24.04.2015 Views

Individual 24 Claudio Rodrigues Coraçao - SBPJor

Individual 24 Claudio Rodrigues Coraçao - SBPJor

Individual 24 Claudio Rodrigues Coraçao - SBPJor

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo<br />

VI Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo<br />

UMESP (Universidade Metodista de São Paulo), novembro de 2008<br />

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

de mundo, o fator empresa-jornalista-espaço-tempo profissional, a criação angulatória<br />

da narrativa, os filtros de notícia, os critérios de noticiabilidade.<br />

O jornalista se transmuta em um ser envolto em “n” papéis sociais. Se a noção<br />

de comprometimento é peça decisória na confeccção textual de João Antônio, na há<br />

dúvida que um direcionamento social-político se coloca em tais “intenções”. Tem-se a<br />

edificação de uma postura de enfrentamento que, por meio da auto-referência, se<br />

coaduna a uma espécie de “consciência de fabricação textual”, ou ainda, uma autoconsciência<br />

valorativa de tais emblemas.<br />

Segundo Mészáros (2004), remetendo-se ao conceito de “consciência social”:<br />

Os “interesses socais que se desenvolvem ao longo da história e se<br />

entrelaçam conflituosamente manifestam-se, no plano da consciência social,<br />

na grande diversidade de discursos ideológicos relativamente autônomos<br />

(mas, é claro, de modo algum independentes), que exercem forte influência<br />

sobre os processos materiais mais tangíveis do metabolismo social<br />

(Mészáros: 2004, p.65)”.<br />

Desse modo, o desenho de um quadro dialógico na coluna permite, em<br />

aproximação às noções de interação de Thompson (1998), suprir certo posicionamento<br />

como um alternativa jornalística, cuja vinculação se materializa a um contexto de<br />

autonomia discursiva, portanto, alicerçada em um opção dialógica alternativa e,<br />

pensada, sobremaneira, como peça de uma fabricação midiática híbrida (com recursos<br />

do jornalismo e da literatura) com discussão sobre a “práxis textual”, adquirindo, desse<br />

modo, um caráter de relativa autonomia, ao se reportar às marcas do texto. Mészáros<br />

(2004) identifica as nuanças estabelecidas pelo metabolismo social:<br />

“É por isso que o estruturalmente mais importante conflito – cujo objetivo é<br />

manter ou, ao contrário, negar o modo dominante de controle sobre o<br />

metabolismo social dentro dos limites das relações de produção<br />

estabelecidas – encontra suas manifestações necessárias nas “formas<br />

ideológicas” [orientadas pela prática] em que os homens se tornam<br />

conscientes desse conflito e o resolvem pela luta”. (Mészáros: 2004, p.65).<br />

Abaixo, têm-se trechos das colunas que, de certa maneira, sintetizam o advento<br />

de uma discussão da próprio funcionamento textual; ou ainda, identifica-se uma matriz<br />

de endereçamento muito peculiar, de debate em relação às agruras e papéis [formas<br />

ideológicas] do escritor-jornalista brasileiro dos 1970 em uma espécie de verificação<br />

contextual do “metabolismo social” preconizado por Mészáros.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!