong>do</strong> que agora foi consegui<strong>do</strong> e que<br />
colaborem no senti<strong>do</strong> de ajudar a manter a Bandeira<br />
Azul nesta ou noutras praias da cidade. Trata-se<br />
de uma marca de qualidade que foi muito difícil<br />
conseguir, mas que é extremamente fácil de perder,<br />
se não houver – repito – a colaboração de to<strong>do</strong>s”.
PORTO sempre<br />
010<br />
. primeiro plano<br />
Instalação <strong>do</strong> Interceptor Marginal - uma garantia de maior segurança<br />
A par das diversas intervenções<br />
que concorreram para a melhoria<br />
significativa da qualidade da<br />
água, destaca-se a instalação –<br />
pioneira no país – <strong>do</strong> chama<strong>do</strong><br />
Interceptor Marginal de Águas<br />
Pluviais da Orla Marítima.<br />
Trata-se de uma conduta com<br />
um metro de diâmetro e com<br />
cerca de <strong>do</strong>is quilómetros de<br />
extensão, desde o Castelo <strong>do</strong><br />
Queijo até à Foz, destinada a<br />
impedir que as águas pluviais<br />
poluídas atinjam as praias.<br />
De acor<strong>do</strong> com Poças Martins,<br />
uma das consequências imediatas<br />
da instalação desta infra-<br />
-estrutura possibilitou, através<br />
das máquinas mobilizadas para<br />
o efeito e praticamente sem<br />
acréscimo de custos, procederse<br />
à modulação <strong>do</strong>s areais, em<br />
particular o enchimento <strong>do</strong><br />
Molhe e o fecho, progressivo e<br />
fasea<strong>do</strong>, <strong>do</strong> percurso pe<strong>do</strong>nal,<br />
à cota baixa e junto ao areal,<br />
entre a Praia da Senhora da Luz<br />
e o Jardim <strong>do</strong> Passeio Alegre.<br />
Uma marca de qualidade muito difícil de obter, mas muito fácil de perder<br />
Entidades promotoras e signatárias da<br />
candidatura à Bandeira Azul<br />
A Empresa <strong>Municipal</strong> Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e a Administração <strong>do</strong>s<br />
<strong>Porto</strong>s <strong>do</strong> Douro e Leixões (APDL), nas pessoas <strong>do</strong>s seus<br />
representantes, Dr. Álvaro Castello-Branco e Dr. Ricar<strong>do</strong> Fonseca,<br />
respectivamente, foram as entidades promotoras da candidatura<br />
à Bandeira Azul.<br />
As Entidades Signatárias foram as seguintes:<br />
Ambiente • Presidente CCDRN • Dr. Carlos Lage<br />
Poder Local • CMPEA • Dr. Álvaro Castello-Branco<br />
Marinha • Capitania <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de Leixões • Capitão <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
• Comandante Vargas<br />
Saúde • Autoridade Regional de Saúde • Delega<strong>do</strong> Concelhio<br />
de Saúde • Dr. Arnal<strong>do</strong> Araújo<br />
Turismo • CMP • Chefe de Divisão • Dr.ª Raquel Luz<br />
Nova nomenclatura não mexe com<br />
a tradição<br />
Por imperativo das normas europeias, o INAG –<br />
Instituto Nacional da Água agrupou os nomes<br />
das praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de acor<strong>do</strong> com a seguinte<br />
designação:<br />
- Praia <strong>do</strong> Castelo <strong>do</strong> Queijo<br />
- Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme<br />
- Praia de Gondarém/Molhe<br />
- Praia da Foz – Abrange as antigas praias da<br />
Luz, Ingleses e Ourigo
. primeiro plano<br />
PORTO sempre<br />
011<br />
Pequenas piscinas aquecidas para amenizar contingências da natureza<br />
A técnica ainda não resolve tu<strong>do</strong>, mas ajuda. A frase é proferida em tom jocoso por Poças Martins, ao referirse<br />
aos caprichos da Natureza, por vezes tão inclemente nas praias nortenhas, ao nível da ventania, da ondulação<br />
e das baixas temperaturas da água.<br />
Por isso, para suavizar a situação e ten<strong>do</strong> em especial atenção as crianças, vão ser criadas, a custos modera<strong>do</strong>s,<br />
pequenas piscinas, com água <strong>do</strong> mar e aquecidas através da instalação de painéis solares e tapa-ventos, entre<br />
o Molhe e Homem <strong>do</strong> Leme.<br />
Agora já não é preciso sair <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
para se tomar banho à vontade e em<br />
segurança<br />
Efeitos positivos em diversas áreas<br />
Economia<br />
A melhoria da qualidade das praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> constituirá um factor<br />
relevante ao atrair um maior número de pessoas àquelas zonas,<br />
dinamizan<strong>do</strong> assim o comércio local e contribuin<strong>do</strong>, igualmente,<br />
para um serviço também ele de qualidade superior.<br />
Turismo<br />
Intimamente relaciona<strong>do</strong> com os efeitos positivos a nível económico<br />
e com ele interagin<strong>do</strong>, também o sector <strong>do</strong> Turismo conhecerá<br />
repercussões importantes. Com praias limpas, concorridas e atractivas,<br />
o <strong>Porto</strong> ficará inscrito no Roteiro das Praias de Excelência da Europa<br />
divulga<strong>do</strong> pelos opera<strong>do</strong>res turísticos, contribuin<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>,<br />
para prestigiar a cidade, inclusive no plano internacional.<br />
Animação<br />
A nova era que agora se abre às praias portuenses potencia inegáveis<br />
oportunidades destinadas a dar vida a zonas até agora praticamente<br />
desprezadas e aban<strong>do</strong>nadas, através de um conjunto de actividades<br />
lúdicas, desportivas e outras, a cargo da <strong>Porto</strong>Lazer, como se pode<br />
ler em peça à parte.
PORTO sempre<br />
012<br />
. primeiro plano<br />
Ambiente com “boa onda” nas praias portuenses<br />
Para além da Feira de Desportos Alternativos<br />
que decorreu em Junho, frente ao Edifício<br />
Transparente, e da Corrida das Festas da Cidade,<br />
o programa de animação das praias prevê<br />
ainda, entre outras iniciativas, um conjunto<br />
de acções de que se destacam:<br />
CAMPEONATO FUTEBOL DE PRAIA SPORTZONE<br />
Etapa dias 19 e 20 de Julho / Final – dias 30 e<br />
31 de Agosto, das 9h00 às 18h00, frente ao<br />
Edifício Transparente – Trata-se de um Campeonato<br />
Nacional de Futebol organiza<strong>do</strong> pela Sportzone,<br />
cujas equipas percorrem o país inteiro em torneio.<br />
PORTO BIKE TOUR<br />
Foz – 20 de Julho, das 9h30 às 13h00 horas –<br />
Um passeio de bicicleta que parte da Ponte da<br />
Arrábida, percorre as marginais de Gaia e <strong>Porto</strong>,<br />
terminan<strong>do</strong> em Matosinhos<br />
TODA A ORLA MARÍTIMA GANHARÁ UMA<br />
NOVA VIDA, EM TODOS OS DOMÍNIOS, COM<br />
A REQUALIFICAÇÃO DAS PRAIAS DA CIDADE<br />
MEIA-MARATONA SPORTZONE<br />
21 de Setembro, das 9h00 às 13h00 -<br />
Foz/Ribeira/Gaia – Prova de Atletismo de Alta<br />
competição, que se realiza nas marginais das<br />
duas cidades.<br />
Reconciliar a cidade com a sua orla marítima,<br />
devolven<strong>do</strong> as praias à população e elevan<strong>do</strong><br />
a sua auto-estima<br />
Actividades de Educação Ambiental<br />
PROTECTOR SOLAR<br />
50<br />
A CMP, através da Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, e em parceira com outras entidades, tem vin<strong>do</strong><br />
a desenvolver um programa de Actividades de Educação Ambiental, durante toda<br />
a época balnear.<br />
Assim, prossegue no próximo dia 4 de Julho, 1 de Agosto e 5 de Setembro o Passeio<br />
Geológico da Foz <strong>do</strong> Douro, uma iniciativa promovida pela autarquia com a<br />
participação da Faculdade de Ciências da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. O objectivo desta<br />
visita guiada visa divulgar a riqueza <strong>do</strong> património geológico local, assim como<br />
incentivar à sua preservação.<br />
Entretanto, a 30 de Julho e 27 de Agosto haverá Teatro de Fantoches para os mais<br />
pequenos, que serão desafia<strong>do</strong>s a fazerem os seus próprios fantoches, a partir de<br />
materiais recicla<strong>do</strong>s e naturais, não vivos, disponíveis na própria praia.<br />
Em 23 de Julho, está prevista, na Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme, uma acção de<br />
sensibilização para os riscos com o sol, em parceria com a Associação Portuguesa<br />
de Cancro Cutâneo.
. comunicação social<br />
PORTO sempre<br />
013<br />
“New Media” ameaça imprensa clássica<br />
O início <strong>do</strong><br />
novo século<br />
pré-anunciou<br />
uma revolução<br />
sem<br />
precedentes no mun<strong>do</strong> da<br />
comunicação social clássica.<br />
Mas poucos acreditaram que<br />
as coisas iriam tão longe, e<br />
as ameaças representariam<br />
tanto perigo. Afinal, bem<br />
vistas as coisas, a “classic<br />
media” – imprensa, rádio e<br />
televisão – vivera, desde a<br />
década de cinquenta, quase<br />
meio século de tranquilidade<br />
e expansão, sem ameaças<br />
significativas!<br />
Mas tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u com a<br />
explosão e massificação das<br />
TIC, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> os<br />
novos meios digitais<br />
começaram a ditar as suas<br />
leis. A Internet, que no início<br />
era olhada como uma<br />
brincadeira pelos acomoda<strong>do</strong>s<br />
actores <strong>do</strong> sistema mediático<br />
clássico, espalhou o<br />
desassossego. E com ela, toda<br />
a parafernália <strong>do</strong>s novos<br />
meios de comunicação digital<br />
tem vin<strong>do</strong> a conquistar<br />
terreno a ritmos<br />
avassala<strong>do</strong>res. Sabem-no os<br />
que não perderam tempo a<br />
redefinir novos negócios;<br />
sentem-no os que tornaram<br />
estas ferramentas nos seus<br />
“icons” quotidianos.<br />
Ninguém ignora que to<strong>do</strong>s os<br />
dias milhares de novos “sites”<br />
se juntam aos milhões já<br />
consolida<strong>do</strong>s; ninguém<br />
dispensa o recurso às fontes<br />
de informação que se abrigam<br />
na “Net”; ninguém despreza<br />
a força crescente da<br />
“blogosfera”; ninguém<br />
minimiza as potencialidades<br />
das “black-berries”; ninguém<br />
põe em causa a força<br />
comunicativa <strong>do</strong> telemóvel,<br />
<strong>do</strong> “e-mail”, <strong>do</strong> SMS, <strong>do</strong> MMS,<br />
e tu<strong>do</strong> o mais que se anuncia.<br />
A “classic media” está<br />
profundamente ameaçada<br />
pela “new media”. Já não são<br />
só os académicos que o<br />
dizem. Demonstram-no os<br />
números, e reconhecem-no<br />
as vítimas. Os jornais de papel<br />
e tinta continuam a perder<br />
compra<strong>do</strong>res a níveis<br />
assusta<strong>do</strong>res. Os<br />
computa<strong>do</strong>res, fixos e<br />
portáteis, ameaçam a<br />
televisão clássica. A rádio<br />
está entalada pelos novos<br />
suportes musicais. E to<strong>do</strong>s os<br />
dias o mun<strong>do</strong> digital oferece<br />
ao consumi<strong>do</strong>r alternativas<br />
de comunicação, informação,<br />
e entretenimento que atiram<br />
para o mun<strong>do</strong> das velharias<br />
a “classic media”.<br />
Patrões reconhecem<br />
que estão<br />
encurrala<strong>do</strong>s<br />
Ainda recentemente, em<br />
Gotemburgo, na Suécia, o<br />
Congresso da Associação<br />
Mundial de Jornais – o maior<br />
fórum mundial de editores –<br />
reconheceu que, finalmente,<br />
a crise da imprensa nos países<br />
desenvolvi<strong>do</strong>s veio mesmo<br />
para ficar, e é a <strong>do</strong>er. Por isso<br />
concluíram que só há três<br />
caminhos possíveis para os <strong>do</strong>nos da imprensa<br />
escrita: ou vendem as empresas em tempo<br />
útil, ou investem fortemente em inovação e<br />
produtos credíveis, ou, decididamente,<br />
acompanham a morte lenta <strong>do</strong>s jornais até<br />
à falência.<br />
Neste quadro negro, que to<strong>do</strong>s nós<br />
testemunhamos também em Portugal,<br />
ganham os que melhor sabem utilizar os<br />
“novos meios”. Ganham ainda os que, a par<br />
das oportunidades que as tecnologias digitais<br />
nos proporcionam, são capazes de oferecer<br />
aos cidadãos informação credível, opinião<br />
independente e séria, e formação sem<br />
preconceitos ideológicos.<br />
Num mun<strong>do</strong> tecnológico cada vez mais rico<br />
em alternativas já não vale a pena lutar<br />
contra a maré: as pessoas sabem muito bem<br />
onde se informar e como se esclarecer, sem<br />
terem de pagar o tributo invisível da<br />
arrogância corporativa, da ignorância cultural,<br />
ou da incompetência profissional.<br />
Ganham os que são capazes<br />
de oferecer aos cidadãos<br />
informação credível, opinião<br />
independente e séria, e<br />
formação sem preconceitos<br />
ideológicos.
PORTO sempre<br />
014<br />
. em foco<br />
Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Preço da “relva” no Parque da Cidade passa de seis para 22 milhões de euros<br />
O Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
condenou a CMP a pagar 22<br />
milhões de euros por um<br />
terreno expropria<strong>do</strong> em finais<br />
<strong>do</strong>s anos 90 para alargar o<br />
Parque da Cidade. Trata-se de<br />
um terreno de cerca de 73 mil<br />
metros quadra<strong>do</strong>s, situa<strong>do</strong> no<br />
miolo <strong>do</strong> parque, destina<strong>do</strong><br />
exclusivamente a área verde<br />
e para qual nunca estiveram<br />
previstas construções.<br />
Curiosamente, esta sentença<br />
ditada agora pelo Tribunal da<br />
Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> corresponde<br />
ao <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> valor fixa<strong>do</strong> pela<br />
primeira instância que, por<br />
sua vez, também já duplicara<br />
o preço estipula<strong>do</strong><br />
inicialmente pelos peritos <strong>do</strong><br />
Tribunal. Ou seja, o mesmo<br />
terreno, na sequência <strong>do</strong>s<br />
vários recursos apresenta<strong>do</strong>s<br />
pelo actual proprietário,<br />
começou por valer 5,8 milhões<br />
de euros, passou para 11, 8<br />
e está agora avalia<strong>do</strong> em cerca<br />
de 22 milhões de euros, apesar<br />
da lei não ter muda<strong>do</strong>.<br />
Para justificar estes<br />
significativos aumentos, o<br />
Tribunal decidiu, de forma<br />
inédita, a<strong>do</strong>ptar como<br />
referência para o cálculo <strong>do</strong><br />
valor indemnizatório as torres<br />
situadas no concelho vizinho,<br />
em Matosinhos Sul, cujo<br />
modelo urbanístico não<br />
deveria ter qualquer influência<br />
na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Com esta decisão, o Tribunal<br />
praticamente coloca em causa<br />
o direito das populações a<br />
terem um parque urbano,<br />
ignoran<strong>do</strong> que a política<br />
urbanística de cada uma das<br />
cidades está definida no seu<br />
próprio PDM, sen<strong>do</strong> por isso<br />
totalmente autónoma.<br />
Nesta última sentença, que<br />
fez disparar o valor da<br />
indemnização de 11, 8 para<br />
22 milhões de euros, o<br />
Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
não só mantém o PDM de<br />
Matosinhos como referência<br />
no cálculo <strong>do</strong> índice de<br />
construção, como não inclui<br />
nas contas as áreas dedicadas<br />
a ruas e passeios.<br />
Inconformada com esta<br />
situação, a Câmara <strong>Municipal</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> decidiu recorrer para<br />
o Supremo Tribunal de Justiça,<br />
admitin<strong>do</strong> poder ainda apelar<br />
ao próprio Tribunal<br />
Constitucional. Entendem os advoga<strong>do</strong>s da<br />
CMP neste processo que a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
não pode ser prejudicada pelas escolhas<br />
eleitorais – embora igualmente livres e<br />
legítimas – de outro concelho.<br />
Ainda o caso <strong>do</strong> energúmeno…<br />
… ou quan<strong>do</strong> o insulto é<br />
transforma<strong>do</strong> em direito à<br />
liberdade de expressão e de<br />
informação.<br />
Recentemente o mesmo Tribunal da<br />
Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> produziu uma sentença<br />
que absolveu o colunista <strong>do</strong> jornal<br />
«Público», Augusto M. Seabra, que, em<br />
2003, em artigo de opinião, chamara<br />
«energúmeno» ao Presidente da Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Contrarian<strong>do</strong> o veredicto da primeira<br />
instância, que havia condena<strong>do</strong> o<br />
referi<strong>do</strong> articulista, a Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
não vislumbrou qualquer acto ou<br />
intenção difamatória ou insultuosa,<br />
sustentan<strong>do</strong> que o artigo em causa e<br />
as acusações nele insertas se inscreviam<br />
no direito à liberdade de expressão e<br />
de... informação.
. em foco<br />
PORTO sempre<br />
015<br />
Com termo de identidade e residência<br />
DIAP: Rui Rio mais uma vez argui<strong>do</strong><br />
O Presidente da Câmara <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> voltou a ser<br />
constituí<strong>do</strong> argui<strong>do</strong>, mais<br />
uma vez com termo de<br />
identidade e residência, no<br />
passa<strong>do</strong> mês de Junho. Em<br />
causa está uma acção<br />
interposta pelo Sindicato<br />
Nacional <strong>do</strong>s Bombeiros, que<br />
tentou responsabilizar o<br />
Presidente da CMP pela morte<br />
de um jovem no rio Douro,<br />
ao afirmar publicamente que<br />
este acidente estava liga<strong>do</strong><br />
à reforma interna que o<br />
autarca encetara nos<br />
Sapa<strong>do</strong>res, nomeadamente<br />
ao corte nas horas<br />
extraordinárias.<br />
Na opinião da CMP, com estas<br />
declarações, a associação<br />
sindical induziu o alarme na<br />
população, sugerin<strong>do</strong> que o<br />
jovem morreu afoga<strong>do</strong> devi<strong>do</strong><br />
à reorganização <strong>do</strong>s serviços.<br />
Ten<strong>do</strong> em conta o grave teor<br />
das declarações feitas por<br />
aquela associação sindical,<br />
a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
apresentou uma queixa por<br />
difamação, acusan<strong>do</strong> o<br />
Sindicato <strong>do</strong>s Bombeiros de<br />
estar a aproveitar um<br />
afogamento para a sua luta<br />
laboral.<br />
Esta queixa da autarquia na<br />
PGR não conheceu ainda o<br />
devi<strong>do</strong> desenvolvimento, ao<br />
contrário de uma outra, <strong>do</strong><br />
Sindicato, contra Rui Rio e<br />
Manuel Sampaio Pimentel,<br />
Verea<strong>do</strong>r da Protecção Civil.<br />
Por terem emiti<strong>do</strong> a opinião<br />
de que o Sindicato estava a<br />
aproveitar o afogamento de<br />
forma indevida e difamatória,<br />
o DIAP considerou que pode<br />
aí estar implícito um crime,<br />
pelo que abriu um inquérito<br />
e constituiu uma vez mais<br />
como argui<strong>do</strong> o Presidente da<br />
Câmara e, neste caso, também<br />
o Verea<strong>do</strong>r Sampaio Pimentel.<br />
Os <strong>do</strong>is encontram-se neste<br />
momento com termo de<br />
identidade e residência, estan<strong>do</strong>, por isso,<br />
obriga<strong>do</strong>s a pedir autorização à justiça sempre<br />
que quiserem ausentar-se da sua residência<br />
por um perío<strong>do</strong> superior a cinco dias.<br />
Bombeiros não salvam vidas nos casos de morte<br />
por afogamento<br />
Segun<strong>do</strong> o próprio Instituto de Medicina Legal, para uma pessoa ser salva<br />
de um afogamento nas circunstâncias em que este ocorreu tem que ser<br />
socorrida num espaço de mais ou menos quatro minutos. Defendia o<br />
Sindicato <strong>do</strong>s Bombeiro que se não houvesse reorganização <strong>do</strong>s serviços,<br />
teria si<strong>do</strong> possível chegar da Rua da Constituição, ou da Rua de S. Dinis<br />
onde a equipa se encontrava noutra operação, ao local <strong>do</strong> acidente a tempo<br />
de salvar o jovem que se atirou à água com uns amigos e que infelizmente<br />
não conseguiu escapar com vida, ao contrário <strong>do</strong> que aconteceu com os<br />
restantes companheiros.<br />
O «caso <strong>do</strong> arruma<strong>do</strong>r»:<br />
O Presidente da CMP também<br />
já estava com termo de<br />
identidade e residência por<br />
ter si<strong>do</strong> constituí<strong>do</strong> argui<strong>do</strong><br />
no conheci<strong>do</strong> «caso <strong>do</strong><br />
arruma<strong>do</strong>r».<br />
A história é curta: um<br />
arruma<strong>do</strong>r, que diariamente<br />
actua numa das mais<br />
movimentadas ruas da<br />
cidade, decidiu apresentar<br />
queixa crime por não ter<br />
gosta<strong>do</strong> de ver publicada,<br />
nesta revista, uma foto sua<br />
destinada a ilustrar uma<br />
pequena reportagem sobre o<br />
fenómeno <strong>do</strong>s arruma<strong>do</strong>res<br />
nas ruas da cidade na<br />
sequência <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> “<strong>Porto</strong><br />
Feliz” dita<strong>do</strong> pelo Governo.<br />
Apesar da fotografia ser tirada<br />
ao longe, num local público<br />
não identificável, e da pessoa<br />
em causa aparecer com um<br />
chapéu que lhe tapava a<br />
cabeça quase até ao nariz, o<br />
Departamento de Investigação e Acção Penal<br />
(DIAP) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, onde Rui Rio foi ouvi<strong>do</strong><br />
em 9 de Abril, decidiu aplicar-lhe a medida<br />
de coacção de termo de identidade e<br />
residência e constituí-lo argui<strong>do</strong>.<br />
Entretanto, o mesmo arruma<strong>do</strong>r, que afirmou<br />
não ter gosta<strong>do</strong> de aparecer na revista<br />
municipal <strong>Porto</strong> Sempre, des<strong>do</strong>brou-se em<br />
entrevistas aos principais jornais nacionais,<br />
televisões e rádios, confirman<strong>do</strong> que é<br />
arruma<strong>do</strong>r e que inclusive foi utente <strong>do</strong><br />
“<strong>Porto</strong> Feliz”.
PORTO sempre<br />
016<br />
. em foco<br />
Regulamento <strong>Municipal</strong> de Publicidade<br />
Ruas mais cuidadas num espaço urbano mais organiza<strong>do</strong><br />
A CMP aprovou em 2006 um<br />
conjunto de alterações ao<br />
Regulamento <strong>Municipal</strong> de<br />
Publicidade e Propaganda<br />
Política, com o objectivo de<br />
disciplinar a afixação da<br />
propaganda político-partidária,<br />
evitan<strong>do</strong> assim a proliferação<br />
anárquica de cartazes em<br />
espaços públicos,<br />
nomeadamente em zonas nobres<br />
da cidade. Uma política já<br />
a<strong>do</strong>ptada pelas mais<br />
desenvolvidas cidades europeias.<br />
À luz <strong>do</strong> regulamento aprova<strong>do</strong>,<br />
o espaço público está dividi<strong>do</strong><br />
em três zonas:vermelhas,<br />
amarelas e brancas.<br />
Assim, nas zonas vermelhas está<br />
interdita a afixação de<br />
propaganda, exceptuan<strong>do</strong> os<br />
perío<strong>do</strong>s de campanha eleitoral.<br />
São muito poucas e estão<br />
praticamente confinadas à Baixa<br />
e Zona Histórica.<br />
Nas zonas amarelas a afixação<br />
é completamente livre nos<br />
perío<strong>do</strong>s eleitorais. No dia-adia,<br />
não é permitida a afixação<br />
de mo<strong>do</strong> indiferencia<strong>do</strong> e<br />
anárquico nestes locais.<br />
Por último, nas zonas brancas,<br />
que abrangem cerca de 50% da<br />
cidade, é permitida a afixação<br />
livre, bastan<strong>do</strong> apenas notificar<br />
previamente a autarquia.<br />
Recorde-se que a afixação<br />
massiva de propaganda de<br />
carácter político-partidário<br />
conheceu um grande «boom»<br />
no perío<strong>do</strong> pós-25 de Abril de<br />
74, caracteriza<strong>do</strong> pelo ambiente<br />
efervescente que então se vivia a to<strong>do</strong>s os<br />
níveis.<br />
Hoje, o uso e colocação deste tipo de propaganda<br />
é mais reduzida, desde logo por preocupações<br />
ambientais, mas também pela existência de<br />
meios de divulgação mais diversifica<strong>do</strong>s – por<br />
norma liga<strong>do</strong>s às novas tecnologias – que<br />
permitem maior eficácia na transmissão da<br />
mensagem pretendida.<br />
Visões mais fundamentalistas<br />
Há, no entanto, juristas que mantêm uma visão<br />
fundamentalista sobre esta matéria e que<br />
entendem que aquele Regulamento <strong>Municipal</strong><br />
deveria ser declara<strong>do</strong> inconstitucional por não<br />
permitir a completa liberdade de expressão a<br />
esse nível, o que levaria a que to<strong>do</strong>s os parti<strong>do</strong>s<br />
pudessem colocar, por exemplo na Avenida <strong>do</strong>s<br />
Alia<strong>do</strong>s e durante to<strong>do</strong> o ano, toda a publicidade<br />
e propaganda que entendessem.<br />
ZONA INTERDITA<br />
ZONA LIMITADA<br />
ZONA LIVRE<br />
Tribunal Constitucional<br />
contraria CNE na questão da<br />
propaganda da CDU<br />
O Tribunal Constitucional (TC) considerou<br />
que a Comissão Nacional de Eleições (CNE)<br />
não tem competência para actuar sobre<br />
questões relativas à propaganda partidária<br />
fora <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s eleitorais, cuja proliferação<br />
desordenada constitui uma prática diária<br />
na generalidade das cidades, mas que, no<br />
caso concreto <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, se pretende evitar.<br />
Esta posição <strong>do</strong> TC surgiu na sequência <strong>do</strong><br />
recurso interposto pela autarquia de uma<br />
decisão da CNE, que pretendia obrigar a<br />
CMP a recolocar estruturas publicitárias da<br />
CDU ilegalmente instaladas à luz <strong>do</strong><br />
Regulamento <strong>Municipal</strong> em vigor.<br />
Recorde-se que o diferen<strong>do</strong> entre aquela<br />
formação partidária e o município portuense<br />
teve o seu início há uns meses, quan<strong>do</strong> o<br />
PCP decidiu queixar-se à CNE de falta de<br />
liberdade de expressão, por ter visto retirada<br />
propaganda ilegalmente afixada.<br />
Segun<strong>do</strong> a sentença <strong>do</strong> TC, «(…) julga-se<br />
procedente o recurso interposto pelo<br />
Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e, em consequência,<br />
declara-se nula a deliberação da Comissão<br />
Nacional de Eleições, tomada em 20-05-<br />
2008, relativa à participação da Organização<br />
da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista<br />
Português».
. em foco<br />
PORTO sempre<br />
017<br />
Por iniciativa <strong>do</strong> Presidente da CMP<br />
Regionalização em debate no <strong>Porto</strong><br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
está a promover, no Auditório<br />
da Biblioteca Almeida Garrett,<br />
um ciclo de oito conferências<br />
intitula<strong>do</strong> «Regionalização: uma<br />
vantagem para Portugal».<br />
A iniciativa, da responsabilidade<br />
directa <strong>do</strong> Presidente da CMP,<br />
arrancou em 18 de Junho, com<br />
o primeiro debate subordina<strong>do</strong><br />
ao tema «Regionalização e o<br />
desenvolvimento económico»,<br />
que contou com as presenças<br />
de Alberto de Castro, António<br />
Figueire<strong>do</strong> e Ernâni Lopes.<br />
Para Rui Rio – que chamou a si<br />
o papel de modera<strong>do</strong>r de to<strong>do</strong>s<br />
esses encontros – trata-se de<br />
procurar debater um tema<br />
complexo «nas suas múltiplas<br />
vertentes, sem paixões<br />
exacerbadas, nem demagogias<br />
populistas». Por isso, foram<br />
convidadas personalidades, com<br />
posições antagónicas, ou seja,<br />
contra e a favor da<br />
Regionalização, como são, por<br />
exemplo, os casos de Artur<br />
Santos Silva e de Arlin<strong>do</strong> Cunha,<br />
respectivamente.<br />
«Dez anos após o referen<strong>do</strong>,<br />
pretende-se debater, de forma<br />
ponderada e desapaixonada,<br />
uma questão de inequívoca<br />
complexidade», explica o<br />
autarca, que é, igualmente,<br />
Presidente da Junta<br />
Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Face ao esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> país e <strong>do</strong><br />
regime, Rui Rio acredita, pois,<br />
que «não haja ninguém que<br />
não tenha dúvidas sobre este<br />
tema, independentemente das<br />
suas convicções mais<br />
profundas». Recorde-se que há<br />
dez anos, no primeiro e único<br />
referen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> em Portugal<br />
sobre o assunto, Rui Rio votou<br />
e fez campanha pelo “não”,<br />
mostran<strong>do</strong>-se agora “aberto a<br />
ser convenci<strong>do</strong> que a<br />
Regionalização pode ser uma<br />
excelente solução para<br />
Portugal”.<br />
Valente de Oliveira<br />
é o Coordena<strong>do</strong>r da<br />
Comissão de<br />
Acompanhamento<br />
Luís Valente de Oliveira é<br />
o Coordena<strong>do</strong>r Técnico-<br />
Científico da Comissão de<br />
Acompanhamento deste<br />
ciclo de conferências, um<br />
órgão que integra ainda<br />
Mário Aroso de Almeida e<br />
João Vilaverde (Relator).<br />
Manuel Cabral tem funções<br />
de Secretário Executivo e<br />
Rui Rio será o Modera<strong>do</strong>r<br />
de todas as sessões<br />
marcadas para as 21h15,<br />
no Auditório da Biblioteca<br />
<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett.<br />
Calendário, programa e participantes<br />
10 DE JULHO<br />
As finanças públicas: nacionais,<br />
locais e regionais<br />
José Costa | Miguel Cadilhe<br />
25 DE SETEMBRO<br />
Atribuições e Competências<br />
João Cravinho | Vital Moreira<br />
16 DE OUTUBRO<br />
A experiência internacional<br />
Diogo Freitas <strong>do</strong> Amaral |<br />
Manuel <strong>Porto</strong><br />
20 DE NOVEMBRO<br />
Divisão administrativa e órgãos regionais<br />
João Caupers | Jorge Miranda<br />
22 DE JANEIRO<br />
Que papel para os Municípios<br />
e Freguesias num quadro de regionalização<br />
António Costa | Marcelo Rebelo de Sousa | Paulo<br />
Rangel<br />
5 DE MARÇO<br />
A regionalização, não!<br />
Artur Santos Silva | Daniel Proença de Carvalho<br />
| Rui Vilar<br />
2 DE ABRIL<br />
A regionalização, sim!<br />
Arlin<strong>do</strong> Cunha | Luís Valente de Oliveira | Mário<br />
Rui Silva
PORTO sempre<br />
018<br />
. em foco<br />
2007: Um Relatório e Contas “a sério”<br />
O Executivo autárquico decidiu editar, pela<br />
primeira, vez, o Relatório e Contas da Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, referente ao exercício<br />
de 2007, seguin<strong>do</strong> assim os parâmetros de<br />
qualidade e boas práticas das melhores<br />
empresas portuguesas, que operam no nosso<br />
país.<br />
Esta decisão, inédita no município<br />
portuense, prende-se com o propósito de<br />
incutir rigor e ainda maior transparência<br />
na gestão da autarquia, ao garantir, desse<br />
mo<strong>do</strong>, a prestação pública de contas a to<strong>do</strong>s<br />
os munícipes.<br />
O Relatório de Gestão ’07 – assim se intitula<br />
o <strong>do</strong>cumento – é uma publicação com mais<br />
de uma centena de páginas, dividida em<br />
três principais capítulos: Introdução,<br />
Prioridades e Relatório Financeiro.<br />
Nesta última parte, estão inscritas diversas<br />
rubricas, entre as quais a Análise<br />
Orçamental, a Situação Económico-<br />
Financeira e as Contas <strong>do</strong> Exercício de 2007.<br />
O reequilíbrio financeiro sustenta<strong>do</strong> das<br />
contas da CMP é a principal conclusão <strong>do</strong><br />
Relatório, que, entre muitos outros aspectos,<br />
dá conta <strong>do</strong> crescimento da poupança<br />
corrente e da redução da dívida bruta global<br />
em 20 milhões de euros.<br />
Documentos disponíveis em<br />
www.cm-porto.pt<br />
Relatório de Sustentabilidade reforça filosofia <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e<br />
objectivos <strong>do</strong> Município<br />
Conjuntamente com o Relatório e Contas, o Executivo municipal decidiu publicar o Relatório de<br />
Sustentabilidade, o que constitui uma medida pioneira no universo autárquico nacional.<br />
Trata-se de um <strong>do</strong>cumento que reforça a óptica da prestação de contas da CMP, nomeadamente no que diz respeito<br />
à responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável da cidade, segun<strong>do</strong> um modelo «que satisfaz as necessidades<br />
das gerações actuais, sem colocar em perigo a satisfação das necessidades das gerações futuras».<br />
A sua publicação – não obrigatória por lei, apesar da sua importância – permite a análise <strong>do</strong> equilíbrio das políticas,<br />
não só no curto, mas também no longo prazo, em três dimensões distintas: Económica, Social e Ambiental.<br />
O conceito de sustentabilidade está associa<strong>do</strong> a equilíbrios perduráveis e capazes de oferecer salubridade, segurança<br />
e crescimento económico às populações a longo prazo. Esta circunstância legitima, aliás, a oportunidade da<br />
publicação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, cuja estrutura obedece às linhas programáticas <strong>do</strong> actual Executivo.
. em foco<br />
PORTO sempre<br />
019<br />
<strong>Porto</strong>, uma cidade sustentável<br />
CMP pioneira em relatórios de sustentabilidade<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
será a primeira autarquia em<br />
Portugal e a quarta a nível<br />
mundial a produzir um Relatório<br />
de Sustentabilidade, relativo ao<br />
desempenho na sua própria<br />
actividade enquanto<br />
organização. Por outro la<strong>do</strong>,<br />
solicitou à Agência de Energia<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (AdE<strong>Porto</strong>) a<br />
elaboração da Estratégia da<br />
Sustentabilidade, que definirá<br />
as linhas orienta<strong>do</strong>ras no<br />
âmbito <strong>do</strong> desenvolvimento<br />
sustentável na perspectiva da<br />
Agenda 21 Local, ten<strong>do</strong> em vista<br />
o compromisso <strong>do</strong> Pacto <strong>do</strong>s<br />
Autarcas da União Europeia, em<br />
2009. A nível energético foi já<br />
apresentada a Matriz Energética<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, referenciada ao ano<br />
de 2004, e que propõe um<br />
conjunto de medidas de política<br />
para a sustentabilidade.<br />
Alguns bons exemplos, cujos<br />
resulta<strong>do</strong>s são já visíveis:<br />
abertura de novas linhas <strong>do</strong><br />
Metro e utilização de gás natural<br />
em mais de 50% da frota da<br />
STCP. Para alcançar os objectivos<br />
propostos pela AdE<strong>Porto</strong><br />
pretende-se instalar, até 2011,<br />
cerca de 5000 m2 de painéis<br />
solares nos bairros sociais e<br />
criar um Observatório para<br />
verificar o desempenho <strong>do</strong><br />
edifica<strong>do</strong>, asseguran<strong>do</strong> a gestão<br />
<strong>do</strong>s recursos energéticos na<br />
perspectiva de contribuir para<br />
alcançar os objectivos de<br />
promoção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como Cidade<br />
Sustentável.<br />
4 GRANDES MEDIDAS PARA MELHORAR O<br />
AMBIENTE NO PORTO:<br />
• Transportes mais eficientes<br />
• Mudar da electricidade para o gás<br />
• Promover a implementação de painéis solares<br />
• Melhorar a eficiência nos edifícios<br />
Primeira autarquia nacional a ter um relatório de<br />
sustentabilidade<br />
CMP distinguida com o Prémio Eco-Município<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
foi, pelo terceiro ano<br />
consecutivo, distinguida<br />
com o Prémio Eco-Município<br />
pela Associação Bandeira<br />
Azul da Europa. A autarquia<br />
portuense viu reconheci<strong>do</strong><br />
o seu trabalho no <strong>do</strong>mínio<br />
da qualidade ambiental e<br />
educação para a<br />
sustentabilidade, fican<strong>do</strong><br />
em 4º lugar num universo<br />
de 37 municípios<br />
participantes. A CMP já<br />
tinha si<strong>do</strong> distinguida em<br />
2006, ano zero <strong>do</strong> projecto,<br />
e 2007 com o Certifica<strong>do</strong><br />
ECO XXI, como uma das<br />
autarquias que cumpriram<br />
os critérios impostos por<br />
aquela associação. “Este<br />
galardão é fruto da acção<br />
concertada de diferentes<br />
sectores municipais, que vão desde o<br />
ambiente à mobilidade, passan<strong>do</strong> pelo<br />
planeamento urbanístico, águas e<br />
saneamento e pelas actividades<br />
económicas”, sublinha o Vice-Presidente e<br />
Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ambiente, Álvaro Castello-<br />
Branco.
PORTO sempre<br />
020<br />
DomusSocial, E.M.<br />
5 anos a cuidar <strong>do</strong> património habitacional e <strong>do</strong>s portuenses<br />
A DomusSocial é a empresa<br />
municipal com a<br />
responsabilidade pela<br />
gestão <strong>do</strong> parque<br />
habitacional <strong>do</strong> município<br />
e pela actividade de<br />
manutenção de<br />
equipamentos e infraestruturas<br />
geri<strong>do</strong>s pela<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Organizada em quatro<br />
direcções estratégicas –<br />
gestão <strong>do</strong> parque<br />
habitacional, produção,<br />
atendimento e<br />
administrativa e financeira<br />
– a empresa dispõe de cerca<br />
de uma centena de<br />
colabora<strong>do</strong>res.<br />
Atribuição e venda de fogos,<br />
requalificação da habitação<br />
social, elaboração de<br />
propostas e actualização de<br />
taxas e rendas e ligação com<br />
as entidades promotoras de<br />
habitação social são<br />
algumas das suas principais<br />
funções.<br />
SERVIÇO 24 HORAS<br />
Atendimento Personaliza<strong>do</strong><br />
Criada em 2003, a<br />
DomusSocial tem disponível<br />
um amplo e moderno espaço<br />
de atendimento exclusivo para<br />
os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s bairros<br />
municipais. Só este ano, o<br />
O Conselho de Administração<br />
Matilde Augusta Monteiro Rocha Alves<br />
Presidente (na foto)<br />
Fernan<strong>do</strong> Francisco Barbosa Pinto<br />
Vice-Presidente<br />
. em foco<br />
Filipa Alexandra Dias Pereira de Sousa Melo<br />
Tavares<br />
Vogal<br />
Gabinete <strong>do</strong> Inquilino <strong>Municipal</strong>, como é<br />
designa<strong>do</strong>, já atendeu mais de 13.500<br />
solicitações – pagamento de rendas, pedi<strong>do</strong>s<br />
de manutenção e adesão ao programa “Casa<br />
Como Nova” estão entre os assuntos mais<br />
requeri<strong>do</strong>s.<br />
A DomusSocial tem em funcionamento o Serviço 24 horas (das 0 às 24h00, sete dias por semana),<br />
através <strong>do</strong> número telefónico 22 8330000. Cria<strong>do</strong> para dar resposta a situações de emergência, o<br />
serviço foi utiliza<strong>do</strong> por mais de 2.700 inquilinos municipais só nos primeiros cinco meses deste ano.<br />
Reabilitação da Habitação Social<br />
A requalificação exterior <strong>do</strong><br />
edifica<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong>, nos últimos<br />
anos, a principal prioridade ao<br />
nível da política de habitação<br />
social. Neste momento,<br />
decorrem, em<br />
simultâneo,<br />
obras<br />
profundas de reabilitação em<br />
seis bairros municipais da<br />
cidade – Carriçal, Francos, Fonte<br />
da Moura, S. Roque<br />
da Lameira, Dr. Nuno Pinheiro Torres e Rainha<br />
D. Leonor.
. em foco<br />
PORTO sempre<br />
021<br />
Bairro <strong>do</strong> Lagarteiro com obras de recuperação em 2009<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e<br />
o Ministério <strong>do</strong> Ambiente, <strong>do</strong><br />
Ordenamento <strong>do</strong> Território e <strong>do</strong><br />
Desenvolvimento Regional<br />
assinaram, no final de Maio, o<br />
protocolo de requalificação e<br />
reinserção urbana <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong><br />
Lagarteiro, no âmbito <strong>do</strong><br />
Programa “Bairros Críticos”.<br />
O <strong>do</strong>cumento prevê o arranque<br />
das obras de recuperação <strong>do</strong><br />
bairro em Janeiro de 2009,<br />
estenden<strong>do</strong>-se até 2012, num<br />
investimento de 6,5 milhões<br />
de euros.<br />
As obras abrangem a<br />
reabilitação urbanística e<br />
integração socio-económica de<br />
mais de mil e oitocentos<br />
mora<strong>do</strong>res, envolven<strong>do</strong> a<br />
autarquia portuense, o Governo,<br />
junta de freguesia de<br />
Campanhã, diversas instituições<br />
e colectividades da cidade.<br />
Além da recuperação <strong>do</strong>s blocos habitacionais<br />
e da mobilização <strong>do</strong>s inquilinos para a reparação<br />
e remodelação <strong>do</strong> interior das casas, está ainda<br />
prevista a reorganização urbanística de novos<br />
espaços públicos e a criação de acessibilidades<br />
que liguem o bairro com o exterior.<br />
Para a administração da DomusSocial, “é<br />
intenção de to<strong>do</strong>s que o Bairro <strong>do</strong> Lagarteiro<br />
fique bem. De certo que todas as entidades vão<br />
empenhar-se em bem servir aquela população,<br />
para que no final a própria possa vir dizer que<br />
o bairro está bem”.<br />
Melhoria da Qualidade de Vida<br />
A par da prioridade na<br />
requalificação, a DomusSocial<br />
contribuiu, em 2007, para a<br />
melhoria da qualidade de vida<br />
de 418 munícipes em resposta<br />
a inúmeras solicitações de<br />
Cidadania nos Bairros Sociais<br />
habitação social, que<br />
possibilitaram o alojamento em<br />
fogos municipais de novos<br />
inquilinos e o realojamento de<br />
mora<strong>do</strong>res em casas adaptadas<br />
às suas necessidades.<br />
Arrancou, em Março, a 1.ª fase <strong>do</strong> Projecto “Cidadania nos Bairros<br />
Sociais” com o levantamento sócio-habitacional <strong>do</strong> Agrupamento<br />
Habitacional da Pasteleira. A iniciativa tem como objectivo<br />
consolidar a política habitacional <strong>do</strong> município, contribuin<strong>do</strong> para<br />
a promoção da cidadania pela segurança, através da<br />
consciencialização <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res para temáticas como o<br />
relacionamento interpessoal, boas práticas de convivência, direitos<br />
e obrigações e preservação <strong>do</strong> património habitacional.<br />
Projecto “Incentivo”<br />
Integração de Jovens no<br />
Merca<strong>do</strong> Habitacional <strong>Municipal</strong><br />
Com o intuito de revitalizar zonas da<br />
cidade maioritariamente constituídas por<br />
uma população envelhecida, a DomusSocial<br />
está a proceder a uma experiência piloto<br />
de implementação de uma “Residência<br />
Partilhada” no Agrupamento Habitacional<br />
de Travessa de Salgueiros. A iniciativa é<br />
realizada em colaboração com o Instituto<br />
Profissional <strong>do</strong> Terço e destina-se a jovens<br />
residentes naquela instituição, que se<br />
encontrem em processo de autonomização<br />
e de inserção na vida activa.<br />
Gestão <strong>do</strong>s Blocos por portas de entrada<br />
Ao longo <strong>do</strong> mês de Abril, a DomusSocial procedeu à organização <strong>do</strong>s Blocos <strong>do</strong> Agrupamento Habitacional das<br />
Antas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> defini<strong>do</strong> um responsável por entrada – gestor de entrada – cuja função é a de organizar e zelar<br />
pela preservação <strong>do</strong>s espaços comuns. A empresa municipal pretende alargar esta iniciativa a to<strong>do</strong>s os restantes<br />
bairros sociais da sua responsabilidade.
PORTO sempre<br />
022<br />
. em foco<br />
Segurança para mais qualidade de vida<br />
Bairro <strong>do</strong> Cerco mais seguro<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e<br />
o Ministério da Administração<br />
Interna assinaram um “Contrato<br />
local de Segurança” - o primeiro<br />
a ser celebra<strong>do</strong> entre autarquias<br />
e o Poder Central - que visa<br />
reforçar a segurança e prevenir<br />
a criminalidade, sobretu<strong>do</strong> nos<br />
bairros. No <strong>Porto</strong>, a escolha<br />
recaiu sobre o Bairro <strong>do</strong> Cerco,<br />
alvo de profunda reabilitação,<br />
em 2002, por parte <strong>do</strong> actual<br />
Executivo. Para o Presidente da<br />
CMP, Rui Rio, “mesmo com toda<br />
a requalificação feita continua<br />
a ter problemas que urge<br />
resolver”. Trata-se de um <strong>do</strong>s<br />
maiores e mais populosos<br />
bairros sociais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que se<br />
encontra inseri<strong>do</strong> numa<br />
freguesia, que é a mais pobre<br />
da cidade e que, por sua vez,<br />
também ela aglutina muitos<br />
bairros.<br />
«Esta iniciativa inscreve-se no âmbito <strong>do</strong><br />
Plano Estratégico destina<strong>do</strong> a reforçar e a<br />
prevenir a criminalidade», informou o Ministro<br />
Rui Pereira, aludin<strong>do</strong> às medidas que irão ser<br />
tomadas na sequência <strong>do</strong> diagnóstico a<br />
efectuar pela Escola de Criminologia da<br />
Faculdade de Direito <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, as quais passam<br />
- acrescentou - «pela segurança comunitária,<br />
pelo envolvimento da própria população na<br />
resolução <strong>do</strong>s problemas relaciona<strong>do</strong>s com a<br />
segurança e pelo policiamento de<br />
proximidade».<br />
Observatório de Segurança <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
A Escola de Criminologia da<br />
Faculdade de Direito da<br />
Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a<br />
prestar apoio técnico e<br />
científico à autarquia<br />
portuense na<br />
elaboração de um<br />
diagnóstico <strong>do</strong>s problemas<br />
sociais, <strong>do</strong> sentimento de<br />
insegurança e da taxa de<br />
criminalidade na cidade. Este<br />
é o primeiro grande estu<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> género em Portugal.<br />
A assinatura <strong>do</strong> protocolo de<br />
colaboração entre ambas as<br />
instituições, visan<strong>do</strong> a criação<br />
de um Observatório de<br />
Segurança e Impacto de<br />
Intervenção na Cidade <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, realizou-se em Abril.<br />
O apoio tem como principal<br />
objectivo medir, com o rigor que só uma<br />
abordagem científica permite, os efeitos <strong>do</strong><br />
investimento ao nível da coesão social e da<br />
segurança urbana e, através da medição<br />
desse impacto, permitir atitudes<br />
complementares de intervenção.<br />
A avaliação centra-se nos resulta<strong>do</strong>s da<br />
intervenção que o município tem vin<strong>do</strong> a<br />
desenvolver na requalificação <strong>do</strong>s bairros<br />
sociais e na zona abrangida pelas câmaras<br />
de vídeovigilância, instaladas na Ribeira.
. em foco<br />
PORTO sempre<br />
023<br />
IDT volta a recusar “<strong>Porto</strong> Feliz” e quer “salas de chuto” no <strong>Porto</strong><br />
O Presidente <strong>do</strong> Instituto da<br />
Droga e Toxicodependência (IDT),<br />
João Goulão reafirmou<br />
recentemente, em declarações<br />
prestadas na Assembleia da<br />
República, que não quer retomar<br />
o projecto de recuperação de<br />
toxicodependentes “<strong>Porto</strong> Feliz”,<br />
insistin<strong>do</strong> antes na criação de<br />
uma “sala de chuto” na cidade<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Apesar de reconhecer que os<br />
arruma<strong>do</strong>res estão a “reaparecer”<br />
em consequência da decisão de<br />
acabar com o “<strong>Porto</strong> Feliz”, o<br />
Presidente <strong>do</strong> IDT defende a<br />
instalação de salas de consumo<br />
assisti<strong>do</strong> no <strong>Porto</strong>, rejeitan<strong>do</strong><br />
mais uma vez o modelo<br />
preconiza<strong>do</strong> pela CMP, que tem<br />
como filosofia o tratamento e a<br />
reintegração na vida activa.<br />
Entre 2002 e 2006, – altura em<br />
que o Governo, através <strong>do</strong> IDT,<br />
denunciou o protocolo de<br />
colaboração que mantinha com<br />
a CMP – o Programa “<strong>Porto</strong> Feliz”<br />
retirou das ruas da cidade mais<br />
de 500 arruma<strong>do</strong>res de<br />
automóveis toxicodependentes,<br />
ten<strong>do</strong> a maior parte deles<br />
consegui<strong>do</strong> recuperar uma vida<br />
familiar, social e profissional<br />
estável.<br />
O sucesso <strong>do</strong> programa foi, de<br />
resto, reconheci<strong>do</strong> pela maioria<br />
<strong>do</strong>s portuenses, que assistiram à<br />
erradicação quase total deste<br />
flagelo na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
reduzi<strong>do</strong> em quatro anos a pouco mais de 20<br />
arruma<strong>do</strong>res.<br />
Com o fim <strong>do</strong> programa, em Novembro de 2006,<br />
os arruma<strong>do</strong>res começaram a invadir de novo as<br />
ruas da cidade, ten<strong>do</strong> aumenta<strong>do</strong> exponencialmente,<br />
e de forma bem visível, ao longo <strong>do</strong> último ano.<br />
O Presidente <strong>do</strong> Instituto da Droga e<br />
Toxicodependência, João Goulão, e o Governo<br />
têm-se manti<strong>do</strong> irredutíveis na sua decisão,<br />
recusan<strong>do</strong> retomar a parceria que mantinham com<br />
a CMP e sem a qual a autarquia fica impossibilitada<br />
de manter o programa, uma vez que não pode,<br />
por exemplo, fazer internamentos de <strong>do</strong>entes.<br />
Em vez disso, Goulão prefere apostar em alargar<br />
à cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> o modelo a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Lisboa,<br />
que consiste no encaminhamento <strong>do</strong>s<br />
toxicodependentes para os CAT’S, cuja filosofia<br />
assenta na minimização de danos e redução de<br />
riscos, através da utilização de drogas de<br />
substituição e trocas de seringas.<br />
Para além <strong>do</strong>s Centros de Atendimento a<br />
Toxicodependentes, João Goulão insiste também<br />
na criação de “salas de chuto” no <strong>Porto</strong>, uma<br />
proposta que não é <strong>do</strong> agra<strong>do</strong> da CMP, que continua<br />
a defender como solução o tratamento integral<br />
<strong>do</strong> indivíduo em vez da criação de espaços que<br />
apenas servem para “esconder” o fenómeno.<br />
O Presidente <strong>do</strong> IDT defende a<br />
instalação de salas de consumo assisti<strong>do</strong><br />
no <strong>Porto</strong>, rejeitan<strong>do</strong> mais uma vez o<br />
modelo preconiza<strong>do</strong> pela CMP, que tem<br />
como filosofia o tratamento e a<br />
reintegração na vida activa.
PORTO sempre<br />
024<br />
. o que há de novo<br />
A Baixa começa a mexer<br />
Para além <strong>do</strong> Trindade<br />
Coelho – já concluí<strong>do</strong> e<br />
reabilita<strong>do</strong> por dentro e<br />
por fora – são, neste<br />
momento, sete os<br />
quarteirões da Baixa <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, cujos edifícios<br />
estão a ser alvo de<br />
recuperação, no âmbito<br />
<strong>do</strong> processo de<br />
requalificação que tem<br />
vin<strong>do</strong> a ser geri<strong>do</strong> pela<br />
<strong>Porto</strong> Vivo, SRU.<br />
A <strong>Porto</strong> Sempre assinala<br />
aqui, através de<br />
imagens, um breve<br />
ponto de situação.<br />
Trindade Coelho<br />
CARDOSAS<br />
O seu carácter estratégico advém <strong>do</strong> facto de se encontrar na<br />
fronteira entre a Baixa e a Zona Histórica, de que o futuro Hotel<br />
de Charme das Car<strong>do</strong>sas será a principal âncora. As sondagens<br />
geotécnicas comprovaram que existem condições favoráveis à<br />
criação de um parque no «miolo» <strong>do</strong> quarteirão, onde decorrem<br />
as demolições.<br />
SOUSA VITERBO<br />
Dois prédios em obra e outros <strong>do</strong>is já<br />
reabilita<strong>do</strong>s.<br />
PORTO VIVO<br />
Trata-se <strong>do</strong> quarteirão no qual se situa a sede<br />
da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU)<br />
e que conta, neste momento, com três prédios<br />
em obra.
. o que há de novo<br />
PORTO sempre<br />
025<br />
INFANTE<br />
Trata-se de um quarteirão que se encontra praticamente reabilita<strong>do</strong>.<br />
Neste momento, apenas existe um prédio em obra. Refira-se, como<br />
curiosidade, que alguns <strong>do</strong>s edifícios que já se encontram recupera<strong>do</strong>s<br />
sofreram intervenções profundas, quase de raiz.<br />
Um <strong>do</strong>s prédios já reabilita<strong>do</strong> no Infante,<br />
quarteirão que se encontra praticamente<br />
concluí<strong>do</strong>.<br />
CARLOS ALBERTO<br />
Decorrem obras em 13 edifícios, incluin<strong>do</strong> o emblemático Café<br />
Luso. Foi de uma dessas janelas que Humberto Delga<strong>do</strong> falou à<br />
multidão, no histórico comício de 1958.<br />
Um edifício em Carlos Alberto, cuja fachada<br />
já foi reabilitada.<br />
FERREIRA BORGES<br />
Um edifício já reabilita<strong>do</strong> e quatro em obra. Destes, destaque<br />
para o Edifício Douro (futuro Palácio das Artes), que sofreu uma<br />
reabilitação profunda.<br />
CORPO DA GUARDA<br />
Decorrem demolições e trabalhos em 12<br />
prédios. Estão, igualmente, em curso<br />
sondagens arqueológicas.
PORTO sempre<br />
026<br />
Alguns comerciantes <strong>do</strong><br />
Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão não têm<br />
escondi<strong>do</strong> o seu receio<br />
perante a obrigatória decisão<br />
<strong>do</strong> IPPAR – Instituto<br />
Português <strong>do</strong> Património<br />
Arquitectónico, actualmente<br />
denomina<strong>do</strong> IGESPAR,<br />
quanto ao futuro daquele<br />
espaço.<br />
A principal preocupação<br />
incide na eventualidade de,<br />
com a aproximação das<br />
eleições autárquicas, verem<br />
repetida a «guerra» que, em<br />
2005, aquele Instituto <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> moveu à CMP em<br />
torno da construção <strong>do</strong> Túnel<br />
de Ceuta, não resistin<strong>do</strong> à<br />
tentação de condicionamento<br />
político.<br />
Entretanto, o promotor da<br />
obra tem manti<strong>do</strong><br />
conversações regulares com<br />
o IPPAR, ao qual sempre<br />
manifestou total abertura<br />
para adequar o projecto a<br />
todas as exigências legais,<br />
e de acor<strong>do</strong> com as<br />
orientações políticas da<br />
Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de<br />
preservação <strong>do</strong> secular<br />
edifício. No entanto, à<br />
medida que os vários grupos<br />
de pressão política vão<br />
intensifican<strong>do</strong> o grau de<br />
contestação à autarquia, o<br />
IPPAR já começou a sentir o<br />
condicionamento e a levantar<br />
as primeiras reservas.<br />
. o que há de novo<br />
Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão<br />
Comerciantes temem que a “história” <strong>do</strong> Túnel de Ceuta se repita<br />
À medida que os vários<br />
grupos de pressão política<br />
vão intensifican<strong>do</strong> o grau de<br />
contestação à requalificação<br />
<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong>, o IPPAR já<br />
começou, igualmente, a<br />
levantar mais reservas.
. o que há de novo<br />
PORTO sempre<br />
027<br />
Rua Miguel Bombarda requalificada<br />
A Rua Miguel Bombarda vai ser<br />
requalificada. A CMP já abriu,<br />
para o efeito, o respectivo<br />
concurso público com vista à<br />
adjudicação das obras, que<br />
abrangem o troço da Rua da Boa<br />
Nova, entre D. Manuel II e A<strong>do</strong>lfo<br />
Casais Monteiro.<br />
A intervenção consiste na<br />
reformulação de todas as infraestruturas<br />
existentes, incluin<strong>do</strong><br />
a iluminação pública, bem como<br />
na sua transformação em<br />
arruamento pe<strong>do</strong>nal, sem prejuízo<br />
<strong>do</strong>s acessos a garagens, cargas<br />
e descargas e veículos prioritários.<br />
Segun<strong>do</strong> o projecto <strong>do</strong> arquitecto<br />
Filipe Oliveira Dias, o revestimento<br />
final <strong>do</strong> pavimento será feito em<br />
placas de granito serra<strong>do</strong>, micro<br />
cubos de granito e placas de<br />
betão pigmenta<strong>do</strong>, com sete<br />
desenhos distintos e uma série<br />
de caras, esculpidas em granito,<br />
da autoria de Ângelo de Sousa.<br />
Pormenores <strong>do</strong> projecto <strong>do</strong> arquitecto Filipe Oliveira Dias<br />
Animação de mãos dadas com a Arte<br />
e a Cultura<br />
A intervenção vem assim<br />
valorizar, de uma forma<br />
ainda mais acentuada, toda<br />
aquela zona na qual<br />
proliferam galerias de arte,<br />
cuja actividade, inserida num<br />
plano geral de animação<br />
apoia<strong>do</strong> pela Empresa<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>Porto</strong>Lazer e<br />
patrocina<strong>do</strong> pela marca «The<br />
Famous Grouse», já a<br />
transformou num roteiro de<br />
referência na cidade, tanto<br />
a nível cultural como de puro<br />
lazer.<br />
Ainda recentemente, a Rua<br />
Miguel Bombarda foi palco<br />
de mais uma inauguração<br />
simultânea de novas<br />
exposições, uma festa que<br />
ocorre de <strong>do</strong>is em <strong>do</strong>is meses<br />
e que, para além de constituir<br />
um verdadeiro «happening»<br />
artístico, tem mereci<strong>do</strong> a total<br />
adesão das galerias de arte e<br />
atraí<strong>do</strong> muito público.<br />
Paralelamente às mostras<br />
patentes nas 25 galerias ali<br />
situadas, apoiadas por<br />
restaurantes, cafés e lojas,<br />
com particular referência para<br />
o Centro Comercial Bombarda,<br />
os visitantes são<br />
surpreendi<strong>do</strong>s por um vasto<br />
leque de actividades de<br />
animação de rua, em que a<br />
música, a pintura e alguns<br />
«sketches» teatrais estão no<br />
centro das atenções.<br />
O Centro Comercial Bombarda já é uma referência
PORTO sempre<br />
028<br />
. o que há de novo<br />
Projecto de reabilitação <strong>do</strong> Palácio de Cristal<br />
Candidatura ao QREN<br />
com boas condições de sucesso<br />
Processo de apresentação de<br />
candidaturas só foi aberto em<br />
mea<strong>do</strong>s de Maio. Prazo termina<br />
a 29 de Agosto.<br />
O financiamento <strong>do</strong> projecto de<br />
reabilitação <strong>do</strong> Pavilhão Rosa<br />
Mota/Palácio de Cristal aguarda<br />
pelo resulta<strong>do</strong> da candidatura ao<br />
QREN – Quadro de Referência<br />
Estratégico Nacional, mais<br />
especificamente ao Programa<br />
Operacional de Valorização <strong>do</strong><br />
Território.<br />
O respectivo processo de<br />
candidatura foi posto em marcha<br />
logo após a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> ter recebi<strong>do</strong> a proposta final<br />
de constituição da parceria públicoprivada<br />
que irá assegurar a gestão<br />
daquele equipamento e na qual a<br />
autarquia, através da Empresa<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>Porto</strong>Lazer, detém uma<br />
participação de 20%.<br />
O aviso de candidatura aos fun<strong>do</strong>s<br />
comunitários, em concreto àquele<br />
programa, foi aberto apenas a 12<br />
de Maio, ten<strong>do</strong> como data limite<br />
o dia 29 de Agosto próximo.<br />
Dada a inequívoca importância<br />
que aquele espaço representa tanto<br />
para a cidade como para a própria<br />
região, existem perspectivas<br />
positivas quanto ao sucesso da<br />
candidatura.<br />
Reabilitar e modernizar uma<br />
infra-estrutura<br />
que é uma âncora importante<br />
na economia urbana<br />
A fusão das duas propostas iniciais<br />
para a gestão <strong>do</strong> «novo» Rosa<br />
Mota/Palácio de Cristal permitiu<br />
a criação de condições ímpares no<br />
senti<strong>do</strong> de transformar aquele<br />
equipamento – actualmente<br />
bastante degrada<strong>do</strong> – num<br />
moderno e polivalente espaço<br />
multiusos.<br />
Desporto, música, turismo de<br />
negócios e familyshows<br />
- algumas das principais<br />
vertentes funcionais da nova<br />
infra-estrutura<br />
O perfil e vocação <strong>do</strong>s parceiros<br />
em causa – AEP, Associação<br />
Amigos <strong>do</strong> Coliseu, por um la<strong>do</strong>,<br />
e Parque Expo/Pavilhão Atlântico,<br />
por outro – garantem marca de<br />
qualidade aos eventos que, no<br />
futuro, venham a ter lugar no Rosa<br />
Mota/Palácio de Cristal,<br />
permitin<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>, a<br />
necessária complementaridade e<br />
a criação de sinergias adequadas<br />
ao êxito da sua gestão.<br />
Com efeito, cada uma daquelas<br />
entidades dispõe de reconheci<strong>do</strong><br />
«know how» nas principais áreas<br />
funcionais previstas para aquele<br />
espaço, desde a realização de feiras<br />
e congressos (AEP), passan<strong>do</strong> por<br />
espectáculos de grande escala,<br />
musicais ou outros (Amigos <strong>do</strong><br />
Coliseu/Pavilhão Atlântico). Isto<br />
sem esquecer, evidentemente, a<br />
vertente desportiva, uma espécie<br />
de ADN da sua própria existência<br />
O antigo Palácio de Cristal<br />
e cujas exigências, relacionadas com a Alta<br />
Competição, implicam novos requisitos logísticos,<br />
que já não se compadecem com condições anacrónicas<br />
de funcionamento.<br />
Foi – recorde-se – no «velho» Palácio que o país<br />
vibrou com assinaláveis êxitos desportivos,<br />
nomeadamente nos tempos em que Portugal dava<br />
cartas no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> hóquei em patins, modalidade<br />
que o aju<strong>do</strong>u a perpetuar no imaginário desportivo<br />
portuense.<br />
Turismo de negócios - uma vertente a<br />
desenvolver<br />
De entre as diversas valências previstas para<br />
o novo Palácio, uma delas assume particular<br />
relevância: falamos <strong>do</strong> Turismo de Negócios,<br />
uma área que, para se desenvolver, necessita<br />
de espaços amplos e de qualidade.<br />
De referir que, no <strong>Porto</strong>, existe actualmente<br />
uma acentuada falta de oferta de<br />
equipamentos destina<strong>do</strong>s à realização de<br />
congressos e encontros empresariais com<br />
mais de um milhar de participantes, pelo<br />
que a reabilitação daquela estrutura se afigura<br />
de grande actualidade, até porque, dada a<br />
sua multifuncionalidade, evitaria a construção<br />
de raiz de novos equipamentos.
. o que há de novo<br />
PORTO sempre<br />
029<br />
Revitalização: aumenta a procura pela Baixa<br />
O projecto da revitalização<br />
da Baixa – uma das<br />
prioridades <strong>do</strong> actual<br />
Executivo – trouxe mais<br />
gente para as ruas e novos<br />
projectos priva<strong>do</strong>s,<br />
sobretu<strong>do</strong> liga<strong>do</strong>s à área<br />
da restauração. A ampla e<br />
arejada Avenida <strong>do</strong>s<br />
Alia<strong>do</strong>s e o Teatro<br />
<strong>Municipal</strong> Rivoli servem de<br />
palcos, cada vez mais, a<br />
grandes iniciativas – Árvore<br />
de Natal, Corrida da<br />
Mulher, Festa da<br />
Primavera, peças de teatro,<br />
os musicais de La Féria, etc.<br />
Dinamiza-se o meio artístico<br />
e empresarial. Ganha nova<br />
vida o “coração” da cidade.<br />
São os próprios empresários<br />
da restauração a admiti-lo:<br />
vê-se, de novo, mais gente<br />
na Baixa, sobretu<strong>do</strong> aos<br />
fins-de-semana. A<br />
renovação da Avenida <strong>do</strong>s<br />
Alia<strong>do</strong>s tem permiti<strong>do</strong> uma<br />
crescente utilização da sua<br />
placa central, ao estilo das<br />
grandes cidades europeias.<br />
A renovada Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s acolhe os mais diversos eventos<br />
. Depoimentos<br />
“O restaurante abriu em Fevereiro<br />
precisamente por causa <strong>do</strong><br />
propala<strong>do</strong> projecto da<br />
revitalização da Baixa. Não havia<br />
nada <strong>do</strong> género nesta zona. Ao<br />
fim-de-semana estamos abertos<br />
até mais tarde, o que significa<br />
que apostamos na vinda de<br />
pessoas a esta zona da cidade.<br />
Por exemplo, é notória mais<br />
gente quan<strong>do</strong> há mudanças de<br />
espectáculos no Rivoli. Há mais<br />
bares na Baixa, o que também<br />
ajuda. É bom que as pessoas se<br />
lembrem que em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>,<br />
a Baixa é o sítio onde tu<strong>do</strong> se<br />
passa. Isso tem de acontecer<br />
também no <strong>Porto</strong>. É importante<br />
a revitalização, que não passa<br />
só pela restauração,<br />
mas também pela pluralidade de<br />
projectos e a permanência das<br />
pessoas na zona.”<br />
Catarina Teixeira de Sousa, gerente<br />
<strong>do</strong> Restaurante “Al Forno”<br />
“A questão <strong>do</strong> Rivoli foi muito bem resolvida.<br />
Durante muitos anos, a Baixa foi perden<strong>do</strong><br />
vitalidade e gente. Com a solução encontrada<br />
para o teatro, a zona envolvente ganhou nova<br />
vida, sobretu<strong>do</strong>, aos fins-de-semana. Nos<br />
nossos restaurantes há novos clientes que vem<br />
por causa de toda a animação na Baixa. Para<br />
além <strong>do</strong> Rivoli, a Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, que<br />
não ficou tão feia como tanta gente apregoa,<br />
tem múltiplas actividades e durante quase<br />
to<strong>do</strong> o ano. Tornou-se funcional, muito prática.<br />
Por si só traz mais gente para a Baixa. Só<br />
espero que to<strong>do</strong>s os projectos que se falam<br />
para esta zona andem para a frente e o mais<br />
rapidamente possível. Só falta ver mais pessoas<br />
a morar nesta zona da cidade.”<br />
Sérgio Oliveira, gerente <strong>do</strong>s restaurantes<br />
“Conga”
PORTO sempre<br />
030<br />
. o que há de novo<br />
38 escolas beneficiadas com o Programa Escola Viva<br />
Escolas alvo de requalificação durante o Verão<br />
Aproveitan<strong>do</strong> as férias escolares<br />
<strong>do</strong> Verão, a autarquia portuense<br />
está a intervir, uma vez mais,<br />
no parque escolar <strong>do</strong> 1.º Ciclo<br />
<strong>do</strong> Ensino Básico. As escolas<br />
EB1 <strong>do</strong> Viso e EB1 <strong>do</strong> Campo<br />
24 de Agosto são os <strong>do</strong>is<br />
equipamentos educativos alvos<br />
de requalificação integral.<br />
Para além das obras exteriores<br />
ao nível <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>, as<br />
empreitadas contemplam a<br />
reabilitação <strong>do</strong> interior e a<br />
melhoria das acessibilidades<br />
para pessoas com mobilidade<br />
reduzida, num investimento<br />
total de cerca de 900 mil euros.<br />
“Melhor escola, mais justiça<br />
social” é o mote das<br />
intervenções que visam<br />
proporcionar condições de<br />
excelência nas escolas <strong>do</strong><br />
1.º Ciclo, conforme referiu Vladimiro Feliz,<br />
Verea<strong>do</strong>r da Educação, Juventude e Inovação.<br />
Com estas obras eleva para 38 o número de<br />
escolas alvo de beneficiação no âmbito <strong>do</strong><br />
programa municipal “Escola Viva”.<br />
Alunos <strong>do</strong> 1º Ciclo com cantinas melhores<br />
Requalificação da EB 1 da Torrinha:<br />
um mau exemplo de aplicação de<br />
dinheiros públicos<br />
No concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> existem<br />
55 escolas básicas <strong>do</strong> 1º Ciclo,<br />
frequentadas por mais de 11<br />
mil alunos, onde são servidas<br />
diariamente mais de cinco mil<br />
refeições. Depois de uma<br />
auditoria externa, mandada<br />
fazer pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>, chega-se à conclusão<br />
que a qualidade das cantinas e<br />
cozinhas das escolas <strong>do</strong> 1º<br />
Ciclo, num total de 48, é<br />
aceitável e bastante<br />
satisfatória. “No final deste<br />
ano, esperamos ter cantinas<br />
escolares de referência”,<br />
adianta o Verea<strong>do</strong>r da<br />
Educação, Vladimiro Feliz. Neste<br />
âmbito, a autarquia vai investir<br />
500 mil euros na melhoria das<br />
cantinas. Desde 2002 foram<br />
investi<strong>do</strong>s 20 milhões de euros,<br />
totalmente suporta<strong>do</strong>s pelo<br />
orçamento municipal, na<br />
requalificação <strong>do</strong> parque<br />
escolar.<br />
A EB 1 da Torrinha foi requalificada em Setembro<br />
de 2007, ten<strong>do</strong> as obras ascendi<strong>do</strong> a cerca de<br />
meio milhão de euros.<br />
Apesar desse investimento, foram sen<strong>do</strong><br />
registadas diversas anomalias, por exemplo ao<br />
nível das comunicações telefónicas de e para<br />
o interior daquele estabelecimento escolar, bem<br />
como um conjunto de deficiências relacionadas<br />
com infiltrações de água, algumas das quais<br />
causadas por actos de vandalismo.<br />
Perante as queixas de pais e professores, foi<br />
realizada uma auditoria interna, que acusou<br />
falhas e procedimentos graves ao nível da GOP<br />
– Empresa de Gestão de Obras Públicas e da<br />
DomusSocial, E. M., as quais assumem maior<br />
culpa <strong>do</strong> que a que poderia ser imputada ao<br />
próprio empreiteiro.<br />
Um caso que não ilustra, portanto, uma correcta<br />
aplicação <strong>do</strong>s dinheiros públicos, por parte da<br />
própria CMP.<br />
• 55 escolas básicas <strong>do</strong> 1ºCiclo<br />
• 5000 refeições diárias<br />
• 500 mil euros de investimento em 2008
. o que há de novo<br />
<strong>Porto</strong> de Futuro<br />
Boas práticas entre empresas e escolas<br />
O envolvimento de algumas<br />
empresas com escolas básicas<br />
da cidade, no âmbito <strong>do</strong><br />
programa <strong>Porto</strong> de Futuro,<br />
prossegue a bom ritmo. Ainda<br />
recentemente, a Corticeira<br />
Amorim “apadrinhou” a<br />
plantação de sobreiros no Parque<br />
Urbano <strong>do</strong> Covelo pelas crianças<br />
<strong>do</strong> Ensino Pré-Escolar <strong>do</strong><br />
Agrupamento Vertical de Escolas<br />
Leonar<strong>do</strong> Coimbra (Filho). Já o<br />
CEO da Unicer, Pires de Lima,<br />
esteve na escola de Miragaia<br />
para falar da sua experiência<br />
profissional. Também a BA<br />
Vidros destacou o <strong>Porto</strong> de<br />
Futuro no seu relatório de<br />
actividades e contas de 2007,<br />
como exemplo de boas práticas<br />
no relacionamento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
empresarial e escolar.<br />
PORTO sempre<br />
031<br />
O Programa <strong>Porto</strong> de Futuro é promovi<strong>do</strong> pela<br />
CMP em colaboração com a Direcção Regional de<br />
Educação <strong>do</strong> Norte, os 17 agrupamentos verticais<br />
de escolas e 17 empresas da Região Norte.<br />
CMP galar<strong>do</strong>ada<br />
com “Prémio<br />
Autarquias”<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
(CMP) foi galar<strong>do</strong>ada com o<br />
“Prémio Autarquias”, no<br />
âmbito <strong>do</strong>s prémios Hospital<br />
de Futuro 2007/2008, com<br />
um projecto cujo objectivo<br />
vai para a prevenção da<br />
obesidade infantil nas<br />
escolas básicas <strong>do</strong> 1º Ciclo.<br />
O prémio obti<strong>do</strong> pela<br />
candidatura da CMP pretende<br />
premiar a melhor<br />
contribuição autárquica para<br />
a saúde. A Câmara conta,<br />
para isso, com a colaboração<br />
da Faculdade de Ciências da<br />
Nutrição e Alimentação da<br />
Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> na<br />
elaboração das ementas das<br />
cantinas escolares, e da<br />
Empresa <strong>Municipal</strong><br />
<strong>Porto</strong>Lazer e da Rede<br />
<strong>Municipal</strong> de Piscinas para<br />
a organização de uma série<br />
de iniciativas saudáveis,<br />
realizadas no âmbito <strong>do</strong><br />
projecto “<strong>Porto</strong> de<br />
Actividades”.<br />
Estudantes aderem ao projecto de voluntaria<strong>do</strong><br />
O projecto de Voluntaria<strong>do</strong><br />
Estudantil arrancou com a<br />
participação de mais de uma<br />
vintena de estudantes da<br />
Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
Universidade Católica Portuguesa<br />
“Aprender a Empreender”<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está<br />
a implementar no âmbito <strong>do</strong><br />
programa <strong>Porto</strong> de Futuro e em<br />
parceria com a Associação<br />
“Aprender a Empreender”,<br />
congénere portuguesa da “Júnior<br />
Achievement”, um programa de<br />
promoção <strong>do</strong><br />
empreende<strong>do</strong>rismo e literacia<br />
financeira nas escolas básicas<br />
da cidade. Trinta e um<br />
voluntários, de várias direcções<br />
municipais, leccionaram,<br />
durante seis semanas, em<br />
diferentes escolas da cidade<br />
três programas desenvolvi<strong>do</strong>s<br />
pela referida associação. Um<br />
deles foi o próprio<br />
Verea<strong>do</strong>r da<br />
Educação, Vladimiro<br />
Feliz, que<br />
e Instituto Politécnico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Integra<strong>do</strong> no<br />
Programa <strong>Porto</strong> de Futuro, o projecto desenvolve<br />
uma estratégia, pensada pela CMP e estruturada em<br />
conjunto com instituições de ensino superior, que<br />
se propõe reduzir o índice de insucesso e aban<strong>do</strong>no<br />
escolar <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> ensino básico da cidade.<br />
“deu” lições sobre “Economia para o Sucesso” a uma<br />
turma <strong>do</strong> 9º ano da Escola EB 2,3 Irene Lisboa. Os<br />
programas abordaram diferentes temáticas, como a<br />
da Família, destinadas a estudantes <strong>do</strong> 1º ano <strong>do</strong><br />
1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico, Comunidade, para alunos<br />
<strong>do</strong> 2º ano <strong>do</strong> mesmo Ciclo, e Economia, para alunos<br />
<strong>do</strong> 8º/9º ano <strong>do</strong> 3º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico.
PORTO sempre<br />
032<br />
. o que há de novo<br />
Gestão Integrada de Contra-Ordenações<br />
Na continuidade <strong>do</strong> espírito de inovação, a Direcção <strong>Municipal</strong> de<br />
Sistemas de Informação (DMSI), em parceria com o Departamento<br />
<strong>Municipal</strong> Jurídico e Contencioso (DMJC), implementou, ao longo<br />
de 2007 e já este ano, o projecto de Gestão Integrada de Contra-<br />
Ordenações (GIC). Foi assim optimizada a gestão das contraordenações<br />
na CMP, com a reorganização <strong>do</strong>s processos internos,<br />
tiran<strong>do</strong> parti<strong>do</strong> das novas tecnologias. O projecto teve a contribuição<br />
da Faculdade de Engenharia da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (FEUP), que<br />
participou quer na gestão quer na implementação <strong>do</strong> projecto.<br />
Como funciona o GIC<br />
O registo <strong>do</strong> auto é feito, de forma automática, pelos serviços<br />
fiscaliza<strong>do</strong>res da CMP. É possível o pagamento voluntário e<br />
a codificação imediata <strong>do</strong> tipo de infracção (o GIC cobre<br />
mais de 1600 infracções), a digitalização integral e partilha<br />
de <strong>do</strong>cumentos e também a automatização da expedição<br />
massiva dessa <strong>do</strong>cumentação. O GIC garante a uniformização<br />
da produção de informação, controlo e prevenção de<br />
duplicação de tarefas e, sobretu<strong>do</strong>, a minimização de erros.<br />
Microsoft Internacional<br />
distingue Câmara <strong>Municipal</strong><br />
O Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro da Educação,<br />
Juventude e Inovação, Vladimiro Feliz,<br />
em representação da autarquia, recebeu<br />
o prémio “Solução Sustentável 2008”,<br />
promovi<strong>do</strong> pela Microsoft. O “Portal <strong>do</strong><br />
Executivo” da CMP foi distingui<strong>do</strong> como<br />
referência internacional durante o Fórum<br />
“Soluções para a Administração Pública<br />
Local e Regional”, promovi<strong>do</strong> por aquela<br />
empresa multinacional e que reuniu, no<br />
<strong>Porto</strong>, mais de 300 líderes europeus <strong>do</strong><br />
sector. A criação <strong>do</strong> portal permitiu<br />
desmaterializar to<strong>do</strong> o processo de suporte<br />
às reuniões de Câmara, aumentan<strong>do</strong> de<br />
forma significativa os seus níveis de<br />
eficiência. Com esta solução, foi possível<br />
aban<strong>do</strong>nar o recurso ao suporte de papel,<br />
passan<strong>do</strong>, assim, para o <strong>do</strong>mínio digital.<br />
GEOPORTO • Sistema Integra<strong>do</strong> de Gestão de<br />
Informação Geográfica<br />
O Sistema de Informação<br />
Geográfica (SIG) da autarquia<br />
está, desde o final de 2007,<br />
a ser reestrutura<strong>do</strong>. O novo<br />
sistema designa<strong>do</strong> por<br />
GEOPORTO resulta de um<br />
projecto conjunto das<br />
direcções municipais de<br />
Sistemas de Informação,<br />
Urbanismo, Serviços da<br />
Presidência e das Finanças e<br />
Património. Com este novo<br />
sistema é possível obter<br />
informação em tempo real e,<br />
consequentemente, suportar<br />
melhor os fundamentos das<br />
decisões tomadas, permitin<strong>do</strong><br />
serviços de maior qualidade.<br />
Pela sua qualidade inova<strong>do</strong>ra,<br />
o GEOPORTO foi galar<strong>do</strong>a<strong>do</strong>,<br />
a nível nacional, com o<br />
prémio “Projecto SIG 2007”<br />
pela ESRI Portugal, tornan<strong>do</strong>se<br />
uma referência nesta área.<br />
Para que serve o<br />
GEOPORTO<br />
Este portal disponibiliza<br />
informação geográfica e<br />
alfanumérica para consulta<br />
e edição on-line (toponímia,<br />
cartografia base, PDM,<br />
operações urbanísticas,<br />
informação temática, etc).<br />
A informação geográfica<br />
está catalogada por áreas<br />
temáticas, facilitan<strong>do</strong> assim<br />
a sua pesquisa e obtenção.<br />
Secretário de Esta<strong>do</strong> Eduar<strong>do</strong> Cabrita e<br />
o Verea<strong>do</strong>r Vladimiro Feliz
. o que há de novo<br />
PORTO sempre<br />
033<br />
Simplificar procedimentos para melhorar a imagem da Via Pública<br />
José Duarte é o novo director municipal da<br />
Via Pública (DMVP) desde Março. Propõe-se<br />
cumprir um caderno de encargos que passa,<br />
especialmente, pelo “arrumar da casa”<br />
internamente, como o próprio define, a fim<br />
de melhorar a imagem <strong>do</strong>s serviços<br />
municipais da Via Pública junto<br />
<strong>do</strong>s munícipes. Entre outros<br />
projectos, pretende elaborar<br />
um Manual de Procedimentos<br />
<strong>do</strong>s serviços ao mesmo tempo<br />
que será a<strong>do</strong>ptada uma<br />
atitude de rigor na execução<br />
orçamental. Tu<strong>do</strong> para que<br />
se “possa melhorar a imagem<br />
externa desta direcção<br />
municipal”, segun<strong>do</strong> define<br />
José Duarte. Como novidade,<br />
o Director da DMVP, que é tutelada pelo Verea<strong>do</strong>r<br />
Lino Ferreira propõem-se implementar um<br />
projecto de requalificação <strong>do</strong> espaço público<br />
com o objectivo de “corrigir erros acumula<strong>do</strong>s,<br />
intervenções menos bem articuladas entre<br />
serviços municipais e entidades externas, que<br />
beneficie, reabilite e modernize o existente”.<br />
José Duarte nasceu em Outubro de 1958.<br />
É licencia<strong>do</strong> em Engenharia Civil pela<br />
Faculdade de Engenharia da Universidade<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Ingressou na CMP em Outubro<br />
de 2002, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> nomea<strong>do</strong> chefe da<br />
divisão de edificações urbanas e, mais tarde,<br />
director <strong>do</strong> Departamento <strong>Municipal</strong> de<br />
Gestão Urbanística e Fiscalização. Desde<br />
Março que é Director <strong>Municipal</strong> da Via<br />
Pública.<br />
Mudanças nas empresas municipais<br />
O Executivo <strong>Municipal</strong> promoveu mudanças na administração<br />
de duas empresas municipais: Gestão de Obras Públicas (GOP)<br />
e DomusSocial. Trata-se de alguns ajustamentos, “ten<strong>do</strong> em<br />
vista a melhoria contínua <strong>do</strong>s serviços”. Assim, na GOP, Pinho<br />
da Costa (na foto) substituiu na presidência Vitorino Ferreira,<br />
que se aposentou. A vice-presidência passou a ser ocupada<br />
por Barbosa Pinto. O Conselho de Administração ficou<br />
completo com a escolha de Alzira Torres para vogal. Na<br />
DomusSocial, a presidência está sob alçada da Verea<strong>do</strong>ra<br />
da Habitação e Acção Social, Matilde Alves. A vicepresidência<br />
é exercida por Barbosa Pinto. Filipa Melo,<br />
35 anos, licenciada em Relações Internacionais, transita<br />
<strong>do</strong> Pelouro da Habitação Social e Acção Social, para a<br />
DomusSocial, como vogal.<br />
Pinho da Costa nasceu em<br />
Maio de 1965. É licencia<strong>do</strong><br />
em Direito pela Universidade<br />
Portucalense Infante<br />
D. Henrique. Desde<br />
2002 que exercia<br />
funções de vogal<br />
no Conselho de<br />
Administração da<br />
DomusSocial e<br />
de vogal não<br />
executivo na<br />
GOP.<br />
Combate ao absentismo na CMP<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
conseguiu baixar o absentismo,<br />
entre 2006 e 2007, por <strong>do</strong>ença<br />
(-20,29%) e <strong>do</strong>ença<br />
profissional (-32,30%) entre<br />
os seus colabora<strong>do</strong>res, segun<strong>do</strong><br />
revela o “Balanço Social”<br />
apresenta<strong>do</strong> pelo Verea<strong>do</strong>r das<br />
Actividades Económicas,<br />
Protecção Civil e Recursos<br />
Humanos, Manuel Sampaio<br />
Pimentel. A intervenção junto,<br />
nomeadamente, da Ordem <strong>do</strong>s<br />
Médicos para combate à fraude<br />
aju<strong>do</strong>u a acentuar aquelas<br />
descidas, ainda que, a nível<br />
global, a taxa de absentismo<br />
tenha sofri<strong>do</strong> uma acréscimo<br />
de 3,07%. Por outro la<strong>do</strong>, e<br />
sem prejudicar o normal<br />
funcionamento da autarquia,<br />
o número de colabora<strong>do</strong>res<br />
diminuiu de 3310, em 2006,<br />
para 3218, em 2007 (menos<br />
92 funcionários, ou seja, -<br />
2,78%).<br />
Nº DE COLABORADORES<br />
2006 >> 3310<br />
2007 >> 3218<br />
ACÇÕES DE FORMAÇÃO<br />
2006 >> 180 (acções internas)<br />
2007 >> 244 (+35,56%)
PORTO sempre<br />
034<br />
. o que há de novo<br />
Sapa<strong>do</strong>res têm mais 29 homens<br />
Vinte e nove homens entraram<br />
para o quadro de pessoal <strong>do</strong><br />
Batalhão de Sapa<strong>do</strong>res<br />
Bombeiros (BSB) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
após um ano de formação na<br />
Escola Coronel Pinto<br />
Henriques. Os novos<br />
bombeiros vêm colmatar o<br />
défice de efectivos existente<br />
há alguns anos e que o<br />
Executivo, desde 2002, vinha<br />
tentan<strong>do</strong> colmatar por acção<br />
directa junto <strong>do</strong> Governo.<br />
Contam-se, agora, cerca de<br />
240 elementos no Batalhão.<br />
Um “trabalho de consistência”<br />
desenvolvi<strong>do</strong> pela autarquia<br />
nos últimos anos no BSB para<br />
o <strong>do</strong>tar de um corpo que<br />
cumpra as necessidades que<br />
se apresentam e de meios<br />
técnicos capazes de responder<br />
às dificuldades no âmbito da<br />
Protecção Civil da<br />
responsabilidade <strong>do</strong> Verea<strong>do</strong>r<br />
Manuel Sampaio Pimentel.<br />
29 elementos foram integra<strong>do</strong>s<br />
nos quadros <strong>do</strong> BSB<br />
O<br />
Batalhão<br />
passa a ter<br />
240<br />
elementos<br />
Prove<strong>do</strong>r <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong>s Cidadãos com Deficiência<br />
Um <strong>Porto</strong> de to<strong>do</strong>s e para to<strong>do</strong>s<br />
A Prove<strong>do</strong>ria <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong>s Cidadãos com Deficiência acaba de<br />
fazer o balanço de quatro anos de actividade (2004-2008). Sob<br />
o lema “<strong>Porto</strong>: A Mobilidade como Realidade”, foram realizadas<br />
intervenções pontuais e em grandes<br />
espaços, que incidiram, por exemplo, na<br />
Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, Rua <strong>do</strong> Ameixial,<br />
<strong>do</strong> Viso, zonas envolventes <strong>do</strong>s estádios<br />
<strong>do</strong> Bessa e Dragão e estações <strong>do</strong> Metro.<br />
“Hoje não há obra que não cumpra os<br />
critérios de acessibilidade e os<br />
transportes públicos são amigáveis<br />
e servem a to<strong>do</strong>s”, sublinha<br />
João Cottim, Prove<strong>do</strong>r<br />
<strong>Municipal</strong> e Metropolitano,<br />
para quem “um novo <strong>Porto</strong><br />
começa a poder ser visto e<br />
usufruí<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s. Nunca<br />
podemos esquecer que uma<br />
cidade que não é para to<strong>do</strong>s<br />
João Cottim<br />
não serve para ninguém”.<br />
. Depoimento<br />
“Há questões pontuais que foram sen<strong>do</strong><br />
realizadas e que tiveram uma maior sensibilidade<br />
para com as pessoas com deficiência. Isso é<br />
bem patente nas intervenções que têm si<strong>do</strong><br />
feitas na cidade como é o caso da Avenida <strong>do</strong>s<br />
Alia<strong>do</strong>s. Houve uma política clara, por exemplo,<br />
de rebaixamento das passadeiras, no<br />
alinhamento de árvores e mobiliário urbano.<br />
Encontramos casos idênticos na Praça <strong>do</strong><br />
Marquês, nos estádios <strong>do</strong> Bessa e <strong>do</strong> Dragão.<br />
Nota-se que há uma evolução por parte <strong>do</strong><br />
poder político em conjugação com a prove<strong>do</strong>ria.<br />
O resulta<strong>do</strong> é evidente. Há mais por onde<br />
intervir, mas vamos esperar que este<br />
desenvolvimento prossiga a bem de to<strong>do</strong>s os<br />
munícipes <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.”<br />
Susana Macha<strong>do</strong>, Arquitecta
. o que há de novo<br />
PORTO sempre<br />
035<br />
Homenagem ao General Humberto Delga<strong>do</strong><br />
Humberto Delga<strong>do</strong> foi recebi<strong>do</strong> no <strong>Porto</strong>, em<br />
1958, por mais de duzentas mil pessoas.<br />
Cinquenta anos depois, a Câmara <strong>Municipal</strong>,<br />
o Governo Civil e a Fundação Humberto<br />
Delga<strong>do</strong>, assinalaram a data com um conjunto<br />
de iniciativas da qual se destacou a<br />
inauguração da estátua ao General sem Me<strong>do</strong>,<br />
situada na Praça Carlos Alberto. Evocou-se,<br />
nas palavras <strong>do</strong> Presidente da CMP, Rui Rio,<br />
“a grandeza de um homem que na hora certa<br />
foi capaz de assumir o confronto, liderar a<br />
iniciativa e carregar sobre os ombros os riscos<br />
de um desafio que o regime considerava<br />
intolerável, e que fez tremer os centros<br />
<strong>do</strong> poder”.<br />
. Depoimento<br />
“Foi o homem que deu o grande grito de liberdade e logo na<br />
cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Pediram-me somente que retratasse com toda<br />
a objectividade a figura <strong>do</strong> General. Por isso, fiz uma estátua,<br />
em que se vê Humberto Delga<strong>do</strong>, farda<strong>do</strong>, envolto com a<br />
bandeira nacional e com o dinamismo que caracterizou a sua<br />
vida política. Considero muito feliz a ideia de ser o <strong>Porto</strong> a<br />
fazer esta homenagem. Foi daqui que ele levantou a multidão<br />
contra o regime de Salazar. Deu uma grande esperança ao País.<br />
O <strong>Porto</strong> fica, sem sombra de dúvida, mais engrandeci<strong>do</strong> com<br />
esta estátua”.<br />
José Rodrigues, escultor<br />
Museu da Indústria vai ter nova localização<br />
O Museu da Indústria vai<br />
reabrir as portas ainda este<br />
ano em novas instalações,<br />
situadas na zona industrial <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>. Numa nave industrial<br />
de grandes dimensões nascerá<br />
uma exposição de carácter<br />
permanente denominada<br />
“<strong>Porto</strong> Industrial” onde estarão<br />
representa<strong>do</strong>s os principais<br />
sectores industriais <strong>do</strong> Grande<br />
<strong>Porto</strong> desde mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século<br />
XIX até à actualidade. Terá<br />
ainda um Centro de<br />
Documentação, dedica<strong>do</strong> à<br />
preservação de acervos<br />
empresariais, e um outro<br />
espaço dedica<strong>do</strong> à<br />
apresentação de novas áreas<br />
<strong>do</strong> investimento industrial,<br />
dan<strong>do</strong> a conhecer o que de mais inova<strong>do</strong>r se<br />
está a fazer em áreas tão distintas como o<br />
design de produto, controlo de qualidade,<br />
nanotecnologia, gestão de recursos naturais<br />
e eco-eficiência.<br />
NOVA MORADA<br />
Museu da Indústria<br />
Rua Eng. Ferreira Dias, 1095
PORTO sempre<br />
036<br />
. o que há de novo<br />
Festa da Primavera nos Alia<strong>do</strong>s<br />
A Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s floriu-<br />
-se, durante três dias, para<br />
receber a Festa da Primavera,<br />
anteriormente denominada<br />
Festa das Flores, iniciativa<br />
da CMP, através <strong>do</strong> Pelouro<br />
das Actividades Económicas<br />
e da Empresa <strong>Municipal</strong><br />
<strong>Porto</strong>Lazer. A abertura <strong>do</strong><br />
certame contou com a<br />
presença <strong>do</strong>s verea<strong>do</strong>res<br />
das Actividades Económicas,<br />
Cultura e Lazer, Sampaio<br />
Pimentel e Gonçalo<br />
Gonçalves, respectivamente.<br />
Plantas e flores estiveram à<br />
venda, a par de actividades<br />
desportivas, passagens de<br />
modelos e workshops de arte<br />
floral, origami e jardinagem,<br />
desfile de moda com vesti<strong>do</strong>s<br />
de noiva (e respectivos<br />
ramos) confecciona<strong>do</strong>s com<br />
flores. A animação esteve a<br />
cargo da Banda Sinfónica<br />
Portuguesa, <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Feira <strong>do</strong> Livro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> acolheu mais de 150 editores<br />
Germano Silva na Feira <strong>do</strong> Livro<br />
Mais de centena e meia de editores, incluin<strong>do</strong><br />
editores representa<strong>do</strong>s e com pavilhão próprio,<br />
marcaram presença na 78ª edição da Feira <strong>do</strong><br />
Livro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que decorreu de 21 de Maio a<br />
10 de Junho, no Pavilhão Rosa Mota.<br />
O certame agrupou 96 stands e dele fez parte<br />
um vasto conjunto de iniciativas culturais,<br />
entre as quais a homenagem ao jornalista e<br />
historia<strong>do</strong>r portuense Germano Silva (autor<br />
em destaque) e ao alfarrabista Nuno Canavez,<br />
para além de diversos debates e da exposição<br />
«As Manchetes <strong>do</strong> Regicídio», organizada pelo<br />
Museu Nacional de Imprensa.<br />
A Feira <strong>do</strong> Livro, que na opinião <strong>do</strong> Presidente<br />
da CMP, «é um evento cultural mais <strong>do</strong> que<br />
enraiza<strong>do</strong> na cidade e que os portuenses já<br />
se habituaram a tratar com carinho», poderá<br />
regressar, para o ano, à Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s<br />
– pelo menos é esse o desejo da autarquia.<br />
Inauguração da Feira <strong>do</strong> Livro
. o que há de novo<br />
PORTO sempre<br />
037<br />
A cultura de Bairro a Bairro<br />
O <strong>Porto</strong>, Bairro a Bairro é um<br />
projecto de inclusão social <strong>do</strong><br />
Pelouro da Habitação e Acção<br />
Social, que procura criar<br />
oportunidades a quem<br />
habitualmente as não tem,<br />
através de uma programação<br />
regular, distribuída por toda<br />
a cidade e muito diversificada.<br />
Cria<strong>do</strong> para o <strong>Porto</strong>, o projecto<br />
tem desenvolvi<strong>do</strong> diferentes<br />
ciclos, como os ‘Concertos de<br />
Páscoa’, dedica<strong>do</strong>s ao canto<br />
gregoriano e a<br />
polifonia sacra, ou<br />
as ‘Noites <strong>do</strong><br />
Mun<strong>do</strong>’,<br />
programan<strong>do</strong><br />
músicas e danças<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, como<br />
sucedeu com<br />
‘<strong>Porto</strong> Interior’,<br />
com Rão Kyao e<br />
Lu Yanan. Este<br />
ano iniciou-se<br />
um novo ciclo, designa<strong>do</strong> ‘Folk<br />
Music’, com o grupo portuense<br />
‘Mandrágora’.<br />
O projecto realça ainda, e<br />
sempre, a língua portuguesa,<br />
através das “Conversas de<br />
Camarim”, iniciativa que teve<br />
como protagonistas Simone<br />
de Oliveira e Vítor de Sousa,<br />
e o “To<strong>do</strong>s com o Português”,<br />
oficina dedicada à língua de<br />
Camões, dirigida a adultos,<br />
residentes na freguesia de<br />
Massarelos.<br />
Conversas de Bairro<br />
Os assuntos mais importantes e o conselho <strong>do</strong>s<br />
especialistas são o mote <strong>do</strong> novo programa de<br />
intervenção <strong>do</strong> Pelouro da Habitação e Acção<br />
Social da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
denomina<strong>do</strong> “Conversas de Bairro” e<br />
dirigi<strong>do</strong> aos mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s bairros<br />
sociais.<br />
Saúde e bem-estar, gestão de<br />
conflitos, economia <strong>do</strong>méstica e<br />
acesso à justiça são algumas das<br />
temáticas <strong>do</strong>s encontros<br />
realiza<strong>do</strong>s, quinzenalmente, em<br />
diferentes auditórios da cidade.<br />
Saber mais, para viver melhor é<br />
o objectivo desta iniciativa que<br />
arrancou em Junho.
PORTO sempre<br />
038<br />
. o que há de novo<br />
Circuito da Boavista<br />
Imagens da segunda edição já em livro<br />
“Racing in Boavista 2007” é o título da última publicação sobre o<br />
mítico circuito portuense. Depois de “Grande Prémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”<br />
e “Velocidade na Invicta”, ambos lança<strong>do</strong>s em 2005, esta edição conta<br />
com o apoio da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e tem também a chancela<br />
da Talento. Fortemente ilustra<strong>do</strong>, este livro de 188 páginas reúne mais<br />
de 500 imagens <strong>do</strong> espectáculo que no Verão passa<strong>do</strong> encheu as ruas<br />
da Boavista de fortes emoções. Os melhores momentos <strong>do</strong> Grande<br />
Prémio Histórico e <strong>do</strong> WTCC estão retrata<strong>do</strong>s nesta obra bilingue que<br />
está à venda nos circuitos tradicionais.<br />
Delegação da CMP assistiu ao<br />
Grande Prémio Histórico <strong>do</strong> Mónaco<br />
a convite da respectiva organização<br />
Uma pequena delegação da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
chefiada pelo seu Presidente, deslocou-se ao Mónaco,<br />
onde assistiu ao respectivo Grande Prémio Histórico,<br />
realiza<strong>do</strong> no fim-de-semana de 10 e 11 de Maio, a<br />
convite da organização <strong>do</strong> evento.<br />
A deslocação da representação autárquica, que integrava<br />
ainda o Verea<strong>do</strong>r da Cultura, Turismo e Lazer, Gonçalo<br />
Gonçalves, o Director <strong>Municipal</strong> da Via Pública, José<br />
Duarte, e António Abel, assessor para a mobilidade,<br />
foi aproveitada para estabelecer contactos e trocas de<br />
experiências junto de pilotos, promotores e responsáveis<br />
pela organização daquele evento, ten<strong>do</strong> em vista a<br />
realização <strong>do</strong> Grande Prémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>/Circuito<br />
da Boavista 2009.<br />
A evolução de soluções a diversos níveis organizativos<br />
e logísticos, com particular relevância para as questões<br />
relacionadas com a segurança, ocupou o topo da<br />
agenda de trabalho da visita, que, para Francisco<br />
Santos, da Talento – empresa responsável pela promoção<br />
<strong>do</strong> evento portuense – constituiu a primeira acção<br />
promocional, de carácter internacional, <strong>do</strong> Grande<br />
Prémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, cuja realização bienal<br />
alterna com a <strong>do</strong> seu congénere monegasco.<br />
O GP da Boavista terá lugar no primeiro fim-de-semana<br />
de Julho <strong>do</strong> próximo ano, preceden<strong>do</strong> assim a prova<br />
<strong>do</strong> Mundial de Turismo (WTCC), que será efectuada no<br />
fim-de-semana seguinte, o que significa uma inversão<br />
cronológica daqueles <strong>do</strong>is eventos relativamente ao<br />
que sucedeu no ano passa<strong>do</strong>.<br />
Concurso Internacional de Ideias da Frente Ribeirinha: propostas em exposição<br />
As propostas admitidas no<br />
Concurso Internacional de<br />
Ideias da Frente Ribeirinha,<br />
promovi<strong>do</strong> pela Sociedade de<br />
Reabilitação Urbana <strong>Porto</strong> Vivo,<br />
SRU, vão estar em exposição a<br />
partir <strong>do</strong> dia 9 de Julho, e<br />
durante 15 dias, no átrio da<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
O vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong> concurso foi o<br />
atelier portuense Balonas<br />
Projectos. O segun<strong>do</strong> e terceiros<br />
prémios foram entregues,<br />
respectivamente, à arquitecta<br />
Fátima Fernandes e a Niels<br />
Bennetzen, coordena<strong>do</strong>r de uma<br />
proposta de um atelier da Dinamarca.<br />
Para além <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s prémios, foram ainda<br />
atribuídas três menções honrosas às propostas<br />
apresentadas pela dinamarquesa Mariane<br />
Hingbartzen, pelo brasileiro Vinicius Andrade<br />
e pelo indiano Mathew Gosh.
Roteiro<br />
Chegou o Verão! Depois de uma Primavera em que o<br />
tempo foi tu<strong>do</strong> menos primaveril, o sol e o calor chegaram<br />
para nos levantar o espírito e nos fazer esquecer as<br />
coisas menos boas da nossa vida. Se está de férias e se<br />
escolheu descansar no sossego <strong>do</strong> seu lar, aceite as<br />
nossas sugestões. Aproveite também para conhecer<br />
melhor a sua cidade, usufruin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s programas que os<br />
postos de turismo da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> têm<br />
para lhe oferecer. Será que conhece tu<strong>do</strong> o que há para<br />
descobrir na nossa cidade
PORTO sempre<br />
. roteiro<br />
Abel Salazar,<br />
O desenha<strong>do</strong>r compulsivo<br />
Exposição de desenhos<br />
De 10 de Junho a 27 de Julho<br />
terça a <strong>do</strong>mingo<br />
das 10 às 18 horas<br />
Galeria <strong>do</strong> Palácio<br />
(Jardins <strong>do</strong> Palácio de Cristal)<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 608 10 00<br />
Um tributo na cidade em que<br />
viveu o médico que dizia:<br />
"Médico que só sabe de<br />
Medicina, nem de Medicina<br />
sabe". A primeira oportunidade,<br />
no <strong>Porto</strong>, para ver os Desenhos<br />
de Abel Salazar. São cerca de<br />
200, feitos a lápis, carvão,<br />
tinta-da-china, em envelopes<br />
e cartas, bilhetes-postais, caixas<br />
de sapatos, folhas de carta de<br />
hotéis, retratan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>,<br />
mulheres, em cenas <strong>do</strong><br />
quotidiano.<br />
Hora <strong>do</strong> Conto<br />
Todas as terças e quintas-feiras<br />
de cada mês, às 10h30<br />
Biblioteca Pública<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Programa dirigi<strong>do</strong> a crianças a<br />
partir <strong>do</strong>s 4 anos, gratuito e<br />
com a duração de uma hora.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 519 34 80<br />
Leitura de um conto seguida da<br />
realização de uma actividade<br />
(expressão plástica, escrita ou<br />
dramática) de<br />
acor<strong>do</strong> com o<br />
nível etário.<br />
Oficina de Verão<br />
Todas as quartas-feiras <strong>do</strong> mês<br />
de Julho, às 10h30 ou às 15h30<br />
Biblioteca Pública<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Programa dirigi<strong>do</strong> a crianças a<br />
partir <strong>do</strong>s 4 anos, gratuito<br />
e com a duração de 1h30.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 519 34 80<br />
Dan<strong>do</strong> largas à imaginação das<br />
crianças, estas são convidadas<br />
a elaborar um cenário e as<br />
personagens da história que<br />
ouviram contar, recorren<strong>do</strong> a<br />
diferentes materiais e técnicas.<br />
Pedipaper – “Sé à Ribeira”<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa <strong>do</strong> Infante<br />
Programa gratuito, dirigi<strong>do</strong> a<br />
alunos <strong>do</strong> 2º e 3º Ciclo <strong>do</strong><br />
Ensino Básico e ATL’s, com a<br />
duração de 1h30.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 206 04 00<br />
O ponto de partida deste<br />
pedipaper é o Terreiro da Sé.<br />
Em pequenos grupos vamos<br />
pelas ruas com olhos de<br />
detective seguir pistas até à<br />
Ribeira e visitar a Casa <strong>do</strong><br />
Infante.<br />
Rotular a garrafa<br />
De terça a sexta-feira<br />
Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a<br />
alunos <strong>do</strong> 1º e 2º Ciclo <strong>do</strong><br />
Ensino Básico, com a duração<br />
de 1h30. Necessária marcação<br />
prévia.<br />
Tel. 22 207 63 00<br />
Oficina de construção de<br />
rótulos. Após observação de<br />
diferentes tipos de rótulos<br />
existentes em garrafas de vinho<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> expostas no Museu,<br />
solicita-se a cada participante<br />
que crie o seu próprio rótulo.<br />
História da D. Uva<br />
Hora <strong>do</strong> conto com livro gigante<br />
De terça a sexta-feira<br />
Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a grupos de crianças<br />
<strong>do</strong>s 3 aos 6 anos, com a duração de 1 hora.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 207 63 00<br />
A partir de “um livro gigante”, conta-se aos<br />
mais pequenos a história de uma uva. É o ponto<br />
de partida para contar a história <strong>do</strong> vinho aos<br />
mais novos.<br />
Catarina Claro<br />
Exposição de pintura<br />
De 7 de Julho a 5 de Agosto<br />
To<strong>do</strong>s os dias úteis,<br />
das 9 às 20 horas<br />
Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de Balsemão<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 339 34 80<br />
Comunidade de Leitores<br />
“Europa – século XX”<br />
21 horas<br />
8 Julho, Lídia Jorge, A Costa <strong>do</strong>s Murmúrios<br />
22 Julho, Kathrine Kressmann Taylor,<br />
Desconheci<strong>do</strong> nesta Morada<br />
16 Setembro, António Tabucchi, Tristano Morre<br />
30 Setembro, Carmen Laforet, Nada<br />
Auditório da Biblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida<br />
Garrett<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 608 10 00
. roteiro<br />
PORTO sempre<br />
Recomeço das sessões da<br />
comunidade de leitores da<br />
BMAG, onde se partilham<br />
leituras e se debatem em<br />
comum temas, livros e autores.<br />
O ciclo que agora se propõe é<br />
orienta<strong>do</strong> por Luís Miguel Duarte<br />
(Doutora<strong>do</strong> em História e<br />
professor na FLUP), que<br />
partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> tema “Europa –<br />
século XX” convida à descoberta<br />
de grandes obras literárias que<br />
abordam a <strong>do</strong>r, a perplexidade<br />
e a incompreensão, o<br />
desencontro entre próximos ou<br />
o estranhamento de nós<br />
próprios, da Jugoslávia à<br />
Espanha, passan<strong>do</strong> pela<br />
Alemanha, por Portugal e pela<br />
Itália. Encontraremos sempre<br />
situações extremas – a guerra<br />
– e, muito, o empenhamento<br />
político, os seus sonhos e os<br />
seus gela<strong>do</strong>s desencantos.<br />
Um <strong>Porto</strong> de nível<br />
Exposição de fotografia<br />
De 27 de Junho a 31 de Agosto<br />
Casa <strong>do</strong> Infante<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 206 04 00<br />
Este conjunto de imagens,<br />
produzidas com câmaras<br />
fotográficas estenopeicas,<br />
evoca-nos o formalismo que a<br />
fotografia contemporânea<br />
parece negar. Mostrar que a<br />
forma altera decisivamente o<br />
conteú<strong>do</strong> e, ao mesmo tempo,<br />
instala na consciência a<br />
confusão <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s e das<br />
expectativas, parece ser a<br />
intenção desta mostra<br />
fotográfica com autoria de<br />
Augusto Lemos.<br />
Puzzles<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa-Museu Guerra Junqueiro<br />
Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a<br />
crianças <strong>do</strong>s 9 aos 14 anos, com<br />
a duração de 1 hora.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 205 36 44<br />
Actividade desenvolvida no<br />
interior da Casa Museu Guerra<br />
Junqueiro, com a construção<br />
de 4 puzzles, seguida de visita<br />
ao Museu, de forma a localizar<br />
as imagens daqueles.<br />
Apresentação final de teatrinho<br />
"Guerra Junqueiro na feira".<br />
Pedipaper – Descobrin<strong>do</strong> a Sé<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa-Museu Guerra Junqueiro<br />
Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a<br />
grupos de crianças e jovens.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 205 36 44<br />
Um percurso pe<strong>do</strong>nal na zona<br />
envolvente da Casa Museu<br />
Guerra Junqueiro que, através<br />
de desafios e obstáculos, dá a<br />
conhecer o velho burgo<br />
portuense. Sugere-se roupa e<br />
calça<strong>do</strong> confortável, chapéu e<br />
máquina fotográfica.<br />
Ciclo de exposições de<br />
Joalharia Contemporânea em<br />
contexto de Joalharia Antiga<br />
– “Teresa Dantas – joalharia<br />
de autor”<br />
De 1 de Julho a 30 de Setembro<br />
Casa-Museu Marta Ortigão<br />
Sampaio<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 606 65 68<br />
Esta exposição é o culminar de<br />
um projecto desenvolvi<strong>do</strong> pelo<br />
Serviço Educativo com a Escola<br />
Superior Artística Soares <strong>do</strong>s<br />
Reis, Curso de Produção<br />
Artística, especialização em<br />
Ourivesaria, em que foram<br />
(re)criadas peças ou pormenores<br />
de peças da<br />
Colecção de Jóias de Marta<br />
Ortigão Sampaio e produzidas peças de design<br />
contemporâneo.<br />
A pintura naturalista – pintan<strong>do</strong> pinturas<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio<br />
Entrada gratuita.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 606 65 68<br />
Projecção de diapositivos, visita orientada às<br />
salas de pintura, observação de pintura e<br />
construção de histórias, oficinas de jogos.<br />
Projecto Pintar o Verde com Letras<br />
De Julho a Setembro<br />
Biblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida Garrett<br />
Tel. 22 608 10 00<br />
Nos meses de Julho a Setembro, a BMAG promove<br />
na Secção Infanto-Juvenil o projecto “Pintar o<br />
Verde com Letras”, a partir da colecção de livros<br />
homónima, que resulta de uma iniciativa da<br />
Direcção Regional de Cultura <strong>do</strong> Norte, que<br />
desafiou escritores e ilustra<strong>do</strong>res a criarem<br />
histórias que se inspirassem em diversas áreas<br />
protegidas <strong>do</strong> norte <strong>do</strong> país.<br />
Promover o conhecimento da região Norte,<br />
alertar para a defesa ambiental e promover o<br />
gosto pela leitura são objectivos deste projecto,<br />
que na Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />
será complementa<strong>do</strong> por várias actividades: hora<br />
<strong>do</strong> conto e oficina aos sába<strong>do</strong>s de Julho e<br />
Setembro, às 15h30, com os autores/ilustra<strong>do</strong>res;<br />
exposições quinzenais, entre 12 de Julho e 27<br />
de Setembro, das ilustrações originais que<br />
integram os livros e uma oficina para crianças<br />
e jovens.
PORTO sempre<br />
. roteiro<br />
Cozinha com <strong>Porto</strong><br />
5, 6 e 7 de Agosto<br />
Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Programa gratuito destina<strong>do</strong><br />
a jovens <strong>do</strong>s 10 aos 16 anos.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 207 63 00<br />
Oficina de culinária e<br />
construção de livro de<br />
receitas, constituída por três<br />
sessões.<br />
A Moda <strong>do</strong> Séc. XIX<br />
Dia 5 de Agosto, às 10h30<br />
Museu Romântico<br />
Programa gratuito destina<strong>do</strong><br />
a infantários, ATL, 1º, 2º e 3º<br />
Ciclos, Ensino Secundário e<br />
Universitário<br />
e grupos da 3ª idade.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 605 70 00<br />
Visita orientada com passagem<br />
de diapositivos sobre a moda<br />
<strong>do</strong> séc. XIX.<br />
História <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Encerra ao <strong>do</strong>mingo e<br />
segunda-feira<br />
Fundação Maria Isabel Guerra<br />
Junqueiro e Luís Pinto de<br />
Mesquita Carvalho<br />
Tel. 22 832 32 01<br />
Senta<strong>do</strong> numa sala de cinema,<br />
fique a conhecer a História<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, projectada em<br />
formato panorâmico e<br />
acompanhada por efeitos<br />
sonoros quadrifónicos. Logo<br />
a seguir, percorra a cidade de<br />
hoje através de imagens em<br />
relevo, visualizadas com<br />
óculos especiais (3D).<br />
Aparício Farinha<br />
Exposição de Pintura<br />
De 10 a 24 de Setembro<br />
To<strong>do</strong>s os dias úteis, das 9 às<br />
20 horas<br />
Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de<br />
Balsemão<br />
Entrada Gratuita<br />
Tel. 22 339 34 80<br />
Art & Tour<br />
Exposição de fotografia/<br />
Festival de Filmes de Turismo<br />
De 25 de Setembro a 5 de<br />
Outubro<br />
To<strong>do</strong>s os dias úteis, das 9 às<br />
20 horas<br />
Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de<br />
Balsemão<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 339 34 80<br />
1º Festival Art & Tour<br />
De 24 a 27 de Setembro<br />
Biblioteca <strong>Municipal</strong> de<br />
almeida Garrett<br />
Tel. 22 608 10 00<br />
Inseri<strong>do</strong> nas comemorações<br />
<strong>do</strong> Dia Mundial <strong>do</strong> Turismo<br />
trata-se <strong>do</strong> 1º Festival de<br />
filmes de turismo a realizar<br />
na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Exibição<br />
de filmes publicitários,<br />
promocionais e <strong>do</strong>cumentários<br />
televisivos.<br />
Org.: Associação Portuguesa<br />
de Turismologia<br />
<strong>Porto</strong> Clássico<br />
De 11 de Setembro a 12 de Outubro<br />
Casa <strong>do</strong> Infante<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 206 04 00<br />
As fotografias da autoria de António<br />
Cossa retratam pormenores da nossa cidade.<br />
O seu carácter <strong>do</strong>cumental, assim como a<br />
interessante tomada de vista que o autor<br />
empregou na captação das suas imagens,<br />
torna esta exposição inova<strong>do</strong>ra.<br />
Arquivar é preciso<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa <strong>do</strong> Infante<br />
Programa gratuito, destina<strong>do</strong> a crianças <strong>do</strong><br />
pré-escolar, 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico e ATL.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 206 04 00<br />
Exploram-se palavras-chave como arquivo,<br />
registo, imagens e <strong>Porto</strong> no Arquivo Histórico.<br />
Segue-se a construção de uma pasta de arquivo<br />
reaproveitan<strong>do</strong> caixas de cereais.<br />
Moldura de Retratos<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa <strong>do</strong> Infante<br />
Programa gratuito, destina<strong>do</strong> a crianças <strong>do</strong><br />
1º e 2º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico e ATL. Necessária<br />
marcação prévia.<br />
Tel. 22 206 04 00<br />
No seguimento da visita orientada ao Arquivo<br />
Histórico (biblioteca de assuntos portuenses<br />
e sala memória), mostram-se às crianças<br />
imagens da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A sessão<br />
completa-se fazen<strong>do</strong> uma moldura de retratos<br />
em cartão onde se poderá inserir uma<br />
fotografia ou um desenho feito pelos próprios<br />
participantes.
. roteiro<br />
PORTO sempre<br />
Efeméride de Guerra<br />
Junqueiro<br />
De terça a sexta-feira<br />
Casa-Museu Guerra Junqueiro<br />
Entrada gratuita<br />
Tel. 22 205 36 44<br />
Programa de actividades<br />
alusivas ao nascimento e vida<br />
<strong>do</strong> poeta Guerra Junqueiro.<br />
“Vem viver os jardins da<br />
Quinta da Macieirinha e da<br />
Quinta <strong>do</strong> La<strong>do</strong>”<br />
De terça a sexta<br />
Museu Romântico<br />
Programa gratuito, destina<strong>do</strong><br />
a crianças <strong>do</strong> 1º e 2º Ciclo.<br />
Necessária marcação prévia.<br />
Tel. 22 605 70 00<br />
Mala de actividades com jogos,<br />
histórias e materiais que vão<br />
ajudar a explorar os jardins.<br />
O mapa indica o percurso e as<br />
paragens que terão de fazer.<br />
Visitas guiadas ao edifício<br />
<strong>do</strong>s Paços <strong>do</strong> Concelho<br />
Nos <strong>do</strong>is primeiros <strong>do</strong>mingos<br />
de cada mês<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Inscrições no Gabinete <strong>do</strong><br />
Munícipe<br />
Tel. 22 209 71 35<br />
Postos de Turismo da<br />
Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Sé – “Casa da Câmara”<br />
Terreiro da Sé<br />
Tel. 22 332 51 74<br />
Ribeira<br />
Rua <strong>do</strong> Infante D. Henrique<br />
Tel 22 206 04 12/3<br />
Centro<br />
Rua Clube <strong>do</strong>s Fenianos<br />
Tel. 22 339 34 72<br />
www.portoturismo.pt<br />
<strong>Porto</strong>, Bairro a bairro<br />
Exposição de Fotografia<br />
“<strong>Porto</strong> de Passageiros”<br />
11 de Junho a 29 de Agosto<br />
GIM - Gabinete <strong>do</strong> Inquilino <strong>Municipal</strong><br />
Segunda a Sexta-Feira - 08h30 às 18h00<br />
3.º Torneio “O Xadrez, Bairro a Bairro”<br />
12 de Julho, 14h30 às 19h00<br />
Museu <strong>do</strong> Carro Eléctrico<br />
Parceria: Associação de Xadrez <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
Grupo de Xadrez <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
Junta de Freguesia de Massarelos<br />
Actividades <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Festival SET – Festival Semana<br />
de Escolas de Teatro<br />
De 7 a 13 de Julho<br />
Vários locais da cidade<br />
<strong>Porto</strong> Bike Tour<br />
20 de Julho<br />
Partida - Ponte Arrábida<br />
Org.: Sportis<br />
Projecto Summer Jam<br />
(Concerto de Reggae)<br />
12 de Julho<br />
Junto ao Castelo <strong>do</strong> Queijo<br />
XVII Open de Ténis CSNA/<br />
Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
12 de Julho<br />
Club Sportivo Nun´Alvares<br />
Org.: Club Sportivo Nun´Alvares<br />
Fun Olimpics<br />
13 de Julho<br />
Praça D. João I<br />
Org.: Factor Extra<br />
Domingos de Yôga<br />
Jul/ Ago/ Set<br />
To<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mingos<br />
Monte Aventino/Palácio de<br />
Cristal/Parque Cidade<br />
Org.: Universidade Yôga Rede<br />
DeRose
PORTO sempre<br />
. roteiro<br />
Actividades <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Campeonato Nacional de Xadrez<br />
Feminino<br />
14 a 20 de Julho<br />
Monte Aventino<br />
Org.: Associação de Xadrez <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong><br />
StreetBasket Final<br />
19 de Julho<br />
Praça Estação Metro Trindade<br />
Org.: SS Universo<br />
Campeonato Futebol Praia<br />
Sportzone (Etapa)<br />
19 e 20 de Julho<br />
Em frente ao Edifício Transparente<br />
Org.: S S Universo<br />
VIII Feira de Artesanato da Foz<br />
<strong>do</strong> Douro<br />
21 a 31 de Agosto<br />
Jardim <strong>do</strong> Passeio Alegre<br />
Campeonato Nacional de<br />
Voleibol de Praia (Final)<br />
22 a 24 de Agosto<br />
Em frente ao Edifício Transparente<br />
Org.: Federação Portuguesa de<br />
Voleibol<br />
Campeonato Futebol Praia<br />
Sportzone (Final)<br />
30 e 31 de Agosto<br />
Em frente ao Edifício Transparente<br />
Org.: S S Universo<br />
Torneio Internacional de Futsal<br />
De 30 de Agosto a 7 de Setembro<br />
Monte Aventino<br />
Org.: <strong>Porto</strong>Lazer, SCN SportCanal<br />
Cinema Fora <strong>do</strong> Sítio<br />
To<strong>do</strong>s os fins-de-semana de<br />
Agosto<br />
Em vários jardins da cidade<br />
Org.: Inatel e <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Inauguração Simultânea das Galerias de Miguel<br />
Bombarda<br />
19 de Setembro<br />
Rua de Miguel Bombarda e adjacentes<br />
Org.: <strong>Porto</strong>Lazer e <strong>do</strong> Circuito Cultural de Miguel<br />
Bombarda<br />
Meia Maratona Sportzone<br />
21 de setembro<br />
Foz / Ribeira / Gaia<br />
Org.: Clube de Veteranos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
<strong>Porto</strong> Open 2008<br />
De 27 de Setembro a 5 de Outubro<br />
Monte Aventino<br />
Org.: <strong>Porto</strong>Lazer/ Associação de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
And´Praia<br />
23 a 25 de Julho<br />
Em frente ao Edifício Transparente<br />
Org.: Associação de Andebol <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong><br />
Festival Internacional Danças<br />
Desportivas<br />
26 de Julho<br />
Pavilhão Rosa Mota<br />
Org.: <strong>Porto</strong>Lazer<br />
28º festival Internacional de<br />
Folclore da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
28 de Julho a 2 de Agosto<br />
Merca<strong>do</strong> Ferreira Borges<br />
Animação de Verão nos Coretos<br />
To<strong>do</strong>s os sába<strong>do</strong>s de Agosto<br />
Cor<strong>do</strong>aria, Arca D´Água, São<br />
Lázaro, Passeio Alegre e Marquês<br />
Org.: Inatel e <strong>Porto</strong>Lazer<br />
<strong>Porto</strong> Blue Jazz 08<br />
3, 9, 16 e 23 de Agosto<br />
Palácio de Cristal<br />
Herbie Hancock, Mário Laginha<br />
Trio, The PostCard Brass Band e<br />
Jacinta<br />
Beat it ( Festival de Música<br />
Electrónica)<br />
6 de Setembro<br />
Edifício Transparente<br />
Passeio "<strong>Porto</strong> Antigo"<br />
14 de Setembro<br />
Monte Aventino<br />
Org.: Bike Magazine / <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Berg Urban Series (Downhill)<br />
28 de Setembro<br />
Massarelos<br />
SportZone, <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Apoio: <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Informações: 22 619 98 60<br />
Noites Ritual<br />
29 de Agosto<br />
Sam The Kid<br />
Tiago Bettencourt & Mantha<br />
Micro Audio Waves<br />
30 de Agosto<br />
Buraka Som Sistema<br />
Linda Martini (Rita Redshoes (Jardins <strong>do</strong> Palácio<br />
de Cristal<br />
Apoio: <strong>Porto</strong>Lazer<br />
Informações: 22 619 98 60
. roteiro<br />
PORTO sempre<br />
“Um Violino no Telha<strong>do</strong>” no Rivoli<br />
“Um Violino no Telha<strong>do</strong>” é o novo espectáculo de Filipe<br />
La Féria, em cena no Rivoli Teatro <strong>Municipal</strong>. Este novo<br />
musical <strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> produtor traz ao <strong>Porto</strong> grandes<br />
nomes <strong>do</strong> teatro português como José Raposo e Rita<br />
Ribeiro, à frente de um elenco de 58 actores, cantores,<br />
bailarinos e músicos.<br />
Este espectáculo é basea<strong>do</strong> nas histórias de Shalom<br />
Aleichem sobre a vida numa pequena cidade Judia no Sul<br />
da Rússia Czarista. A personagem principal é Tevye, um<br />
leiteiro pobre que tem 5 filhas, uma mulher com língua<br />
viperina e sarcástica e cujo cavalo não tem força suficiente<br />
para puxar a sua carroça de leite. Apesar da sua pobreza<br />
e da austeridade <strong>do</strong> seu ambiente, Tevye mantém uma<br />
abordagem alegre da vida, num exemplo de esperança, fé<br />
e orgulho.<br />
O jornal norte-americano New York Daily News definiu<br />
este musical como uma obra de arte "arrebata<strong>do</strong>ra,<br />
rejubilante e repleta de alegria".<br />
Horários:<br />
2ª a 6ª • 10h00 às 22h00<br />
Sába<strong>do</strong>s • 14h00 às 22h00<br />
Domingos • 14h00 às 18h00<br />
Reservas:<br />
222 071 260<br />
222 031 074<br />
222 033 199<br />
geral@to<strong>do</strong>saopalco.pt<br />
Aquisição de bilhetes:<br />
Rivoli Teatro <strong>Municipal</strong><br />
Ticket Line<br />
FNAC<br />
plateia.iol<br />
Corte Inglês<br />
Site oficial:<br />
www.umviolinonotelha<strong>do</strong>.com
Uma cidade mais alegre,<br />
uma cidade mais animada!<br />
www.portolazer.pt
. desporto<br />
PORTO sempre<br />
039<br />
<strong>Porto</strong> a caminho de Pequim<br />
Sara Oliveira (nada<strong>do</strong>ra) e José Alexandre Silva (treina<strong>do</strong>r)<br />
Sara Oliveira e Pedro Póvoa vão<br />
competir, pela primeira vez,<br />
nuns Jogos Olímpicos. Nasci<strong>do</strong>s<br />
no <strong>Porto</strong>, vão juntar-se, em<br />
Agosto, a uma das maiores<br />
delegações portuguesas de<br />
sempre presentes naquela<br />
grande competição mundial.<br />
Outros atletas – Fernan<strong>do</strong> Costa<br />
(natação), Manuel Vieira Silva<br />
(tiro com armas de caça),<br />
Augusto Car<strong>do</strong>so e António<br />
Pereira (atletismo), Pedro Fraga<br />
e Nuno Mendes (remo) -também<br />
com ligações à cidade, vão dar<br />
o seu melhor para, quem sabe,<br />
chegar até às medalhas.<br />
Sara Oliveira pratica natação<br />
desde os 6 anos na Piscina<br />
<strong>Municipal</strong> de Campanhã,<br />
envergan<strong>do</strong> a camisola <strong>do</strong> FC<br />
<strong>Porto</strong>. Há quatro anos decidiu,<br />
conjuntamente com o seu<br />
treina<strong>do</strong>r, José Alexandre Silva,<br />
apostar tu<strong>do</strong> numa presença<br />
nos Jogos Olímpicos de Pequim.<br />
“Foram quatro anos de muito<br />
trabalho e dedicação”, confessa.<br />
Conseguiu os mínimos em<br />
Setembro <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, em<br />
Paris. Já este ano, no<br />
Campeonato Mundial de Pista<br />
Curta, em Manchester, obteve<br />
um 9º lugar na meia-final de<br />
100 metros mariposa. Falhou a final por três<br />
centésimos de segun<strong>do</strong>. Ficou a consolação de<br />
ter bati<strong>do</strong> o recorde ibérico e de ocupar,<br />
actualmente, o 26º lugar mundial naquela<br />
especialidade, em piscina curta, e o 46º em<br />
piscina de 50 metros.<br />
Apesar de já ter esta<strong>do</strong>, em Janeiro último, em<br />
Pequim, a expectativa “é bastante grande” para<br />
os Jogos Olímpicos. “Vou dar o meu máximo.<br />
Tentar bater as minhas marcas nos 100 e 200<br />
metros mariposa e tentar chegar a uma meiafinal.<br />
Seria para mim e para o meu treina<strong>do</strong>r<br />
um excelente resulta<strong>do</strong>”, diz a estudante de<br />
Educação Física na Faculdade de Desporto da<br />
Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (FADEUP).<br />
Pedro Póvoa,<br />
Praticante de<br />
Taekwon<strong>do</strong><br />
“Pratico Taekwon<strong>do</strong> desde<br />
os 10 anos. Percorri vários<br />
ginásios e clubes, estive<br />
vários anos no estrangeiro<br />
(Espanha, Guatemala), mas<br />
é sempre bom voltar à<br />
nossa cidade, especialmente<br />
à Ribeira, zona onde nasci.<br />
Sinto, naturalmente, um<br />
certo orgulho por ser o<br />
primeiro atleta a conseguir<br />
levar o taekwon<strong>do</strong> português<br />
aos Jogos Olímpicos. Tenho<br />
como lema entrar sempre para<br />
cada combate confiante nas<br />
minhas próprias capacidades.<br />
Daí que nos Jogos tu<strong>do</strong> pode<br />
acontecer. Somos 15 atletas<br />
à procura de medalhas. É o<br />
sonho de qualquer um que lá<br />
vá trazer um bom resulta<strong>do</strong>.<br />
Por isso, tu<strong>do</strong> é possível”.
PORTO sempre<br />
040<br />
. clube<br />
Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Um oásis no meio da cidade<br />
Localiza<strong>do</strong> bem no centro da cidade, rodea<strong>do</strong> de árvores e muitos prédios, o<br />
Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CTP) oferece condições invejáveis a to<strong>do</strong>s os seus<br />
atletas, dirigentes e sócios. Por ali já passaram grandes campeões.<br />
O Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CTP)<br />
completa este ano o seu 40º<br />
aniversário. Há quem se<br />
recorde ainda das antigas<br />
instalações, um pouco ao la<strong>do</strong><br />
das actuais, situadas em<br />
Damião de Góis. Desde sempre,<br />
foi um clube com uma<br />
preocupação pela formação.<br />
Foi o primeiro, em Portugal, a<br />
lançar-se na formação de<br />
jovens campeões nacionais, o<br />
que muito contribuiu também<br />
para a construção, em 1971,<br />
de um campo<br />
coberto<br />
com<br />
iluminação, o primeiro no Norte<br />
<strong>do</strong> país. Outra novidade de<br />
então: contratou um <strong>do</strong>s<br />
melhores treina<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>, o australiano Richard<br />
Howes.<br />
Hoje, o CTP continua a viver<br />
desafogadamente. Possui 13<br />
courts de ténis (10 de terra<br />
batida, <strong>do</strong>s quais quatro são<br />
cobertos, <strong>do</strong>is em piso duro<br />
e um de relva), um ginásio<br />
e zonas de lazer. Conta<br />
com cerca de 250 atletas<br />
(<strong>do</strong>s 5 aos 18 anos) e mais<br />
de 500 sócios. Presidi<strong>do</strong> por<br />
Vasco Costa, o clube<br />
continua a ter também<br />
uma política de<br />
abertura das suas<br />
portas a<br />
extractos<br />
sociais menos<br />
favoreci<strong>do</strong>s,<br />
fomentan<strong>do</strong><br />
assim a<br />
prática<br />
desportiva, e<br />
<strong>do</strong> ténis em<br />
particular, a<br />
jovens que a ela<br />
não têm acesso.<br />
Nuno<br />
Marques,<br />
o símbolo<br />
<strong>do</strong> CTP<br />
Aos 4 anos, pela mão de seu pai, começou<br />
a praticar ténis no CTP. Chegou a número<br />
um nacional, com uma carreira internacional<br />
invejável. Hoje, Nuno Marques é director<br />
técnico (escolas) <strong>do</strong> clube. “As minhas<br />
memórias <strong>do</strong> ténis confundem-se com o<br />
clube”, diz. Mesmo agora, como treina<strong>do</strong>r,<br />
Nuno Marques passa ali grande parte <strong>do</strong> seu<br />
dia-a-dia. “No centro da cidade, rodea<strong>do</strong> de<br />
árvores, não podia ser melhor. É raro encontrar<br />
no resto <strong>do</strong> país este tipo de instalações e<br />
organização”. Nuno Marques destaca o<br />
historial <strong>do</strong> CTP, em termos de camadas<br />
jovens. “É o que apresenta melhores<br />
resulta<strong>do</strong>s desportivos. Estamos sempre a<br />
‘produzir’ campeões”, diz, com um certo<br />
orgulho, acrescentan<strong>do</strong>: “Queremos continuar<br />
a ser uma referência, em termos desportivos,<br />
e na formação <strong>do</strong>s atletas”.
. clube<br />
PORTO sempre<br />
041<br />
A arte de encor<strong>do</strong>ar as raquetas<br />
Manuel Lopes está há 27 anos<br />
no clube. Tem 44 anos e<br />
define-se, ele próprio, como<br />
o “faz-tu<strong>do</strong>”. Desde electricista<br />
a carpinteiro, desde trata<strong>do</strong>r<br />
da relva a encor<strong>do</strong>a<strong>do</strong>r (colocar<br />
cordas nas raquetas). “Fui<br />
aprenden<strong>do</strong>. Sou <strong>do</strong> tempo das<br />
cordas de tripas, agora as mais utilizadas são<br />
as sintéticas”, revela. Enquanto trabalha<br />
confessa que para si os sócios <strong>do</strong> CTP “são os<br />
números uns” <strong>do</strong> ténis. “Temos, sem sombra<br />
de dúvida, as melhores instalações para a<br />
prática <strong>do</strong> ténis, não só na cidade como,<br />
talvez, no resto <strong>do</strong> país”, sublinha Manuel<br />
Lopes.<br />
Visita ilustre<br />
Aproveitan<strong>do</strong><br />
uma das suas<br />
passagens pelo<br />
<strong>Porto</strong>, e em<br />
momento de<br />
lazer, o então<br />
Primeiro-<br />
Ministro inglês,<br />
Tony Blair,<br />
visitou as<br />
instalações <strong>do</strong><br />
CTP (Junho de<br />
2000). Jogou uma partida de ténis num <strong>do</strong>s<br />
pavilhões <strong>do</strong> clube, elogian<strong>do</strong> as instalações<br />
utilizadas. O momento ficou regista<strong>do</strong> para<br />
a posteridade com uma carta pessoal <strong>do</strong><br />
Primeiro-Ministro inglês, que agradeceu “o<br />
mo<strong>do</strong> simpático e acolhe<strong>do</strong>r” como ali foi<br />
recebi<strong>do</strong>.
PORTO sempre<br />
042 . Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />
Brigadas na rua, cidade em acção<br />
As mais elementares manifestações de cidadania e civismo<br />
são lembradas nas ruas da cidade por brigadas de alunos<br />
O <strong>Porto</strong> Cívico é o mais recente projecto da<br />
Fundação <strong>Porto</strong> Social que tem como principal<br />
objectivo promover e recuperar atitudes cívicas<br />
e de cidadania. Neste senti<strong>do</strong>, têm si<strong>do</strong><br />
organizadas inúmeras acções de sensibilização<br />
para consciencializar a população da<br />
necessidade de a<strong>do</strong>pção de comportamentos<br />
que tornem a vida colectiva agradável.<br />
As mais elementares manifestações de<br />
cidadania e civismo, que nas sociedades<br />
contemporâneas se têm vin<strong>do</strong> a perder, são<br />
lembradas nas ruas da cidade por brigadas de<br />
alunos da EB 2/3 Nicolau Nasoni. A higiene,<br />
o respeito, a solidariedade, a aceitação e o<br />
cumprimento das regras assumem particular<br />
importância na vida da cidade que é partilhada<br />
por to<strong>do</strong>s daí que, durante o mês de Julho, a<br />
Fundação <strong>Porto</strong> Social promova, também, as<br />
“Férias Cívicas” onde todas as actividades<br />
serão trabalhadas dentro deste universo.<br />
Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />
Quinta de Bonjóia<br />
Rua de Bonjóia, 185<br />
4300-082 <strong>Porto</strong><br />
Tel. 225899260 | Fax 225899269<br />
www.bonjoia.org
. Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />
PORTO sempre<br />
043<br />
Programa Aconchego:<br />
alojamento em troca de companhia<br />
Na tentativa de combater a<br />
solidão da população sénior <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> e, ao mesmo tempo, reduzir<br />
as despesas de alojamento de<br />
estudantes universitários não<br />
residentes no concelho, a Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da<br />
Fundação <strong>Porto</strong> Social, e a<br />
Federação Académica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
através da FAP Social, associaramse<br />
para tentar encontrar uma<br />
solução para os <strong>do</strong>is problemas.<br />
Juntan<strong>do</strong> o útil ao agradável, os<br />
<strong>do</strong>is organismos criaram o<br />
programa Aconchego, um projecto<br />
que pretende trocar a companhia<br />
<strong>do</strong>s mais novos pelo alojamento<br />
<strong>do</strong>s mais velhos. Em suma, os<br />
seniores ganham apoio e<br />
acompanhamento nocturno e os<br />
jovens universitários e as suas<br />
famílias vêem as suas despesas<br />
de alojamento reduzidas ao<br />
mínimo.<br />
O programa tem a duração de um<br />
ano lectivo, de Setembro a Julho,<br />
e os interessa<strong>do</strong>s podem<br />
inscrever-se em qualquer uma das<br />
instituições referidas. Para isso,<br />
e no caso da população sénior,<br />
basta que residam no concelho<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, tenham mais de 60<br />
anos e vivam sós ou com o<br />
cônjuge. No caso <strong>do</strong>s estudantes,<br />
as condições de adesão ao<br />
programa passam pela aceitação<br />
<strong>do</strong> compromisso de<br />
acompanhamento e apoio ao<br />
sénior e, claro, que não sejam<br />
residentes no <strong>Porto</strong>.<br />
Inscrições:<br />
FAP - Federação Académica <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong><br />
geral@fap.pt<br />
Tel. 22 607 63 70<br />
www.fap.pt<br />
FPS - Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />
aconchego@bonjoia.org<br />
Tel. 22 206 17 20<br />
www.bonjoia.org<br />
Há cinco anos que a Quinta da<br />
Bonjóia é palco, todas as<br />
quintas-feiras, de uma discussão<br />
pública, aberta e livre, sobre os<br />
mais diversos temas de interesse<br />
para a cidade e os seus<br />
munícipes, com particular<br />
relevância nos planos educativo<br />
e cultural. Os “Serões da<br />
Bonjóia” tentam recriar as<br />
antigas tertúlias que animavam<br />
a cidade em outros tempos. “O<br />
associativismo nortenho sempre<br />
teve um forte cunho cultural,<br />
ligan<strong>do</strong> com sabe<strong>do</strong>ria a<br />
actividade lúdica à educação e<br />
ao saber”, afirma Carlos Mota<br />
Car<strong>do</strong>so, um <strong>do</strong>s principais<br />
impulsiona<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s “Serões”.<br />
Hoje, a iniciativa é já uma marca<br />
distintiva no panorama cultural<br />
da cidade. O seu sucesso assenta<br />
principalmente em <strong>do</strong>is pilares,<br />
conforme assinala Carlos Mota<br />
Car<strong>do</strong>so: “a regularidade <strong>do</strong><br />
evento e o prestígio <strong>do</strong>s<br />
palestrantes”. “Os portuenses<br />
sabem que todas as quintasfeiras,<br />
às 21h30, chova ou faça<br />
calor, haja futebol ou seja dia<br />
de Natal, têm um espaço cultural<br />
aberto e acolhe<strong>do</strong>r na Quinta da<br />
Bonjóia, em Campanhã. Assumir<br />
escrupulosamente este<br />
compromisso é uma das chaves<br />
<strong>do</strong> sucesso”, acrescenta. Por ali<br />
já passaram nomes mediáticos<br />
como Artur Santos Silva, Hélder Pacheco, Maria<br />
de Sousa, Daniel Serrão, Hélio Loureiro, Agustina<br />
Bessa-Luís e muitos outros. Decorri<strong>do</strong>s cinco<br />
anos, os “Serões” temáticos vão continuar, por<br />
vezes intercala<strong>do</strong>s com noites musicais oferecidas<br />
pela Escola Superior de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Uma<br />
forma da escola ter ali também um palco de<br />
promoção <strong>do</strong> talento <strong>do</strong>s seus alunos.<br />
Serões da Bonjóia<br />
Quinta da Bonjóia – Campanhã<br />
Todas as quintas-feiras, 21h30<br />
“Os ‘Serões da Bonjóia’ constituem um<br />
sinal de regularidade e de garantia de<br />
uma cobertura cultural mais ampla e<br />
abrangente”, Carlos Mota Car<strong>do</strong>so
PORTO sempre<br />
044 . junta metropolitana <strong>do</strong> porto<br />
Uma estrutura intermunicipal para concertar estratégias<br />
A Junta Metropolitana <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> (JMP) é o órgão<br />
executivo da respectiva Área<br />
Metropolitana (AMP) e é<br />
constituída pelos presidentes<br />
das câmaras municipais de<br />
cada um <strong>do</strong>s actuais 14<br />
municípios que a integram.<br />
Reúne, em plenário, todas<br />
as últimas sextas-feiras de<br />
cada mês.<br />
Neste momento, a estrutura,<br />
que pretende assumir-se<br />
como parceiro estratégico<br />
com o Governo, é liderada<br />
pelo Presidente da Câmara<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Rui Rio,<br />
ten<strong>do</strong> como “vices” os<br />
Presidentes das autarquias<br />
de Matosinhos e de S. João<br />
da Madeira, Guilherme Pinto<br />
e Manuel Castro de Almeida,<br />
respectivamente.<br />
A Assembleia Metropolitana<br />
é o órgão deliberativo, que<br />
aglutina 43 membros eleitos<br />
pelas assembleias municipais<br />
das respectivas autarquias<br />
integrantes. É presidida pelo<br />
social-democrata Luciano<br />
Gomes (Maia), ten<strong>do</strong> como<br />
vice-presidentes Pedro<br />
Vasconcelos e Sérgio<br />
Vasconcelos.<br />
Emídio Gomes –<br />
Administra<strong>do</strong>r<br />
Executivo<br />
Dada a necessidade de<br />
acompanhar, de mo<strong>do</strong><br />
contínuo e permanente, as<br />
negociações <strong>do</strong> novo Quadro<br />
Comunitário de Apoio, agora<br />
designa<strong>do</strong> QREN – Quadro de<br />
Referência Estratégico<br />
Nacional 2007-2013, a JMP<br />
nomeou, por unanimidade<br />
logo no início <strong>do</strong><br />
presente mandato, o<br />
professor catedrático <strong>do</strong><br />
Instituto de Ciências<br />
Biomédicas Abel Salazar,<br />
Emídio Gomes, para o cargo<br />
de Administra<strong>do</strong>r Executivo.<br />
A nomeação deste<br />
académico, cujo trajecto<br />
profissional o tem associa<strong>do</strong><br />
ao meio empresarial, à<br />
investigação e à inovação, teve, igualmente,<br />
em linha de conta a necessidade de reforçar,<br />
em termos sinergéticos, os laços entre a<br />
JMP e esses mesmos meios.<br />
Assessorias técnicas<br />
Face à nova realidade com a nomeação <strong>do</strong><br />
Administra<strong>do</strong>r Executivo, ao crescimento<br />
da própria AMP e a uma definição política<br />
mais consistente e aglutina<strong>do</strong>ra, partiu-se<br />
para um novo paradigma organizacional<br />
capaz de concretizar no terreno essa mesma<br />
política, sempre com o objectivo de servir<br />
o cidadão metropolitano.<br />
Assim, foram criadas as seguintes assessorias<br />
técnicas, cada uma das quais com o<br />
respectivo responsável:<br />
Educação/Acção Social<br />
- Drª Susana Castanheira<br />
Protecção Civil<br />
- Capitão Ai<strong>do</strong>s Rocha<br />
Ambiente e Mobilidade<br />
- Eng. Albano Carneiro<br />
Direcção Administrativa e Financeira<br />
- Drª Ana Paula Abreu<br />
Coordenação de Projectos<br />
- Dr. Vítor Pereira
. junta metropolitana <strong>do</strong> porto<br />
PORTO sempre<br />
045<br />
Uma inovação chamada Conselhos<br />
Metropolitanos de Verea<strong>do</strong>res<br />
A criação de cinco Conselhos<br />
Metropolitanos de Verea<strong>do</strong>res<br />
foi outra das inovações da<br />
actual Direcção. O objectivo<br />
é oferecer a cada um <strong>do</strong>s 14<br />
municípios condições para<br />
que, eles próprios, possam<br />
elaborar os respectivos<br />
diagnósticos de meios e de<br />
infra-estruturas destinadas ao<br />
desenvolvimento de projectos<br />
comuns, bem como elaborar<br />
os consequentes planos de<br />
acção.<br />
Ambiente, Cultura, Turismo,<br />
Protecção Civil e Educação são<br />
as áreas abrangidas, contan<strong>do</strong><br />
cada uma delas com um<br />
Coordena<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>is vice-<br />
Coordena<strong>do</strong>res, que<br />
correspondem aos municípios<br />
pertencentes à Direcção da<br />
JMP.<br />
Os 14 + 2 municípios da AMP<br />
A Área Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem uma área<br />
total de 1.575 quilómetros quadra<strong>do</strong>s e uma<br />
população residente na ordem de mais de um<br />
milhão e meio de pessoas, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
INE referentes a 2006.<br />
Integra os seguintes municípios: Arouca, Espinho,<br />
Gon<strong>do</strong>mar, Maia, Matosinhos, <strong>Porto</strong>, Póvoa de<br />
Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso,<br />
S. João da Madeira, Trofa, Valongo, Vila <strong>do</strong><br />
Conde e Vila Nova de Gaia.<br />
No entanto, em função da actualização da<br />
legislação aplicável à organização municipal,<br />
está prevista para breve a adesão de mais <strong>do</strong>is<br />
novos municípios: Oliveira de Azeméis e Vale<br />
de Cambra.<br />
Alguns <strong>do</strong>s principais Planos de Acção da JMP<br />
De entre os principais<br />
Planos de Acção<br />
desenvolvi<strong>do</strong>s pela actual<br />
Direcção, destacam-se os<br />
projectos e estu<strong>do</strong>s<br />
elabora<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong><br />
Quadro Comunitário<br />
anterior.<br />
Mais recentemente, de<br />
relevar o trabalho realiza<strong>do</strong><br />
relativamente à identificação<br />
<strong>do</strong>s projectos que darão lugar<br />
às candidaturas ao QREN –<br />
Quadro de Referência<br />
Estratégico Nacional, por<br />
parte <strong>do</strong>s municípios da Área<br />
Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e da<br />
própria JMP.<br />
O projecto de requalificação da Estrada da<br />
Circunvalação, a criação da Rede<br />
Metropolitana de Parques e a requalificação<br />
<strong>do</strong> Rio Leça inserem-se nessa dinâmica,<br />
assim como, por exemplo, iniciativas no<br />
plano cultural, como sejam os protocolos<br />
formaliza<strong>do</strong>s com a Fundação de Serralves<br />
e com a Casa da Música.
PORTO sempre<br />
046 . junta metropolitana <strong>do</strong> porto<br />
Memoran<strong>do</strong> sobre o Metro<br />
<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem de ser cumpri<strong>do</strong><br />
Desvio de fun<strong>do</strong>s<br />
comunitários para Lisboa<br />
JMP já se queixou a Bruxelas<br />
A JMP assumiu a sua<br />
preocupação pelo facto de o<br />
Governo não estar a cumprir o<br />
memoran<strong>do</strong> sobre a expansão<br />
da rede <strong>do</strong> Metro, assina<strong>do</strong> em<br />
Maio <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, numa<br />
cerimónia realizada no Palácio<br />
<strong>do</strong> Freixo, que contou com a<br />
presença <strong>do</strong> Primeiro-Ministro,<br />
José Sócrates.<br />
Isto mesmo foi comunica<strong>do</strong>,<br />
através de carta, ao Ministro<br />
das Obras Públicas, Transportes<br />
e Comunicações, Mário Lino.<br />
Recorde-se que esse protocolo<br />
prevê a construção das linhas<br />
de Gon<strong>do</strong>mar (primeira e<br />
segunda fases), Trofa, Zona<br />
Ocidental <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Boavista-<br />
Matosinhos Sul) e extensão<br />
Gaia-Laborim.<br />
Ao contrário <strong>do</strong> que sucede<br />
com os avulta<strong>do</strong>s<br />
investimentos anuncia<strong>do</strong>s para<br />
Lisboa (novo Aeroporto, nova<br />
travessia <strong>do</strong> Tejo, Zona<br />
Ribeirinha e TGV-ligação<br />
Lisboa/Madrid), a JMP fez<br />
questão de notar que, “em<br />
termos de obra em concreto<br />
referente ao Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />
não houve, até agora, por parte<br />
<strong>do</strong> Governo, qualquer decisão<br />
em investir um único euro”.<br />
A Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (JMP) enviou<br />
para o Tribunal das Comunidades um ofício a<br />
exigir a revogação da Resolução <strong>do</strong> Conselho de<br />
Ministros nº 86/2007, de 3 de Julho.<br />
A contestação <strong>do</strong>s municípios da Área<br />
Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> gira em torno <strong>do</strong> facto<br />
de o diploma prever, no seu ponto sete, que<br />
verbas <strong>do</strong> QREN, destinadas aos Programas<br />
Operacionais (PO's) Temáticos, possam ser<br />
utilizadas em Lisboa se forem aplicadas em<br />
projectos considera<strong>do</strong>s de interesse nacional.<br />
Antes de tomar esta decisão, aquela estrutura<br />
metropolitana tinha encomenda<strong>do</strong> um parecer<br />
jurídico, que reconheceu a existência, naquela<br />
Resolução, de “violações grosseiras” das normas<br />
comunitárias.<br />
Face a esta constatação, a JMP contactou<br />
formalmente o gabinete <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Ambiente,<br />
<strong>do</strong> Ordenamento <strong>do</strong> Território e <strong>do</strong><br />
Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, a<br />
quem solicitou, sem sucesso, a sua alteração.<br />
“Ao pedirmos um parecer jurídico, queríamos<br />
saber se, no fun<strong>do</strong>, face às normas comunitárias,<br />
tem algum senti<strong>do</strong> dizer que as regiões que<br />
estão fora da convergência podem receber verbas<br />
da região da convergência”, declarou o Presidente<br />
daquela estrutura intermunicipal, observan<strong>do</strong>:<br />
“Se o Governo conseguir ir buscar a Bruxelas<br />
muito dinheiro para a região de Lisboa, nós<br />
aplaudimos; mas não podemos é bater palmas<br />
quan<strong>do</strong> retiram verbas a outras regiões, pois o<br />
que for feito em Lisboa não o poderá ser noutras<br />
zonas <strong>do</strong> país e não só no Norte”.<br />
Lei <strong>do</strong>s<br />
“Recibos Verdes”<br />
necessita de objectividade<br />
A legislação que regulamenta<br />
a contratação de prestação<br />
de serviços (os denomina<strong>do</strong>s<br />
recibos verdes) na Função<br />
Pública está a causar uma<br />
onda de apreensão por parte<br />
<strong>do</strong>s autarcas metropolitanos.<br />
Considera a JMP que a nova<br />
legislação, embora não<br />
proibin<strong>do</strong> a contratação, cria<br />
regras com “alto grau de<br />
subjectividade que conferem<br />
ao Tribunal de Contas um poder<br />
razoavelmente discricionário e<br />
que, no futuro, podem criar<br />
sérias dificuldades a autarcas<br />
que, de boa fé, tenham feito<br />
esse tipo de contratações”.<br />
Para o Presidente daquela<br />
estrutura, a legislação, tal<br />
como está, corre o risco de conduzir a casos<br />
extremos de haver presidentes de câmara<br />
que possam vir a ser obriga<strong>do</strong>s a pagar <strong>do</strong><br />
seu bolso contratos que tinham firma<strong>do</strong> com<br />
a melhor das intenções, pelo facto de o<br />
Tribunal assim o entender.<br />
Embora concordan<strong>do</strong> com o espírito da lei,<br />
no senti<strong>do</strong> em que pode contribuir para o<br />
combate a alguns abusos, o autarca reclama,<br />
em nome <strong>do</strong> organismo que dirige, uma nova<br />
redacção <strong>do</strong> diploma, que, em sua opinião,<br />
necessita de regras objectivas e limites<br />
quantificáveis, que não dêem azo a<br />
interpretações dúbias e, muitas vezes,<br />
injustas.
. ciência<br />
PORTO sempre<br />
047<br />
“Nó<strong>do</strong>as na Alma”<br />
Terceira publicação da colecção “<strong>Porto</strong>, Cidade de Ciência” já está nas bancas<br />
“Nó<strong>do</strong>as na Alma – A Medicina e a Loucura”, da autoria <strong>do</strong> médico<br />
psiquiatra Carlos Mota Car<strong>do</strong>so, é a nova publicação da linha editorial<br />
“<strong>Porto</strong>, Cidade de Ciência”, um projecto da autarquia portuense,<br />
através da Fundação <strong>Porto</strong> Social, em parceria com a editora Gradiva.<br />
Este terceiro título da colecção, prefacia<strong>do</strong> pelo escritor Mário Cláudio,<br />
é uma homenagem ao médico e cientista António Maria de Sena,<br />
assumin<strong>do</strong>-se como um contributo para resgatar <strong>do</strong> esquecimento aquele<br />
que, segun<strong>do</strong> palavras <strong>do</strong> autor, foi considera<strong>do</strong> “o primeiro psiquiatra<br />
português” e uma “figura insigne da Cultura e da Ciência<br />
em Portugal”. “Nó<strong>do</strong>as na Alma” é mais uma publicação<br />
da colecção, que, como descreve a cientista Maria<br />
de Sousa, um <strong>do</strong>s grandes nomes liga<strong>do</strong>s ao<br />
projecto, “nos ajuda a saber de nós e <strong>do</strong><br />
nosso passa<strong>do</strong> científico. Sem esse<br />
saber, não poderemos avaliar o<br />
progresso que, realmente,<br />
fizeram os cientistas que<br />
vivem e trabalham no<br />
<strong>Porto</strong>”.<br />
Esta publicação é uma homenagem ao médico e cientista António Maria de Sena,<br />
assumin<strong>do</strong>-se como um contributo para resgatar <strong>do</strong> esquecimento aquele que,<br />
segun<strong>do</strong> palavras <strong>do</strong> autor, foi considera<strong>do</strong> “o primeiro psiquiatra português” e uma<br />
“figura insigne da Cultura e da Ciência em Portugal”.
PORTO sempre<br />
048<br />
O Cerco <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
. momentos históricos<br />
Dan<strong>do</strong> sequência à publicação, iniciada na edição anterior, de um<br />
conjunto de artigos historian<strong>do</strong> alguns <strong>do</strong>s mais marcantes<br />
acontecimentos ocorri<strong>do</strong>s na Invicta, a <strong>Porto</strong> Sempre recorda, desta<br />
feita, o Cerco <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Cerimónia da entrega <strong>do</strong> Coração de D. Pedro à Cidade (pormenor da estátua de D. Pedro IV)<br />
Em 8 de Julho de 1832, a<br />
esquadra liberal, vinda <strong>do</strong>s<br />
Açores, desembarcou na praia<br />
de Pampeli<strong>do</strong>, sem qualquer<br />
resistência por parte das tropas<br />
absolutistas.<br />
D. Miguel, ao tomar<br />
conhecimento, preparara a<br />
defesa de Lisboa para resistir<br />
à invasão liberal,<br />
desvalorizan<strong>do</strong> no plano<br />
estratégico a protecção <strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong>.<br />
Os liberais avançam em direcção<br />
a esta cidade onde entram na<br />
manhã de 9 de Julho. O exército<br />
absolutista, retira para Vila<br />
Nova de Gaia e, no mesmo dia,<br />
inicia-se o bombardeamento<br />
contra a cidade. No dia<br />
seguinte, os liberais, com o<br />
apoio naval, respondem à<br />
agressão, abrin<strong>do</strong> fogo sobre<br />
as forças miguelistas.<br />
As tropas liberais cometeriam<br />
o erro estratégico de deixar<br />
cercar a cidade. O assédio<br />
prolongou-se por mais de um<br />
Convento da Serra <strong>do</strong> Pilar durante<br />
o cerco de 1833.<br />
ano e meio. Durante esse<br />
perío<strong>do</strong>, os portuenses sofreram<br />
grande escassez de to<strong>do</strong> o tipo<br />
de bens. A chegada <strong>do</strong> Inverno<br />
viria a agravar a situação.<br />
Entretanto, surgiram outros<br />
inimigos, como as epidemias<br />
de cólera e tifo. To<strong>do</strong>s estes<br />
acontecimentos contribuíram<br />
para a desmoralização das<br />
tropas cercadas. Houve<br />
deserções, indisciplina e<br />
motins.<br />
Perante este cenário, D. Pedro<br />
reorganiza o exército e envia<br />
o Duque de Palmela a Londres<br />
para obter armas e homens.<br />
Cumprida esta missão, Palmela<br />
desembarca na Foz <strong>do</strong> Douro<br />
em 2 de Junho de 1833, trazen<strong>do</strong> consigo<br />
voluntários, navios e munições.<br />
Cerca de 20 dias depois, esta força liberal é<br />
enviada por D. Pedro para o sul <strong>do</strong> país, sob o<br />
coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Duque da Terceira, ten<strong>do</strong> como<br />
objectivo a tomada de Lisboa. Desembarca em<br />
Alagoa, no Algarve, a 24 de Junho e avança<br />
sobre a capital, ocupan<strong>do</strong>-a um mês depois.<br />
No Norte, a 18 de Agosto de 1833, o Duque de<br />
Saldanha impõe uma derrota às hostes<br />
absolutistas, pon<strong>do</strong> fim ao cerco da cidade<br />
Invicta.<br />
D. Miguel e o seu exército retiram-se para o<br />
Alentejo, aceitan<strong>do</strong> a rendição incondicional<br />
proposta por D. Pedro.<br />
Em testemunho <strong>do</strong> seu apreço pelo apoio <strong>do</strong>s<br />
portuenses durante o cerco, legaria em<br />
testamento o seu coração à cidade.<br />
Vista da cidade e a tomada <strong>do</strong> Convento da Serra <strong>do</strong> Pilar.
. rua<br />
Avenida de Montevideu<br />
PORTO sempre<br />
049<br />
A Avenida Montevideu,<br />
juntamente com a Avenida<br />
Brasil, é uma das artérias mais<br />
frequentadas e aprazíveis da<br />
cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, especialmente<br />
quan<strong>do</strong> o sol espreita e convida<br />
a um passeio à beira-mar.<br />
Situada na frente marítima da<br />
cidade, numa das zonas mais<br />
caras <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, esta avenida<br />
tem agora mais um motivo de<br />
interesse: pela primeira vez, na<br />
história da Invicta, uma das<br />
suas praias, a <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong><br />
Leme, conseguiu obter a<br />
Bandeira Azul, um galardão que<br />
atesta a excelente qualidade<br />
global daquela zona balnear.<br />
São vários os pontos de<br />
interesse ao longo desta<br />
avenida, desde a<br />
estátua que deu nome<br />
à Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong><br />
Leme, da autoria de<br />
Américo Gomes, aos<br />
vários palacetes<br />
existentes na zona e<br />
acaban<strong>do</strong> no conjunto<br />
de rochas de grande<br />
valor científico e<br />
pedagógico, o Passeio<br />
Geológico da Foz.<br />
Quanto à qualidade das praias<br />
da capital <strong>do</strong> Uruguai, origem<br />
<strong>do</strong> topónimo que baptiza a<br />
avenida, não podemos dizer<br />
muita coisa, a não ser que<br />
atingem, provavelmente,<br />
temperaturas bem mais<br />
elevadas ou não ficasse este<br />
país cola<strong>do</strong> ao Brasil, em plena<br />
América <strong>do</strong> Sul.<br />
Na monografia da Foz, de Gui<strong>do</strong><br />
Monterey, e segun<strong>do</strong> a<br />
Toponímia Portuense de Andrea<br />
da Cunha e Freitas, é referi<strong>do</strong><br />
que a mudança <strong>do</strong> nome da Rua<br />
<strong>do</strong> Castelo <strong>do</strong> Queijo para<br />
Avenida de Montevideu, em<br />
homenagem à República <strong>do</strong><br />
Uruguai, foi proposta e<br />
aprovada em sessão camarária<br />
de 25 de Julho de 1926. No<br />
<strong>do</strong>cumento é ainda afirma<strong>do</strong> que a autorização<br />
para a Câmara dispor <strong>do</strong>s terrenos necessários<br />
ao prolongamento da Avenida foi dada pelo<br />
Ministério da Guerra, em ofício data<strong>do</strong> de 30<br />
de Dezembro de 1927, e os seus jardins, junto<br />
ao molhe, foram inaugura<strong>do</strong>s em 28 de Junho<br />
de 1929.<br />
São vários os pontos de interesse ao longo<br />
desta avenida, desde a estátua que deu<br />
nome à Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme, da autoria<br />
de Américo Gomes, aos vários palacetes<br />
existentes na zona e acaban<strong>do</strong><br />
no conjunto de rochas de grande<br />
valor científico e pedagógico,<br />
o Passeio Geológico da Foz.<br />
A Avenida Montevideu<br />
termina ou começa na<br />
Praça Gonçalves Zarco, ou,<br />
como é comummente<br />
conhecida, Rotunda <strong>do</strong><br />
Castelo <strong>do</strong> Queijo,<br />
onde se encontra a<br />
fortaleza<br />
homónima<br />
ou Forte de<br />
S. Francisco<br />
Xavier.
PORTO sempre<br />
050<br />
António Lobão Vital<br />
por José da Cruz Santos<br />
Há trinta anos, em 13 de Junho de<br />
1978, morria uma das personalidades<br />
mais exemplares da Resistência ao<br />
fascismo salazarista. Neste intelectual<br />
coexistiam no mais eleva<strong>do</strong> grau a<br />
coerência profissional de um arquitecto,<br />
consciente da importância social da<br />
sua actividade, e a mais empenhada<br />
militância política no senti<strong>do</strong> da<br />
libertação <strong>do</strong> povo português.<br />
O Arquitecto António Lobão Vital<br />
nasceu em 1911, em Aguiar da Beira.<br />
Mais portuense e afeiçoa<strong>do</strong> às tradições<br />
da liberdade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>do</strong> que muitos<br />
que por aqui nasceram, desde ce<strong>do</strong><br />
as suas preocupações sociais estiveram<br />
na origem da sua opção e acção<br />
políticas, ten<strong>do</strong> por esse motivo si<strong>do</strong><br />
preso dezasseis vezes, num total de<br />
seis anos de prisão, durante os quais<br />
sofreu a tortura, castigos, isolamentos,<br />
espancamentos, sempre recusan<strong>do</strong><br />
intransigentemente a mais pequena<br />
cedência.<br />
É célebre uma fotografia em que são<br />
visíveis os vestígios das agressões que<br />
sofreram o Prof. Doutor Ruy Luís Gomes<br />
e o Arquitecto Lobão Vital num comício<br />
eleitoral que se realizou em Rio Tinto,<br />
e <strong>do</strong> qual fala o poema de Luís Veiga<br />
Leitão que se pode ler adiante.<br />
Sobre o Arquitecto Lobão Vital é<br />
indispensável conhecer o importante<br />
texto <strong>do</strong> Arquitecto Cassiano Barbosa,<br />
de que transcrevo alguns excertos:<br />
«No mês de Maio de 1948 realizou-se<br />
em Lisboa o Primeiro Congresso Nacional<br />
de Arquitectura “sob o alto patrocínio<br />
<strong>do</strong> governo”. Tratava-se, como é<br />
evidente, <strong>do</strong> governo fascista. Porém,<br />
esse facto não impediu Lobão Vital de<br />
apresentar, nesse congresso, uma tese<br />
da qual faz parte um veemente protesto<br />
que ficou exara<strong>do</strong> nas respectivas<br />
conclusões: “Exigir que não se tornem<br />
a consagrar as aldeias mais atrasadas<br />
e menos higiénicas <strong>do</strong> País.”<br />
Com esta atitude, Lobão Vital, além de<br />
chamar a atenção para aspectos liga<strong>do</strong>s<br />
ao problema da habitação, objectivo<br />
da sua tese, manifestou publicamente<br />
um acto de grande coragem cívica que<br />
confirmou as suas características de<br />
indefectível luta<strong>do</strong>r antifascista.<br />
No <strong>Porto</strong>, em 1936, começou a ser<br />
publica<strong>do</strong> o quinzenário “Sol Nascente”,<br />
com a colaboração redactorial de Lobão<br />
Vital, Manuel de Azeve<strong>do</strong>, Carlos Barroso<br />
e Afonso de Castro. Virgínia Moura<br />
desempenhou, no “Sol Nascente”, as<br />
funções de secretária e colaborou com<br />
os seus escritos assina<strong>do</strong>s com<br />
pseudónimo. O conjunto destes nomes<br />
formava, por assim dizer, a comissão<br />
directiva <strong>do</strong> jornal. Fizeram, também,<br />
parte <strong>do</strong> “Sol Nascente”, Orlan<strong>do</strong> Braga<br />
de Vasconcelos e Arman<strong>do</strong> Bacelar. O<br />
“Sol Nascente” exerceu enorme<br />
influência na coesão de muitos<br />
antifascistas que se encontravam<br />
dispersos devi<strong>do</strong> às perseguições da<br />
PIDE.<br />
Para isso, muito concorreu a colaboração<br />
de consagra<strong>do</strong>s intelectuais como Abel<br />
Salazar, Ferreira de Castro, Aquilino<br />
Ribeiro, Joaquim Namora<strong>do</strong>, Álvaro<br />
Cunhal, Fernan<strong>do</strong> Namora e Afonso<br />
Ribeiro.<br />
Entretanto, Lobão Vital concluiu o seu<br />
curso de Arquitectura e tentou conseguir<br />
algum trabalho que lhe permitisse fazer<br />
face às despesas da sua vida e da sua<br />
companheira Virgínia Moura. É sabi<strong>do</strong><br />
que não lhe seria possível obter<br />
encomendas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e, por outro<br />
la<strong>do</strong>, as encomendas particulares<br />
estavam reservadas para os amigos <strong>do</strong>s<br />
capitalistas ou para os arquitectos<br />
consagra<strong>do</strong>s. Estas circunstâncias<br />
obrigaram Lobão Vital a recorrer a<br />
trabalhos de desenha<strong>do</strong>r e Virgínia<br />
Moura, que concluíra, também, o seu<br />
curso de Engenharia Civil, dedicou-se<br />
a dar explicações de Matemática e a<br />
elaborar compêndios sobre essa matéria.<br />
E, assim, conseguiram sobreviver embora<br />
com grandes dificuldades. Este esta<strong>do</strong><br />
de coisas foi ainda agrava<strong>do</strong> por uma<br />
série de prisões, mais ou menos longas,<br />
tanto de Lobão Vital como de Virgínia<br />
Moura.<br />
Deve dizer-se, porém, que Lobão Vital<br />
foi um arquitecto que respeitou a sua<br />
profissão e como tal a exerceu. Nos<br />
últimos anos da sua vida teve<br />
oportunidade de realizar alguns <strong>do</strong>s<br />
seus projectos arquitectónicos que<br />
demonstraram as suas aptidões<br />
profissionais.<br />
Lobão Vital fez parte da “Organização<br />
<strong>do</strong>s Arquitectos Modernos” (ODAM)<br />
onde defendeu com grande capacidade<br />
os princípios progressistas desse<br />
organismo.<br />
. portuenses ilustres<br />
Em 1973, foi eleito para membro da direcção da Secção<br />
Regional <strong>do</strong> Norte <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s Arquitectos. Não chegou<br />
a exercer a sua actividade nessas funções, pois foi<br />
precisamente nessa altura que a <strong>do</strong>ença o surpreendeu.<br />
Foi também nessa ocasião que Ruy Luís Gomes, que se<br />
encontrava exila<strong>do</strong> no Brasil e que era íntimo de Lobão<br />
Vital, veio a Portugal para o ver. Não lhe foi permiti<strong>do</strong> sair<br />
<strong>do</strong> aeroporto de Lisboa.<br />
Já muito <strong>do</strong>ente, em 1974, Lobão Vital publicou o livro<br />
“Alguns Aspectos <strong>do</strong> Problema da Habitação”, que foi o<br />
seu último trabalho. Trata-se de uma breve e clara análise<br />
<strong>do</strong> problema da habitação no nosso país que esclarece<br />
muitos <strong>do</strong>s seus controversos aspectos.<br />
Lobão Vital, já nos longínquos tempos <strong>do</strong> Primeiro Congresso<br />
Nacional de Arquitectura, apresentava teses em que<br />
defendia o prima<strong>do</strong> da dignidade humana. Assim, continuou<br />
procuran<strong>do</strong> ser coerente com os seus pontos de vista, certo<br />
de que a actividade de um arquitecto progressista não se<br />
pode limitar a sentar-se ao estira<strong>do</strong>r burilan<strong>do</strong> belos<br />
projectos cujas "receitas revolucionárias” já estão ao<br />
serviço da reacção nem tão-pouco conservar-se indiferente<br />
perante a vacuidade da discussão de alguns, sobre a beleza<br />
das colunas dóricas das suas mansões, enquanto muitos<br />
lutam por uma barraca de lata». Denúncia que infelizmente<br />
permanece viva, também nesta cidade, trinta anos depois<br />
da sua morte.<br />
A GRANDE NOITE<br />
Noite de Rio Tinto. A noite foi aberta<br />
Pelas vagas <strong>do</strong> povo. E as vagas levantaram<br />
Sua voz carregada de esperança, liberta<br />
Do mar que no peito lhe fecharam.<br />
Noite de Rio Tinto. Quan<strong>do</strong> a besta assomou,<br />
Patas pisan<strong>do</strong> o corpo <strong>do</strong> povo,<br />
Mais a noite cresceu e mais funda ficou<br />
Como raiz dum rebento Novo.<br />
Noite de Rio Tinto. Enquanto o sangue empasta,<br />
A calúnia forja o seu ferro em brasa.<br />
Mas o sangue <strong>do</strong> povo não se perde, alastra,<br />
Como força duma fonte rasa.<br />
Noite de Rio Tinto. Noite <strong>do</strong> meu ser,<br />
Onde me revigoro e comovo<br />
E creio: numa noite irmã, há-de romper<br />
A estrela da manhã <strong>do</strong> povo.<br />
Luís Veiga Leitão
PORTO sempre<br />
. postal ilustra<strong>do</strong> 051<br />
O próximo pode ser o seu…<br />
Envie-nos a sua fotografia preferida <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e veja-a publicada.<br />
"Rio Douro com margens de ouro..."<br />
Uma visão Nocturna sobre a nossa Invicta, que<br />
emana um calor muito próprio, nestas noites<br />
de Verão.<br />
Ricar<strong>do</strong> Lamego<br />
Revele-nos o seu <strong>Porto</strong>, envie-nos a sua melhor imagem acompanhada de um breve texto alusivo para: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Gabinete de Comunicação<br />
e Imagem, Praça General Humberto Delga<strong>do</strong>, 4049-001 <strong>Porto</strong>. As imagens enviadas irão integrar uma exposição a ter lugar no Gabinete <strong>do</strong> Munícipe.
PORTO sempre<br />
052<br />
. passadeira<br />
Valério Santos<br />
25 anos, Mestran<strong>do</strong><br />
Animação<br />
“O povo <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> vive muito as festas<br />
da rua, há sempre muita coisa a<br />
acontecer, acho muito positivo que<br />
a Câmara organize estes eventos<br />
culturais.”<br />
Jorge Correia<br />
44 anos, Cantoneiro<br />
Arruma<strong>do</strong>res<br />
“O projecto era bem bom para os tirar<br />
da rua e ajudar a ganhar a sua vida<br />
pelo menos deixavam de fazer<br />
asneiras.”<br />
Carla Silva<br />
22 anos, Desempregada<br />
Animação<br />
“Há programas óptimos na rua!<br />
Sempre que sei que vai haver alguma<br />
coisa, eu vou: Parque da Cidade,<br />
Edifício Transparente ou à Avenida<br />
<strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, onde houver.”<br />
Vasco Nogueira<br />
28 anos, Vigilante<br />
Reabilitação <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s<br />
“Acho que os merca<strong>do</strong>s precisam de<br />
obras, mas devem ficar nas mãos das<br />
pessoas que lá trabalham. Não devem<br />
ir para as mãos de priva<strong>do</strong>s.”<br />
Fernan<strong>do</strong> Santos<br />
60 anos, Electricista<br />
<strong>Porto</strong> Cívico<br />
“A nossa população tem muito pouco<br />
civismo, está sempre tu<strong>do</strong> sujo. Já<br />
ouvi falar <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> Cívico mas é muito<br />
difícil mudar estes comportamentos.”<br />
Sónia Lopes<br />
19 anos, Saladeira<br />
Animação<br />
“Nos últimos anos tem havi<strong>do</strong> muita<br />
mais animação, estas festas mostram<br />
que a cidade tem muito mais <strong>do</strong> que<br />
as pessoas imaginam.”
PORTO sempre<br />
. passadeira 053<br />
Joana Ferreira<br />
25 anos, Desempregada<br />
Escolas<br />
“Sei que estão a renovar as instalações<br />
das escolas e fico contente que a<br />
minha filha possa ter as melhores<br />
condições.”<br />
Emanuel Duque<br />
20 anos, Estudante<br />
Praias<br />
“É bom que se melhorem as praias,<br />
aquele passadiço com uma praia de<br />
qualidade, vai atrair muita gente!”<br />
João Nogueira<br />
35 anos, Entrevista<strong>do</strong>r para Estu<strong>do</strong>s<br />
de Merca<strong>do</strong><br />
Investimento<br />
“O <strong>Porto</strong> precisava de receber mais<br />
verbas <strong>do</strong> Governo. O Governo bem<br />
podia injectar mais investimento em<br />
toda a região Norte.”<br />
Maria de Fátima Amaral<br />
44 anos, Doméstica<br />
Reabilitação <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s<br />
“Acho que devem ser melhora<strong>do</strong>s,<br />
devem manter o que lá está e pôr<br />
coisas novas, assim, vão ter mais<br />
gente.”<br />
Maria Alice Moreira<br />
63 anos, Doméstica<br />
Praias<br />
“Já temos uma Bandeira Azul, foi<br />
mesmo bom, a nossa Foz está mais<br />
feliz!”<br />
Manuel Ferreira<br />
64 anos, Forma<strong>do</strong>r<br />
Investimento<br />
“Investe-se sempre mais no Sul. Os<br />
autarcas bem tentam ter mais ajudas<br />
e bem tomam posições, mas no que<br />
toca ao Norte, não temos grandes<br />
hipóteses!”
PORTO sempre<br />
054<br />
. sala de visitas<br />
Visita <strong>do</strong> Presidente da República ao Instituto Politécnico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Inauguração da estátua ao General Humberto Delga<strong>do</strong><br />
António Costa e Rui Rio nas festas de S. João <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Rui Rio e Poças Martins na cerimónia <strong>do</strong> hastear da Bandeira<br />
Azul na praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme
PORTO sempre<br />
. sala de visitas 055<br />
Assinatura de protocolos para construção de novos Centros Educativos<br />
no Norte<br />
Cortejo Académico da Queima das Fitas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
Tiago Monteiro, Rui Rio e Francisco Santos<br />
Sessão Solene de Boas Vindas ao Rei Harald V e à Rainha Sonja<br />
da Noruega<br />
Conferências sobre Regionalização
Crescer a brincar<br />
Especialmente para ti que a<strong>do</strong>ras a praia, aqui<br />
tens um passatempo divertidíssimo.<br />
Mergulha de cabeça neste desafio e mostra que<br />
estás prepara<strong>do</strong> para os grandes dias de Verão.<br />
E agora mãos à obra: escolhe a cor <strong>do</strong> teu gela<strong>do</strong><br />
e lança os da<strong>do</strong>s.<br />
Instruções: ao calhares numa casa com estrela responde à<br />
pergunta. Consulta a estrela correspondente nas soluções e<br />
descobre o que te vai acontecer!<br />
Chegaste à praia mais tarde que<br />
os outros e já é quase meio-dia.<br />
O que é melhor fazeres<br />
a) Puxas da tua linda toalha<br />
colorida e espraias-te ao sol.<br />
b) Atiras-te ao mar e gritas por<br />
socorro para espantar o calor.<br />
c) Vais para a sombra e esperas<br />
que passe o calor.<br />
Está um calor de rachar e bandeira<br />
amarela. O que fazes<br />
a) Tentas distrair o banheiro e<br />
desatas a nadar para o mais longe<br />
que puderes.<br />
b) Tomas banho prudentemente<br />
e em local vigia<strong>do</strong>.<br />
c) Enches a bóia e lanças-te à<br />
deriva mar a dentro.<br />
Vês um grupo de adultos a fumar<br />
na praia. O que podes fazer<br />
a) Passas à frente deles e tosses<br />
muito.<br />
b) Enches o teu balde de água e<br />
atiras para cima <strong>do</strong> fumo.<br />
c) Fazes um cinzeiro com papel<br />
não inflamável e ofereces.<br />
Um vizinho de praia trouxe o cão<br />
que ladra, puxa pelas toalhas <strong>do</strong>s<br />
outros e faz xixi nas barracas. Que<br />
fazes<br />
a) Dizes, educadamente, aos<br />
<strong>do</strong>nos que não devem trazer o<br />
cão.<br />
b) Foges para dentro de uma<br />
barraca e pedes para chamar a<br />
ASAE.<br />
C) Tentas ensiná-lo a portar-se<br />
bem, gritan<strong>do</strong>-lhe palavras de<br />
ordem.<br />
Está uma brasa e sentes as costas<br />
a arder. Que fazes<br />
a) Atiras-te à água de costas e<br />
pões-te a boiar.<br />
b) Vais para a sombra e pedes a<br />
alguém para te espalhar mais<br />
protector.<br />
C) Amuas e cobres-te de areia<br />
molhada para te arrefeceres.
SPF<br />
50<br />
Soluções<br />
Se respondeste c) avança 2 casas. Se não, fica 2 jogadas para<strong>do</strong>.<br />
A hora indicada para apanhar sol (por pequenos perío<strong>do</strong>s) é de manhã até às 11h30 e de tarde a partir<br />
das 16h30.<br />
Se respondeste b) continua a jogar. Se não, espera até que to<strong>do</strong>s te ultrapassem.<br />
Bandeira vermelha: proibi<strong>do</strong> tomar banho; bandeira amarela: tomar banho em local vigia<strong>do</strong> mas não<br />
nadar; bandeira verde: tomar banho e nadar em local vigia<strong>do</strong>.<br />
Se respondeste c) joga os da<strong>do</strong>s outra vez. Se não volta para a casa partida.<br />
As “beatas” <strong>do</strong>s cigarros demoram dezenas de anos a decompor-se na areia. Deve-se depositá-las<br />
em cinzeiros e depois deitar ao lixo.<br />
Se respondeste a) podes avançar 1 casa. Se não, só jogas quan<strong>do</strong> te sair 3.<br />
Os cães são muito fofinhos mas na praia são imprevisíveis e incomodam as pessoas. Não os devemos<br />
trazer!<br />
Se respondeste b) parabéns. Passa para a penúltima casa.<br />
Devemos permanecer bem protegi<strong>do</strong>s com um protector solar adequa<strong>do</strong> e aplicá-lo várias vezes<br />
durante o dia.
PORTO sempre<br />
058<br />
Álvaro Parente<br />
Aa<br />
Bb<br />
Cc<br />
Álvaro, nome antigo<br />
na família. Eu, o meu<br />
pai (que sempre fez<br />
tu<strong>do</strong> por mim) e o meu<br />
bisavô (pai da minha<br />
avó paterna).<br />
Bacalhau com Natas -<br />
um <strong>do</strong>s meus pratos<br />
preferi<strong>do</strong>s na esplanada<br />
<strong>do</strong> restaurante Varanda<br />
da Barra... com cheiro<br />
a maresia.<br />
Circuito da Boavista -<br />
o circuito da minha<br />
“casa”.<br />
Cães - a<strong>do</strong>ro cães.<br />
Ff<br />
Gg<br />
Hh<br />
Fórmula 1, o meu<br />
sonho.<br />
Fábrica de Produtos<br />
Estrela fundada pelo<br />
meu avô paterno<br />
produziu o PE - carro<br />
que também fez o<br />
antigo Circuito da<br />
Boavista.<br />
GP2 Séries,<br />
campeonato em que<br />
participo actualmente.<br />
História, séculos de<br />
história da cidade que<br />
deu nome a Portugal.<br />
Nn<br />
Oo<br />
Pp<br />
Qq<br />
. porto de A a Z<br />
Navegar constantemente com um rumo...<br />
a vitória.<br />
Nunca baixar os braços!<br />
Oporto British School, muitas<br />
aprendizagens e amizades.<br />
Os meus amigos, o regresso, o reencontro!<br />
Parente, o nome da minha família.<br />
<strong>Porto</strong>, o nome da minha cidade.<br />
Quan<strong>do</strong> regresso ao <strong>Porto</strong>, estou<br />
eternamente bem...<br />
Dd<br />
Ee<br />
Douro, um rio, uma<br />
marca... tenho o<br />
privilégio de o ver<br />
sempre que acor<strong>do</strong> no<br />
<strong>Porto</strong>.<br />
Dragão, para sempre :)<br />
Estar a apanhar sol no<br />
IBAR, na Avenida<br />
Brasil, bem<br />
acompanha<strong>do</strong>.<br />
Ii<br />
Jj<br />
Kk<br />
Iny, o meu afilhadinho!<br />
Filho da minha prima,<br />
irmão <strong>do</strong> meu priminho<br />
Gudy - grande joga<strong>do</strong>r<br />
de mini-basquete <strong>do</strong><br />
Académico.<br />
Jardim de Serralves,<br />
uma referência da<br />
cidade.<br />
Karting, onde tu<strong>do</strong><br />
começou... bem<br />
ce<strong>do</strong>... aos 4 anos...<br />
pela mão <strong>do</strong> “Pai”<br />
Natal!<br />
Rr<br />
Ss<br />
Tt<br />
Ribeira, o mais vivo colori<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>.<br />
Supernova, a minha equipa no GP2<br />
Séries.<br />
Sempre a lutar e nunca desistir!<br />
Tios to<strong>do</strong>s, permanentemente a torcer<br />
e a “sofrer” por mim... são uma força<br />
incessante.<br />
Ll<br />
Levantar ce<strong>do</strong> da<br />
cama, não é mesmo<br />
o meu forte!<br />
Uu<br />
Uma vida dedicada aos automóveis e<br />
à velocidade “de pequenino se torce<br />
o pepino”!<br />
Mm<br />
Manuela, a minha mãe.<br />
Maria João, a minha<br />
irmã.<br />
Muito as admiro!<br />
Vv<br />
Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, o nosso néctar,<br />
claro!<br />
Xx<br />
Xikinha...<br />
Xi e agradecimento para os meus fãs!<br />
Zz<br />
Zélinha, a minha avó!<br />
Álvaro Parente, Piloto GP2 Séries