(52\252 Edi\347ao.qxd) - Canal : O jornal da bioenergia
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As empresas têm dificul<strong>da</strong>des para obter crédito<br />
e investir em ativi<strong>da</strong>des produtivas, o que se tornou<br />
ain<strong>da</strong> mais grave com a crise econômica, que<br />
teve seu auge em 2008. Como os representantes<br />
<strong>da</strong>s indústrias têm se articulado para tentar resolver<br />
ou amenizar esse gargalo<br />
A questão do crédito tem dois gargalos, a alta taxa<br />
de juros e a dificul<strong>da</strong>de de acesso a esse crédito.<br />
Hoje, as exigências feitas para a toma<strong>da</strong> de<br />
crédito tornam quase inviáveis para as empresas<br />
obtê-lo. Para tanto, é necessária a criação de<br />
fundos de avais que garantam, em parte, os empréstimos.<br />
Assim, os médios e pequenos empresários<br />
ofereceriam garantias menores, dentro de<br />
seus recursos.<br />
É necessário que o Brasil comece a desenvolver<br />
cooperativas setoriais, pois elas são uma boa saí<strong>da</strong>.<br />
A Fieg está negociando com os governos federal,<br />
estadual e com o Sebrae a criação de uma<br />
socie<strong>da</strong>de garantidora de crédito para amenizar a<br />
questão <strong>da</strong>s garantias que as empresas são obriga<strong>da</strong>s<br />
a ter.<br />
Em Goiás, temos linhas de crédito do BNDES e do<br />
FCO, com juros compatíveis aos investimentos.<br />
No que se refere ao FCO, Goiás é o Estado que<br />
mais recursos aplicou e o que tem menor inadimplência,<br />
fato que nos fortalece para reivindicar<br />
ca<strong>da</strong> vez mais recursos.<br />
Qual foi o crescimento <strong>da</strong> indústria no Estado<br />
nos últimos dez anos e sua contribuição para a<br />
geração de empregos<br />
Durante os últimos dez anos, alguns setores industriais<br />
passaram a figurar entre os mais importantes<br />
do País. São eles mineração, fármacos, sucroenergético<br />
e de alimentos. O polo farmacêutico,<br />
no eixo Apareci<strong>da</strong> de Goiânia – Anápolis, hoje<br />
é o terceiro maior do País em volume de produção.<br />
Da mesma forma a indústria sucroenergética,<br />
que há 12 anos estava nascendo, figura hoje<br />
entre as três maiores produtoras de álcool e<br />
açúcar do Brasil.<br />
O setor automobilístico se consolidou. E algumas<br />
empresas nasci<strong>da</strong>s no Estado tiveram crescimento<br />
vertiginoso, como a JBS e a Hypermarcas. Goiás<br />
passou de exportador de leite in natura para<br />
importador, devido ao crescimento <strong>da</strong> indústria<br />
O desenvolvimento<br />
socioeconômico do Estado<br />
deve ocorrer de forma<br />
sistêmica, contemplando<br />
todos os setores de ativi<strong>da</strong>de<br />
econômica e to<strong>da</strong> a<br />
população, independentemente<br />
<strong>da</strong> classe social a<br />
que pertençam (...).<br />
de laticínios e se estabeleceu como grande exportador<br />
de carnes bovina, suína e de frangos.<br />
No período de 1999 a 2009, o número de indústrias<br />
aumentou 80%, de 9.020 para 16.271. Os<br />
empregos formais no setor saltaram de 121.901,<br />
em 1999, para 310.000, em setembro de 2010,<br />
crescimento de 154%. A arreca<strong>da</strong>ção do ICMS <strong>da</strong><br />
indústria, em 1999, registrou R$ 444,65 milhões.<br />
Em 2009, aumentou para R$ 1, 634 bilhões, crescimento<br />
de 270%.<br />
Enquanto o PIB industrial brasileiro registrou aumento<br />
de 55,4% em quatro anos – período de<br />
2003 a 2007 -, em Goiás e crescimento foi de<br />
77,6%, passou de R$ 8,734 bilhões em 2003, para<br />
R$ 15,512 bilhões em 2007.<br />
As exportações apresentaram superação recorde.<br />
Em 1999, a movimentação foi de US$ 325,9 milhões.<br />
Já em 2009, foi registrado o valor de US$<br />
3,614 bilhões em transações, crescimento de<br />
1.108%, observando que, no mesmo período, o<br />
Brasil cresceu 218,6%. A evolução <strong>da</strong>s importações<br />
goianas também apresentou números significativos:<br />
crescimento de 795% de 1999 a 2009.<br />
Os valores saltaram de US$ 318,6 milhões para<br />
US$ 2,85 bilhões. No mesmo período, o Brasil<br />
cresceu 158%.<br />
Como a questão <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de ambiental<br />
vem sendo trata<strong>da</strong> pelo setor industrial<br />
O desenvolvimento socioeconômico do Estado<br />
deve ocorrer de forma sistêmica, contemplando<br />
todos os setores de ativi<strong>da</strong>de econômica e<br />
to<strong>da</strong> a população, independentemente <strong>da</strong><br />
classe social a que pertençam, microregião em<br />
que estejam radicados, cor, religião ou outro<br />
fator de diferenciação. Esse processo de desenvolvimento<br />
deve respeitar os princípios de<br />
sustentabili<strong>da</strong>de ambiental e funcionar como<br />
indutor de progresso para a população na geração<br />
de emprego e ren<strong>da</strong> e melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de<br />
de vi<strong>da</strong>.<br />
De acordo com as metas do Mapa Estratégico<br />
<strong>da</strong> Indústria Goiana, que será priori<strong>da</strong>de na<br />
gestão <strong>da</strong> nova diretoria, a indústria goiana deverá<br />
ser reconheci<strong>da</strong>, a longo prazo, pela sua<br />
capaci<strong>da</strong>de de geração de emprego e ren<strong>da</strong>, de<br />
valorização dos trabalhadores, do uso de tecnologias<br />
limpas, de relações transparentes com<br />
a socie<strong>da</strong>de e minimização dos impactos ambientais<br />
decorrentes do processo produtivo.<br />
FERROVIA NORTE-SUL<br />
Trecho goiano adiado para 2011<br />
Ficou para 2011 a inauguração do<br />
trecho <strong>da</strong> Ferrovia Norte-Sul em<br />
Goiás. A entrega <strong>da</strong> obra estava no<br />
calendário de inaugurações do último<br />
mês do governo do presidente<br />
Luiz Inácio Lula <strong>da</strong> Silva. O trecho<br />
que chega a Anápolis deve ser liberado<br />
somente no segundo semestre<br />
de 2011, de acordo o ministro dos<br />
Transportes, Paulo Sérgio Passos.<br />
Este foi o segundo adiamento <strong>da</strong><br />
obra previsto no Programa de Aceleração<br />
do Crescimento (PAC) do<br />
governo federal, mas, segundo as<br />
autori<strong>da</strong>des, as obras mais importantes<br />
terão continui<strong>da</strong>de no próximo<br />
governo. "Estamos trabalhando<br />
de forma aplica<strong>da</strong> para que ela chegue<br />
a Anápolis, o que ain<strong>da</strong> não<br />
aconteceu por causa <strong>da</strong> influência<br />
<strong>da</strong>s chuvas. Mas é uma obra que<br />
trará grandes benefícios ao Estado<br />
do Tocantins, que a ferrovia corta<br />
de ponta a ponta", explicou Passos.<br />
No balanço <strong>da</strong> obra, ain<strong>da</strong> resta<br />
26% de execução do trecho Palmas<br />
(TO) a Uruaçu (GO) e 14% entre Uruaçu<br />
e Anápolis (GO), considerando a<br />
situação espera<strong>da</strong> no balanço para 31<br />
de dezembro deste ano. A previsão<br />
inicial era de que o trecho Palmas-<br />
Anápolis teria sido inaugurado em julho<br />
de 2010.<br />
O governo federal entregou o<br />
trecho norte <strong>da</strong> ferrovia, com 719<br />
quilômetros, em agosto, cujos investimentos<br />
passam de R$ 1,6 bilhão.<br />
O trecho sul terá 1,5 mil quilômetros<br />
e prevê investimentos totais<br />
de R$ 6 bilhões. A Ferrovia Norte-Sul<br />
terá 1.728 quilômetros e sua<br />
construção emprega 11 mil pessoas.<br />
(CANAL, com informações <strong>da</strong><br />
Agência Brasil).<br />
06 CANAL, Jornal <strong>da</strong> Bioenergia