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minuta projeto de lei “consolida as disposições do plano diretor do ...

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MINUTA PROJETO DE LEI<br />

“CONSOLIDA AS DISPOSIÇÕES DO PLANO DIRETOR DO<br />

MUNICÍPIO INCORPORANDO AS REVISÕES REALIZADAS<br />

CONFORME DETERMINAÇÃO PREVISTA NO § 3º DO ARTIGO 40<br />

DA LEI 10.257/01 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.<br />

O Prefeito <strong>do</strong> Município da Estância Turística <strong>de</strong> Embu FRANCISCO<br />

NASCIMENTO DE BRITO resolve, no uso <strong>de</strong> su<strong>as</strong> atribuições legais,<br />

apresentar ao Egrégio Plenário da Câmara Municipal o seguinte <strong>projeto</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>lei</strong>:<br />

TÍTULO I<br />

DOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS<br />

Art. 1º - Na execução da política urbana, em seus múltiplos <strong>as</strong>pectos, será aplica<strong>do</strong> o previsto<br />

nesta <strong>lei</strong>, sem prejuízo d<strong>as</strong> <strong>lei</strong>s específic<strong>as</strong> aplicáveis ao c<strong>as</strong>o.<br />

§ 1º - O objetivo da Política Urbana é or<strong>de</strong>nar o pleno <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong> funções Sociais da<br />

Cida<strong>de</strong> e o uso socialmente justo, ecologicamente equilibra<strong>do</strong> e diversifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> seu território,<br />

<strong>as</strong>seguran<strong>do</strong> o bem estar da coletivida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e corrigin<strong>do</strong> eventuais<br />

distorções da expansão urbana e seus efeitos negativos sobre a socieda<strong>de</strong> e o meio ambiente.<br />

§ 2º - Para fins <strong>de</strong> realização <strong>do</strong> objetivo previsto no parágrafo anterior <strong>de</strong>ver-se-á aplicar<br />

a<strong>de</strong>quadamente os institutos tributários, financeiros, jurídicos, políticos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a se<br />

privilegiar os investimentos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> bem-estar geral e fruição <strong>do</strong>s bens pelos diferentes<br />

segmentos sociais.<br />

Art. 2º - Os agentes públicos e os agentes priva<strong>do</strong>s, individuais ou coletivos, responsáveis pela<br />

observância e aplicação d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> e norm<strong>as</strong> <strong>do</strong> Plano Diretor, <strong>de</strong>vem observar e aplicar os<br />

seguintes princípios:<br />

I - justiça social e redução d<strong>as</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais e territoriais;<br />

II - inclusão social, garantin<strong>do</strong> acesso a bens, serviços e polític<strong>as</strong> sociais <strong>do</strong> município;<br />

1


III - direito à cida<strong>de</strong> para to<strong>do</strong>s, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o direito à terra urbana, à moradia, ao<br />

saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e serviços públicos, ao trabalho e<br />

ao lazer;<br />

IV - respeito às funções sociais da cida<strong>de</strong> e à função social da proprieda<strong>de</strong>;<br />

V - transferência para toda socieda<strong>de</strong> da valorização imobiliária inerente à urbanização;<br />

VI - direito universal à moradia digna;<br />

VII – universalização progressiva da mobilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong>;<br />

VIII - priorida<strong>de</strong> ao transporte público coletivo <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a garantir a trafegabilida<strong>de</strong> segura,<br />

or<strong>de</strong>nada, disciplinada e eficiente;<br />

IX - preservação e recuperação <strong>do</strong> ambiente natural;<br />

X - fortalecimento e valorização d<strong>as</strong> funções <strong>de</strong> planejamento, articulação e controle urbano;<br />

XI - aprimoramento da racionalização e coor<strong>de</strong>nação d<strong>as</strong> ações da administração pública;<br />

XII - <strong>de</strong>scentralização da ação pública;<br />

XIII - participação da população nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, planejamento e gestão;<br />

XIV – a<strong>de</strong>quação e manutenção da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida ambiental urbana em to<strong>do</strong> o município;<br />

XV – orientação e fiscalização <strong>do</strong> uso racional <strong>do</strong>s recursos naturais compatíveis com a<br />

preservação ambiental e especial cuida<strong>do</strong> na proteção <strong>do</strong> solo e da água;<br />

Art. 3º - Os objetivos gerais <strong>do</strong> Plano Diretor, <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>s princípios arrola<strong>do</strong>s no artigo<br />

anterior, são:<br />

I - No cumprimento d<strong>as</strong> funções sociais:<br />

a) consolidar a Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Embu d<strong>as</strong> Artes como pólo <strong>de</strong> atração turístico e ambiental;<br />

b) promover polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> com a participação da comunida<strong>de</strong>, mediante um processo<br />

permanente <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>mocrática da cida<strong>de</strong>;<br />

c) ampliar a b<strong>as</strong>e <strong>de</strong> auto-sustentação econômica <strong>do</strong> município geran<strong>do</strong> emprego e renda para a<br />

população local;<br />

d) aumentar a oferta <strong>de</strong> moradi<strong>as</strong> sociais e evitar a <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse ambiental<br />

pela urbanização;<br />

e) aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> serviços públicos reclama<strong>do</strong>s pela população que habita e/ou atua no<br />

Município;<br />

f) promover o uso <strong>do</strong> espaço urbano compatível com a preservação ambiental;<br />

g) ampliar e melhorar a qualificação da área <strong>do</strong> centro histórico e <strong>de</strong>mais bairros para o uso e<br />

mobilida<strong>de</strong>;<br />

h) criar pontos <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> com implantação <strong>de</strong> equipamentos para turismo e eventos<br />

culturais;<br />

i) incentivar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, eventos e empreendimentos turísticos;<br />

2


j) implementar, progressivamente, program<strong>as</strong> <strong>de</strong> educação ambiental e <strong>de</strong> trânsito n<strong>as</strong> escol<strong>as</strong><br />

públic<strong>as</strong> municipais, com a participação <strong>do</strong>s pais;<br />

k) especial atenção na garantia da formação escolar pública e inclusiva para toda a população;<br />

II - No cumprimento <strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento e direcionamento sócio econômico e da expansão urbana:<br />

a) estabelecer uma política fundiária voltada para a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> terr<strong>as</strong> junto às áre<strong>as</strong><br />

urbanizad<strong>as</strong> <strong>do</strong> município <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a:<br />

1 - promover a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> terr<strong>as</strong> para moradia social;<br />

2 - <strong>de</strong>finir áre<strong>as</strong> para o lazer e para preservação ambiental;<br />

3 - <strong>de</strong>marcar zon<strong>as</strong> prioritári<strong>as</strong> para ações <strong>de</strong> saneamento ambiental;<br />

4 - promover a integração entre os bairros e <strong>de</strong>stes com o centro histórico.<br />

b) aprimoramento constante d<strong>as</strong> form<strong>as</strong> <strong>de</strong> participação <strong>de</strong>mocrática, para o planejamento e a<br />

gestão urbana <strong>do</strong> município.<br />

Art. 4º - Na promoção da política urbana, o Município <strong>de</strong>ve observar e aplicar <strong>as</strong> diretrizes<br />

gerais estabelecid<strong>as</strong> no Estatuto da Cida<strong>de</strong>, bem como <strong>as</strong> seguintes diretrizes locais:<br />

I - <strong>as</strong>segurar a alocação a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> espaços, equipamentos e serviços públicos para os<br />

habitantes e para <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> em geral;<br />

II - <strong>as</strong>segurar a integração entre <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> urban<strong>as</strong> visan<strong>do</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento territorial<br />

socialmente justo e ambientalmente sustentável;<br />

III - propiciar a recuperação com requalificação d<strong>as</strong> condições existentes <strong>do</strong> sistema viário<br />

urbano, <strong>as</strong>seguran<strong>do</strong> o acesso aos equipamentos urbanos, comunitários e aos serviços públicos<br />

essenciais;<br />

IV - fomentar a política <strong>de</strong> regularização fundiária e urbanização <strong>do</strong>s núcleos habitacionais<br />

caracteriza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> interesse social;<br />

V - garantir a implementação <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong> reabilitação urbana, com a correção da estrutura<br />

física/geotécnica n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> <strong>de</strong> risco, priorizan<strong>do</strong> a manutenção e/ou<br />

re<strong>as</strong>sentamento da população;<br />

VI - buscar o cumprimento da função social para áre<strong>as</strong> ocios<strong>as</strong> que tenham característic<strong>as</strong><br />

a<strong>de</strong>quad<strong>as</strong> à produção <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> interesse social, estimulan<strong>do</strong> o seu aproveitamento<br />

através da aplicação <strong>do</strong>s instrumentos urbanísticos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s;<br />

VII - preservar e recuperar o meio ambiente natural e construí<strong>do</strong>, o patrimônio cultural,<br />

histórico, artístico e paisagístico, em especial na Área <strong>de</strong> Proteção e Recuperação <strong>do</strong>s<br />

Mananciais da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Guarapiranga - APRM-G;<br />

VIII – implementar e complementar a ação <strong>do</strong>s órgãos fe<strong>de</strong>rais e estaduais responsáveis pelo<br />

controle ambiental;<br />

IX - criar zon<strong>as</strong> especiais <strong>de</strong> interesse social com regimes urbanísticos específicos;<br />

3


X - manter gestão junto aos órgãos responsáveis pelos serviços públicos seja no âmbito estadual<br />

ou fe<strong>de</strong>ral, cujos serviços se mostrem <strong>de</strong>ficitários;<br />

XI - <strong>as</strong>segurar o direito <strong>de</strong> locomoção <strong>do</strong>s habitantes mediante oferta a<strong>de</strong>quada e prioritária <strong>de</strong><br />

transporte coletivo, sem prejuízo da segurança <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres;<br />

XII - promover o acesso <strong>do</strong>s habitantes ao Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Município;<br />

XIII - <strong>as</strong>segurar aos habitantes os serviços <strong>de</strong> educação, cultura e esportes;<br />

XIV – incentivar e organizar o turismo integran<strong>do</strong>-o à economia municipal e regional;<br />

XV - implementar medid<strong>as</strong> preventiv<strong>as</strong> para redução e combate à violência urbana;<br />

XVI - garantir a gestão <strong>de</strong>mocrática e participativa da cida<strong>de</strong>.<br />

Art. 5º - Para cumprir sua função social, por meio <strong>do</strong> planejamento, a proprieda<strong>de</strong> urbana <strong>de</strong>ve<br />

abrigar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse urbano e respeitar <strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> nesta <strong>lei</strong> <strong>de</strong>ntre os<br />

quais os seguintes requisitos:<br />

I – respeitar os limites e índices urbanísticos estabeleci<strong>do</strong>s no Plano Diretor e n<strong>as</strong> <strong>lei</strong>s<br />

específic<strong>as</strong>;<br />

II - garantir o cumprimento da função social no território urbano, em intensida<strong>de</strong> compatível<br />

com a oferta e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento da infraestrutura, <strong>do</strong>s equipamentos públicos,<br />

comunitários e serviços públicos <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong> administrativa;<br />

III - ter aproveitamento, uso e ocupação compatíveis com:<br />

a) a preservação <strong>do</strong> meio ambiente;<br />

b) o respeito ao direito <strong>de</strong> vizinhança;<br />

c) a segurança e a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus usuários e vizinhos;<br />

d) incentivo ao transporte público coletivo para a redução da utilização <strong>do</strong> transporte particular.<br />

§ 1º - Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse urbano são aquel<strong>as</strong> inerentes ao pleno exercício <strong>do</strong> direito à cida<strong>de</strong><br />

sustentável, ao pleno respeito e cumprimento d<strong>as</strong> funções sociais da cida<strong>de</strong> e ao bem estar <strong>de</strong><br />

seus habitantes e usuários, incluin<strong>do</strong> moradia, produção industrial, agropecuária, comércio <strong>de</strong><br />

bens, prestação <strong>de</strong> serviços, circulação <strong>de</strong> bens e pesso<strong>as</strong>, preservação <strong>do</strong>s patrimônios cultural,<br />

histórico, ambiental, paisagístico.<br />

§ 2º - A compatibilida<strong>de</strong> com a preservação <strong>do</strong> meio ambiente se refere ao controle da poluição<br />

<strong>do</strong> ar, da água, <strong>do</strong> solo e controle <strong>do</strong>s resíduos, <strong>as</strong>sim como a flui<strong>de</strong>z <strong>de</strong> drenagem d<strong>as</strong> águ<strong>as</strong><br />

pluviais, <strong>do</strong>s cursos d’água, maior permeabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, maior preservação <strong>de</strong> sua cobertura<br />

vegetal nativa e da vegetação existente.<br />

Art. 6º - As intervenções <strong>de</strong> órgãos fe<strong>de</strong>rais, estaduais e municipais, <strong>de</strong>verão respeitar os limites<br />

estabeleci<strong>do</strong>s pela Constituição Fe<strong>de</strong>ral, Estatuto da Cida<strong>de</strong> e Lei Orgânica Municipal.<br />

4


Art. 7º - Para os fins estabeleci<strong>do</strong>s no artigo 182 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, a proprieda<strong>de</strong> cumpre<br />

sua função social quan<strong>do</strong> aten<strong>de</strong> às exigênci<strong>as</strong> <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> nesta <strong>lei</strong>.<br />

Parágrafo único – O proprietário ou possui<strong>do</strong>r a qualquer título <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gleb<strong>as</strong> ou<br />

lotes <strong>de</strong>socupa<strong>do</strong>s ou on<strong>de</strong> o coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento mínimo não esteja <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

legislação, sujeitar-se-á aos instrumentos e às penalida<strong>de</strong>s previst<strong>as</strong> nesta <strong>lei</strong> e na legislação<br />

específica.<br />

TÍTULO II<br />

DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: OBJETIVOS, DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS<br />

CAPÍTULO I<br />

DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL<br />

Seção I<br />

Da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico Social<br />

Art. 8º - A política municipal <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico terá por objetivo<br />

proporcionar o aumento da dinâmica econômica <strong>do</strong> Município, combina<strong>do</strong> com a justa<br />

distribuição <strong>do</strong>s benefícios d<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> para os seus habitantes.<br />

Parágrafo Único - O Po<strong>de</strong>r Público Municipal <strong>de</strong>verá incentivar a instalação e a ampliação d<strong>as</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong>, gera<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>de</strong> renda e empregos, volta<strong>do</strong>s para o Município <strong>de</strong> Embu d<strong>as</strong><br />

Artes.<br />

Art. 9º - A política municipal <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r, entre outr<strong>as</strong>,<br />

<strong>as</strong> seguintes diretrizes:<br />

I - promover ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>nada e <strong>de</strong>scentralizada no<br />

território <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o zoneamento;<br />

II - fomentar iniciativ<strong>as</strong> visan<strong>do</strong> atrair investimentos públicos ou priva<strong>do</strong>s, nacionais e<br />

estrangeiros, compatibilizan<strong>do</strong> crescimento econômico com justiça social e equilíbrio<br />

ambiental;<br />

III - dinamizar a capacida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> forma articulada com o potencial turístico, histórico<br />

e cultural <strong>do</strong> Município, incentivan<strong>do</strong> a produção agrícola n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> urban<strong>as</strong> e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s ligad<strong>as</strong> ao turismo ecológico, no estrito respeito à pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vocações da cida<strong>de</strong>;<br />

IV - incentivar e apoiar a formação <strong>de</strong> cooperativ<strong>as</strong> <strong>de</strong> serviço e produção;<br />

V – incentivar e apoiar o micro e pequeno empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r.<br />

5


Parágrafo Único - A política municipal <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico no campo <strong>do</strong><br />

trabalho, emprego e renda <strong>de</strong>ve ser direcionada para diminuir o <strong>de</strong>semprego, qualificar e<br />

requalificar a mão <strong>de</strong> obra, incentivar pequenos empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res, integrar e fortalecer <strong>as</strong> ca<strong>de</strong>i<strong>as</strong><br />

produtiv<strong>as</strong> locais.<br />

Art. 10 - São ações estratégic<strong>as</strong> no campo <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico:<br />

I – a elaboração e implementação <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Estratégico <strong>do</strong> Município;<br />

II – implantação <strong>de</strong> um <strong>plano</strong> <strong>de</strong> incentivo ao <strong>de</strong>senvolvimento da produção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

habitação popular e elaboração <strong>do</strong> Plano Municipal <strong>de</strong> Regularização Fundiária e<br />

Edilícia;<br />

III – a regulamentação <strong>do</strong>s instrumentos previstos no Estatuto da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma a garantir sua<br />

plena aplicação.<br />

IV - a ampliação da Zona Empresarial ao longo da Ro<strong>do</strong>via Régis Bittencourt - BR-116 e seu<br />

entorno, visan<strong>do</strong> dinamizar <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> n<strong>as</strong> imediações <strong>do</strong> Ro<strong>do</strong>anel;<br />

V - a implantação <strong>de</strong> circuitos turísticos com mini - pólos comerciais e <strong>de</strong> serviços como forma<br />

<strong>de</strong> intensificar o aproveitamento <strong>do</strong> potencial turístico existente no Município;<br />

VI - a promoção <strong>de</strong> melhoramentos urbanísticos e <strong>de</strong> infraestrutura da região contida n<strong>as</strong> Zon<strong>as</strong><br />

Corre<strong>do</strong>r Misto – ZCM;<br />

VII - a consolidação <strong>de</strong> infraestrutura urbana mínima nos núcleos urbanos existentes em Zona<br />

Urbana Consolidada – ZUC, <strong>de</strong>scontínuos da mancha urbana, como forma <strong>de</strong> fomentar a<br />

<strong>de</strong>scentralização da geração <strong>de</strong> empregos e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho no Município;<br />

VIII – a i<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> agrícol<strong>as</strong> como incentivo para a produção no<br />

Município.<br />

Seção II<br />

Da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Turismo<br />

Art. 11 - A política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico tem como objetivo:<br />

I – manter o fluxo turístico e diversificar su<strong>as</strong> modalida<strong>de</strong>s;<br />

II - consolidar a vocação <strong>do</strong> município como pólo <strong>de</strong> eventos turísticos;<br />

III - estabelecer polític<strong>as</strong> <strong>de</strong> integração turística entre municípios.<br />

Art. 12 - A política municipal <strong>de</strong> turismo com b<strong>as</strong>e n<strong>as</strong> priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> <strong>do</strong>s artigos 227 ao<br />

artigo 232 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município tem como diretrizes:<br />

I - efetivar o Plano Diretor <strong>de</strong> Turismo <strong>do</strong> município;<br />

II - potencializar o uso <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação para ampliar o turismo no Município;<br />

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III - dinamizar e ampliar <strong>as</strong> parceri<strong>as</strong> com os organismos públicos fe<strong>de</strong>rais e estaduais <strong>de</strong><br />

turismo, bem como com instituições privad<strong>as</strong> e empresariais para ampliar a capacida<strong>de</strong> e a<br />

dinâmica turística <strong>do</strong> Município;<br />

IV – promover, consolidar e estimular <strong>as</strong> parceri<strong>as</strong> <strong>de</strong>senvolvid<strong>as</strong> com entida<strong>de</strong>s públic<strong>as</strong> e<br />

privad<strong>as</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e serviços turísticos, especialmente n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

hospedagem, g<strong>as</strong>tronomia e outr<strong>as</strong> <strong>de</strong>rivações turístic<strong>as</strong>, tais como ecoturismo, turismo <strong>de</strong><br />

aventura, turismo cultural, <strong>de</strong>ntre outros <strong>de</strong> manifestação espontânea no Município;<br />

V - <strong>de</strong>senvolver program<strong>as</strong> <strong>de</strong> capacitação para os agentes públicos, trabalha<strong>do</strong>res e agentes<br />

sociais que atuam no setor turístico no Município.<br />

Art. 13 - São ações estratégic<strong>as</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> turismo no Município:<br />

I - elaborar e implantar o Plano <strong>de</strong> Melhoramento da Configuração, <strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento e da<br />

qualificação da feira <strong>de</strong> artesanato <strong>do</strong> município;<br />

II – realização, promoção e apoio a eventos volta<strong>do</strong>s à promoção e divulgação <strong>do</strong> patrimônio<br />

artístico e ambiental <strong>do</strong> município;<br />

III - organização <strong>de</strong> p<strong>as</strong>seios e circuitos <strong>de</strong> trilh<strong>as</strong> ecológic<strong>as</strong> e <strong>de</strong> ciclismo;<br />

IV - construção e equipagem <strong>de</strong> pavilhão cultural para ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso público;<br />

V - elaboração <strong>de</strong> um <strong>plano</strong> <strong>de</strong> integração turística e urbanística <strong>do</strong> Parque Francisco Rizzo;<br />

VI - ampliar a área reservada à feira d<strong>as</strong> Artes, com interdição <strong>de</strong> acesso aos automóveis e a<br />

criação <strong>de</strong> bolsões <strong>de</strong> estacionamento para expositores, lojist<strong>as</strong> e turist<strong>as</strong>;<br />

VII - implantação <strong>do</strong>s circuitos turísticos;<br />

VIII - elaborar e implantar o Plano <strong>de</strong> divulgação <strong>do</strong>s atrativos turísticos <strong>do</strong> município para<br />

setores públicos e priva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fomento ao turismo, para os turist<strong>as</strong> e mora<strong>do</strong>res;<br />

IX – implantar e dinamizar parques urbanos.<br />

Seção III<br />

Da Política <strong>de</strong> Agropecuária<br />

Art. 14 - A política municipal <strong>de</strong> agropecuária terá por objetivo:<br />

I - incentivar a produção <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> forma coletiva e ou familiar garantin<strong>do</strong> à população o<br />

acesso a alimentos saudáveis e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que visam o combate à fome e a promoção da<br />

segurança alimentar nutricional;<br />

II - estimular a geração <strong>de</strong> trabalho e renda por meio <strong>de</strong> pratic<strong>as</strong> <strong>de</strong> agricultura urbana,<br />

periurbana, rural e familiar, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os processos <strong>de</strong> produção, beneficiamento,<br />

distribuição e comercialização <strong>de</strong> alimentos;<br />

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III - fomentar a gestão ambiental <strong>do</strong> território, potencializan<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> espaços ociosos com<br />

prátic<strong>as</strong> <strong>de</strong> agricultura, promoven<strong>do</strong> a recuperação, conservação e o uso sustentável <strong>do</strong>s recursos<br />

naturais.<br />

Art. 15 - São diretrizes da política <strong>de</strong> agropecuária:<br />

I - implementar uma política municipal <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência técnica que esteja articulada à construção<br />

<strong>de</strong> uma nova matriz tecnológica para à produção e que valorize <strong>as</strong> prátic<strong>as</strong> agroecológic<strong>as</strong> e os<br />

conhecimentos tradicionais;<br />

II - implementar polític<strong>as</strong> <strong>de</strong> valorização da produção para a subsistência d<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

agricultores e <strong>de</strong> estratégia <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong>sses segmentos produtivos;<br />

III - estimular e consolidar os circuitos locais e regionais <strong>de</strong> comercialização e <strong>de</strong> ab<strong>as</strong>tecimento<br />

(feir<strong>as</strong>, sacolões, venda direta), bem como o atendimento às <strong>de</strong>mand<strong>as</strong> institucionais (merenda<br />

escolar, hospitais, creches), através <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> regulação da relação oferta-<strong>de</strong>manda,<br />

como forma <strong>de</strong> melhorar e ampliar o acesso <strong>de</strong> agricultores aos merca<strong>do</strong>s;<br />

IV - incentivar o <strong>as</strong>sociativismo, o cooperativismo e <strong>as</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia solidária, como<br />

instrumento estratégico da sustentabilida<strong>de</strong> econômica, social e ambiental;<br />

Art. 16 – São ações estratégic<strong>as</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento da agropecuária:<br />

I - inserir e valorizar a agropecuária na estrutura administrativa e econômica <strong>do</strong> município;<br />

II - criar o Programa Municipal <strong>de</strong> Agropecuária;<br />

III - <strong>de</strong>finir espaços próprios para pratica <strong>de</strong> agropecuária, caracterizan<strong>do</strong> <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso<br />

agrícola nos diferentes zoneamentos <strong>do</strong> Plano Diretor com NRag (Não Resi<strong>de</strong>ncial - Uso<br />

Agropecuário);<br />

IV – estimular e promover o acesso às polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> estaduais e fe<strong>de</strong>rais relacionad<strong>as</strong> ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da agricultura;<br />

V – promover <strong>as</strong>sistência técnica para <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> e grupos envolvi<strong>do</strong>s com o programa<br />

municipal <strong>de</strong> agropecuária;<br />

VI – promover incentivos legais e fiscais, para quem pratica a agricultura;<br />

VII - viabilizar cad<strong>as</strong>tro <strong>do</strong>s espaços disponíveis para a prática <strong>de</strong> agricultura e <strong>do</strong>s grupos<br />

interessa<strong>do</strong>s;<br />

VIII - estimular a formação, garantin<strong>do</strong> a gestão <strong>do</strong> Conselho Municipal <strong>de</strong> Agricultura;<br />

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CAPÍTULO II<br />

DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E DA QUALIDADE DE VIDA<br />

Seção I<br />

Da Saú<strong>de</strong><br />

Art. 17 - As ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são realiza<strong>do</strong>s pelo Sistema Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, com<br />

b<strong>as</strong>e nos preceitos e diretrizes <strong>do</strong> Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) e da política municipal <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> prevista <strong>do</strong>s artigos 199 ao 211 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município.<br />

Art. 18 - A política municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser executada para aten<strong>de</strong>r os seguintes objetivos:<br />

I - <strong>de</strong>senvolver ações <strong>de</strong> recuperação, proteção e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma integral à<br />

população segun<strong>do</strong> princípios da universalida<strong>de</strong>, equida<strong>de</strong> e integralida<strong>de</strong>;<br />

II - <strong>de</strong>finir e implementar <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em consonância com <strong>as</strong> diretrizes<br />

estabelecid<strong>as</strong> no <strong>plano</strong> <strong>de</strong> governo, na legislação municipal, estadual e fe<strong>de</strong>ral pertinente e<br />

observan<strong>do</strong> ainda <strong>as</strong> orientações e <strong>de</strong>liberações <strong>do</strong> Conselho municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

III - gerenciar os recursos financeiros aloca<strong>do</strong>s no fun<strong>do</strong> municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em consonância<br />

com legislações específic<strong>as</strong> em vigor, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a viabilizar <strong>as</strong> ações planejad<strong>as</strong> no âmbito da<br />

Secretaria Municipal;<br />

IV - <strong>as</strong>segurar a autonomia <strong>do</strong> Município e a regionalização e hierarquização <strong>do</strong> sistema único<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

V - ampliar o acesso aos serviços e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>scentralizada e hierarquizada;<br />

VI - <strong>as</strong>segurar a participação popular na elaboração e implementação da política municipal <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> através da realização <strong>de</strong> Conferênci<strong>as</strong> Municipais, co-gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>mocrática através <strong>do</strong>s Conselhos Municipais e distritais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Art. 19 - A política municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública <strong>de</strong>verá ser consolidada por meio da formulação<br />

<strong>do</strong> Plano Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, observa<strong>do</strong> o disposto na Lei Orgânica <strong>do</strong> Município, e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com <strong>as</strong> seguintes diretrizes:<br />

I - garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço e <strong>do</strong> atendimento à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a integração d<strong>as</strong><br />

ações;<br />

II - garantir o sistema <strong>de</strong> controle social <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s pelo SUS através da manutenção<br />

<strong>do</strong>s conselhos paritários e fóruns <strong>de</strong>liberativos;<br />

III - garantir financiamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para o setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nos termos da Constituição Fe<strong>de</strong>ral;<br />

IV - melhorar <strong>as</strong> condições <strong>de</strong> trabalho, manter a qualificação <strong>do</strong>s profissionais e suprir <strong>as</strong><br />

<strong>de</strong>ficiênci<strong>as</strong> <strong>de</strong> material e equipamento, garantin<strong>do</strong> melhor <strong>as</strong>sistência à saú<strong>de</strong> da população;<br />

9


V - organizar o sistema <strong>de</strong> referencia e contra-referencia com órgãos <strong>de</strong> outr<strong>as</strong> esfer<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

governo.<br />

Art. 20 - São ações estratégic<strong>as</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento da saú<strong>de</strong>:<br />

I - implantar e implementar ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em relação a sua <strong>de</strong>manda e necessida<strong>de</strong><br />

diagnosticada em estu<strong>do</strong>;<br />

II – Promover a distribuição equilibrada <strong>do</strong>s equipamentos pelo território;<br />

III - garantir, na implementação da Política Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a estruturação da <strong>as</strong>sistência<br />

hospitalar integrada às ativida<strong>de</strong>s da Re<strong>de</strong> Básica e aos preceitos que fundamentam <strong>as</strong> ações<br />

programátic<strong>as</strong> indicad<strong>as</strong> no artigo 18 <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>;<br />

IV - promover a formação, capacitação e educação permanente para os profissionais da<br />

Secretaria da Saú<strong>de</strong>;<br />

V – estruturar e capacitar <strong>as</strong> equipes da estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família.<br />

VI - promover ações <strong>de</strong> educação para a saú<strong>de</strong> da população;<br />

VII - a<strong>de</strong>quar o quadro <strong>de</strong> recursos humanos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a necessida<strong>de</strong> da população;<br />

VIII - <strong>de</strong>senvolver ações intersetoriais e interdisciplinares, com participação da comunida<strong>de</strong><br />

para garantir a promoção da saú<strong>de</strong> e melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida;<br />

IX - propor e gerenciar convênios com instituições públic<strong>as</strong> ou privad<strong>as</strong>, consoante os objetivos<br />

que <strong>de</strong>finem <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

X - participar da formulação da política e da execução d<strong>as</strong> ações <strong>de</strong> saneamento básico junto aos<br />

órgãos competentes.<br />

Seção II<br />

Da Educação<br />

Art. 21 - A política municipal <strong>de</strong> Educação, com b<strong>as</strong>e nos princípios e preceitos previstos <strong>do</strong>s<br />

artigos 212 ao 217 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município, tem como objetivos principais:<br />

I - atendimento às crianç<strong>as</strong> <strong>de</strong> zero a seis anos, incluíd<strong>as</strong> <strong>as</strong> porta<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, na re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Escol<strong>as</strong> Municipais <strong>de</strong> Educação Infantil, priorizan<strong>do</strong> o acesso <strong>de</strong> crianç<strong>as</strong> oriund<strong>as</strong> <strong>de</strong> famíli<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong> baixa renda;<br />

II - atendimento aos porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência integra<strong>do</strong>s à Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Escol<strong>as</strong> Municipais, com<br />

manutenção da Escola <strong>de</strong> Educação especial;<br />

III - implantação e manutenção <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação profissional visan<strong>do</strong> à qualificação da<br />

mão-<strong>de</strong>-obra local;<br />

IV - implementação <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoamento <strong>de</strong> profissionais da educação.<br />

Art. 22 - São diretrizes da política municipal <strong>de</strong> Educação:<br />

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I - a universalização gradual da educação infantil;<br />

II - a oferta <strong>de</strong> cursos específicos no ensino fundamental, regular e supletivo, no âmbito <strong>de</strong> sua<br />

competência;<br />

III - a <strong>de</strong>mocratização <strong>do</strong> conhecimento e a articulação <strong>de</strong> valores locais e regionais com a<br />

ciência universalmente produzi<strong>do</strong>s;<br />

IV - a expansão da re<strong>de</strong> física e aquisição <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

indica<strong>do</strong>res populacionais.<br />

V – manutenção <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong> educação e alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos, visan<strong>do</strong> a<br />

reinclusão educacional <strong>de</strong> adultos e a erradicação <strong>do</strong> analfabetismo no território <strong>do</strong> Município.<br />

Art. 23 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política municipal <strong>de</strong> Educação:<br />

I - ampliação <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos, visan<strong>do</strong> à erradicação no<br />

analfabetismo no Município;<br />

II – Elevar o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> da população;<br />

III - propiciar os cursos <strong>de</strong> formação profissional visan<strong>do</strong> à qualificação da mão-<strong>de</strong>-obra local;<br />

IV – conscientizar sobre a importância da implementação <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

atualização/aperfeiçoamento <strong>de</strong> profissionais da educação.<br />

Seção III<br />

Da Cultura<br />

Art. 24 - São objetivos da política municipal <strong>de</strong> cultura:<br />

I – garantir a preservação e promoção <strong>do</strong> patrimônio cultural, material e imaterial <strong>de</strong> Embu d<strong>as</strong><br />

Artes;<br />

II – <strong>as</strong>segurar o pleno funcionamento <strong>de</strong> equipamentos e serviços culturais municipais;<br />

III - articular a política cultural ao conjunto d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> voltad<strong>as</strong> para a inclusão<br />

social, especialmente <strong>as</strong> educacionais e <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong>;<br />

IV - promover o aperfeiçoamento e valorização <strong>do</strong>s profissionais <strong>de</strong> cultura;<br />

V - apoiar manifestações culturais que se situam à margem da indústria cultural e <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong><br />

comunicação.<br />

Art. 25 - São diretrizes da política municipal da cultura:<br />

I - integração da população, especialmente d<strong>as</strong> regiões mais carentes da Cida<strong>de</strong>, à criação, à<br />

produção e fruição <strong>de</strong> b<strong>as</strong>es culturais;<br />

II - implantação <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong> formação e estímulo à criação e participação na vida cultural<br />

<strong>do</strong> município, com especial atenção aos jovens.<br />

11


Art. 26 - A política municipal <strong>de</strong> Cultura, com b<strong>as</strong>e nos princípios e preceitos previstos <strong>do</strong>s<br />

artigos 218 ao 226 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município, tem como ações estratégic<strong>as</strong>:<br />

I - consolidar um sistema <strong>de</strong> oficin<strong>as</strong> <strong>de</strong> arte <strong>de</strong>scentralizad<strong>as</strong> em entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bairros;<br />

II - criar espaços e centros culturais <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a cursos, palestr<strong>as</strong> e exposições;<br />

III - reestruturar os centros culturais existentes;<br />

IV - implantar uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> bibliotec<strong>as</strong> públic<strong>as</strong>;<br />

V – criar e implementar o Conselho Municipal <strong>de</strong> Cultura e o Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Apoio à Cultura;<br />

VI - incentivar a implantação e conservação <strong>de</strong> monumentos e obr<strong>as</strong> <strong>de</strong> arte em praç<strong>as</strong> públic<strong>as</strong>.<br />

Seção IV<br />

Dos Esportes<br />

Art. 27 - A política municipal <strong>de</strong> Esportes e Lazer, com b<strong>as</strong>e nos princípios e preceitos<br />

previstos nos artigos 233 e 234 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município, tem como objetivo oferecer<br />

acesso universal e integral às prátic<strong>as</strong> esportiv<strong>as</strong>, promoven<strong>do</strong> bem-estar e melhoria na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Art. 28 - São diretrizes da política municipal <strong>do</strong> Esporte e Lazer:<br />

I - valorizar <strong>as</strong> equipes esportiv<strong>as</strong> por meio <strong>de</strong> incentivos e program<strong>as</strong> específicos;<br />

II - promover a educação integral da criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente através da prática <strong>de</strong> esportes;<br />

III - promoção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recreação e esportes n<strong>as</strong> divers<strong>as</strong> modalida<strong>de</strong>s, estimulan<strong>do</strong> o<br />

uso múltiplo <strong>do</strong>s equipamentos, tais como centros <strong>de</strong> convivência e clubes públicos;<br />

IV - <strong>de</strong>scentralizar <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s esportiv<strong>as</strong> para ampliar o acesso da população aos eventos e<br />

ações promovi<strong>do</strong>s pela Secretaria Municipal <strong>de</strong> Esporte;<br />

V - reestruturar <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> futebol <strong>de</strong> campo da primeira, segunda e terceira divisões e <strong>do</strong>s<br />

veteranos;<br />

VI - aumentar o número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> atendimento para a terceira ida<strong>de</strong>;<br />

VII - implantar e melhorar a infraestrutura esportiva nos bairros;<br />

VIII - promover, divulgar e qualificar <strong>de</strong> forma ampla <strong>as</strong> vári<strong>as</strong> modalida<strong>de</strong>s esportiv<strong>as</strong> no<br />

município.<br />

Art. 29 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política municipal <strong>de</strong> esportes:<br />

I - <strong>as</strong>segurar o pleno funcionamento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os equipamentos <strong>de</strong> administração direta,<br />

garantin<strong>do</strong> a manutenção d<strong>as</strong> instalações;<br />

II - construir equipamentos <strong>de</strong> esporte e lazer em regiões mais carentes;<br />

III - promover a integração com clubes esportivos sociais objetivan<strong>do</strong> o fomento <strong>do</strong> esporte e a<br />

integração social;<br />

12


IV - implantar program<strong>as</strong> <strong>de</strong> ru<strong>as</strong> <strong>de</strong> lazer e pontos fixos <strong>de</strong> espaço <strong>de</strong> múltiplos usos, com<br />

priorida<strong>de</strong> nos bairros mais carentes <strong>de</strong> estrutur<strong>as</strong> <strong>de</strong> lazer.<br />

Seção V<br />

Da Cidadania e Assistência Social<br />

Art. 30 - São objetivos da Cidadania e <strong>as</strong>sistência social:<br />

I - garantir padrões básicos <strong>de</strong> vida, o que supõe o suprimento <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s sociais, que<br />

produzem a segurança da existência, da sobrevivência cotidiana e da dignida<strong>de</strong> humana;<br />

II - prover recursos e atenção, garantin<strong>do</strong> a proteção social e inclusão da população no circuito<br />

<strong>do</strong>s direitos da cidadania.<br />

Art. 31 - A política municipal <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência social, com b<strong>as</strong>e nos princípios e preceitos<br />

previstos <strong>do</strong>s artigos 235 ao 245 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município, tem como diretrizes:<br />

I - <strong>de</strong>scentralizar os serviços sociais e ampliar o atendimento social no Município;<br />

II - ampliar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência social da cida<strong>de</strong> mediante a promoção <strong>de</strong> parceri<strong>as</strong> com<br />

entida<strong>de</strong>s públic<strong>as</strong> e privad<strong>as</strong>;<br />

III - realizar program<strong>as</strong> e <strong>projeto</strong>s socioeducativos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a núcleos familiares;<br />

IV - consolidar os <strong>projeto</strong>s sociais <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à proteção <strong>do</strong>s direitos d<strong>as</strong> mulheres, crianç<strong>as</strong> e<br />

a<strong>do</strong>lescentes, jovens, i<strong>do</strong>sos, e porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais;<br />

V - consolidar o programa <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda e qualificação profissional;<br />

VI - estabelecer processos <strong>de</strong> participação popular na gestão d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência social;<br />

VII - <strong>de</strong>senvolver <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> segurança alimentar visan<strong>do</strong> o combate à fome.<br />

Art. 32 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência social:<br />

I - consolidar unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento que promovam ações <strong>de</strong> orientação e apoio sóciofamiliar<br />

à criança e a<strong>do</strong>lescente em situação <strong>de</strong> risco;<br />

II - realizar o atendimento social à população vitimada por situação <strong>de</strong> emergência ou <strong>de</strong><br />

calamida<strong>de</strong> pública em ação conjunta com a <strong>de</strong>fesa civil;<br />

III - integrar program<strong>as</strong> <strong>de</strong> âmbito intersecretariais para que seja incorpora<strong>do</strong> o segmento da<br />

terceira ida<strong>de</strong> n<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> <strong>de</strong> habitação, transporte e outr<strong>as</strong> <strong>de</strong> alcance social;<br />

IV - promover ações e program<strong>as</strong> multisetoriais direciona<strong>do</strong>s ao atendimento d<strong>as</strong> populações<br />

carentes;<br />

V - garantir o acesso <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais a to<strong>do</strong>s os serviços ofereci<strong>do</strong>s pelo<br />

po<strong>de</strong>r público municipal.<br />

VI – <strong>de</strong>senvolver estu<strong>do</strong>s para avaliar <strong>de</strong>ficiênci<strong>as</strong> qualitativ<strong>as</strong> e quantitativ<strong>as</strong> <strong>de</strong> cada bairro<br />

para garantia e ampliação da cidadania e planejamento d<strong>as</strong> ações <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência social.<br />

13


Seção VI<br />

Da Segurança Pública<br />

Art. 33 - São objetivos da Segurança Pública:<br />

I - <strong>as</strong>segurar a proteção <strong>de</strong> bens, instalações e serviços municipais, mediante ações articulad<strong>as</strong><br />

com a União, Esta<strong>do</strong> e a socieda<strong>de</strong> civil, nos limites d<strong>as</strong> atribuições estabelecid<strong>as</strong> no artigo 144<br />

da Constituição Fe<strong>de</strong>ral e <strong>de</strong>mais dispositivos legais;<br />

II - estabelecer polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> <strong>de</strong> segurança pública <strong>de</strong> forma integrada com outros setores da<br />

esfera municipal;<br />

III - <strong>do</strong>tar o Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal <strong>de</strong> recursos humanos, materiais e orçamentários para a<br />

realização d<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vigilância e prevenção da violência;<br />

IV - estimular e instrumentalizar o envolvimento da socieda<strong>de</strong> civil local n<strong>as</strong> questões relativ<strong>as</strong><br />

à segurança pública;<br />

V - estimular e instrumentalizar ações preventiv<strong>as</strong> por parte <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público estadual, fe<strong>de</strong>ral e<br />

municípios <strong>do</strong> entorno.<br />

Art. 34 - São diretrizes da Segurança Pública:<br />

I - a promoção da aproximação e integração entre os agentes <strong>de</strong> segurança municipais e a<br />

socieda<strong>de</strong> civil;<br />

II - o estímulo à criação <strong>de</strong> Comissões Civis Comunitári<strong>as</strong> <strong>de</strong> Segurança Pública, encarregad<strong>as</strong><br />

da elaboração e execução <strong>de</strong> <strong>plano</strong>s <strong>de</strong> redução da violência, integra<strong>do</strong>s às instânci<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

participação cidadã;<br />

III - a execução, pública e transparente, <strong>de</strong> <strong>plano</strong>s para controle e redução da violência local por<br />

meio <strong>de</strong> ações múltipl<strong>as</strong> e integrad<strong>as</strong> com outros setores da socieda<strong>de</strong> civil atuantes no<br />

município;<br />

IV - o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> program<strong>as</strong> educativos e profissionalizantes com objetivo <strong>de</strong><br />

ressocialização e reintegração familiar <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescentes, jovens e adultos em condições <strong>de</strong><br />

vulnerabilida<strong>de</strong> social;<br />

V – fortalecimento d<strong>as</strong> re<strong>de</strong>s sociais e comunitári<strong>as</strong> e <strong>do</strong>s conselhos tutelares com o objetivo <strong>de</strong><br />

garantir o acesso à justiça, à segurança e à convivência pacífica;<br />

VI – transparência e acesso público às informações referentes ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> polític<strong>as</strong><br />

públic<strong>as</strong> voltad<strong>as</strong> à segurança.<br />

Art. 35 - São ações da Segurança Pública:<br />

I – manutenção <strong>do</strong>s serviços da guarda municipal conforme disposto no artigo 144 da<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral<br />

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II - implantar gradativamente a presença da guarda civil municipal n<strong>as</strong> rond<strong>as</strong> no entorno d<strong>as</strong><br />

escol<strong>as</strong>, no centro, nos bairros e n<strong>as</strong> feir<strong>as</strong> livres, no limite <strong>de</strong> sua competência estabelecida em<br />

<strong>lei</strong>;<br />

III - aumentar gradativamente o efetivo da guarda municipal visan<strong>do</strong> a<strong>de</strong>quá-lo às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong> município;<br />

IV - estimular a promoção <strong>de</strong> convênios com os governos estadual e fe<strong>de</strong>ral e Ministério<br />

Público para a troca <strong>de</strong> informações e ações conjunt<strong>as</strong> na área <strong>de</strong> prevenção e repressão<br />

criminal;<br />

V - capacitar a <strong>de</strong>fesa civil em procedimentos <strong>de</strong> emergência integran<strong>do</strong>-a à <strong>de</strong>fesa civil<br />

estadual.<br />

CAPÍTULO III<br />

DO DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL<br />

Seção I<br />

Da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano<br />

Art. 36 - São objetivos da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano:<br />

I – promover o <strong>de</strong>senvolvimento e or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo garantin<strong>do</strong> a integração<br />

territorial, <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social, <strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s a preservação e proteção <strong>do</strong>s<br />

recursos naturais;<br />

II - estimular o crescimento da cida<strong>de</strong> em áre<strong>as</strong> já urbanizad<strong>as</strong>, <strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

infraestrutura e equipamentos, otimizan<strong>do</strong> o aproveitamento da capacida<strong>de</strong> instalada;<br />

III - estimular a reestruturação e requalificação urbanística em áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>nsamente habitad<strong>as</strong>;<br />

IV - evitar a segregação <strong>de</strong> usos, promoven<strong>do</strong> a diversificação e mixagem <strong>de</strong> usos compatíveis,<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a reduzir os <strong>de</strong>slocamentos da população e equilibrar a distribuição da oferta <strong>de</strong><br />

emprego na cida<strong>de</strong>;<br />

V - urbanizar, requalificar e regularizar favel<strong>as</strong>, loteamentos clan<strong>de</strong>stinos, irregulares e cortiços;<br />

visan<strong>do</strong> sua integração nos bairros;<br />

VI - coibir o surgimento <strong>de</strong> <strong>as</strong>sentamentos irregulares, implantan<strong>do</strong> sistema eficaz <strong>de</strong><br />

fiscalização e <strong>de</strong>finir <strong>as</strong> condições e parâmetros para regularizar os <strong>as</strong>sentamentos consolida<strong>do</strong>s,<br />

incorporan<strong>do</strong>-os à estrutura urbana, respeitan<strong>do</strong> o interesse público e o meio ambiente;<br />

VII – estabelecer articulações <strong>de</strong> polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse comum integrad<strong>as</strong> entre União,<br />

Esta<strong>do</strong>, municípios da Região Metropolitana e municípios integrantes <strong>do</strong> Consórcio<br />

Intermunicipal da Região Su<strong>do</strong>este da Gran<strong>de</strong> São Paulo – CONISUD; objetivan<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cooperação na escolha <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s e planejamento conjunto d<strong>as</strong> funções<br />

15


públic<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse comum como prevalente sobre o local; incluí<strong>do</strong> o uso <strong>do</strong> patrimônio<br />

publico, conforme legislação.<br />

Art. 37 - São diretrizes da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano:<br />

I - controle <strong>do</strong> a<strong>de</strong>nsamento construtivo em áre<strong>as</strong> com infraestrutura viária saturada ou em<br />

processo <strong>de</strong> saturação;<br />

II - promoção <strong>de</strong> regularização fundiária e urbanização <strong>do</strong>s <strong>as</strong>sentamentos habitacionais<br />

populares, garantin<strong>do</strong> acessos ao transporte e <strong>de</strong>mais serviços e equipamentos coletivos;<br />

III – a<strong>de</strong>quar a legislação <strong>de</strong> parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong> solo, observan<strong>do</strong> <strong>as</strong> condições<br />

ambientais, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infraestrutura, circulação e transporte coletivo para posterior<br />

composição <strong>do</strong>s códigos <strong>de</strong> obr<strong>as</strong> e edificações, postur<strong>as</strong> e meio ambiente;<br />

IV - manutenção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> georreferencia<strong>do</strong>, para subsidiar a gestão <strong>do</strong> uso e ocupação<br />

<strong>do</strong> solo;<br />

V – promover a a<strong>de</strong>quação d<strong>as</strong> condições <strong>de</strong> infraestrutura urbana e social às <strong>de</strong>mand<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong>ficitári<strong>as</strong> ou previst<strong>as</strong> n<strong>as</strong> Unida<strong>de</strong>s Administrativ<strong>as</strong>;<br />

VI - estabelecimento <strong>de</strong> parceri<strong>as</strong> com universida<strong>de</strong>s, órgãos <strong>do</strong> judiciário e socieda<strong>de</strong> civil,<br />

visa<strong>do</strong> à ampliação da capacida<strong>de</strong> operacional <strong>do</strong> município na gestão da política urbana;<br />

VII – instituir ações articulad<strong>as</strong> entre os diferentes entes fe<strong>de</strong>rativos como expressão <strong>de</strong><br />

compartilhamento <strong>de</strong> compromissos, ações e recursos para solução <strong>de</strong> problem<strong>as</strong> comuns <strong>de</strong><br />

caráter regional ou metropolitano.<br />

Art. 38 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano:<br />

I - rever, simplificar e consolidar a legislação <strong>de</strong> parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong> solo,<br />

incorporan<strong>do</strong> e regulamentan<strong>do</strong> os instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto<br />

da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma a garantir sua plena aplicação, <strong>as</strong>seguran<strong>do</strong> a função social da proprieda<strong>de</strong><br />

urbana;<br />

II - criar instrumentos urbanísticos para estimular a requalificação <strong>de</strong> imóveis e bairros<br />

protegi<strong>do</strong>s pela legislação <strong>de</strong> bens culturais;<br />

III - reurbanizar e requalificar avenid<strong>as</strong>, ru<strong>as</strong> e corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> alta trafegabilida<strong>de</strong>;<br />

IV – implementar Planos <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong> Melhoramentos <strong>do</strong>s Bairros, por meio da recuperação da<br />

estética urbana visan<strong>do</strong>, em particular, aos melhoramentos nos p<strong>as</strong>seios públicos, arborização<br />

urbana, parad<strong>as</strong> <strong>de</strong> transporte coletivo, iluminação pública, sinalização e mobiliário urbano;<br />

V - <strong>de</strong>senvolver e implantar Planos <strong>de</strong> urbanização em Zon<strong>as</strong> Especiais <strong>de</strong> Interesse Social.<br />

VI – <strong>de</strong>senvolver, implantar e monitorar os Planos Setoriais <strong>de</strong> Habitação, Regularização<br />

Fundiária, Saneamento, Mobilida<strong>de</strong> e Infraestrutura;<br />

VII – implantar, coor<strong>de</strong>nar e monitorar o Plano Diretor;<br />

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VIII – <strong>de</strong>senvolver ações conjunt<strong>as</strong> <strong>de</strong> usos efetivos <strong>do</strong> repertório <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> política<br />

urbana previstos nesta Lei, visan<strong>do</strong> à solução <strong>de</strong> problem<strong>as</strong> regionais, tais como: sistema <strong>de</strong><br />

saneamento integra<strong>do</strong>; sistema <strong>de</strong> transportes; gestão <strong>de</strong> baci<strong>as</strong> hidrográfic<strong>as</strong>; uso e ocupação <strong>do</strong><br />

solo; entre outros;<br />

IX – implementar o Conselho Municipal <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano e Habitação.<br />

Art. 39 - Na promoção da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano o po<strong>de</strong>r público municipal<br />

<strong>de</strong>verá criar uma Câmara Técnica Intersecretarial para análise e aprovação <strong>de</strong> empreendimentos<br />

que necessitarem <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança, conforme <strong>de</strong>scrito no artigos 133,<br />

134 e 135, <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Parágrafo único - A composição e participação <strong>do</strong>s membros da Câmara Técnica Intersecretarial<br />

será regulamentada através <strong>de</strong> Decreto <strong>do</strong> Executivo.<br />

Art. 40 - São objetivos da Câmara Técnica Intersecretarial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano e <strong>de</strong><br />

<strong>projeto</strong>s, entre outros:<br />

I - Agilida<strong>de</strong> na regularização e aprovação <strong>de</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo;<br />

II - Padronizar processos e procedimentos <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s;<br />

III - Orientar o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo a licenciar e a executar o<br />

empreendimento em acor<strong>do</strong> com a legislação pertinente, <strong>de</strong>ntro da competência da<br />

municipalida<strong>de</strong>.<br />

IV - Estu<strong>do</strong> e proposição <strong>de</strong> <strong>lei</strong>s referentes ao parcelamento <strong>do</strong> solo, licenciamento e aprovação;<br />

V - Elaborar procedimentos e norm<strong>as</strong> ao atendimento para o licenciamento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s e<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

Seção II<br />

Da Política <strong>do</strong> Meio Ambiente e Saneamento Integra<strong>do</strong><br />

Art. 41 - O objetivo da política municipal <strong>do</strong> meio ambiente é preservar, proteger, recuperar e<br />

controlar o meio ambiente natural e construí<strong>do</strong>, nos termos <strong>do</strong>s artigos 175 ao 194 da Lei<br />

Orgânica Municipal, especificamente:<br />

I - os mananciais, cursos e reservatórios <strong>de</strong> água e <strong>de</strong>mais recursos hídricos <strong>de</strong> interesse <strong>do</strong><br />

Município;<br />

II - <strong>as</strong> águ<strong>as</strong> subterrâne<strong>as</strong>, garantin<strong>do</strong> o seu uso racional e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>;<br />

III - o relevo e o solo, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> sua a<strong>de</strong>quação e su<strong>as</strong> restrições à urbanização;<br />

IV - o ar, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> sua qualida<strong>de</strong>;<br />

V - a vegetação <strong>de</strong> interesse ambiental, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> sua importância para a paisagem, para a<br />

preservação <strong>do</strong> solo e manutenção <strong>do</strong> ciclo hidrológico;<br />

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VI – a fauna, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> sua mobilida<strong>de</strong> e seu papel ecológico;<br />

VII - o ambiente urbano, garantin<strong>do</strong> postur<strong>as</strong> <strong>de</strong> combate à poluição visual e à <strong>de</strong>stinação<br />

ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s, líqui<strong>do</strong>s e g<strong>as</strong>osos e <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>s;<br />

VIII - incentivar a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> hábitos, costumes, postur<strong>as</strong>, prátic<strong>as</strong> sociais e econômic<strong>as</strong> que<br />

visem à proteção e restauração <strong>do</strong> meio ambiente;<br />

IX - controlar e reduzir os níveis <strong>de</strong> poluição e <strong>de</strong>gradação em quaisquer <strong>de</strong> su<strong>as</strong> form<strong>as</strong>.<br />

Art. 42 - São diretrizes da política ambiental:<br />

I - ampliar os instrumentos <strong>de</strong> gestão ambiental, estabeleci<strong>do</strong>s n<strong>as</strong> legislações fe<strong>de</strong>ral, estadual e<br />

municipal, a<strong>de</strong>quan<strong>do</strong>-os às met<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> pela política municipal;<br />

II - controle <strong>do</strong> uso e da ocupação <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vale, áre<strong>as</strong> sujeit<strong>as</strong> à inundação, mananciais,<br />

áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e cabeceira <strong>de</strong> drenagem e<br />

III - ampliação d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> permeáveis no município.<br />

IV – preservação <strong>do</strong>s Maciços <strong>de</strong> Vegetais Significativos – MVS e corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fauna.<br />

Art. 43 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política municipal <strong>do</strong> meio ambiente:<br />

I - implantar, mediante <strong>lei</strong>, Plano Municipal <strong>de</strong> Meio Ambiente e Recursos Naturais, nos termos<br />

<strong>do</strong> artigo 176 da Lei Orgânica <strong>do</strong> Município;<br />

II - implantar parques <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> equipamentos comunitários <strong>de</strong> lazer, como forma <strong>de</strong> uso<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sestimulan<strong>do</strong> a ocupação in<strong>de</strong>vida;<br />

III – implementar Sistema Público <strong>de</strong> Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> Lazer, crian<strong>do</strong>-se parques e praç<strong>as</strong> e<br />

garantin<strong>do</strong> o acesso da população;<br />

IV – implementar medid<strong>as</strong> <strong>de</strong> melhoramento urbanístico nos corre<strong>do</strong>res comerciais e <strong>de</strong><br />

serviços;<br />

V - ampliação <strong>de</strong> program<strong>as</strong> <strong>de</strong> educação ambiental;<br />

VI - estabelecer parceri<strong>as</strong> entre setor público e priva<strong>do</strong>, por meio <strong>de</strong> incentivos fiscais e<br />

tributários e contrapartida em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> ações socioambientais para implantação e<br />

manutenção <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s e espaços ajardina<strong>do</strong>s ou arboriza<strong>do</strong>s, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a critérios técnicos<br />

<strong>de</strong> uso e preservação d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong>, estabeleci<strong>do</strong> pelo Executivo municipal.<br />

Parágrafo Único - Compõe o sistema público <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> lazer, constante <strong>de</strong>sta Lei, e<br />

que <strong>de</strong>verão ser objeto <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> e implantação prioritária:<br />

I - Parque da Várzea <strong>do</strong> rio Embu-Mirim;<br />

II - Parque <strong>do</strong> Lago Francisco Rizzo;<br />

III - Áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> lazer;<br />

IV – Parques lineares;<br />

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Art. 44 - O Po<strong>de</strong>r Público Municipal <strong>de</strong>verá elaborar programa e implantar <strong>de</strong> forma gradativa,<br />

o sistema integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> lazer, preservan<strong>do</strong> áre<strong>as</strong> com vegetação <strong>de</strong> interesse<br />

ambiental e amplian<strong>do</strong> a oferta <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> lazer.<br />

Art. 45 - O Sistema <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s é constituí<strong>do</strong> por espaços ajardina<strong>do</strong>s e arboriza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong><br />

mat<strong>as</strong> nativ<strong>as</strong> ou exótic<strong>as</strong>, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> pública ou privada, conforme Anexo 5, parte<br />

integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong> da seguinte forma:<br />

I – Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Proteção Ambiental (APA) <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> na legislação municipal e <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> conforme<br />

Lei Fe<strong>de</strong>ral que <strong>de</strong>fine o Sistema Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação (SNUC);<br />

II – Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Preservação Permanente (APP) <strong>as</strong>sim <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> pelo Código Florestal;<br />

III – Reserv<strong>as</strong> Legais, conforme <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> pelo Código Florestal;<br />

IV – Parques e praç<strong>as</strong>, que compõem o Sistema Público <strong>de</strong> Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> Lazer;<br />

V – Áre<strong>as</strong> privad<strong>as</strong> averbad<strong>as</strong>;<br />

VI – Maciços Vegetais Significativos – MVS – com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compensação, recuperação<br />

e preservação <strong>de</strong> vegetação nativa, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> no Anexo 5;<br />

VII – Áre<strong>as</strong> com potencial <strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong> ecológica entre maciços vegetais;<br />

VIII – As <strong>de</strong>mais Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação – UC que venham a ser criad<strong>as</strong>.<br />

Parágrafo Único - As áre<strong>as</strong> referid<strong>as</strong> no item VII e indicad<strong>as</strong> no Anexo 5 são entendid<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

fluxo ecológico <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> à dispersão da flora e da fauna nativ<strong>as</strong> <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> necessariamente ser<br />

caracterizad<strong>as</strong> e confirmad<strong>as</strong> como tal, por meio <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s específicos para a avaliação da<br />

conectivida<strong>de</strong> entre maciços vegetais e ações necessári<strong>as</strong> à sua manutenção.<br />

Art. 46 - Visan<strong>do</strong> a execução <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>as</strong>soreamento em cursos d`água<br />

abertos ou recuperação e manutenção <strong>do</strong>s canaliza<strong>do</strong>s em galeria, <strong>de</strong>verá ser garantida uma<br />

faixa reservada aos serviços <strong>de</strong> manutenção, sem prejuízo d<strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> previst<strong>as</strong> para <strong>as</strong> faix<strong>as</strong><br />

não edificáveis e <strong>de</strong> preservação permanente.<br />

Parágrafo Único - As faix<strong>as</strong> <strong>de</strong> manutenção são <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> ao acesso <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sobstrução <strong>do</strong>s cursos d’água e à implantação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infraestrutura, ressalvad<strong>as</strong> <strong>as</strong><br />

situações inviáveis, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>:<br />

I - permanecer livres e <strong>de</strong>sembaraçad<strong>as</strong> <strong>de</strong> qualquer edificação ou obstáculo físico e fixo, que<br />

impeça o movimento d<strong>as</strong> águ<strong>as</strong> e/ou o acesso <strong>de</strong> máquin<strong>as</strong> e equipamentos e;<br />

II - ser revestida <strong>de</strong> vegetação compatível com a sua <strong>de</strong>stinação.<br />

Art. 47 - São objetivos da política <strong>de</strong> saneamento integra<strong>do</strong>:<br />

I - <strong>as</strong>segurar a qualida<strong>de</strong> e a regularida<strong>de</strong> plena no ab<strong>as</strong>tecimento <strong>de</strong> água para o consumo<br />

humano e outros fins;<br />

II - completar a re<strong>de</strong> coletora <strong>de</strong> esgoto encaminhan<strong>do</strong> para os atuais sistem<strong>as</strong> <strong>de</strong> tratamento;<br />

19


III - conscientizar a população quanto à importância da existência e funcionamento <strong>do</strong> sistema<br />

<strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águ<strong>as</strong> pluviais;<br />

IV- universalizar a oferta <strong>de</strong> Saneamento Básico, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se este por oferta <strong>de</strong><br />

ab<strong>as</strong>tecimento <strong>de</strong> água, coleta e tratamento <strong>de</strong> esgoto, drenagem e resíduos sóli<strong>do</strong>s;<br />

V – priorizar <strong>plano</strong>s, program<strong>as</strong> e <strong>projeto</strong>s que visem à implantação e ampliação <strong>do</strong>s serviços e<br />

ações <strong>de</strong> saneamento integra<strong>do</strong> n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> ocupad<strong>as</strong> por população <strong>de</strong> baixa renda;<br />

VI – <strong>as</strong>segurar que a aplicação <strong>do</strong>s recursos financeiros administra<strong>do</strong>s pelo po<strong>de</strong>r público dê-se<br />

segun<strong>do</strong> critérios <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong> ambiental, <strong>de</strong> maximização da relação custo-benefício e <strong>de</strong><br />

maior retorno social;<br />

VII – minimizar os impactos ambientais relaciona<strong>do</strong>s à implantação e <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong><br />

ações, obr<strong>as</strong> e serviços <strong>de</strong> saneamento e <strong>as</strong>segurar que sejam executad<strong>as</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com <strong>as</strong><br />

norm<strong>as</strong> relativ<strong>as</strong> à proteção <strong>do</strong> meio ambiente, ao uso e ocupação <strong>do</strong> solo e à saú<strong>de</strong>.<br />

Art. 48 - São diretrizes da política <strong>de</strong> saneamento integra<strong>do</strong>:<br />

I - criação <strong>de</strong> Leis e Instrumentos que garantam o controle <strong>de</strong> geração e tratamento <strong>de</strong> resíduos<br />

para gran<strong>de</strong>s empreendimentos, potencialmente gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> carg<strong>as</strong> polui<strong>do</strong>r<strong>as</strong>, articula<strong>do</strong> ao<br />

controle <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> drenagem;<br />

II - o estabelecimento <strong>de</strong> program<strong>as</strong> articula<strong>do</strong>s com outros governos e concessionári<strong>as</strong> para<br />

implantação <strong>de</strong> cad<strong>as</strong>tro d<strong>as</strong> re<strong>de</strong>s e instalações existentes e;<br />

III - a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> fomento para uso <strong>do</strong> solo n<strong>as</strong> faix<strong>as</strong> sanitári<strong>as</strong>, várze<strong>as</strong> e<br />

fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vale;<br />

IV – ampliar o sistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> esgoto e resíduos;<br />

V – priorizar ações que promovam a equida<strong>de</strong> social e territorial no acesso ao saneamento<br />

integra<strong>do</strong>;<br />

Art. 49 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política <strong>de</strong> saneamento integra<strong>do</strong>:<br />

I – fomentar junto à concessionária a implementação <strong>de</strong> medid<strong>as</strong> <strong>de</strong> saneamento básico n<strong>as</strong><br />

áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>ficitári<strong>as</strong>, mediante complementação e/ou ativação da re<strong>de</strong> coletora <strong>de</strong> esgoto e re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ab<strong>as</strong>tecimento <strong>de</strong> água, conforme priorida<strong>de</strong>s estabelecid<strong>as</strong> no Plano Municipal <strong>de</strong> Saneamento;<br />

II – exigir através <strong>do</strong>s instrumentos legais que a concessionária cumpra su<strong>as</strong> met<strong>as</strong> e prazos para<br />

a finalização <strong>do</strong> coletor tronco <strong>de</strong> esgoto "Pirajuçara Principal" para fins <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação <strong>do</strong><br />

esgoto coleta<strong>do</strong> à Estação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Barueri;<br />

III – complementação da re<strong>de</strong> coletora <strong>de</strong> águ<strong>as</strong> pluviais e <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> drenagem n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong><br />

urbanizad<strong>as</strong> <strong>do</strong> Município, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a minimizar a ocorrência <strong>de</strong> alagamentos, conforme<br />

priorida<strong>de</strong>s estabelecid<strong>as</strong> no Plano Municipal <strong>de</strong> Saneamento;<br />

IV – ampliar a fiscalização em áre<strong>as</strong> sujeit<strong>as</strong> a <strong>de</strong>pósitos irregulares <strong>de</strong> resíduos inertes e<br />

implantar o Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos Sóli<strong>do</strong>s;<br />

20


V - coibir a disposição ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> qualquer natureza;<br />

VI - estimular program<strong>as</strong> <strong>de</strong> coleta seletiva e reciclagem em parceria com grupos <strong>de</strong> cata<strong>do</strong>res<br />

organiza<strong>do</strong>s em cooperativ<strong>as</strong>, ou <strong>as</strong>sociações com <strong>as</strong>sociações <strong>de</strong> bairros, con<strong>do</strong>mínios,<br />

organizações não governamentais e escol<strong>as</strong>, <strong>de</strong>ntre outros;<br />

VII - ampliação <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> entrega voluntária <strong>de</strong> material reciclável;<br />

VIII - priorização da implantação <strong>de</strong> sistem<strong>as</strong> alternativos <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgoto nos<br />

<strong>as</strong>sentamentos isola<strong>do</strong>s, situa<strong>do</strong>s n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> proteção <strong>do</strong>s mananciais e <strong>de</strong>mais áre<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

interesse ambiental;<br />

IX - promoção <strong>de</strong> campanh<strong>as</strong> <strong>de</strong> incentivo à limpeza <strong>de</strong> caix<strong>as</strong> <strong>de</strong> água bem como qualquer<br />

campanha <strong>de</strong> relevante importância socioambiental.<br />

Seção III<br />

Da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento Empresarial - comércio, serviço, agropecuária e<br />

indústria.<br />

Art. 50 - São objetivos da política municipal <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento Empresarial:<br />

I - <strong>as</strong>segurar o <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>de</strong> forma diversificada, em conformida<strong>de</strong> com a<br />

Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e <strong>de</strong>mais polític<strong>as</strong> previst<strong>as</strong> nesta Lei;<br />

II - garantir a aplicação d<strong>as</strong> medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong> e compensatóri<strong>as</strong> para os impactos<br />

econômicos, sociais e ambientais indica<strong>do</strong>s por Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança, nos<br />

termos da Seção VI <strong>do</strong> Título VII <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>;<br />

III – ampliar a oferta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e renda à população.<br />

Art. 51 - São diretrizes para o <strong>de</strong>senvolvimento Empresarial:<br />

I - fomentar uma b<strong>as</strong>e <strong>de</strong> sustentação econômica para o município, garantin<strong>do</strong> a ampliação e<br />

viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento diversifica<strong>do</strong> e sustentável;<br />

II - <strong>de</strong>limitar áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> incremento d<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s turístic<strong>as</strong> e ecoturístic<strong>as</strong>;<br />

III - incentivar a ampliação e interação d<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociações empresariais e sindicais, <strong>de</strong>ntre outr<strong>as</strong>,<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> capacitação profissional <strong>de</strong> munícipes;<br />

IV – incentivar e promover program<strong>as</strong> que absorvam a mão <strong>de</strong> obra local, profissionalizad<strong>as</strong><br />

pel<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociações empresariais e sindicais, <strong>de</strong>ntre outr<strong>as</strong>, em especial em micro, pequena e<br />

média empres<strong>as</strong>.<br />

Art. 52 - São estratégi<strong>as</strong> da política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento Empresarial:<br />

21


I - ampliar o sistema <strong>de</strong> informações e orientação técnic<strong>as</strong> <strong>de</strong> ocupação e uso <strong>do</strong> solo, visan<strong>do</strong> à<br />

diminuição <strong>do</strong>s prazos <strong>de</strong> aprovação;<br />

II – criar e divulgar incentivos por legislação municipal para os grupos empresariais;<br />

III - estimular o <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais afins à pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vocações da<br />

cida<strong>de</strong>, em seus diversos zoneamentos;<br />

IV - estimular a instalação <strong>de</strong> empres<strong>as</strong> que atendam <strong>as</strong> <strong>de</strong>mand<strong>as</strong> previst<strong>as</strong> nesta <strong>lei</strong>;<br />

V - fomentar a criação <strong>de</strong> cooperativ<strong>as</strong> para inserção na ca<strong>de</strong>ia produtiva;<br />

VI – atualizar o cad<strong>as</strong>tro municipal <strong>de</strong> empres<strong>as</strong> e garantir a inserção da inscrição imobiliária <strong>do</strong><br />

local <strong>do</strong> estabelecimento no banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da administração pública municipal, visan<strong>do</strong> o<br />

mapeamento d<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> no município e dinamizan<strong>do</strong> os processos <strong>de</strong><br />

regularização e aprovação.<br />

Seção IV<br />

Da Política Habitacional<br />

Art. 53 - São objetivos da política municipal <strong>de</strong> habitação:<br />

I - <strong>as</strong>segurar o direito à moradia digna como direito social, conforme <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no art. 6º da<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral;<br />

II - articular a política <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> interesse social, com <strong>as</strong> <strong>de</strong>mais polític<strong>as</strong>, visan<strong>do</strong> à<br />

inclusão d<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> <strong>de</strong> baixa renda;<br />

III - promover o uso habitacional n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> consolidad<strong>as</strong> e <strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>de</strong> infraestrutura, utilizan<strong>do</strong>,<br />

entre outros recursos, os instrumentos constantes <strong>do</strong> Estatuto da Cida<strong>de</strong>;<br />

IV - promover a qualida<strong>de</strong> urbanística, habitacional, ambiental e a regularização fundiária <strong>do</strong>s<br />

<strong>as</strong>sentamentos precários ocupa<strong>do</strong>s por população <strong>de</strong> baixa renda;<br />

V - coibir nov<strong>as</strong> ocupações por <strong>as</strong>sentamentos habitacionais ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

preservação ambiental e <strong>de</strong> mananciais, e n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> risco, oferecen<strong>do</strong> alternativ<strong>as</strong><br />

habitacionais em locais apropria<strong>do</strong>s e a <strong>de</strong>stinação a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>ss<strong>as</strong> áre<strong>as</strong>;<br />

VI - criar condições para a participação da iniciativa privada na produção <strong>de</strong> Empreendimentos<br />

Habitacionais <strong>de</strong> Interesse Social - EHIS e habitação <strong>de</strong> renda média baixa, aqui <strong>de</strong>nominada<br />

Habitação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Popular - HMP nos espaços vazios da cida<strong>de</strong> aptos para urbanizar<br />

respeitan<strong>do</strong> o zoneamento;<br />

VII - propiciar a participação da socieda<strong>de</strong> civil, na <strong>de</strong>finição d<strong>as</strong> ações e priorida<strong>de</strong>s e no<br />

controle social da política habitacional.<br />

Art. 54 - A política municipal <strong>de</strong> habitação terá como diretrizes básic<strong>as</strong>:<br />

22


I - o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s habitacionais que consi<strong>de</strong>rem <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> da população<br />

local, su<strong>as</strong> form<strong>as</strong> <strong>de</strong> organização, condições físic<strong>as</strong> e econômic<strong>as</strong>;<br />

II - o fomento da produção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s habitacionais para a população <strong>de</strong> baixa renda, com<br />

qualida<strong>de</strong> e conforto, <strong>as</strong>seguran<strong>do</strong> níveis a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

infraestrutura básica (água, esgoto, energia elétrica, drenagem, transporte e pavimentação<br />

a<strong>de</strong>quada à permeabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo), equipamentos sociais, <strong>de</strong> educação, saú<strong>de</strong>, cultura,<br />

<strong>as</strong>sistência social, segurança, ab<strong>as</strong>tecimento, esportes, lazer e recreação;<br />

III - o fomento, n<strong>as</strong> regiões <strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>de</strong> infraestrutura, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o zoneamento, da<br />

construção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s habitacionais em áre<strong>as</strong> vazi<strong>as</strong> ou subutilizad<strong>as</strong>;<br />

IV - a intervenção em áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>gradad<strong>as</strong> e <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a garantir a integrida<strong>de</strong> física, o<br />

direito à moradia e a recuperação ambiental <strong>de</strong>ss<strong>as</strong> áre<strong>as</strong>;<br />

V - a promoção, nos program<strong>as</strong> habitacionais, <strong>de</strong> parceri<strong>as</strong> com órgãos <strong>de</strong> governos e<br />

organizações não governamentais - ONGs, visan<strong>do</strong> às ativida<strong>de</strong>s conjunt<strong>as</strong> <strong>de</strong> proteção ao meio<br />

ambiente e <strong>de</strong> educação ambiental, <strong>as</strong>seguran<strong>do</strong> a preservação d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> mananciais e a não<br />

ocupação e ou remoção <strong>de</strong> ocupação irregular n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> risco e <strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a bens<br />

<strong>de</strong> uso comum da população;<br />

VI - a priorização, nos program<strong>as</strong> habitacionais coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s ou financia<strong>do</strong>s pelo Município, <strong>do</strong><br />

atendimento à população <strong>de</strong> baixa renda resi<strong>de</strong>nte em imóveis ou áre<strong>as</strong> insalubres e <strong>de</strong> risco;<br />

VII - o estímulo às alternativ<strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>as</strong>sociação ou cooperação entre mora<strong>do</strong>res para a efetivação<br />

<strong>de</strong> program<strong>as</strong> habitacionais, incentivan<strong>do</strong> a participação social e a autogestão como controle<br />

social sobre o processo produtivo e medida para o barateamento <strong>do</strong>s custos habitacionais e <strong>de</strong><br />

infraestrutura, além da produção cooperativada;<br />

VIII - a promoção <strong>de</strong> <strong>as</strong>sessoria técnica, jurídica, ambiental, social e urbanística gratuita a<br />

indivíduos, entida<strong>de</strong>s, grupos comunitários e movimentos na área <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> interesse<br />

social, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> promover a inclusão social;<br />

IX - a reserva <strong>de</strong> parcela d<strong>as</strong> unida<strong>de</strong>s habitacionais para o atendimento aos i<strong>do</strong>sos e às pesso<strong>as</strong><br />

com <strong>de</strong>ficiência.<br />

Parágrafo Único - No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> população mora<strong>do</strong>ra em áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> risco<br />

ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>nsamento para a urbanização em ZEIS 1, o atendimento da população removida<br />

<strong>de</strong>verá se dar prioritariamente na própria região, garantin<strong>do</strong> a participação <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res no<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Art. 55 - São ações estratégic<strong>as</strong> da política municipal <strong>de</strong> habitação:<br />

I - garantir a efetivação <strong>do</strong> Plano Municipal <strong>de</strong> Habitação, com participação popular;<br />

II - utilização <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> política urbana prevista no Estatuto da Cida<strong>de</strong>, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s nesta<br />

<strong>lei</strong>, para aumentar a oferta <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> para moradia <strong>de</strong> interesse social;<br />

23


III – <strong>de</strong>limitação pelo Po<strong>de</strong>r Executivo <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> ZEIS, <strong>as</strong> quais <strong>de</strong>verão<br />

ser aprovad<strong>as</strong> por <strong>lei</strong> complementar;<br />

IV - implantação <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> recuperação urbanística, ambiental e <strong>de</strong> regularização<br />

fundiária compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o serviço <strong>de</strong> <strong>as</strong>sistência técnica e jurídica para a população atendida<br />

pelo programa;<br />

V - implantação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo visan<strong>do</strong> à qualificação e<br />

requalificação;<br />

VI - implantação <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> reabilitação ou remoção <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> habitacionais populares em<br />

situação <strong>de</strong> risco;<br />

VII - implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> informações sobre <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> ocupad<strong>as</strong> <strong>de</strong> forma irregular ou<br />

informal;<br />

VIII - implantação <strong>de</strong> programa habitacional volta<strong>do</strong> para a produção <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> moradi<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

interesse social;<br />

IX - incentivo à utilização <strong>de</strong> padrões urbanísticos para a requalificação da malha urbana;<br />

Parágrafo Único - As áre<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> localizad<strong>as</strong> nos perímetros <strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s como ZEIS-1,<br />

afetad<strong>as</strong> com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso comum <strong>do</strong> povo ou especial, ficam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já <strong>de</strong>safetad<strong>as</strong>,<br />

autoriza<strong>do</strong> o Po<strong>de</strong>r Executivo a promover a concessão ou transferência <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio àqueles<br />

mora<strong>do</strong>res que cumpram os requisitos legais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> enquadrem-se em program<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

melhoria habitacional e <strong>de</strong> infraestrutura.<br />

Seção V<br />

Da política <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Urbana<br />

Art. 56 - O Sistema <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Urbana <strong>do</strong> Município tem os seguintes objetivos:<br />

I - garantir o comprometimento com a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> circulação que privilegie a<br />

movimentação d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>, com apropriação eqüitativa <strong>do</strong> espaço e <strong>do</strong> tempo na circulação<br />

urbana, priorizan<strong>do</strong> os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transporte coletivo e alternativo, os não motoriza<strong>do</strong>s, com<br />

conforto e segurança;<br />

II - Requalificar os espaços <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> (vi<strong>as</strong> públic<strong>as</strong>, calçad<strong>as</strong>) como locais <strong>de</strong> convivência<br />

harmônica entre usuários e habitantes da cida<strong>de</strong>, promoven<strong>do</strong> a circulação qualificada com<br />

sinalização, orientação e segurança n<strong>as</strong> ações e obr<strong>as</strong> <strong>do</strong> sistema viário;<br />

III - A<strong>do</strong>tar novos padrões <strong>de</strong> geometria d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> que estimulem atitu<strong>de</strong>s e comportamentos<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s no respeito à vida humana, que valorizem o meio ambiente na requalificação da<br />

paisagem com padrões estéticos que ressaltem o patrimônio histórico, artístico, cultural,<br />

arquitetônico e natural da região, com priorida<strong>de</strong> para a segurança e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s<br />

mora<strong>do</strong>res;<br />

24


IV - fomentar a mobilida<strong>de</strong> urbana (circulação e transporte) como parte da política <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento territorial;<br />

V - planificar a circulação <strong>de</strong> carga e <strong>do</strong> transporte municipal e intermunicipal no meio urbano e<br />

regulamentá-la <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a hierarquia viária;<br />

VI - Assegurar a participação da socieda<strong>de</strong> no planejamento, gerenciamento e investimento no<br />

transporte público e na circulação;<br />

VII - Garantir no planejamento urbano, viário e <strong>de</strong> transportes, a continuida<strong>de</strong>, o conforto e a<br />

segurança n<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong>, travessi<strong>as</strong> e vi<strong>as</strong> <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres, inclusive para o grupo <strong>de</strong> pesso<strong>as</strong> com<br />

mobilida<strong>de</strong> reduzida;<br />

VIII - Qualificar os p<strong>as</strong>seios públicos da área central e centros <strong>de</strong> bairros como pólos <strong>de</strong><br />

referência em acessibilida<strong>de</strong> universal;<br />

IX – Diminuir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viagens motorizad<strong>as</strong>, posicionan<strong>do</strong> melhor os equipamentos<br />

sociais, <strong>de</strong>scentralizan<strong>do</strong> os serviços públicos, ocupan<strong>do</strong> os vazios urbanos e consolidan<strong>do</strong> <strong>as</strong><br />

centralida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município como forma <strong>de</strong> aproximar <strong>as</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e a oferta <strong>de</strong><br />

serviços <strong>do</strong>s locais <strong>de</strong> moradia.<br />

Art. 57 - Para fins <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> pertinentes, o sistema viário <strong>do</strong> Município<br />

fica <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> com a hierarquia estabelecida no Anexo 4 integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Art. 58 - São diretrizes básic<strong>as</strong> <strong>do</strong> Sistema Municipal <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Urbana:<br />

I - estruturar o órgão gestor municipal, fortalecen<strong>do</strong> a sua composição organizacional, seus<br />

procedimentos <strong>de</strong> trabalho, seus recursos humanos e materiais à a<strong>de</strong>quada gestão <strong>do</strong> serviço;<br />

II - propor uma relação entre po<strong>de</strong>r público e empres<strong>as</strong> presta<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> transporte<br />

coletivo com regr<strong>as</strong> clar<strong>as</strong> e transparentes para que o conjunto da socieda<strong>de</strong> possa exercer <strong>de</strong><br />

fato o controle da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço presta<strong>do</strong>;<br />

III - articular o serviço <strong>de</strong> transporte coletivo e alternativo com re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> calçad<strong>as</strong> sem barreir<strong>as</strong><br />

físic<strong>as</strong> e com sistema viário que garanta a segurança <strong>do</strong>s pe<strong>de</strong>stres e ciclist<strong>as</strong>, manten<strong>do</strong> a<br />

unida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conjunto físico;<br />

IV - melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população n<strong>as</strong> questões pertinentes à circulação, mediante<br />

a redução da poluição atmosférica, sonora e <strong>do</strong> tráfego <strong>de</strong> p<strong>as</strong>sagem em áre<strong>as</strong> resi<strong>de</strong>nciais;<br />

V - garantir acessibilida<strong>de</strong> aos locais <strong>de</strong> emprego, <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> lazer e ao<br />

sistema <strong>de</strong> transporte público com priorida<strong>de</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> i<strong>do</strong>s<strong>as</strong>, crianç<strong>as</strong> e porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s especiais;<br />

VI - <strong>as</strong>segurar o controle da acessibilida<strong>de</strong> tarifária no transporte urbano aos centros <strong>de</strong><br />

comércio, serviços, às zon<strong>as</strong> industriais, aos <strong>de</strong>mais bairros <strong>do</strong> município e intermunicipal;<br />

VII – <strong>de</strong>finir a hierarquia viária <strong>do</strong> município da seguinte maneira:<br />

25


a) vi<strong>as</strong> express<strong>as</strong>: vi<strong>as</strong> com controle <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong> veículos que se <strong>de</strong>stinam às principais<br />

ligações intermunicipais;<br />

b) vi<strong>as</strong> arteriais: vi<strong>as</strong> ou trechos com significativo volume <strong>de</strong> tráfego, utilizad<strong>as</strong> nos<br />

<strong>de</strong>slocamentos urbanos <strong>de</strong> maior distância;<br />

c) vi<strong>as</strong> coletor<strong>as</strong>: vi<strong>as</strong> ou trechos que permitem a circulação <strong>de</strong> veículos entre <strong>as</strong> vi<strong>as</strong><br />

arteriais ou <strong>de</strong> ligação regional e <strong>as</strong> vi<strong>as</strong> locais;<br />

d) vi<strong>as</strong> locais: vi<strong>as</strong> ou trechos <strong>de</strong> baixo volume <strong>de</strong> tráfego, com função <strong>de</strong> possibilitar o<br />

acesso direto às edificações;<br />

e) vi<strong>as</strong> locais <strong>de</strong> usos diferencia<strong>do</strong>s: vi<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso regulamenta<strong>do</strong> para usos diferencia<strong>do</strong>s em<br />

di<strong>as</strong> e horários específicos, como a interdição em locais como o centro histórico aos automóveis<br />

e outros para lazer ou ativida<strong>de</strong>s sociais;<br />

f) ciclovi<strong>as</strong>: vi<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso exclusivo <strong>de</strong> biciclet<strong>as</strong>, com separação física entre el<strong>as</strong> e <strong>as</strong> outr<strong>as</strong><br />

vi<strong>as</strong>;<br />

g) ciclofaix<strong>as</strong>: faix<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso exclusivo <strong>de</strong> biciclet<strong>as</strong> <strong>de</strong>marcad<strong>as</strong> através <strong>de</strong> sinalização<br />

horizontal em vi<strong>as</strong> compartilhad<strong>as</strong> com veículos automotores.<br />

Art. 59 – São ações estratégic<strong>as</strong> que priorizam a configuração da mobilida<strong>de</strong> urbana <strong>de</strong> forma<br />

integra<strong>do</strong>ra, facilitan<strong>do</strong> a circulação viária, a segurança e acessibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> transeunte.<br />

I - otimização da estruturação espacial, crian<strong>do</strong> condições <strong>de</strong> articulação interna que consoli<strong>de</strong>m<br />

os centros locais;<br />

II - interação <strong>do</strong>s sistem<strong>as</strong> <strong>de</strong> articulação d<strong>as</strong> regiões periféric<strong>as</strong>, entre si e com os centros;<br />

III - implantação <strong>de</strong> obr<strong>as</strong> viári<strong>as</strong> no atendimento prioritário ao sistema <strong>de</strong> transporte coletivo e<br />

alternativo;<br />

IV - estabelecimento <strong>de</strong> programa periódico <strong>de</strong> manutenção <strong>do</strong> sistema viário, inclusive d<strong>as</strong><br />

calçad<strong>as</strong>;<br />

V - implantação <strong>de</strong> sinalização semafórica, <strong>de</strong> plac<strong>as</strong> <strong>de</strong> orientação, advertência e localização,<br />

com <strong>de</strong>staque para o chama<strong>do</strong> circuito turístico;<br />

VI - gestão otimizada <strong>do</strong> planejamento e <strong>do</strong> investimento na mobilida<strong>de</strong> urbana, unifican<strong>do</strong> e<br />

integran<strong>do</strong> a circulação <strong>de</strong> veículos, <strong>de</strong> pesso<strong>as</strong> e <strong>de</strong> transporte coletivo;<br />

VII - priorização e ampliação da cobertura da malha viária e o nível <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> transporte aos<br />

bairros populares;<br />

VIII - viabilização <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> transporte público municipal e <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> serviços às áre<strong>as</strong><br />

ocupad<strong>as</strong> por população <strong>de</strong> baixa renda;<br />

IX - regulamentação <strong>do</strong>s locais e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vag<strong>as</strong> <strong>de</strong> estacionamento, em áre<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> e<br />

privad<strong>as</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> compatível com <strong>as</strong> propost<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso, ocupação <strong>do</strong> solo, sistema viário e<br />

condições ambientais;<br />

26


X - a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> micro–ônibus e ônibus segun<strong>do</strong> critérios <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em Plano <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> para<br />

servir <strong>as</strong> linh<strong>as</strong> locais e perimetrais, express<strong>as</strong> e radiais;<br />

XI - gestões junto ao Esta<strong>do</strong> para garantir a integração física e tarifária <strong>do</strong> sistema local e<br />

metropolitano, com a utilização <strong>do</strong>s terminais projeta<strong>do</strong>s pela EMTU e <strong>do</strong>s projeta<strong>do</strong>s e<br />

construí<strong>do</strong>s pelo po<strong>de</strong>r público municipal;<br />

XII - a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s veículos que compõem a frota <strong>do</strong> transporte coletivo com especificações<br />

própri<strong>as</strong> que atendam <strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, segurança, conforto, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

embarque e <strong>de</strong>sembarque a to<strong>do</strong>s os cidadãos, inclusive porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência;<br />

XIII - implantar, em curto prazo, os equipamentos prioritários para o transporte público<br />

municipal n<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> que se caracterizam como corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> ônibus;<br />

XIV - implantar processo <strong>de</strong> controle da oferta e <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> transporte coletivo e<br />

alternativo para melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço e reduzir os custos;<br />

XV - elaborar meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> cálculo tarifário e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> remuneração <strong>do</strong> serviço;<br />

XVI – implantar Sistema Municipal <strong>de</strong> Transporte Público intermodal com tarifa única;<br />

XVII - <strong>de</strong>senvolver, a partir d<strong>as</strong> pesquis<strong>as</strong> <strong>de</strong> origem/<strong>de</strong>stino, <strong>de</strong> movimentação e<br />

complementares, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte municipal, para melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>de</strong>slocamentos<br />

da população, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> <strong>do</strong> meio físico e <strong>as</strong> disponibilida<strong>de</strong>s financeir<strong>as</strong><br />

para investimento n<strong>as</strong> infraestrutur<strong>as</strong> e equipamentos;<br />

XVIII – Implantar os terminais <strong>de</strong> ônibus consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s estratégicos pelo Plano <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong><br />

Urbana;<br />

XIX – Aumentar o número <strong>de</strong> bicicletários junto aos prédios <strong>de</strong> uso público, <strong>as</strong>sim como nos<br />

terminais <strong>de</strong> ônibus da cida<strong>de</strong>.<br />

Art. 60 - O Trânsito Municipal é <strong>de</strong> competência <strong>do</strong> Município, caben<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo<br />

Municipal a sua gestão e operação, integran<strong>do</strong> o município ao Sistema Nacional <strong>de</strong> Trânsito,<br />

DENATRAN, mediante a implantação <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Urbana, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos<br />

seguintes níveis <strong>de</strong> intervenções:<br />

I - sinalização <strong>do</strong>s corre<strong>do</strong>res comerciais, or<strong>de</strong>nan<strong>do</strong> o fluxo <strong>de</strong> veículos e priorizan<strong>do</strong> o<br />

transporte coletivo;<br />

II - requalificação d<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong> com: inserção <strong>de</strong> ramp<strong>as</strong> para porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s<br />

especiais; implantação <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> abrigo <strong>de</strong> ônibus; elevação d<strong>as</strong> faix<strong>as</strong> <strong>de</strong> travessi<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com o código <strong>de</strong> transito br<strong>as</strong>i<strong>lei</strong>ro;<br />

III - implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> direcionamento <strong>do</strong>s transeuntes para faix<strong>as</strong> <strong>de</strong> travessi<strong>as</strong> em<br />

locais <strong>de</strong> boa visibilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong>, em especial aquel<strong>as</strong> situad<strong>as</strong> em cruzamento ou em<br />

meio <strong>de</strong> quadra junto a escol<strong>as</strong> e aos pólos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tráfego <strong>do</strong> município;<br />

IV - construções <strong>de</strong> obstáculos físicos e implantação <strong>de</strong> semáforo;<br />

27


V - implantação <strong>do</strong>s seguintes <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> requalificação viária lista<strong>do</strong>s no Anexo 7, parte<br />

integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>:<br />

a) Anel Viário Central;<br />

b) Marginais da Ro<strong>do</strong>via Régis Bittencourt;<br />

c) Ligações Viári<strong>as</strong> da Região Leste.<br />

TÍTULO III<br />

DA ORDENAÇÃO DO SOLO<br />

Capítulo I<br />

Do Zoneamento<br />

Art. 61 - As norm<strong>as</strong> <strong>do</strong> zoneamento são <strong>as</strong> diretrizes fundamentais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> território <strong>do</strong><br />

Município, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos princípios constitucionais da política urbana, da função social da<br />

proprieda<strong>de</strong> e d<strong>as</strong> funções sociais da cida<strong>de</strong> nos termos <strong>do</strong> Estatuto da Cida<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>mais<br />

legislações fe<strong>de</strong>rais e estaduais relacionad<strong>as</strong> à política fundiária.<br />

§ 1º - No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> eventuais incompatibilida<strong>de</strong>s entre os limites <strong>do</strong> zoneamento municipal que<br />

coinci<strong>de</strong>m com o limite da APRM-G, situa<strong>do</strong> no divisor <strong>de</strong> águ<strong>as</strong> entre a bacia <strong>do</strong> Rio Embu<br />

Mirim e <strong>as</strong> baci<strong>as</strong> <strong>do</strong> Rio Cotia e <strong>do</strong> Ribeirão Pirajussara, <strong>de</strong>verá ser efetua<strong>do</strong> levantamento <strong>de</strong><br />

campo e apresenta<strong>do</strong> lau<strong>do</strong> <strong>de</strong> vistoria no intuito <strong>de</strong> ser verificada a posição da área em questão<br />

em relação à bacia hidrográfica <strong>do</strong> Reservatório Guarapiranga.<br />

§ 2º - O Município <strong>de</strong> Embu d<strong>as</strong> Artes fica dividi<strong>do</strong> n<strong>as</strong> seguintes Zon<strong>as</strong>, <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> no Anexo 1 e<br />

<strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 3 parte integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>:<br />

I – Zona Urbana Consolidada – ZUC<br />

II – Zona Empresarial – ZE<br />

III – Zona Corre<strong>do</strong>r Empresarial - ZCE<br />

IV – Zona - Corre<strong>do</strong>r Misto – ZCM<br />

V – Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental – ZIA<br />

VI – Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental – ZEIA<br />

VII – Zona Especial <strong>de</strong> Interesse Social – ZEIS<br />

VIII – Zona Central Histórica – ZCH<br />

IX – Zona <strong>do</strong> Centro Turístico – ZCT<br />

X – Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana – ZEU<br />

28


Art. 62 – As alterações <strong>de</strong> uso n<strong>as</strong> edificações existentes <strong>de</strong>vem respeitar os critérios <strong>de</strong> uso e<br />

ocupação apresenta<strong>do</strong>s nesta <strong>lei</strong>.<br />

Seção I<br />

Da Zona Urbana Consolidada - ZUC<br />

Art. 63 - As Zon<strong>as</strong> Urban<strong>as</strong> Consolidad<strong>as</strong> correspon<strong>de</strong>m às parcel<strong>as</strong> <strong>do</strong> território ocupad<strong>as</strong> por<br />

uso pre<strong>do</strong>minantemente resi<strong>de</strong>ncial, provid<strong>as</strong> <strong>de</strong> infraestrutura básica ou próxim<strong>as</strong> à re<strong>de</strong><br />

existente, sen<strong>do</strong> caracterizada por alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional e infraestrutura urbana<br />

insuficiente ou saturada, <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 3 e <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> com coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>,<br />

conforme Anexo 1, integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

§ 1 o - Na Zona Urbana Consolidada <strong>as</strong> ações e ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> prioritariamente a<br />

viabilizar condições a<strong>de</strong>quad<strong>as</strong> <strong>de</strong> moradia e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana e ambiental.<br />

§ 2 o - Na Zona Urbana Consolidada o uso pre<strong>do</strong>minante é habitacional, sen<strong>do</strong> permiti<strong>do</strong>s os<br />

usos não resi<strong>de</strong>nciais que não representem incomodida<strong>de</strong> conforme parâmetros <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s no<br />

Anexo 9, ou que <strong>as</strong> incomodida<strong>de</strong>s sejam mitigáveis, a partir <strong>do</strong>s respectivos Estu<strong>do</strong>s Prévios <strong>de</strong><br />

Impacto <strong>de</strong> Vizinhança.<br />

Art. 64 - Os objetivos na Zona Urbana Consolidada são:<br />

I - promover a reabilitação urbana <strong>do</strong>s bairros a partir <strong>de</strong> ações voltad<strong>as</strong> para a limpeza <strong>de</strong> rios e<br />

córregos, a <strong>de</strong>stinação a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s, a requalificação <strong>do</strong>s espaços públicos e <strong>de</strong><br />

lazer existentes;<br />

II - ampliar a oferta <strong>de</strong> espaços públicos e <strong>de</strong> lazer na malha urbana;<br />

III - melhorar <strong>as</strong> condições habitacionais n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> ocupações precári<strong>as</strong> e áre<strong>as</strong> urban<strong>as</strong><br />

ocupad<strong>as</strong> por populações <strong>de</strong> baixa renda;<br />

IV - impedir a expansão urbana para o interior da Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental<br />

localizada <strong>de</strong>ntro da APRM-G.<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona <strong>de</strong> Urbana Consolidada, na forma<br />

<strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos<br />

urbanísticos e jurídicos:<br />

I – Direito <strong>de</strong> Preempção;<br />

II – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

III – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

IV - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

recuperação <strong>do</strong>s equipamentos públicos, melhoria da infraestrutura urbana e regularização <strong>do</strong>s<br />

<strong>as</strong>sentamentos precários.<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

29


a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 1 <strong>de</strong>ntro da APRM-G e 2 fora da mesma;<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 2 <strong>de</strong>ntro da APRM-G e 2,5 fora da<br />

mesma.<br />

Seção II<br />

Da Zona Empresarial - ZE<br />

Art. 65 - A Zona Empresarial é a parcela <strong>do</strong> território <strong>de</strong>stinada ao uso e ativida<strong>de</strong>s industriais,<br />

comerciais e <strong>de</strong> serviços, visan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>do</strong> Município, <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no<br />

Anexo 3 e <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> com coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>, conforme Anexo 1, integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>,<br />

compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>:<br />

I – Zona Empresarial 1 – ZE1;<br />

II – Zona Empresarial 2 – ZE2;<br />

III – Zona Empresarial 3 – ZE3.<br />

§ 1º N<strong>as</strong> Zon<strong>as</strong> Empresariais 1, 2 e 3 são permitid<strong>as</strong> <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s industriais, comerciais, e <strong>de</strong><br />

serviços , observa<strong>do</strong>s os parâmetros legais e anexos <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

§ 2º Os usos resi<strong>de</strong>ncial e resi<strong>de</strong>ncial misto serão permiti<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que aprova<strong>do</strong>s pela Câmara<br />

Técnica Intersecretarial com apresentação <strong>de</strong> EIV pelo interessa<strong>do</strong>.<br />

Art. 66 - Os objetivos principais da Zona Empresarial são:<br />

I - induzir a ocupação or<strong>de</strong>nada d<strong>as</strong> gleb<strong>as</strong> <strong>de</strong>sse zoneamento, estruturan<strong>do</strong> uma área urbana<br />

preferencialmente contínua, <strong>de</strong> uso diversifica<strong>do</strong>;<br />

II - promover a ampliação da b<strong>as</strong>e <strong>de</strong> auto-sustentação econômica <strong>do</strong> Município, aumentan<strong>do</strong> a<br />

oferta <strong>de</strong> empregos e garantin<strong>do</strong> renda para a população local.<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona Empresarial, na forma <strong>do</strong> caput<br />

<strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos urbanísticos,<br />

ambientais e jurídicos:<br />

I – Transferência <strong>de</strong> Potencial Construtivo;<br />

II – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

III – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

IV - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

recuperação <strong>do</strong>s equipamentos públicos, melhoria da infraestrutura urbana e regularização <strong>do</strong>s<br />

<strong>as</strong>sentamentos precários;<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

I – ZE 1:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 0,8;<br />

30


) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 1.<br />

II – ZE 2<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 0,3.<br />

III – ZE 3<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 1;<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 1,5.<br />

Seção III<br />

Da Zona Corre<strong>do</strong>r Empresarial - ZCE<br />

Art. 67 – A Zona Corre<strong>do</strong>r Empresarial, conforme <strong>de</strong>limitada no perímetro constante no Anexo<br />

3 e <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> com coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>, conforme Anexo 1, integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, é a parcela<br />

<strong>do</strong> território, cuj<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> são <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> ao uso e ativida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais, industriais,<br />

agropecuári<strong>as</strong>, comerciais e <strong>de</strong> serviços, visan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>do</strong> Município;<br />

Art. 68 - Os objetivos principais da Zona Corre<strong>do</strong>r Empresarial são:<br />

I - induzir a ocupação or<strong>de</strong>nada d<strong>as</strong> gleb<strong>as</strong> e lotes <strong>de</strong>sse zoneamento, estruturan<strong>do</strong> um corre<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> uso diversifica<strong>do</strong>;<br />

II - promover a ampliação da b<strong>as</strong>e <strong>de</strong> auto-sustentação econômica <strong>do</strong> Município, aumentan<strong>do</strong> a<br />

oferta <strong>de</strong> empregos e garantin<strong>do</strong> renda para a população local;<br />

III – promover e garantir a implantação <strong>de</strong> um corre<strong>do</strong>r, cuj<strong>as</strong> autorizações para usos futuros<br />

sejam concebid<strong>as</strong> apen<strong>as</strong> para ocupação d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>sprovid<strong>as</strong> <strong>de</strong> vegetação significativa ou<br />

qualquer outro atributo protegi<strong>do</strong> pela legislação ambiental;<br />

IV - estimular e <strong>de</strong>senvolver o uso d<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais <strong>de</strong> comércios e serviços <strong>de</strong> baixo<br />

e médio risco, <strong>as</strong>sim <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s pelos respectivos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> impactos exigíveis por esta Lei e<br />

<strong>de</strong>mais Legislação Fe<strong>de</strong>ral, Estadual e Municipal;<br />

§ 1º – Deve-se garantir o respeito aos recuos frontais <strong>do</strong>s empreendimentos aprova<strong>do</strong>s à partir<br />

da data <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, sem qualquer edificação, excetuan<strong>do</strong>-se <strong>as</strong> <strong>de</strong> serviço público,<br />

visan<strong>do</strong> futura ampliação d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> e remo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong>s p<strong>as</strong>seios públicos, bem como a utilização<br />

<strong>de</strong>sse recuo para a instalação <strong>de</strong> mobiliário urbano.<br />

§ 2º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona Corre<strong>do</strong>r Empresarial, na forma <strong>do</strong><br />

caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos<br />

urbanísticos, ambientais e jurídicos:<br />

I – Transferência <strong>de</strong> Potencial Construtivo;<br />

II – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

III – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

31


IV - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

recuperação <strong>do</strong>s equipamentos públicos, melhoria da infraestrutura urbana e regularização <strong>do</strong>s<br />

<strong>as</strong>sentamentos precários.<br />

§ 3º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 0,3 <strong>de</strong>ntro da APRM-G e 0,6 fora da mesma.<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 1 fora da APRM-G.<br />

Seção IV<br />

Da Zona Corre<strong>do</strong>r Misto - ZCM<br />

Art. 69 - A Zona Corre<strong>do</strong>r Misto é a parcela <strong>do</strong> território inserida na ZUC, <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> por<br />

quadr<strong>as</strong> ao longo da Av. Rotary, Av. Aimara, Av. João Paulo II, Estrada <strong>de</strong> Itapecerica –<br />

Campo Limpo, Rua Panorama, Rua Augusto <strong>de</strong> Almeida Batista e <strong>as</strong> <strong>de</strong>mais vi<strong>as</strong> <strong>de</strong>marcad<strong>as</strong><br />

no Anexo 3, parte integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, na qual são admiti<strong>do</strong>s padrões urbanísticos diferencia<strong>do</strong>s<br />

em razão da infraestrutura instalada ou potencial para a implantação <strong>de</strong> empreendimentos<br />

volta<strong>do</strong>s ao uso cotidiano urbano.<br />

§ 1º – Deve-se garantir o respeito aos recuos frontais <strong>do</strong>s empreendimentos aprova<strong>do</strong>s à partir<br />

da data <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, sem qualquer edificação, excetuan<strong>do</strong>-se <strong>as</strong> <strong>de</strong> serviço público,<br />

visan<strong>do</strong> futura ampliação d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> e remo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong>s p<strong>as</strong>seios públicos, bem como a utilização<br />

<strong>de</strong>sse recuo para a instalação <strong>de</strong> mobiliário urbano.<br />

§ 2º - Na Zona Corre<strong>do</strong>r Misto serão permiti<strong>do</strong>s os usos comercial, serviços, turismo e<br />

resi<strong>de</strong>ncial.<br />

Art. 70 – São objetivos da Zona Corre<strong>do</strong>r Misto:<br />

I - requalificar o espaço urbano existente por meio da reconstrução <strong>do</strong> parque imobiliário e <strong>do</strong><br />

redimensionamento <strong>do</strong> sistema viário, mediante incentivo ao remembramento <strong>de</strong> lotes;<br />

II - aglutinar e promover usos que são essenciais à sustentabilida<strong>de</strong> local e minimizar os<br />

<strong>de</strong>slocamentos da população para outros bairros em busca <strong>de</strong>sses serviços, comércio e pequen<strong>as</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s industriais que não acarretem risco à população e a malha urbana;<br />

III – gerar recursos, a partir da venda <strong>de</strong> potencial construtivo, para a municipalida<strong>de</strong> reinvestir<br />

na melhoria da infraestrutura urbana da própria zona, e regiões lin<strong>de</strong>ir<strong>as</strong>.<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a zona - corre<strong>do</strong>r misto, na forma <strong>do</strong> caput<br />

<strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos urbanísticos e<br />

jurídicos:<br />

I – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

II – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

32


III - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

melhoria da infraestrutura urbana da própria região e regiões lin<strong>de</strong>ir<strong>as</strong>.<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 2;<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 4,5.<br />

Seção V<br />

Da Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental - ZIA<br />

Art. 71 - A Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental é a parcela <strong>do</strong> território caracterizada pela baixa<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional, proprieda<strong>de</strong>s com gran<strong>de</strong>s extensões <strong>de</strong> terra, com mat<strong>as</strong> nativ<strong>as</strong>. Se<br />

<strong>de</strong>stina à ocupação urbana com baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>as</strong>sociada à preservação<br />

ambiental, <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 3 e <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> com coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>, conforme Anexo<br />

1, ambos integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, cujos usos e ativida<strong>de</strong>s históricos são:<br />

I – pequen<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> com ativida<strong>de</strong>s agropecuári<strong>as</strong>;<br />

II - loteamentos e con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais horizontais;<br />

III – con<strong>do</strong>mínios verticais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que manti<strong>do</strong>s os mesmos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>;<br />

IV – empreendimentos <strong>de</strong> comércios e serviços volta<strong>do</strong>s ao uso cotidiano urbano <strong>do</strong>s bairros;<br />

V – empreendimentos industriais <strong>de</strong> baixo risco, conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r<br />

responsável e Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que manti<strong>do</strong>s os mesmos padrões<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>;<br />

Parágrafo único - A Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental tem como diretriz básica <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong><br />

solo, respeitad<strong>as</strong> <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> <strong>de</strong> seu zoneamento, o estimulo às ativida<strong>de</strong>s empresariais <strong>de</strong><br />

comércios e serviços, observan<strong>do</strong> os usos já existentes nos bairros que compõem a região.<br />

Art. 72 - Os objetivos da Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental são:<br />

I - manter a ocupação <strong>do</strong> solo com baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional e construída preservan<strong>do</strong> os<br />

recursos naturais e paisagísticos existentes;<br />

II - estimular e <strong>de</strong>senvolver o uso habitacional, bem como ativida<strong>de</strong>s empresariais <strong>de</strong> comércios<br />

e serviços <strong>de</strong> baixo risco, conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r responsável, Estu<strong>do</strong><br />

Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança e estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> impactos exigíveis por esta Lei e <strong>de</strong>mais<br />

Legislação Fe<strong>de</strong>ral, Estadual e Municipal, voltad<strong>as</strong> aos usos já existentes na região;<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental, na forma <strong>do</strong><br />

caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos<br />

urbanísticos, ambientais e jurídicos:<br />

I - Termo <strong>de</strong> compensação ambiental;<br />

33


II – Transferência <strong>de</strong> Potencial Construtivo;<br />

III – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

IV – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

V - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

melhoria da infraestrutura urbana da própria região e regiões lin<strong>de</strong>ir<strong>as</strong>;<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 0,3 <strong>de</strong>ntro da APRM-G e 0,6 fora da mesma;<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 1 fora da APRM-G.<br />

Seção VI<br />

Da Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental – ZEIA<br />

Art. 73 - A Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental é a porção <strong>do</strong> território situada em Área <strong>de</strong><br />

Proteção e Recuperação <strong>do</strong>s Mananciais, <strong>de</strong>stinada à preservação <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> com vegetação<br />

significativa e paisagens naturais notáveis, áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> reflorestamento e conservação em especial<br />

da planície aluvial <strong>do</strong> Rio Embu-Mirim <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 3 e <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> com coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong><br />

geográfic<strong>as</strong>, conforme Anexo 1, ambos integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

§ 1º - A Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental tem como diretriz principal <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong><br />

solo a criação <strong>do</strong> Parque da Várzea <strong>do</strong> rio Embu-Mirim inscrito nos limites <strong>de</strong> toda a planície<br />

aluvial <strong>do</strong> rio Embu-Mirim.<br />

§ 2º - Na Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental, o uso e a ocupação <strong>do</strong> solo <strong>de</strong>ve ser volta<strong>do</strong><br />

para minimizar os efeitos da <strong>de</strong>gradação ambiental.<br />

Art. 74 - Os objetivos da Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental são:<br />

I - preservar os recursos naturais e paisagísticos existentes, especialmente hídricos;<br />

II - estimular ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> que não prejudiquem o meio ambiente;<br />

III - conter a expansão urbana para o interior da Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais <strong>de</strong> interesse<br />

metropolitano;<br />

IV - formação <strong>de</strong> maciços vegetais em áre<strong>as</strong> privad<strong>as</strong> através <strong>do</strong> incentivo a compra <strong>de</strong> área para<br />

preservação e/ou recuperação da vegetação nativa mediante averbação.<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Ambiental, na<br />

forma <strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos<br />

urbanísticos, ambientais e jurídicos:<br />

I - Termo <strong>de</strong> compensação ambiental;<br />

II – Transferência <strong>de</strong> Potencial Construtivo;<br />

III – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

34


IV - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

melhoria da infraestrutura urbana da própria região e regiões lin<strong>de</strong>ir<strong>as</strong>.<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 0,15<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 0,3, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a transferência <strong>do</strong> potencial<br />

construtivo seja restrito a APRM-G e que garanta a preservação <strong>do</strong>s maciços vegetais<br />

significativos e outr<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse ambiental <strong>de</strong>vidamente averba<strong>do</strong>s na matrícula.<br />

Seção VII<br />

Da Zona Especial <strong>de</strong> Interesse Social - ZEIS<br />

Art. 75 - As Zon<strong>as</strong> Especiais <strong>de</strong> Interesse Social – ZEIS, são parcel<strong>as</strong> <strong>do</strong> território <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong><br />

prioritariamente à recuperação urbanística, à regularização fundiária, produção <strong>de</strong> Habitações <strong>de</strong><br />

Interesse Social – HIS e <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong> Popular - HMP, incluin<strong>do</strong> a recuperação <strong>de</strong> imóveis<br />

<strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s, a provisão <strong>de</strong> equipamentos sociais e culturais, espaços públicos para esportes e<br />

lazer, serviço e comércio <strong>de</strong> caráter local, áre<strong>as</strong> para ativida<strong>de</strong> agrícola urbana e familiar, áre<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong> preservação, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>:<br />

I - ZEIS 1: áre<strong>as</strong> ocupad<strong>as</strong> por população <strong>de</strong> baixa renda, abrangen<strong>do</strong> favel<strong>as</strong>, loteamentos<br />

precários, irregulares em que haja interesse público em promover a recuperação urbanística e a<br />

regularização fundiária, abrangen<strong>do</strong>:<br />

a) favela;<br />

b) cortiço;<br />

c) habitações coletiv<strong>as</strong> precári<strong>as</strong>;<br />

d) conjunto habitacional irregular ocupa<strong>do</strong> por mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> baixa renda;<br />

h) parcelamento e loteamento irregulares ocupa<strong>do</strong>s por mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> baixa renda;<br />

II - ZEIS 2: áre<strong>as</strong> com pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> terrenos vazios situa<strong>do</strong>s próximos a áre<strong>as</strong> <strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

infraestrutura, serviços urbanos e oferta <strong>de</strong> empregos, ou que estejam receben<strong>do</strong> investimentos<br />

<strong>de</strong>sta natureza, on<strong>de</strong> haja interesse público em promover ou ampliar o uso por<br />

Empreendimentos Habitacionais <strong>de</strong> Interesse Social - HIS e Habitação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Popular –<br />

HMP, abrangen<strong>do</strong>:<br />

e) edificação <strong>de</strong>teriorada;<br />

f) edificação não utilizada ou subutilizada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o disposto nesta <strong>lei</strong>;<br />

g) lote ou gleba não edificada;<br />

i) solo urbano subutiliza<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o disposto nesta <strong>lei</strong>.<br />

35


Art. 76 – Nos imóveis que se enquadrem na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ZEIS constante no artigo 75 <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>,<br />

a aprovação <strong>de</strong> nova edificação ou <strong>de</strong> reforma, com ou sem aumento <strong>de</strong> área e mudança <strong>de</strong> uso,<br />

<strong>de</strong>verá observar a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong>:<br />

I - em ZEIS 1 e ZEIS 2:<br />

a) no mínimo 80% (oitenta por cento) <strong>do</strong> total <strong>de</strong> área construída computável a ser edificada<br />

para HIS e<br />

b) no máximo 20% (vinte por cento) para HMP, ativida<strong>de</strong>s comerciais, <strong>de</strong> serviços,<br />

institucionais, conforme disposto nesta <strong>lei</strong>.<br />

§ 1º N<strong>as</strong> ZEIS 1 e ZEIS 2, a exigência <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> área construída compatível para HIS<br />

po<strong>de</strong>rá ser atendida da seguinte forma:<br />

I - na totalida<strong>de</strong> da ZEIS e não em cada lote, conforme dispuser o Plano <strong>de</strong> Urbanização a ser<br />

elabora<strong>do</strong> nos termos <strong>do</strong>s artigos 77;<br />

II - em um conjunto <strong>de</strong> ZEIS, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que integrante <strong>de</strong> um mesmo empreendimento, mediante<br />

aprovação da Câmara Técnica Intersecretarial.<br />

§ 2º Na hipótese <strong>do</strong> § 1º <strong>de</strong>ste artigo, para o cálculo da área construída exigida para HIS será<br />

consi<strong>de</strong>rada a área total <strong>do</strong>s lotes envolvi<strong>do</strong>s no empreendimento ou no Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

§ 3º N<strong>as</strong> ZEIS 1 e ZEIS 2 inserid<strong>as</strong> em Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais, <strong>as</strong> HIS produzid<strong>as</strong> na<br />

proporção estabelecida no inciso I <strong>do</strong> "caput" <strong>de</strong>ste artigo serão <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> prioritariamente para<br />

o atendimento habitacional <strong>de</strong> famíli<strong>as</strong> removid<strong>as</strong> <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong> preservação permanente<br />

ou ao <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> <strong>as</strong>sentamentos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como ZEIS 1 e localiza<strong>do</strong>s em Área <strong>de</strong><br />

Proteção aos Mananciais. E posteriormente para suprir déficit vegetativo em Área <strong>de</strong> Proteção<br />

aos Mananciais.<br />

§ 4º Em Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais, será dispensa<strong>do</strong> o atendimento às exigênci<strong>as</strong><br />

previst<strong>as</strong> no "caput" <strong>de</strong>ste artigo quan<strong>do</strong> a legislação específica não permitir a aprovação <strong>do</strong> HIS<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o estabeleci<strong>do</strong> neta <strong>lei</strong>.<br />

§ 5º Estão excetua<strong>do</strong>s d<strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> neste artigo os lotes que já se apresentavam<br />

regulares na data da publicação <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong> e que permaneçam com área igual ou inferior a<br />

250,00m² (duzentos e cinquenta metros quadra<strong>do</strong>s) n<strong>as</strong> ZEIS 1 e ZEIS 2.<br />

Art. 77 - Constituem norm<strong>as</strong> básic<strong>as</strong> para os Planos <strong>de</strong> Urbanização e para a aprovação <strong>de</strong><br />

novos empreendimentos envolven<strong>do</strong> parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong> solo n<strong>as</strong> ZEIS:<br />

I - ZEIS 1:<br />

a) o coeficiente <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> mínima é 0,05 fora da APRM-G e <strong>de</strong> 0,2 <strong>de</strong>ntro da mesma;<br />

b) o coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento po<strong>de</strong>rá atingir 2,0 fora da APRM-G e 1 <strong>de</strong>ntro da mesma, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com o Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

II - ZEIS 2:<br />

a) o coeficiente <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> mínima é 0,1 fora da APRM-G e <strong>de</strong> e 0,2 <strong>de</strong>ntro da mesma;<br />

36


) o coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento po<strong>de</strong>rá atingir 2,0 fora da APRM-G e 1,0 <strong>de</strong>ntro da mesma,<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

§ 1º N<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> favel<strong>as</strong>, o Executivo <strong>de</strong>finirá diretrizes especific<strong>as</strong> para os Planos <strong>de</strong><br />

Urbanização, visan<strong>do</strong> à regularização <strong>do</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo e d<strong>as</strong> moradi<strong>as</strong> pré-existentes,<br />

garantid<strong>as</strong> condições <strong>de</strong> segurança e salubrida<strong>de</strong>.<br />

§ 2º As Habitações <strong>de</strong> Interesse Social - HIS <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> prioritariamente à<br />

população resi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Embu, com preferência para <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> mora<strong>do</strong>r<strong>as</strong> no<br />

local <strong>de</strong> intervenção, conforme <strong>de</strong>manda cad<strong>as</strong>trada na Companhia Pública Municipal Pró-<br />

Habitação.<br />

§ 3º As Habitações <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong> Popular - HMP <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> prioritariamente à<br />

população resi<strong>de</strong>nte no Município <strong>de</strong> Embu, com preferência para <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> mora<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>do</strong><br />

local <strong>de</strong> intervenção.<br />

§ 4º A Companhia Pública Municipal Pró-Habitação po<strong>de</strong>rá estabelecer parceria com o setor<br />

priva<strong>do</strong> para a indicação da <strong>de</strong>manda para <strong>as</strong> Habitações <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong> Popular - HMP.<br />

Art. 78 Po<strong>de</strong>rão ser aceit<strong>as</strong>, a critério da Câmara Técnica Intersecretarial, soluções que não<br />

atendam às disposições previst<strong>as</strong> no Código <strong>de</strong> Obr<strong>as</strong> e na Lei <strong>de</strong> Parcelamento <strong>do</strong> Solo<br />

relativ<strong>as</strong> a dimensões, af<strong>as</strong>tamento e recuos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que:<br />

a) não sejam agravad<strong>as</strong> <strong>as</strong> condições <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong> e habitabilida<strong>de</strong>;<br />

b) a edificação seja adaptada às condições <strong>de</strong> segurança d<strong>as</strong> edificações estabelecid<strong>as</strong> pela<br />

Prefeitura e pelo Corpo <strong>de</strong> Bombeiros;<br />

c) seja ampliada a melhoria e abrangência d<strong>as</strong> condições <strong>de</strong> atendimento habitacional;<br />

Parágrafo único. Caberá à Câmara Técnica Intersecretarial a <strong>de</strong>liberação sobre <strong>as</strong> soluções<br />

propost<strong>as</strong> no <strong>projeto</strong> que não atendam integralmente à legislação aplicável à matéria.<br />

Art. 79 N<strong>as</strong> ZEIS 1 e ZEIS 2, o direito <strong>de</strong> construir acima <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento<br />

será gratuito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que previsto no Plano <strong>de</strong> Urbanização e respeitada a proporção <strong>de</strong> área total<br />

construída computável, conforme disposto no inciso I <strong>do</strong> artigo 76, <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Parágrafo único. N<strong>as</strong> ZEIS, a aplicação <strong>do</strong>s incentivos estabeleci<strong>do</strong>s no "caput" <strong>de</strong>ste artigo<br />

<strong>de</strong>verá ser prevista no respectivo Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

Art. 80 Não haven<strong>do</strong> liberação da Câmara Técnica Intersecretarial, n<strong>as</strong> ZEIS 2 inserid<strong>as</strong> em<br />

APRM-G, não se aplica o direito <strong>de</strong> construir acima <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento 1,0 (um).<br />

Art. 81 No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> ZEIS cujos limites estejam compreendi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s perímetros <strong>de</strong><br />

Operações Urban<strong>as</strong> Consorciad<strong>as</strong> fica <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>:<br />

37


I - a aplicação <strong>do</strong>s instrumentos, diretrizes e elementos previstos e estabeleci<strong>do</strong>s nesta Lei serão<br />

implementa<strong>do</strong>s por meio <strong>de</strong> <strong>lei</strong>s específic<strong>as</strong> que regem <strong>as</strong> Operações Urban<strong>as</strong> Consorciad<strong>as</strong>;<br />

II - o percentual <strong>de</strong> HIS a ser produzi<strong>do</strong>, fixa<strong>do</strong> na <strong>lei</strong> específica <strong>de</strong> Operação Urbana, po<strong>de</strong>rá<br />

ser parcialmente atendi<strong>do</strong> n<strong>as</strong> ZEIS com recursos provenientes da Operação Urbana;<br />

III - o coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo é o <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para a Operação Urbana na qual a<br />

ZEIS está inserida, aplican<strong>do</strong>-se os <strong>de</strong>mais índices, parâmetros e disposições estabeleci<strong>do</strong>s para<br />

<strong>as</strong> ZEIS;<br />

Art. 82 O Plano <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> cada ZEIS a ser aprova<strong>do</strong> pelo Executivo Municipal <strong>de</strong>verá<br />

prever:<br />

I - diagnóstico da ZEIS que contenha no mínimo: análise físico-ambiental, análise urbanística e<br />

fundiária e caracterização socioeconômica da população resi<strong>de</strong>nte;<br />

II - diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong> solo e<br />

instalação <strong>de</strong> infraestrutura urbana respeitad<strong>as</strong> <strong>as</strong> norm<strong>as</strong> técnic<strong>as</strong> pertinentes;<br />

III - <strong>projeto</strong>s d<strong>as</strong> intervenções urbanístic<strong>as</strong> necessári<strong>as</strong> à recuperação física da área, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> locais, sistema <strong>de</strong> ab<strong>as</strong>tecimento <strong>de</strong> água e coleta <strong>de</strong> esgotos, drenagem<br />

<strong>de</strong> águ<strong>as</strong> pluviais, coleta regular <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s, iluminação pública, a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s<br />

sistem<strong>as</strong> <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> veículos e pe<strong>de</strong>stres, eliminação <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco, estabilização <strong>de</strong><br />

talu<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> margens <strong>de</strong> córregos, tratamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s públic<strong>as</strong>, instalação <strong>de</strong><br />

equipamentos sociais e os usos complementares ao habitacional;<br />

IV - instrumentos aplicáveis para a regularização fundiária;<br />

V - condições para o remembramento <strong>de</strong> lotes;<br />

VI - forma <strong>de</strong> participação da população na implementação e gestão d<strong>as</strong> intervenções previst<strong>as</strong>;<br />

VII - forma <strong>de</strong> integração d<strong>as</strong> ações <strong>do</strong>s diversos setores públicos que interferem na ZEIS objeto<br />

<strong>do</strong> Plano;<br />

VIII - fontes <strong>de</strong> recursos para a implementação d<strong>as</strong> intervenções;<br />

IX - ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> emprego e renda;<br />

X - <strong>plano</strong> <strong>de</strong> ação social;<br />

XI - cad<strong>as</strong>tramento da população resi<strong>de</strong>nte no local, quan<strong>do</strong> existente.<br />

§ 1º Deverão ser constituí<strong>do</strong>s n<strong>as</strong> ZEIS 1, Conselhos Gestores compostos por representantes <strong>do</strong>s<br />

mora<strong>do</strong>res e <strong>do</strong> Executivo, que <strong>de</strong>verão participar <strong>de</strong> tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> etap<strong>as</strong> <strong>de</strong> elaboração e aprovação<br />

<strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Urbanização, <strong>as</strong>sim como <strong>de</strong> sua implementação.<br />

§ 2º Para o <strong>de</strong>senvolvimento e implementação <strong>do</strong>s Planos <strong>de</strong> Urbanização d<strong>as</strong> ZEIS, o<br />

Executivo po<strong>de</strong>rá disponibilizar <strong>as</strong>sessoria técnica, jurídica e social à população mora<strong>do</strong>ra.<br />

§ 3º Os proprietários <strong>de</strong> lotes ou gleb<strong>as</strong> e <strong>as</strong> entida<strong>de</strong>s representativ<strong>as</strong> <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> ZEIS<br />

po<strong>de</strong>rão apresentar ao Executivo, propost<strong>as</strong> para o Plano <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> que trata este<br />

artigo.<br />

38


§ 4º Os logra<strong>do</strong>uros e <strong>de</strong>mais áre<strong>as</strong> reservad<strong>as</strong> para uso público situa<strong>do</strong>s em ZEIS, quan<strong>do</strong><br />

necessári<strong>as</strong> para implementação <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Urbanização, <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>safeta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> uso<br />

público.<br />

§ 5º O Plano <strong>de</strong> Urbanização po<strong>de</strong>rá abranger mais <strong>de</strong> uma Zona Especial <strong>de</strong> Interesse Social -<br />

ZEIS.<br />

§ 6º O Plano <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong>verá ter aprovação da Câmara Técnica Intersecretarial e <strong>do</strong><br />

Conselho Gestor.<br />

Art. 83 O processo <strong>de</strong> elaboração <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Urbanização em ZEIS 1, caberá a Prefeitura<br />

notificar os mora<strong>do</strong>res e proprietários d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> abrangid<strong>as</strong> pelo seu perímetro, visan<strong>do</strong> a<br />

constituição <strong>de</strong> Conselho Gestor.<br />

§ 1º O Conselho Gestor será composto por representantes <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público, mora<strong>do</strong>res e<br />

proprietários <strong>de</strong> imóveis localiza<strong>do</strong>s na ZEIS 1, observada a parida<strong>de</strong> entre o número <strong>de</strong><br />

representantes <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público e da Socieda<strong>de</strong> Civil.<br />

§ 2º Caberá ao Conselho Gestor elaborar e aprovar seu Regimento Interno e a proposta <strong>de</strong><br />

participação da população, e <strong>de</strong> organizações não governamentais - ONGs atuantes na área, na<br />

elaboração <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

§ 3º O Conselho Gestor <strong>de</strong>verá garantir a informação e participação da população envolvida n<strong>as</strong><br />

su<strong>as</strong> discussões e <strong>de</strong>liberações.<br />

Art. 84 Os novos perímetros <strong>de</strong> ZEIS po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com <strong>as</strong> necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>finid<strong>as</strong> no Plano Municipal <strong>de</strong> Habitação.<br />

§ 1º A <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> ZEIS <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer os seguintes critérios:<br />

I - áre<strong>as</strong> ocupad<strong>as</strong> por favel<strong>as</strong>, apt<strong>as</strong> à urbanização;<br />

II - áre<strong>as</strong> usucapid<strong>as</strong> coletivamente e ocupad<strong>as</strong> por mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> baixa renda;<br />

III - loteamentos e parcelamentos irregulares e precários, ocupa<strong>do</strong>s por famíli<strong>as</strong> <strong>de</strong> baixa renda;<br />

IV - conjuntos habitacionais irregulares ocupa<strong>do</strong>s por população <strong>de</strong> baixa renda;<br />

V - áre<strong>as</strong> localizad<strong>as</strong> em regiões com infraestrutura urbana consolidada, <strong>de</strong> intensa concentração<br />

<strong>de</strong> cortiços, habitações coletiv<strong>as</strong> e edificações <strong>de</strong>teriorad<strong>as</strong>;<br />

VI - áre<strong>as</strong> que apresentem um alto índice <strong>de</strong> imóveis públicos ou priva<strong>do</strong>s não edifica<strong>do</strong>s ou não<br />

utiliza<strong>do</strong>s ou subtiliza<strong>do</strong>s, em regiões <strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>de</strong> infraestrutura;<br />

VII - áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> proteção ambiental, p<strong>as</strong>síveis <strong>de</strong> alocar população mora<strong>do</strong>ra em favel<strong>as</strong><br />

existentes n<strong>as</strong> proximida<strong>de</strong>s;<br />

VIII - áre<strong>as</strong> p<strong>as</strong>síveis <strong>de</strong> intervenção com controle ambiental.<br />

Art. 85 - N<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>marcad<strong>as</strong> para ZEIS po<strong>de</strong>rão ser utiliza<strong>do</strong>s os seguintes instrumentos:<br />

I - transferência <strong>de</strong> potencial construtivo <strong>de</strong> outros terrenos;<br />

39


II - preferência para receber recursos <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> habitação;<br />

III - direito <strong>de</strong> preempção;<br />

IV - usucapião especial <strong>de</strong> imóvel urbano e concessão <strong>de</strong> uso especial;<br />

V – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

VI - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 – Estatuto da Cida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> se<br />

fizer necessário.<br />

Art 86 - A Regularização Fundiária d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>marcad<strong>as</strong> como ZEIS 1 <strong>de</strong>ve ser posterior a<br />

urbanização <strong>do</strong> <strong>as</strong>sentamento, garantin<strong>do</strong> infraestrutura urbana, áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> lazer, acesso a<br />

equipamentos públicos e moradia digna.<br />

Art 87 - Para fins <strong>de</strong> regularização fundiária e urbanização <strong>de</strong> ocupações precári<strong>as</strong> <strong>de</strong>marcad<strong>as</strong><br />

como ZEIS 1 em beira <strong>de</strong> córrego, o Po<strong>de</strong>r Executivo, nos termos legais, po<strong>de</strong>rá flexibilizar o<br />

limite da faixa <strong>de</strong> Preservação Permanente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que implique em melhoria d<strong>as</strong> condições <strong>de</strong><br />

moradia, saneamento, qualida<strong>de</strong> ambiental <strong>do</strong>s cursos d´água e situações <strong>de</strong> risco geotécnico.<br />

Seção VIII<br />

Zona Central Histórica - ZCH<br />

Art. 88 - A Zona Central Histórica refere-se ao perímetro envoltório da Igreja <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

<strong>do</strong> Rosário e residência anexa - imóveis tomba<strong>do</strong>s pelo Instituto <strong>do</strong> Patrimônio Histórico e<br />

Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Conselho <strong>de</strong> Defesa <strong>do</strong> Patrimônio Histórico, Arqueológico,<br />

Artístico e Turístico (Con<strong>de</strong>phaat) – <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como <strong>de</strong> relevância histórica e cultural,<br />

<strong>de</strong>marca<strong>do</strong> e <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> nos Anexos 1, 3 e 8, integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Parágrafo Único - As diretrizes <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo na Zona Central Histórica <strong>de</strong>vem ser<br />

<strong>de</strong>finid<strong>as</strong> mediante <strong>plano</strong> <strong>de</strong> intervenção urbana específico para a área <strong>de</strong>limitada.<br />

Art. 89 - Os objetivos da Zona Central Histórica são:<br />

I - revalorização <strong>do</strong> Patrimônio Histórico e seu entorno com a aplicação <strong>de</strong> incentivos para<br />

manutenção e recuperação.<br />

II - potencializar a atrativida<strong>de</strong> turística já existente em função da Feira <strong>de</strong> Arte e Artesanato<br />

realizada to<strong>do</strong>s os finais <strong>de</strong> semana e feria<strong>do</strong>s;<br />

III - aproveitar a boa qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conjunto arquitetônico <strong>de</strong> interesse histórico e cultural<br />

existente, promoven<strong>do</strong> a recuperação d<strong>as</strong> fachad<strong>as</strong> <strong>de</strong>scaracterizad<strong>as</strong>;<br />

IV - <strong>do</strong>tar o espaço <strong>de</strong> mobiliário urbano, sinalização a<strong>de</strong>quada, que ofertem conforto aos<br />

usuários <strong>do</strong> Centro;<br />

40


§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona Central Histórica, na forma <strong>do</strong><br />

caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos urbanísticos<br />

e jurídicos:<br />

I - Termo <strong>de</strong> compensação;<br />

II – Transferência <strong>de</strong> potencial construtivo;<br />

III - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> se<br />

fizer necessário para a melhoria da infraestrutura urbana da própria região e regiões lin<strong>de</strong>ir<strong>as</strong>.<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> solo:<br />

a) coeficientes <strong>de</strong> aproveitamento igual a 1.<br />

b) Para Setor 1, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> no Anexo 8, não é permiti<strong>do</strong> nov<strong>as</strong> edificações ou<br />

equipamentos sem prévia e <strong>de</strong>talhada aprovação pelos órgãos <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> patrimônio<br />

histórico municipal, estadual e fe<strong>de</strong>ral.<br />

c) Para Setor 2, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> no Anexo 8, não é permiti<strong>do</strong> o <strong>de</strong>smembramento <strong>de</strong><br />

lotes, reform<strong>as</strong> com ampliações e/ou nov<strong>as</strong> edificações <strong>de</strong>vem se limitar a <strong>do</strong>is pavimentos,<br />

com altura máxima <strong>de</strong> 7 (sete) metros, construída no alinhamento frontal, com taxa <strong>de</strong><br />

ocupação <strong>de</strong> 75%.<br />

d) Para Setor 3, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> no Anexo 8, não é permiti<strong>do</strong> o <strong>de</strong>smembramento <strong>de</strong><br />

lotes, reform<strong>as</strong> com ampliações e/ou nov<strong>as</strong> edificações <strong>de</strong>vem se limitar a três pavimentos,<br />

com altura máxima <strong>de</strong> 12 (<strong>do</strong>ze) metros, construída no alinhamento frontal, com taxa <strong>de</strong><br />

ocupação <strong>de</strong> 65%.<br />

e) Para Setor 4, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> no Anexo 8, não é permiti<strong>do</strong> o <strong>de</strong>smembramento <strong>de</strong><br />

lotes, reform<strong>as</strong> com ampliações e/ou nov<strong>as</strong> edificações <strong>de</strong>vem se limitar a um pavimento,<br />

com altura máxima <strong>de</strong> 4,5 metros (quatro metros e meio), construída no alinhamento<br />

frontal, com taxa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> 60%.<br />

Seção IX<br />

Zona <strong>do</strong> Centro Turístico - ZCT<br />

Art. 90 – A Zona <strong>do</strong> Centro Turístico é a parcela envoltória da Zona Central Histórica, <strong>de</strong>scrita<br />

e <strong>de</strong>limitada conforme os Anexos 1 e 3, configuran<strong>do</strong>-se no Centro Expandi<strong>do</strong> <strong>do</strong> município, na<br />

qual encontram-se <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso diversifica<strong>do</strong>, com residênci<strong>as</strong>, comércio e serviços, e<br />

compreen<strong>de</strong> o principal trajeto turístico no município.<br />

Art. 91 - Os objetivos da Zona <strong>do</strong> Centro Turístico são:<br />

I - potencializar a atrativida<strong>de</strong> turística já existente em função <strong>do</strong> Centro Histórico e da Feira <strong>de</strong><br />

Artesanatos realizada to<strong>do</strong>s os finais <strong>de</strong> semana;<br />

41


II - incentivar os usos que sejam <strong>de</strong> suporte ao turismo e ao uso resi<strong>de</strong>ncial que ali existe;<br />

III - a<strong>de</strong>quar e <strong>do</strong>tar essa zona com equipamentos sociais, sinalização viária e informação gerais,<br />

para melhor atendimento ao turista;<br />

IV - minimizar os conflitos existentes no sistema viário <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos múltiplos usos já instala<strong>do</strong>s;<br />

V – preservar, recuperar e qualificar <strong>as</strong> paisagens naturais e urban<strong>as</strong> da região.<br />

VI – melhorar a qualida<strong>de</strong> urbanística e ambiental no entorno <strong>do</strong> Centro Histórico;<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona <strong>do</strong> Centro Turístico, na forma <strong>do</strong><br />

caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos urbanísticos<br />

e jurídicos:<br />

I - Termo <strong>de</strong> compensação ambiental;<br />

II – Transferência <strong>de</strong> potencial construtivo;<br />

III – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

IV – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

V - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

melhoria da infraestrutura urbana da própria região e regiões lin<strong>de</strong>ir<strong>as</strong>.<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 1<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 2, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a transferência <strong>do</strong> potencial<br />

construtivo seja restrito a APRM-G.<br />

Seção X<br />

Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana - ZEU<br />

Art. 92 - As Zon<strong>as</strong> <strong>de</strong> Expansão Urbana correspon<strong>de</strong>m às parcel<strong>as</strong> <strong>do</strong> território <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> ao<br />

crescimento da mancha urbana, com padrão <strong>de</strong> uso pre<strong>do</strong>minantemente resi<strong>de</strong>ncial, com a<br />

implantação <strong>de</strong> infraestrutura básica, ligan<strong>do</strong>-a à re<strong>de</strong> existente. Esta zona tem por objetivo criar<br />

continuida<strong>de</strong> no teci<strong>do</strong> urbano, estabelecen<strong>do</strong> ligações entre trechos <strong>de</strong>sconexos da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

infraestrutura urbana e <strong>do</strong> sistema viário local, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a conectar bairros isola<strong>do</strong>s entre si e<br />

com insuficiência <strong>de</strong> acesso.<br />

§ 1 o - Na Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana <strong>as</strong> ações e ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> prioritariamente a<br />

construir um teci<strong>do</strong> urbano com condições dign<strong>as</strong> <strong>de</strong> moradia e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana e<br />

ambiental.<br />

§ 2 o - Na Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana o uso pre<strong>do</strong>minante é habitacional, sen<strong>do</strong> permiti<strong>do</strong>s os<br />

usos não resi<strong>de</strong>nciais que não representem incomodida<strong>de</strong> conforme parâmetros <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s no<br />

Anexo 10.<br />

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Art. 93 - Os objetivos na Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana são:<br />

I - promover a conexão urbana entre bairros a partir <strong>de</strong> ações voltad<strong>as</strong> para a preservação <strong>de</strong> rios<br />

e córregos, a <strong>de</strong>stinação a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s, a criação <strong>de</strong> espaços públicos e <strong>de</strong> lazer<br />

<strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>;<br />

II - ampliar a oferta <strong>de</strong> moradi<strong>as</strong>, <strong>de</strong> espaços públicos e <strong>de</strong> lazer na malha urbana;<br />

§ 1º Para a implantação <strong>do</strong>s objetivos previstos para a Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana, na forma <strong>do</strong><br />

caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>do</strong>s, prioritariamente, os seguintes instrumentos<br />

urbanísticos, ambientais e jurídicos:<br />

I – Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir,<br />

II – Transferência <strong>de</strong> potencial construtivo;<br />

III – Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

IV - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para a<br />

recuperação <strong>do</strong>s equipamentos públicos, melhoria da infraestrutura urbana e regularização <strong>do</strong>s<br />

<strong>as</strong>sentamentos precários.<br />

§ 2º Ficam estabeleci<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros:<br />

a) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento igual a 1;<br />

b) coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento máximo igual a 2.<br />

Seção XI<br />

Sistema <strong>de</strong> Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s<br />

Art 94 – Fazem parte <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> no Art. 45 , que estão<br />

<strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 5, parte integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, e que tem por objetivo:<br />

I - melhorar a qualida<strong>de</strong> urbanística e ambiental;<br />

II - ampliar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s públic<strong>as</strong> no município;<br />

III - qualificar o patrimônio ambiental e paisagístico <strong>do</strong> município;<br />

IV - aumentar o índice <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s por habitante no município, sobretu<strong>do</strong> na Região Leste;<br />

V - propiciar a conectivida<strong>de</strong> entre maciços vegetais significativos;<br />

VI - ampliar e qualificar <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> praç<strong>as</strong> e parques públicos.<br />

Art 95 – Aos imóveis que forem afeta<strong>do</strong>s pela implementação <strong>do</strong>s Parques Lineares<br />

Municipais, <strong>projeto</strong> prioritário conforme Anexo 7, po<strong>de</strong>rão ser aplica<strong>do</strong>s os seguintes<br />

instrumentos urbanísticos:<br />

I – Direito <strong>de</strong> Preempção;<br />

II – Transferência <strong>do</strong> Potencial Construtivo com <strong>do</strong>ação <strong>de</strong> parte <strong>do</strong> imóvel;<br />

III – Dação em pagamento;<br />

IV – Outorga onerosa <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> construir;<br />

43


V - outros instrumentos previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/01 – Estatuto da Cida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> se<br />

fizer necessário.<br />

Art 96 – Os Maciços Vegetais Significativos – MVS – são áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> como <strong>de</strong><br />

importante relevância para o equilíbrio ambiental municipal.<br />

Art 97 – Aos imóveis que contenham Maciços Vegetais Significativos, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong><br />

pelo Anexo 5, po<strong>de</strong>rão ser aplica<strong>do</strong>s os seguintes instrumentos urbanísticos:<br />

I – Direito <strong>de</strong> Preempção;<br />

II – Transferência <strong>do</strong> Potencial Construtivo;<br />

III – Dação em pagamento;<br />

IV – Outorga onerosa <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> construir.<br />

Seção XII<br />

Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Uso Especial<br />

Art. 98 – São consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Uso Especial <strong>as</strong> <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> no Art. 99 e constantes <strong>do</strong> Anexo<br />

6, parte integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>. As ativida<strong>de</strong>s previst<strong>as</strong> para tais áre<strong>as</strong> estão sujeit<strong>as</strong> às <strong>lei</strong>s<br />

específic<strong>as</strong> aplicad<strong>as</strong> à categoria e serão i<strong>de</strong>ntificad<strong>as</strong> na emissão <strong>de</strong> Certidão <strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Solo e<br />

Manifestações Técnic<strong>as</strong> da Prefeitura.<br />

Art. 99 – As Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Uso Especial estão agrupad<strong>as</strong> n<strong>as</strong> seguintes categori<strong>as</strong>:<br />

I – Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração;<br />

II – Cemitérios;<br />

III – Aterros sanitários;<br />

IV – Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Proteção Ambiental:<br />

a) APA Embu Ver<strong>de</strong>;<br />

b) APA Pra<strong>do</strong> Rangel;<br />

c) APA Mata <strong>do</strong> Santa Tereza;<br />

d) APA Lagoa <strong>do</strong>s Príncipes.<br />

V – Ativida<strong>de</strong>s Agropecuári<strong>as</strong>;<br />

VI – Autopist<strong>as</strong> metropolitan<strong>as</strong>.<br />

Art. 100 – Os Empreendimentos n<strong>as</strong> Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Uso Especial são caracteriza<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is grupos<br />

distintos:<br />

I – Empreendimentos instala<strong>do</strong>s ou que pretendam se instalar <strong>de</strong>ntro d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no<br />

Anexo 6, parte integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>;<br />

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II – Empreendimentos que pretendam se instalar fora d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 6, parte<br />

integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>;<br />

Art. 101 – Para fins <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> Certidões <strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Solo e Manifestações Técnic<strong>as</strong> pela<br />

Prefeitura serão a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os seguintes critérios:<br />

I – <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração enquadrad<strong>as</strong> no inciso I <strong>do</strong> art. 99 e inciso I <strong>do</strong> art.100, serão<br />

consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> permitid<strong>as</strong>, ressalvad<strong>as</strong> <strong>as</strong> restrições urbanístic<strong>as</strong> e ambientais previst<strong>as</strong> neste<br />

Plano Diretor, inclusive aquel<strong>as</strong> referentes à industrialização <strong>do</strong>s produtos minerais, a saber:<br />

a) ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte à mineração, entendid<strong>as</strong> como tod<strong>as</strong> aquel<strong>as</strong> necessári<strong>as</strong> à produção nos<br />

empreendimentos, como armazenamento, estocagem, reprocessamento <strong>de</strong> produtos minerais,<br />

incluin<strong>do</strong> engarrafamento e embalagem <strong>de</strong> água mineral;<br />

b) ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reciclagem <strong>de</strong> resíduos da construção e <strong>de</strong>molição, incluin<strong>do</strong> estocagem,<br />

reprocessamento e comercialização;<br />

c) Ativida<strong>de</strong>s correlat<strong>as</strong>, inclusive preparação <strong>de</strong> concreto pré-mistura<strong>do</strong>, m<strong>as</strong>sa <strong>as</strong>fáltica,<br />

argam<strong>as</strong>sa, produção <strong>de</strong> pré-molda<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>mais produtos que utilizam insumos minerais<br />

produzi<strong>do</strong>s pelos empreendimentos e enquadráveis na ca<strong>de</strong>ia da construção civil.<br />

II – <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s enquadrad<strong>as</strong> no inciso II <strong>do</strong> art.100 <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão <strong>de</strong> prévia análise e aprovação<br />

<strong>do</strong> Executivo Municipal, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os Estu<strong>do</strong>s Prévios <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança e <strong>as</strong><br />

legislações pertinentes ao licenciamento ambiental e seguirão o zoneamento <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> no<br />

Anexo 3, parte integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

TITULO IV<br />

DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO<br />

Art. 102 - O uso e ocupação <strong>do</strong> solo <strong>de</strong>verá observar os parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s no Anexo 9,<br />

integrante <strong>de</strong>sta Lei.<br />

Art. 103 – Os usos <strong>do</strong> solo ficam cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong>s em:<br />

I - Resi<strong>de</strong>ncial (R): que envolve a moradia;<br />

II - Resi<strong>de</strong>ncial misto (Rm): que envolve moradia e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais<br />

e/ou serviços;<br />

III - Não resi<strong>de</strong>ncial (NR): que envolve o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais, <strong>de</strong><br />

prestação <strong>de</strong> serviços, institucionais e/ou industriais;<br />

IV - Uso industrial <strong>de</strong> alto risco (NRI 01): envolve apen<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s industriais <strong>de</strong> alto risco,<br />

conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r responsável e estu<strong>do</strong>s específicos;<br />

45


V - Uso industrial <strong>de</strong> médio risco (NRI 02): envolve apen<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s industriais <strong>de</strong> médio<br />

risco, conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r responsável e estu<strong>do</strong>s específicos;<br />

VI – Uso industrial <strong>de</strong> baixo risco (NRI 03): envolve apen<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s industriais <strong>de</strong> baixo<br />

risco, conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r responsável e estu<strong>do</strong>s específicos;<br />

VII - Uso comercial e serviços (NRcs);<br />

VIII - Uso institucional (NRinst);<br />

IX - Uso agropecuário (NRag);<br />

Art. 104 – Os usos estabeleci<strong>do</strong>s no artigo anterior, segun<strong>do</strong> o grau <strong>de</strong> incomodida<strong>de</strong>, ficam<br />

cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong>s em:<br />

I - Não incômod<strong>as</strong> (NI): ativida<strong>de</strong>s que não causam impacto nocivo ao meio ambiente urbano,<br />

por não se enquadrarem n<strong>as</strong> situações <strong>de</strong> incomodida<strong>de</strong> caracterizad<strong>as</strong> no parágrafo único, <strong>de</strong>ste<br />

artigo;<br />

II - Incômod<strong>as</strong> 01 (I1): ativida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>de</strong> impacto nocivo ao meio ambiente urbano,<br />

compatíveis com o uso resi<strong>de</strong>ncial e<br />

III - Incômod<strong>as</strong> 02 (I2): ativida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>de</strong> impacto nocivo ao meio ambiente urbano,<br />

compatíveis com o uso resi<strong>de</strong>ncial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que aplicad<strong>as</strong> <strong>as</strong> medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong> propost<strong>as</strong> pelo<br />

EIV.<br />

Parágrafo Único – As ativida<strong>de</strong>s serão cl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong> n<strong>as</strong> categori<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> no caput<br />

<strong>de</strong>ste artigo, a partir <strong>de</strong> seu enquadramento, <strong>de</strong> forma isolada ou cumulativa, nos parâmetros <strong>de</strong><br />

incomodida<strong>de</strong> estabeleci<strong>do</strong>s no Anexo 10, integrante <strong>de</strong>sta Lei, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>:<br />

I - Impacto Urbanístico: sobrecarga na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte da infra-estrutura instalada e/ou<br />

alteração negativa da paisagem urbana;<br />

II - Poluição Sonora: geração <strong>de</strong> impacto sonoro no entorno próximo pelo uso <strong>de</strong> máquin<strong>as</strong>,<br />

utensílios rui<strong>do</strong>sos, aparelhos sonoros ou similares, ou concentração <strong>de</strong> pesso<strong>as</strong> ou animais;<br />

III - Poluição Atmosférica: uso <strong>de</strong> combustíveis nos processos <strong>de</strong> produção e/ou lançamento <strong>de</strong><br />

material particula<strong>do</strong> inerte na atmosfera acima <strong>do</strong> admissível;<br />

IV - Poluição Hídrica: geração <strong>de</strong> efluentes líqui<strong>do</strong>s incompatíveis ao lançamento na re<strong>de</strong><br />

hidrográfica e/ou sistema coletor <strong>de</strong> esgotos, e/ou poluição <strong>do</strong> lençol freático;<br />

V - Poluição por Resíduos Sóli<strong>do</strong>s: produção, manipulação e/ou estocagem <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s,<br />

com riscos potenciais ao meio ambiente e à saú<strong>de</strong> pública;<br />

VI - Vibração: uso <strong>de</strong> máquin<strong>as</strong> ou equipamentos que produzam choque ou vibração sensível<br />

além <strong>do</strong>s limites da proprieda<strong>de</strong>;<br />

VII - Periculosida<strong>de</strong>: ativida<strong>de</strong>s que apresentam risco ao meio ambiente e a saú<strong>de</strong>, em função da<br />

comercialização, uso ou estocagem <strong>de</strong> materiais perigosos compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> explosivos, Gás<br />

Liquefeito <strong>de</strong> Petróleo - GLP, inflamáveis, tóxicos e equiparáveis, conforme norm<strong>as</strong> técnic<strong>as</strong><br />

que tratam <strong>do</strong> <strong>as</strong>sunto e legislação municipal específica;<br />

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VIII - Geração <strong>de</strong> Tráfego: pela operação ou atração <strong>de</strong> veículos pesa<strong>do</strong>s, tais como caminhões,<br />

ônibus, e/ou geração <strong>de</strong> tráfego intenso, em razão <strong>do</strong> porte <strong>do</strong> estabelecimento, da concentração<br />

<strong>de</strong> pesso<strong>as</strong> e <strong>do</strong> número <strong>de</strong> vag<strong>as</strong> <strong>de</strong> estacionamento cria<strong>do</strong>s.<br />

Art. 105 – As ativida<strong>de</strong>s cl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong> como incômod<strong>as</strong>, segun<strong>do</strong> Anexo 10 <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, sujeitarse-ão<br />

ao cumprimento d<strong>as</strong> medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> pelos órgãos competentes da<br />

Administração Municipal, a partir da legislação e norm<strong>as</strong> técnic<strong>as</strong> pertinentes e, quan<strong>do</strong> couber,<br />

a obtenção <strong>de</strong> aprovação junto aos órgãos estaduais e fe<strong>de</strong>rais competentes.<br />

§ 1º – N<strong>as</strong> edificações concluíd<strong>as</strong>, po<strong>de</strong>rão ser instalad<strong>as</strong> <strong>as</strong> categori<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso Incômod<strong>as</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que sejam a<strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>as</strong> medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong> indicad<strong>as</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal,<br />

incluin<strong>do</strong>-se <strong>as</strong> adaptações da edificação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que em acor<strong>do</strong> com o zoneamento.<br />

§ 2º - As áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> produção agrícola são cl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong> como áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso especial, visan<strong>do</strong> a<br />

permanência e o incremento da ativida<strong>de</strong>.<br />

Art. 106 – Um mesmo imóvel po<strong>de</strong>rá ser utiliza<strong>do</strong> por mais <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong><br />

localiza<strong>do</strong> em Uso Misto, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> aten<strong>de</strong>r cumulativamente às exigênci<strong>as</strong> para cada um <strong>do</strong>s<br />

usos que coexistam no imóvel.<br />

TÍTULO V<br />

DO PARCELAMENTO DO SOLO<br />

Seção I<br />

Dos Loteamentos e Desmembramentos<br />

Art. 107 - Para a implantação <strong>de</strong> loteamentos e <strong>de</strong>smembramentos, <strong>de</strong>verá ser obtida Certidão<br />

<strong>de</strong> Uso e Ocupação <strong>do</strong> Solo, visan<strong>do</strong> a<strong>de</strong>quar a implantação <strong>do</strong> empreendimento às<br />

condicionantes urbanístic<strong>as</strong> locais e às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários, em observância <strong>as</strong> norm<strong>as</strong><br />

estabelecid<strong>as</strong> por esta Lei, e pel<strong>as</strong> legislações estadual e fe<strong>de</strong>ral, em especial a Lei Fe<strong>de</strong>ral<br />

6766/79.<br />

Parágrafo Único – Os loteamentos comprovadamente aprova<strong>do</strong>s por <strong>lei</strong>s vigentes à época<br />

<strong>de</strong>verão ser legitima<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> da compatibilização com <strong>lei</strong>s específic<strong>as</strong>.<br />

Art. 108 – O parcelamento <strong>do</strong> solo, ressalva<strong>do</strong>s os c<strong>as</strong>os inci<strong>de</strong>ntes sobre <strong>as</strong> ZEIS <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> no<br />

Art. 75 <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, <strong>de</strong>verá ser projeta<strong>do</strong> e executa<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira a <strong>as</strong>segurar <strong>as</strong> condições<br />

a<strong>de</strong>quad<strong>as</strong> <strong>de</strong>:<br />

I - Ab<strong>as</strong>tecimento <strong>de</strong> água, esgotamento sanitário e fornecimento <strong>de</strong> energia elétrica;<br />

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II - Terraplenagem, drenagem, circulação e pavimentação, segun<strong>do</strong> diretrizes e norm<strong>as</strong><br />

fornecid<strong>as</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal;<br />

III - Arborização <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os espaços livres e vi<strong>as</strong>, conforme diretriz fornecida pelo Plano<br />

Municipal <strong>de</strong> Arborização.<br />

§ 1º - A expedição <strong>do</strong> Alvará <strong>de</strong> Aprovação e Execução, com valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 04 (quatro) anos, será<br />

condiciona<strong>do</strong> à aprovação, pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal, <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s previstos no caput<br />

<strong>de</strong>ste artigo e <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> cronograma <strong>de</strong> execução d<strong>as</strong> obr<strong>as</strong>, juntamente com<br />

instrumento <strong>de</strong> garantia exigida em <strong>lei</strong>.<br />

§ 2º - O prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Álvara <strong>de</strong> Aprovação e Execução po<strong>de</strong>rá ser prorroga<strong>do</strong>, uma<br />

única vez, por até perío<strong>do</strong> igual ao previsto no parágrafo anterior, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que requeri<strong>do</strong> pela<br />

parte interessada e <strong>de</strong>monstrada <strong>do</strong>cumentalmente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal prorrogação.<br />

§ 3º - A valida<strong>de</strong> <strong>do</strong> prazo <strong>do</strong> Alvará <strong>de</strong> Aprovação e Execução, com ou sem prorrogação,<br />

encerra-se automaticamente com o <strong>de</strong>curso <strong>do</strong> tempo, não sen<strong>do</strong> necessária qualquer espécie <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público.<br />

Art. 109 - As dimensões mínim<strong>as</strong> <strong>do</strong>s lotes resultantes <strong>de</strong> loteamentos, <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bros e<br />

<strong>de</strong>smembramentos são <strong>as</strong> <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> no Anexo 9 integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Art. 110 - Do total da área a ser loteada <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>, no mínimo, 7,5% (sete e meio por<br />

cento) para Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Uso Público, 7,5% (sete e meio por cento) para Equipamentos<br />

Comunitários e para o sistema viário <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> 20% (vinte por cento) da área total,<br />

c<strong>as</strong>o esse percentual não seja alcança<strong>do</strong>, a diferença <strong>de</strong>verá ser incorporada às <strong>de</strong>mais áre<strong>as</strong><br />

públic<strong>as</strong> indistintamente.<br />

§ 1º - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal, através da Diretriz <strong>de</strong> Uso e Ocupação <strong>do</strong> Solo,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o a<strong>de</strong>nsamento <strong>do</strong> empreendimento e necessida<strong>de</strong>s específic<strong>as</strong> <strong>do</strong> local, <strong>de</strong>finirá a<br />

localização d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Equipamentos Comunitários e Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Uso Público.<br />

§ 2º - As áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> aos Equipamentos Comunitários e Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Uso Público<br />

<strong>de</strong>verão ter acesso por via pública, e configuração que permita a implantação e <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong><br />

máxima com 20% (vinte por cento).<br />

§ 3º - Na parcela da Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental, fora da Área <strong>de</strong> Proteção e Recuperação <strong>do</strong>s<br />

Mananciais, <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>, no mínimo, 7,5% (sete e meio por cento) para Equipamentos<br />

Comunitários e 15% (quinze por cento) para Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Uso Público.<br />

§ 4º - Na parcela da Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental que encontra-se fora da APRM-G, o lotea<strong>do</strong>r<br />

po<strong>de</strong>rá diminuir a área mínima <strong>de</strong> lote <strong>de</strong> 800,00 m2 para 500,00 m2 <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a meta<strong>de</strong> da<br />

diferença total <strong>de</strong> área seja aglutinada às áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s existentes na gleba e averbad<strong>as</strong> junto à<br />

matrícula com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservação.<br />

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§ 5º - Na parcela da Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental, os <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> loteamento <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> que<br />

contenham Maciços Vegetais Significativos ou estejam em áre<strong>as</strong> com potencial <strong>de</strong><br />

conectivida<strong>de</strong> entre maciços vegetais, conforme <strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s no Anexo 5, <strong>de</strong>verão apresentar<br />

Plano <strong>de</strong> Manejo Ambiental.<br />

Art. 111 – O sistema viário proposto para o loteamento <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r <strong>as</strong> regr<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

hierarquização viária, segurança no trânsito, acessibilida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte geotécnico<br />

<strong>do</strong> sítio. Deverá obe<strong>de</strong>cer <strong>as</strong> seguintes norm<strong>as</strong>:<br />

I - Largura <strong>do</strong> <strong>lei</strong>to carroçável:<br />

1) Via Arterial: mínima <strong>de</strong> 14,00 (quatorze) metros;<br />

2) Via Coletora: mínima <strong>de</strong> 11,50 (onze metros e cinqüenta centímetros) metros;<br />

3) Via Local: mínima <strong>de</strong> 7,00 (sete) metros;<br />

II - Declivida<strong>de</strong> máxima d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong>: 24% (vinte por cento);<br />

III – Largura d<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong>:<br />

1) Via Arterial: mínima <strong>de</strong> 3,00m <strong>de</strong> ambos os la<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> permeável a faixa <strong>de</strong> 0,80m junto à<br />

guia e tratada com vegetação;<br />

2) Via Coletora: mínima <strong>de</strong> 2,50m <strong>de</strong> ambos os la<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> permeável a faixa <strong>de</strong> 0,80m junto à<br />

guia e tratada com vegetação;<br />

3) Via Local: mínima <strong>de</strong> 1,50m <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s e 2,40m <strong>do</strong> outro, sen<strong>do</strong> permeável a faixa <strong>de</strong><br />

0,80m junto à guia e tratada com vegetação;<br />

IV - No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> canteiro central n<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> arteriais, este <strong>de</strong>verá ter faixa <strong>de</strong> vegetação<br />

com largura mínima <strong>de</strong> 2,00 (<strong>do</strong>is) metros;<br />

V – Tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> calçad<strong>as</strong> <strong>de</strong>verão ter inclinação transversal constante e não superior a 2%;<br />

VI – A inclinação longitudinal d<strong>as</strong> calçad<strong>as</strong> <strong>de</strong>verá acompanhar o grei<strong>de</strong> da rua;<br />

VII - As <strong>de</strong>mais especificações relacionad<strong>as</strong> ao p<strong>as</strong>seio público <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>terminad<strong>as</strong> pelo<br />

código <strong>de</strong> obr<strong>as</strong>, respeitan<strong>do</strong> os termos <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> universal (DF 5.296/2004).<br />

§ 1º - As vi<strong>as</strong> principais <strong>do</strong> loteamento serão <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal<br />

mediante Certidão <strong>de</strong> Diretrizes, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a estabelecer <strong>as</strong> ligações com o sistema viário<br />

municipal existente ou projeta<strong>do</strong>, <strong>as</strong>sim como organizar o espaço interno <strong>do</strong> loteamento.<br />

§ 2º - N<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> ZEIS, <strong>as</strong> norm<strong>as</strong> para o sistema viário serão <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s no Plano <strong>de</strong><br />

Urbanização.<br />

Seção II<br />

Do Conjunto <strong>de</strong> Con<strong>do</strong>mínio Resi<strong>de</strong>ncial<br />

Art. 112 - A implantação <strong>do</strong>s conjuntos em con<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer, além d<strong>as</strong> <strong>de</strong>mais<br />

norm<strong>as</strong> previst<strong>as</strong> em legislação fe<strong>de</strong>ral e estadual, os seguintes requisitos:<br />

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I – To<strong>do</strong>s os Conjuntos em Con<strong>do</strong>mínio Resi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong>verão ser aprova<strong>do</strong>s pela Câmara<br />

Técnica Intersecretarial, sen<strong>do</strong> que os com área igual ou superior a 50.000,00 m² e/ou com mais<br />

<strong>de</strong> 300 unida<strong>de</strong>s habitacionais estará sujeito à apresentação <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong><br />

Vizinhança (EIV) po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser solicitad<strong>as</strong>, como medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong>, a realização <strong>de</strong><br />

infraestrutura e equipamentos públicos em locais fora da área con<strong>do</strong>minial, contíguos ao<br />

empreendimento ou não;<br />

II - Conjuntos em Con<strong>do</strong>mínios <strong>de</strong>verão respeitar o Plano Viário Básico conforme Anexo 4,<br />

integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Parágrafo Único - No atendimento ao disposto no inciso I, <strong>de</strong>ste artigo, os Conjuntos em<br />

Con<strong>do</strong>mínio Resi<strong>de</strong>nciais contíguos serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s conjuntamente, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser prevista via<br />

<strong>do</strong> tipo arterial pública <strong>de</strong> circulação entre eles c<strong>as</strong>o não atendam tal exigência.<br />

Art. 113 - O sistema <strong>de</strong> circulação interno nos con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais a<strong>do</strong>tará os seguintes<br />

critérios:<br />

I - Via: Largura mínima 9,00 (nove) metros;<br />

II - Declivida<strong>de</strong> máxima d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong>: 24% (vinte e quatro por cento);<br />

III - Largura mínima da calçada: 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), <strong>de</strong> ambos os la<strong>do</strong>s;<br />

IV – Nos c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> calçada com faixa permeável, <strong>de</strong>verá ter largura mínima <strong>de</strong> 2,40m, sen<strong>do</strong><br />

permeável a faixa <strong>de</strong> 0,80cm junto à guia e tratada com vegetação.<br />

Seção III<br />

Do Parcelamento <strong>de</strong> Interesse Social<br />

Art. 114 – No Loteamento <strong>de</strong> Interesse Social - LIS será admiti<strong>do</strong>:<br />

I - Lotes <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s exclusivamente ao uso não resi<strong>de</strong>ncial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que em número não superior a<br />

10% (<strong>de</strong>z por cento) <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s lotes resultantes;<br />

II - Os lotes para uso não resi<strong>de</strong>ncial e uso misto terão sua área majorada em 100% da área <strong>do</strong><br />

lote padrão, ou seja, <strong>do</strong> lote resi<strong>de</strong>ncial.<br />

Art. 115 - O parcelamento <strong>do</strong> solo n<strong>as</strong> ZEIS não será permiti<strong>do</strong> n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> que apresentem risco<br />

à saú<strong>de</strong> ou à vida, em especial:<br />

I - em terrenos alagadiços ou sujeitos à inundações, salvo aqueles objetos <strong>de</strong> intervenção que<br />

<strong>as</strong>segure a drenagem e o escoamento d<strong>as</strong> águ<strong>as</strong>;<br />

II - em terrenos que tenham si<strong>do</strong> aterra<strong>do</strong>s com material nocivo à saú<strong>de</strong> pública, salvo se<br />

previamente sanea<strong>do</strong>s;<br />

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III - em terrenos com <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo aquele objeto<br />

<strong>de</strong> intervenção que <strong>as</strong>segure a contenção d<strong>as</strong> encost<strong>as</strong>, atestan<strong>do</strong> a viabilida<strong>de</strong> da urbanização;<br />

IV - em terrenos on<strong>de</strong> <strong>as</strong> condições físic<strong>as</strong> não recomendam a construção;<br />

V - n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> em que a <strong>de</strong>gradação ambiental impeça condições sanitári<strong>as</strong> a<strong>de</strong>quad<strong>as</strong> à moradia<br />

digna;<br />

VI - n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> encravad<strong>as</strong>, sem acesso à via pública;<br />

VII - n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> contaminad<strong>as</strong> no subsolo ou lençol freático por infiltrações químic<strong>as</strong> que causem<br />

dano à saú<strong>de</strong>.<br />

Art. 116 - Aos imóveis já aprova<strong>do</strong>s anteriormente a esta <strong>lei</strong>, e que não se enquadram na<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ZEIS, aplicam-se <strong>as</strong> disposições da legislação <strong>de</strong> parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong><br />

solo correspon<strong>de</strong>ntes à zona <strong>de</strong> uso na qual o imóvel estava inseri<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> seu<br />

enquadramento na ZEIS.<br />

Parágrafo único. No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> <strong>de</strong>molição total, o imóvel será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> não edifica<strong>do</strong>,<br />

aplican<strong>do</strong>-se <strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> <strong>do</strong> "caput" <strong>do</strong> artigo 76 <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

TÍTULO VI<br />

DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA<br />

Art. 117 – Caberá ao Município elaborar a legislação específica para regularização fundiária,<br />

<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> obe<strong>de</strong>cer aos seguintes princípios e diretrizes:<br />

I – a regularização fundiária <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Interesse Social <strong>de</strong>verá ser posterior a urbanização <strong>do</strong><br />

<strong>as</strong>sentamento, garantin<strong>do</strong> infra-estrutura urbana, áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s, áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> lazer e acesso a<br />

equipamentos públicos;<br />

II - nos Planos <strong>de</strong> Urbanização d<strong>as</strong> ZEIS 1, <strong>de</strong>verá ser priorizada a permanência da população<br />

na região em que se encontra, <strong>as</strong>seguran<strong>do</strong> a moradia digna e a melhoria d<strong>as</strong> condições<br />

ambientais <strong>do</strong> local;<br />

III - nos Planos <strong>de</strong> Urbanização d<strong>as</strong> ZEIS 1 que encontram-se em beira <strong>de</strong> córrego, po<strong>de</strong>rá ser<br />

flexibiliza<strong>do</strong> limite da faixa <strong>de</strong> Preservação Permanente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que implique em melhoria d<strong>as</strong><br />

condições <strong>de</strong> moradia, saneamento, qualida<strong>de</strong> ambiental <strong>do</strong>s cursos d´água e situações <strong>de</strong> risco<br />

geotécnico;<br />

IV - garantir o controle e a fiscalização urbana evitan<strong>do</strong> nov<strong>as</strong> ocupações ilegais e,<br />

principalmente, o a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> objeto <strong>de</strong> regularização;<br />

V - os locais objeto <strong>de</strong> regularização fundiária que não se encontram em ZEIS <strong>de</strong>vem observar<br />

os requisitos urbanísticos e ambientais fixa<strong>do</strong>s nesta <strong>lei</strong>. Nos c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> situações tecnicamente<br />

51


irreversíveis, po<strong>de</strong>rão ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s mecanismos compensatórios mediante a apresentação <strong>do</strong><br />

Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

VI – criar parâmetros legais para viabilizar <strong>as</strong> met<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> pelo Plano Municipal <strong>de</strong><br />

Regularização Fundiária.<br />

TÍTULO VII<br />

DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA<br />

Seção I<br />

Do Parcelamento e Edificação Compulsórios, IPTU Progressivo e Desapropriação<br />

Art. 118 O Po<strong>de</strong>r Público, na forma <strong>de</strong> <strong>lei</strong>, em to<strong>do</strong> o território <strong>do</strong> município po<strong>de</strong>rá exigir <strong>do</strong><br />

proprietário <strong>do</strong> solo urbano não edifica<strong>do</strong>, subutiliza<strong>do</strong> ou não utiliza<strong>do</strong>, que promova o seu<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> funcionamento, sob pena, sucessivamente, <strong>de</strong>:<br />

I – parcelamento, edificação e utilização compulsórios;<br />

II – Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU progressivo no tempo;<br />

III – <strong>de</strong>sapropriação com pagamento mediante títulos da dívida ativa.<br />

Art. 119 – Lei municipal específica tratará <strong>do</strong> tema acima fixan<strong>do</strong> condições e prazos para<br />

implementação da referida obrigação e <strong>as</strong> conseqüênci<strong>as</strong> pelo <strong>de</strong>scumprimento.<br />

Art. 120 – Consi<strong>de</strong>ra-se sub utiliza<strong>do</strong> o imóvel que apresente:<br />

I – Sub utilização construtiva: quan<strong>do</strong> a área total construída <strong>do</strong> imóvel for inferior a 10% (<strong>de</strong>z<br />

por cento) <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento permiti<strong>do</strong> para <strong>as</strong> Zon<strong>as</strong> <strong>de</strong>scrit<strong>as</strong> neste Plano<br />

Diretor;<br />

II - Sub utilização ocupacional: imóveis edifica<strong>do</strong>s com coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento superior<br />

a 10% (<strong>de</strong>z por cento) <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento (CA) permiti<strong>do</strong> para a zona, e cuja área<br />

ocupada da edificação para o exercício da(s) ativida<strong>de</strong>(s) existente(s) no imóvel, for inferior a<br />

10% (<strong>de</strong>z por cento) da área construída total.<br />

§ 1º - Não serão consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> para efeito <strong>de</strong> cálculo d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> sub-utilizad<strong>as</strong> e para efeito da<br />

sub-utilização construtiva, nos termos <strong>do</strong> inciso I <strong>de</strong>ste artigo, <strong>as</strong> porções <strong>do</strong> imóvel recobert<strong>as</strong><br />

por vegetação significativa e <strong>de</strong> interesse ambiental, conforme análise <strong>do</strong>s órgãos competentes<br />

da Administração Municipal.<br />

52


§ 2º - Os lotes e gleb<strong>as</strong> que prestam serviços ambientais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> <strong>as</strong> su<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> físic<strong>as</strong> e<br />

naturais terão sua função social consi<strong>de</strong>rada cumprida e po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> gozar <strong>de</strong> redução tributária<br />

apen<strong>as</strong> quan<strong>do</strong> da utilização d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> p<strong>as</strong>siveis <strong>de</strong> uso, observad<strong>as</strong> <strong>as</strong> <strong>lei</strong>s específic<strong>as</strong>.<br />

§ 3º - Os empreendimentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, excepcionalmente, po<strong>de</strong>rão ser executa<strong>do</strong>s em<br />

etap<strong>as</strong>, em prazo superior ao previsto no § 1º Art. 108, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o <strong>projeto</strong> seja aprova<strong>do</strong> na<br />

íntegra, juntamente com o cronograma <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> etap<strong>as</strong>.<br />

§ 4º - A paralisação d<strong>as</strong> obr<strong>as</strong> ou o não atendimento <strong>do</strong> cronograma <strong>de</strong> obr<strong>as</strong> previsto no<br />

parágrafo anterior, sem justificativa aceita pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal, implicará na<br />

imediata caracterização <strong>do</strong> imóvel como não edifica<strong>do</strong>, sub utiliza<strong>do</strong> ou não utiliza<strong>do</strong>,<br />

sujeitan<strong>do</strong> o proprietário às cominações legais aplicáveis a espécie, nos termos <strong>do</strong> disposto nesta<br />

Lei e na legislação fe<strong>de</strong>ral.<br />

§ 5º - Serão aceitos como form<strong>as</strong> <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> imóveis não edifica<strong>do</strong>s, sub utiliza<strong>do</strong>s<br />

ou não utiliza<strong>do</strong>s a construção <strong>de</strong> equipamentos comunitários ou espaços livres arboriza<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja previsto o uso público e garantida a melhoria da qualida<strong>de</strong> ambiental, conforme<br />

diretrizes fornecid<strong>as</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal.<br />

Seção II<br />

Do Direito <strong>de</strong> Preempção<br />

Art. 121 - O direito <strong>de</strong> preempção confere ao Po<strong>de</strong>r Público municipal preferência na aquisição<br />

<strong>de</strong> imóvel urbano, objeto <strong>de</strong> alienação onerosa entre particulares.<br />

Parágrafo único - Lei municipal, b<strong>as</strong>eada no <strong>plano</strong> <strong>diretor</strong>, <strong>de</strong>limitará <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> em que incidirá o<br />

direito <strong>de</strong> preempção e fixará prazo <strong>de</strong> vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir <strong>de</strong><br />

um ano após o <strong>de</strong>curso <strong>do</strong> prazo inicial <strong>de</strong> vigência.<br />

Art. 122 - O direito <strong>de</strong> preempção será exerci<strong>do</strong> sempre que o Po<strong>de</strong>r Público Municipal<br />

necessitar <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> para:<br />

I - Regularização fundiária;<br />

II - Execução <strong>de</strong> program<strong>as</strong> e <strong>projeto</strong>s habitacionais <strong>de</strong> interesse social;<br />

III - Constituição <strong>de</strong> reserva fundiária;<br />

IV - Or<strong>de</strong>namento e direcionamento da expansão urbana;<br />

V - Implantação <strong>de</strong> equipamentos urbanos e comunitários;<br />

VI - Criação <strong>de</strong> espaços públicos <strong>de</strong> lazer e áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s;<br />

VII - Criação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação ou proteção <strong>de</strong> outr<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse ambiental;<br />

VIII - Proteção <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse histórico, cultural ou paisagístico;<br />

53


Art. 123 - O proprietário <strong>de</strong>verá notificar sua intenção <strong>de</strong> alienar o imóvel, para que o<br />

Município, no prazo máximo <strong>de</strong> trinta di<strong>as</strong>, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.<br />

§ 1º - À notificação mencionada no caput será anexada proposta <strong>de</strong> compra <strong>as</strong>sinada por<br />

terceiro interessa<strong>do</strong> na aquisição <strong>do</strong> imóvel, da qual constará o preço, condições <strong>de</strong> pagamento e<br />

prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>.<br />

§ 2º - O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação, edital <strong>de</strong> aviso da notificação recebida nos termos <strong>do</strong> caput e da intenção<br />

<strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong> imóvel n<strong>as</strong> condições da proposta apresentada.<br />

§ 3º - Transcorri<strong>do</strong> o prazo menciona<strong>do</strong> no caput sem manifestação, fica o proprietário<br />

autoriza<strong>do</strong> a realizar a alienação para terceiros, n<strong>as</strong> condições da proposta apresentada.<br />

§ 4º - Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obriga<strong>do</strong> a apresentar ao Município,<br />

no prazo <strong>de</strong> trinta di<strong>as</strong>, cópia <strong>do</strong> instrumento público <strong>de</strong> alienação <strong>do</strong> imóvel.<br />

§ 5º - A alienação processada em condições divers<strong>as</strong> da proposta apresentada é nula <strong>de</strong> pleno<br />

direito.<br />

§ 6º - Ocorrida a hipótese prevista no Parágrafo quinto <strong>de</strong>ste artigo, o Município po<strong>de</strong>rá adquirir<br />

o imóvel pelo valor da b<strong>as</strong>e <strong>de</strong> cálculo <strong>do</strong> IPTU ou pelo valor indica<strong>do</strong> na proposta apresentada,<br />

se este for inferior àquele.<br />

Seção III<br />

Da Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir<br />

Art. 124 - O Po<strong>de</strong>r Público municipal po<strong>de</strong>rá aplicar a outorga onerosa <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> construir<br />

n<strong>as</strong> Zon<strong>as</strong> segun<strong>do</strong> o Anexo 9, integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, n<strong>as</strong> quais o direito <strong>de</strong> construir po<strong>de</strong>rá ser<br />

exerci<strong>do</strong> acima <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento básico, mediante contrapartida financeira a ser<br />

prestada pelo beneficiário.<br />

§ 1º - Para os fins <strong>de</strong>sta Lei consi<strong>de</strong>ra-se:<br />

I - Coeficiente <strong>de</strong> aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área <strong>do</strong> terreno;<br />

II - Contrapartida financeira: o valor econômico a ser pago ao Po<strong>de</strong>r Público;<br />

III - Beneficiário: o proprietário <strong>do</strong> imóvel.<br />

§ 2º - Dentro da Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais, quan<strong>do</strong> o coeficiente máximo for maior que<br />

o permiti<strong>do</strong> pela Lei Estadual 12.233/06 - Lei Específica da Guarapiranga, o beneficiário <strong>de</strong>verá<br />

apresentar anuência <strong>do</strong> órgão estadual competente.<br />

Art. 125 - O Coeficiente <strong>de</strong> Aproveitamento po<strong>de</strong>rá ser altera<strong>do</strong> até os limites máximos fixa<strong>do</strong>s<br />

no Anexo 9, integrante <strong>de</strong>sta Lei, mediante Outorga Onerosa.<br />

54


Art. 126 - Lei municipal específica estabelecerá <strong>as</strong> condições a serem observad<strong>as</strong> para a outorga<br />

onerosa <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> construir e <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> uso, <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong>:<br />

I – a fórmula <strong>de</strong> cálculo para a cobrança;<br />

II – os c<strong>as</strong>os p<strong>as</strong>síveis <strong>de</strong> isenção <strong>do</strong> pagamento da outorga;<br />

III – a contrapartida <strong>do</strong> beneficiário.<br />

Parágrafo Único - Os recursos auferi<strong>do</strong>s com a a<strong>do</strong>ção da outorga onerosa <strong>do</strong> direito <strong>de</strong><br />

construir e <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> uso serão aplica<strong>do</strong>s com <strong>as</strong> finalida<strong>de</strong>s previst<strong>as</strong> nos incisos I a VIII<br />

<strong>do</strong> art. 122 <strong>de</strong>sta Lei.<br />

Art. 127 - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal po<strong>de</strong>rá autorizar a Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong><br />

Construir, para imóveis edifica<strong>do</strong>s irregularmente como medida <strong>de</strong> regularização <strong>do</strong> imóvel,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que garantid<strong>as</strong> às condições <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong> e estabilida<strong>de</strong> da edificação e a salubrida<strong>de</strong><br />

d<strong>as</strong> edificações <strong>do</strong> entorno.<br />

Parágrafo Único - O Po<strong>de</strong>r Público Municipal po<strong>de</strong>rá solicitar a apresentação <strong>de</strong> lau<strong>do</strong> <strong>as</strong>sina<strong>do</strong><br />

por profissional <strong>de</strong>vidamente habilita<strong>do</strong> para atestar <strong>as</strong> condições previst<strong>as</strong> no caput <strong>de</strong>ste<br />

artigo.<br />

Seção IV<br />

D<strong>as</strong> Operações Urban<strong>as</strong> Consorciad<strong>as</strong><br />

Art. 128 – Lei municipal específica, b<strong>as</strong>eada no <strong>plano</strong> <strong>diretor</strong>, po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>limitar área para<br />

aplicação <strong>de</strong> operações consorciad<strong>as</strong>.<br />

§ 1º - Consi<strong>de</strong>ra-se operação urbana consorciada o conjunto <strong>de</strong> intervenções e medid<strong>as</strong><br />

coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Público municipal, com a participação <strong>do</strong>s proprietários, mora<strong>do</strong>res,<br />

usuários permanentes e investi<strong>do</strong>res priva<strong>do</strong>s, com o objetivo <strong>de</strong> alcançar em uma área<br />

transformações urbanístic<strong>as</strong> estruturais, melhori<strong>as</strong> sociais e a valorização ambiental.<br />

§ 2º - Po<strong>de</strong>rão ser previst<strong>as</strong> n<strong>as</strong> operações urban<strong>as</strong> consorciad<strong>as</strong>, entre outr<strong>as</strong> medid<strong>as</strong>:<br />

I - a modificação <strong>de</strong> índices e característic<strong>as</strong> <strong>de</strong> parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong> solo e subsolo,<br />

bem como alterações d<strong>as</strong> norm<strong>as</strong> edilíci<strong>as</strong>, e <strong>de</strong> gabarito e uso d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong>, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o impacto<br />

ambiental e urbanístico <strong>de</strong>l<strong>as</strong> <strong>de</strong>correntes;<br />

II - a regularização <strong>de</strong> construções, reform<strong>as</strong> ou ampliações executad<strong>as</strong> em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com a<br />

legislação vigente.<br />

Art. 129 – Da <strong>lei</strong> específica que aprovar a Operação Urbana Consorciada constará o <strong>plano</strong> <strong>de</strong><br />

operação urbana consorciada, conten<strong>do</strong>, no mínimo:<br />

I – <strong>de</strong>finição da área a ser atingida;<br />

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II – programa básico <strong>de</strong> ocupação da área;<br />

III – programa <strong>de</strong> atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela<br />

operação;<br />

IV – finalida<strong>de</strong>s da operação;<br />

V – estu<strong>do</strong> prévio <strong>de</strong> impacto <strong>de</strong> vizinhança;<br />

VI – contrapartida a ser exigida <strong>do</strong>s proprietários, usuários permanentes e investi<strong>do</strong>res priva<strong>do</strong>s<br />

em função da utilização <strong>do</strong>s benefícios;<br />

VII – forma <strong>de</strong> controle da operação, obrigatoriamente compartilha<strong>do</strong> com representação da<br />

socieda<strong>de</strong> civil.<br />

§ 1º - Os recursos obti<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público municipal na forma <strong>do</strong> inciso VI <strong>de</strong>ste artigo<br />

serão aplica<strong>do</strong>s exclusivamente na própria operação urbana consorciada.<br />

§ 2º - A partir da aprovação da <strong>lei</strong> específica <strong>de</strong> que trata o caput, são nul<strong>as</strong> <strong>as</strong> licenç<strong>as</strong> e<br />

autorizações a cargo <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público municipal expedid<strong>as</strong> em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com o <strong>plano</strong> <strong>de</strong><br />

operação urbana consorciada.<br />

Art. 130 - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal, conforme <strong>lei</strong> específica, po<strong>de</strong>rá promover Operações<br />

Urban<strong>as</strong> Consorciad<strong>as</strong> nos centros <strong>de</strong> bairros visan<strong>do</strong> alcançar transformações urbanístic<strong>as</strong> e<br />

estruturais, bem como melhori<strong>as</strong> sociais e valorização ambiental da cida<strong>de</strong>, mediante <strong>lei</strong><br />

específica.<br />

Seção V<br />

Do Consórcio Imobiliário<br />

Art. 131 - O Po<strong>de</strong>r Público municipal po<strong>de</strong>rá aplicar o instrumento <strong>do</strong> consórcio imobiliário<br />

para viabilizar empreendimentos habitacionais na Zona Urbana Consolidada, Zona Corre<strong>do</strong>r<br />

Misto, Zona Centro Histórico, Zona Centro Turístico, Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana e n<strong>as</strong> Zon<strong>as</strong><br />

Especiais <strong>de</strong> Interesse Social <strong>de</strong>limitad<strong>as</strong> no Anexo 3, integrante <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Parágrafo Único - Consi<strong>de</strong>ra-se consórcio imobiliário a forma <strong>de</strong> viabilização <strong>de</strong> <strong>plano</strong>s <strong>de</strong><br />

urbanização ou edificação, por meio <strong>do</strong> qual o proprietário transfere ao Po<strong>de</strong>r Público municipal<br />

o seu imóvel e, após a realização d<strong>as</strong> obr<strong>as</strong>, recebe como pagamento, unida<strong>de</strong>s habitacionais<br />

<strong>de</strong>vidamente urbanizad<strong>as</strong> ou edificad<strong>as</strong>.<br />

Art. 132 – A utilização <strong>do</strong> instrumento Consórcio Imobiliário <strong>de</strong>verá ser instruída por um Plano<br />

<strong>de</strong> Consorciamento conten<strong>do</strong>, no mínimo:<br />

I – <strong>de</strong>finição da área a ser atingida;<br />

II – programa básico <strong>de</strong> ocupação da área;<br />

III – programa <strong>de</strong> atendimento econômico e social para a população diretamente afetada;<br />

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IV – finalida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> consorcio;<br />

VI – contrapartida a ser exigida <strong>do</strong>s proprietários, usuários permanentes e investi<strong>do</strong>res priva<strong>do</strong>s<br />

em função da utilização <strong>do</strong>s benefícios;<br />

VII – forma <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> consorcio, obrigatoriamente compartilha<strong>do</strong> com representação da<br />

socieda<strong>de</strong> civil.<br />

Seção VI<br />

Do Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança<br />

Art 133 - Os empreendimentos caracteriza<strong>do</strong>s no parágrafo 1º <strong>de</strong>ste artigo <strong>de</strong>vem, em<br />

<strong>de</strong>corrência <strong>do</strong>s impactos potencialmente gera<strong>do</strong>s em sua vizinhança apresentar o Estu<strong>do</strong> Prévio<br />

<strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança – EIV para caracterizar o empreendimento, a região on<strong>de</strong> serão<br />

implanta<strong>do</strong>s, os impactos e danos previstos e su<strong>as</strong> magnitu<strong>de</strong>s na região, bem como <strong>as</strong> medid<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong> mitigação previst<strong>as</strong>, <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> implantação e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s planejad<strong>as</strong>.<br />

§ 1º - Os Estu<strong>do</strong>s Prévios <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança compreen<strong>de</strong>m <strong>do</strong>is tipos:<br />

I – EIV Completo: aten<strong>de</strong>rá a tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> apresentad<strong>as</strong> no parágrafo 4º <strong>de</strong>ste artigo;<br />

II – EIV Simples: aten<strong>de</strong>rá a tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> exigênci<strong>as</strong> apresentad<strong>as</strong> nos incisos I e III <strong>do</strong> parágrafo 4º<br />

e apen<strong>as</strong> aquel<strong>as</strong> d<strong>as</strong> alíne<strong>as</strong> d, f e g <strong>do</strong> inciso II <strong>do</strong> parágrafo 4º <strong>de</strong>ste artigo.<br />

§ 2º - Os seguintes empreendimentos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com su<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong> e porte, entre outros, <strong>de</strong><br />

iniciativa pública ou privada, <strong>de</strong>vem apresentar o EIV:<br />

I - con<strong>do</strong>mínio resi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong>ntro da APRM-G acima <strong>de</strong> 10 mil m² com mais <strong>de</strong> 200 unida<strong>de</strong>s<br />

habitacionais ou fora da APRM-G com área acima <strong>de</strong> 50 mil m² e com mais <strong>de</strong> 200 unida<strong>de</strong>s<br />

habitacionais;<br />

II – loteamentos com área igual ou superior a 10.000 m² (<strong>de</strong>z mil metros quadra<strong>do</strong>s);<br />

III - serviços comunitários e públicos com área construída computável igual ou superior a 2.000<br />

m² (<strong>do</strong>is mil metros quadra<strong>do</strong>s);<br />

IV – empreendimentos <strong>de</strong> serviço, comércio ou industriais, em con<strong>do</strong>mínio ou não, com área<br />

construída computável igual ou superior a 1.000 m² (mil metros quadra<strong>do</strong>s);<br />

V – empreendimentos industriais, comerciais ou <strong>de</strong> serviço que tenham mais <strong>de</strong> 200<br />

trabalha<strong>do</strong>res, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> regime <strong>de</strong> contratação;<br />

VI – empreendimentos especiais e institucionais, tais como: unida<strong>de</strong>s prisionais, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

geração <strong>de</strong> energia, hospitais, necrotérios, cemitérios, crematórios, helipontos, aeroportos,<br />

terminais ro<strong>do</strong>viários e ferroviários, quartéis, postos <strong>de</strong> combustíveis, abate<strong>do</strong>uros, aterros<br />

sanitários e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> triagem armazenagem e tratamento <strong>de</strong> resíduos, shopings centers.<br />

57


§ 3º - A aprovação <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> construção, ampliação ou reforma d<strong>as</strong> edificações <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong><br />

aos usos i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s no parágrafo primeiro, acima, ou que se enquadrem n<strong>as</strong> cl<strong>as</strong>ses <strong>do</strong><br />

parágrafo quarto, abaixo, <strong>de</strong>verá ser precedida <strong>de</strong> análise <strong>do</strong> EIV pelo órgão público competente<br />

no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar <strong>as</strong> ações necessári<strong>as</strong> à mitigação e compensação <strong>do</strong>s impactos e danos,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, no mínimo:<br />

I - sistema viário local, acessos e estacionamento;<br />

II - sistema <strong>de</strong> drenagem;<br />

III - permeabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, vegetação, corpos d’água;<br />

IV - previsão <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> uso público.<br />

§ 4º - O EIV <strong>de</strong>verá avaliar os impactos potencialmente gera<strong>do</strong>s em sua dimensão qualitativa e<br />

quantitativa tal como apresenta<strong>do</strong>s nos incisos a seguir:<br />

I – O EIV <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>screver o empreendimento, apresentan<strong>do</strong> su<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> quanto aos<br />

seguintes tem<strong>as</strong>:<br />

a) Descrição física d<strong>as</strong> instalações e planta geral <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong><br />

empreendimento, em escala a<strong>de</strong>quada para a i<strong>de</strong>ntificação d<strong>as</strong> informações solicitad<strong>as</strong><br />

abaixo e n<strong>as</strong> seguintes alíne<strong>as</strong> <strong>de</strong>ste inciso: “i”, “k”, “m”;<br />

1) Recuos;<br />

2) Acessos;<br />

3) Dimensões;<br />

4) Funções e usos;<br />

5) Áre<strong>as</strong> permeáveis;<br />

6) Área total <strong>do</strong> lote;<br />

7) Área total construída;<br />

8) Área a construir;<br />

9) Número <strong>de</strong> pavimentos<br />

10) Sistema construtivo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong><br />

11) Indicação da posição da tomada d<strong>as</strong> fotografi<strong>as</strong> da alínea “b”, abaixo;<br />

b) Ao menos seis (06) fotografi<strong>as</strong> <strong>do</strong> local que sejam suficientes para caracterizar a frente <strong>do</strong><br />

imovel, seus confrontantes (laterais e fun<strong>do</strong>), área interna e, se houver no entorno,<br />

elementos hidricos e maciços vegetais;<br />

c) Tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> a ser <strong>de</strong>senvolvida pelo empreendimento;<br />

d) Fluxo diário, mensal e anual <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> recebimento e entrega <strong>de</strong> materiais, pesso<strong>as</strong>,<br />

consumi<strong>do</strong>res e afins, bem como o fluxo total <strong>de</strong> pesso<strong>as</strong> e indicação <strong>de</strong> picos <strong>de</strong> fluxo;<br />

e) Horário <strong>de</strong> funcionamento e picos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> para cada impacto previsto durante a<br />

implantação e operação;<br />

f) Documento <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> emiti<strong>do</strong> pel<strong>as</strong> instituições fornece<strong>do</strong>r<strong>as</strong> <strong>de</strong> água, esgotamento<br />

sanitário, energia elétrica, iluminação pública e telefonia pública <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

atendimento da <strong>de</strong>manda projetada pelo empreendimento;<br />

g) Consumo energético estima<strong>do</strong> (KWH/mês ou M³ g<strong>as</strong>/mês);<br />

58


h) Consumo <strong>de</strong> água estima<strong>do</strong> (M³/dia);<br />

i) Efluentes gera<strong>do</strong>s (quantida<strong>de</strong>s, frequência <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte, técnica <strong>de</strong> armazenamento,<br />

<strong>de</strong>scarte e característic<strong>as</strong> físico-químic<strong>as</strong> <strong>do</strong> efluente);<br />

j) Demanda por alterações urban<strong>as</strong> fora da área <strong>do</strong> empreendimento (sistema viário, re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ab<strong>as</strong>tecimento <strong>de</strong> água, eletricida<strong>de</strong>, gás, esgotamento sanitário, drenagem pluvial);<br />

k) Tipo e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais estoca<strong>do</strong>s, sua forma <strong>de</strong> manipulação e forma <strong>de</strong><br />

estocagem, indican<strong>do</strong> se matéri<strong>as</strong> prim<strong>as</strong>, produtos ou rejeitos;<br />

l) Análise e cl<strong>as</strong>sificação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> dano à região e avaliação e cl<strong>as</strong>sificação <strong>do</strong>s impactos<br />

potenciais;<br />

m) Descrição <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> segurança ao risco a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> indican<strong>do</strong> os processos e rotin<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> risco e redução <strong>de</strong> dano;<br />

n) Planta <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> empreendimento e seu entorno localizan<strong>do</strong> os<br />

elementos <strong>de</strong> risco potencial cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> danos potenciais cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong>s abrangen<strong>do</strong><br />

um raio mínimo <strong>de</strong> 200 m medi<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s limites da área <strong>do</strong> empreendimento,<br />

lança<strong>do</strong> sobre Carta Planialtimétrica <strong>do</strong> Sistema Cartográfico Metropolitano da<br />

EMPLASA, ou órgão que a venha a substituir;<br />

o) Descrição <strong>do</strong>s principais impactos e principais danos potenciais;<br />

p) Principais propost<strong>as</strong> para mitigação <strong>do</strong>s danos reais e danos potenciais i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s e<br />

cronograma <strong>de</strong> execução;<br />

q) I<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> Responsável Técnico pelo Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;<br />

r) Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> realização <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong>;<br />

s) Declaração <strong>de</strong> expressão da verda<strong>de</strong> d<strong>as</strong> informações contid<strong>as</strong> no Estu<strong>do</strong> e <strong>do</strong>cumentos<br />

apensa<strong>do</strong>s ao processo;<br />

t) Suscetibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> empreendimento a impactos e danos causa<strong>do</strong>s por ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvid<strong>as</strong> no entorno.<br />

II – O EIV <strong>de</strong>verá caracterizar a região <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> empreendimento segun<strong>do</strong> a<br />

abrangência territorial <strong>do</strong>s potenciais danos i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s no Estu<strong>do</strong>, no mínimo num raio <strong>de</strong><br />

200 m medi<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s limites da área <strong>do</strong> empreendimento, apresentan<strong>do</strong> no mínimo <strong>as</strong><br />

seguintes característic<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>, urban<strong>as</strong> e ambientais:<br />

a) População total <strong>do</strong> entorno e sua distribuição espacial;<br />

b) Renda média da população;<br />

c) Densida<strong>de</strong> populacional média;<br />

d) Localização e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> equipamentos públicos (hospitais e <strong>de</strong>mais equipamentos<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, instituições escolares, terminais <strong>de</strong> transporte, praç<strong>as</strong>, clubes, equipamentos <strong>de</strong><br />

segurança pública, bibliotec<strong>as</strong>, entre outros);<br />

e) Zoneamento municipal e seus parâmetros <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo;<br />

59


f) Outros empreendimentos e ativida<strong>de</strong>s existentes na vizinhança que sejam potencialmente<br />

sensíveis aos impactos locais e regionais <strong>do</strong> empreendimento em análise;<br />

g) Descrição física da região i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong>: proximida<strong>de</strong> e porte da re<strong>de</strong> hidrográfica,<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e orientação d<strong>as</strong> vertentes, tipo <strong>de</strong> uso <strong>do</strong>s lotes e ativida<strong>de</strong>s pre<strong>do</strong>minantes,<br />

maciços vegetais <strong>do</strong> Bioma Mata Atlântica e <strong>de</strong>mais maciços arbóreos, direção<br />

pre<strong>do</strong>minante <strong>do</strong>s ventos, velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s ventos, umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar (%),<br />

temperatura média anual, pluviosida<strong>de</strong> média anual, fauna local pre<strong>do</strong>minante, solos<br />

pre<strong>do</strong>minantes, geomorfologia <strong>do</strong> entorno.<br />

III – O EIV <strong>de</strong>verá i<strong>de</strong>ntificar e caracterizar os riscos previstos, os impactos consequentes e<br />

os danos potenciais na região <strong>de</strong> entorno, num raio mínimo <strong>de</strong> 200 m, segun<strong>do</strong> a abrangência<br />

<strong>do</strong>s danos e impactos previstos e potenciais, caracterizan<strong>do</strong> sua abrangência espacial e temporal<br />

durante a implantação <strong>do</strong> empreendimento e sua operação, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong>, no minimo, <strong>as</strong><br />

seguintes alterações:<br />

a) Variação da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional;<br />

b) Variação da <strong>de</strong>manda por equipamentos públicos, urbanos e comunitários;<br />

c) Alterações <strong>do</strong> uso e da ocupação <strong>do</strong> solo;<br />

d) Variação <strong>do</strong> preço imobiliário;<br />

e) Variações <strong>do</strong> tráfego local e <strong>de</strong>manda por transporte público;<br />

f) Alterações na ventilação e iluminação <strong>do</strong> entorno;<br />

g) Alterações da paisagem <strong>do</strong> entorno;<br />

h) Riscos e danos à infraestrutura urbana, à população, à economia, ao meio ambiente ou ao<br />

patrimônio natural e cultural da cida<strong>de</strong>;<br />

i) Emissão <strong>de</strong> poluentes atmosféricos, hídricos, sonoros;<br />

IV – O EIV <strong>de</strong>verá apresentar propost<strong>as</strong> <strong>de</strong> previsão, redução, mitigação e compensação <strong>do</strong>s<br />

impactos e danos previstos.<br />

§ 5º - A apresentação <strong>do</strong> EIV para os novos empreendimentos será estruturada segun<strong>do</strong> o porte<br />

da intervenção, cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong>s da seguinte maneira, sem prejuízo <strong>do</strong>s critérios apresenta<strong>do</strong>s no<br />

§1º <strong>de</strong>ste artigo:<br />

I – Empreendimentos <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> cuja área construída seja <strong>de</strong> até 2.500 m² estão<br />

dispensa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> apresentar o EIV Completo e o EIV Simples, salvo a previsão <strong>do</strong> parágrafo 2º<br />

<strong>de</strong>ste artigo ou sob solicitação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo em qualquer c<strong>as</strong>o, ten<strong>do</strong> apen<strong>as</strong> como<br />

material <strong>de</strong> cad<strong>as</strong>tro a apresentação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos solicita<strong>do</strong>s nos <strong>de</strong>mais processos<br />

administrativos para emissão <strong>do</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s alvarás e licenç<strong>as</strong> pertinentes;<br />

II – Empreendimentos <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> cuja área construída seja superior a 2.500 m² e<br />

inferior a 10.000 m² são obriga<strong>do</strong>s a apresentar o EIV Simples;<br />

60


III – Empreendimentos <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> cuja área construída seja superior a 10.000 m²<br />

estão obriga<strong>do</strong>s a apresentar o EIV Completo, observan<strong>do</strong> que empreendimentos <strong>de</strong>ste porte<br />

<strong>de</strong>verão apresentar um Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Risco completo em substituição ao exigi<strong>do</strong> na<br />

alínea L <strong>do</strong> inciso I <strong>do</strong> §3º, ten<strong>do</strong> como referência <strong>as</strong> <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> Risco, Impacto e Dano.<br />

§ 6º - O Po<strong>de</strong>r Executivo po<strong>de</strong>rá solicitar, a seu critério e <strong>de</strong> forma isolada ou cumulativa, quais<br />

empreendimentos planeja<strong>do</strong>s <strong>de</strong>verão apresentar o Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança -<br />

EIV.<br />

Art 134 – O resulta<strong>do</strong> da análise <strong>do</strong> EIV por parte <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público municipal <strong>de</strong>verá gerar o<br />

enquadramento <strong>do</strong> empreendimento em uma d<strong>as</strong> cl<strong>as</strong>sificações apresentad<strong>as</strong> nos incisos abaixo:<br />

I – Alterações <strong>do</strong> Projeto: indicação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> cert<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>projeto</strong> para que a implantação <strong>de</strong>ste seja aprovada, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser acompanhada pela<br />

apresentação d<strong>as</strong> alterações necessári<strong>as</strong> e <strong>as</strong> respectiv<strong>as</strong> justificativ<strong>as</strong>, tais como;<br />

a) Proteção acústica;<br />

b) A<strong>de</strong>quação da infraestrutura <strong>do</strong> entorno tal como acessos, iluminação, calçad<strong>as</strong> e outr<strong>as</strong>.<br />

c) Uso <strong>de</strong> filtros;<br />

d) Aspersão <strong>de</strong> água;<br />

e) Aumento <strong>do</strong> número da vag<strong>as</strong> <strong>de</strong> estacionamento;<br />

f) Redução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s habitacionais;<br />

g) Plantio <strong>de</strong> espécies vegetais arbóre<strong>as</strong>;<br />

h) Aumento da área permeável no empreendimento;<br />

i) Alteração <strong>do</strong> horário <strong>de</strong> funcionamento;<br />

j) Redução <strong>de</strong> fluxos ou estoques projeta<strong>do</strong>s;<br />

II – Mitigação Necessária: indicação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> específico com ações<br />

para a suavização ou anulação <strong>do</strong>s impactos e danos potencialmente causa<strong>do</strong>s pela implantação<br />

e operação <strong>do</strong> empreendimento, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser acompanhada pela apresentação d<strong>as</strong> mitigações<br />

necessári<strong>as</strong> e <strong>as</strong> respectiv<strong>as</strong> justificativ<strong>as</strong>, tais como:<br />

a) Cursos <strong>de</strong> capacitação profissional;<br />

b) Recomposição <strong>de</strong> área natural que cumpra funções ambientais <strong>de</strong> suavização ou anulação<br />

<strong>do</strong>s impactos e danos potenciais;<br />

c) Melhori<strong>as</strong> na infra-estrutura urbana local;<br />

d) Plantio <strong>de</strong> espécies vegetais arbóre<strong>as</strong>;<br />

e) Recomposição <strong>de</strong> vegetação nativa;<br />

f) Implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> escoamento superficial.<br />

III – Compensação Necessária: indicação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> específico para a<br />

compensação <strong>do</strong>s impactos e danos potencialmente causa<strong>do</strong>s pela implantação e operação <strong>do</strong><br />

61


emrpeendimento, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser acompanhada pela apresentação d<strong>as</strong> compensações necessári<strong>as</strong> e<br />

<strong>as</strong> respectiv<strong>as</strong> justificativ<strong>as</strong>, tais como:<br />

a) Melhori<strong>as</strong> na infra-estrutura urbana;<br />

b) Plantio <strong>de</strong> espécies vegetais arbóre<strong>as</strong>;<br />

c) Doação <strong>de</strong> lote ou edificação para implantação <strong>de</strong> equipamentos públicos em porte<br />

proporcional ao impacto ou dano gera<strong>do</strong> pelo empreendimento;<br />

d) Recomposição <strong>de</strong> vegetação nativa;<br />

e) Manutenção <strong>de</strong> bens imóveis e outros elementos arquitetônicos ou naturais consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> interesse paisagístico, histórico, cultural ou natural.<br />

f) Compra e <strong>do</strong>ação ou compra e averbação <strong>de</strong> área composta por mata, componente <strong>do</strong>s<br />

Maciços Ver<strong>de</strong>s Significativos, indicada no Anexo 5, tal como <strong>de</strong>scrito no Inciso VI <strong>do</strong><br />

artigo 45;<br />

g) Cota <strong>de</strong> habitações <strong>de</strong> interesse social no empreendimento;<br />

§ 1º - As compensações, mitigações e alterações <strong>de</strong>verão ser feit<strong>as</strong>, conforme solicitação <strong>do</strong><br />

po<strong>de</strong>r público municipal, sobre os processos econômicos, sociais e naturais consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s sob<br />

impacto <strong>do</strong> empreendimento e, unicamente no c<strong>as</strong>o d<strong>as</strong> Compensações Necessári<strong>as</strong>, po<strong>de</strong>rão ser<br />

<strong>de</strong>senvolvid<strong>as</strong> em outr<strong>as</strong> regiões <strong>do</strong> município, a critério <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r executivo municipal.<br />

§ 2º - Para formalizar o previsto no parágrafo acima, a aprovação <strong>do</strong> empreendimento ficará<br />

condicionada à <strong>as</strong>sinatura <strong>de</strong> Protocolo <strong>de</strong> Intenções pelo interessa<strong>do</strong>, que se compromete a<br />

arcar integralmente com <strong>as</strong> <strong>de</strong>spes<strong>as</strong> <strong>de</strong>correntes d<strong>as</strong> obr<strong>as</strong> e serviços necessários à minimização<br />

e ou compensação <strong>do</strong>s impactos e danos <strong>de</strong>correntes da implantação <strong>do</strong> empreendimento e da<br />

ativida<strong>de</strong>, sem prejuízo d<strong>as</strong> <strong>de</strong>mais exigênci<strong>as</strong> apontad<strong>as</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal, antes<br />

da finalização <strong>do</strong> empreendimento.<br />

Art 135 - Os <strong>projeto</strong>s <strong>do</strong>s empreendimentos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> impactos, bem como <strong>as</strong> propost<strong>as</strong> d<strong>as</strong><br />

ações mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong> e/ou compensatóri<strong>as</strong> <strong>do</strong>s impactos e danos potenciais i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s pelos<br />

Estu<strong>do</strong>s Prévios <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança, tal como <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s nos artigos 136 e 137 <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>,<br />

ficarão disponíveis para consulta da população na Secretaria <strong>de</strong> Obr<strong>as</strong> Edificações e Orientação<br />

Urbana, ou outra que venha substituir, por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 30 (trinta) di<strong>as</strong>, a partir da data <strong>de</strong><br />

protocolo na praça <strong>de</strong> atendimento da Prefeitura.<br />

62


Seção VII<br />

Da Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para fins <strong>de</strong> Moradia<br />

Art. 136 – O Po<strong>de</strong>r Executivo po<strong>de</strong>rá outorgar àquele que possuir como sua, área urbana <strong>de</strong> até<br />

250m² (duzentos e cinquenta metros quadra<strong>do</strong>s) situada em imóvel público, por cinco anos,<br />

ininterruptamente e sem oposição, utilizan<strong>do</strong>-a para sua moradia ou <strong>de</strong> sua família, título <strong>de</strong><br />

Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia em relação à referida área ou edificação,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja proprietário, concessionário ou possui<strong>do</strong>r <strong>de</strong> outro imóvel.<br />

§ 1º A Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia <strong>de</strong>verá ser conferida preferencialmente<br />

à mulher, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> civil.<br />

§ 2º O direito <strong>de</strong> que trata este artigo não será reconheci<strong>do</strong> ao mesmo concessionário mais <strong>de</strong><br />

uma vez.<br />

§ 3º Os menores, chefes <strong>de</strong> família, po<strong>de</strong>rão receber o título provisório <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Uso<br />

Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>vidamente <strong>as</strong>sisti<strong>do</strong>s, título <strong>de</strong>finitivo quan<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

sua maiorida<strong>de</strong>.<br />

Art. 137 - A Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia <strong>de</strong>verá ser formalizada mediante<br />

termo administrativo, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos requisitos estabeleci<strong>do</strong>s nesta legislação.<br />

§ 1º O Executivo <strong>de</strong>verá dar publicida<strong>de</strong> às concessões efetuad<strong>as</strong>, discriminan<strong>do</strong> os<br />

concessionários, <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> e os locais <strong>de</strong> cada concessão, publican<strong>do</strong> <strong>as</strong> informações no Diário<br />

Oficial <strong>do</strong> Município, a cada três meses.<br />

§ 2º A i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s concessionários e <strong>do</strong> imóvel, pelo funcionário que subscrever o termo<br />

administrativo, terá fé pública, aplican<strong>do</strong>-se a este <strong>as</strong> penalida<strong>de</strong>s cabíveis, em c<strong>as</strong>o <strong>de</strong><br />

falsida<strong>de</strong>.<br />

§ 3º O termo <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>verá ser averba<strong>do</strong> em cartório <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> imóveis.<br />

Art. 138 - Para os fins <strong>de</strong>ssa <strong>lei</strong> são p<strong>as</strong>síveis <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong><br />

Moradia <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> beneficiad<strong>as</strong> com program<strong>as</strong> <strong>de</strong> urbanização, em que seja garantida a<br />

infraestrutura urbana a<strong>de</strong>quada e a moradia digna.<br />

§ 1º Não são p<strong>as</strong>síveis <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia, áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> risco que<br />

não possam ser equaciona<strong>do</strong>s e resolvi<strong>do</strong>s por obr<strong>as</strong> que eliminem <strong>as</strong> situações <strong>de</strong> risco.<br />

§ 2º No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> ocupação em área <strong>de</strong> risco ou em program<strong>as</strong> públicos <strong>de</strong> habitação e<br />

infraestrutura, o Executivo garantirá ao possui<strong>do</strong>r sua inclusão com priorida<strong>de</strong> em programa<br />

habitacional, em local a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ao beneficiário, visan<strong>do</strong> atendê-lo com moradia ou lote para<br />

edificação, preferencialmente na própria região da qual foi removi<strong>do</strong>.<br />

63


Art. 139 - O título <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia será, sempre que<br />

possível, individualiza<strong>do</strong>.<br />

§ 1º N<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> on<strong>de</strong> não for possível i<strong>de</strong>ntificar os terrenos ocupa<strong>do</strong>s por cada possui<strong>do</strong>r, a<br />

Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia será conferida <strong>de</strong> forma coletiva, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os<br />

possui<strong>do</strong>res não sejam concessionários <strong>de</strong> outro imóvel no município;<br />

§ 2º A Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia po<strong>de</strong>rá ser solicitada individual ou<br />

coletivamente;<br />

§ 3º A concessão po<strong>de</strong>rá ser outorgada mediante ato <strong>do</strong> Executivo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da solicitação<br />

<strong>do</strong>s beneficia<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que esteja no âmbito <strong>de</strong> Program<strong>as</strong> Habitacionais no Executivo.<br />

Art. 140 - A solicitação coletiva po<strong>de</strong>rá ser feita através <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> representativa legalmente<br />

constituída ou mediante <strong>do</strong>cumento que registre a manifestação <strong>do</strong>s solicitantes;<br />

§ 1º Será atribuída fração i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> terreno a cada possui<strong>do</strong>r, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da dimensão <strong>do</strong><br />

terreno que cada um ocupe, salvo hipótese <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> escrita entre eles, estabelecen<strong>do</strong> frações<br />

i<strong>de</strong>ais diferenciad<strong>as</strong>.<br />

§ 2º No c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> concessão coletiva, cabe aos concessionários a <strong>de</strong>finição e a administração d<strong>as</strong><br />

questões relativ<strong>as</strong> ao Plano <strong>de</strong> Urbanização e Infraestrutura a convivência interna a área da<br />

concessão.<br />

§ 3º A concessão coletiva nos c<strong>as</strong>os em que existir entida<strong>de</strong> que represente <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong>, será<br />

lavrada em nome da Entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representação apresente ao Po<strong>de</strong>r<br />

Executivo um Plano <strong>de</strong> Regularização Urbanística que permita i<strong>de</strong>ntificar a solução da oferta <strong>de</strong><br />

infraestrutura urbana e, quan<strong>do</strong> o c<strong>as</strong>o, eliminação d<strong>as</strong> situações <strong>de</strong> risco.<br />

§ 4º A entida<strong>de</strong> representativa po<strong>de</strong>rá firmar parceria com o Po<strong>de</strong>r Público para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong> intervenções que venham garantir <strong>as</strong> condições necessári<strong>as</strong> a provisão <strong>de</strong><br />

infraestrutura e eliminação d<strong>as</strong> situações <strong>de</strong> risco.<br />

Art. 141 - A Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia po<strong>de</strong>rá ser transferida a terceiros,<br />

por ato intervivos e por sucessão legítima ou testamentária, subrogan<strong>do</strong>-se estes n<strong>as</strong> obrigações<br />

<strong>as</strong>sumid<strong>as</strong> pelos concessionários.<br />

Art. 142 - Extinguir-se-á a Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia, no c<strong>as</strong>o <strong>de</strong>:<br />

I - O concessionário dar ao imóvel <strong>de</strong>stinação diferente <strong>de</strong> uso resi<strong>de</strong>ncial para si ou sua família;<br />

II - O concessionário alugar o imóvel total ou parcialmente;<br />

III - Os concessionários remembrarem seus imóveis, reagrupan<strong>do</strong> <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> objeto da concessão<br />

com qualquer outra área;<br />

§ 1º Buscar-se-á respeitar, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong> interesse da comunida<strong>de</strong>, <strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s econômic<strong>as</strong> locais<br />

promovid<strong>as</strong> pelo próprio mora<strong>do</strong>r, vinculad<strong>as</strong> à moradia, como pequen<strong>as</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais,<br />

64


indústria <strong>do</strong>méstica, artesanato, oficin<strong>as</strong> <strong>de</strong> serviços e outros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o uso<br />

pre<strong>do</strong>minantemente <strong>do</strong> imóvel seja resi<strong>de</strong>ncial.<br />

§ 2º Extinta a Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para Fins <strong>de</strong> Moradia, o Po<strong>de</strong>r Público recuperará o<br />

<strong>do</strong>mínio pleno <strong>do</strong> terreno.<br />

Art. 143 - É responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público promover <strong>as</strong> obr<strong>as</strong> <strong>de</strong> urbanização n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> em<br />

que serão concedi<strong>do</strong>s o título <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Uso Especial para fins <strong>de</strong> Moradia.<br />

Art. 144 - A urbanização <strong>de</strong>verá seguir ar diretrizes estabelecid<strong>as</strong> na Política Municipal <strong>de</strong><br />

Habitação <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>.<br />

Art. 145 - A urbanização <strong>de</strong>verá necessariamente, em tod<strong>as</strong> su<strong>as</strong> etap<strong>as</strong>, ser <strong>de</strong>senvolvida com a<br />

participação direta <strong>do</strong>s usuários envolvi<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> su<strong>as</strong> diferentes form<strong>as</strong> <strong>de</strong> organização quan<strong>do</strong><br />

houver.<br />

Seção VIII<br />

Transferência <strong>do</strong> Potencial<br />

Art. 146 – Lei municipal, seguin<strong>do</strong> <strong>as</strong> diretrizes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, po<strong>de</strong>rá autorizar o proprietário <strong>de</strong><br />

imóvel urbano, priva<strong>do</strong> ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura<br />

pública, o direito <strong>de</strong> construir previsto nesta <strong>lei</strong>, quan<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong> imóvel for consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />

necessário para fins <strong>de</strong>:<br />

I – implantação <strong>de</strong> equipamentos urbanos e comunitários;<br />

II – preservação, quan<strong>do</strong> o imóvel for consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>de</strong> interesse histórico, ambiental,<br />

paisagístico, social ou cultural;<br />

III – servir a program<strong>as</strong> <strong>de</strong> regularização fundiária, urbanização <strong>de</strong> áre<strong>as</strong> ocupad<strong>as</strong> por<br />

população <strong>de</strong> baixa renda e habitação <strong>de</strong> interesse social.<br />

§ 1o A mesma faculda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá ser concedida ao proprietário que <strong>do</strong>ar ao Po<strong>de</strong>r Público seu<br />

imóvel, ou parte <strong>de</strong>le, para os fins previstos nos incisos I a III <strong>do</strong> caput.<br />

§ 2o A <strong>lei</strong> municipal referida no caput estabelecerá <strong>as</strong> condições relativ<strong>as</strong> à aplicação da<br />

transferência <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> construir.<br />

65


TÍTULO VII<br />

DA INFRAESTRUTURA URBANA<br />

CAPÍTULO I<br />

DAS REDES DE INFRAESTRUTURA<br />

Art. 147 - As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infraestrutura urbana municipal compreen<strong>de</strong>m gui<strong>as</strong>, sarjet<strong>as</strong>,<br />

pavimentação, drenagem, coleta <strong>de</strong> lixo, iluminação pública e serviços <strong>de</strong> água e esgoto e <strong>de</strong><br />

transporte, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser implantad<strong>as</strong> em to<strong>do</strong> o Município <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r, prioritariamente:<br />

I - áre<strong>as</strong> sujeit<strong>as</strong> a inundações;<br />

II - re<strong>de</strong> viária suporte para rot<strong>as</strong> <strong>de</strong> transporte coletivo, individual <strong>de</strong> carg<strong>as</strong>, pe<strong>de</strong>stres e<br />

ciclist<strong>as</strong>;<br />

III - vizinhança <strong>de</strong> equipamentos comunitários instala<strong>do</strong>s;<br />

IV - áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> a program<strong>as</strong> <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> interesse social;<br />

V - áre<strong>as</strong> ocupad<strong>as</strong> pela população <strong>de</strong> baixa renda.<br />

Art. 148 - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal <strong>de</strong>verá promover gestões junto às concessionári<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

serviços públicos no nível fe<strong>de</strong>ral e estadual, visan<strong>do</strong> à complementação d<strong>as</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

infraestrutura <strong>de</strong> su<strong>as</strong> respectiv<strong>as</strong> competênci<strong>as</strong>, a partir <strong>do</strong>s Planos Municipais Específicos,<br />

complementares a presente <strong>lei</strong> e relaciona<strong>do</strong>s no artigo 157.<br />

Art. 149 - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal <strong>de</strong>verá:<br />

I - incrementar sistem<strong>as</strong> não convencionais <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> lixo em favel<strong>as</strong> e outros locais <strong>de</strong> difícil<br />

acesso;<br />

II - implantar gradativamente sistema <strong>de</strong> coleta seletiva <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s <strong>do</strong>miciliares<br />

urbanos;<br />

III - implantar mecanismos <strong>de</strong> disposição final para os resíduos sóli<strong>do</strong>s, observa<strong>do</strong>s a legislação<br />

vigente;<br />

IV - promover a integração entre os serviços municipais e intermunicipais <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a<br />

racionalizar o serviço e reduzir o custo <strong>do</strong> serviço para os usuários e<br />

V - promover a ampliação, em área contígua, <strong>do</strong> aterro sanitário municipal.<br />

CAPÍTULO II<br />

DO MOBILIÁRIO URBANO<br />

Art. 150 - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal <strong>de</strong>verá implementar um programa <strong>de</strong> mobiliário<br />

urbano, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong>:<br />

66


I - critérios <strong>de</strong> localização a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s a cada elemento, quais sejam:<br />

1) anúncios, painéis e cartazes;<br />

2) elementos <strong>de</strong> sinalização urbana;<br />

3) elementos aparentes da infraestrutura urbana;<br />

4) terminais e pontos <strong>de</strong> ônibus;<br />

5) serviços <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong> pública, tais como telefones públicos, abrigos, sanitários, banc<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

jornal e outros.<br />

II - característic<strong>as</strong> básic<strong>as</strong> <strong>do</strong>s elementos em relação à dimensão, aos materiais construtivos e ao<br />

seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

Parágrafo Único - Dever-se-á objetivar a padronização <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong> mobiliário urbano,<br />

visan<strong>do</strong> à produção em série e a melhoria <strong>do</strong> espaço urbano.<br />

CAPÍTULO III<br />

DOS PROJETOS PRIORITÁRIOS<br />

Art. 151 - O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal <strong>de</strong>verá estabelecer priorida<strong>de</strong> na implantação <strong>do</strong>s<br />

seguintes Projetos, conforme Anexo 7, <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>:<br />

I – Parque da Várzea <strong>do</strong> Rio Embu Mirim;<br />

II – Parque Linear Centro;<br />

III – Eixo Pirajuçara: compreen<strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> ligações viári<strong>as</strong> para configuração <strong>de</strong> via arterial<br />

alternativa à Estrada <strong>de</strong> Itapecerica a Campo Limpo, canalização e saneamento <strong>do</strong> Córrego<br />

Pirajuçara e urbanização <strong>do</strong>s <strong>as</strong>sentamentos precários <strong>do</strong> entorno, com remoção d<strong>as</strong> habitações<br />

em situação <strong>de</strong> risco ou necessári<strong>as</strong> para implantação <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, construção <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

habitacionais para atendimento d<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> a serem removid<strong>as</strong>, implantação <strong>de</strong> parque linear,<br />

com p<strong>as</strong>seios, ciclovia e equipamentos esportivos e comunitários;<br />

IV – Marginais da Ro<strong>do</strong>via Régis Bittencourt;<br />

V – Anel Viário Central;<br />

VI – Ligações Viári<strong>as</strong> Região Leste;<br />

VII – Ampliação <strong>do</strong> Aterro Sanitário e Centro <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Resíduos - CTR.<br />

67


TÍTULO VIII<br />

DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO<br />

Art. 152 - O Plano Diretor é parte integrante <strong>de</strong> um processo contínuo <strong>de</strong> planejamento, em que<br />

estão <strong>as</strong>segura<strong>do</strong>s os objetivos e <strong>as</strong> diretrizes <strong>de</strong>finid<strong>as</strong> nesta Lei e a participação popular, na sua<br />

implementação ou revisão.<br />

Art. 153 – Além d<strong>as</strong> disposições <strong>do</strong> Capitulo IV da Lei 10257/01 - Estatuto da Cida<strong>de</strong> - e <strong>as</strong><br />

competênci<strong>as</strong> e atribuições legais <strong>de</strong> órgãos, cargos e agentes públicos no planejamento e gestão<br />

<strong>de</strong>mocrática da Cida<strong>de</strong> fica <strong>as</strong>segurada a participação popular mediante a criação <strong>do</strong> "Conselho<br />

<strong>de</strong> Planejamento e Gestão" que será implementa<strong>do</strong> mediante Decreto.<br />

TÍTULO IX<br />

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS<br />

Art. 154 – São partes integrantes <strong>de</strong>sta <strong>lei</strong> os seguintes anexos:<br />

I – Anexo 1 – Descrição, por coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>, <strong>do</strong> mapa <strong>de</strong> Zoneamento;<br />

II – Anexo 2 - Definições e Conceitos;<br />

III – Anexo 3 – Mapa 01 – Zoneamento;<br />

IV – Anexo 4 – Mapa 02 – Hierarquia Viária;<br />

V – Anexo 5 – Mapa 03 – Sistema <strong>de</strong> Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s;<br />

VI – Anexo 6 – Mapa 04 – Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Uso Especial;<br />

VII – Anexo 7 – Mapa 05 – Projetos Prioritários;<br />

VIII – Anexo 8 – Mapa 06 – Perímetro e Setores da Zona <strong>do</strong> Centro Histórico;<br />

IX – Anexo 9 – Quadro I – Parâmetros <strong>de</strong> Uso e Ocupação <strong>do</strong> Solo;<br />

X – Anexo 10 – Quadro II – Padrões <strong>de</strong> Incomodida<strong>de</strong> e Medid<strong>as</strong> Mitigatóri<strong>as</strong>.<br />

Art. 155 - Os <strong>projeto</strong>s edilícios e <strong>de</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo que se encontrem em tramitação<br />

perante a Administração Pública, <strong>de</strong>verão ser aprova<strong>do</strong>s com fundamento legal na legislação<br />

anterior à entrada em vigor da presente <strong>lei</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham preenchi<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os requisitos<br />

urbanísticos e legais que lhes confiram o direito à competente licença ou alvará.<br />

Art. 156 - O Po<strong>de</strong>r Executivo <strong>de</strong>verá elaborar e enviar à Câmara Municipal os <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> <strong>lei</strong>s<br />

atinentes à:<br />

I - Legislação <strong>de</strong> Parcelamento <strong>do</strong> Solo<br />

68


II - Lei <strong>de</strong> Regularização Fundiária e Edilícia;<br />

III - Código <strong>de</strong> Obr<strong>as</strong> e Edificações;<br />

IV – Lei <strong>de</strong> Parcelamento e Edificação Compulsórios;<br />

V – Lei <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Preempção;<br />

VI – Lei <strong>de</strong> Outorga Onerosa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Construir;<br />

VII – Lei <strong>de</strong> Transferência <strong>do</strong> Potencial Construtivo;<br />

VIII – Lei <strong>de</strong> Operações Urban<strong>as</strong> Consorciad<strong>as</strong>.<br />

Art. 157 - O Po<strong>de</strong>r Executivo <strong>de</strong>verá elaborar, seguin<strong>do</strong> <strong>as</strong> diretrizes, princípios e ações<br />

estratégic<strong>as</strong> da presente <strong>lei</strong>, os seguintes Planos Municipais Específicos:<br />

I – Plano Municipal <strong>de</strong> Saneamento;<br />

II – Plano Municipal <strong>de</strong> Drenagem;<br />

III – Plano Municipal <strong>de</strong> Resíduos Sóli<strong>do</strong>s;<br />

IV – Plano Municipal <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Urbana;<br />

V – Plano Municipal <strong>de</strong> Habitação;<br />

VI – Plano Municipal <strong>de</strong> Regularização Fundiária e Edilícia;<br />

VII – Plano <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Riscos;<br />

VIII – Plano <strong>de</strong> Manejo d<strong>as</strong> Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Proteção Ambiental;<br />

IX – Plano Municipal <strong>de</strong> Desenvolvimento Estratégico.<br />

Art. 158 - Esta Lei Complementar entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação, revogad<strong>as</strong> <strong>as</strong><br />

disposições em contrário d<strong>as</strong> <strong>lei</strong>s municipais, em especial, a Lei Complementar nº 72, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2003.<br />

69


ANEXOS<br />

ANEXO 1<br />

Descrição, por coor<strong>de</strong>nad<strong>as</strong> geográfic<strong>as</strong>, <strong>do</strong> mapa <strong>de</strong> Zoneamento<br />

(EM ELABORAÇÃO)<br />

ANEXO 2<br />

Definições e conceitos<br />

Para efeitos <strong>de</strong>sta Lei, p<strong>as</strong>sam a ser a<strong>do</strong>tad<strong>as</strong> <strong>as</strong> seguintes <strong>de</strong>finições:<br />

I. Área Construída (AC): é a soma da área coberta <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os pavimentos <strong>de</strong> uma<br />

edificação, inclusive subsolo, salvo projeção <strong>de</strong> beiral menor ou igual a 1,00 (um) metro;<br />

II. Área <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> (AA): é a soma da área construída e da área <strong>de</strong> terreno<br />

efetivamente utilizada por ativida<strong>de</strong>s que não necessitem <strong>de</strong> área construída significativa<br />

para seu funcionamento;<br />

III. Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> intervenção urbana: são porções <strong>do</strong> território <strong>de</strong> especial interesse para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento urbano, objeto <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s urbanísticos específicos n<strong>as</strong> quais po<strong>de</strong>rão ser<br />

aplica<strong>do</strong>s instrumentos <strong>de</strong> intervenção, previstos na Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

2001 – Estatuto da Cida<strong>de</strong>, para fins <strong>de</strong> regularização fundiária, or<strong>de</strong>namento e program<strong>as</strong> e<br />

<strong>projeto</strong>s habitacionais <strong>de</strong> interesse social, constituição <strong>de</strong> reserva fundiária, or<strong>de</strong>namento e<br />

direcionamento da expansão urbana, implantação <strong>de</strong> equipamentos urbanos e comunitários,<br />

criação <strong>de</strong> espaços público <strong>de</strong> lazer e áre<strong>as</strong> ver<strong>de</strong>s, criação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação ou<br />

proteção <strong>de</strong> outr<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> interesse ambiental;<br />

IV. Beneficio econômico agrega<strong>do</strong> ao imóvel: é a valorização <strong>do</strong> terreno <strong>de</strong>corrente da<br />

obtenção <strong>de</strong> potencial construtivo adicional, alteração <strong>de</strong> uso e <strong>de</strong> parâmetros urbanísticos;<br />

V. Coeficiente <strong>de</strong> Permeabilida<strong>de</strong>: é o percentual da área <strong>do</strong> imóvel <strong>de</strong>stinada à<br />

manutenção da absorção <strong>de</strong> água pluvial pelo terreno, sen<strong>do</strong> prioritariamente indica<strong>do</strong> para a<br />

recomposição <strong>de</strong> vegetação com espécies da mata atlântica, conforme diretrizes fornecid<strong>as</strong><br />

pelo Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal;<br />

VI. Conjunto em Con<strong>do</strong>mínio: é a edificação, verticalizada ou não, <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

autônom<strong>as</strong>, sem parcelamento <strong>do</strong> solo em lotes, caben<strong>do</strong> a cada unida<strong>de</strong> uma fração i<strong>de</strong>al <strong>do</strong><br />

terreno e áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso comum, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> receber diretrizes pela municipalida<strong>de</strong>;<br />

VII. Contrapartida financeira: é o valor econômico, correspon<strong>de</strong>nte a outorga onerosa, a<br />

ser pago ao po<strong>de</strong>r público pelo proprietário <strong>de</strong> imóvel em espécie.<br />

VIII. Des<strong>do</strong>bro: é a divisão <strong>de</strong> lote em du<strong>as</strong> partes,servid<strong>as</strong> pelo sistema viário existente;<br />

IX. Desmembramento: é a subdivisão da gleba em lotes, servi<strong>do</strong>s pelo sistema viário<br />

70


existente;<br />

X. Empreendimento <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> interesse social: correspon<strong>de</strong> a uma edificação ou<br />

a um conjunto <strong>de</strong> edificações, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> total ou parcialmente à habitação <strong>de</strong> interesse social<br />

e usos complementares, conforme disposto nesta legislação e regulamentação específica;<br />

XI. Equipamentos Comunitários: são áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal,<br />

para instalação <strong>de</strong> equipamentos públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educação, sociais e similares;<br />

XII. Espaços Livres <strong>de</strong> Uso Público: são áre<strong>as</strong> <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal<br />

para construção e/ou instalação <strong>de</strong> praç<strong>as</strong>, parques e áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> lazer;<br />

XIII. Gleba: é o terreno cuja conformação e dimensões não tiveram origem em<br />

loteamento ou <strong>de</strong>smembramento;<br />

XIV. Coeficiente <strong>de</strong> Aproveitamento (CA): é a relação entre Área Construída <strong>de</strong> uma<br />

edificação e a área <strong>do</strong> terreno. Não são consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> no cálculo <strong>do</strong> Coeficiente <strong>de</strong><br />

Aproveitamento, <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> construíd<strong>as</strong> no subsolo <strong>do</strong>s edifícios <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> a garagens.<br />

1) Máximo, alcança<strong>do</strong> mediante aplicação <strong>de</strong> instrumento urbanístico e que não po<strong>de</strong><br />

ser ultrap<strong>as</strong>sa<strong>do</strong>;<br />

2) Mínimo, abaixo <strong>do</strong> qual o imóvel po<strong>de</strong>rá ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> subutiliza<strong>do</strong>.<br />

XV. Lote: é o terreno resultante <strong>de</strong> loteamento, <strong>de</strong>smembramento ou <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bro, com<br />

pelo menos uma divisa lin<strong>de</strong>ira à via <strong>de</strong> circulação pública, exceto viel<strong>as</strong> sanitári<strong>as</strong>,<br />

constituin<strong>do</strong> unida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>;<br />

XVI. Licença Ambiental: para empreendimentos ou ativida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> efetiv<strong>as</strong> ou<br />

potencialmente causa<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> significativa <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong> meio, será emitida somente após<br />

avaliação <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança (EIV) e respectivos Relatório e Estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA/RIMA);<br />

XVII. Loteamento: é o parcelamento <strong>do</strong> solo através da subdivisão <strong>do</strong> terreno em lotes,<br />

com a abertura <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> <strong>de</strong> circulação e logra<strong>do</strong>uros públicos, ou prolongamento,<br />

modificação ou ampliação d<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> existentes;<br />

XVIII. Outorga onerosa: é a concessão, pelo po<strong>de</strong>r público <strong>de</strong> potencial construtivo<br />

adicional acima <strong>do</strong> índice <strong>do</strong> aproveitamento básico, até o limite estabeleci<strong>do</strong> no índice <strong>de</strong><br />

aproveitamento máximo, com a alteração <strong>do</strong> uso e parâmetros urbanísticos mediante<br />

pagamento <strong>de</strong> contrapartida financeira, conforme quadro I anexo;<br />

XIX. Potencial construtivo <strong>de</strong> um lote: é o produto resultante da multiplicação <strong>de</strong> sua<br />

área pelo índice <strong>de</strong> aproveitamento;<br />

XX. Pavimento: é o <strong>plano</strong> <strong>do</strong> piso;<br />

XXI. Quota Mínima <strong>de</strong> Terreno por Unida<strong>de</strong> Habitacional (QT): é a fração i<strong>de</strong>al mínima<br />

<strong>do</strong> terreno correspon<strong>de</strong>nte a cada unida<strong>de</strong> habitacional existente e/ou a ser implantada no<br />

imóvel;<br />

71


XXII. Recuo: é a distância medida entre o limite externo da projeção vertical da<br />

edificação e a divisa <strong>do</strong> terreno, sen<strong>do</strong> o recuo frontal em acor<strong>do</strong> com o quadro I anexo;<br />

XXIII. Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança (EIV): é o estu<strong>do</strong> exigi<strong>do</strong> pela<br />

municipalida<strong>de</strong> como condição para a implantação <strong>de</strong> um empreendimento que<br />

potencialmente cause impacto, geran<strong>do</strong> ou não um dano, sobre os processos econômicos,<br />

sociais e ambientais e que apresente um mínimo <strong>de</strong> informações, tal como pevisto no corpo<br />

<strong>de</strong>sta <strong>lei</strong>, que permita a compreensão da integração urbana <strong>do</strong> empreendimento com seu<br />

entorno no ato da implantação e ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> subsequênte, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> um prazo<br />

mínimo <strong>de</strong> três anos, e a magnitu<strong>de</strong> <strong>do</strong>s impactos por ele gera<strong>do</strong>s.<br />

XXIV. Remembramento: é a soma <strong>de</strong> <strong>do</strong>is ou mais terrenos, para formação <strong>de</strong> novo<br />

terreno, sem alteração <strong>do</strong> sistema viário existente;<br />

XXV. Sistema Viário: compreen<strong>de</strong> <strong>as</strong> áre<strong>as</strong> utilizad<strong>as</strong> para vi<strong>as</strong> <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres<br />

e veículos, <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal;<br />

XXVI. Taxa <strong>de</strong> ocupação: é a relação entre a área da projeção vertical da edificação ou<br />

edificações e a área <strong>do</strong> lote;<br />

XXVII. Transferência <strong>de</strong> potencial construtivo: é o instrumento que permite transferir o<br />

potencial construtivo correspon<strong>de</strong>nte ao valor <strong>do</strong> imóvel ou parte <strong>de</strong>ste, no c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> <strong>do</strong>ação,<br />

para outros lotes <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> município;<br />

XXVIII. Uso misto: <strong>de</strong>stina-se a implantação <strong>de</strong> usos resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais como<br />

comercio e serviços, conjugadamente aos usos resi<strong>de</strong>nciais segun<strong>do</strong> critérios gerais <strong>de</strong><br />

compatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> e qualida<strong>de</strong> ambiental.<br />

XXIX. Habitação <strong>de</strong> Interesse Social - HIS são <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> às famíli<strong>as</strong> com renda igual ou<br />

inferior a 05 (cinco) salários mínimos, <strong>de</strong> promoção pública ou conveniada ao Po<strong>de</strong>r Público<br />

XXX. Habitação <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong> Popular - HMP são <strong>de</strong>stinad<strong>as</strong> às famíli<strong>as</strong> com renda igual<br />

ou inferior a 08 (oito) salários mínimos, <strong>de</strong> promoção privada.<br />

XXXI. Risco: probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> impactos e danos à infraestrutura urbana, à<br />

população, à economia, ao meio ambiente ou ao patrimônio natural e cultural da cida<strong>de</strong> e seu<br />

entorno, cl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong>, segun<strong>do</strong> seus efeitos, em Risco Baixo, Risco Médio, Risco Alto ou<br />

Risco Muito Alto e conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r responsável e estu<strong>do</strong>s<br />

específicos.<br />

XXXII. Impacto: dimensionamento e caracterização espacial e temporal <strong>de</strong> alterações<br />

qualitativ<strong>as</strong> e quantitativ<strong>as</strong>, consequentes à implantação e/ou operação <strong>do</strong> empreendimento,<br />

causad<strong>as</strong> à insfraestrutura urbana, à população, à economia, ao meio ambiente ou ao<br />

patrimônio natural e cultural da cida<strong>de</strong> e seu entorno, cl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong> segun<strong>do</strong> tais alterações,<br />

em Impacto Desprezível, Impacto Limita<strong>do</strong>, Impacto Amplo e Impacto Irreversível.<br />

XXXIII. Dano: alterações prejudiciais às característic<strong>as</strong> planejad<strong>as</strong> ou atuais da<br />

72


infraestrutura urbana, à população, à economia, ao meio ambiente ou ao patrimônio natural e<br />

cultural da cida<strong>de</strong> e seu entorno e cuja reparação exija ações human<strong>as</strong> para a recuperação <strong>do</strong><br />

impacto.<br />

ANEXO 3<br />

Mapa 01 – Zoneamento<br />

ANEXO 4<br />

Mapa 02 – Hierarquia Viária<br />

ANEXO 5<br />

Mapa 03 – Sistema <strong>de</strong> Áre<strong>as</strong> Ver<strong>de</strong>s;<br />

ANEXO 6<br />

Mapa 04 – Áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> Uso Especial;<br />

ANEXO 7<br />

Mapa 05 – Projetos Prioritários;<br />

ANEXO 8<br />

Mapa 06 – Perímetro e Setores da Zona <strong>do</strong> Centro Histórico;<br />

73


Anexo 9 - Quadro I - Parâmetros <strong>de</strong> Uso e Ocupação <strong>do</strong> Solo<br />

Cl<strong>as</strong>sificação <strong>do</strong>s usos <strong>do</strong> solo:<br />

R - Uso Resi<strong>de</strong>ncial<br />

Rm - Uso Resi<strong>de</strong>ncial Misto<br />

NRag - Não Resi<strong>de</strong>ncial Agropecuário<br />

NRcs - Não Resi<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong> Comércio e Serviço<br />

NRInst - Não Resi<strong>de</strong>ncial Institucional<br />

NRI01 - Não Resi<strong>de</strong>ncial Industrial <strong>de</strong> Alto Risco*<br />

NRI02 - Não Resi<strong>de</strong>ncial Industrial <strong>de</strong> Médio Risco*<br />

NRI03 - Não Resi<strong>de</strong>ncial Industrial <strong>de</strong> Baixo Risco*<br />

* Risco: conforme estabeleci<strong>do</strong> por órgão licencia<strong>do</strong>r responsável e apresenta<strong>do</strong> em Estu<strong>do</strong> Prévio <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança<br />

Indicações complementares:<br />

A) obrigatório área para estacionamento;<br />

B) regula<strong>do</strong> pela instrução normativa <strong>do</strong> Corpo <strong>de</strong> Bombeiros (obrigatório AVCB)<br />

C) só permiti<strong>do</strong> em forma <strong>de</strong> empreendimento<br />

D) utilização <strong>de</strong> medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong><br />

E) No mínimo uma vaga <strong>de</strong> garagem por unida<strong>de</strong> habitacional<br />

F) área regulada por legislações ambientais<br />

G) área <strong>de</strong> interesse ambiental e /ou preservação<br />

H) Critério para uso <strong>do</strong> solo especifica<strong>do</strong> mediante <strong>projeto</strong> especifico.<br />

I) Dentro <strong>do</strong> raio <strong>de</strong> 300 metros <strong>do</strong> Complexo Jesuítico <strong>de</strong> Embu <strong>de</strong>verá ser obtida anuência <strong>do</strong> CONDEPHAT.<br />

J) Observar <strong>as</strong> condições estabelecid<strong>as</strong> no parágrafo 2° <strong>do</strong> artigo 89.<br />

74


Zon<strong>as</strong><br />

Incidência APRM-G<br />

Usos<br />

Categoria <strong>de</strong> Incomodida<strong>de</strong><br />

Indicações complementares<br />

Lote mínimo (m2)<br />

Recuo <strong>de</strong> Fun<strong>do</strong>s Min. (m)<br />

Recuo <strong>de</strong> frente min. (m)<br />

Recuo lateral min. (m)<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação (TO)<br />

Coef. <strong>de</strong> Permeabilida<strong>de</strong><br />

mínimo (CP)<br />

Coef. De Aproveitamento<br />

mínimo (CAmin)<br />

Coef. De Aproveitamento<br />

máximo (CAm)<br />

Coef. De Aproveitamento<br />

máximo com Outorga<br />

Onerosa (CAmO)<br />

Zona <strong>de</strong> Interesse Ambiental - ZIA<br />

Zona Urbana Consolidada - ZUC<br />

Dentro da APRM-G<br />

1500 3 5<br />

Fora da APRM-G<br />

R, Rm, NRcs,<br />

NRInst, NRag, NRI03<br />

Não<br />

incômoda A, B, D, F 800 3 5<br />

3 (ambos os<br />

la<strong>do</strong>s) 0,4 0,6 0,03 0,3 -<br />

1,5 (ambos<br />

os la<strong>do</strong>s) 0,6 0,4 0,06 0,6 1<br />

1,5 (um<br />

Dentro da APRM-G<br />

R, Rm, NRcs, Não<br />

250 3 5 la<strong>do</strong>) 0,7 0,2 0,1 1 2<br />

Fora da APRM-G NRInst, NRag, NRI03 incômoda A, B, D, F 125 3 5 - 0,7 0,1 0,2 2 2,5<br />

Zona Corre<strong>do</strong>r Misto - ZCM<br />

Fora da APRM-G<br />

R, Rm, NRcs,<br />

NRInst, NRt, NRI03<br />

Não<br />

incômoda A, B, D, F 125 4 8 - 0,8 0,1 0,2 2 4,5<br />

Zona Empresarial 01 - ZE1<br />

Dentro e fora da<br />

APRM-G<br />

R*, Rm*, NRcs,<br />

NRInst, NRI02,<br />

NRI03<br />

Incômod<strong>as</strong><br />

02 A, B, D, F 1000 10 10<br />

3 (ambos os<br />

la<strong>do</strong>s) 0,8 0,2 0,08 0,8 1<br />

Zona Empresarial 02 - ZE2<br />

Dentro da APRM-G<br />

R*, Rm*, NRcs,<br />

NRInst, NRI02,<br />

NRI03<br />

Incômod<strong>as</strong><br />

02 A, B, D, F 1500 5 10<br />

5 (ambos os<br />

la<strong>do</strong>s) 0,3 0,6 0,03 0,3 -<br />

Zona Empresarial 03 - ZE3<br />

Zona Corre<strong>do</strong>r Empresarial<br />

Fora da APRM-G<br />

R*, Rm*, NRcs,<br />

NRInst, NRI01,<br />

NRI02, NRI03<br />

Incômod<strong>as</strong><br />

02 A, B, D, F 500 4 10<br />

Dentro da APRM-G<br />

R, Rm, NRcs,<br />

A, B, D, F 1500 3 10<br />

Fora da APRM-G<br />

NRInst, NRag,<br />

NRI02, NRI03<br />

Incômod<strong>as</strong><br />

01 A, B, D, F 800 3 10<br />

1,5 (ambos<br />

os la<strong>do</strong>s) 0,8 0,2 0,1 1 1,5<br />

5 (ambos os<br />

la<strong>do</strong>s) 0,4 0,6 0,03 0,3 -<br />

3 (ambos os<br />

la<strong>do</strong>s) 0,6 0,4 0,06 0,6 1<br />

75


Zon<strong>as</strong><br />

Incidência APRM-G<br />

Usos<br />

Categoria <strong>de</strong> Incomodida<strong>de</strong><br />

Indicações complementares<br />

Lote mínimo (m2)<br />

Recuo <strong>de</strong> Fun<strong>do</strong>s Min. (m)<br />

Recuo <strong>de</strong> frente min. (m)<br />

Recuo lateral min. (m)<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação (TO)<br />

Coef. <strong>de</strong> Permeabilida<strong>de</strong><br />

mínimo (CP)<br />

Coef. De Aproveitamento<br />

mínimo (CAmin)<br />

Coef. De Aproveitamento (CA)<br />

Coef. De Aproveitamento<br />

máximo (CAmax)<br />

Zona Central Histórica - ZCH<br />

Dentro da APRM-G R, Rm, NRcs, NRInst<br />

Não<br />

incômoda B, F, H, I, J 250 - - - ** 0,2 0,1 1 -<br />

Zona <strong>do</strong> Centro Turístico - ZCT<br />

Dentro da APRM-G<br />

R, Rm, NRcs,<br />

NRInst, NRag, NRI03<br />

Não<br />

incômoda A, B, D, E, I 250 3 5<br />

1,5 (um<br />

la<strong>do</strong>) 0,8 0,2 0,1 1 2<br />

Zona <strong>de</strong> Expansão Urbana - ZEU<br />

Zona <strong>de</strong> Especial Interesse<br />

Ambiental – ZEIA<br />

Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Social<br />

1 - ZEIS 1<br />

Zona <strong>de</strong> Especial Interesse Social<br />

2 - ZEIS 2<br />

Dentro da APRM-G<br />

R, Rm, NRcs,<br />

NRInst, NRag, NRI03<br />

Não<br />

incômoda A, B, D, F 250 3 5<br />

Não<br />

incômoda A, B, D, F, G 5.000 10 10<br />

1,5 (um<br />

la<strong>do</strong>) 0,8 0,2 0,1 1 2<br />

5 (ambos os<br />

la<strong>do</strong>s) 0,4 0,8 0,015 0,15 0,3<br />

Dentro da APRM-G R, Rm, NRInst, NRag<br />

Dentro da APRM-G<br />

Não A, B, D, E,<br />

- - - - 0,8 0,2 0,1 1 -<br />

Fora da APRM-G R, Rm, NRInst incômoda F, H - - - - 0,95 0,05 0,2 2 -<br />

Dentro da APRM-G<br />

Não<br />

125 - - - 0,7 0,2 0,1 1 -<br />

Fora da APRM-G R, Rm, NRInst incômoda A, B, F, H 125 - - - 0,7 0,1 0,2 2 -<br />

* Nota 1: Os usos resi<strong>de</strong>ncial e resi<strong>de</strong>ncial misto serão permiti<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que aprova<strong>do</strong>s pela Câmara Técnica Intersecretarial com apresentação <strong>de</strong> EIV<br />

pelo interessa<strong>do</strong>.<br />

** Nota 2: observar anexo 8 e parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s no parágrafo 2° <strong>do</strong> artigo 89.<br />

76


Anexo 10 - Quadro II – Padrões <strong>de</strong> Incomodida<strong>de</strong> e Medid<strong>as</strong> Mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong><br />

PADRÕES DE INCOMODIDADE Uso MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Fornecimento <strong>de</strong> diretrizes, referentes, no mínimo, aos seguintes<br />

elementos:<br />

Impacto urbanístico<br />

• Área Construída Útil (ACU) ou Área <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> (AA) superior a<br />

5.000m² ou;<br />

• nº <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais superior a 100 unida<strong>de</strong>s.<br />

Poluição sonora<br />

(Referênci<strong>as</strong> técnic<strong>as</strong> e padrões admissíveis: NBR 10.151, NBR<br />

10.152/ABNT, Lei Municipal nº 2.438/2009 e Decreto Municipal nº 39/2010).<br />

Poluição Atmosférica<br />

Incômo<strong>do</strong> 1: Categoria ID*<br />

Incômo<strong>do</strong> 2: Categoria IB e IC*<br />

*conforme Lei Estadual 1.817/78<br />

Vibração<br />

Estabelecimentos que utilizam máquin<strong>as</strong> ou equipamentos que produzem<br />

choque ou vibração sensível aos limites da proprieda<strong>de</strong> (NBR 10273/ABNT)<br />

Poluição <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />

Incômo<strong>do</strong> 1: Cl<strong>as</strong>se II- A e II-B<br />

Incômo<strong>do</strong> 2: Cl<strong>as</strong>se I<br />

(Conforme NBR 10.004/2004 ABNT)<br />

Poluição hídrica<br />

Padrões <strong>de</strong> emissão máximos admissíveis <strong>de</strong> efluentes em coleções <strong>de</strong> água ou<br />

sistema <strong>de</strong> esgoto, estabeleci<strong>do</strong>s pela Seção II <strong>do</strong> Decreto Estadual 8.468/76.<br />

R<br />

NR<br />

NR<br />

NR<br />

NR<br />

NR<br />

NR<br />

• minimização <strong>do</strong> impacto causa<strong>do</strong> à paisagem urbana;<br />

• <strong>projeto</strong>s e obr<strong>as</strong> necessários à rea<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s sistem<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

infraestrutura, que <strong>de</strong>verão seguir os parâmetros d<strong>as</strong><br />

concessionári<strong>as</strong> locais.<br />

• isolamento acústico, no c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>s fora <strong>do</strong>s<br />

limites <strong>do</strong> imóvel;<br />

• redução <strong>do</strong> impacto gera<strong>do</strong> por equipamentos que produzem<br />

ruí<strong>do</strong>;<br />

• localização e confinamento d<strong>as</strong> fontes <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> no<br />

estabelecimento<br />

• instalação <strong>de</strong> sistem<strong>as</strong> que reduzam o impacto provoca<strong>do</strong> pela<br />

emissão <strong>de</strong> partícul<strong>as</strong> poluentes na atmosfera<br />

• instalação <strong>de</strong> sistem<strong>as</strong> que utilizem outros combustíveis<br />

menos poluentes<br />

• a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> tecnologi<strong>as</strong> que reduzam a emissão final <strong>de</strong><br />

poluentes<br />

• localização <strong>do</strong>s equipamentos que geram vibração;<br />

• medid<strong>as</strong> <strong>de</strong> minimização da vibração.<br />

Destinação <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s pela ativida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong><br />

proibi<strong>do</strong> dispô-los a céu aberto ou incinerá-los.<br />

Ao tratamento preliminar com ou sem retenção <strong>do</strong>s resíduos a<br />

serem lança<strong>do</strong>s em re<strong>de</strong> pública ou corpo d’água.<br />

77


PADRÕES DE INCOMODIDADE Uso MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Fornecimento <strong>de</strong> diretrizes, referentes, no mínimo, aos seguintes<br />

elementos:<br />

Periculosida<strong>de</strong><br />

Utilização e estocagem <strong>de</strong> materiais explosivos, inflamáveis, tóxicos, GLP,<br />

lo<strong>do</strong>s residuais, frações pesad<strong>as</strong> e leves residui<strong>as</strong>, cataliza<strong>do</strong>res e filtros<br />

usa<strong>do</strong>s, residuos <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>, entre outros.<br />

Geração <strong>de</strong> tráfego<br />

Tráfego pesa<strong>do</strong>: atração <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 3 (três) viagens/dia ou 90 (noventa)<br />

viagens/mês <strong>de</strong> caminhões, ônibus ou similares<br />

Tráfego intenso<br />

Incômo<strong>do</strong> 1: Empreendimentos com Área <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> (AA) <strong>de</strong> 500 m² a<br />

1.000 m²<br />

Incômo<strong>do</strong> 2: Empreendimentos com:<br />

• Vag<strong>as</strong> <strong>de</strong> estacionamento igual ou superior a 100 (cem)<br />

• Área Construída Útil (ACU) ou Área <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> (AA) igual ou<br />

superior a 2.000 m² (<strong>do</strong>is mil metros quadra<strong>do</strong>s)<br />

• Capacida<strong>de</strong> igual ou superior a 250 (duzentos e cinqüenta) pesso<strong>as</strong>.<br />

NR<br />

NR<br />

R<br />

NR<br />

• à localização <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong>s produtos no estabelecimento;<br />

• à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos a ser estoca<strong>do</strong> e <strong>de</strong>scarta<strong>do</strong>;<br />

• condições <strong>de</strong> estocagem e <strong>de</strong>scarte;<br />

• norm<strong>as</strong> <strong>de</strong> estocagem, produção, <strong>de</strong>scarte e transporte.<br />

• localização e dimensões <strong>de</strong> pátio <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong><br />

caminhões;<br />

• acessos e manobr<strong>as</strong>;<br />

• pavimento drenante e/ou arborização <strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong> circulação<br />

e estacionamento <strong>de</strong> veículos;<br />

• dimensões físic<strong>as</strong> <strong>do</strong>s veículos;<br />

• horários e frequência <strong>de</strong> fluxo;<br />

• característic<strong>as</strong> e dimensionamento <strong>do</strong>s dispositivos <strong>de</strong> acessos<br />

<strong>de</strong> veículos e pe<strong>de</strong>stres, com respectiv<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> acomodação<br />

e acumulação;<br />

• característic<strong>as</strong> e dimensionamento <strong>de</strong> embarque e <strong>de</strong>sembarque<br />

<strong>de</strong> p<strong>as</strong>sageiros;<br />

• característic<strong>as</strong> e dimensionamento <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> bens e<br />

produtos;<br />

• previsão, dimensionamento e disposição <strong>de</strong> vag<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

estacionamento;<br />

• impacto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> gera<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> tráfego sobre a operação <strong>do</strong><br />

sistema viário e <strong>de</strong> transporte;<br />

• obr<strong>as</strong> e serviços necessários para a minimização <strong>do</strong> impacto<br />

negativo <strong>do</strong> sistema viário;<br />

• Pavimento drenante e/ou arborização <strong>do</strong>s espaços circulação e<br />

estacionamento <strong>de</strong> veículos.<br />

OBS. As ativida<strong>de</strong>s cl<strong>as</strong>sificad<strong>as</strong> como incômod<strong>as</strong> sujeitar-se-ão ao cumprimento d<strong>as</strong> medid<strong>as</strong> mitiga<strong>do</strong>r<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> pelos órgãos competentes da Administração Municipal,<br />

a partir da legislação e norm<strong>as</strong> técnic<strong>as</strong> pertinentes e, quan<strong>do</strong> couber, a obtenção <strong>de</strong> aprovação junto aos órgãos estaduais e fe<strong>de</strong>rais competentes. Os usos que estiverem<br />

abaixo <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> incomodida<strong>de</strong> na tabela acima, são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s não incômo<strong>do</strong>s.<br />

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