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. editorial<br />

Uma conquista <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

PORTO sempre<br />

003<br />

To<strong>do</strong>s sabemos que a reabilitação <strong>do</strong>s Bairros Sociais, a requalificação da Baixa portuense e a mobilidade<br />

são os três principais problemas que identificamos na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Por isso, coerentemente, a maior<br />

parte <strong>do</strong> nosso esforço tem si<strong>do</strong> para aí canalizada.<br />

Mas tal não quer dizer que a Câmara só faça isso. Uma vez conseguida a maioria absoluta nas eleições de<br />

2005, ficamos com obrigações acrescidas. Ficamos com a responsabilidade de fazer mais e melhor, também<br />

nas outras áreas.<br />

É pois esse o esforço que tem si<strong>do</strong> feito. Daí, por exemplo, a batalha pela recuperação <strong>do</strong> Bolhão, a<br />

modernização <strong>do</strong> Pavilhão Rosa Mota, a chamada <strong>do</strong> público ao Rivoli, a requalificação da Praça de Lisboa<br />

junto aos Leões, a renovação <strong>do</strong> Ferreira Borges, a aposta no Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bom Sucesso. Em perío<strong>do</strong> de<br />

queda da economia, é isto que uma autarquia pode e deve fazer para reestruturar o seu teci<strong>do</strong> económico<br />

e aproveitar o forte potencial turístico que o <strong>Porto</strong> tem.<br />

É pois nesta lógica que conseguimos uma vitória que muito nos deve alegrar. Durante anos as nossas praias<br />

foram uma vergonha que muitos julgavam irrecuperável. A tarefa era muito difícil e, por isso, eu próprio<br />

resolvi nada prometer de concreto a esse respeito. Mas não deixamos de trabalhar para melhorar as nossas<br />

praias e tentar fazer uma surpresa à cidade. Trabalhamos e conseguimos. Todas as praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> estão<br />

com a água em condições de receber os banhistas e uma delas conseguiu mesmo uma Bandeira Azul.<br />

Compreenderão que, como Presidente da Câmara, eu sinta um enorme orgulho no que conseguimos. Esta<br />

primeira Bandeira Azul é, seguramente, o melhor incentivo para continuarmos a trabalhar na melhoria da<br />

nossa costa. Uma costa que é inegavelmente um património em que temos de continuar a apostar.<br />

Um abraço <strong>do</strong><br />

Esta primeira Bandeira Azul é,<br />

seguramente, o melhor incentivo<br />

para continuarmos a trabalhar<br />

na melhoria da nossa costa.


PORTO sempre<br />

004<br />

. sumário<br />

003 Editorial<br />

Uma conquista <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

024<br />

O que há de novo<br />

A Baixa começa a mexer<br />

049<br />

Rua<br />

Avenida de Montevideu<br />

005<br />

Entrevista<br />

Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira<br />

Fernandes<br />

027<br />

O que há de novo<br />

Rua Miguel Bombarda requalificada<br />

050<br />

Portuenses Ilustres<br />

António Lobão Vital<br />

009<br />

Primeiro Plano<br />

Homem <strong>do</strong> Leme com bandeira azul<br />

039<br />

Desporto<br />

<strong>Porto</strong> a caminho de Pequim<br />

051<br />

Postal Ilustra<strong>do</strong><br />

012<br />

Primeiro Plano<br />

Ambiente com «boa onda» nas praias<br />

portuenses<br />

040<br />

Clube<br />

Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

052<br />

Passadeira<br />

013<br />

Comunicação Social<br />

“New Media” ameaça imprensa<br />

clássica<br />

042<br />

Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />

<strong>Porto</strong> Cívico: Brigadas na rua, cidade<br />

em acção<br />

054<br />

Sala de Visitas<br />

014<br />

019<br />

Em Foco<br />

Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Em Foco<br />

<strong>Porto</strong>, uma cidade sustentável<br />

044<br />

047<br />

Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Uma estrutura intermunicipal para<br />

concertar estratégias<br />

Ciência<br />

“Nó<strong>do</strong>as na Alma”<br />

056<br />

058<br />

Jogo Crescer a Brincar<br />

Brinca n’Areia<br />

<strong>Porto</strong> de A a Z<br />

Álvaro Parente<br />

048<br />

Momentos Históricos<br />

O Cerco <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Ficha Técnica<br />

<strong>Porto</strong> Sempre nº19<br />

Julho 2008<br />

Direcção<br />

Rui Rio<br />

Coordenação Editorial<br />

Florbela Guedes<br />

Coordenação Redactorial<br />

Gabinete de Comunicação e<br />

Imagem da Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Redacção<br />

Aníbal Sacramento<br />

Florbela Guedes<br />

Hugo Silva<br />

José Luís Dias<br />

Paulo Neves<br />

Sara Parente<br />

Susana Tavares<br />

Fotografia<br />

Rui de Meireles<br />

Fotografia da capa<br />

Rui de Meireles<br />

Edição e Propriedade<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Praça General Humberto<br />

Delga<strong>do</strong><br />

4049-001 <strong>Porto</strong><br />

imprensa@cm-porto.pt<br />

www.cm-porto.pt<br />

Design e Composição<br />

Gráfica<br />

B+ Comunicação<br />

Impressão<br />

Heska - Indústria Tipográfica<br />

S.A.<br />

Publicidade<br />

Gabinete de Comunicação e<br />

Imagem da Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Depósito Legal<br />

198544/03<br />

Tiragem<br />

150.000 Exemplares<br />

Periodicidade<br />

Trimestral


. entrevista<br />

005<br />

Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />

Presidente da Agência de Energia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (AdE<strong>Porto</strong>)<br />

PORTO sempre<br />

“O Sol é a solução energética <strong>do</strong> futuro”<br />

Por mero acaso, esta conversa<br />

decorre justamente no Dia<br />

Mundial <strong>do</strong> Ambiente, o que<br />

constitui um excelente mote para<br />

lhe pedir um diagnóstico sucinto<br />

sobre o actual esta<strong>do</strong> da cidade,<br />

nesse <strong>do</strong>mínio específico. Ou<br />

seja, como é que está (como é)<br />

o ambiente no <strong>Porto</strong><br />

A resposta, em termos rigorosos,<br />

não deve ser simplista. Poderei<br />

dizer que há boas perspectivas em<br />

termos <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res habituais<br />

(resíduos urbanos, água, energia,<br />

qualidade <strong>do</strong> ar ambiente, ruí<strong>do</strong>,<br />

espaços verdes), mas deveremos<br />

esperar, para que possa responder<br />

com mais propriedade, até que seja<br />

elaborada a proposta de Estratégia<br />

para a Sustentabilidade da cidade,<br />

a qual se encontra presentemente<br />

em preparação e será entregue à<br />

Câmara pela Agência de Energia,<br />

no fim deste ano de 2008.<br />

A AdE<strong>Porto</strong> nasceu em Março de<br />

2007 por iniciativa da CMP. De<br />

um mo<strong>do</strong> sintético e em termos<br />

facilmente compreensíveis pelo<br />

comum <strong>do</strong>s portuenses, o que é<br />

e para que serve, no concreto,<br />

esta Agência de que o Sr.<br />

Professor é presidente<br />

Se atentarmos na resposta à<br />

pergunta anterior, saberemos<br />

identificar aí alguns actores das<br />

políticas de gestão <strong>do</strong>s resíduos<br />

(Lipor), da água (Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>),<br />

etc. A Agência de Energia será mais<br />

um desses actores, que nasceu para<br />

responder ao desafio que, também<br />

na abordagem da questão<br />

energética, se coloca hoje às<br />

autarquias, já que a energia é um<br />

recurso essencial ao progresso e<br />

ao bem-estar das comunidades.<br />

Todavia, também tem fortes<br />

repercussões negativas no<br />

ambiente, nomeadamente na<br />

poluição <strong>do</strong> ar e –<br />

soubemo-lo ainda há<br />

pouco tempo – no<br />

aquecimento<br />

global <strong>do</strong><br />

planeta, que<br />

nos vai trazer<br />

as alterações<br />

climáticas.<br />

Então, a<br />

AdE<strong>Porto</strong> é<br />

uma entidade<br />

especializada de<br />

apoio à boa<br />

gestão da energia<br />

no Município <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, através<br />

<strong>do</strong> envolvimento da Câmara, mas também <strong>do</strong>s principais<br />

actores, no âmbito das políticas públicas (águas,<br />

transportes, resíduos, património edifica<strong>do</strong> público,<br />

habitação social, entidades <strong>do</strong> desporto e <strong>do</strong> lazer,<br />

etc.) e das empresas da área da energia (electricidade,<br />

gás, combustíveis) e <strong>do</strong>s cidadãos em geral, através<br />

das associações mais diversas. E contará, certamente,<br />

com o contributo especializa<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema científico<br />

da Universidade.<br />

Em que medida é que pode contribuir para a<br />

melhoria da qualidade de vida das pessoas Por<br />

outras palavras: que mais-valia representa a criação<br />

deste organismo para a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Vai permitir à CMP dispor de uma entidade<br />

especializada, que lhe dê suporte às medidas, que,<br />

em termos de políticas, identificou para o futuro:<br />

uma cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ambientalmente exemplar<br />

também no que respeita à energia, o que significa<br />

uma cidade causa<strong>do</strong>ra de menos poluição, em particular<br />

com menos emissões de CO2 (dióxi<strong>do</strong> de carbono)<br />

per capita. Numa frase, vai contribuir, de forma muito<br />

especial, para que o <strong>Porto</strong> possa, de facto, vir a<br />

corresponder ao compromisso que se prepara para<br />

assumir, solenemente, no contexto europeu: ser uma<br />

cidade sustentável.<br />

Energia e Ambiente são duas vertentes<br />

indissociáveis <strong>do</strong>s padrões da qualidade de vida<br />

urbana. No caso da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, como tem<br />

si<strong>do</strong> possível “casar” estes <strong>do</strong>is aspectos, no âmbito<br />

da esfera de competências da AdE<strong>Porto</strong><br />

A energia é um recurso essencial que vem toda (!)<br />

ela <strong>do</strong> ambiente. Só que há formas de energia, como<br />

é o caso <strong>do</strong>s combustíveis fósseis, que ainda<br />

representam a grande fatia da energia que usamos,<br />

como são os combustíveis líqui<strong>do</strong>s e gasosos para os<br />

transportes, para a indústria, em nossas casas (gás<br />

butano ou gás natural) e para a produção de mais de<br />

60% da electricidade <strong>do</strong> nosso país. Ora, daqui ressalta<br />

clara a ligação das políticas energéticas com o<br />

ambiente, quer o ambiente na cidade propriamente<br />

dita, quer o ambiente global de que, em última análise,<br />

a cidade e os seus cidadãos são responsáveis, através<br />

<strong>do</strong> CO2 que se produz localmente e que<br />

tem um impacte global, ao nível <strong>do</strong><br />

planeta. Por isso, a ONU criou o<br />

slogan: “pensar globalmente quan<strong>do</strong><br />

agir localmente”. Creio ser esse o<br />

entendimento da Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e, claro,<br />

da AdE<strong>Porto</strong>.


PORTO sempre<br />

006<br />

. entrevista<br />

“Há que reduzir os usos de combustíveis fósseis na cidade”<br />

Em Março último, foi formalmente<br />

apresentada a Matriz Energética<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A que conclusões<br />

chegou esse <strong>do</strong>cumento e que<br />

principais medidas preconiza,<br />

com vista a fazer <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> uma<br />

cidade sustentável, em<br />

consonância com os valores e o<br />

méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> conceito da Agenda<br />

21 Local<br />

Antes de mais, a Matriz permitiu o<br />

diagnóstico da situação da energia<br />

no <strong>Porto</strong>, condição necessária para<br />

a definição de uma estratégia<br />

adequada. Ora, esse diagnóstico<br />

mostra-nos que, em primeiro lugar,<br />

o peso da história – enquanto<br />

cidade “toda eléctrica” que foi<br />

durante cerca de 40 anos – ainda<br />

é muito visível no <strong>Porto</strong>. Os maiores<br />

consumos são de electricidade. O<br />

gás natural e os gases mais<br />

tradicionais, propano e butano,<br />

apresentam uma muito baixa<br />

penetração. Por outro la<strong>do</strong>, em<br />

termos de sectores, ao contrário <strong>do</strong><br />

que é comum veicular, o sector que<br />

usa mais recursos energéticos no<br />

<strong>Porto</strong> é o <strong>do</strong>s edifícios e não o <strong>do</strong>s<br />

transportes. Para isso contribui o<br />

facto de a electricidade ser, em<br />

mais de 60%, de origem fóssil e<br />

chegar aos utiliza<strong>do</strong>res com uma<br />

eficiência algures entre 30 e 40%.<br />

Como dizia alguém com alguma<br />

ironia, a electricidade não se produz<br />

no supermerca<strong>do</strong>, isto é, neste caso,<br />

na rede eléctrica. Antes de chegar<br />

ao quadro eléctrico em nossas casas,<br />

a electricidade já foi queda de água<br />

ou vento, mas, também, gás natural<br />

e até carvão, que se queimam para<br />

gerar a electricidade. Ora, estes<br />

processos de queima implicam<br />

muitas perdas de energia, em alguns<br />

casos, de mais de 65%. Isto faz<br />

com que um chá feito em nossas<br />

casas, com electricidade, emita o<br />

<strong>do</strong>bro <strong>do</strong> CO2 <strong>do</strong> que se for feito<br />

com gás natural.<br />

Portanto, qual o principal<br />

objectivo a ter em conta<br />

O diagnóstico conduz, de imediato<br />

e claramente, a um objectivo:<br />

reduzir os usos de combustíveis<br />

fósseis na cidade, porque só assim,<br />

pela emissão de menos CO2 per<br />

capita, se pode ambicionar a ter<br />

um <strong>Porto</strong> sustentável. Tu<strong>do</strong><br />

pondera<strong>do</strong>, aquele objectivo deu<br />

origem a uma meta: reduzir as<br />

emissões de CO2 per capita <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

em cerca de 30% para um valor na<br />

casa das 3,5 toneladas de CO2 per<br />

capita, por ano.<br />

“A meta é reduzir as<br />

emissões de CO2 per<br />

capita <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> em<br />

cerca de 30% para<br />

um valor na casa das<br />

3,5 toneladas de CO2<br />

per capita, por ano.”<br />

Para alcançar uma tal meta, que<br />

medidas concomitantes serão<br />

necessárias<br />

Em primeiro lugar, promover a<br />

eficiência energética por duas vias,<br />

a saber: a) seleccionan<strong>do</strong> as formas<br />

de energia mais adequadas para um<br />

determina<strong>do</strong> serviço (veja-se o<br />

exemplo <strong>do</strong> chá acima referi<strong>do</strong>); a<br />

isso chama-se a gestão da procura,<br />

que resulta de uma atitude<br />

informada que não se deixa<br />

embarcar em consumismos<br />

desloca<strong>do</strong>s e que tem um maior<br />

respeito pela energia como se vai<br />

já, felizmente, sentin<strong>do</strong> que existe<br />

em relação à água, por exemplo; e<br />

b) usan<strong>do</strong> tecnologias e processos<br />

eficientes, como é o caso <strong>do</strong>s<br />

frigoríficos ou das lâmpadas, ou <strong>do</strong><br />

uso <strong>do</strong>s transportes colectivos,<br />

quan<strong>do</strong> exista uma verdadeira<br />

alternativa de serviço. Dessa forma,<br />

reduzem-se as necessidades de<br />

energia sem que haja redução das<br />

prestações. No que respeita aos<br />

edifícios, as questões da eficiência<br />

energética devem ser tidas em<br />

consideração logo no projecto e na<br />

construção, em ligação com a<br />

regulamentação recente (DL 78,<br />

79 e 80 de 2006), e permitem<br />

ir mais além na via da<br />

sustentabilidade.<br />

Isso, em primeiro lugar… e em segun<strong>do</strong><br />

Em segun<strong>do</strong> lugar, promover a penetração das energias<br />

renováveis. Os objectivos de reduzir os combustíveis<br />

fósseis impõem, desde logo, a penetração da água<br />

quente solar, já que a água quente sanitária é um<br />

<strong>do</strong>s principais usos de energia pelas famílias.<br />

E qual será a estratégia imediata<br />

As acções de promoção das energias renováveis e de<br />

eficiência energética no projecto e construção de<br />

edifícios têm, porém, um tempo de resposta alarga<strong>do</strong>,<br />

em números significativos, pelo grau de inovação em<br />

relação às práticas correntes e pela necessidade de<br />

envolver um amplo espectro de cidadãos, desde<br />

profissionais aos promotores e gestores da coisa<br />

pública. Por isso, afigura-se, como estratégia imediata,<br />

a promoção da substituição da electricidade, para<br />

usos de calor, por gás natural, como o combustível<br />

fóssil de transição de menor impacte ambiental e<br />

particularmente adapta<strong>do</strong> a assegurar uma das vias<br />

na direcção de um <strong>Porto</strong> sustentável.<br />

“A AdE<strong>Porto</strong> vai contribuir<br />

para que o <strong>Porto</strong> possa vir a<br />

corresponder ao<br />

compromisso que<br />

se prepara para<br />

assumir,<br />

solenemente, no<br />

contexto<br />

europeu: ser<br />

uma cidade<br />

sustentável.”


. entrevista<br />

PORTO sempre<br />

007 005<br />

Professor Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />

“No fim deste século, 90% das fontes energéticas serão renováveis”<br />

Perante o quadro de Portugal<br />

ser um país periférico e<br />

altamente dependente <strong>do</strong> ponto<br />

de vista energético<br />

(importamos cerca de 85% da<br />

energia que consumimos), o Sr.<br />

Professor afirmou um dia que<br />

“temos de colocar o <strong>Porto</strong> mais<br />

perto <strong>do</strong> Sol e voltar a ser<br />

líderes das cidades com<br />

energias renováveis”...<br />

O Sol é a solução energética <strong>do</strong><br />

futuro. No fim deste século, 90%<br />

das fontes energéticas serão<br />

renováveis. Todas vêm <strong>do</strong> Sol mas,<br />

em particular, será o solar<br />

fotovoltaico e o solar térmico que<br />

terão a maior fatia. Daí que, ao<br />

pensar numa cidade sustentável,<br />

se imagine uma cidade que saia<br />

da sombra da cultura <strong>do</strong> petróleo,<br />

aquela que nos trouxe ao Mun<strong>do</strong><br />

de hoje, e se abra sobre um Novo<br />

Mun<strong>do</strong> de sustentabilidade.<br />

Ainda está convenci<strong>do</strong> de que os<br />

portugueses, de uma forma geral,<br />

gastam electricidade de mo<strong>do</strong><br />

irresponsável, não perceben<strong>do</strong><br />

que é possível poupar sem perder<br />

conforto<br />

Certamente que gastam. Mas a<br />

questão da não eficiência no uso<br />

da energia, eléctrica em particular,<br />

não é, em primeiro lugar, da<br />

responsabilidade <strong>do</strong>s cidadãos. São<br />

necessárias políticas ajustadas,<br />

acções voluntaristas de informação,<br />

campanhas como a que ocorreu<br />

recentemente quanto às lâmpadas<br />

e, sobretu<strong>do</strong>, uma política de preços<br />

da energia verdadeiros.<br />

“Ao pensar-se numa<br />

cidade sustentável,<br />

imagina-se uma<br />

cidade que saia da<br />

sombra da cultura<br />

<strong>do</strong> petróleo”<br />

Como vê o propósito de a CMP instalar, até 2011,<br />

cerca de 5000 m 2 de painéis solares térmicos<br />

nos bairros sociais, e criar um Observatório para<br />

monitorizar o desempenho <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>,<br />

asseguran<strong>do</strong> a gestão <strong>do</strong>s recursos energéticos<br />

na perspectiva de contribuir para alcançar os<br />

objectivos de promoção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como cidade<br />

sustentável<br />

São medidas significativas, que se inscrevem na<br />

estratégia atrás descrita. Os 5000 m 2 representam<br />

um sinal forte da<strong>do</strong> à cidade da necessidade de<br />

introduzir os painéis solares, com a particularidade<br />

de que esta acção se dirige à melhoria da qualidade<br />

de vida das populações menos favorecidas. Por sua<br />

vez, o Observatório é um instrumento essencial<br />

para seguir a melhoria <strong>do</strong> parque construí<strong>do</strong>, novo<br />

e reabilita<strong>do</strong>, apelan<strong>do</strong> ao brio e competência <strong>do</strong>s<br />

projectistas e também à responsabilidade <strong>do</strong>s<br />

promotores e disponibilizan<strong>do</strong> à Câmara um meio<br />

de afinar políticas de urbanismo e de qualidade<br />

energético-ambiental <strong>do</strong> seu parque edifica<strong>do</strong>.<br />

“Perante a subida <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s combustíveis, é bom lembrar a qualidade<br />

<strong>do</strong>s investimentos no Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”<br />

A abertura das linhas <strong>do</strong> Metro<br />

e a utilização de gás natural em<br />

cerca de 50% da frota da STCP<br />

são, também, iniciativas a<br />

destacar…<br />

Essas são medidas cujos<br />

resulta<strong>do</strong>s devem ser<br />

destaca<strong>do</strong>s, em particular<br />

pela Agência. A STCP pode<br />

orgulhar-se <strong>do</strong> perfil<br />

energético-ambiental da<br />

sua frota. E, por sua<br />

vez, quanto ao Metro, é de<br />

sublinhar o impacto significativo<br />

que teve na redução <strong>do</strong>s<br />

combustíveis vendi<strong>do</strong>s na cidade<br />

e, certamente, também na Área<br />

Metropolitana (AM). E, para além<br />

de outras razões, é bom,<br />

particularmente nesta altura de<br />

subida vertiginosa <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s<br />

combustíveis, fazer notar a quem<br />

de direito que os investimentos no<br />

Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> estão a resultar de<br />

forma significativa, melhoran<strong>do</strong> a qualidade de vida<br />

na AM e alivian<strong>do</strong> significativamente a cidade e a<br />

AM da poluição <strong>do</strong>s combustíveis, bem como da<br />

afluência <strong>do</strong> transporte individual ao centro urbano.<br />

“Afigura-se, como estratégia<br />

imediata, a promoção da<br />

substituição da electricidade, para<br />

usos de calor, por gás natural.”


PORTO sempre<br />

008<br />

. entrevista<br />

“Estratégia para a sustentabilidade aponta<br />

para uma cidade melhor”<br />

Em finais de 2007, foi assina<strong>do</strong><br />

o Protocolo para a conclusão <strong>do</strong><br />

processo da Agenda 21 Local,<br />

com o objectivo de definir uma<br />

Estratégia de Sustentabilidade<br />

para o <strong>Porto</strong>, iniciativa em que a<br />

CMP é pioneira no país e a quarta<br />

a nível mundial. Que <strong>do</strong>cumento<br />

ambiental é esse Para que<br />

opções aponta<br />

O que se anuncia agora é a<br />

publicação <strong>do</strong> relatório de<br />

sustentabilidade da CMP, enquanto<br />

organização, para o ano de 2007,<br />

a exemplo <strong>do</strong> que começa a ser<br />

corrente para as grandes empresas,<br />

pon<strong>do</strong> em destaque os aspectos<br />

mais salientes da sua acção interna<br />

e externa na via da<br />

sustentabilidade. O protocolo<br />

assina<strong>do</strong> entre a CMP e a Agência<br />

de Energia visa a elaboração, já<br />

referida, de uma proposta de<br />

Estratégia de Sustentabilidade para<br />

a cidade, que será um <strong>do</strong>cumento<br />

fundamenta<strong>do</strong>, o qual, à luz <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> conhecimento e das<br />

melhores práticas, apontará as<br />

linhas directrizes da actuação da<br />

CMP para a criação de uma cidade<br />

com melhor ambiente, melhor<br />

qualidade de vida e, numa palavra,<br />

mais sustentável.<br />

“Nuclear em Portugal - não, obriga<strong>do</strong>”<br />

Embora não fazen<strong>do</strong> parte, neste<br />

momento, da agenda política <strong>do</strong><br />

Governo, a discussão em torno da<br />

opção entre o sim e o não ao<br />

Nuclear não está morta. O que<br />

pensa sobre o assunto Mantém<br />

que “a questão da energia nuclear,<br />

em Portugal, é uma ane<strong>do</strong>ta”<br />

Ane<strong>do</strong>ta no senti<strong>do</strong> de “coisa<br />

episódica”, já que está longe de fazer<br />

rir. É um assunto muito sério e não<br />

apenas pela sua não sustentabilidade<br />

ambiental. O que temos é de encarar<br />

soluções de futuro e dura<strong>do</strong>uras. Nos<br />

países maiores, pode haver<br />

necessidade, aliada à capacidade<br />

financeira e à dimensão de sistema<br />

e espaço<br />

territorial, para instalar centrais<br />

nucleares. Por outro la<strong>do</strong>, há países<br />

pequenos, como a Bélgica ou a Suíça,<br />

que estão no cruzamento das grandes<br />

redes eléctricas e aí também pode<br />

fazer senti<strong>do</strong> instalar centrais<br />

nucleares. Mas em Portugal, país<br />

pequeno, duas vezes periférico em<br />

relação à Europa e à Península, com<br />

um território frágil e varia<strong>do</strong>, isto é,<br />

ambientalmente sensível e onde o<br />

consumo da electricidade não deve<br />

continuar a crescer como até aqui,<br />

por força de um uso mais criterioso<br />

e racional e de mecanismos crescentes<br />

de eficiência energética, instalar uma<br />

unidade nuclear das dimensões<br />

comerciais habituais colocaria<br />

problemas sérios de gestão <strong>do</strong> sistema<br />

eléctrico em caso de avarias na<br />

central, aliás, bastante comuns.<br />

Portugal não é, de to<strong>do</strong>, um país<br />

adequa<strong>do</strong> à utilização <strong>do</strong> nuclear.<br />

<br />

. perfil Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes<br />

A sustentável leveza <strong>do</strong> futuro<br />

Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Fernandes é, desde Março <strong>do</strong><br />

ano passa<strong>do</strong>, Presidente <strong>do</strong> C.A. da Agência de<br />

Energia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Ade<strong>Porto</strong>), entidade à qual<br />

atribuiu o papel de contribuir para que, num<br />

futuro que não se pretende longínquo, a cidade<br />

se torne sustentável, <strong>do</strong> ponto de vista energético.<br />

O seu vastíssimo currículo universitário e<br />

académico, mas também técnico e profissional,<br />

fazem dele uma das vozes mais ouvidas e<br />

respeitadas nos <strong>do</strong>mínios da Energia, Ambiente<br />

e Climatização, áreas às quais dedicou os seus 40<br />

anos como <strong>do</strong>cente universitário e, em breve, 30<br />

como catedrático da FEUP (Departamento de<br />

Engenharia Mecânica).<br />

Foi Secretário de Esta<strong>do</strong> por duas vezes - a primeira<br />

da pasta <strong>do</strong> Ambiente (1984-85) e, mais tarde,<br />

Adjunto <strong>do</strong> Ministro da Economia (2001-2002), com<br />

a responsabilidade pela energia. Além de ter si<strong>do</strong><br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho Científico da FEUP e Vice-<br />

Reitor da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ocupa actualmente<br />

a presidência <strong>do</strong> Conselho Geral da Associação<br />

Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) e da<br />

Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Energia<br />

Solar (SPES). É também membro <strong>do</strong> Conselho Director<br />

da Cogen, da Direcção <strong>do</strong> Forum Portucalense e <strong>do</strong><br />

Centro Nacional de Cultura.<br />

Para este prestigia<strong>do</strong> especialista, para quem a<br />

actividade de professor universitário, enquanto<br />

guia de meto<strong>do</strong>logias, visa criar espaço para que<br />

outras pessoas acedam, igualmente, ao<br />

Conhecimento, a solução energética <strong>do</strong> futuro<br />

chama-se SOL, <strong>do</strong> qual - reclama - o <strong>Porto</strong> precisa<br />

de se aproximar. Garante que, no final deste século,<br />

90% das fontes energéticas serão renováveis e,<br />

quanto ao nuclear, afirma (e explica) não ser uma<br />

opção para Portugal.


. primeiro plano<br />

PORTO sempre<br />

009<br />

Intervenção na defesa ambiental e na qualidade da água das praias<br />

da cidade começa a dar os primeiros frutos<br />

Homem <strong>do</strong> Leme com bandeira azul<br />

responsável técnico, havia que<br />

tirar parti<strong>do</strong>, a curto prazo, das<br />

infra-estruturas pré-existentes<br />

ao nível das águas pluviais,<br />

rede de saneamento e ETAR.<br />

Tornava-se, pois, urgente<br />

acabar com a situação<br />

escandalosa que consistia no<br />

facto de a segunda cidade <strong>do</strong><br />

país possuir todas as suas praias<br />

interditas e impróprias, <strong>do</strong><br />

ponto de vista balnear.<br />

patamar: a conquista da Bandeira Azul numa<br />

praia – a <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme – que o responsável<br />

autárquico pelo Ambiente, Álvaro Castello-<br />

-Branco, assinalou como «uma conquista<br />

extraordinariamente importante para a cidade»<br />

e que legitima expectativas positivas para o<br />

futuro.<br />

Pela primeira vez na sua<br />

história, a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

terá, este Verão, uma praia<br />

assinalada com Bandeira<br />

Azul, uma cor que, no<br />

<strong>do</strong>mínio em apreço,<br />

também pode ser de<br />

esperança num futuro<br />

ambiental muito mais<br />

limpo e socialmente mais<br />

inclusivo. O que, desde há<br />

muito, parecia algo de<br />

inalcançável é hoje uma<br />

realidade tangível, fruto<br />

de trabalho, competência<br />

e saber.<br />

A obtenção deste galardão de<br />

qualidade foi o corolário <strong>do</strong><br />

processo inicia<strong>do</strong> com a criação,<br />

em Outubro de 2006, da<br />

Empresa <strong>Municipal</strong> Águas <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, sucedânea <strong>do</strong>s<br />

entretanto extintos SMAS.<br />

Como explica Joaquim Poças<br />

Martins, a alma mater da<br />

empresa e o seu principal<br />

Ligações à rede de<br />

saneamento – o passo<br />

decisivo<br />

A ligação das habitações,<br />

situadas na orla marítima, à<br />

rede de saneamento foi o passo<br />

determinante para que a<br />

situação começasse a dar os<br />

primeiros resulta<strong>do</strong>s positivos.<br />

A solução, que, afinal, não<br />

passava de um mero segre<strong>do</strong><br />

de Polichinelo, não tar<strong>do</strong>u a<br />

desenhar-se. Construíram-se<br />

intercepções de águas pluviais<br />

poluídas e criaram-se condições<br />

para que as mesmas fossem<br />

desviadas para a ETAR de<br />

Sobreiras.<br />

Para o Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

Ambiente, “a obtenção<br />

da primeira Bandeira<br />

Azul foi uma conquista<br />

extraordinariamente<br />

importante para a<br />

cidade”<br />

Perante os indica<strong>do</strong>res<br />

apura<strong>do</strong>s, o Instituto Nacional<br />

da Água certificou oficialmente<br />

as praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como zonas<br />

balneares.<br />

Alcança<strong>do</strong> este objectivo – com<br />

base nos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Verão<br />

passa<strong>do</strong> – a fasquia foi, de<br />

imediato, elevada para outro<br />

Um apelo ao brio e civismo <strong>do</strong>s<br />

portuenses<br />

A Bandeira Azul foi muito difícil<br />

de conseguir, mas é<br />

extremamente fácil de perder<br />

Às mais-valias decorrentes da atribuição deste<br />

galardão, quer na óptica da saúde pública, quer<br />

<strong>do</strong> ponto de vista ambiental, económico e social,<br />

Poças Martins acrescenta um outro, cuja<br />

subjectividade não lhe retira importância, antes<br />

pelo contrário: a devolução da auto-estima e <strong>do</strong><br />

orgulho a uma cidade cuja população era obrigada<br />

a “emigrar” apenas para poder fazer um pouco de<br />

praia em segurança e sem pôr em risco a sua<br />

saúde.<br />

Todavia, consciente da precariedade desta<br />

“conquista”, Joaquim Poças Martins deixa o alerta:<br />

“É preciso que to<strong>do</strong>s os portuenses reconheçam<br />

a importância <strong>do</strong> que agora foi consegui<strong>do</strong> e que<br />

colaborem no senti<strong>do</strong> de ajudar a manter a Bandeira<br />

Azul nesta ou noutras praias da cidade. Trata-se<br />

de uma marca de qualidade que foi muito difícil<br />

conseguir, mas que é extremamente fácil de perder,<br />

se não houver – repito – a colaboração de to<strong>do</strong>s”.


PORTO sempre<br />

010<br />

. primeiro plano<br />

Instalação <strong>do</strong> Interceptor Marginal - uma garantia de maior segurança<br />

A par das diversas intervenções<br />

que concorreram para a melhoria<br />

significativa da qualidade da<br />

água, destaca-se a instalação –<br />

pioneira no país – <strong>do</strong> chama<strong>do</strong><br />

Interceptor Marginal de Águas<br />

Pluviais da Orla Marítima.<br />

Trata-se de uma conduta com<br />

um metro de diâmetro e com<br />

cerca de <strong>do</strong>is quilómetros de<br />

extensão, desde o Castelo <strong>do</strong><br />

Queijo até à Foz, destinada a<br />

impedir que as águas pluviais<br />

poluídas atinjam as praias.<br />

De acor<strong>do</strong> com Poças Martins,<br />

uma das consequências imediatas<br />

da instalação desta infra-<br />

-estrutura possibilitou, através<br />

das máquinas mobilizadas para<br />

o efeito e praticamente sem<br />

acréscimo de custos, procederse<br />

à modulação <strong>do</strong>s areais, em<br />

particular o enchimento <strong>do</strong><br />

Molhe e o fecho, progressivo e<br />

fasea<strong>do</strong>, <strong>do</strong> percurso pe<strong>do</strong>nal,<br />

à cota baixa e junto ao areal,<br />

entre a Praia da Senhora da Luz<br />

e o Jardim <strong>do</strong> Passeio Alegre.<br />

Uma marca de qualidade muito difícil de obter, mas muito fácil de perder<br />

Entidades promotoras e signatárias da<br />

candidatura à Bandeira Azul<br />

A Empresa <strong>Municipal</strong> Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e a Administração <strong>do</strong>s<br />

<strong>Porto</strong>s <strong>do</strong> Douro e Leixões (APDL), nas pessoas <strong>do</strong>s seus<br />

representantes, Dr. Álvaro Castello-Branco e Dr. Ricar<strong>do</strong> Fonseca,<br />

respectivamente, foram as entidades promotoras da candidatura<br />

à Bandeira Azul.<br />

As Entidades Signatárias foram as seguintes:<br />

Ambiente • Presidente CCDRN • Dr. Carlos Lage<br />

Poder Local • CMPEA • Dr. Álvaro Castello-Branco<br />

Marinha • Capitania <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de Leixões • Capitão <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

• Comandante Vargas<br />

Saúde • Autoridade Regional de Saúde • Delega<strong>do</strong> Concelhio<br />

de Saúde • Dr. Arnal<strong>do</strong> Araújo<br />

Turismo • CMP • Chefe de Divisão • Dr.ª Raquel Luz<br />

Nova nomenclatura não mexe com<br />

a tradição<br />

Por imperativo das normas europeias, o INAG –<br />

Instituto Nacional da Água agrupou os nomes<br />

das praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de acor<strong>do</strong> com a seguinte<br />

designação:<br />

- Praia <strong>do</strong> Castelo <strong>do</strong> Queijo<br />

- Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme<br />

- Praia de Gondarém/Molhe<br />

- Praia da Foz – Abrange as antigas praias da<br />

Luz, Ingleses e Ourigo


. primeiro plano<br />

PORTO sempre<br />

011<br />

Pequenas piscinas aquecidas para amenizar contingências da natureza<br />

A técnica ainda não resolve tu<strong>do</strong>, mas ajuda. A frase é proferida em tom jocoso por Poças Martins, ao referirse<br />

aos caprichos da Natureza, por vezes tão inclemente nas praias nortenhas, ao nível da ventania, da ondulação<br />

e das baixas temperaturas da água.<br />

Por isso, para suavizar a situação e ten<strong>do</strong> em especial atenção as crianças, vão ser criadas, a custos modera<strong>do</strong>s,<br />

pequenas piscinas, com água <strong>do</strong> mar e aquecidas através da instalação de painéis solares e tapa-ventos, entre<br />

o Molhe e Homem <strong>do</strong> Leme.<br />

Agora já não é preciso sair <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

para se tomar banho à vontade e em<br />

segurança<br />

Efeitos positivos em diversas áreas<br />

Economia<br />

A melhoria da qualidade das praias <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> constituirá um factor<br />

relevante ao atrair um maior número de pessoas àquelas zonas,<br />

dinamizan<strong>do</strong> assim o comércio local e contribuin<strong>do</strong>, igualmente,<br />

para um serviço também ele de qualidade superior.<br />

Turismo<br />

Intimamente relaciona<strong>do</strong> com os efeitos positivos a nível económico<br />

e com ele interagin<strong>do</strong>, também o sector <strong>do</strong> Turismo conhecerá<br />

repercussões importantes. Com praias limpas, concorridas e atractivas,<br />

o <strong>Porto</strong> ficará inscrito no Roteiro das Praias de Excelência da Europa<br />

divulga<strong>do</strong> pelos opera<strong>do</strong>res turísticos, contribuin<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>,<br />

para prestigiar a cidade, inclusive no plano internacional.<br />

Animação<br />

A nova era que agora se abre às praias portuenses potencia inegáveis<br />

oportunidades destinadas a dar vida a zonas até agora praticamente<br />

desprezadas e aban<strong>do</strong>nadas, através de um conjunto de actividades<br />

lúdicas, desportivas e outras, a cargo da <strong>Porto</strong>Lazer, como se pode<br />

ler em peça à parte.


PORTO sempre<br />

012<br />

. primeiro plano<br />

Ambiente com “boa onda” nas praias portuenses<br />

Para além da Feira de Desportos Alternativos<br />

que decorreu em Junho, frente ao Edifício<br />

Transparente, e da Corrida das Festas da Cidade,<br />

o programa de animação das praias prevê<br />

ainda, entre outras iniciativas, um conjunto<br />

de acções de que se destacam:<br />

CAMPEONATO FUTEBOL DE PRAIA SPORTZONE<br />

Etapa dias 19 e 20 de Julho / Final – dias 30 e<br />

31 de Agosto, das 9h00 às 18h00, frente ao<br />

Edifício Transparente – Trata-se de um Campeonato<br />

Nacional de Futebol organiza<strong>do</strong> pela Sportzone,<br />

cujas equipas percorrem o país inteiro em torneio.<br />

PORTO BIKE TOUR<br />

Foz – 20 de Julho, das 9h30 às 13h00 horas –<br />

Um passeio de bicicleta que parte da Ponte da<br />

Arrábida, percorre as marginais de Gaia e <strong>Porto</strong>,<br />

terminan<strong>do</strong> em Matosinhos<br />

TODA A ORLA MARÍTIMA GANHARÁ UMA<br />

NOVA VIDA, EM TODOS OS DOMÍNIOS, COM<br />

A REQUALIFICAÇÃO DAS PRAIAS DA CIDADE<br />

MEIA-MARATONA SPORTZONE<br />

21 de Setembro, das 9h00 às 13h00 -<br />

Foz/Ribeira/Gaia – Prova de Atletismo de Alta<br />

competição, que se realiza nas marginais das<br />

duas cidades.<br />

Reconciliar a cidade com a sua orla marítima,<br />

devolven<strong>do</strong> as praias à população e elevan<strong>do</strong><br />

a sua auto-estima<br />

Actividades de Educação Ambiental<br />

PROTECTOR SOLAR<br />

50<br />

A CMP, através da Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, e em parceira com outras entidades, tem vin<strong>do</strong><br />

a desenvolver um programa de Actividades de Educação Ambiental, durante toda<br />

a época balnear.<br />

Assim, prossegue no próximo dia 4 de Julho, 1 de Agosto e 5 de Setembro o Passeio<br />

Geológico da Foz <strong>do</strong> Douro, uma iniciativa promovida pela autarquia com a<br />

participação da Faculdade de Ciências da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. O objectivo desta<br />

visita guiada visa divulgar a riqueza <strong>do</strong> património geológico local, assim como<br />

incentivar à sua preservação.<br />

Entretanto, a 30 de Julho e 27 de Agosto haverá Teatro de Fantoches para os mais<br />

pequenos, que serão desafia<strong>do</strong>s a fazerem os seus próprios fantoches, a partir de<br />

materiais recicla<strong>do</strong>s e naturais, não vivos, disponíveis na própria praia.<br />

Em 23 de Julho, está prevista, na Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme, uma acção de<br />

sensibilização para os riscos com o sol, em parceria com a Associação Portuguesa<br />

de Cancro Cutâneo.


. comunicação social<br />

PORTO sempre<br />

013<br />

“New Media” ameaça imprensa clássica<br />

O início <strong>do</strong><br />

novo século<br />

pré-anunciou<br />

uma revolução<br />

sem<br />

precedentes no mun<strong>do</strong> da<br />

comunicação social clássica.<br />

Mas poucos acreditaram que<br />

as coisas iriam tão longe, e<br />

as ameaças representariam<br />

tanto perigo. Afinal, bem<br />

vistas as coisas, a “classic<br />

media” – imprensa, rádio e<br />

televisão – vivera, desde a<br />

década de cinquenta, quase<br />

meio século de tranquilidade<br />

e expansão, sem ameaças<br />

significativas!<br />

Mas tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u com a<br />

explosão e massificação das<br />

TIC, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> os<br />

novos meios digitais<br />

começaram a ditar as suas<br />

leis. A Internet, que no início<br />

era olhada como uma<br />

brincadeira pelos acomoda<strong>do</strong>s<br />

actores <strong>do</strong> sistema mediático<br />

clássico, espalhou o<br />

desassossego. E com ela, toda<br />

a parafernália <strong>do</strong>s novos<br />

meios de comunicação digital<br />

tem vin<strong>do</strong> a conquistar<br />

terreno a ritmos<br />

avassala<strong>do</strong>res. Sabem-no os<br />

que não perderam tempo a<br />

redefinir novos negócios;<br />

sentem-no os que tornaram<br />

estas ferramentas nos seus<br />

“icons” quotidianos.<br />

Ninguém ignora que to<strong>do</strong>s os<br />

dias milhares de novos “sites”<br />

se juntam aos milhões já<br />

consolida<strong>do</strong>s; ninguém<br />

dispensa o recurso às fontes<br />

de informação que se abrigam<br />

na “Net”; ninguém despreza<br />

a força crescente da<br />

“blogosfera”; ninguém<br />

minimiza as potencialidades<br />

das “black-berries”; ninguém<br />

põe em causa a força<br />

comunicativa <strong>do</strong> telemóvel,<br />

<strong>do</strong> “e-mail”, <strong>do</strong> SMS, <strong>do</strong> MMS,<br />

e tu<strong>do</strong> o mais que se anuncia.<br />

A “classic media” está<br />

profundamente ameaçada<br />

pela “new media”. Já não são<br />

só os académicos que o<br />

dizem. Demonstram-no os<br />

números, e reconhecem-no<br />

as vítimas. Os jornais de papel<br />

e tinta continuam a perder<br />

compra<strong>do</strong>res a níveis<br />

assusta<strong>do</strong>res. Os<br />

computa<strong>do</strong>res, fixos e<br />

portáteis, ameaçam a<br />

televisão clássica. A rádio<br />

está entalada pelos novos<br />

suportes musicais. E to<strong>do</strong>s os<br />

dias o mun<strong>do</strong> digital oferece<br />

ao consumi<strong>do</strong>r alternativas<br />

de comunicação, informação,<br />

e entretenimento que atiram<br />

para o mun<strong>do</strong> das velharias<br />

a “classic media”.<br />

Patrões reconhecem<br />

que estão<br />

encurrala<strong>do</strong>s<br />

Ainda recentemente, em<br />

Gotemburgo, na Suécia, o<br />

Congresso da Associação<br />

Mundial de Jornais – o maior<br />

fórum mundial de editores –<br />

reconheceu que, finalmente,<br />

a crise da imprensa nos países<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s veio mesmo<br />

para ficar, e é a <strong>do</strong>er. Por isso<br />

concluíram que só há três<br />

caminhos possíveis para os <strong>do</strong>nos da imprensa<br />

escrita: ou vendem as empresas em tempo<br />

útil, ou investem fortemente em inovação e<br />

produtos credíveis, ou, decididamente,<br />

acompanham a morte lenta <strong>do</strong>s jornais até<br />

à falência.<br />

Neste quadro negro, que to<strong>do</strong>s nós<br />

testemunhamos também em Portugal,<br />

ganham os que melhor sabem utilizar os<br />

“novos meios”. Ganham ainda os que, a par<br />

das oportunidades que as tecnologias digitais<br />

nos proporcionam, são capazes de oferecer<br />

aos cidadãos informação credível, opinião<br />

independente e séria, e formação sem<br />

preconceitos ideológicos.<br />

Num mun<strong>do</strong> tecnológico cada vez mais rico<br />

em alternativas já não vale a pena lutar<br />

contra a maré: as pessoas sabem muito bem<br />

onde se informar e como se esclarecer, sem<br />

terem de pagar o tributo invisível da<br />

arrogância corporativa, da ignorância cultural,<br />

ou da incompetência profissional.<br />

Ganham os que são capazes<br />

de oferecer aos cidadãos<br />

informação credível, opinião<br />

independente e séria, e<br />

formação sem preconceitos<br />

ideológicos.


PORTO sempre<br />

014<br />

. em foco<br />

Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Preço da “relva” no Parque da Cidade passa de seis para 22 milhões de euros<br />

O Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

condenou a CMP a pagar 22<br />

milhões de euros por um<br />

terreno expropria<strong>do</strong> em finais<br />

<strong>do</strong>s anos 90 para alargar o<br />

Parque da Cidade. Trata-se de<br />

um terreno de cerca de 73 mil<br />

metros quadra<strong>do</strong>s, situa<strong>do</strong> no<br />

miolo <strong>do</strong> parque, destina<strong>do</strong><br />

exclusivamente a área verde<br />

e para qual nunca estiveram<br />

previstas construções.<br />

Curiosamente, esta sentença<br />

ditada agora pelo Tribunal da<br />

Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> corresponde<br />

ao <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> valor fixa<strong>do</strong> pela<br />

primeira instância que, por<br />

sua vez, também já duplicara<br />

o preço estipula<strong>do</strong><br />

inicialmente pelos peritos <strong>do</strong><br />

Tribunal. Ou seja, o mesmo<br />

terreno, na sequência <strong>do</strong>s<br />

vários recursos apresenta<strong>do</strong>s<br />

pelo actual proprietário,<br />

começou por valer 5,8 milhões<br />

de euros, passou para 11, 8<br />

e está agora avalia<strong>do</strong> em cerca<br />

de 22 milhões de euros, apesar<br />

da lei não ter muda<strong>do</strong>.<br />

Para justificar estes<br />

significativos aumentos, o<br />

Tribunal decidiu, de forma<br />

inédita, a<strong>do</strong>ptar como<br />

referência para o cálculo <strong>do</strong><br />

valor indemnizatório as torres<br />

situadas no concelho vizinho,<br />

em Matosinhos Sul, cujo<br />

modelo urbanístico não<br />

deveria ter qualquer influência<br />

na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Com esta decisão, o Tribunal<br />

praticamente coloca em causa<br />

o direito das populações a<br />

terem um parque urbano,<br />

ignoran<strong>do</strong> que a política<br />

urbanística de cada uma das<br />

cidades está definida no seu<br />

próprio PDM, sen<strong>do</strong> por isso<br />

totalmente autónoma.<br />

Nesta última sentença, que<br />

fez disparar o valor da<br />

indemnização de 11, 8 para<br />

22 milhões de euros, o<br />

Tribunal da Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

não só mantém o PDM de<br />

Matosinhos como referência<br />

no cálculo <strong>do</strong> índice de<br />

construção, como não inclui<br />

nas contas as áreas dedicadas<br />

a ruas e passeios.<br />

Inconformada com esta<br />

situação, a Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> decidiu recorrer para<br />

o Supremo Tribunal de Justiça,<br />

admitin<strong>do</strong> poder ainda apelar<br />

ao próprio Tribunal<br />

Constitucional. Entendem os advoga<strong>do</strong>s da<br />

CMP neste processo que a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

não pode ser prejudicada pelas escolhas<br />

eleitorais – embora igualmente livres e<br />

legítimas – de outro concelho.<br />

Ainda o caso <strong>do</strong> energúmeno…<br />

… ou quan<strong>do</strong> o insulto é<br />

transforma<strong>do</strong> em direito à<br />

liberdade de expressão e de<br />

informação.<br />

Recentemente o mesmo Tribunal da<br />

Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> produziu uma sentença<br />

que absolveu o colunista <strong>do</strong> jornal<br />

«Público», Augusto M. Seabra, que, em<br />

2003, em artigo de opinião, chamara<br />

«energúmeno» ao Presidente da Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Contrarian<strong>do</strong> o veredicto da primeira<br />

instância, que havia condena<strong>do</strong> o<br />

referi<strong>do</strong> articulista, a Relação <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

não vislumbrou qualquer acto ou<br />

intenção difamatória ou insultuosa,<br />

sustentan<strong>do</strong> que o artigo em causa e<br />

as acusações nele insertas se inscreviam<br />

no direito à liberdade de expressão e<br />

de... informação.


. em foco<br />

PORTO sempre<br />

015<br />

Com termo de identidade e residência<br />

DIAP: Rui Rio mais uma vez argui<strong>do</strong><br />

O Presidente da Câmara <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> voltou a ser<br />

constituí<strong>do</strong> argui<strong>do</strong>, mais<br />

uma vez com termo de<br />

identidade e residência, no<br />

passa<strong>do</strong> mês de Junho. Em<br />

causa está uma acção<br />

interposta pelo Sindicato<br />

Nacional <strong>do</strong>s Bombeiros, que<br />

tentou responsabilizar o<br />

Presidente da CMP pela morte<br />

de um jovem no rio Douro,<br />

ao afirmar publicamente que<br />

este acidente estava liga<strong>do</strong><br />

à reforma interna que o<br />

autarca encetara nos<br />

Sapa<strong>do</strong>res, nomeadamente<br />

ao corte nas horas<br />

extraordinárias.<br />

Na opinião da CMP, com estas<br />

declarações, a associação<br />

sindical induziu o alarme na<br />

população, sugerin<strong>do</strong> que o<br />

jovem morreu afoga<strong>do</strong> devi<strong>do</strong><br />

à reorganização <strong>do</strong>s serviços.<br />

Ten<strong>do</strong> em conta o grave teor<br />

das declarações feitas por<br />

aquela associação sindical,<br />

a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

apresentou uma queixa por<br />

difamação, acusan<strong>do</strong> o<br />

Sindicato <strong>do</strong>s Bombeiros de<br />

estar a aproveitar um<br />

afogamento para a sua luta<br />

laboral.<br />

Esta queixa da autarquia na<br />

PGR não conheceu ainda o<br />

devi<strong>do</strong> desenvolvimento, ao<br />

contrário de uma outra, <strong>do</strong><br />

Sindicato, contra Rui Rio e<br />

Manuel Sampaio Pimentel,<br />

Verea<strong>do</strong>r da Protecção Civil.<br />

Por terem emiti<strong>do</strong> a opinião<br />

de que o Sindicato estava a<br />

aproveitar o afogamento de<br />

forma indevida e difamatória,<br />

o DIAP considerou que pode<br />

aí estar implícito um crime,<br />

pelo que abriu um inquérito<br />

e constituiu uma vez mais<br />

como argui<strong>do</strong> o Presidente da<br />

Câmara e, neste caso, também<br />

o Verea<strong>do</strong>r Sampaio Pimentel.<br />

Os <strong>do</strong>is encontram-se neste<br />

momento com termo de<br />

identidade e residência, estan<strong>do</strong>, por isso,<br />

obriga<strong>do</strong>s a pedir autorização à justiça sempre<br />

que quiserem ausentar-se da sua residência<br />

por um perío<strong>do</strong> superior a cinco dias.<br />

Bombeiros não salvam vidas nos casos de morte<br />

por afogamento<br />

Segun<strong>do</strong> o próprio Instituto de Medicina Legal, para uma pessoa ser salva<br />

de um afogamento nas circunstâncias em que este ocorreu tem que ser<br />

socorrida num espaço de mais ou menos quatro minutos. Defendia o<br />

Sindicato <strong>do</strong>s Bombeiro que se não houvesse reorganização <strong>do</strong>s serviços,<br />

teria si<strong>do</strong> possível chegar da Rua da Constituição, ou da Rua de S. Dinis<br />

onde a equipa se encontrava noutra operação, ao local <strong>do</strong> acidente a tempo<br />

de salvar o jovem que se atirou à água com uns amigos e que infelizmente<br />

não conseguiu escapar com vida, ao contrário <strong>do</strong> que aconteceu com os<br />

restantes companheiros.<br />

O «caso <strong>do</strong> arruma<strong>do</strong>r»:<br />

O Presidente da CMP também<br />

já estava com termo de<br />

identidade e residência por<br />

ter si<strong>do</strong> constituí<strong>do</strong> argui<strong>do</strong><br />

no conheci<strong>do</strong> «caso <strong>do</strong><br />

arruma<strong>do</strong>r».<br />

A história é curta: um<br />

arruma<strong>do</strong>r, que diariamente<br />

actua numa das mais<br />

movimentadas ruas da<br />

cidade, decidiu apresentar<br />

queixa crime por não ter<br />

gosta<strong>do</strong> de ver publicada,<br />

nesta revista, uma foto sua<br />

destinada a ilustrar uma<br />

pequena reportagem sobre o<br />

fenómeno <strong>do</strong>s arruma<strong>do</strong>res<br />

nas ruas da cidade na<br />

sequência <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> “<strong>Porto</strong><br />

Feliz” dita<strong>do</strong> pelo Governo.<br />

Apesar da fotografia ser tirada<br />

ao longe, num local público<br />

não identificável, e da pessoa<br />

em causa aparecer com um<br />

chapéu que lhe tapava a<br />

cabeça quase até ao nariz, o<br />

Departamento de Investigação e Acção Penal<br />

(DIAP) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, onde Rui Rio foi ouvi<strong>do</strong><br />

em 9 de Abril, decidiu aplicar-lhe a medida<br />

de coacção de termo de identidade e<br />

residência e constituí-lo argui<strong>do</strong>.<br />

Entretanto, o mesmo arruma<strong>do</strong>r, que afirmou<br />

não ter gosta<strong>do</strong> de aparecer na revista<br />

municipal <strong>Porto</strong> Sempre, des<strong>do</strong>brou-se em<br />

entrevistas aos principais jornais nacionais,<br />

televisões e rádios, confirman<strong>do</strong> que é<br />

arruma<strong>do</strong>r e que inclusive foi utente <strong>do</strong><br />

“<strong>Porto</strong> Feliz”.


PORTO sempre<br />

016<br />

. em foco<br />

Regulamento <strong>Municipal</strong> de Publicidade<br />

Ruas mais cuidadas num espaço urbano mais organiza<strong>do</strong><br />

A CMP aprovou em 2006 um<br />

conjunto de alterações ao<br />

Regulamento <strong>Municipal</strong> de<br />

Publicidade e Propaganda<br />

Política, com o objectivo de<br />

disciplinar a afixação da<br />

propaganda político-partidária,<br />

evitan<strong>do</strong> assim a proliferação<br />

anárquica de cartazes em<br />

espaços públicos,<br />

nomeadamente em zonas nobres<br />

da cidade. Uma política já<br />

a<strong>do</strong>ptada pelas mais<br />

desenvolvidas cidades europeias.<br />

À luz <strong>do</strong> regulamento aprova<strong>do</strong>,<br />

o espaço público está dividi<strong>do</strong><br />

em três zonas:vermelhas,<br />

amarelas e brancas.<br />

Assim, nas zonas vermelhas está<br />

interdita a afixação de<br />

propaganda, exceptuan<strong>do</strong> os<br />

perío<strong>do</strong>s de campanha eleitoral.<br />

São muito poucas e estão<br />

praticamente confinadas à Baixa<br />

e Zona Histórica.<br />

Nas zonas amarelas a afixação<br />

é completamente livre nos<br />

perío<strong>do</strong>s eleitorais. No dia-adia,<br />

não é permitida a afixação<br />

de mo<strong>do</strong> indiferencia<strong>do</strong> e<br />

anárquico nestes locais.<br />

Por último, nas zonas brancas,<br />

que abrangem cerca de 50% da<br />

cidade, é permitida a afixação<br />

livre, bastan<strong>do</strong> apenas notificar<br />

previamente a autarquia.<br />

Recorde-se que a afixação<br />

massiva de propaganda de<br />

carácter político-partidário<br />

conheceu um grande «boom»<br />

no perío<strong>do</strong> pós-25 de Abril de<br />

74, caracteriza<strong>do</strong> pelo ambiente<br />

efervescente que então se vivia a to<strong>do</strong>s os<br />

níveis.<br />

Hoje, o uso e colocação deste tipo de propaganda<br />

é mais reduzida, desde logo por preocupações<br />

ambientais, mas também pela existência de<br />

meios de divulgação mais diversifica<strong>do</strong>s – por<br />

norma liga<strong>do</strong>s às novas tecnologias – que<br />

permitem maior eficácia na transmissão da<br />

mensagem pretendida.<br />

Visões mais fundamentalistas<br />

Há, no entanto, juristas que mantêm uma visão<br />

fundamentalista sobre esta matéria e que<br />

entendem que aquele Regulamento <strong>Municipal</strong><br />

deveria ser declara<strong>do</strong> inconstitucional por não<br />

permitir a completa liberdade de expressão a<br />

esse nível, o que levaria a que to<strong>do</strong>s os parti<strong>do</strong>s<br />

pudessem colocar, por exemplo na Avenida <strong>do</strong>s<br />

Alia<strong>do</strong>s e durante to<strong>do</strong> o ano, toda a publicidade<br />

e propaganda que entendessem.<br />

ZONA INTERDITA<br />

ZONA LIMITADA<br />

ZONA LIVRE<br />

Tribunal Constitucional<br />

contraria CNE na questão da<br />

propaganda da CDU<br />

O Tribunal Constitucional (TC) considerou<br />

que a Comissão Nacional de Eleições (CNE)<br />

não tem competência para actuar sobre<br />

questões relativas à propaganda partidária<br />

fora <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s eleitorais, cuja proliferação<br />

desordenada constitui uma prática diária<br />

na generalidade das cidades, mas que, no<br />

caso concreto <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, se pretende evitar.<br />

Esta posição <strong>do</strong> TC surgiu na sequência <strong>do</strong><br />

recurso interposto pela autarquia de uma<br />

decisão da CNE, que pretendia obrigar a<br />

CMP a recolocar estruturas publicitárias da<br />

CDU ilegalmente instaladas à luz <strong>do</strong><br />

Regulamento <strong>Municipal</strong> em vigor.<br />

Recorde-se que o diferen<strong>do</strong> entre aquela<br />

formação partidária e o município portuense<br />

teve o seu início há uns meses, quan<strong>do</strong> o<br />

PCP decidiu queixar-se à CNE de falta de<br />

liberdade de expressão, por ter visto retirada<br />

propaganda ilegalmente afixada.<br />

Segun<strong>do</strong> a sentença <strong>do</strong> TC, «(…) julga-se<br />

procedente o recurso interposto pelo<br />

Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e, em consequência,<br />

declara-se nula a deliberação da Comissão<br />

Nacional de Eleições, tomada em 20-05-<br />

2008, relativa à participação da Organização<br />

da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista<br />

Português».


. em foco<br />

PORTO sempre<br />

017<br />

Por iniciativa <strong>do</strong> Presidente da CMP<br />

Regionalização em debate no <strong>Porto</strong><br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

está a promover, no Auditório<br />

da Biblioteca Almeida Garrett,<br />

um ciclo de oito conferências<br />

intitula<strong>do</strong> «Regionalização: uma<br />

vantagem para Portugal».<br />

A iniciativa, da responsabilidade<br />

directa <strong>do</strong> Presidente da CMP,<br />

arrancou em 18 de Junho, com<br />

o primeiro debate subordina<strong>do</strong><br />

ao tema «Regionalização e o<br />

desenvolvimento económico»,<br />

que contou com as presenças<br />

de Alberto de Castro, António<br />

Figueire<strong>do</strong> e Ernâni Lopes.<br />

Para Rui Rio – que chamou a si<br />

o papel de modera<strong>do</strong>r de to<strong>do</strong>s<br />

esses encontros – trata-se de<br />

procurar debater um tema<br />

complexo «nas suas múltiplas<br />

vertentes, sem paixões<br />

exacerbadas, nem demagogias<br />

populistas». Por isso, foram<br />

convidadas personalidades, com<br />

posições antagónicas, ou seja,<br />

contra e a favor da<br />

Regionalização, como são, por<br />

exemplo, os casos de Artur<br />

Santos Silva e de Arlin<strong>do</strong> Cunha,<br />

respectivamente.<br />

«Dez anos após o referen<strong>do</strong>,<br />

pretende-se debater, de forma<br />

ponderada e desapaixonada,<br />

uma questão de inequívoca<br />

complexidade», explica o<br />

autarca, que é, igualmente,<br />

Presidente da Junta<br />

Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Face ao esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> país e <strong>do</strong><br />

regime, Rui Rio acredita, pois,<br />

que «não haja ninguém que<br />

não tenha dúvidas sobre este<br />

tema, independentemente das<br />

suas convicções mais<br />

profundas». Recorde-se que há<br />

dez anos, no primeiro e único<br />

referen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> em Portugal<br />

sobre o assunto, Rui Rio votou<br />

e fez campanha pelo “não”,<br />

mostran<strong>do</strong>-se agora “aberto a<br />

ser convenci<strong>do</strong> que a<br />

Regionalização pode ser uma<br />

excelente solução para<br />

Portugal”.<br />

Valente de Oliveira<br />

é o Coordena<strong>do</strong>r da<br />

Comissão de<br />

Acompanhamento<br />

Luís Valente de Oliveira é<br />

o Coordena<strong>do</strong>r Técnico-<br />

Científico da Comissão de<br />

Acompanhamento deste<br />

ciclo de conferências, um<br />

órgão que integra ainda<br />

Mário Aroso de Almeida e<br />

João Vilaverde (Relator).<br />

Manuel Cabral tem funções<br />

de Secretário Executivo e<br />

Rui Rio será o Modera<strong>do</strong>r<br />

de todas as sessões<br />

marcadas para as 21h15,<br />

no Auditório da Biblioteca<br />

<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett.<br />

Calendário, programa e participantes<br />

10 DE JULHO<br />

As finanças públicas: nacionais,<br />

locais e regionais<br />

José Costa | Miguel Cadilhe<br />

25 DE SETEMBRO<br />

Atribuições e Competências<br />

João Cravinho | Vital Moreira<br />

16 DE OUTUBRO<br />

A experiência internacional<br />

Diogo Freitas <strong>do</strong> Amaral |<br />

Manuel <strong>Porto</strong><br />

20 DE NOVEMBRO<br />

Divisão administrativa e órgãos regionais<br />

João Caupers | Jorge Miranda<br />

22 DE JANEIRO<br />

Que papel para os Municípios<br />

e Freguesias num quadro de regionalização<br />

António Costa | Marcelo Rebelo de Sousa | Paulo<br />

Rangel<br />

5 DE MARÇO<br />

A regionalização, não!<br />

Artur Santos Silva | Daniel Proença de Carvalho<br />

| Rui Vilar<br />

2 DE ABRIL<br />

A regionalização, sim!<br />

Arlin<strong>do</strong> Cunha | Luís Valente de Oliveira | Mário<br />

Rui Silva


PORTO sempre<br />

018<br />

. em foco<br />

2007: Um Relatório e Contas “a sério”<br />

O Executivo autárquico decidiu editar, pela<br />

primeira, vez, o Relatório e Contas da Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, referente ao exercício<br />

de 2007, seguin<strong>do</strong> assim os parâmetros de<br />

qualidade e boas práticas das melhores<br />

empresas portuguesas, que operam no nosso<br />

país.<br />

Esta decisão, inédita no município<br />

portuense, prende-se com o propósito de<br />

incutir rigor e ainda maior transparência<br />

na gestão da autarquia, ao garantir, desse<br />

mo<strong>do</strong>, a prestação pública de contas a to<strong>do</strong>s<br />

os munícipes.<br />

O Relatório de Gestão ’07 – assim se intitula<br />

o <strong>do</strong>cumento – é uma publicação com mais<br />

de uma centena de páginas, dividida em<br />

três principais capítulos: Introdução,<br />

Prioridades e Relatório Financeiro.<br />

Nesta última parte, estão inscritas diversas<br />

rubricas, entre as quais a Análise<br />

Orçamental, a Situação Económico-<br />

Financeira e as Contas <strong>do</strong> Exercício de 2007.<br />

O reequilíbrio financeiro sustenta<strong>do</strong> das<br />

contas da CMP é a principal conclusão <strong>do</strong><br />

Relatório, que, entre muitos outros aspectos,<br />

dá conta <strong>do</strong> crescimento da poupança<br />

corrente e da redução da dívida bruta global<br />

em 20 milhões de euros.<br />

Documentos disponíveis em<br />

www.cm-porto.pt<br />

Relatório de Sustentabilidade reforça filosofia <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e<br />

objectivos <strong>do</strong> Município<br />

Conjuntamente com o Relatório e Contas, o Executivo municipal decidiu publicar o Relatório de<br />

Sustentabilidade, o que constitui uma medida pioneira no universo autárquico nacional.<br />

Trata-se de um <strong>do</strong>cumento que reforça a óptica da prestação de contas da CMP, nomeadamente no que diz respeito<br />

à responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável da cidade, segun<strong>do</strong> um modelo «que satisfaz as necessidades<br />

das gerações actuais, sem colocar em perigo a satisfação das necessidades das gerações futuras».<br />

A sua publicação – não obrigatória por lei, apesar da sua importância – permite a análise <strong>do</strong> equilíbrio das políticas,<br />

não só no curto, mas também no longo prazo, em três dimensões distintas: Económica, Social e Ambiental.<br />

O conceito de sustentabilidade está associa<strong>do</strong> a equilíbrios perduráveis e capazes de oferecer salubridade, segurança<br />

e crescimento económico às populações a longo prazo. Esta circunstância legitima, aliás, a oportunidade da<br />

publicação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, cuja estrutura obedece às linhas programáticas <strong>do</strong> actual Executivo.


. em foco<br />

PORTO sempre<br />

019<br />

<strong>Porto</strong>, uma cidade sustentável<br />

CMP pioneira em relatórios de sustentabilidade<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

será a primeira autarquia em<br />

Portugal e a quarta a nível<br />

mundial a produzir um Relatório<br />

de Sustentabilidade, relativo ao<br />

desempenho na sua própria<br />

actividade enquanto<br />

organização. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

solicitou à Agência de Energia<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (AdE<strong>Porto</strong>) a<br />

elaboração da Estratégia da<br />

Sustentabilidade, que definirá<br />

as linhas orienta<strong>do</strong>ras no<br />

âmbito <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

sustentável na perspectiva da<br />

Agenda 21 Local, ten<strong>do</strong> em vista<br />

o compromisso <strong>do</strong> Pacto <strong>do</strong>s<br />

Autarcas da União Europeia, em<br />

2009. A nível energético foi já<br />

apresentada a Matriz Energética<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, referenciada ao ano<br />

de 2004, e que propõe um<br />

conjunto de medidas de política<br />

para a sustentabilidade.<br />

Alguns bons exemplos, cujos<br />

resulta<strong>do</strong>s são já visíveis:<br />

abertura de novas linhas <strong>do</strong><br />

Metro e utilização de gás natural<br />

em mais de 50% da frota da<br />

STCP. Para alcançar os objectivos<br />

propostos pela AdE<strong>Porto</strong><br />

pretende-se instalar, até 2011,<br />

cerca de 5000 m2 de painéis<br />

solares nos bairros sociais e<br />

criar um Observatório para<br />

verificar o desempenho <strong>do</strong><br />

edifica<strong>do</strong>, asseguran<strong>do</strong> a gestão<br />

<strong>do</strong>s recursos energéticos na<br />

perspectiva de contribuir para<br />

alcançar os objectivos de<br />

promoção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> como Cidade<br />

Sustentável.<br />

4 GRANDES MEDIDAS PARA MELHORAR O<br />

AMBIENTE NO PORTO:<br />

• Transportes mais eficientes<br />

• Mudar da electricidade para o gás<br />

• Promover a implementação de painéis solares<br />

• Melhorar a eficiência nos edifícios<br />

Primeira autarquia nacional a ter um relatório de<br />

sustentabilidade<br />

CMP distinguida com o Prémio Eco-Município<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

foi, pelo terceiro ano<br />

consecutivo, distinguida<br />

com o Prémio Eco-Município<br />

pela Associação Bandeira<br />

Azul da Europa. A autarquia<br />

portuense viu reconheci<strong>do</strong><br />

o seu trabalho no <strong>do</strong>mínio<br />

da qualidade ambiental e<br />

educação para a<br />

sustentabilidade, fican<strong>do</strong><br />

em 4º lugar num universo<br />

de 37 municípios<br />

participantes. A CMP já<br />

tinha si<strong>do</strong> distinguida em<br />

2006, ano zero <strong>do</strong> projecto,<br />

e 2007 com o Certifica<strong>do</strong><br />

ECO XXI, como uma das<br />

autarquias que cumpriram<br />

os critérios impostos por<br />

aquela associação. “Este<br />

galardão é fruto da acção<br />

concertada de diferentes<br />

sectores municipais, que vão desde o<br />

ambiente à mobilidade, passan<strong>do</strong> pelo<br />

planeamento urbanístico, águas e<br />

saneamento e pelas actividades<br />

económicas”, sublinha o Vice-Presidente e<br />

Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ambiente, Álvaro Castello-<br />

Branco.


PORTO sempre<br />

020<br />

DomusSocial, E.M.<br />

5 anos a cuidar <strong>do</strong> património habitacional e <strong>do</strong>s portuenses<br />

A DomusSocial é a empresa<br />

municipal com a<br />

responsabilidade pela<br />

gestão <strong>do</strong> parque<br />

habitacional <strong>do</strong> município<br />

e pela actividade de<br />

manutenção de<br />

equipamentos e infraestruturas<br />

geri<strong>do</strong>s pela<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Organizada em quatro<br />

direcções estratégicas –<br />

gestão <strong>do</strong> parque<br />

habitacional, produção,<br />

atendimento e<br />

administrativa e financeira<br />

– a empresa dispõe de cerca<br />

de uma centena de<br />

colabora<strong>do</strong>res.<br />

Atribuição e venda de fogos,<br />

requalificação da habitação<br />

social, elaboração de<br />

propostas e actualização de<br />

taxas e rendas e ligação com<br />

as entidades promotoras de<br />

habitação social são<br />

algumas das suas principais<br />

funções.<br />

SERVIÇO 24 HORAS<br />

Atendimento Personaliza<strong>do</strong><br />

Criada em 2003, a<br />

DomusSocial tem disponível<br />

um amplo e moderno espaço<br />

de atendimento exclusivo para<br />

os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s bairros<br />

municipais. Só este ano, o<br />

O Conselho de Administração<br />

Matilde Augusta Monteiro Rocha Alves<br />

Presidente (na foto)<br />

Fernan<strong>do</strong> Francisco Barbosa Pinto<br />

Vice-Presidente<br />

. em foco<br />

Filipa Alexandra Dias Pereira de Sousa Melo<br />

Tavares<br />

Vogal<br />

Gabinete <strong>do</strong> Inquilino <strong>Municipal</strong>, como é<br />

designa<strong>do</strong>, já atendeu mais de 13.500<br />

solicitações – pagamento de rendas, pedi<strong>do</strong>s<br />

de manutenção e adesão ao programa “Casa<br />

Como Nova” estão entre os assuntos mais<br />

requeri<strong>do</strong>s.<br />

A DomusSocial tem em funcionamento o Serviço 24 horas (das 0 às 24h00, sete dias por semana),<br />

através <strong>do</strong> número telefónico 22 8330000. Cria<strong>do</strong> para dar resposta a situações de emergência, o<br />

serviço foi utiliza<strong>do</strong> por mais de 2.700 inquilinos municipais só nos primeiros cinco meses deste ano.<br />

Reabilitação da Habitação Social<br />

A requalificação exterior <strong>do</strong><br />

edifica<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong>, nos últimos<br />

anos, a principal prioridade ao<br />

nível da política de habitação<br />

social. Neste momento,<br />

decorrem, em<br />

simultâneo,<br />

obras<br />

profundas de reabilitação em<br />

seis bairros municipais da<br />

cidade – Carriçal, Francos, Fonte<br />

da Moura, S. Roque<br />

da Lameira, Dr. Nuno Pinheiro Torres e Rainha<br />

D. Leonor.


. em foco<br />

PORTO sempre<br />

021<br />

Bairro <strong>do</strong> Lagarteiro com obras de recuperação em 2009<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e<br />

o Ministério <strong>do</strong> Ambiente, <strong>do</strong><br />

Ordenamento <strong>do</strong> Território e <strong>do</strong><br />

Desenvolvimento Regional<br />

assinaram, no final de Maio, o<br />

protocolo de requalificação e<br />

reinserção urbana <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong><br />

Lagarteiro, no âmbito <strong>do</strong><br />

Programa “Bairros Críticos”.<br />

O <strong>do</strong>cumento prevê o arranque<br />

das obras de recuperação <strong>do</strong><br />

bairro em Janeiro de 2009,<br />

estenden<strong>do</strong>-se até 2012, num<br />

investimento de 6,5 milhões<br />

de euros.<br />

As obras abrangem a<br />

reabilitação urbanística e<br />

integração socio-económica de<br />

mais de mil e oitocentos<br />

mora<strong>do</strong>res, envolven<strong>do</strong> a<br />

autarquia portuense, o Governo,<br />

junta de freguesia de<br />

Campanhã, diversas instituições<br />

e colectividades da cidade.<br />

Além da recuperação <strong>do</strong>s blocos habitacionais<br />

e da mobilização <strong>do</strong>s inquilinos para a reparação<br />

e remodelação <strong>do</strong> interior das casas, está ainda<br />

prevista a reorganização urbanística de novos<br />

espaços públicos e a criação de acessibilidades<br />

que liguem o bairro com o exterior.<br />

Para a administração da DomusSocial, “é<br />

intenção de to<strong>do</strong>s que o Bairro <strong>do</strong> Lagarteiro<br />

fique bem. De certo que todas as entidades vão<br />

empenhar-se em bem servir aquela população,<br />

para que no final a própria possa vir dizer que<br />

o bairro está bem”.<br />

Melhoria da Qualidade de Vida<br />

A par da prioridade na<br />

requalificação, a DomusSocial<br />

contribuiu, em 2007, para a<br />

melhoria da qualidade de vida<br />

de 418 munícipes em resposta<br />

a inúmeras solicitações de<br />

Cidadania nos Bairros Sociais<br />

habitação social, que<br />

possibilitaram o alojamento em<br />

fogos municipais de novos<br />

inquilinos e o realojamento de<br />

mora<strong>do</strong>res em casas adaptadas<br />

às suas necessidades.<br />

Arrancou, em Março, a 1.ª fase <strong>do</strong> Projecto “Cidadania nos Bairros<br />

Sociais” com o levantamento sócio-habitacional <strong>do</strong> Agrupamento<br />

Habitacional da Pasteleira. A iniciativa tem como objectivo<br />

consolidar a política habitacional <strong>do</strong> município, contribuin<strong>do</strong> para<br />

a promoção da cidadania pela segurança, através da<br />

consciencialização <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res para temáticas como o<br />

relacionamento interpessoal, boas práticas de convivência, direitos<br />

e obrigações e preservação <strong>do</strong> património habitacional.<br />

Projecto “Incentivo”<br />

Integração de Jovens no<br />

Merca<strong>do</strong> Habitacional <strong>Municipal</strong><br />

Com o intuito de revitalizar zonas da<br />

cidade maioritariamente constituídas por<br />

uma população envelhecida, a DomusSocial<br />

está a proceder a uma experiência piloto<br />

de implementação de uma “Residência<br />

Partilhada” no Agrupamento Habitacional<br />

de Travessa de Salgueiros. A iniciativa é<br />

realizada em colaboração com o Instituto<br />

Profissional <strong>do</strong> Terço e destina-se a jovens<br />

residentes naquela instituição, que se<br />

encontrem em processo de autonomização<br />

e de inserção na vida activa.<br />

Gestão <strong>do</strong>s Blocos por portas de entrada<br />

Ao longo <strong>do</strong> mês de Abril, a DomusSocial procedeu à organização <strong>do</strong>s Blocos <strong>do</strong> Agrupamento Habitacional das<br />

Antas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> defini<strong>do</strong> um responsável por entrada – gestor de entrada – cuja função é a de organizar e zelar<br />

pela preservação <strong>do</strong>s espaços comuns. A empresa municipal pretende alargar esta iniciativa a to<strong>do</strong>s os restantes<br />

bairros sociais da sua responsabilidade.


PORTO sempre<br />

022<br />

. em foco<br />

Segurança para mais qualidade de vida<br />

Bairro <strong>do</strong> Cerco mais seguro<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e<br />

o Ministério da Administração<br />

Interna assinaram um “Contrato<br />

local de Segurança” - o primeiro<br />

a ser celebra<strong>do</strong> entre autarquias<br />

e o Poder Central - que visa<br />

reforçar a segurança e prevenir<br />

a criminalidade, sobretu<strong>do</strong> nos<br />

bairros. No <strong>Porto</strong>, a escolha<br />

recaiu sobre o Bairro <strong>do</strong> Cerco,<br />

alvo de profunda reabilitação,<br />

em 2002, por parte <strong>do</strong> actual<br />

Executivo. Para o Presidente da<br />

CMP, Rui Rio, “mesmo com toda<br />

a requalificação feita continua<br />

a ter problemas que urge<br />

resolver”. Trata-se de um <strong>do</strong>s<br />

maiores e mais populosos<br />

bairros sociais <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que se<br />

encontra inseri<strong>do</strong> numa<br />

freguesia, que é a mais pobre<br />

da cidade e que, por sua vez,<br />

também ela aglutina muitos<br />

bairros.<br />

«Esta iniciativa inscreve-se no âmbito <strong>do</strong><br />

Plano Estratégico destina<strong>do</strong> a reforçar e a<br />

prevenir a criminalidade», informou o Ministro<br />

Rui Pereira, aludin<strong>do</strong> às medidas que irão ser<br />

tomadas na sequência <strong>do</strong> diagnóstico a<br />

efectuar pela Escola de Criminologia da<br />

Faculdade de Direito <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, as quais passam<br />

- acrescentou - «pela segurança comunitária,<br />

pelo envolvimento da própria população na<br />

resolução <strong>do</strong>s problemas relaciona<strong>do</strong>s com a<br />

segurança e pelo policiamento de<br />

proximidade».<br />

Observatório de Segurança <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

A Escola de Criminologia da<br />

Faculdade de Direito da<br />

Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a<br />

prestar apoio técnico e<br />

científico à autarquia<br />

portuense na<br />

elaboração de um<br />

diagnóstico <strong>do</strong>s problemas<br />

sociais, <strong>do</strong> sentimento de<br />

insegurança e da taxa de<br />

criminalidade na cidade. Este<br />

é o primeiro grande estu<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> género em Portugal.<br />

A assinatura <strong>do</strong> protocolo de<br />

colaboração entre ambas as<br />

instituições, visan<strong>do</strong> a criação<br />

de um Observatório de<br />

Segurança e Impacto de<br />

Intervenção na Cidade <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, realizou-se em Abril.<br />

O apoio tem como principal<br />

objectivo medir, com o rigor que só uma<br />

abordagem científica permite, os efeitos <strong>do</strong><br />

investimento ao nível da coesão social e da<br />

segurança urbana e, através da medição<br />

desse impacto, permitir atitudes<br />

complementares de intervenção.<br />

A avaliação centra-se nos resulta<strong>do</strong>s da<br />

intervenção que o município tem vin<strong>do</strong> a<br />

desenvolver na requalificação <strong>do</strong>s bairros<br />

sociais e na zona abrangida pelas câmaras<br />

de vídeovigilância, instaladas na Ribeira.


. em foco<br />

PORTO sempre<br />

023<br />

IDT volta a recusar “<strong>Porto</strong> Feliz” e quer “salas de chuto” no <strong>Porto</strong><br />

O Presidente <strong>do</strong> Instituto da<br />

Droga e Toxicodependência (IDT),<br />

João Goulão reafirmou<br />

recentemente, em declarações<br />

prestadas na Assembleia da<br />

República, que não quer retomar<br />

o projecto de recuperação de<br />

toxicodependentes “<strong>Porto</strong> Feliz”,<br />

insistin<strong>do</strong> antes na criação de<br />

uma “sala de chuto” na cidade<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Apesar de reconhecer que os<br />

arruma<strong>do</strong>res estão a “reaparecer”<br />

em consequência da decisão de<br />

acabar com o “<strong>Porto</strong> Feliz”, o<br />

Presidente <strong>do</strong> IDT defende a<br />

instalação de salas de consumo<br />

assisti<strong>do</strong> no <strong>Porto</strong>, rejeitan<strong>do</strong><br />

mais uma vez o modelo<br />

preconiza<strong>do</strong> pela CMP, que tem<br />

como filosofia o tratamento e a<br />

reintegração na vida activa.<br />

Entre 2002 e 2006, – altura em<br />

que o Governo, através <strong>do</strong> IDT,<br />

denunciou o protocolo de<br />

colaboração que mantinha com<br />

a CMP – o Programa “<strong>Porto</strong> Feliz”<br />

retirou das ruas da cidade mais<br />

de 500 arruma<strong>do</strong>res de<br />

automóveis toxicodependentes,<br />

ten<strong>do</strong> a maior parte deles<br />

consegui<strong>do</strong> recuperar uma vida<br />

familiar, social e profissional<br />

estável.<br />

O sucesso <strong>do</strong> programa foi, de<br />

resto, reconheci<strong>do</strong> pela maioria<br />

<strong>do</strong>s portuenses, que assistiram à<br />

erradicação quase total deste<br />

flagelo na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

reduzi<strong>do</strong> em quatro anos a pouco mais de 20<br />

arruma<strong>do</strong>res.<br />

Com o fim <strong>do</strong> programa, em Novembro de 2006,<br />

os arruma<strong>do</strong>res começaram a invadir de novo as<br />

ruas da cidade, ten<strong>do</strong> aumenta<strong>do</strong> exponencialmente,<br />

e de forma bem visível, ao longo <strong>do</strong> último ano.<br />

O Presidente <strong>do</strong> Instituto da Droga e<br />

Toxicodependência, João Goulão, e o Governo<br />

têm-se manti<strong>do</strong> irredutíveis na sua decisão,<br />

recusan<strong>do</strong> retomar a parceria que mantinham com<br />

a CMP e sem a qual a autarquia fica impossibilitada<br />

de manter o programa, uma vez que não pode,<br />

por exemplo, fazer internamentos de <strong>do</strong>entes.<br />

Em vez disso, Goulão prefere apostar em alargar<br />

à cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> o modelo a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Lisboa,<br />

que consiste no encaminhamento <strong>do</strong>s<br />

toxicodependentes para os CAT’S, cuja filosofia<br />

assenta na minimização de danos e redução de<br />

riscos, através da utilização de drogas de<br />

substituição e trocas de seringas.<br />

Para além <strong>do</strong>s Centros de Atendimento a<br />

Toxicodependentes, João Goulão insiste também<br />

na criação de “salas de chuto” no <strong>Porto</strong>, uma<br />

proposta que não é <strong>do</strong> agra<strong>do</strong> da CMP, que continua<br />

a defender como solução o tratamento integral<br />

<strong>do</strong> indivíduo em vez da criação de espaços que<br />

apenas servem para “esconder” o fenómeno.<br />

O Presidente <strong>do</strong> IDT defende a<br />

instalação de salas de consumo assisti<strong>do</strong><br />

no <strong>Porto</strong>, rejeitan<strong>do</strong> mais uma vez o<br />

modelo preconiza<strong>do</strong> pela CMP, que tem<br />

como filosofia o tratamento e a<br />

reintegração na vida activa.


PORTO sempre<br />

024<br />

. o que há de novo<br />

A Baixa começa a mexer<br />

Para além <strong>do</strong> Trindade<br />

Coelho – já concluí<strong>do</strong> e<br />

reabilita<strong>do</strong> por dentro e<br />

por fora – são, neste<br />

momento, sete os<br />

quarteirões da Baixa <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, cujos edifícios<br />

estão a ser alvo de<br />

recuperação, no âmbito<br />

<strong>do</strong> processo de<br />

requalificação que tem<br />

vin<strong>do</strong> a ser geri<strong>do</strong> pela<br />

<strong>Porto</strong> Vivo, SRU.<br />

A <strong>Porto</strong> Sempre assinala<br />

aqui, através de<br />

imagens, um breve<br />

ponto de situação.<br />

Trindade Coelho<br />

CARDOSAS<br />

O seu carácter estratégico advém <strong>do</strong> facto de se encontrar na<br />

fronteira entre a Baixa e a Zona Histórica, de que o futuro Hotel<br />

de Charme das Car<strong>do</strong>sas será a principal âncora. As sondagens<br />

geotécnicas comprovaram que existem condições favoráveis à<br />

criação de um parque no «miolo» <strong>do</strong> quarteirão, onde decorrem<br />

as demolições.<br />

SOUSA VITERBO<br />

Dois prédios em obra e outros <strong>do</strong>is já<br />

reabilita<strong>do</strong>s.<br />

PORTO VIVO<br />

Trata-se <strong>do</strong> quarteirão no qual se situa a sede<br />

da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU)<br />

e que conta, neste momento, com três prédios<br />

em obra.


. o que há de novo<br />

PORTO sempre<br />

025<br />

INFANTE<br />

Trata-se de um quarteirão que se encontra praticamente reabilita<strong>do</strong>.<br />

Neste momento, apenas existe um prédio em obra. Refira-se, como<br />

curiosidade, que alguns <strong>do</strong>s edifícios que já se encontram recupera<strong>do</strong>s<br />

sofreram intervenções profundas, quase de raiz.<br />

Um <strong>do</strong>s prédios já reabilita<strong>do</strong> no Infante,<br />

quarteirão que se encontra praticamente<br />

concluí<strong>do</strong>.<br />

CARLOS ALBERTO<br />

Decorrem obras em 13 edifícios, incluin<strong>do</strong> o emblemático Café<br />

Luso. Foi de uma dessas janelas que Humberto Delga<strong>do</strong> falou à<br />

multidão, no histórico comício de 1958.<br />

Um edifício em Carlos Alberto, cuja fachada<br />

já foi reabilitada.<br />

FERREIRA BORGES<br />

Um edifício já reabilita<strong>do</strong> e quatro em obra. Destes, destaque<br />

para o Edifício Douro (futuro Palácio das Artes), que sofreu uma<br />

reabilitação profunda.<br />

CORPO DA GUARDA<br />

Decorrem demolições e trabalhos em 12<br />

prédios. Estão, igualmente, em curso<br />

sondagens arqueológicas.


PORTO sempre<br />

026<br />

Alguns comerciantes <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão não têm<br />

escondi<strong>do</strong> o seu receio<br />

perante a obrigatória decisão<br />

<strong>do</strong> IPPAR – Instituto<br />

Português <strong>do</strong> Património<br />

Arquitectónico, actualmente<br />

denomina<strong>do</strong> IGESPAR,<br />

quanto ao futuro daquele<br />

espaço.<br />

A principal preocupação<br />

incide na eventualidade de,<br />

com a aproximação das<br />

eleições autárquicas, verem<br />

repetida a «guerra» que, em<br />

2005, aquele Instituto <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> moveu à CMP em<br />

torno da construção <strong>do</strong> Túnel<br />

de Ceuta, não resistin<strong>do</strong> à<br />

tentação de condicionamento<br />

político.<br />

Entretanto, o promotor da<br />

obra tem manti<strong>do</strong><br />

conversações regulares com<br />

o IPPAR, ao qual sempre<br />

manifestou total abertura<br />

para adequar o projecto a<br />

todas as exigências legais,<br />

e de acor<strong>do</strong> com as<br />

orientações políticas da<br />

Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de<br />

preservação <strong>do</strong> secular<br />

edifício. No entanto, à<br />

medida que os vários grupos<br />

de pressão política vão<br />

intensifican<strong>do</strong> o grau de<br />

contestação à autarquia, o<br />

IPPAR já começou a sentir o<br />

condicionamento e a levantar<br />

as primeiras reservas.<br />

. o que há de novo<br />

Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão<br />

Comerciantes temem que a “história” <strong>do</strong> Túnel de Ceuta se repita<br />

À medida que os vários<br />

grupos de pressão política<br />

vão intensifican<strong>do</strong> o grau de<br />

contestação à requalificação<br />

<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong>, o IPPAR já<br />

começou, igualmente, a<br />

levantar mais reservas.


. o que há de novo<br />

PORTO sempre<br />

027<br />

Rua Miguel Bombarda requalificada<br />

A Rua Miguel Bombarda vai ser<br />

requalificada. A CMP já abriu,<br />

para o efeito, o respectivo<br />

concurso público com vista à<br />

adjudicação das obras, que<br />

abrangem o troço da Rua da Boa<br />

Nova, entre D. Manuel II e A<strong>do</strong>lfo<br />

Casais Monteiro.<br />

A intervenção consiste na<br />

reformulação de todas as infraestruturas<br />

existentes, incluin<strong>do</strong><br />

a iluminação pública, bem como<br />

na sua transformação em<br />

arruamento pe<strong>do</strong>nal, sem prejuízo<br />

<strong>do</strong>s acessos a garagens, cargas<br />

e descargas e veículos prioritários.<br />

Segun<strong>do</strong> o projecto <strong>do</strong> arquitecto<br />

Filipe Oliveira Dias, o revestimento<br />

final <strong>do</strong> pavimento será feito em<br />

placas de granito serra<strong>do</strong>, micro<br />

cubos de granito e placas de<br />

betão pigmenta<strong>do</strong>, com sete<br />

desenhos distintos e uma série<br />

de caras, esculpidas em granito,<br />

da autoria de Ângelo de Sousa.<br />

Pormenores <strong>do</strong> projecto <strong>do</strong> arquitecto Filipe Oliveira Dias<br />

Animação de mãos dadas com a Arte<br />

e a Cultura<br />

A intervenção vem assim<br />

valorizar, de uma forma<br />

ainda mais acentuada, toda<br />

aquela zona na qual<br />

proliferam galerias de arte,<br />

cuja actividade, inserida num<br />

plano geral de animação<br />

apoia<strong>do</strong> pela Empresa<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>Porto</strong>Lazer e<br />

patrocina<strong>do</strong> pela marca «The<br />

Famous Grouse», já a<br />

transformou num roteiro de<br />

referência na cidade, tanto<br />

a nível cultural como de puro<br />

lazer.<br />

Ainda recentemente, a Rua<br />

Miguel Bombarda foi palco<br />

de mais uma inauguração<br />

simultânea de novas<br />

exposições, uma festa que<br />

ocorre de <strong>do</strong>is em <strong>do</strong>is meses<br />

e que, para além de constituir<br />

um verdadeiro «happening»<br />

artístico, tem mereci<strong>do</strong> a total<br />

adesão das galerias de arte e<br />

atraí<strong>do</strong> muito público.<br />

Paralelamente às mostras<br />

patentes nas 25 galerias ali<br />

situadas, apoiadas por<br />

restaurantes, cafés e lojas,<br />

com particular referência para<br />

o Centro Comercial Bombarda,<br />

os visitantes são<br />

surpreendi<strong>do</strong>s por um vasto<br />

leque de actividades de<br />

animação de rua, em que a<br />

música, a pintura e alguns<br />

«sketches» teatrais estão no<br />

centro das atenções.<br />

O Centro Comercial Bombarda já é uma referência


PORTO sempre<br />

028<br />

. o que há de novo<br />

Projecto de reabilitação <strong>do</strong> Palácio de Cristal<br />

Candidatura ao QREN<br />

com boas condições de sucesso<br />

Processo de apresentação de<br />

candidaturas só foi aberto em<br />

mea<strong>do</strong>s de Maio. Prazo termina<br />

a 29 de Agosto.<br />

O financiamento <strong>do</strong> projecto de<br />

reabilitação <strong>do</strong> Pavilhão Rosa<br />

Mota/Palácio de Cristal aguarda<br />

pelo resulta<strong>do</strong> da candidatura ao<br />

QREN – Quadro de Referência<br />

Estratégico Nacional, mais<br />

especificamente ao Programa<br />

Operacional de Valorização <strong>do</strong><br />

Território.<br />

O respectivo processo de<br />

candidatura foi posto em marcha<br />

logo após a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> ter recebi<strong>do</strong> a proposta final<br />

de constituição da parceria públicoprivada<br />

que irá assegurar a gestão<br />

daquele equipamento e na qual a<br />

autarquia, através da Empresa<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>Porto</strong>Lazer, detém uma<br />

participação de 20%.<br />

O aviso de candidatura aos fun<strong>do</strong>s<br />

comunitários, em concreto àquele<br />

programa, foi aberto apenas a 12<br />

de Maio, ten<strong>do</strong> como data limite<br />

o dia 29 de Agosto próximo.<br />

Dada a inequívoca importância<br />

que aquele espaço representa tanto<br />

para a cidade como para a própria<br />

região, existem perspectivas<br />

positivas quanto ao sucesso da<br />

candidatura.<br />

Reabilitar e modernizar uma<br />

infra-estrutura<br />

que é uma âncora importante<br />

na economia urbana<br />

A fusão das duas propostas iniciais<br />

para a gestão <strong>do</strong> «novo» Rosa<br />

Mota/Palácio de Cristal permitiu<br />

a criação de condições ímpares no<br />

senti<strong>do</strong> de transformar aquele<br />

equipamento – actualmente<br />

bastante degrada<strong>do</strong> – num<br />

moderno e polivalente espaço<br />

multiusos.<br />

Desporto, música, turismo de<br />

negócios e familyshows<br />

- algumas das principais<br />

vertentes funcionais da nova<br />

infra-estrutura<br />

O perfil e vocação <strong>do</strong>s parceiros<br />

em causa – AEP, Associação<br />

Amigos <strong>do</strong> Coliseu, por um la<strong>do</strong>,<br />

e Parque Expo/Pavilhão Atlântico,<br />

por outro – garantem marca de<br />

qualidade aos eventos que, no<br />

futuro, venham a ter lugar no Rosa<br />

Mota/Palácio de Cristal,<br />

permitin<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>, a<br />

necessária complementaridade e<br />

a criação de sinergias adequadas<br />

ao êxito da sua gestão.<br />

Com efeito, cada uma daquelas<br />

entidades dispõe de reconheci<strong>do</strong><br />

«know how» nas principais áreas<br />

funcionais previstas para aquele<br />

espaço, desde a realização de feiras<br />

e congressos (AEP), passan<strong>do</strong> por<br />

espectáculos de grande escala,<br />

musicais ou outros (Amigos <strong>do</strong><br />

Coliseu/Pavilhão Atlântico). Isto<br />

sem esquecer, evidentemente, a<br />

vertente desportiva, uma espécie<br />

de ADN da sua própria existência<br />

O antigo Palácio de Cristal<br />

e cujas exigências, relacionadas com a Alta<br />

Competição, implicam novos requisitos logísticos,<br />

que já não se compadecem com condições anacrónicas<br />

de funcionamento.<br />

Foi – recorde-se – no «velho» Palácio que o país<br />

vibrou com assinaláveis êxitos desportivos,<br />

nomeadamente nos tempos em que Portugal dava<br />

cartas no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> hóquei em patins, modalidade<br />

que o aju<strong>do</strong>u a perpetuar no imaginário desportivo<br />

portuense.<br />

Turismo de negócios - uma vertente a<br />

desenvolver<br />

De entre as diversas valências previstas para<br />

o novo Palácio, uma delas assume particular<br />

relevância: falamos <strong>do</strong> Turismo de Negócios,<br />

uma área que, para se desenvolver, necessita<br />

de espaços amplos e de qualidade.<br />

De referir que, no <strong>Porto</strong>, existe actualmente<br />

uma acentuada falta de oferta de<br />

equipamentos destina<strong>do</strong>s à realização de<br />

congressos e encontros empresariais com<br />

mais de um milhar de participantes, pelo<br />

que a reabilitação daquela estrutura se afigura<br />

de grande actualidade, até porque, dada a<br />

sua multifuncionalidade, evitaria a construção<br />

de raiz de novos equipamentos.


. o que há de novo<br />

PORTO sempre<br />

029<br />

Revitalização: aumenta a procura pela Baixa<br />

O projecto da revitalização<br />

da Baixa – uma das<br />

prioridades <strong>do</strong> actual<br />

Executivo – trouxe mais<br />

gente para as ruas e novos<br />

projectos priva<strong>do</strong>s,<br />

sobretu<strong>do</strong> liga<strong>do</strong>s à área<br />

da restauração. A ampla e<br />

arejada Avenida <strong>do</strong>s<br />

Alia<strong>do</strong>s e o Teatro<br />

<strong>Municipal</strong> Rivoli servem de<br />

palcos, cada vez mais, a<br />

grandes iniciativas – Árvore<br />

de Natal, Corrida da<br />

Mulher, Festa da<br />

Primavera, peças de teatro,<br />

os musicais de La Féria, etc.<br />

Dinamiza-se o meio artístico<br />

e empresarial. Ganha nova<br />

vida o “coração” da cidade.<br />

São os próprios empresários<br />

da restauração a admiti-lo:<br />

vê-se, de novo, mais gente<br />

na Baixa, sobretu<strong>do</strong> aos<br />

fins-de-semana. A<br />

renovação da Avenida <strong>do</strong>s<br />

Alia<strong>do</strong>s tem permiti<strong>do</strong> uma<br />

crescente utilização da sua<br />

placa central, ao estilo das<br />

grandes cidades europeias.<br />

A renovada Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s acolhe os mais diversos eventos<br />

. Depoimentos<br />

“O restaurante abriu em Fevereiro<br />

precisamente por causa <strong>do</strong><br />

propala<strong>do</strong> projecto da<br />

revitalização da Baixa. Não havia<br />

nada <strong>do</strong> género nesta zona. Ao<br />

fim-de-semana estamos abertos<br />

até mais tarde, o que significa<br />

que apostamos na vinda de<br />

pessoas a esta zona da cidade.<br />

Por exemplo, é notória mais<br />

gente quan<strong>do</strong> há mudanças de<br />

espectáculos no Rivoli. Há mais<br />

bares na Baixa, o que também<br />

ajuda. É bom que as pessoas se<br />

lembrem que em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>,<br />

a Baixa é o sítio onde tu<strong>do</strong> se<br />

passa. Isso tem de acontecer<br />

também no <strong>Porto</strong>. É importante<br />

a revitalização, que não passa<br />

só pela restauração,<br />

mas também pela pluralidade de<br />

projectos e a permanência das<br />

pessoas na zona.”<br />

Catarina Teixeira de Sousa, gerente<br />

<strong>do</strong> Restaurante “Al Forno”<br />

“A questão <strong>do</strong> Rivoli foi muito bem resolvida.<br />

Durante muitos anos, a Baixa foi perden<strong>do</strong><br />

vitalidade e gente. Com a solução encontrada<br />

para o teatro, a zona envolvente ganhou nova<br />

vida, sobretu<strong>do</strong>, aos fins-de-semana. Nos<br />

nossos restaurantes há novos clientes que vem<br />

por causa de toda a animação na Baixa. Para<br />

além <strong>do</strong> Rivoli, a Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, que<br />

não ficou tão feia como tanta gente apregoa,<br />

tem múltiplas actividades e durante quase<br />

to<strong>do</strong> o ano. Tornou-se funcional, muito prática.<br />

Por si só traz mais gente para a Baixa. Só<br />

espero que to<strong>do</strong>s os projectos que se falam<br />

para esta zona andem para a frente e o mais<br />

rapidamente possível. Só falta ver mais pessoas<br />

a morar nesta zona da cidade.”<br />

Sérgio Oliveira, gerente <strong>do</strong>s restaurantes<br />

“Conga”


PORTO sempre<br />

030<br />

. o que há de novo<br />

38 escolas beneficiadas com o Programa Escola Viva<br />

Escolas alvo de requalificação durante o Verão<br />

Aproveitan<strong>do</strong> as férias escolares<br />

<strong>do</strong> Verão, a autarquia portuense<br />

está a intervir, uma vez mais,<br />

no parque escolar <strong>do</strong> 1.º Ciclo<br />

<strong>do</strong> Ensino Básico. As escolas<br />

EB1 <strong>do</strong> Viso e EB1 <strong>do</strong> Campo<br />

24 de Agosto são os <strong>do</strong>is<br />

equipamentos educativos alvos<br />

de requalificação integral.<br />

Para além das obras exteriores<br />

ao nível <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>, as<br />

empreitadas contemplam a<br />

reabilitação <strong>do</strong> interior e a<br />

melhoria das acessibilidades<br />

para pessoas com mobilidade<br />

reduzida, num investimento<br />

total de cerca de 900 mil euros.<br />

“Melhor escola, mais justiça<br />

social” é o mote das<br />

intervenções que visam<br />

proporcionar condições de<br />

excelência nas escolas <strong>do</strong><br />

1.º Ciclo, conforme referiu Vladimiro Feliz,<br />

Verea<strong>do</strong>r da Educação, Juventude e Inovação.<br />

Com estas obras eleva para 38 o número de<br />

escolas alvo de beneficiação no âmbito <strong>do</strong><br />

programa municipal “Escola Viva”.<br />

Alunos <strong>do</strong> 1º Ciclo com cantinas melhores<br />

Requalificação da EB 1 da Torrinha:<br />

um mau exemplo de aplicação de<br />

dinheiros públicos<br />

No concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> existem<br />

55 escolas básicas <strong>do</strong> 1º Ciclo,<br />

frequentadas por mais de 11<br />

mil alunos, onde são servidas<br />

diariamente mais de cinco mil<br />

refeições. Depois de uma<br />

auditoria externa, mandada<br />

fazer pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>, chega-se à conclusão<br />

que a qualidade das cantinas e<br />

cozinhas das escolas <strong>do</strong> 1º<br />

Ciclo, num total de 48, é<br />

aceitável e bastante<br />

satisfatória. “No final deste<br />

ano, esperamos ter cantinas<br />

escolares de referência”,<br />

adianta o Verea<strong>do</strong>r da<br />

Educação, Vladimiro Feliz. Neste<br />

âmbito, a autarquia vai investir<br />

500 mil euros na melhoria das<br />

cantinas. Desde 2002 foram<br />

investi<strong>do</strong>s 20 milhões de euros,<br />

totalmente suporta<strong>do</strong>s pelo<br />

orçamento municipal, na<br />

requalificação <strong>do</strong> parque<br />

escolar.<br />

A EB 1 da Torrinha foi requalificada em Setembro<br />

de 2007, ten<strong>do</strong> as obras ascendi<strong>do</strong> a cerca de<br />

meio milhão de euros.<br />

Apesar desse investimento, foram sen<strong>do</strong><br />

registadas diversas anomalias, por exemplo ao<br />

nível das comunicações telefónicas de e para<br />

o interior daquele estabelecimento escolar, bem<br />

como um conjunto de deficiências relacionadas<br />

com infiltrações de água, algumas das quais<br />

causadas por actos de vandalismo.<br />

Perante as queixas de pais e professores, foi<br />

realizada uma auditoria interna, que acusou<br />

falhas e procedimentos graves ao nível da GOP<br />

– Empresa de Gestão de Obras Públicas e da<br />

DomusSocial, E. M., as quais assumem maior<br />

culpa <strong>do</strong> que a que poderia ser imputada ao<br />

próprio empreiteiro.<br />

Um caso que não ilustra, portanto, uma correcta<br />

aplicação <strong>do</strong>s dinheiros públicos, por parte da<br />

própria CMP.<br />

• 55 escolas básicas <strong>do</strong> 1ºCiclo<br />

• 5000 refeições diárias<br />

• 500 mil euros de investimento em 2008


. o que há de novo<br />

<strong>Porto</strong> de Futuro<br />

Boas práticas entre empresas e escolas<br />

O envolvimento de algumas<br />

empresas com escolas básicas<br />

da cidade, no âmbito <strong>do</strong><br />

programa <strong>Porto</strong> de Futuro,<br />

prossegue a bom ritmo. Ainda<br />

recentemente, a Corticeira<br />

Amorim “apadrinhou” a<br />

plantação de sobreiros no Parque<br />

Urbano <strong>do</strong> Covelo pelas crianças<br />

<strong>do</strong> Ensino Pré-Escolar <strong>do</strong><br />

Agrupamento Vertical de Escolas<br />

Leonar<strong>do</strong> Coimbra (Filho). Já o<br />

CEO da Unicer, Pires de Lima,<br />

esteve na escola de Miragaia<br />

para falar da sua experiência<br />

profissional. Também a BA<br />

Vidros destacou o <strong>Porto</strong> de<br />

Futuro no seu relatório de<br />

actividades e contas de 2007,<br />

como exemplo de boas práticas<br />

no relacionamento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

empresarial e escolar.<br />

PORTO sempre<br />

031<br />

O Programa <strong>Porto</strong> de Futuro é promovi<strong>do</strong> pela<br />

CMP em colaboração com a Direcção Regional de<br />

Educação <strong>do</strong> Norte, os 17 agrupamentos verticais<br />

de escolas e 17 empresas da Região Norte.<br />

CMP galar<strong>do</strong>ada<br />

com “Prémio<br />

Autarquias”<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

(CMP) foi galar<strong>do</strong>ada com o<br />

“Prémio Autarquias”, no<br />

âmbito <strong>do</strong>s prémios Hospital<br />

de Futuro 2007/2008, com<br />

um projecto cujo objectivo<br />

vai para a prevenção da<br />

obesidade infantil nas<br />

escolas básicas <strong>do</strong> 1º Ciclo.<br />

O prémio obti<strong>do</strong> pela<br />

candidatura da CMP pretende<br />

premiar a melhor<br />

contribuição autárquica para<br />

a saúde. A Câmara conta,<br />

para isso, com a colaboração<br />

da Faculdade de Ciências da<br />

Nutrição e Alimentação da<br />

Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> na<br />

elaboração das ementas das<br />

cantinas escolares, e da<br />

Empresa <strong>Municipal</strong><br />

<strong>Porto</strong>Lazer e da Rede<br />

<strong>Municipal</strong> de Piscinas para<br />

a organização de uma série<br />

de iniciativas saudáveis,<br />

realizadas no âmbito <strong>do</strong><br />

projecto “<strong>Porto</strong> de<br />

Actividades”.<br />

Estudantes aderem ao projecto de voluntaria<strong>do</strong><br />

O projecto de Voluntaria<strong>do</strong><br />

Estudantil arrancou com a<br />

participação de mais de uma<br />

vintena de estudantes da<br />

Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

Universidade Católica Portuguesa<br />

“Aprender a Empreender”<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está<br />

a implementar no âmbito <strong>do</strong><br />

programa <strong>Porto</strong> de Futuro e em<br />

parceria com a Associação<br />

“Aprender a Empreender”,<br />

congénere portuguesa da “Júnior<br />

Achievement”, um programa de<br />

promoção <strong>do</strong><br />

empreende<strong>do</strong>rismo e literacia<br />

financeira nas escolas básicas<br />

da cidade. Trinta e um<br />

voluntários, de várias direcções<br />

municipais, leccionaram,<br />

durante seis semanas, em<br />

diferentes escolas da cidade<br />

três programas desenvolvi<strong>do</strong>s<br />

pela referida associação. Um<br />

deles foi o próprio<br />

Verea<strong>do</strong>r da<br />

Educação, Vladimiro<br />

Feliz, que<br />

e Instituto Politécnico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Integra<strong>do</strong> no<br />

Programa <strong>Porto</strong> de Futuro, o projecto desenvolve<br />

uma estratégia, pensada pela CMP e estruturada em<br />

conjunto com instituições de ensino superior, que<br />

se propõe reduzir o índice de insucesso e aban<strong>do</strong>no<br />

escolar <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> ensino básico da cidade.<br />

“deu” lições sobre “Economia para o Sucesso” a uma<br />

turma <strong>do</strong> 9º ano da Escola EB 2,3 Irene Lisboa. Os<br />

programas abordaram diferentes temáticas, como a<br />

da Família, destinadas a estudantes <strong>do</strong> 1º ano <strong>do</strong><br />

1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico, Comunidade, para alunos<br />

<strong>do</strong> 2º ano <strong>do</strong> mesmo Ciclo, e Economia, para alunos<br />

<strong>do</strong> 8º/9º ano <strong>do</strong> 3º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico.


PORTO sempre<br />

032<br />

. o que há de novo<br />

Gestão Integrada de Contra-Ordenações<br />

Na continuidade <strong>do</strong> espírito de inovação, a Direcção <strong>Municipal</strong> de<br />

Sistemas de Informação (DMSI), em parceria com o Departamento<br />

<strong>Municipal</strong> Jurídico e Contencioso (DMJC), implementou, ao longo<br />

de 2007 e já este ano, o projecto de Gestão Integrada de Contra-<br />

Ordenações (GIC). Foi assim optimizada a gestão das contraordenações<br />

na CMP, com a reorganização <strong>do</strong>s processos internos,<br />

tiran<strong>do</strong> parti<strong>do</strong> das novas tecnologias. O projecto teve a contribuição<br />

da Faculdade de Engenharia da Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (FEUP), que<br />

participou quer na gestão quer na implementação <strong>do</strong> projecto.<br />

Como funciona o GIC<br />

O registo <strong>do</strong> auto é feito, de forma automática, pelos serviços<br />

fiscaliza<strong>do</strong>res da CMP. É possível o pagamento voluntário e<br />

a codificação imediata <strong>do</strong> tipo de infracção (o GIC cobre<br />

mais de 1600 infracções), a digitalização integral e partilha<br />

de <strong>do</strong>cumentos e também a automatização da expedição<br />

massiva dessa <strong>do</strong>cumentação. O GIC garante a uniformização<br />

da produção de informação, controlo e prevenção de<br />

duplicação de tarefas e, sobretu<strong>do</strong>, a minimização de erros.<br />

Microsoft Internacional<br />

distingue Câmara <strong>Municipal</strong><br />

O Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro da Educação,<br />

Juventude e Inovação, Vladimiro Feliz,<br />

em representação da autarquia, recebeu<br />

o prémio “Solução Sustentável 2008”,<br />

promovi<strong>do</strong> pela Microsoft. O “Portal <strong>do</strong><br />

Executivo” da CMP foi distingui<strong>do</strong> como<br />

referência internacional durante o Fórum<br />

“Soluções para a Administração Pública<br />

Local e Regional”, promovi<strong>do</strong> por aquela<br />

empresa multinacional e que reuniu, no<br />

<strong>Porto</strong>, mais de 300 líderes europeus <strong>do</strong><br />

sector. A criação <strong>do</strong> portal permitiu<br />

desmaterializar to<strong>do</strong> o processo de suporte<br />

às reuniões de Câmara, aumentan<strong>do</strong> de<br />

forma significativa os seus níveis de<br />

eficiência. Com esta solução, foi possível<br />

aban<strong>do</strong>nar o recurso ao suporte de papel,<br />

passan<strong>do</strong>, assim, para o <strong>do</strong>mínio digital.<br />

GEOPORTO • Sistema Integra<strong>do</strong> de Gestão de<br />

Informação Geográfica<br />

O Sistema de Informação<br />

Geográfica (SIG) da autarquia<br />

está, desde o final de 2007,<br />

a ser reestrutura<strong>do</strong>. O novo<br />

sistema designa<strong>do</strong> por<br />

GEOPORTO resulta de um<br />

projecto conjunto das<br />

direcções municipais de<br />

Sistemas de Informação,<br />

Urbanismo, Serviços da<br />

Presidência e das Finanças e<br />

Património. Com este novo<br />

sistema é possível obter<br />

informação em tempo real e,<br />

consequentemente, suportar<br />

melhor os fundamentos das<br />

decisões tomadas, permitin<strong>do</strong><br />

serviços de maior qualidade.<br />

Pela sua qualidade inova<strong>do</strong>ra,<br />

o GEOPORTO foi galar<strong>do</strong>a<strong>do</strong>,<br />

a nível nacional, com o<br />

prémio “Projecto SIG 2007”<br />

pela ESRI Portugal, tornan<strong>do</strong>se<br />

uma referência nesta área.<br />

Para que serve o<br />

GEOPORTO<br />

Este portal disponibiliza<br />

informação geográfica e<br />

alfanumérica para consulta<br />

e edição on-line (toponímia,<br />

cartografia base, PDM,<br />

operações urbanísticas,<br />

informação temática, etc).<br />

A informação geográfica<br />

está catalogada por áreas<br />

temáticas, facilitan<strong>do</strong> assim<br />

a sua pesquisa e obtenção.<br />

Secretário de Esta<strong>do</strong> Eduar<strong>do</strong> Cabrita e<br />

o Verea<strong>do</strong>r Vladimiro Feliz


. o que há de novo<br />

PORTO sempre<br />

033<br />

Simplificar procedimentos para melhorar a imagem da Via Pública<br />

José Duarte é o novo director municipal da<br />

Via Pública (DMVP) desde Março. Propõe-se<br />

cumprir um caderno de encargos que passa,<br />

especialmente, pelo “arrumar da casa”<br />

internamente, como o próprio define, a fim<br />

de melhorar a imagem <strong>do</strong>s serviços<br />

municipais da Via Pública junto<br />

<strong>do</strong>s munícipes. Entre outros<br />

projectos, pretende elaborar<br />

um Manual de Procedimentos<br />

<strong>do</strong>s serviços ao mesmo tempo<br />

que será a<strong>do</strong>ptada uma<br />

atitude de rigor na execução<br />

orçamental. Tu<strong>do</strong> para que<br />

se “possa melhorar a imagem<br />

externa desta direcção<br />

municipal”, segun<strong>do</strong> define<br />

José Duarte. Como novidade,<br />

o Director da DMVP, que é tutelada pelo Verea<strong>do</strong>r<br />

Lino Ferreira propõem-se implementar um<br />

projecto de requalificação <strong>do</strong> espaço público<br />

com o objectivo de “corrigir erros acumula<strong>do</strong>s,<br />

intervenções menos bem articuladas entre<br />

serviços municipais e entidades externas, que<br />

beneficie, reabilite e modernize o existente”.<br />

José Duarte nasceu em Outubro de 1958.<br />

É licencia<strong>do</strong> em Engenharia Civil pela<br />

Faculdade de Engenharia da Universidade<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Ingressou na CMP em Outubro<br />

de 2002, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> nomea<strong>do</strong> chefe da<br />

divisão de edificações urbanas e, mais tarde,<br />

director <strong>do</strong> Departamento <strong>Municipal</strong> de<br />

Gestão Urbanística e Fiscalização. Desde<br />

Março que é Director <strong>Municipal</strong> da Via<br />

Pública.<br />

Mudanças nas empresas municipais<br />

O Executivo <strong>Municipal</strong> promoveu mudanças na administração<br />

de duas empresas municipais: Gestão de Obras Públicas (GOP)<br />

e DomusSocial. Trata-se de alguns ajustamentos, “ten<strong>do</strong> em<br />

vista a melhoria contínua <strong>do</strong>s serviços”. Assim, na GOP, Pinho<br />

da Costa (na foto) substituiu na presidência Vitorino Ferreira,<br />

que se aposentou. A vice-presidência passou a ser ocupada<br />

por Barbosa Pinto. O Conselho de Administração ficou<br />

completo com a escolha de Alzira Torres para vogal. Na<br />

DomusSocial, a presidência está sob alçada da Verea<strong>do</strong>ra<br />

da Habitação e Acção Social, Matilde Alves. A vicepresidência<br />

é exercida por Barbosa Pinto. Filipa Melo,<br />

35 anos, licenciada em Relações Internacionais, transita<br />

<strong>do</strong> Pelouro da Habitação Social e Acção Social, para a<br />

DomusSocial, como vogal.<br />

Pinho da Costa nasceu em<br />

Maio de 1965. É licencia<strong>do</strong><br />

em Direito pela Universidade<br />

Portucalense Infante<br />

D. Henrique. Desde<br />

2002 que exercia<br />

funções de vogal<br />

no Conselho de<br />

Administração da<br />

DomusSocial e<br />

de vogal não<br />

executivo na<br />

GOP.<br />

Combate ao absentismo na CMP<br />

A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

conseguiu baixar o absentismo,<br />

entre 2006 e 2007, por <strong>do</strong>ença<br />

(-20,29%) e <strong>do</strong>ença<br />

profissional (-32,30%) entre<br />

os seus colabora<strong>do</strong>res, segun<strong>do</strong><br />

revela o “Balanço Social”<br />

apresenta<strong>do</strong> pelo Verea<strong>do</strong>r das<br />

Actividades Económicas,<br />

Protecção Civil e Recursos<br />

Humanos, Manuel Sampaio<br />

Pimentel. A intervenção junto,<br />

nomeadamente, da Ordem <strong>do</strong>s<br />

Médicos para combate à fraude<br />

aju<strong>do</strong>u a acentuar aquelas<br />

descidas, ainda que, a nível<br />

global, a taxa de absentismo<br />

tenha sofri<strong>do</strong> uma acréscimo<br />

de 3,07%. Por outro la<strong>do</strong>, e<br />

sem prejudicar o normal<br />

funcionamento da autarquia,<br />

o número de colabora<strong>do</strong>res<br />

diminuiu de 3310, em 2006,<br />

para 3218, em 2007 (menos<br />

92 funcionários, ou seja, -<br />

2,78%).<br />

Nº DE COLABORADORES<br />

2006 >> 3310<br />

2007 >> 3218<br />

ACÇÕES DE FORMAÇÃO<br />

2006 >> 180 (acções internas)<br />

2007 >> 244 (+35,56%)


PORTO sempre<br />

034<br />

. o que há de novo<br />

Sapa<strong>do</strong>res têm mais 29 homens<br />

Vinte e nove homens entraram<br />

para o quadro de pessoal <strong>do</strong><br />

Batalhão de Sapa<strong>do</strong>res<br />

Bombeiros (BSB) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

após um ano de formação na<br />

Escola Coronel Pinto<br />

Henriques. Os novos<br />

bombeiros vêm colmatar o<br />

défice de efectivos existente<br />

há alguns anos e que o<br />

Executivo, desde 2002, vinha<br />

tentan<strong>do</strong> colmatar por acção<br />

directa junto <strong>do</strong> Governo.<br />

Contam-se, agora, cerca de<br />

240 elementos no Batalhão.<br />

Um “trabalho de consistência”<br />

desenvolvi<strong>do</strong> pela autarquia<br />

nos últimos anos no BSB para<br />

o <strong>do</strong>tar de um corpo que<br />

cumpra as necessidades que<br />

se apresentam e de meios<br />

técnicos capazes de responder<br />

às dificuldades no âmbito da<br />

Protecção Civil da<br />

responsabilidade <strong>do</strong> Verea<strong>do</strong>r<br />

Manuel Sampaio Pimentel.<br />

29 elementos foram integra<strong>do</strong>s<br />

nos quadros <strong>do</strong> BSB<br />

O<br />

Batalhão<br />

passa a ter<br />

240<br />

elementos<br />

Prove<strong>do</strong>r <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong>s Cidadãos com Deficiência<br />

Um <strong>Porto</strong> de to<strong>do</strong>s e para to<strong>do</strong>s<br />

A Prove<strong>do</strong>ria <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong>s Cidadãos com Deficiência acaba de<br />

fazer o balanço de quatro anos de actividade (2004-2008). Sob<br />

o lema “<strong>Porto</strong>: A Mobilidade como Realidade”, foram realizadas<br />

intervenções pontuais e em grandes<br />

espaços, que incidiram, por exemplo, na<br />

Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, Rua <strong>do</strong> Ameixial,<br />

<strong>do</strong> Viso, zonas envolventes <strong>do</strong>s estádios<br />

<strong>do</strong> Bessa e Dragão e estações <strong>do</strong> Metro.<br />

“Hoje não há obra que não cumpra os<br />

critérios de acessibilidade e os<br />

transportes públicos são amigáveis<br />

e servem a to<strong>do</strong>s”, sublinha<br />

João Cottim, Prove<strong>do</strong>r<br />

<strong>Municipal</strong> e Metropolitano,<br />

para quem “um novo <strong>Porto</strong><br />

começa a poder ser visto e<br />

usufruí<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s. Nunca<br />

podemos esquecer que uma<br />

cidade que não é para to<strong>do</strong>s<br />

João Cottim<br />

não serve para ninguém”.<br />

. Depoimento<br />

“Há questões pontuais que foram sen<strong>do</strong><br />

realizadas e que tiveram uma maior sensibilidade<br />

para com as pessoas com deficiência. Isso é<br />

bem patente nas intervenções que têm si<strong>do</strong><br />

feitas na cidade como é o caso da Avenida <strong>do</strong>s<br />

Alia<strong>do</strong>s. Houve uma política clara, por exemplo,<br />

de rebaixamento das passadeiras, no<br />

alinhamento de árvores e mobiliário urbano.<br />

Encontramos casos idênticos na Praça <strong>do</strong><br />

Marquês, nos estádios <strong>do</strong> Bessa e <strong>do</strong> Dragão.<br />

Nota-se que há uma evolução por parte <strong>do</strong><br />

poder político em conjugação com a prove<strong>do</strong>ria.<br />

O resulta<strong>do</strong> é evidente. Há mais por onde<br />

intervir, mas vamos esperar que este<br />

desenvolvimento prossiga a bem de to<strong>do</strong>s os<br />

munícipes <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.”<br />

Susana Macha<strong>do</strong>, Arquitecta


. o que há de novo<br />

PORTO sempre<br />

035<br />

Homenagem ao General Humberto Delga<strong>do</strong><br />

Humberto Delga<strong>do</strong> foi recebi<strong>do</strong> no <strong>Porto</strong>, em<br />

1958, por mais de duzentas mil pessoas.<br />

Cinquenta anos depois, a Câmara <strong>Municipal</strong>,<br />

o Governo Civil e a Fundação Humberto<br />

Delga<strong>do</strong>, assinalaram a data com um conjunto<br />

de iniciativas da qual se destacou a<br />

inauguração da estátua ao General sem Me<strong>do</strong>,<br />

situada na Praça Carlos Alberto. Evocou-se,<br />

nas palavras <strong>do</strong> Presidente da CMP, Rui Rio,<br />

“a grandeza de um homem que na hora certa<br />

foi capaz de assumir o confronto, liderar a<br />

iniciativa e carregar sobre os ombros os riscos<br />

de um desafio que o regime considerava<br />

intolerável, e que fez tremer os centros<br />

<strong>do</strong> poder”.<br />

. Depoimento<br />

“Foi o homem que deu o grande grito de liberdade e logo na<br />

cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Pediram-me somente que retratasse com toda<br />

a objectividade a figura <strong>do</strong> General. Por isso, fiz uma estátua,<br />

em que se vê Humberto Delga<strong>do</strong>, farda<strong>do</strong>, envolto com a<br />

bandeira nacional e com o dinamismo que caracterizou a sua<br />

vida política. Considero muito feliz a ideia de ser o <strong>Porto</strong> a<br />

fazer esta homenagem. Foi daqui que ele levantou a multidão<br />

contra o regime de Salazar. Deu uma grande esperança ao País.<br />

O <strong>Porto</strong> fica, sem sombra de dúvida, mais engrandeci<strong>do</strong> com<br />

esta estátua”.<br />

José Rodrigues, escultor<br />

Museu da Indústria vai ter nova localização<br />

O Museu da Indústria vai<br />

reabrir as portas ainda este<br />

ano em novas instalações,<br />

situadas na zona industrial <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>. Numa nave industrial<br />

de grandes dimensões nascerá<br />

uma exposição de carácter<br />

permanente denominada<br />

“<strong>Porto</strong> Industrial” onde estarão<br />

representa<strong>do</strong>s os principais<br />

sectores industriais <strong>do</strong> Grande<br />

<strong>Porto</strong> desde mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século<br />

XIX até à actualidade. Terá<br />

ainda um Centro de<br />

Documentação, dedica<strong>do</strong> à<br />

preservação de acervos<br />

empresariais, e um outro<br />

espaço dedica<strong>do</strong> à<br />

apresentação de novas áreas<br />

<strong>do</strong> investimento industrial,<br />

dan<strong>do</strong> a conhecer o que de mais inova<strong>do</strong>r se<br />

está a fazer em áreas tão distintas como o<br />

design de produto, controlo de qualidade,<br />

nanotecnologia, gestão de recursos naturais<br />

e eco-eficiência.<br />

NOVA MORADA<br />

Museu da Indústria<br />

Rua Eng. Ferreira Dias, 1095


PORTO sempre<br />

036<br />

. o que há de novo<br />

Festa da Primavera nos Alia<strong>do</strong>s<br />

A Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s floriu-<br />

-se, durante três dias, para<br />

receber a Festa da Primavera,<br />

anteriormente denominada<br />

Festa das Flores, iniciativa<br />

da CMP, através <strong>do</strong> Pelouro<br />

das Actividades Económicas<br />

e da Empresa <strong>Municipal</strong><br />

<strong>Porto</strong>Lazer. A abertura <strong>do</strong><br />

certame contou com a<br />

presença <strong>do</strong>s verea<strong>do</strong>res<br />

das Actividades Económicas,<br />

Cultura e Lazer, Sampaio<br />

Pimentel e Gonçalo<br />

Gonçalves, respectivamente.<br />

Plantas e flores estiveram à<br />

venda, a par de actividades<br />

desportivas, passagens de<br />

modelos e workshops de arte<br />

floral, origami e jardinagem,<br />

desfile de moda com vesti<strong>do</strong>s<br />

de noiva (e respectivos<br />

ramos) confecciona<strong>do</strong>s com<br />

flores. A animação esteve a<br />

cargo da Banda Sinfónica<br />

Portuguesa, <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Feira <strong>do</strong> Livro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> acolheu mais de 150 editores<br />

Germano Silva na Feira <strong>do</strong> Livro<br />

Mais de centena e meia de editores, incluin<strong>do</strong><br />

editores representa<strong>do</strong>s e com pavilhão próprio,<br />

marcaram presença na 78ª edição da Feira <strong>do</strong><br />

Livro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, que decorreu de 21 de Maio a<br />

10 de Junho, no Pavilhão Rosa Mota.<br />

O certame agrupou 96 stands e dele fez parte<br />

um vasto conjunto de iniciativas culturais,<br />

entre as quais a homenagem ao jornalista e<br />

historia<strong>do</strong>r portuense Germano Silva (autor<br />

em destaque) e ao alfarrabista Nuno Canavez,<br />

para além de diversos debates e da exposição<br />

«As Manchetes <strong>do</strong> Regicídio», organizada pelo<br />

Museu Nacional de Imprensa.<br />

A Feira <strong>do</strong> Livro, que na opinião <strong>do</strong> Presidente<br />

da CMP, «é um evento cultural mais <strong>do</strong> que<br />

enraiza<strong>do</strong> na cidade e que os portuenses já<br />

se habituaram a tratar com carinho», poderá<br />

regressar, para o ano, à Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s<br />

– pelo menos é esse o desejo da autarquia.<br />

Inauguração da Feira <strong>do</strong> Livro


. o que há de novo<br />

PORTO sempre<br />

037<br />

A cultura de Bairro a Bairro<br />

O <strong>Porto</strong>, Bairro a Bairro é um<br />

projecto de inclusão social <strong>do</strong><br />

Pelouro da Habitação e Acção<br />

Social, que procura criar<br />

oportunidades a quem<br />

habitualmente as não tem,<br />

através de uma programação<br />

regular, distribuída por toda<br />

a cidade e muito diversificada.<br />

Cria<strong>do</strong> para o <strong>Porto</strong>, o projecto<br />

tem desenvolvi<strong>do</strong> diferentes<br />

ciclos, como os ‘Concertos de<br />

Páscoa’, dedica<strong>do</strong>s ao canto<br />

gregoriano e a<br />

polifonia sacra, ou<br />

as ‘Noites <strong>do</strong><br />

Mun<strong>do</strong>’,<br />

programan<strong>do</strong><br />

músicas e danças<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, como<br />

sucedeu com<br />

‘<strong>Porto</strong> Interior’,<br />

com Rão Kyao e<br />

Lu Yanan. Este<br />

ano iniciou-se<br />

um novo ciclo, designa<strong>do</strong> ‘Folk<br />

Music’, com o grupo portuense<br />

‘Mandrágora’.<br />

O projecto realça ainda, e<br />

sempre, a língua portuguesa,<br />

através das “Conversas de<br />

Camarim”, iniciativa que teve<br />

como protagonistas Simone<br />

de Oliveira e Vítor de Sousa,<br />

e o “To<strong>do</strong>s com o Português”,<br />

oficina dedicada à língua de<br />

Camões, dirigida a adultos,<br />

residentes na freguesia de<br />

Massarelos.<br />

Conversas de Bairro<br />

Os assuntos mais importantes e o conselho <strong>do</strong>s<br />

especialistas são o mote <strong>do</strong> novo programa de<br />

intervenção <strong>do</strong> Pelouro da Habitação e Acção<br />

Social da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

denomina<strong>do</strong> “Conversas de Bairro” e<br />

dirigi<strong>do</strong> aos mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s bairros<br />

sociais.<br />

Saúde e bem-estar, gestão de<br />

conflitos, economia <strong>do</strong>méstica e<br />

acesso à justiça são algumas das<br />

temáticas <strong>do</strong>s encontros<br />

realiza<strong>do</strong>s, quinzenalmente, em<br />

diferentes auditórios da cidade.<br />

Saber mais, para viver melhor é<br />

o objectivo desta iniciativa que<br />

arrancou em Junho.


PORTO sempre<br />

038<br />

. o que há de novo<br />

Circuito da Boavista<br />

Imagens da segunda edição já em livro<br />

“Racing in Boavista 2007” é o título da última publicação sobre o<br />

mítico circuito portuense. Depois de “Grande Prémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”<br />

e “Velocidade na Invicta”, ambos lança<strong>do</strong>s em 2005, esta edição conta<br />

com o apoio da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e tem também a chancela<br />

da Talento. Fortemente ilustra<strong>do</strong>, este livro de 188 páginas reúne mais<br />

de 500 imagens <strong>do</strong> espectáculo que no Verão passa<strong>do</strong> encheu as ruas<br />

da Boavista de fortes emoções. Os melhores momentos <strong>do</strong> Grande<br />

Prémio Histórico e <strong>do</strong> WTCC estão retrata<strong>do</strong>s nesta obra bilingue que<br />

está à venda nos circuitos tradicionais.<br />

Delegação da CMP assistiu ao<br />

Grande Prémio Histórico <strong>do</strong> Mónaco<br />

a convite da respectiva organização<br />

Uma pequena delegação da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

chefiada pelo seu Presidente, deslocou-se ao Mónaco,<br />

onde assistiu ao respectivo Grande Prémio Histórico,<br />

realiza<strong>do</strong> no fim-de-semana de 10 e 11 de Maio, a<br />

convite da organização <strong>do</strong> evento.<br />

A deslocação da representação autárquica, que integrava<br />

ainda o Verea<strong>do</strong>r da Cultura, Turismo e Lazer, Gonçalo<br />

Gonçalves, o Director <strong>Municipal</strong> da Via Pública, José<br />

Duarte, e António Abel, assessor para a mobilidade,<br />

foi aproveitada para estabelecer contactos e trocas de<br />

experiências junto de pilotos, promotores e responsáveis<br />

pela organização daquele evento, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

realização <strong>do</strong> Grande Prémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>/Circuito<br />

da Boavista 2009.<br />

A evolução de soluções a diversos níveis organizativos<br />

e logísticos, com particular relevância para as questões<br />

relacionadas com a segurança, ocupou o topo da<br />

agenda de trabalho da visita, que, para Francisco<br />

Santos, da Talento – empresa responsável pela promoção<br />

<strong>do</strong> evento portuense – constituiu a primeira acção<br />

promocional, de carácter internacional, <strong>do</strong> Grande<br />

Prémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, cuja realização bienal<br />

alterna com a <strong>do</strong> seu congénere monegasco.<br />

O GP da Boavista terá lugar no primeiro fim-de-semana<br />

de Julho <strong>do</strong> próximo ano, preceden<strong>do</strong> assim a prova<br />

<strong>do</strong> Mundial de Turismo (WTCC), que será efectuada no<br />

fim-de-semana seguinte, o que significa uma inversão<br />

cronológica daqueles <strong>do</strong>is eventos relativamente ao<br />

que sucedeu no ano passa<strong>do</strong>.<br />

Concurso Internacional de Ideias da Frente Ribeirinha: propostas em exposição<br />

As propostas admitidas no<br />

Concurso Internacional de<br />

Ideias da Frente Ribeirinha,<br />

promovi<strong>do</strong> pela Sociedade de<br />

Reabilitação Urbana <strong>Porto</strong> Vivo,<br />

SRU, vão estar em exposição a<br />

partir <strong>do</strong> dia 9 de Julho, e<br />

durante 15 dias, no átrio da<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

O vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong> concurso foi o<br />

atelier portuense Balonas<br />

Projectos. O segun<strong>do</strong> e terceiros<br />

prémios foram entregues,<br />

respectivamente, à arquitecta<br />

Fátima Fernandes e a Niels<br />

Bennetzen, coordena<strong>do</strong>r de uma<br />

proposta de um atelier da Dinamarca.<br />

Para além <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s prémios, foram ainda<br />

atribuídas três menções honrosas às propostas<br />

apresentadas pela dinamarquesa Mariane<br />

Hingbartzen, pelo brasileiro Vinicius Andrade<br />

e pelo indiano Mathew Gosh.


Roteiro<br />

Chegou o Verão! Depois de uma Primavera em que o<br />

tempo foi tu<strong>do</strong> menos primaveril, o sol e o calor chegaram<br />

para nos levantar o espírito e nos fazer esquecer as<br />

coisas menos boas da nossa vida. Se está de férias e se<br />

escolheu descansar no sossego <strong>do</strong> seu lar, aceite as<br />

nossas sugestões. Aproveite também para conhecer<br />

melhor a sua cidade, usufruin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s programas que os<br />

postos de turismo da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> têm<br />

para lhe oferecer. Será que conhece tu<strong>do</strong> o que há para<br />

descobrir na nossa cidade


PORTO sempre<br />

. roteiro<br />

Abel Salazar,<br />

O desenha<strong>do</strong>r compulsivo<br />

Exposição de desenhos<br />

De 10 de Junho a 27 de Julho<br />

terça a <strong>do</strong>mingo<br />

das 10 às 18 horas<br />

Galeria <strong>do</strong> Palácio<br />

(Jardins <strong>do</strong> Palácio de Cristal)<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 608 10 00<br />

Um tributo na cidade em que<br />

viveu o médico que dizia:<br />

"Médico que só sabe de<br />

Medicina, nem de Medicina<br />

sabe". A primeira oportunidade,<br />

no <strong>Porto</strong>, para ver os Desenhos<br />

de Abel Salazar. São cerca de<br />

200, feitos a lápis, carvão,<br />

tinta-da-china, em envelopes<br />

e cartas, bilhetes-postais, caixas<br />

de sapatos, folhas de carta de<br />

hotéis, retratan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>,<br />

mulheres, em cenas <strong>do</strong><br />

quotidiano.<br />

Hora <strong>do</strong> Conto<br />

Todas as terças e quintas-feiras<br />

de cada mês, às 10h30<br />

Biblioteca Pública<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Programa dirigi<strong>do</strong> a crianças a<br />

partir <strong>do</strong>s 4 anos, gratuito e<br />

com a duração de uma hora.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 519 34 80<br />

Leitura de um conto seguida da<br />

realização de uma actividade<br />

(expressão plástica, escrita ou<br />

dramática) de<br />

acor<strong>do</strong> com o<br />

nível etário.<br />

Oficina de Verão<br />

Todas as quartas-feiras <strong>do</strong> mês<br />

de Julho, às 10h30 ou às 15h30<br />

Biblioteca Pública<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Programa dirigi<strong>do</strong> a crianças a<br />

partir <strong>do</strong>s 4 anos, gratuito<br />

e com a duração de 1h30.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 519 34 80<br />

Dan<strong>do</strong> largas à imaginação das<br />

crianças, estas são convidadas<br />

a elaborar um cenário e as<br />

personagens da história que<br />

ouviram contar, recorren<strong>do</strong> a<br />

diferentes materiais e técnicas.<br />

Pedipaper – “Sé à Ribeira”<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa <strong>do</strong> Infante<br />

Programa gratuito, dirigi<strong>do</strong> a<br />

alunos <strong>do</strong> 2º e 3º Ciclo <strong>do</strong><br />

Ensino Básico e ATL’s, com a<br />

duração de 1h30.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 206 04 00<br />

O ponto de partida deste<br />

pedipaper é o Terreiro da Sé.<br />

Em pequenos grupos vamos<br />

pelas ruas com olhos de<br />

detective seguir pistas até à<br />

Ribeira e visitar a Casa <strong>do</strong><br />

Infante.<br />

Rotular a garrafa<br />

De terça a sexta-feira<br />

Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a<br />

alunos <strong>do</strong> 1º e 2º Ciclo <strong>do</strong><br />

Ensino Básico, com a duração<br />

de 1h30. Necessária marcação<br />

prévia.<br />

Tel. 22 207 63 00<br />

Oficina de construção de<br />

rótulos. Após observação de<br />

diferentes tipos de rótulos<br />

existentes em garrafas de vinho<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> expostas no Museu,<br />

solicita-se a cada participante<br />

que crie o seu próprio rótulo.<br />

História da D. Uva<br />

Hora <strong>do</strong> conto com livro gigante<br />

De terça a sexta-feira<br />

Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a grupos de crianças<br />

<strong>do</strong>s 3 aos 6 anos, com a duração de 1 hora.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 207 63 00<br />

A partir de “um livro gigante”, conta-se aos<br />

mais pequenos a história de uma uva. É o ponto<br />

de partida para contar a história <strong>do</strong> vinho aos<br />

mais novos.<br />

Catarina Claro<br />

Exposição de pintura<br />

De 7 de Julho a 5 de Agosto<br />

To<strong>do</strong>s os dias úteis,<br />

das 9 às 20 horas<br />

Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de Balsemão<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 339 34 80<br />

Comunidade de Leitores<br />

“Europa – século XX”<br />

21 horas<br />

8 Julho, Lídia Jorge, A Costa <strong>do</strong>s Murmúrios<br />

22 Julho, Kathrine Kressmann Taylor,<br />

Desconheci<strong>do</strong> nesta Morada<br />

16 Setembro, António Tabucchi, Tristano Morre<br />

30 Setembro, Carmen Laforet, Nada<br />

Auditório da Biblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida<br />

Garrett<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 608 10 00


. roteiro<br />

PORTO sempre<br />

Recomeço das sessões da<br />

comunidade de leitores da<br />

BMAG, onde se partilham<br />

leituras e se debatem em<br />

comum temas, livros e autores.<br />

O ciclo que agora se propõe é<br />

orienta<strong>do</strong> por Luís Miguel Duarte<br />

(Doutora<strong>do</strong> em História e<br />

professor na FLUP), que<br />

partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> tema “Europa –<br />

século XX” convida à descoberta<br />

de grandes obras literárias que<br />

abordam a <strong>do</strong>r, a perplexidade<br />

e a incompreensão, o<br />

desencontro entre próximos ou<br />

o estranhamento de nós<br />

próprios, da Jugoslávia à<br />

Espanha, passan<strong>do</strong> pela<br />

Alemanha, por Portugal e pela<br />

Itália. Encontraremos sempre<br />

situações extremas – a guerra<br />

– e, muito, o empenhamento<br />

político, os seus sonhos e os<br />

seus gela<strong>do</strong>s desencantos.<br />

Um <strong>Porto</strong> de nível<br />

Exposição de fotografia<br />

De 27 de Junho a 31 de Agosto<br />

Casa <strong>do</strong> Infante<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 206 04 00<br />

Este conjunto de imagens,<br />

produzidas com câmaras<br />

fotográficas estenopeicas,<br />

evoca-nos o formalismo que a<br />

fotografia contemporânea<br />

parece negar. Mostrar que a<br />

forma altera decisivamente o<br />

conteú<strong>do</strong> e, ao mesmo tempo,<br />

instala na consciência a<br />

confusão <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s e das<br />

expectativas, parece ser a<br />

intenção desta mostra<br />

fotográfica com autoria de<br />

Augusto Lemos.<br />

Puzzles<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa-Museu Guerra Junqueiro<br />

Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a<br />

crianças <strong>do</strong>s 9 aos 14 anos, com<br />

a duração de 1 hora.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 205 36 44<br />

Actividade desenvolvida no<br />

interior da Casa Museu Guerra<br />

Junqueiro, com a construção<br />

de 4 puzzles, seguida de visita<br />

ao Museu, de forma a localizar<br />

as imagens daqueles.<br />

Apresentação final de teatrinho<br />

"Guerra Junqueiro na feira".<br />

Pedipaper – Descobrin<strong>do</strong> a Sé<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa-Museu Guerra Junqueiro<br />

Programa gratuito dirigi<strong>do</strong> a<br />

grupos de crianças e jovens.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 205 36 44<br />

Um percurso pe<strong>do</strong>nal na zona<br />

envolvente da Casa Museu<br />

Guerra Junqueiro que, através<br />

de desafios e obstáculos, dá a<br />

conhecer o velho burgo<br />

portuense. Sugere-se roupa e<br />

calça<strong>do</strong> confortável, chapéu e<br />

máquina fotográfica.<br />

Ciclo de exposições de<br />

Joalharia Contemporânea em<br />

contexto de Joalharia Antiga<br />

– “Teresa Dantas – joalharia<br />

de autor”<br />

De 1 de Julho a 30 de Setembro<br />

Casa-Museu Marta Ortigão<br />

Sampaio<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 606 65 68<br />

Esta exposição é o culminar de<br />

um projecto desenvolvi<strong>do</strong> pelo<br />

Serviço Educativo com a Escola<br />

Superior Artística Soares <strong>do</strong>s<br />

Reis, Curso de Produção<br />

Artística, especialização em<br />

Ourivesaria, em que foram<br />

(re)criadas peças ou pormenores<br />

de peças da<br />

Colecção de Jóias de Marta<br />

Ortigão Sampaio e produzidas peças de design<br />

contemporâneo.<br />

A pintura naturalista – pintan<strong>do</strong> pinturas<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio<br />

Entrada gratuita.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 606 65 68<br />

Projecção de diapositivos, visita orientada às<br />

salas de pintura, observação de pintura e<br />

construção de histórias, oficinas de jogos.<br />

Projecto Pintar o Verde com Letras<br />

De Julho a Setembro<br />

Biblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida Garrett<br />

Tel. 22 608 10 00<br />

Nos meses de Julho a Setembro, a BMAG promove<br />

na Secção Infanto-Juvenil o projecto “Pintar o<br />

Verde com Letras”, a partir da colecção de livros<br />

homónima, que resulta de uma iniciativa da<br />

Direcção Regional de Cultura <strong>do</strong> Norte, que<br />

desafiou escritores e ilustra<strong>do</strong>res a criarem<br />

histórias que se inspirassem em diversas áreas<br />

protegidas <strong>do</strong> norte <strong>do</strong> país.<br />

Promover o conhecimento da região Norte,<br />

alertar para a defesa ambiental e promover o<br />

gosto pela leitura são objectivos deste projecto,<br />

que na Biblioteca <strong>Municipal</strong> Almeida Garrett<br />

será complementa<strong>do</strong> por várias actividades: hora<br />

<strong>do</strong> conto e oficina aos sába<strong>do</strong>s de Julho e<br />

Setembro, às 15h30, com os autores/ilustra<strong>do</strong>res;<br />

exposições quinzenais, entre 12 de Julho e 27<br />

de Setembro, das ilustrações originais que<br />

integram os livros e uma oficina para crianças<br />

e jovens.


PORTO sempre<br />

. roteiro<br />

Cozinha com <strong>Porto</strong><br />

5, 6 e 7 de Agosto<br />

Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Programa gratuito destina<strong>do</strong><br />

a jovens <strong>do</strong>s 10 aos 16 anos.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 207 63 00<br />

Oficina de culinária e<br />

construção de livro de<br />

receitas, constituída por três<br />

sessões.<br />

A Moda <strong>do</strong> Séc. XIX<br />

Dia 5 de Agosto, às 10h30<br />

Museu Romântico<br />

Programa gratuito destina<strong>do</strong><br />

a infantários, ATL, 1º, 2º e 3º<br />

Ciclos, Ensino Secundário e<br />

Universitário<br />

e grupos da 3ª idade.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 605 70 00<br />

Visita orientada com passagem<br />

de diapositivos sobre a moda<br />

<strong>do</strong> séc. XIX.<br />

História <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Encerra ao <strong>do</strong>mingo e<br />

segunda-feira<br />

Fundação Maria Isabel Guerra<br />

Junqueiro e Luís Pinto de<br />

Mesquita Carvalho<br />

Tel. 22 832 32 01<br />

Senta<strong>do</strong> numa sala de cinema,<br />

fique a conhecer a História<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, projectada em<br />

formato panorâmico e<br />

acompanhada por efeitos<br />

sonoros quadrifónicos. Logo<br />

a seguir, percorra a cidade de<br />

hoje através de imagens em<br />

relevo, visualizadas com<br />

óculos especiais (3D).<br />

Aparício Farinha<br />

Exposição de Pintura<br />

De 10 a 24 de Setembro<br />

To<strong>do</strong>s os dias úteis, das 9 às<br />

20 horas<br />

Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de<br />

Balsemão<br />

Entrada Gratuita<br />

Tel. 22 339 34 80<br />

Art & Tour<br />

Exposição de fotografia/<br />

Festival de Filmes de Turismo<br />

De 25 de Setembro a 5 de<br />

Outubro<br />

To<strong>do</strong>s os dias úteis, das 9 às<br />

20 horas<br />

Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de<br />

Balsemão<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 339 34 80<br />

1º Festival Art & Tour<br />

De 24 a 27 de Setembro<br />

Biblioteca <strong>Municipal</strong> de<br />

almeida Garrett<br />

Tel. 22 608 10 00<br />

Inseri<strong>do</strong> nas comemorações<br />

<strong>do</strong> Dia Mundial <strong>do</strong> Turismo<br />

trata-se <strong>do</strong> 1º Festival de<br />

filmes de turismo a realizar<br />

na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Exibição<br />

de filmes publicitários,<br />

promocionais e <strong>do</strong>cumentários<br />

televisivos.<br />

Org.: Associação Portuguesa<br />

de Turismologia<br />

<strong>Porto</strong> Clássico<br />

De 11 de Setembro a 12 de Outubro<br />

Casa <strong>do</strong> Infante<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 206 04 00<br />

As fotografias da autoria de António<br />

Cossa retratam pormenores da nossa cidade.<br />

O seu carácter <strong>do</strong>cumental, assim como a<br />

interessante tomada de vista que o autor<br />

empregou na captação das suas imagens,<br />

torna esta exposição inova<strong>do</strong>ra.<br />

Arquivar é preciso<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa <strong>do</strong> Infante<br />

Programa gratuito, destina<strong>do</strong> a crianças <strong>do</strong><br />

pré-escolar, 1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico e ATL.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 206 04 00<br />

Exploram-se palavras-chave como arquivo,<br />

registo, imagens e <strong>Porto</strong> no Arquivo Histórico.<br />

Segue-se a construção de uma pasta de arquivo<br />

reaproveitan<strong>do</strong> caixas de cereais.<br />

Moldura de Retratos<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa <strong>do</strong> Infante<br />

Programa gratuito, destina<strong>do</strong> a crianças <strong>do</strong><br />

1º e 2º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico e ATL. Necessária<br />

marcação prévia.<br />

Tel. 22 206 04 00<br />

No seguimento da visita orientada ao Arquivo<br />

Histórico (biblioteca de assuntos portuenses<br />

e sala memória), mostram-se às crianças<br />

imagens da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A sessão<br />

completa-se fazen<strong>do</strong> uma moldura de retratos<br />

em cartão onde se poderá inserir uma<br />

fotografia ou um desenho feito pelos próprios<br />

participantes.


. roteiro<br />

PORTO sempre<br />

Efeméride de Guerra<br />

Junqueiro<br />

De terça a sexta-feira<br />

Casa-Museu Guerra Junqueiro<br />

Entrada gratuita<br />

Tel. 22 205 36 44<br />

Programa de actividades<br />

alusivas ao nascimento e vida<br />

<strong>do</strong> poeta Guerra Junqueiro.<br />

“Vem viver os jardins da<br />

Quinta da Macieirinha e da<br />

Quinta <strong>do</strong> La<strong>do</strong>”<br />

De terça a sexta<br />

Museu Romântico<br />

Programa gratuito, destina<strong>do</strong><br />

a crianças <strong>do</strong> 1º e 2º Ciclo.<br />

Necessária marcação prévia.<br />

Tel. 22 605 70 00<br />

Mala de actividades com jogos,<br />

histórias e materiais que vão<br />

ajudar a explorar os jardins.<br />

O mapa indica o percurso e as<br />

paragens que terão de fazer.<br />

Visitas guiadas ao edifício<br />

<strong>do</strong>s Paços <strong>do</strong> Concelho<br />

Nos <strong>do</strong>is primeiros <strong>do</strong>mingos<br />

de cada mês<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Inscrições no Gabinete <strong>do</strong><br />

Munícipe<br />

Tel. 22 209 71 35<br />

Postos de Turismo da<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Sé – “Casa da Câmara”<br />

Terreiro da Sé<br />

Tel. 22 332 51 74<br />

Ribeira<br />

Rua <strong>do</strong> Infante D. Henrique<br />

Tel 22 206 04 12/3<br />

Centro<br />

Rua Clube <strong>do</strong>s Fenianos<br />

Tel. 22 339 34 72<br />

www.portoturismo.pt<br />

<strong>Porto</strong>, Bairro a bairro<br />

Exposição de Fotografia<br />

“<strong>Porto</strong> de Passageiros”<br />

11 de Junho a 29 de Agosto<br />

GIM - Gabinete <strong>do</strong> Inquilino <strong>Municipal</strong><br />

Segunda a Sexta-Feira - 08h30 às 18h00<br />

3.º Torneio “O Xadrez, Bairro a Bairro”<br />

12 de Julho, 14h30 às 19h00<br />

Museu <strong>do</strong> Carro Eléctrico<br />

Parceria: Associação de Xadrez <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

Grupo de Xadrez <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

Junta de Freguesia de Massarelos<br />

Actividades <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Festival SET – Festival Semana<br />

de Escolas de Teatro<br />

De 7 a 13 de Julho<br />

Vários locais da cidade<br />

<strong>Porto</strong> Bike Tour<br />

20 de Julho<br />

Partida - Ponte Arrábida<br />

Org.: Sportis<br />

Projecto Summer Jam<br />

(Concerto de Reggae)<br />

12 de Julho<br />

Junto ao Castelo <strong>do</strong> Queijo<br />

XVII Open de Ténis CSNA/<br />

Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

12 de Julho<br />

Club Sportivo Nun´Alvares<br />

Org.: Club Sportivo Nun´Alvares<br />

Fun Olimpics<br />

13 de Julho<br />

Praça D. João I<br />

Org.: Factor Extra<br />

Domingos de Yôga<br />

Jul/ Ago/ Set<br />

To<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mingos<br />

Monte Aventino/Palácio de<br />

Cristal/Parque Cidade<br />

Org.: Universidade Yôga Rede<br />

DeRose


PORTO sempre<br />

. roteiro<br />

Actividades <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Campeonato Nacional de Xadrez<br />

Feminino<br />

14 a 20 de Julho<br />

Monte Aventino<br />

Org.: Associação de Xadrez <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong><br />

StreetBasket Final<br />

19 de Julho<br />

Praça Estação Metro Trindade<br />

Org.: SS Universo<br />

Campeonato Futebol Praia<br />

Sportzone (Etapa)<br />

19 e 20 de Julho<br />

Em frente ao Edifício Transparente<br />

Org.: S S Universo<br />

VIII Feira de Artesanato da Foz<br />

<strong>do</strong> Douro<br />

21 a 31 de Agosto<br />

Jardim <strong>do</strong> Passeio Alegre<br />

Campeonato Nacional de<br />

Voleibol de Praia (Final)<br />

22 a 24 de Agosto<br />

Em frente ao Edifício Transparente<br />

Org.: Federação Portuguesa de<br />

Voleibol<br />

Campeonato Futebol Praia<br />

Sportzone (Final)<br />

30 e 31 de Agosto<br />

Em frente ao Edifício Transparente<br />

Org.: S S Universo<br />

Torneio Internacional de Futsal<br />

De 30 de Agosto a 7 de Setembro<br />

Monte Aventino<br />

Org.: <strong>Porto</strong>Lazer, SCN SportCanal<br />

Cinema Fora <strong>do</strong> Sítio<br />

To<strong>do</strong>s os fins-de-semana de<br />

Agosto<br />

Em vários jardins da cidade<br />

Org.: Inatel e <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Inauguração Simultânea das Galerias de Miguel<br />

Bombarda<br />

19 de Setembro<br />

Rua de Miguel Bombarda e adjacentes<br />

Org.: <strong>Porto</strong>Lazer e <strong>do</strong> Circuito Cultural de Miguel<br />

Bombarda<br />

Meia Maratona Sportzone<br />

21 de setembro<br />

Foz / Ribeira / Gaia<br />

Org.: Clube de Veteranos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

<strong>Porto</strong> Open 2008<br />

De 27 de Setembro a 5 de Outubro<br />

Monte Aventino<br />

Org.: <strong>Porto</strong>Lazer/ Associação de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

And´Praia<br />

23 a 25 de Julho<br />

Em frente ao Edifício Transparente<br />

Org.: Associação de Andebol <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong><br />

Festival Internacional Danças<br />

Desportivas<br />

26 de Julho<br />

Pavilhão Rosa Mota<br />

Org.: <strong>Porto</strong>Lazer<br />

28º festival Internacional de<br />

Folclore da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

28 de Julho a 2 de Agosto<br />

Merca<strong>do</strong> Ferreira Borges<br />

Animação de Verão nos Coretos<br />

To<strong>do</strong>s os sába<strong>do</strong>s de Agosto<br />

Cor<strong>do</strong>aria, Arca D´Água, São<br />

Lázaro, Passeio Alegre e Marquês<br />

Org.: Inatel e <strong>Porto</strong>Lazer<br />

<strong>Porto</strong> Blue Jazz 08<br />

3, 9, 16 e 23 de Agosto<br />

Palácio de Cristal<br />

Herbie Hancock, Mário Laginha<br />

Trio, The PostCard Brass Band e<br />

Jacinta<br />

Beat it ( Festival de Música<br />

Electrónica)<br />

6 de Setembro<br />

Edifício Transparente<br />

Passeio "<strong>Porto</strong> Antigo"<br />

14 de Setembro<br />

Monte Aventino<br />

Org.: Bike Magazine / <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Berg Urban Series (Downhill)<br />

28 de Setembro<br />

Massarelos<br />

SportZone, <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Apoio: <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Informações: 22 619 98 60<br />

Noites Ritual<br />

29 de Agosto<br />

Sam The Kid<br />

Tiago Bettencourt & Mantha<br />

Micro Audio Waves<br />

30 de Agosto<br />

Buraka Som Sistema<br />

Linda Martini (Rita Redshoes (Jardins <strong>do</strong> Palácio<br />

de Cristal<br />

Apoio: <strong>Porto</strong>Lazer<br />

Informações: 22 619 98 60


. roteiro<br />

PORTO sempre<br />

“Um Violino no Telha<strong>do</strong>” no Rivoli<br />

“Um Violino no Telha<strong>do</strong>” é o novo espectáculo de Filipe<br />

La Féria, em cena no Rivoli Teatro <strong>Municipal</strong>. Este novo<br />

musical <strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> produtor traz ao <strong>Porto</strong> grandes<br />

nomes <strong>do</strong> teatro português como José Raposo e Rita<br />

Ribeiro, à frente de um elenco de 58 actores, cantores,<br />

bailarinos e músicos.<br />

Este espectáculo é basea<strong>do</strong> nas histórias de Shalom<br />

Aleichem sobre a vida numa pequena cidade Judia no Sul<br />

da Rússia Czarista. A personagem principal é Tevye, um<br />

leiteiro pobre que tem 5 filhas, uma mulher com língua<br />

viperina e sarcástica e cujo cavalo não tem força suficiente<br />

para puxar a sua carroça de leite. Apesar da sua pobreza<br />

e da austeridade <strong>do</strong> seu ambiente, Tevye mantém uma<br />

abordagem alegre da vida, num exemplo de esperança, fé<br />

e orgulho.<br />

O jornal norte-americano New York Daily News definiu<br />

este musical como uma obra de arte "arrebata<strong>do</strong>ra,<br />

rejubilante e repleta de alegria".<br />

Horários:<br />

2ª a 6ª • 10h00 às 22h00<br />

Sába<strong>do</strong>s • 14h00 às 22h00<br />

Domingos • 14h00 às 18h00<br />

Reservas:<br />

222 071 260<br />

222 031 074<br />

222 033 199<br />

geral@to<strong>do</strong>saopalco.pt<br />

Aquisição de bilhetes:<br />

Rivoli Teatro <strong>Municipal</strong><br />

Ticket Line<br />

FNAC<br />

plateia.iol<br />

Corte Inglês<br />

Site oficial:<br />

www.umviolinonotelha<strong>do</strong>.com


Uma cidade mais alegre,<br />

uma cidade mais animada!<br />

www.portolazer.pt


. desporto<br />

PORTO sempre<br />

039<br />

<strong>Porto</strong> a caminho de Pequim<br />

Sara Oliveira (nada<strong>do</strong>ra) e José Alexandre Silva (treina<strong>do</strong>r)<br />

Sara Oliveira e Pedro Póvoa vão<br />

competir, pela primeira vez,<br />

nuns Jogos Olímpicos. Nasci<strong>do</strong>s<br />

no <strong>Porto</strong>, vão juntar-se, em<br />

Agosto, a uma das maiores<br />

delegações portuguesas de<br />

sempre presentes naquela<br />

grande competição mundial.<br />

Outros atletas – Fernan<strong>do</strong> Costa<br />

(natação), Manuel Vieira Silva<br />

(tiro com armas de caça),<br />

Augusto Car<strong>do</strong>so e António<br />

Pereira (atletismo), Pedro Fraga<br />

e Nuno Mendes (remo) -também<br />

com ligações à cidade, vão dar<br />

o seu melhor para, quem sabe,<br />

chegar até às medalhas.<br />

Sara Oliveira pratica natação<br />

desde os 6 anos na Piscina<br />

<strong>Municipal</strong> de Campanhã,<br />

envergan<strong>do</strong> a camisola <strong>do</strong> FC<br />

<strong>Porto</strong>. Há quatro anos decidiu,<br />

conjuntamente com o seu<br />

treina<strong>do</strong>r, José Alexandre Silva,<br />

apostar tu<strong>do</strong> numa presença<br />

nos Jogos Olímpicos de Pequim.<br />

“Foram quatro anos de muito<br />

trabalho e dedicação”, confessa.<br />

Conseguiu os mínimos em<br />

Setembro <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, em<br />

Paris. Já este ano, no<br />

Campeonato Mundial de Pista<br />

Curta, em Manchester, obteve<br />

um 9º lugar na meia-final de<br />

100 metros mariposa. Falhou a final por três<br />

centésimos de segun<strong>do</strong>. Ficou a consolação de<br />

ter bati<strong>do</strong> o recorde ibérico e de ocupar,<br />

actualmente, o 26º lugar mundial naquela<br />

especialidade, em piscina curta, e o 46º em<br />

piscina de 50 metros.<br />

Apesar de já ter esta<strong>do</strong>, em Janeiro último, em<br />

Pequim, a expectativa “é bastante grande” para<br />

os Jogos Olímpicos. “Vou dar o meu máximo.<br />

Tentar bater as minhas marcas nos 100 e 200<br />

metros mariposa e tentar chegar a uma meiafinal.<br />

Seria para mim e para o meu treina<strong>do</strong>r<br />

um excelente resulta<strong>do</strong>”, diz a estudante de<br />

Educação Física na Faculdade de Desporto da<br />

Universidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (FADEUP).<br />

Pedro Póvoa,<br />

Praticante de<br />

Taekwon<strong>do</strong><br />

“Pratico Taekwon<strong>do</strong> desde<br />

os 10 anos. Percorri vários<br />

ginásios e clubes, estive<br />

vários anos no estrangeiro<br />

(Espanha, Guatemala), mas<br />

é sempre bom voltar à<br />

nossa cidade, especialmente<br />

à Ribeira, zona onde nasci.<br />

Sinto, naturalmente, um<br />

certo orgulho por ser o<br />

primeiro atleta a conseguir<br />

levar o taekwon<strong>do</strong> português<br />

aos Jogos Olímpicos. Tenho<br />

como lema entrar sempre para<br />

cada combate confiante nas<br />

minhas próprias capacidades.<br />

Daí que nos Jogos tu<strong>do</strong> pode<br />

acontecer. Somos 15 atletas<br />

à procura de medalhas. É o<br />

sonho de qualquer um que lá<br />

vá trazer um bom resulta<strong>do</strong>.<br />

Por isso, tu<strong>do</strong> é possível”.


PORTO sempre<br />

040<br />

. clube<br />

Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Um oásis no meio da cidade<br />

Localiza<strong>do</strong> bem no centro da cidade, rodea<strong>do</strong> de árvores e muitos prédios, o<br />

Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CTP) oferece condições invejáveis a to<strong>do</strong>s os seus<br />

atletas, dirigentes e sócios. Por ali já passaram grandes campeões.<br />

O Clube de Ténis <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CTP)<br />

completa este ano o seu 40º<br />

aniversário. Há quem se<br />

recorde ainda das antigas<br />

instalações, um pouco ao la<strong>do</strong><br />

das actuais, situadas em<br />

Damião de Góis. Desde sempre,<br />

foi um clube com uma<br />

preocupação pela formação.<br />

Foi o primeiro, em Portugal, a<br />

lançar-se na formação de<br />

jovens campeões nacionais, o<br />

que muito contribuiu também<br />

para a construção, em 1971,<br />

de um campo<br />

coberto<br />

com<br />

iluminação, o primeiro no Norte<br />

<strong>do</strong> país. Outra novidade de<br />

então: contratou um <strong>do</strong>s<br />

melhores treina<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>, o australiano Richard<br />

Howes.<br />

Hoje, o CTP continua a viver<br />

desafogadamente. Possui 13<br />

courts de ténis (10 de terra<br />

batida, <strong>do</strong>s quais quatro são<br />

cobertos, <strong>do</strong>is em piso duro<br />

e um de relva), um ginásio<br />

e zonas de lazer. Conta<br />

com cerca de 250 atletas<br />

(<strong>do</strong>s 5 aos 18 anos) e mais<br />

de 500 sócios. Presidi<strong>do</strong> por<br />

Vasco Costa, o clube<br />

continua a ter também<br />

uma política de<br />

abertura das suas<br />

portas a<br />

extractos<br />

sociais menos<br />

favoreci<strong>do</strong>s,<br />

fomentan<strong>do</strong><br />

assim a<br />

prática<br />

desportiva, e<br />

<strong>do</strong> ténis em<br />

particular, a<br />

jovens que a ela<br />

não têm acesso.<br />

Nuno<br />

Marques,<br />

o símbolo<br />

<strong>do</strong> CTP<br />

Aos 4 anos, pela mão de seu pai, começou<br />

a praticar ténis no CTP. Chegou a número<br />

um nacional, com uma carreira internacional<br />

invejável. Hoje, Nuno Marques é director<br />

técnico (escolas) <strong>do</strong> clube. “As minhas<br />

memórias <strong>do</strong> ténis confundem-se com o<br />

clube”, diz. Mesmo agora, como treina<strong>do</strong>r,<br />

Nuno Marques passa ali grande parte <strong>do</strong> seu<br />

dia-a-dia. “No centro da cidade, rodea<strong>do</strong> de<br />

árvores, não podia ser melhor. É raro encontrar<br />

no resto <strong>do</strong> país este tipo de instalações e<br />

organização”. Nuno Marques destaca o<br />

historial <strong>do</strong> CTP, em termos de camadas<br />

jovens. “É o que apresenta melhores<br />

resulta<strong>do</strong>s desportivos. Estamos sempre a<br />

‘produzir’ campeões”, diz, com um certo<br />

orgulho, acrescentan<strong>do</strong>: “Queremos continuar<br />

a ser uma referência, em termos desportivos,<br />

e na formação <strong>do</strong>s atletas”.


. clube<br />

PORTO sempre<br />

041<br />

A arte de encor<strong>do</strong>ar as raquetas<br />

Manuel Lopes está há 27 anos<br />

no clube. Tem 44 anos e<br />

define-se, ele próprio, como<br />

o “faz-tu<strong>do</strong>”. Desde electricista<br />

a carpinteiro, desde trata<strong>do</strong>r<br />

da relva a encor<strong>do</strong>a<strong>do</strong>r (colocar<br />

cordas nas raquetas). “Fui<br />

aprenden<strong>do</strong>. Sou <strong>do</strong> tempo das<br />

cordas de tripas, agora as mais utilizadas são<br />

as sintéticas”, revela. Enquanto trabalha<br />

confessa que para si os sócios <strong>do</strong> CTP “são os<br />

números uns” <strong>do</strong> ténis. “Temos, sem sombra<br />

de dúvida, as melhores instalações para a<br />

prática <strong>do</strong> ténis, não só na cidade como,<br />

talvez, no resto <strong>do</strong> país”, sublinha Manuel<br />

Lopes.<br />

Visita ilustre<br />

Aproveitan<strong>do</strong><br />

uma das suas<br />

passagens pelo<br />

<strong>Porto</strong>, e em<br />

momento de<br />

lazer, o então<br />

Primeiro-<br />

Ministro inglês,<br />

Tony Blair,<br />

visitou as<br />

instalações <strong>do</strong><br />

CTP (Junho de<br />

2000). Jogou uma partida de ténis num <strong>do</strong>s<br />

pavilhões <strong>do</strong> clube, elogian<strong>do</strong> as instalações<br />

utilizadas. O momento ficou regista<strong>do</strong> para<br />

a posteridade com uma carta pessoal <strong>do</strong><br />

Primeiro-Ministro inglês, que agradeceu “o<br />

mo<strong>do</strong> simpático e acolhe<strong>do</strong>r” como ali foi<br />

recebi<strong>do</strong>.


PORTO sempre<br />

042 . Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />

Brigadas na rua, cidade em acção<br />

As mais elementares manifestações de cidadania e civismo<br />

são lembradas nas ruas da cidade por brigadas de alunos<br />

O <strong>Porto</strong> Cívico é o mais recente projecto da<br />

Fundação <strong>Porto</strong> Social que tem como principal<br />

objectivo promover e recuperar atitudes cívicas<br />

e de cidadania. Neste senti<strong>do</strong>, têm si<strong>do</strong><br />

organizadas inúmeras acções de sensibilização<br />

para consciencializar a população da<br />

necessidade de a<strong>do</strong>pção de comportamentos<br />

que tornem a vida colectiva agradável.<br />

As mais elementares manifestações de<br />

cidadania e civismo, que nas sociedades<br />

contemporâneas se têm vin<strong>do</strong> a perder, são<br />

lembradas nas ruas da cidade por brigadas de<br />

alunos da EB 2/3 Nicolau Nasoni. A higiene,<br />

o respeito, a solidariedade, a aceitação e o<br />

cumprimento das regras assumem particular<br />

importância na vida da cidade que é partilhada<br />

por to<strong>do</strong>s daí que, durante o mês de Julho, a<br />

Fundação <strong>Porto</strong> Social promova, também, as<br />

“Férias Cívicas” onde todas as actividades<br />

serão trabalhadas dentro deste universo.<br />

Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />

Quinta de Bonjóia<br />

Rua de Bonjóia, 185<br />

4300-082 <strong>Porto</strong><br />

Tel. 225899260 | Fax 225899269<br />

www.bonjoia.org


. Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />

PORTO sempre<br />

043<br />

Programa Aconchego:<br />

alojamento em troca de companhia<br />

Na tentativa de combater a<br />

solidão da população sénior <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> e, ao mesmo tempo, reduzir<br />

as despesas de alojamento de<br />

estudantes universitários não<br />

residentes no concelho, a Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da<br />

Fundação <strong>Porto</strong> Social, e a<br />

Federação Académica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

através da FAP Social, associaramse<br />

para tentar encontrar uma<br />

solução para os <strong>do</strong>is problemas.<br />

Juntan<strong>do</strong> o útil ao agradável, os<br />

<strong>do</strong>is organismos criaram o<br />

programa Aconchego, um projecto<br />

que pretende trocar a companhia<br />

<strong>do</strong>s mais novos pelo alojamento<br />

<strong>do</strong>s mais velhos. Em suma, os<br />

seniores ganham apoio e<br />

acompanhamento nocturno e os<br />

jovens universitários e as suas<br />

famílias vêem as suas despesas<br />

de alojamento reduzidas ao<br />

mínimo.<br />

O programa tem a duração de um<br />

ano lectivo, de Setembro a Julho,<br />

e os interessa<strong>do</strong>s podem<br />

inscrever-se em qualquer uma das<br />

instituições referidas. Para isso,<br />

e no caso da população sénior,<br />

basta que residam no concelho<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, tenham mais de 60<br />

anos e vivam sós ou com o<br />

cônjuge. No caso <strong>do</strong>s estudantes,<br />

as condições de adesão ao<br />

programa passam pela aceitação<br />

<strong>do</strong> compromisso de<br />

acompanhamento e apoio ao<br />

sénior e, claro, que não sejam<br />

residentes no <strong>Porto</strong>.<br />

Inscrições:<br />

FAP - Federação Académica <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong><br />

geral@fap.pt<br />

Tel. 22 607 63 70<br />

www.fap.pt<br />

FPS - Fundação <strong>Porto</strong> Social<br />

aconchego@bonjoia.org<br />

Tel. 22 206 17 20<br />

www.bonjoia.org<br />

Há cinco anos que a Quinta da<br />

Bonjóia é palco, todas as<br />

quintas-feiras, de uma discussão<br />

pública, aberta e livre, sobre os<br />

mais diversos temas de interesse<br />

para a cidade e os seus<br />

munícipes, com particular<br />

relevância nos planos educativo<br />

e cultural. Os “Serões da<br />

Bonjóia” tentam recriar as<br />

antigas tertúlias que animavam<br />

a cidade em outros tempos. “O<br />

associativismo nortenho sempre<br />

teve um forte cunho cultural,<br />

ligan<strong>do</strong> com sabe<strong>do</strong>ria a<br />

actividade lúdica à educação e<br />

ao saber”, afirma Carlos Mota<br />

Car<strong>do</strong>so, um <strong>do</strong>s principais<br />

impulsiona<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s “Serões”.<br />

Hoje, a iniciativa é já uma marca<br />

distintiva no panorama cultural<br />

da cidade. O seu sucesso assenta<br />

principalmente em <strong>do</strong>is pilares,<br />

conforme assinala Carlos Mota<br />

Car<strong>do</strong>so: “a regularidade <strong>do</strong><br />

evento e o prestígio <strong>do</strong>s<br />

palestrantes”. “Os portuenses<br />

sabem que todas as quintasfeiras,<br />

às 21h30, chova ou faça<br />

calor, haja futebol ou seja dia<br />

de Natal, têm um espaço cultural<br />

aberto e acolhe<strong>do</strong>r na Quinta da<br />

Bonjóia, em Campanhã. Assumir<br />

escrupulosamente este<br />

compromisso é uma das chaves<br />

<strong>do</strong> sucesso”, acrescenta. Por ali<br />

já passaram nomes mediáticos<br />

como Artur Santos Silva, Hélder Pacheco, Maria<br />

de Sousa, Daniel Serrão, Hélio Loureiro, Agustina<br />

Bessa-Luís e muitos outros. Decorri<strong>do</strong>s cinco<br />

anos, os “Serões” temáticos vão continuar, por<br />

vezes intercala<strong>do</strong>s com noites musicais oferecidas<br />

pela Escola Superior de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Uma<br />

forma da escola ter ali também um palco de<br />

promoção <strong>do</strong> talento <strong>do</strong>s seus alunos.<br />

Serões da Bonjóia<br />

Quinta da Bonjóia – Campanhã<br />

Todas as quintas-feiras, 21h30<br />

“Os ‘Serões da Bonjóia’ constituem um<br />

sinal de regularidade e de garantia de<br />

uma cobertura cultural mais ampla e<br />

abrangente”, Carlos Mota Car<strong>do</strong>so


PORTO sempre<br />

044 . junta metropolitana <strong>do</strong> porto<br />

Uma estrutura intermunicipal para concertar estratégias<br />

A Junta Metropolitana <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> (JMP) é o órgão<br />

executivo da respectiva Área<br />

Metropolitana (AMP) e é<br />

constituída pelos presidentes<br />

das câmaras municipais de<br />

cada um <strong>do</strong>s actuais 14<br />

municípios que a integram.<br />

Reúne, em plenário, todas<br />

as últimas sextas-feiras de<br />

cada mês.<br />

Neste momento, a estrutura,<br />

que pretende assumir-se<br />

como parceiro estratégico<br />

com o Governo, é liderada<br />

pelo Presidente da Câmara<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Rui Rio,<br />

ten<strong>do</strong> como “vices” os<br />

Presidentes das autarquias<br />

de Matosinhos e de S. João<br />

da Madeira, Guilherme Pinto<br />

e Manuel Castro de Almeida,<br />

respectivamente.<br />

A Assembleia Metropolitana<br />

é o órgão deliberativo, que<br />

aglutina 43 membros eleitos<br />

pelas assembleias municipais<br />

das respectivas autarquias<br />

integrantes. É presidida pelo<br />

social-democrata Luciano<br />

Gomes (Maia), ten<strong>do</strong> como<br />

vice-presidentes Pedro<br />

Vasconcelos e Sérgio<br />

Vasconcelos.<br />

Emídio Gomes –<br />

Administra<strong>do</strong>r<br />

Executivo<br />

Dada a necessidade de<br />

acompanhar, de mo<strong>do</strong><br />

contínuo e permanente, as<br />

negociações <strong>do</strong> novo Quadro<br />

Comunitário de Apoio, agora<br />

designa<strong>do</strong> QREN – Quadro de<br />

Referência Estratégico<br />

Nacional 2007-2013, a JMP<br />

nomeou, por unanimidade<br />

logo no início <strong>do</strong><br />

presente mandato, o<br />

professor catedrático <strong>do</strong><br />

Instituto de Ciências<br />

Biomédicas Abel Salazar,<br />

Emídio Gomes, para o cargo<br />

de Administra<strong>do</strong>r Executivo.<br />

A nomeação deste<br />

académico, cujo trajecto<br />

profissional o tem associa<strong>do</strong><br />

ao meio empresarial, à<br />

investigação e à inovação, teve, igualmente,<br />

em linha de conta a necessidade de reforçar,<br />

em termos sinergéticos, os laços entre a<br />

JMP e esses mesmos meios.<br />

Assessorias técnicas<br />

Face à nova realidade com a nomeação <strong>do</strong><br />

Administra<strong>do</strong>r Executivo, ao crescimento<br />

da própria AMP e a uma definição política<br />

mais consistente e aglutina<strong>do</strong>ra, partiu-se<br />

para um novo paradigma organizacional<br />

capaz de concretizar no terreno essa mesma<br />

política, sempre com o objectivo de servir<br />

o cidadão metropolitano.<br />

Assim, foram criadas as seguintes assessorias<br />

técnicas, cada uma das quais com o<br />

respectivo responsável:<br />

Educação/Acção Social<br />

- Drª Susana Castanheira<br />

Protecção Civil<br />

- Capitão Ai<strong>do</strong>s Rocha<br />

Ambiente e Mobilidade<br />

- Eng. Albano Carneiro<br />

Direcção Administrativa e Financeira<br />

- Drª Ana Paula Abreu<br />

Coordenação de Projectos<br />

- Dr. Vítor Pereira


. junta metropolitana <strong>do</strong> porto<br />

PORTO sempre<br />

045<br />

Uma inovação chamada Conselhos<br />

Metropolitanos de Verea<strong>do</strong>res<br />

A criação de cinco Conselhos<br />

Metropolitanos de Verea<strong>do</strong>res<br />

foi outra das inovações da<br />

actual Direcção. O objectivo<br />

é oferecer a cada um <strong>do</strong>s 14<br />

municípios condições para<br />

que, eles próprios, possam<br />

elaborar os respectivos<br />

diagnósticos de meios e de<br />

infra-estruturas destinadas ao<br />

desenvolvimento de projectos<br />

comuns, bem como elaborar<br />

os consequentes planos de<br />

acção.<br />

Ambiente, Cultura, Turismo,<br />

Protecção Civil e Educação são<br />

as áreas abrangidas, contan<strong>do</strong><br />

cada uma delas com um<br />

Coordena<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>is vice-<br />

Coordena<strong>do</strong>res, que<br />

correspondem aos municípios<br />

pertencentes à Direcção da<br />

JMP.<br />

Os 14 + 2 municípios da AMP<br />

A Área Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem uma área<br />

total de 1.575 quilómetros quadra<strong>do</strong>s e uma<br />

população residente na ordem de mais de um<br />

milhão e meio de pessoas, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

INE referentes a 2006.<br />

Integra os seguintes municípios: Arouca, Espinho,<br />

Gon<strong>do</strong>mar, Maia, Matosinhos, <strong>Porto</strong>, Póvoa de<br />

Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso,<br />

S. João da Madeira, Trofa, Valongo, Vila <strong>do</strong><br />

Conde e Vila Nova de Gaia.<br />

No entanto, em função da actualização da<br />

legislação aplicável à organização municipal,<br />

está prevista para breve a adesão de mais <strong>do</strong>is<br />

novos municípios: Oliveira de Azeméis e Vale<br />

de Cambra.<br />

Alguns <strong>do</strong>s principais Planos de Acção da JMP<br />

De entre os principais<br />

Planos de Acção<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s pela actual<br />

Direcção, destacam-se os<br />

projectos e estu<strong>do</strong>s<br />

elabora<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong><br />

Quadro Comunitário<br />

anterior.<br />

Mais recentemente, de<br />

relevar o trabalho realiza<strong>do</strong><br />

relativamente à identificação<br />

<strong>do</strong>s projectos que darão lugar<br />

às candidaturas ao QREN –<br />

Quadro de Referência<br />

Estratégico Nacional, por<br />

parte <strong>do</strong>s municípios da Área<br />

Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e da<br />

própria JMP.<br />

O projecto de requalificação da Estrada da<br />

Circunvalação, a criação da Rede<br />

Metropolitana de Parques e a requalificação<br />

<strong>do</strong> Rio Leça inserem-se nessa dinâmica,<br />

assim como, por exemplo, iniciativas no<br />

plano cultural, como sejam os protocolos<br />

formaliza<strong>do</strong>s com a Fundação de Serralves<br />

e com a Casa da Música.


PORTO sempre<br />

046 . junta metropolitana <strong>do</strong> porto<br />

Memoran<strong>do</strong> sobre o Metro<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem de ser cumpri<strong>do</strong><br />

Desvio de fun<strong>do</strong>s<br />

comunitários para Lisboa<br />

JMP já se queixou a Bruxelas<br />

A JMP assumiu a sua<br />

preocupação pelo facto de o<br />

Governo não estar a cumprir o<br />

memoran<strong>do</strong> sobre a expansão<br />

da rede <strong>do</strong> Metro, assina<strong>do</strong> em<br />

Maio <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, numa<br />

cerimónia realizada no Palácio<br />

<strong>do</strong> Freixo, que contou com a<br />

presença <strong>do</strong> Primeiro-Ministro,<br />

José Sócrates.<br />

Isto mesmo foi comunica<strong>do</strong>,<br />

através de carta, ao Ministro<br />

das Obras Públicas, Transportes<br />

e Comunicações, Mário Lino.<br />

Recorde-se que esse protocolo<br />

prevê a construção das linhas<br />

de Gon<strong>do</strong>mar (primeira e<br />

segunda fases), Trofa, Zona<br />

Ocidental <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Boavista-<br />

Matosinhos Sul) e extensão<br />

Gaia-Laborim.<br />

Ao contrário <strong>do</strong> que sucede<br />

com os avulta<strong>do</strong>s<br />

investimentos anuncia<strong>do</strong>s para<br />

Lisboa (novo Aeroporto, nova<br />

travessia <strong>do</strong> Tejo, Zona<br />

Ribeirinha e TGV-ligação<br />

Lisboa/Madrid), a JMP fez<br />

questão de notar que, “em<br />

termos de obra em concreto<br />

referente ao Metro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

não houve, até agora, por parte<br />

<strong>do</strong> Governo, qualquer decisão<br />

em investir um único euro”.<br />

A Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (JMP) enviou<br />

para o Tribunal das Comunidades um ofício a<br />

exigir a revogação da Resolução <strong>do</strong> Conselho de<br />

Ministros nº 86/2007, de 3 de Julho.<br />

A contestação <strong>do</strong>s municípios da Área<br />

Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> gira em torno <strong>do</strong> facto<br />

de o diploma prever, no seu ponto sete, que<br />

verbas <strong>do</strong> QREN, destinadas aos Programas<br />

Operacionais (PO's) Temáticos, possam ser<br />

utilizadas em Lisboa se forem aplicadas em<br />

projectos considera<strong>do</strong>s de interesse nacional.<br />

Antes de tomar esta decisão, aquela estrutura<br />

metropolitana tinha encomenda<strong>do</strong> um parecer<br />

jurídico, que reconheceu a existência, naquela<br />

Resolução, de “violações grosseiras” das normas<br />

comunitárias.<br />

Face a esta constatação, a JMP contactou<br />

formalmente o gabinete <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Ambiente,<br />

<strong>do</strong> Ordenamento <strong>do</strong> Território e <strong>do</strong><br />

Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, a<br />

quem solicitou, sem sucesso, a sua alteração.<br />

“Ao pedirmos um parecer jurídico, queríamos<br />

saber se, no fun<strong>do</strong>, face às normas comunitárias,<br />

tem algum senti<strong>do</strong> dizer que as regiões que<br />

estão fora da convergência podem receber verbas<br />

da região da convergência”, declarou o Presidente<br />

daquela estrutura intermunicipal, observan<strong>do</strong>:<br />

“Se o Governo conseguir ir buscar a Bruxelas<br />

muito dinheiro para a região de Lisboa, nós<br />

aplaudimos; mas não podemos é bater palmas<br />

quan<strong>do</strong> retiram verbas a outras regiões, pois o<br />

que for feito em Lisboa não o poderá ser noutras<br />

zonas <strong>do</strong> país e não só no Norte”.<br />

Lei <strong>do</strong>s<br />

“Recibos Verdes”<br />

necessita de objectividade<br />

A legislação que regulamenta<br />

a contratação de prestação<br />

de serviços (os denomina<strong>do</strong>s<br />

recibos verdes) na Função<br />

Pública está a causar uma<br />

onda de apreensão por parte<br />

<strong>do</strong>s autarcas metropolitanos.<br />

Considera a JMP que a nova<br />

legislação, embora não<br />

proibin<strong>do</strong> a contratação, cria<br />

regras com “alto grau de<br />

subjectividade que conferem<br />

ao Tribunal de Contas um poder<br />

razoavelmente discricionário e<br />

que, no futuro, podem criar<br />

sérias dificuldades a autarcas<br />

que, de boa fé, tenham feito<br />

esse tipo de contratações”.<br />

Para o Presidente daquela<br />

estrutura, a legislação, tal<br />

como está, corre o risco de conduzir a casos<br />

extremos de haver presidentes de câmara<br />

que possam vir a ser obriga<strong>do</strong>s a pagar <strong>do</strong><br />

seu bolso contratos que tinham firma<strong>do</strong> com<br />

a melhor das intenções, pelo facto de o<br />

Tribunal assim o entender.<br />

Embora concordan<strong>do</strong> com o espírito da lei,<br />

no senti<strong>do</strong> em que pode contribuir para o<br />

combate a alguns abusos, o autarca reclama,<br />

em nome <strong>do</strong> organismo que dirige, uma nova<br />

redacção <strong>do</strong> diploma, que, em sua opinião,<br />

necessita de regras objectivas e limites<br />

quantificáveis, que não dêem azo a<br />

interpretações dúbias e, muitas vezes,<br />

injustas.


. ciência<br />

PORTO sempre<br />

047<br />

“Nó<strong>do</strong>as na Alma”<br />

Terceira publicação da colecção “<strong>Porto</strong>, Cidade de Ciência” já está nas bancas<br />

“Nó<strong>do</strong>as na Alma – A Medicina e a Loucura”, da autoria <strong>do</strong> médico<br />

psiquiatra Carlos Mota Car<strong>do</strong>so, é a nova publicação da linha editorial<br />

“<strong>Porto</strong>, Cidade de Ciência”, um projecto da autarquia portuense,<br />

através da Fundação <strong>Porto</strong> Social, em parceria com a editora Gradiva.<br />

Este terceiro título da colecção, prefacia<strong>do</strong> pelo escritor Mário Cláudio,<br />

é uma homenagem ao médico e cientista António Maria de Sena,<br />

assumin<strong>do</strong>-se como um contributo para resgatar <strong>do</strong> esquecimento aquele<br />

que, segun<strong>do</strong> palavras <strong>do</strong> autor, foi considera<strong>do</strong> “o primeiro psiquiatra<br />

português” e uma “figura insigne da Cultura e da Ciência<br />

em Portugal”. “Nó<strong>do</strong>as na Alma” é mais uma publicação<br />

da colecção, que, como descreve a cientista Maria<br />

de Sousa, um <strong>do</strong>s grandes nomes liga<strong>do</strong>s ao<br />

projecto, “nos ajuda a saber de nós e <strong>do</strong><br />

nosso passa<strong>do</strong> científico. Sem esse<br />

saber, não poderemos avaliar o<br />

progresso que, realmente,<br />

fizeram os cientistas que<br />

vivem e trabalham no<br />

<strong>Porto</strong>”.<br />

Esta publicação é uma homenagem ao médico e cientista António Maria de Sena,<br />

assumin<strong>do</strong>-se como um contributo para resgatar <strong>do</strong> esquecimento aquele que,<br />

segun<strong>do</strong> palavras <strong>do</strong> autor, foi considera<strong>do</strong> “o primeiro psiquiatra português” e uma<br />

“figura insigne da Cultura e da Ciência em Portugal”.


PORTO sempre<br />

048<br />

O Cerco <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

. momentos históricos<br />

Dan<strong>do</strong> sequência à publicação, iniciada na edição anterior, de um<br />

conjunto de artigos historian<strong>do</strong> alguns <strong>do</strong>s mais marcantes<br />

acontecimentos ocorri<strong>do</strong>s na Invicta, a <strong>Porto</strong> Sempre recorda, desta<br />

feita, o Cerco <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Cerimónia da entrega <strong>do</strong> Coração de D. Pedro à Cidade (pormenor da estátua de D. Pedro IV)<br />

Em 8 de Julho de 1832, a<br />

esquadra liberal, vinda <strong>do</strong>s<br />

Açores, desembarcou na praia<br />

de Pampeli<strong>do</strong>, sem qualquer<br />

resistência por parte das tropas<br />

absolutistas.<br />

D. Miguel, ao tomar<br />

conhecimento, preparara a<br />

defesa de Lisboa para resistir<br />

à invasão liberal,<br />

desvalorizan<strong>do</strong> no plano<br />

estratégico a protecção <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>.<br />

Os liberais avançam em direcção<br />

a esta cidade onde entram na<br />

manhã de 9 de Julho. O exército<br />

absolutista, retira para Vila<br />

Nova de Gaia e, no mesmo dia,<br />

inicia-se o bombardeamento<br />

contra a cidade. No dia<br />

seguinte, os liberais, com o<br />

apoio naval, respondem à<br />

agressão, abrin<strong>do</strong> fogo sobre<br />

as forças miguelistas.<br />

As tropas liberais cometeriam<br />

o erro estratégico de deixar<br />

cercar a cidade. O assédio<br />

prolongou-se por mais de um<br />

Convento da Serra <strong>do</strong> Pilar durante<br />

o cerco de 1833.<br />

ano e meio. Durante esse<br />

perío<strong>do</strong>, os portuenses sofreram<br />

grande escassez de to<strong>do</strong> o tipo<br />

de bens. A chegada <strong>do</strong> Inverno<br />

viria a agravar a situação.<br />

Entretanto, surgiram outros<br />

inimigos, como as epidemias<br />

de cólera e tifo. To<strong>do</strong>s estes<br />

acontecimentos contribuíram<br />

para a desmoralização das<br />

tropas cercadas. Houve<br />

deserções, indisciplina e<br />

motins.<br />

Perante este cenário, D. Pedro<br />

reorganiza o exército e envia<br />

o Duque de Palmela a Londres<br />

para obter armas e homens.<br />

Cumprida esta missão, Palmela<br />

desembarca na Foz <strong>do</strong> Douro<br />

em 2 de Junho de 1833, trazen<strong>do</strong> consigo<br />

voluntários, navios e munições.<br />

Cerca de 20 dias depois, esta força liberal é<br />

enviada por D. Pedro para o sul <strong>do</strong> país, sob o<br />

coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Duque da Terceira, ten<strong>do</strong> como<br />

objectivo a tomada de Lisboa. Desembarca em<br />

Alagoa, no Algarve, a 24 de Junho e avança<br />

sobre a capital, ocupan<strong>do</strong>-a um mês depois.<br />

No Norte, a 18 de Agosto de 1833, o Duque de<br />

Saldanha impõe uma derrota às hostes<br />

absolutistas, pon<strong>do</strong> fim ao cerco da cidade<br />

Invicta.<br />

D. Miguel e o seu exército retiram-se para o<br />

Alentejo, aceitan<strong>do</strong> a rendição incondicional<br />

proposta por D. Pedro.<br />

Em testemunho <strong>do</strong> seu apreço pelo apoio <strong>do</strong>s<br />

portuenses durante o cerco, legaria em<br />

testamento o seu coração à cidade.<br />

Vista da cidade e a tomada <strong>do</strong> Convento da Serra <strong>do</strong> Pilar.


. rua<br />

Avenida de Montevideu<br />

PORTO sempre<br />

049<br />

A Avenida Montevideu,<br />

juntamente com a Avenida<br />

Brasil, é uma das artérias mais<br />

frequentadas e aprazíveis da<br />

cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, especialmente<br />

quan<strong>do</strong> o sol espreita e convida<br />

a um passeio à beira-mar.<br />

Situada na frente marítima da<br />

cidade, numa das zonas mais<br />

caras <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, esta avenida<br />

tem agora mais um motivo de<br />

interesse: pela primeira vez, na<br />

história da Invicta, uma das<br />

suas praias, a <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong><br />

Leme, conseguiu obter a<br />

Bandeira Azul, um galardão que<br />

atesta a excelente qualidade<br />

global daquela zona balnear.<br />

São vários os pontos de<br />

interesse ao longo desta<br />

avenida, desde a<br />

estátua que deu nome<br />

à Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong><br />

Leme, da autoria de<br />

Américo Gomes, aos<br />

vários palacetes<br />

existentes na zona e<br />

acaban<strong>do</strong> no conjunto<br />

de rochas de grande<br />

valor científico e<br />

pedagógico, o Passeio<br />

Geológico da Foz.<br />

Quanto à qualidade das praias<br />

da capital <strong>do</strong> Uruguai, origem<br />

<strong>do</strong> topónimo que baptiza a<br />

avenida, não podemos dizer<br />

muita coisa, a não ser que<br />

atingem, provavelmente,<br />

temperaturas bem mais<br />

elevadas ou não ficasse este<br />

país cola<strong>do</strong> ao Brasil, em plena<br />

América <strong>do</strong> Sul.<br />

Na monografia da Foz, de Gui<strong>do</strong><br />

Monterey, e segun<strong>do</strong> a<br />

Toponímia Portuense de Andrea<br />

da Cunha e Freitas, é referi<strong>do</strong><br />

que a mudança <strong>do</strong> nome da Rua<br />

<strong>do</strong> Castelo <strong>do</strong> Queijo para<br />

Avenida de Montevideu, em<br />

homenagem à República <strong>do</strong><br />

Uruguai, foi proposta e<br />

aprovada em sessão camarária<br />

de 25 de Julho de 1926. No<br />

<strong>do</strong>cumento é ainda afirma<strong>do</strong> que a autorização<br />

para a Câmara dispor <strong>do</strong>s terrenos necessários<br />

ao prolongamento da Avenida foi dada pelo<br />

Ministério da Guerra, em ofício data<strong>do</strong> de 30<br />

de Dezembro de 1927, e os seus jardins, junto<br />

ao molhe, foram inaugura<strong>do</strong>s em 28 de Junho<br />

de 1929.<br />

São vários os pontos de interesse ao longo<br />

desta avenida, desde a estátua que deu<br />

nome à Praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme, da autoria<br />

de Américo Gomes, aos vários palacetes<br />

existentes na zona e acaban<strong>do</strong><br />

no conjunto de rochas de grande<br />

valor científico e pedagógico,<br />

o Passeio Geológico da Foz.<br />

A Avenida Montevideu<br />

termina ou começa na<br />

Praça Gonçalves Zarco, ou,<br />

como é comummente<br />

conhecida, Rotunda <strong>do</strong><br />

Castelo <strong>do</strong> Queijo,<br />

onde se encontra a<br />

fortaleza<br />

homónima<br />

ou Forte de<br />

S. Francisco<br />

Xavier.


PORTO sempre<br />

050<br />

António Lobão Vital<br />

por José da Cruz Santos<br />

Há trinta anos, em 13 de Junho de<br />

1978, morria uma das personalidades<br />

mais exemplares da Resistência ao<br />

fascismo salazarista. Neste intelectual<br />

coexistiam no mais eleva<strong>do</strong> grau a<br />

coerência profissional de um arquitecto,<br />

consciente da importância social da<br />

sua actividade, e a mais empenhada<br />

militância política no senti<strong>do</strong> da<br />

libertação <strong>do</strong> povo português.<br />

O Arquitecto António Lobão Vital<br />

nasceu em 1911, em Aguiar da Beira.<br />

Mais portuense e afeiçoa<strong>do</strong> às tradições<br />

da liberdade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>do</strong> que muitos<br />

que por aqui nasceram, desde ce<strong>do</strong><br />

as suas preocupações sociais estiveram<br />

na origem da sua opção e acção<br />

políticas, ten<strong>do</strong> por esse motivo si<strong>do</strong><br />

preso dezasseis vezes, num total de<br />

seis anos de prisão, durante os quais<br />

sofreu a tortura, castigos, isolamentos,<br />

espancamentos, sempre recusan<strong>do</strong><br />

intransigentemente a mais pequena<br />

cedência.<br />

É célebre uma fotografia em que são<br />

visíveis os vestígios das agressões que<br />

sofreram o Prof. Doutor Ruy Luís Gomes<br />

e o Arquitecto Lobão Vital num comício<br />

eleitoral que se realizou em Rio Tinto,<br />

e <strong>do</strong> qual fala o poema de Luís Veiga<br />

Leitão que se pode ler adiante.<br />

Sobre o Arquitecto Lobão Vital é<br />

indispensável conhecer o importante<br />

texto <strong>do</strong> Arquitecto Cassiano Barbosa,<br />

de que transcrevo alguns excertos:<br />

«No mês de Maio de 1948 realizou-se<br />

em Lisboa o Primeiro Congresso Nacional<br />

de Arquitectura “sob o alto patrocínio<br />

<strong>do</strong> governo”. Tratava-se, como é<br />

evidente, <strong>do</strong> governo fascista. Porém,<br />

esse facto não impediu Lobão Vital de<br />

apresentar, nesse congresso, uma tese<br />

da qual faz parte um veemente protesto<br />

que ficou exara<strong>do</strong> nas respectivas<br />

conclusões: “Exigir que não se tornem<br />

a consagrar as aldeias mais atrasadas<br />

e menos higiénicas <strong>do</strong> País.”<br />

Com esta atitude, Lobão Vital, além de<br />

chamar a atenção para aspectos liga<strong>do</strong>s<br />

ao problema da habitação, objectivo<br />

da sua tese, manifestou publicamente<br />

um acto de grande coragem cívica que<br />

confirmou as suas características de<br />

indefectível luta<strong>do</strong>r antifascista.<br />

No <strong>Porto</strong>, em 1936, começou a ser<br />

publica<strong>do</strong> o quinzenário “Sol Nascente”,<br />

com a colaboração redactorial de Lobão<br />

Vital, Manuel de Azeve<strong>do</strong>, Carlos Barroso<br />

e Afonso de Castro. Virgínia Moura<br />

desempenhou, no “Sol Nascente”, as<br />

funções de secretária e colaborou com<br />

os seus escritos assina<strong>do</strong>s com<br />

pseudónimo. O conjunto destes nomes<br />

formava, por assim dizer, a comissão<br />

directiva <strong>do</strong> jornal. Fizeram, também,<br />

parte <strong>do</strong> “Sol Nascente”, Orlan<strong>do</strong> Braga<br />

de Vasconcelos e Arman<strong>do</strong> Bacelar. O<br />

“Sol Nascente” exerceu enorme<br />

influência na coesão de muitos<br />

antifascistas que se encontravam<br />

dispersos devi<strong>do</strong> às perseguições da<br />

PIDE.<br />

Para isso, muito concorreu a colaboração<br />

de consagra<strong>do</strong>s intelectuais como Abel<br />

Salazar, Ferreira de Castro, Aquilino<br />

Ribeiro, Joaquim Namora<strong>do</strong>, Álvaro<br />

Cunhal, Fernan<strong>do</strong> Namora e Afonso<br />

Ribeiro.<br />

Entretanto, Lobão Vital concluiu o seu<br />

curso de Arquitectura e tentou conseguir<br />

algum trabalho que lhe permitisse fazer<br />

face às despesas da sua vida e da sua<br />

companheira Virgínia Moura. É sabi<strong>do</strong><br />

que não lhe seria possível obter<br />

encomendas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e, por outro<br />

la<strong>do</strong>, as encomendas particulares<br />

estavam reservadas para os amigos <strong>do</strong>s<br />

capitalistas ou para os arquitectos<br />

consagra<strong>do</strong>s. Estas circunstâncias<br />

obrigaram Lobão Vital a recorrer a<br />

trabalhos de desenha<strong>do</strong>r e Virgínia<br />

Moura, que concluíra, também, o seu<br />

curso de Engenharia Civil, dedicou-se<br />

a dar explicações de Matemática e a<br />

elaborar compêndios sobre essa matéria.<br />

E, assim, conseguiram sobreviver embora<br />

com grandes dificuldades. Este esta<strong>do</strong><br />

de coisas foi ainda agrava<strong>do</strong> por uma<br />

série de prisões, mais ou menos longas,<br />

tanto de Lobão Vital como de Virgínia<br />

Moura.<br />

Deve dizer-se, porém, que Lobão Vital<br />

foi um arquitecto que respeitou a sua<br />

profissão e como tal a exerceu. Nos<br />

últimos anos da sua vida teve<br />

oportunidade de realizar alguns <strong>do</strong>s<br />

seus projectos arquitectónicos que<br />

demonstraram as suas aptidões<br />

profissionais.<br />

Lobão Vital fez parte da “Organização<br />

<strong>do</strong>s Arquitectos Modernos” (ODAM)<br />

onde defendeu com grande capacidade<br />

os princípios progressistas desse<br />

organismo.<br />

. portuenses ilustres<br />

Em 1973, foi eleito para membro da direcção da Secção<br />

Regional <strong>do</strong> Norte <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s Arquitectos. Não chegou<br />

a exercer a sua actividade nessas funções, pois foi<br />

precisamente nessa altura que a <strong>do</strong>ença o surpreendeu.<br />

Foi também nessa ocasião que Ruy Luís Gomes, que se<br />

encontrava exila<strong>do</strong> no Brasil e que era íntimo de Lobão<br />

Vital, veio a Portugal para o ver. Não lhe foi permiti<strong>do</strong> sair<br />

<strong>do</strong> aeroporto de Lisboa.<br />

Já muito <strong>do</strong>ente, em 1974, Lobão Vital publicou o livro<br />

“Alguns Aspectos <strong>do</strong> Problema da Habitação”, que foi o<br />

seu último trabalho. Trata-se de uma breve e clara análise<br />

<strong>do</strong> problema da habitação no nosso país que esclarece<br />

muitos <strong>do</strong>s seus controversos aspectos.<br />

Lobão Vital, já nos longínquos tempos <strong>do</strong> Primeiro Congresso<br />

Nacional de Arquitectura, apresentava teses em que<br />

defendia o prima<strong>do</strong> da dignidade humana. Assim, continuou<br />

procuran<strong>do</strong> ser coerente com os seus pontos de vista, certo<br />

de que a actividade de um arquitecto progressista não se<br />

pode limitar a sentar-se ao estira<strong>do</strong>r burilan<strong>do</strong> belos<br />

projectos cujas "receitas revolucionárias” já estão ao<br />

serviço da reacção nem tão-pouco conservar-se indiferente<br />

perante a vacuidade da discussão de alguns, sobre a beleza<br />

das colunas dóricas das suas mansões, enquanto muitos<br />

lutam por uma barraca de lata». Denúncia que infelizmente<br />

permanece viva, também nesta cidade, trinta anos depois<br />

da sua morte.<br />

A GRANDE NOITE<br />

Noite de Rio Tinto. A noite foi aberta<br />

Pelas vagas <strong>do</strong> povo. E as vagas levantaram<br />

Sua voz carregada de esperança, liberta<br />

Do mar que no peito lhe fecharam.<br />

Noite de Rio Tinto. Quan<strong>do</strong> a besta assomou,<br />

Patas pisan<strong>do</strong> o corpo <strong>do</strong> povo,<br />

Mais a noite cresceu e mais funda ficou<br />

Como raiz dum rebento Novo.<br />

Noite de Rio Tinto. Enquanto o sangue empasta,<br />

A calúnia forja o seu ferro em brasa.<br />

Mas o sangue <strong>do</strong> povo não se perde, alastra,<br />

Como força duma fonte rasa.<br />

Noite de Rio Tinto. Noite <strong>do</strong> meu ser,<br />

Onde me revigoro e comovo<br />

E creio: numa noite irmã, há-de romper<br />

A estrela da manhã <strong>do</strong> povo.<br />

Luís Veiga Leitão


PORTO sempre<br />

. postal ilustra<strong>do</strong> 051<br />

O próximo pode ser o seu…<br />

Envie-nos a sua fotografia preferida <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e veja-a publicada.<br />

"Rio Douro com margens de ouro..."<br />

Uma visão Nocturna sobre a nossa Invicta, que<br />

emana um calor muito próprio, nestas noites<br />

de Verão.<br />

Ricar<strong>do</strong> Lamego<br />

Revele-nos o seu <strong>Porto</strong>, envie-nos a sua melhor imagem acompanhada de um breve texto alusivo para: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Gabinete de Comunicação<br />

e Imagem, Praça General Humberto Delga<strong>do</strong>, 4049-001 <strong>Porto</strong>. As imagens enviadas irão integrar uma exposição a ter lugar no Gabinete <strong>do</strong> Munícipe.


PORTO sempre<br />

052<br />

. passadeira<br />

Valério Santos<br />

25 anos, Mestran<strong>do</strong><br />

Animação<br />

“O povo <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> vive muito as festas<br />

da rua, há sempre muita coisa a<br />

acontecer, acho muito positivo que<br />

a Câmara organize estes eventos<br />

culturais.”<br />

Jorge Correia<br />

44 anos, Cantoneiro<br />

Arruma<strong>do</strong>res<br />

“O projecto era bem bom para os tirar<br />

da rua e ajudar a ganhar a sua vida<br />

pelo menos deixavam de fazer<br />

asneiras.”<br />

Carla Silva<br />

22 anos, Desempregada<br />

Animação<br />

“Há programas óptimos na rua!<br />

Sempre que sei que vai haver alguma<br />

coisa, eu vou: Parque da Cidade,<br />

Edifício Transparente ou à Avenida<br />

<strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, onde houver.”<br />

Vasco Nogueira<br />

28 anos, Vigilante<br />

Reabilitação <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s<br />

“Acho que os merca<strong>do</strong>s precisam de<br />

obras, mas devem ficar nas mãos das<br />

pessoas que lá trabalham. Não devem<br />

ir para as mãos de priva<strong>do</strong>s.”<br />

Fernan<strong>do</strong> Santos<br />

60 anos, Electricista<br />

<strong>Porto</strong> Cívico<br />

“A nossa população tem muito pouco<br />

civismo, está sempre tu<strong>do</strong> sujo. Já<br />

ouvi falar <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> Cívico mas é muito<br />

difícil mudar estes comportamentos.”<br />

Sónia Lopes<br />

19 anos, Saladeira<br />

Animação<br />

“Nos últimos anos tem havi<strong>do</strong> muita<br />

mais animação, estas festas mostram<br />

que a cidade tem muito mais <strong>do</strong> que<br />

as pessoas imaginam.”


PORTO sempre<br />

. passadeira 053<br />

Joana Ferreira<br />

25 anos, Desempregada<br />

Escolas<br />

“Sei que estão a renovar as instalações<br />

das escolas e fico contente que a<br />

minha filha possa ter as melhores<br />

condições.”<br />

Emanuel Duque<br />

20 anos, Estudante<br />

Praias<br />

“É bom que se melhorem as praias,<br />

aquele passadiço com uma praia de<br />

qualidade, vai atrair muita gente!”<br />

João Nogueira<br />

35 anos, Entrevista<strong>do</strong>r para Estu<strong>do</strong>s<br />

de Merca<strong>do</strong><br />

Investimento<br />

“O <strong>Porto</strong> precisava de receber mais<br />

verbas <strong>do</strong> Governo. O Governo bem<br />

podia injectar mais investimento em<br />

toda a região Norte.”<br />

Maria de Fátima Amaral<br />

44 anos, Doméstica<br />

Reabilitação <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s<br />

“Acho que devem ser melhora<strong>do</strong>s,<br />

devem manter o que lá está e pôr<br />

coisas novas, assim, vão ter mais<br />

gente.”<br />

Maria Alice Moreira<br />

63 anos, Doméstica<br />

Praias<br />

“Já temos uma Bandeira Azul, foi<br />

mesmo bom, a nossa Foz está mais<br />

feliz!”<br />

Manuel Ferreira<br />

64 anos, Forma<strong>do</strong>r<br />

Investimento<br />

“Investe-se sempre mais no Sul. Os<br />

autarcas bem tentam ter mais ajudas<br />

e bem tomam posições, mas no que<br />

toca ao Norte, não temos grandes<br />

hipóteses!”


PORTO sempre<br />

054<br />

. sala de visitas<br />

Visita <strong>do</strong> Presidente da República ao Instituto Politécnico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Inauguração da estátua ao General Humberto Delga<strong>do</strong><br />

António Costa e Rui Rio nas festas de S. João <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Rui Rio e Poças Martins na cerimónia <strong>do</strong> hastear da Bandeira<br />

Azul na praia <strong>do</strong> Homem <strong>do</strong> Leme


PORTO sempre<br />

. sala de visitas 055<br />

Assinatura de protocolos para construção de novos Centros Educativos<br />

no Norte<br />

Cortejo Académico da Queima das Fitas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Tiago Monteiro, Rui Rio e Francisco Santos<br />

Sessão Solene de Boas Vindas ao Rei Harald V e à Rainha Sonja<br />

da Noruega<br />

Conferências sobre Regionalização


Crescer a brincar<br />

Especialmente para ti que a<strong>do</strong>ras a praia, aqui<br />

tens um passatempo divertidíssimo.<br />

Mergulha de cabeça neste desafio e mostra que<br />

estás prepara<strong>do</strong> para os grandes dias de Verão.<br />

E agora mãos à obra: escolhe a cor <strong>do</strong> teu gela<strong>do</strong><br />

e lança os da<strong>do</strong>s.<br />

Instruções: ao calhares numa casa com estrela responde à<br />

pergunta. Consulta a estrela correspondente nas soluções e<br />

descobre o que te vai acontecer!<br />

Chegaste à praia mais tarde que<br />

os outros e já é quase meio-dia.<br />

O que é melhor fazeres<br />

a) Puxas da tua linda toalha<br />

colorida e espraias-te ao sol.<br />

b) Atiras-te ao mar e gritas por<br />

socorro para espantar o calor.<br />

c) Vais para a sombra e esperas<br />

que passe o calor.<br />

Está um calor de rachar e bandeira<br />

amarela. O que fazes<br />

a) Tentas distrair o banheiro e<br />

desatas a nadar para o mais longe<br />

que puderes.<br />

b) Tomas banho prudentemente<br />

e em local vigia<strong>do</strong>.<br />

c) Enches a bóia e lanças-te à<br />

deriva mar a dentro.<br />

Vês um grupo de adultos a fumar<br />

na praia. O que podes fazer<br />

a) Passas à frente deles e tosses<br />

muito.<br />

b) Enches o teu balde de água e<br />

atiras para cima <strong>do</strong> fumo.<br />

c) Fazes um cinzeiro com papel<br />

não inflamável e ofereces.<br />

Um vizinho de praia trouxe o cão<br />

que ladra, puxa pelas toalhas <strong>do</strong>s<br />

outros e faz xixi nas barracas. Que<br />

fazes<br />

a) Dizes, educadamente, aos<br />

<strong>do</strong>nos que não devem trazer o<br />

cão.<br />

b) Foges para dentro de uma<br />

barraca e pedes para chamar a<br />

ASAE.<br />

C) Tentas ensiná-lo a portar-se<br />

bem, gritan<strong>do</strong>-lhe palavras de<br />

ordem.<br />

Está uma brasa e sentes as costas<br />

a arder. Que fazes<br />

a) Atiras-te à água de costas e<br />

pões-te a boiar.<br />

b) Vais para a sombra e pedes a<br />

alguém para te espalhar mais<br />

protector.<br />

C) Amuas e cobres-te de areia<br />

molhada para te arrefeceres.


SPF<br />

50<br />

Soluções<br />

Se respondeste c) avança 2 casas. Se não, fica 2 jogadas para<strong>do</strong>.<br />

A hora indicada para apanhar sol (por pequenos perío<strong>do</strong>s) é de manhã até às 11h30 e de tarde a partir<br />

das 16h30.<br />

Se respondeste b) continua a jogar. Se não, espera até que to<strong>do</strong>s te ultrapassem.<br />

Bandeira vermelha: proibi<strong>do</strong> tomar banho; bandeira amarela: tomar banho em local vigia<strong>do</strong> mas não<br />

nadar; bandeira verde: tomar banho e nadar em local vigia<strong>do</strong>.<br />

Se respondeste c) joga os da<strong>do</strong>s outra vez. Se não volta para a casa partida.<br />

As “beatas” <strong>do</strong>s cigarros demoram dezenas de anos a decompor-se na areia. Deve-se depositá-las<br />

em cinzeiros e depois deitar ao lixo.<br />

Se respondeste a) podes avançar 1 casa. Se não, só jogas quan<strong>do</strong> te sair 3.<br />

Os cães são muito fofinhos mas na praia são imprevisíveis e incomodam as pessoas. Não os devemos<br />

trazer!<br />

Se respondeste b) parabéns. Passa para a penúltima casa.<br />

Devemos permanecer bem protegi<strong>do</strong>s com um protector solar adequa<strong>do</strong> e aplicá-lo várias vezes<br />

durante o dia.


PORTO sempre<br />

058<br />

Álvaro Parente<br />

Aa<br />

Bb<br />

Cc<br />

Álvaro, nome antigo<br />

na família. Eu, o meu<br />

pai (que sempre fez<br />

tu<strong>do</strong> por mim) e o meu<br />

bisavô (pai da minha<br />

avó paterna).<br />

Bacalhau com Natas -<br />

um <strong>do</strong>s meus pratos<br />

preferi<strong>do</strong>s na esplanada<br />

<strong>do</strong> restaurante Varanda<br />

da Barra... com cheiro<br />

a maresia.<br />

Circuito da Boavista -<br />

o circuito da minha<br />

“casa”.<br />

Cães - a<strong>do</strong>ro cães.<br />

Ff<br />

Gg<br />

Hh<br />

Fórmula 1, o meu<br />

sonho.<br />

Fábrica de Produtos<br />

Estrela fundada pelo<br />

meu avô paterno<br />

produziu o PE - carro<br />

que também fez o<br />

antigo Circuito da<br />

Boavista.<br />

GP2 Séries,<br />

campeonato em que<br />

participo actualmente.<br />

História, séculos de<br />

história da cidade que<br />

deu nome a Portugal.<br />

Nn<br />

Oo<br />

Pp<br />

Qq<br />

. porto de A a Z<br />

Navegar constantemente com um rumo...<br />

a vitória.<br />

Nunca baixar os braços!<br />

Oporto British School, muitas<br />

aprendizagens e amizades.<br />

Os meus amigos, o regresso, o reencontro!<br />

Parente, o nome da minha família.<br />

<strong>Porto</strong>, o nome da minha cidade.<br />

Quan<strong>do</strong> regresso ao <strong>Porto</strong>, estou<br />

eternamente bem...<br />

Dd<br />

Ee<br />

Douro, um rio, uma<br />

marca... tenho o<br />

privilégio de o ver<br />

sempre que acor<strong>do</strong> no<br />

<strong>Porto</strong>.<br />

Dragão, para sempre :)<br />

Estar a apanhar sol no<br />

IBAR, na Avenida<br />

Brasil, bem<br />

acompanha<strong>do</strong>.<br />

Ii<br />

Jj<br />

Kk<br />

Iny, o meu afilhadinho!<br />

Filho da minha prima,<br />

irmão <strong>do</strong> meu priminho<br />

Gudy - grande joga<strong>do</strong>r<br />

de mini-basquete <strong>do</strong><br />

Académico.<br />

Jardim de Serralves,<br />

uma referência da<br />

cidade.<br />

Karting, onde tu<strong>do</strong><br />

começou... bem<br />

ce<strong>do</strong>... aos 4 anos...<br />

pela mão <strong>do</strong> “Pai”<br />

Natal!<br />

Rr<br />

Ss<br />

Tt<br />

Ribeira, o mais vivo colori<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>.<br />

Supernova, a minha equipa no GP2<br />

Séries.<br />

Sempre a lutar e nunca desistir!<br />

Tios to<strong>do</strong>s, permanentemente a torcer<br />

e a “sofrer” por mim... são uma força<br />

incessante.<br />

Ll<br />

Levantar ce<strong>do</strong> da<br />

cama, não é mesmo<br />

o meu forte!<br />

Uu<br />

Uma vida dedicada aos automóveis e<br />

à velocidade “de pequenino se torce<br />

o pepino”!<br />

Mm<br />

Manuela, a minha mãe.<br />

Maria João, a minha<br />

irmã.<br />

Muito as admiro!<br />

Vv<br />

Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, o nosso néctar,<br />

claro!<br />

Xx<br />

Xikinha...<br />

Xi e agradecimento para os meus fãs!<br />

Zz<br />

Zélinha, a minha avó!<br />

Álvaro Parente, Piloto GP2 Séries

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