exmo. sr. dr. desembargador relator, da câmara cível do ... - Abde
exmo. sr. dr. desembargador relator, da câmara cível do ... - Abde
exmo. sr. dr. desembargador relator, da câmara cível do ... - Abde
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
concessão de crédito à Agravante no valor correspondente ao <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> valor<br />
aplica<strong>do</strong>;<br />
3) por fim, era disponibiliza<strong>do</strong> na conta <strong>da</strong> Agravante o valor<br />
descrito nas Cédulas de Crédito Bancário, sobre o qual incidiam eleva<strong>da</strong>s taxas de<br />
juros impostas pelos Bancos; porém, o valor real empresta<strong>do</strong> à Recuperan<strong>da</strong> era<br />
apenas 50% <strong>da</strong>quele inseri<strong>do</strong> no título (haja vista que os outros 50% <strong>do</strong> dinheiro<br />
toma<strong>do</strong> pertencia à própria empresa e encontrava-se aplica<strong>do</strong> no Banco).<br />
Não obstante tal nefasta forma de contratação, os Bancos<br />
exigiam que a Agravante lhes cedessem fiduciariamente os valores aplica<strong>do</strong>s (cessão<br />
fiduciária <strong>do</strong>s CDBs ou outras aplicações financeiras), ain<strong>da</strong> que existissem outras<br />
formas de garantia para os contratos em comento.<br />
decidiu a ilustre Juíza monocrática, in verbis:<br />
Pois bem. Com relação a tais aplicações financeiras, assim<br />
“Em relação aos valores cedi<strong>do</strong>s fiduciariamente por meio<br />
de contrato de cessão fiduciária de CDBs ou quaisquer<br />
outras aplicações financeiras existentes em nome <strong>da</strong><br />
recuperan<strong>da</strong> no Banco <strong>do</strong> Brasil S/A, Banco Votorantim<br />
S/A, Banco Santander S/A e Unibanco União de Bancos<br />
Brasileiros S/A determino sejam to<strong>da</strong>s transferi<strong>da</strong>s para<br />
conta à disposição <strong>do</strong> juízo até decisão ulterior.”<br />
Ocorre que, consoante demonstra<strong>do</strong> anteriormente, a<br />
Recuperan<strong>da</strong>, ora Agravante, necessita de capital de giro para a continui<strong>da</strong>de de suas<br />
ativi<strong>da</strong>des comerciais, especialmente para a compra de novas merca<strong>do</strong>rias para<br />
serem vendi<strong>da</strong>s em seus estabelecimentos.<br />
Certamente, caso esses valores lhe fossem<br />
disponibiliza<strong>do</strong>s, essa necessi<strong>da</strong>de de capital de giro seria supri<strong>da</strong> e a recuperação e<br />
o soerguimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial seriam conseqüências naturais, em pleno<br />
atendimento aos princípios <strong>da</strong> preservação <strong>da</strong> empresa e <strong>da</strong> função social <strong>da</strong><br />
empresa.<br />
16