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O PERFIL DO ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO EM ... - GED Apostilas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE<br />

O <strong>PERFIL</strong> <strong>DO</strong> <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong><br />

<strong>EM</strong> CANOAS<br />

CLÁUDIA BOFF <strong>DE</strong> SOUZA<br />

Novo Hamburgo, Julho de 2008


2<br />

CLÁUDIA BOFF <strong>DE</strong> SOUZA<br />

O <strong>PERFIL</strong> <strong>DO</strong> <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong><br />

<strong>EM</strong> CANOAS<br />

MONOGRAFIA <strong>DE</strong> CONCLUSÃO <strong>DO</strong> CURSO <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO<br />

LATUS SENSUS <strong>EM</strong> GESTÃO ESTRATÉGICA<br />

DA <strong>COMUNICAÇÃO</strong> <strong>EM</strong>PRESARIAL<br />

Orientadora: Christine Bahia de Oliveira<br />

Novo Hamburgo, julho de 2008


3<br />

CLÁUDIA BOFF <strong>DE</strong> SOUZA<br />

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, submetido ao corpo docente do<br />

Centro Universitário Feevale, como parte necessária para a obtenção do grau de<br />

Pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação Empresarial.<br />

Aprovado por:<br />

_______________________________________<br />

Profª. Ms. Christine Bahia de Oliveira<br />

Orientadora<br />

________________________________________<br />

Profª. Drª Cíntia Carvalho<br />

Coordenadora do Curso<br />

________________________________________<br />

Prof. Dr. Humberto Kesle<br />

Banca Examinadora<br />

Novo Hamburgo, julho de 2008


4<br />

<strong>DE</strong>DICATÓRIA<br />

Dedico esta monografia de pós-graduação<br />

àqueles que acreditam no poder da comunicação,<br />

fazendo dela um diferencial estratégico. Da<br />

mesma forma, aos que colaboram para o<br />

exercício desta profissão - coerentes com a<br />

prática da ética e responsabilidade social,<br />

em meio à árdua missão de sermos formadores<br />

de opinião.<br />

Ao meu noivo Letieri, que segue me incentivando<br />

ao longo desta trajetória como comunicóloga.<br />

Sem dúvida, as coisas acontecem na hora certa -<br />

basta que lutemos pelos nossos sonhos!<br />

E em especial aos meus pais Maria do Carmo e<br />

Dilson, motivo pelo qual mais uma vez se tornou<br />

possível minha formação acadêmica - agora em<br />

nível de especialização. Vocês são meu exemplo!


5<br />

AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

A Deus, pela oportunidade de cumprir mais esta<br />

etapa de vida. Obrigado por eu existir!<br />

Aos meus familiares, amigos e colegas do Diário de<br />

Canoas que me deram apoio para realização deste<br />

trabalho. Sem esquecer a gentileza dos 11<br />

entrevistados que acreditaram nesta proposta e<br />

cederam um pouco da sua experiência para formar<br />

o corpus desta pesquisa.<br />

Maria do Carmo, Dilson, Letieri, Marcelo, Fabi,<br />

Kaká, Ju e dinda Susi... Vocês foram fundamentais.<br />

Amo vocês!<br />

A professora Chris Bahia, pela amizade e<br />

aprendizado. Aos demais educadores, pelos<br />

saberes adquiridos, e a coordenadora Cíntia<br />

Carvalho, por não esmorecer. Parabéns Feevale<br />

por apostar num curso de pós-graduação na área<br />

de comunicação empresarial!


6<br />

“O dom maior de uma empresa [...] é transformar<br />

a comunicação num triunfo em relação à<br />

concorrência. Não existe vida fora da capacidade<br />

de competir. Assim como não existe concorrência<br />

sem uma comunicação capaz de diferenciar a<br />

corporação. Por isso, a comunicação, a<br />

capacidade de oferecer informações<br />

consistentes, com rapidez, coerência e<br />

continuidade tornou-se vital para as empresas.”<br />

Paulo Nassar


7<br />

RESUMO<br />

Vendo a informação como recurso estratégico, cada vez mais as empresas<br />

estão buscando trabalhá-la a seu favor para conquistar uma imagem credível<br />

no mercado. Centradas na necessidade de manter um relacionamento eficaz<br />

com os seus públicos, as organizações contam com as Assessorias de<br />

Comunicação. Diante deste cenário, o presente estudo visa a melhor<br />

conceituar essa atividade e suas atribuições. Para isso, buscou-se, a partir de<br />

pesquisa bibliográfica e entrevistas com onze profissionais de Canoas, realizar<br />

uma análise de natureza qualitativa, para verificar como está organizada e o<br />

posicionamento desta ferramenta no âmbito empresarial. A partir do recorte<br />

mercadológico proposto, traçamos o perfil dos assessores de comunicação em<br />

atuação na cidade.<br />

Palavras-Chave: Mercado - Comunicação Empresarial - Assessoria de<br />

Comunicação – Informação – Credibilidade - Gestão Empresarial.


8<br />

ABSTRACT<br />

More and more companies are using information as a strategic tool to enhance<br />

their credibility in the marketplace. In order to maintain an effective relationship<br />

with the public, they rely on communication services. In light of this context, this<br />

study seeks to better understand these activities and their attributes. Through<br />

desk research and interviews with eleven communication professionals from<br />

Canoas a qualitative analysis was carried out to verify how these services are<br />

organized and positioned in the corporate environment. From this analysis, it<br />

was then possible to profile the professionals working in the corporate<br />

communication field.<br />

Key-words: Marketplace - Communication companies – Information -<br />

Assessorship of Communication – Credibility - Corporate management.


9<br />

SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 17<br />

METO<strong>DO</strong>LOGIA ...................................................................................................... 22<br />

Capítulo 1 – <strong>ASSESSOR</strong>IA <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong> .................................................. 25<br />

1.1 Empresa, comunicação e sistema .................................................................. 29<br />

1.2 O trabalho das assessorias ............................................................................. 32<br />

1.3 Assessoria Jornalística.................................................................................... 37<br />

1.4 Assessoria de Relações Públicas ................................................................... 42<br />

1.5 Assessoria de Publicidade e Propaganda...................................................... 45<br />

Capítulo 2 – INFORMAÇÃO COMO CONTEÚ<strong>DO</strong> DA AÇÃO ................................ 50<br />

2.1 Dado, informação e conhecimento ................................................................. 52<br />

2.2 A organização do conhecimento..................................................................... 54<br />

2.3 Informação e comunicação na gestão empresarial....................................... 58<br />

2.4 O papel dos gestores ....................................................................................... 62<br />

2.5 Processando a informação nas empresas ..................................................... 65<br />

2.6 O espírito de cidadania organizacional .......................................................... 69<br />

Capítulo 3 – O MERCA<strong>DO</strong> <strong>DE</strong> CANOAS................................................................ 75<br />

3.1 Origem e desenvolvimento.............................................................................. 76<br />

3.2 Crescimento da cidade .................................................................................... 79


10<br />

3.3 Modernização.................................................................................................... 80<br />

3.4 Comunicação nas empresas ........................................................................... 81<br />

3.5 Empresa A......................................................................................................... 83<br />

3.6 Empresa B......................................................................................................... 84<br />

3.7 Empresa C......................................................................................................... 85<br />

3.8 Empresa D......................................................................................................... 85<br />

3.9 Empresa E ......................................................................................................... 86<br />

3.10 Empresa F ....................................................................................................... 86<br />

3.11 Empresa G....................................................................................................... 87<br />

3.12 Empresa H....................................................................................................... 88<br />

3.13 Empresa I ........................................................................................................ 88<br />

3.14 Empresa J ....................................................................................................... 89<br />

3.15 Empresa L ....................................................................................................... 89<br />

Capítulo 4 – A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> NO DIA-A-DIA DAS ORGANIZAÇÕES.............. 91<br />

4.1. Empresa A........................................................................................................ 92<br />

4.1.1 Modelo de Gestão ................................................................................. 92<br />

4.1.2 Assessoria de Comunicação ............................................................... 92<br />

4.1.3 Atendimento às demandas de Comunicação ..................................... 92<br />

4.1.3.1 Comunicação interna ................................................................ 92<br />

4.1.3.2 Marketing.................................................................................... 92<br />

4.1.3.2.1 Assessoria de Imprensa ............................................ 92<br />

4.1.3.2.2 Publicidade e Propaganda ........................................ 93<br />

4.1.3.2.3 Relações Públicas...................................................... 93<br />

4.1.4 Imagem da empresa.............................................................................. 93<br />

4.1.5 Planejamento estratégico..................................................................... 93<br />

4.1.6 Comunicação Empresarial ................................................................... 93<br />

4.1.7 Importância da informação .................................................................. 94


11<br />

4.1.8 Política de comunicação ...................................................................... 94<br />

4.1.9 Públicos ................................................................................................. 94<br />

4.2 Empresa B......................................................................................................... 95<br />

4.2.1 Modelo de Gestão ................................................................................. 95<br />

4.2.2 Assessoria de Comunicação ............................................................... 95<br />

4.2.3 Atendimento às demandas de Comunicação ..................................... 95<br />

4.2.3.1 Assessoria de Imprensa.......................................................... 95<br />

4.2.3.2 Publicidade e Propaganda ........................................................ 95<br />

4.2.3.3 Relações Públicas ..................................................................... 95<br />

4.2.4 Imagem da empresa.............................................................................. 96<br />

4.2.5 Planejamento Estratégico .................................................................... 96<br />

4.2.6 Comunicação Empresarial ................................................................... 96<br />

4.2.7 Importância da Informação .................................................................. 96<br />

4.2.8 Política de Comunicação...................................................................... 96<br />

4.2.9 Públicos ................................................................................................. 96<br />

4.3 Empresa C......................................................................................................... 97<br />

4.3.1 Modelo de Gestão ................................................................................. 97<br />

4.3.2 Assessoria de Comunicação ............................................................... 97<br />

4.3.3 Atendimento às demandas de Comunicação ..................................... 97<br />

4.3.3.1 Comunicação e Marketing ........................................................ 97<br />

4.3.3.1.1 Assessoria de Imprensa ............................................ 98<br />

4.3.3.1.2 Publicidade e Propaganda ........................................ 98<br />

4.3.3.1.3 Relações Públicas...................................................... 98<br />

4.3.4 Imagem da empresa.............................................................................. 98<br />

4.3.5 Planejamento Estratégico .................................................................... 98<br />

4.3.6 Comunicação Empresarial ................................................................... 98<br />

4.3.7 Importância da Informação .................................................................. 98


12<br />

4.3.8 Política de Comunicação...................................................................... 99<br />

4.3.9 Públicos ................................................................................................. 99<br />

4.4 Empresa D....................................................................................................... 100<br />

4.4.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 100<br />

4.4.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 100<br />

4.4.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 100<br />

4.4.3.1 Marketing.................................................................................. 100<br />

4.4.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 100<br />

4.4.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 100<br />

4.4.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 100<br />

4.4.4 Imagem da empresa............................................................................ 101<br />

4.4.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 100<br />

4.4.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 101<br />

4.4.7 Importância da Informação ................................................................ 101<br />

4.4.8 Política de Comunicação.................................................................... 101<br />

4.4.9 Públicos ............................................................................................... 101<br />

4.5 Empresa E ....................................................................................................... 102<br />

4.5.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 102<br />

4.5.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 102<br />

4.5.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 102<br />

4.5.3.1 Marketing e Desenvolvimento ................................................ 102<br />

4.5.3.1.1 Assessoria de Imprensa ...........................................102<br />

4.5.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 102<br />

4.5.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 102<br />

4.5.4 Imagem da empresa............................................................................ 102<br />

4.5.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 103<br />

4.5.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 103


13<br />

4.5.7 Importância da Informação ................................................................ 103<br />

4.5.8 Política de Comunicação.................................................................... 103<br />

4.5.9 Públicos ............................................................................................... 103<br />

4.6 Empresa F ....................................................................................................... 104<br />

4.6.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 104<br />

4.6.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 104<br />

4.6.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 104<br />

4.6.3.1 Marketing.................................................................................. 104<br />

4.6.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 104<br />

4.6.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 105<br />

4.6.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 105<br />

4.6.4 Imagem da empresa............................................................................ 105<br />

4.6.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 105<br />

4.6.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 105<br />

4.6.7 Importância da Informação ................................................................ 106<br />

4.6.8 Política de Comunicação.................................................................... 106<br />

4.6.9 Públicos ............................................................................................... 106<br />

4.7 Empresa G....................................................................................................... 107<br />

4.7.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 107<br />

4.7.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 107<br />

4.7.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 107<br />

4.7.3.1 Assessoria de Comunicação .................................................. 107<br />

4.7.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 108<br />

4.7.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 108<br />

4.7.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 108<br />

4.7.4 Imagem da empresa............................................................................ 108<br />

4.7.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 108


14<br />

4.7.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 108<br />

4.7.7 Importância da Informação ................................................................ 109<br />

4.7.8 Política de Comunicação.................................................................... 109<br />

4.7.9 Públicos ............................................................................................... 110<br />

4.8 Empresa H....................................................................................................... 111<br />

4.8.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 111<br />

4.8.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 111<br />

4.8.3 Atendimento às demandas de Comunicação ....................................111<br />

4.8.3.1 Assessoria de Imprensa.......................................................... 111<br />

4.8.3.2 Publicidade e Propaganda ...................................................... 111<br />

4.8.3.3 Relações Públicas ................................................................... 111<br />

4.8.4 Imagem da empresa............................................................................ 112<br />

4.8.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 112<br />

4.8.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 112<br />

4.8.7 Importância da Informação ................................................................ 112<br />

4.8.8 Política de Comunicação.................................................................... 112<br />

4.8.9 Públicos ............................................................................................... 112<br />

4.9 Empresa I ........................................................................................................ 113<br />

4.9.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 113<br />

4.9.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 113<br />

4.9.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 113<br />

4.9.3.1 Marketing.................................................................................. 113<br />

4.9.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 114<br />

4.9.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 114<br />

4.9.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 114<br />

4.9.4 Imagem da empresa............................................................................ 114<br />

4.9.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 114


15<br />

4.9.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 114<br />

4.9.7 Importância da Informação ................................................................ 114<br />

4.9.8 Política de Comunicação.................................................................... 114<br />

4.9.9 Públicos ............................................................................................... 114<br />

4.10 Empresa J ..................................................................................................... 115<br />

4.10.1 Modelo de Gestão ............................................................................. 115<br />

4.10.2 Assessoria de Comunicação ........................................................... 116<br />

4.10.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................. 116<br />

4.10.3.1 Marketing................................................................................ 116<br />

4.10.3.1.1 Assessoria de Imprensa ........................................ 116<br />

4.10.3.1.2 Publicidade e Propaganda .................................... 116<br />

4.10.3.1.3 Relações Públicas.................................................. 116<br />

4.10.4 Imagem da empresa.......................................................................... 116<br />

4.10.5 Planejamento Estratégico ................................................................ 116<br />

4.10.6 Comunicação Empresarial ............................................................... 117<br />

4.10.7 Importância da Informação .............................................................. 117<br />

4.10.8 Política de Comunicação.................................................................. 117<br />

4.10.9 Públicos ............................................................................................. 117<br />

4.11 Empresa L ..................................................................................................... 118<br />

4.11.1 Modelo de Gestão ............................................................................. 118<br />

4.11.2 Assessoria de Comunicação ........................................................... 118<br />

4.11.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................. 118<br />

4.11.3.1 Assessoria de Comunicação ................................................ 118<br />

4.11.3.1.1 Assessoria de Imprensa ........................................ 118<br />

4.11.3.1.2 Publicidade e Propaganda .................................... 118<br />

4.11.3.1.3 Relações Públicas.................................................. 119<br />

4.11.4 Imagem da empresa.......................................................................... 119


16<br />

4.11.5 Planejamento Estratégico ................................................................ 119<br />

4.11.6 Comunicação Empresarial ............................................................... 119<br />

4.11.7 Importância da Informação .............................................................. 119<br />

4.11.8 Política de Comunicação.................................................................. 119<br />

4.11.9 Públicos ............................................................................................. 119<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS ................................................................................... 121<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 126<br />

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS....................................................................... 130<br />

ANEXOS ................................................................................................................ 133


17<br />

INTRODUÇÃO<br />

A comunicação está presente no dia-a-dia do homem, tornandose<br />

uma necessidade ainda mais crescente no mundo corporativo. Percebendo<br />

a importância da informação como recurso estratégico, cada vez mais as<br />

empresas estão buscando trabalhá-la a seu favor.<br />

Para conquistar uma<br />

imagem credível, ancorada no relacionamento eficaz com os mais diversos<br />

públicos, as organizações contam com as Assessorias de Comunicação. Sua<br />

eficácia dependerá do trabalho desempenhado, preferencialmente, por<br />

jornalistas, publicitários e relações públicas.<br />

Esta pesquisa é resultado das reflexões proporcionadas pelo<br />

Curso de Pós-Graduação Latu Sensus em Gestão Estratégica da Comunicação<br />

Empresarial, no Centro Universitário Feevale. Verificando que a área de<br />

comunicação social vem sofrendo constantes transformações, decorrentes da<br />

globalização, observou-se que as Assessorias de Comunicação vem<br />

modificando sua organização à medida que ganham novo posicionamento<br />

empresarial. Sabendo das dificuldades que permeiam esta atividade, buscouse<br />

leituras sobre este espaço profissional que geraram neste pesquisador<br />

interesse pelo tema comunicação empresarial, mas especificamente<br />

Assessoria de Comunicação.


18<br />

O trabalho entitulado “O Perfil dos Assessores de Comunicação<br />

em Canoas” busca estudar o funcionamento das Assessorias de Comunicação,<br />

visualizando como a informação é processada nos setores, departamentos e<br />

serviços terceirizados de comunicação social em onze empresas canoenses. A<br />

presente pesquisa traz como objetivo principal, verificar se a atuação dos<br />

profissionais de comunicação é estratégica nas organizações da cidade.<br />

Tal estudo pretende, ao mesmo tempo, acompanhar o mercado<br />

de comunicação empresarial e suas oportunidades assim como averiguar a<br />

inserção destes profissionais no processo de tomada de decisões<br />

organizacionais. No entrecruzamento da teoria proposta pelos autores, com a<br />

prática descrita pelas empresas deste município gaúcho, pretende-se traçar o<br />

perfil do gestor que atua no assessoramento de comunicação local. Dessa<br />

forma, esta pesquisa quer elucidar a tendência empreendedora que os<br />

profissionais da área de comunicação vêem demonstrando no século XXI.<br />

Num mundo globalizado, a interface constante com as novas<br />

tecnologias torna a comunicação fundamental para qualquer ramo da atividade<br />

humana. Centrado na necessidade empresarial de visibilidade e credibilidade<br />

perante os seus públicos, e no crescimento de uma sociedade mais exigente<br />

com a qualidade e transparência das informações emitidas, este estudo se<br />

torna necessário para melhor conceituar Assessoria de Comunicação, os<br />

assessores de Canoas e suas atribuições. O tema é importante para ampliar os<br />

estudos da área de comunicação empresarial que ainda são insuficientes no<br />

Brasil, servindo de complemento de estudos para estudantes de comunicação<br />

e administração, e demais interessados no assunto. Além disso, destina-se a


19<br />

empresários, funcionários e formadores de opinião gerando reflexão e<br />

questionamento sobre o atual papel das Assessorias de Comunicação.<br />

Para isso, o trabalho está estruturado da seguinte forma: no<br />

primeiro capítulo, apresentamos a Assessoria de Comunicação como<br />

ferramenta mercadológica contextualizando-a historicamente - trazendo<br />

origens, conceitos e peculiaridades das três habilitações da área de<br />

Comunicação Social. Desta forma, é possível situar o leitor sobre o tema<br />

abordado na pesquisa, compreendendo em que condições e circunstâncias<br />

surgiu esta atividade, além de distinguir as tarefas realizadas por jornalistas,<br />

publicitários e relações públicas. Aborda-se também o trabalho das<br />

assessorias, apontando os tipos (setor ou departamento interno de<br />

comunicação social, prestação de serviços terceirizados) e profissionais que<br />

fazem parte dos mesmos, assim, como a idéia de trabalho multidisciplinar e<br />

integrado, envolvendo o planejamento, a produção e execução das ações. A<br />

base dos conceitos e definições está centrada em diversos autores como<br />

Torquato, Chinem e Rego.<br />

O capítulo seguinte decorre sobre a informação como base dos<br />

processos comunicacionais. Para autores como Soares e Choo, constitui a<br />

matéria-prima para a construção do conhecimento e tomada de decisão. Em<br />

função disso, algumas empresas fazem da informação o conteúdo de suas<br />

ações trabalhando a gestão da informação e do conhecimento. Chinem é o<br />

autor-guia na busca de esclarecimentos sobre o papel dos gestores na<br />

estrutura empresarial. Verificando a importância da mídia e a influência que os<br />

meios de comunicação possuem perante a opinião pública, destaca-se a<br />

Assessoria de Imprensa como forma de credibilizar a empresa perante os seus


20<br />

públicos. E, neste contexto, surge a figura do ouvidor e do ombudsman para<br />

estreitar relações entre o cidadão usuário de um serviço e a administração que<br />

o representa.<br />

Na terceira parte do trabalho são apresentadas algumas<br />

características do mercado de Canoas. Esta importante cidade do Rio Grande<br />

do Sul, nos últimos anos, tem conquistado grande crescimento econômico, o<br />

que resulta em ampla concorrência para o setor produtivo local.<br />

Dados<br />

referentes à origem, estrutura e desenvolvimento do município são descritos<br />

com base no levantamento realizado pela Assessoria de Imprensa da<br />

Prefeitura de Canoas. Em seguida, foca-se nas relações comunicacionais das<br />

empresas - tanto nos âmbitos da comunicação formal e informal, como nas<br />

principais mídias da cidade.<br />

Neste capítulo também serão abordadas a pesquisa de campo<br />

realizada com 80 organizações canoenses, provenientes dos maillings<br />

disponibilizados pelo Sindicato das Indústrias Metal Mecânicas de Canoas e<br />

Nova Santa Rita (Simecan) e pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços<br />

(Cics) de Canoas. Das 30 empresas que informaram contar com serviços<br />

próprios ou terceirizados de comunicação, será apresentado o perfil de 11<br />

organizações que aceitaram responder o questionário proposto para este<br />

estudo de caso. Por questão de conveniência entre as partes, o nome das<br />

mesmas será substituído por letras do alfabeto.<br />

O quarto capítulo mostra a compilação dos dados contidos no<br />

questionário “A comunicação aplicada no dia-a-dia das empresas de Canoas”.<br />

Ao final de cada uma delas, são descritas algumas considerações da análise<br />

exploratória que remeterá a idéia de que a Assessoria de Comunicação deve


21<br />

ser integrada, ao menos pelas três habilitações da área de comunicação social.<br />

Esta afirmação é amparada nas idéias de Torquato, Rego e Chinem. A partir<br />

do recorte feito em 11 empresas que atuam no ramo da indústria, comércio e<br />

serviços do município, tomando como base as informações colhidas nas<br />

respostas dos entrevistados, será visualizado o perfil dos Assessores de<br />

Comunicação em atuação em Canoas.


22<br />

METO<strong>DO</strong>LOGIA<br />

Para a realização do presente estudo, utiliza-se como<br />

delineamento a pesquisa bibliográfica, trazendo o embasamento teórico sobre<br />

Assessoria de Comunicação. Da mesma forma, torna-se fundamental saber<br />

onde ela se insere, suas funções e o modo de trabalho, para que se possa<br />

visualizar a utilização da comunicação em caráter estratégico nos níveis<br />

decisórios da empresa. Concomitantemente, temos a informação como<br />

ativador e organizador das relações organizacionais, ao qual se inserem<br />

modelos e diferentes formas de processar a informação nas empresas. Esses<br />

conceitos são descritos nas idéias de Chinem, Torquato, Rego, Choo, Soares,<br />

Beuren, dentre outros.<br />

Dentro das possibilidades de níveis de pesquisa social 1 optou-se<br />

pela exploratória, por “proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de<br />

determinado fato” (GIL, 2002, p.45). A natureza deste tipo de pesquisa,<br />

segundo Gil (2007), tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e<br />

modificar conceitos e idéias, com vistas à formulação de problemas mais<br />

precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Dessa forma, a<br />

1 Entende-se por pesquisa social, “o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a<br />

obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social” (GIL, 2006, p.42).


23<br />

metodologia proposta se adequa ao trabalho por apresentar menor rigidez no<br />

seu planejamento e por conter levantamento bibliográfico.<br />

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de<br />

proporcionar visão geral, do tipo aproximativo, acerca de determinado<br />

fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema<br />

escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular<br />

hipóteses precisas e operacionais (GIL, 2002, p.44).<br />

As formas de coletas de dados adotadas podem ser divididas em<br />

primárias e secundárias. Constituem fontes primárias, as entrevistas feitas com<br />

11 empresas de Canoas, na qual foram aplicados questionários com perguntas<br />

abertas e fechadas. Segundo Marconi & Lakatos (2003), entrevista é um<br />

procedimento utilizado na investigação social para coletar dados, seja para<br />

ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.<br />

Nos meses de fevereiro e março de 2008 foram contatadas por<br />

telefone 80 empresas provenientes dos maillings do Sindicato das Indústrias<br />

Metal Mecânicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan) e da Câmara da<br />

Indústria, Comércio e Serviços (Cics) de Canoas. Destas, 30 afirmaram possuir<br />

ao menos um profissional direcionado para a área de Comunicação e<br />

Marketing. Em seguida, foi encaminhado por e-mail o questionário “A<br />

Comunicação no dia-a-dia das organizações” aos contatos que se dispuseram<br />

a participar do estudo de caso no período de abril a julho de 2008. As<br />

entrevistas correspondentes foram realizadas com base no roteiro que compõe<br />

os anexos.<br />

As fontes secundárias, aqui utilizadas, são compostas de livros,<br />

artigos, periódicos, sites e palestras. Conforme Gil, a pesquisa bibliográfica “é<br />

desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de<br />

livros e artigos científicos” (2006, p.65). Sua principal vantagem, segundo o


24<br />

autor (2002) está no fato de se permitir uma cobertura de fenômenos bem mais<br />

ampla do que se poderia pesquisar diretamente.<br />

Utilizando como metodologia a interpretação e análise do estudo<br />

de caso, busca-se fazer desta pesquisa um diálogo crítico unindo teoria e<br />

realidade, oferecendo ao mesmo tempo ao leitor aprendizagem. Yin indica que<br />

“um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno<br />

contemporâneo dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os<br />

limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos” (2005,<br />

p.32).<br />

Gil completa dizendo que o estudo de caso se caracteriza pelo<br />

“estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a<br />

permitir o seu conhecimento amplo e detalhado” (2006, p.72). Pretende-se,<br />

assim, por meio da identificação e seleção de conteúdo, integração das<br />

informações e síntese das descobertas, não estabelecer conclusões precisas e<br />

definitivas. Entretanto, Gil (2002), ressalta que num estudo de caso a análise<br />

dos dados coletados possui natureza predominante qualitativa.<br />

Seguindo esses preceitos, considero que será possível verificar<br />

quais as atividades exercidas pelas Assessorias de Comunicação de Canoas,<br />

observando de forma prática qual a organização e o posicionamento que os<br />

setores, departamentos ou serviços terceirizados atingem nas organizações<br />

locais.


25<br />

1 <strong>ASSESSOR</strong>IA <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong><br />

O homem é um ser social, o que pressupõe que ele precisa estar<br />

numa “freqüência habitual de pessoas 2 ”. Ao estabelecer vínculos,<br />

relacionando-se com o outro, o indivíduo deverá comunicar-se. Essa relação de<br />

trocas pode ser observada, inclusive na origem do termo comunicação 3 , que<br />

significa “pôr em comum”. Ao utilizar-se deste meio para expressar idéias e<br />

experiências, o homem busca atingir um objetivo definido. Faria & Suassuna<br />

mostram que a comunicação está presente em todas as coisas, tornado-se<br />

imprescindível para a existência humana.<br />

A vida como processo é uma seqüência de comunicações. O que<br />

sabemos foi-nos comunicado pela Natureza, pela experiência<br />

capitalizada de nossos antepassados sob a forma de livros, teses,<br />

idéias e tradições que polarizam as experiências humanas bem<br />

sucedidas; aquilo que criamos através de nossa inteligência e<br />

raciocínio lógico precisa ser comunicado, para ter valor e produzir<br />

efeitos positivos (1982, p. 02).<br />

2 O termo social relaciona-se à sociedade. Nas definições apresentadas para o verbete,<br />

sociedade refere-se a relações ou freqüência habitual de pessoas (BUENO, 2001, p. 722).<br />

3 A palavra comunicação “deriva do latim communicare, cujo significado seria ‘tornar comum’,<br />

‘partilhar’, ‘repartir’, ‘associar’, ‘trocar opiniões’, ‘conferenciar’. Implica participação, interação,<br />

troca de mensagens, emissão ou recebimento de informações novas” (RABAÇA & BARBOSA,<br />

2002, p. 155).


26<br />

Um ser social dependerá da comunicação para manter-se inserido<br />

nos grupos onde vive. Conseqüentemente, a sua permanência ou sucesso<br />

nestes ambientes estão relacionados à forma e àquilo que ele conseguir<br />

comunicar ao seu semelhante. “O que pensamos de ‘fulano’, depende do que<br />

ele conseguiu comunicar a nós sobre si mesmo” (FARIA & SUASSUNA, 1982,<br />

p.9).<br />

Sua capacidade de interação, amparada em códigos diversos,<br />

imprime ao homem uma forma própria de comunicação que o difere dos<br />

demais seres. Pinto descreve o homem como sendo o único animal capaz de<br />

elaborar um sistema de transmissão de informações articuladas e complexas.<br />

“(...) a civilização é produto da comunicação: antes das pedras, as pirâmides<br />

foram feitas de linguagem” (1994, p.13). Faria & Suassuna mostram que o<br />

processo de comunicação ultrapassa os sentidos do som e da imagem.<br />

Comunicamos muito mais que supomos, pois, além da escrita e da<br />

palavra, existem as figuras ou imagens que sugerem pensamentos;<br />

os gestos que transmitem atitudes, ação que transmite<br />

procedimentos; odores que marcam afinidades; sons que estimulam<br />

as emoções, e o tato que delimita a ação pessoal (1982, p. 2).<br />

No modelo clássico de comunicação existem seis elementos<br />

básicos de comunicação: fonte, codificador, mensagem, canal, decodificador e<br />

receptor. Na comunicação de pessoa para pessoa, Berlo (1999) coloca que o<br />

processo pode ser simplificado agrupando-se fonte e codificador bem como<br />

receptor e decodificador. Assim, temos F+(M+C)+R onde (F)ontes transmitem<br />

(M)ensagens, por meio de (C)anais, para (R)eceptores.<br />

A eficácia do processo de comunicação dependerá dos meios<br />

(canais) e de quem o executa. Faria & Suassuna conceituam comunicação<br />

como “a técnica de transmitir uma mensagem a um público ou pessoa, fazendo


27<br />

com que um pensamento definido e codificado possa alcançar o objetivo por<br />

meio de estímulo capaz de produzir a ação desejada” (1982, p.1).<br />

Berlo diz que, havendo um objetivo a comunicar e uma resposta a<br />

obter, o comunicador espera que a sua comunicação seja a mais fiel possível.<br />

Porém, segundo o autor, nenhuma fonte comunica como livre agente, sem ser<br />

influenciada por sua posição no sistema sociocultural.<br />

Condição necessária à comunicação humana é uma relação de<br />

interdependência entre a fonte e o receptor. Cada um influencia o<br />

outro. [...] Num segundo nível [...] a mensagem inicial influencia a<br />

resposta que lhe é dada, a resposta dada influencia a resposta<br />

subseqüente, etc. As respostas influenciam as respostas<br />

subseqüentes porque são utilizadas pelos comunicadores como<br />

feedback – como informação que ajuda a determinar se estão<br />

obtendo o efeito desejado (BERLO, 1999, p.134).<br />

Autores como Martins e Torquato compreendem a comunicação<br />

como “todo sinal, signo ou símbolo que pode ser empregado por uma ou várias<br />

pessoas para modificar o comportamento de uma ou mais pessoas”<br />

(MARTINS, 2005, p.27). Baseado neste pensamento, Torquato amplia o<br />

conceito de comunicação levando-o para o âmbito empresarial: “(...) a<br />

informação empresarial constitui uma atividade reguladora, compreendendo<br />

tudo aquilo que a empresa recebe ou emite com o objetivo de padronizar<br />

comportamentos: regulamentos, normas, portarias, avisos etc” (1986, p.59).<br />

Westphalen completa o conceito de comunicação, mostrando a<br />

importância deste processo às empresas. “Se comunicar serve para construir a<br />

sua imagem de empresa, comunicar bem visa à obtenção de uma imagem<br />

positiva, simultaneamente rica e coerente” (s.d., p.5).<br />

Em tempos de globalização, a informação está em todo o lugar<br />

circulando de forma rápida e simultânea em diferentes meios. Isso torna o


28<br />

mercado cada vez mais competitivo, onde as empresas necessitam deter o<br />

conhecimento sobre determinado produto, público-alvo e sua concorrência.<br />

Rego cita a comunicação como um aspecto universal da atividade da empresa.<br />

“(...) tudo que ela produz para o meio interno ou externo ao grupo fechado que<br />

ela constitui, está relacionado a um ato comunicativo, a uma troca de sinais de<br />

um lugar para outro” (1986, p. 58).<br />

Embora a comunicação pareça estar intrinsecamente ligada ao<br />

homem, esta ciência - considerada por muitos autores ainda recente – pode<br />

significar problema às empresas que não vislumbraram a sua importância.<br />

Rego relaciona a qualidade comunicacional à obtenção do sucesso ou fracasso<br />

empresarial. “(...) o volume da comunicação, o tipo de comunicação e a direção<br />

da comunicação constituem o centro de processamento da eficiência<br />

organizacional” (1986, p. 32).<br />

organizações:<br />

Torquato mostra a importância deste processo para as<br />

Quando uma empresa é formada, precisa dizer a que veio. A<br />

empresa é uma integração de fatores: capital, trabalho, fator<br />

tecnológico e pessoas. Eles se justam para gerar um produto, que<br />

pode ser um bem de consumo de massa, como um sorvete, ou um<br />

bem durável, como um automóvel. Tais produtos devem chegar ao<br />

consumidor. Quem os fará chegar ao consumidor? O sistema de<br />

comunicação, cuja finalidade é mostrar que o produto existe e pode<br />

ser adquirido nas lojas. Seja um sistema de comunicação simples, em<br />

que o produto é vendido de porta em porta, seja um sistema de<br />

comunicação complexo, no qual é colocado nas gôndolas do<br />

supermercado (2002, p.83).


29<br />

1.1 Empresa, comunicação e sistema<br />

Como unidade sócio-econômica, a empresa é um sistema que<br />

reúne capital, trabalho, normas, políticas e natureza técnica. Sua atuação está<br />

voltada para a produção de um bem de consumo ou serviço. No dia-a-dia, as<br />

organizações coordenam recursos humanos para atingir objetivos específicos.<br />

Essa dinâmica é processada pela interligação de funcionários nos<br />

departamentos, setores ou áreas de conhecimento que comunicam ou são<br />

informados sobre o andamento das atividades.<br />

Rego utiliza a idéia de unidade, presente na teoria dos sistemas 4 ,<br />

para afirmar que a comunicação é um sistema aberto semelhante às empresas.<br />

“Como sistema, a comunicação é organizada pelos elementos – fonte,<br />

codificador, canal, mensagem, decodificador, receptor, ingredientes que<br />

vitalizam o processo” (1986, p.16). Assim como uma empresa, a comunicação<br />

não apenas objetiva gerar bens econômicos, mas procura desempenhar papel<br />

significativo no tecido social - trabalhando conceitos como imagem,<br />

credibilidade e formação de opinião.<br />

As formas de comunicação utilizadas pela empresa para<br />

relacionar-se e interagir com os seus públicos são denominadas Comunicação<br />

Organizacional. Seu objetivo é “assegurar fluxos regulares de informação entre<br />

a organização e seus públicos, de forma a manter o equilíbrio do sistema<br />

empresa” (REGO, 1986, p.67). Na visão de Riel (1995) comunicação<br />

organizacional engloba relações públicas, estratégias organizacionais,<br />

4 A Teoria de Sistemas impregna-se do conceito de organização na medida em que um sistema<br />

“é todo organizado, constituindo-se na possibilidade técnica e operacional de integração de<br />

partes intercambiadas e interdependentes” (REGO, 1986, p.13).


30<br />

marketing corporativo, propaganda corporativa, comunicação interna e externa<br />

dentre um grupo heterogêneo de atividades de comunicação.<br />

À medida que a comunicação contribui para a construção da<br />

imagem e credibilidade organizacional, torna-se um processo estratégico<br />

fundamental para a tomada de decisões na empresa. “A comunicação então<br />

pode ser entendida como um composto que dá forma à organização, que a<br />

informa fazendo-a ser o que é” (SCROFERNEKER, 2000, p. 3).<br />

Independente do porte, ramo de atividades ou nível de inserção<br />

no mercado toda organização deve gerenciar a comunicação com os seus<br />

públicos. Para Rego, a principal determinante para o crescimento empresarial é<br />

a comunicação.<br />

Toda organização depende, para seu crescimento e prosperidade, da<br />

manutenção da confiança na sua integridade e no bom senso de sua<br />

política e atuação. Seja no que diz respeito aos clientes, fornecedores<br />

e acionistas. E isto só se consegue com um programa de<br />

comunicação (1986, p.57).<br />

Historicamente, o universo corporativo vem sofrendo profundas<br />

transformações. Novos conceitos, formas de gestão e tecnologias impõem<br />

novas configurações às empresas que buscam acompanhar a movimentação<br />

do mercado. O surgimento da comunicação empresarial no Brasil pode ser<br />

associado à industrialização, ocorrida no final da década de 1960, quando as<br />

organizações se preocupavam em dizer aos empregados o quanto deveriam se<br />

orgulhar do seu trabalho. Torquato afirma que “a comunicação aparecia como<br />

eixo da estratégia de arregimentação dos trabalhadores em torno da meta de<br />

dar o melhor de si à organização” (2002, p.4).


31<br />

Modificações nos processos produtivos da comunicação de<br />

massa começaram a ocorrer a partir de 1970, culminando no surgimento das<br />

assessorias de comunicação privadas e públicas. As empresas, em plena<br />

ditadura militar, passaram a copiar o sistema de Relações Públicas dos<br />

governos militares utilizando-se de linguagem formal e ufanista.<br />

Na década de 1980, as organizações passaram a adotar o<br />

conceito estratégico com mais força trabalhando o conceito de<br />

posicionamento 5 . Torquato cita o surgimento das grandes corporações, com<br />

“modelos desenhados visando à centralização das chamadas funções-meio<br />

(planejamento, recursos humanos, comunicação) e as descentralizações das<br />

chamadas funções-fim (fabricação, vendas e distribuição)” (2002, p.5).<br />

O posicionamento mais elevado 6 do profissional caracterizou toda<br />

a década de 1990. Profissionalizando-se, Torquato (2002) diz que o<br />

comunicador se torna um intérprete eficaz dos efeitos da globalização,<br />

principalmente no que se refere ao foco do discurso e à nitidez da identidade e<br />

imagem organizacionais. A crise financeira das empresas jornalísticas causa o<br />

encolhimento das redações. Com isso, os jornalistas dos grandes jornais e<br />

revistas acabam assumindo funções importantes nas corporações, acirrando a<br />

disputa com os profissionais de relações públicas pelo comando das<br />

assessorias de comunicação.<br />

5 No marketing posicionamento refere-se a “situação de determinada marca, produto ou serviço no<br />

mercado, em função da concorrência e de atributos como qualidade, preço, etc” (RABAÇA &<br />

BARBOSA, 2002, p.582).<br />

6 Amplia-se o conceito de posicionamento, onde o profissional passa “a ser um leitor mais<br />

agudo da necessidade de a empresa interagir estrategicamente com o meio ambiente e a<br />

competir em um mercado aberto a novos conceitos e demandas” (TORQUATO, 2002, p.7).


32<br />

A partir do ano 2000, o meio corporativo também se modifica.<br />

Influenciados por fenômenos como a globalização e a internacionalização dos<br />

mercados, os empresários se obrigam a investir em networking 7 - abrindo mais<br />

o relacionamento com funcionários e clientes. Em função disso, passa-se a<br />

trabalhar a comunicação mercadológica, com ênfase na publicidade - para<br />

vencer a concorrência - dentro dos conceitos de transparência e visibilidade.<br />

1.2 O trabalho das assessorias<br />

Ao longo do tempo, o papel do comunicador redefine-se.<br />

Enquanto na década de 1960 o profissional era considerado o produtor de<br />

mídias – responsável exclusivamente por publicações, eventos e contatos com<br />

a imprensa – atualmente sua atuação passa a ser de gestão empresarial,<br />

agindo nos processos de mudanças e na busca de melhores resultados para o<br />

negócio.<br />

No ambiente complexo das organizações, Carneiro considera que<br />

o grande desafio dos comunicólogos está no alinhamento do discurso<br />

corporativo único.<br />

7 Conforme Rabaça & Barbosa networking relaciona-se a rede. “Determinado número de linhas<br />

de comunicação que ligam o computador a terminais remoto” (2002, p. 627). No caso do<br />

estudo, o termo associa-se a diferentes formas de comunicação interligadas por uma rede de<br />

relacionamento.


33<br />

Nos últimos anos, a Comunicação eminentemente midiática vem<br />

dando lugar ao relacionamento direto, e a atitude tem gerado maior<br />

valor à imagem que a retórica corporativa. No mundo empresarial de<br />

hoje, carente de ética e de credibilidade, a atitude vale mais do que<br />

um milhão de palavras. E, sem dúvida, tem grande potencial de<br />

comunicar a real identidade empresarial. Daí a necessidade de<br />

alinhar não só conceitos de comunicação, mas, sobretudo, atitudes e<br />

comportamentos que denotem os valores e princípios corporativos.<br />

Se, por exemplo, a responsabilidade social compõe o núcleo de<br />

identidade de uma companhia, tal atitude deve ser incorporada às<br />

suas diversas operações e internalizadas por seus colaboradores. A<br />

comunicação pode, neste caso, não só difundir, mas, sobretudo,<br />

envolver e comprometer toda a organização com seus valores<br />

estratégicos (2006, org Corrêa, p. 54).<br />

O instrumento que integra a comunicação nas empresas é a<br />

assessoria de comunicação. Para Chinem, a assessoria ou agência de<br />

comunicação é a empresa encarregada de divulgar a corporação para a mídia.<br />

Cabe a ela “(...) trabalhar a notícia que vem das empresas. E a notícia que vem<br />

das empresas é a comunicação empresarial” (2006, p.11).<br />

Possuidora de uma natureza dinâmica e versátil – já que os fatos<br />

mudam a todo o momento – a Assessoria de Comunicação é responsável por<br />

múltiplas atividades e desempenha papel estratégico na política de<br />

comunicação das empresas. Sob sua responsabilidade estão trabalhos<br />

convencionais da organização, além de demandas específicas da área de<br />

comunicação social. Chinem descreve algumas dessas atividades:<br />

[...] edição de jornais, revistas, noticiários, materiais jornalísticos para<br />

vídeos e novas mídias [...] ela facilita os contatos com as informações<br />

obtidas (quer via noticiário, quer por meio de contato direto com<br />

jornalistas e demais fontes), prepara textos de apoio, sinopses e<br />

súmulas, administra as listagens referentes aos veículos que estão no<br />

mercado e cuida para que as peculiaridades de cada um deles sejam<br />

respeitadas (2006, p.11).<br />

O funcionamento das assessorias de comunicação varia conforme<br />

o porte e o ramo de atividades da empresa, assim como sua política perante os


34<br />

stakeholders 8<br />

(públicos de interesse). As demandas são geradas pelos<br />

departamentos e, ou setores específicos da organização e não se restringem à<br />

divulgação e contatos com a imprensa. Somam-se às atividades ações de<br />

comunicação integrada com os clientes e a opinião pública. Chinem descreve<br />

como os serviços de assessoria de comunicação podem ser prestados.<br />

Em uma grande empresa prestadora de serviços básicos à<br />

população, os serviços de assessoria de comunicação podem ser<br />

prestados através das seguintes alternativas: uma estrutura interna<br />

própria, que garanta o mínimo de condições de trabalho aos seus<br />

profissionais; contratação de serviços de terceiros (assessorias<br />

externas); uma estrutura mista, que mantenha uma assessoria interna<br />

para os trabalhos rotineiros e uma empresa sob contrato para<br />

eventos e determinados serviços especiais. E nesse caso, os<br />

trabalhos executados pela assessoria de comunicação para que haja<br />

uma uniformidade de trabalho (2006, p. 34).<br />

Tradicionalmente, este trabalho é desempenhado por<br />

profissionais designados pela direção – dentro ou fora da instituição – e que<br />

executam tarefas próprias nas instituições. Tanto no Brasil como nos Estados<br />

Unidos e Europa, as assessorias são compostas por diferentes profissionais<br />

“independentes de serem jornalistas, relações públicas, publicitário,<br />

administrador de empresa, engenheiro, especialista com pós-graduação em<br />

marketing ou qualquer outra profissão” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p. 12).<br />

8 A área de Relações Públicas define stakeholder como “qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos<br />

que pode afetar a realização dos objetivos de uma organização, ou ser afetado por ela. Este<br />

conceito inclui pessoas, grupos e instituições em geral, que afetam e/ou são afetados pela<br />

companhia” (RABAÇA & BARBOSA, 2002, p.693).


35<br />

Depto<br />

Pessoal<br />

Produção<br />

Tecnologia<br />

Comercial<br />

Admininistração<br />

Figura 1 – Organograma Funcional Burocrático da Empresa 9<br />

Conforme o autor, a figura do assessor ou consultor de<br />

comunicação institucional se projeta num cenário de crescimento, devendo<br />

ganhar maior espaço no território das entidades intermediárias da sociedade.<br />

Neste contexto, sua função é estratégica:<br />

sua missão será sempre a de planejar e operar estratégias, posições<br />

bem mais consistentes que o simples estreitamento de relações com<br />

a imprensa. Trata-se de uma posição que propiciará ascender ao<br />

patamar de estrategista e, assim, exercer funções mais elevadas,<br />

extrapolando sua interferência no ambiente da organização e<br />

tornando-o um agente político na construção de uma sociedade mais<br />

consciente de direitos e deveres (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.17).<br />

Para Ziegler, o perfil profissional desejável para as empresas é<br />

composto pelo somatório de múltiplos conhecimentos e habilidades. Esta<br />

atitude gerencial colabora para a generalização das atividades de<br />

comunicação, ampliando a abrangência de atuação na área. Segundo o autor,<br />

o bom comunicador deve ter:<br />

9 CURVELLO org DUARTE in Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia:<br />

teoria e técnica, 2003, p.133.


36<br />

capacidade de relacionamento no mercado, saber ‘vender seu<br />

trabalho’; estabelecer uma rede de contatos a mais vasta possível,<br />

ser versátil: entender um pouco de administração, de fotografia,<br />

diagramação, recursos humanos; ter desembaraço na hora de<br />

negociar, evidenciar segurança; dissociar-se da imagem de<br />

profissionais auto-suficientes, pois esse perfil inibe o contato com os<br />

clientes (ZIEGLER, 2006, p.1).<br />

O perfil da equipe e, ou profissional de comunicação dependerá<br />

da cultura da empresa. Uma assessoria poderá ter uma única pessoa – o<br />

próprio assessor -, ou vários profissionais organizados - como uma típica<br />

redação de jornal, focada em demandas específicas. Para Koplin e Ferraretto<br />

(2001) uma assessoria de comunicação social deverá abranger três áreas<br />

específicas: Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo.<br />

Figura 2 - Assessoria de Comunicação no organograma<br />

empresarial 10 Apesar das três áreas terem responsabilidades e tarefas distintas,<br />

Koplin & Ferraretto (2001) consideram a possibilidade dos serviços de cada<br />

uma das habilitações isoladamente. No entanto, os autores completam que<br />

somente com sua aplicação conjunta – onde a ação de cada habilitação<br />

10 CURVELLO org DUARTE in Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia:<br />

teoria e técnica, 2003, p.133.


37<br />

completa a outra - a organização poderá atingir os resultados de forma<br />

completa. Chinem defende a comunicação trabalhada de forma integrada,<br />

resultando numa multiplicidade de talentos.<br />

A comunicação torna-se o somatório de uma série de ações. Sua<br />

atuação de forma multidisciplinar, baseada em técnicas de jornalismo,<br />

relações publicas, publicidade, propaganda, promoções, recursos<br />

humanos, pesquisa e marketing. Nesse novo cenário é que entram os<br />

profissionais em condições de gerir a comunicação de forma<br />

estratégica (2006, p.32).<br />

1.3 Assessoria Jornalística<br />

Um dos segmentos mais antigos que convencionamos chamar de<br />

comunicação empresarial é o Jornalismo.<br />

Historicamente, Rego comprova<br />

esta afirmação indicando que as atividades do jornalismo empresarial<br />

precederam o desenvolvimento do campo das Relações Públicas - situação<br />

facilmente explicável pela anterioridade da imprensa 11 .<br />

De uma forma ou de outra, foi a partir do aparecimento desta<br />

[jornalismo empresarial] que as publicações jornalísticas, a serviço<br />

das organizações, iniciaram um trajeto que teve sua primeira<br />

escalada sistemática na Revolução Industrial e o seu<br />

desenvolvimento mais seguro a partir dos primeiros anos deste<br />

século (1984, p.11).<br />

Torquato define jornalismo empresarial como “(...) o conjunto de<br />

formas jornalísticas” - jornais, revistas e boletins, rádio e TV. (2002, p. 70).<br />

11 Para Rabaça & Barbosa, imprensa é o “conjunto de processos de impressão; máquina de<br />

imprimir – prensa, prelo. Conjunto dos jornais e revistas de um lugar, ou de determinada<br />

categoria, gênero ou assunto (...). O mesmo que jornalimso; conjunto dos jornalistas. O<br />

conjunto dos processos de difusão de informações jornalística por veículos impressos (jornais e<br />

revistas – imprensa crítica) ou eletrônicos (rádio e televisão – imprensa falada e televisiva) etc”<br />

(2002, p.328). O termo deriva da prensa móvel, processo gráfico criado por Johannes<br />

Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então<br />

os únicos veículos jornalísticos existentes.


38<br />

Rego amplia o conceito, indicando que jornalismo praticado nas empresas é<br />

uma atividade de comunicação de massa por possuir uma audiência<br />

heterogênea.<br />

Comunicação, como se sabe, é o processo de transmissão de idéias<br />

e informações entre indivíduos. [...] O jornalismo é uma atividade de<br />

comunicação de massa que tem todas essas características:<br />

audiência ampla, heterogênea e anônima; produto público, rápido e<br />

efêmero; atividade exercida por uma instituição (1984, p.35).<br />

Ao lado das Relações Públicas e da Propaganda, o Jornalismo<br />

Empresarial forma o tripé clássico dos fluxos irradiadores de informação para a<br />

formação de opinião nas organizações. Seu aparecimento está associado à<br />

criação das publicações jornalísticas, a serviço das organizações.<br />

Analisando o progresso do jornalismo empresarial no país, Rego<br />

mostra que seu trajeto teve a primeira escalada sistemática na Revolução<br />

Industrial alcançando desenvolvimento mais seguro nos primeiros anos deste<br />

século:<br />

[...] pode-se notar que ele [o jornalismo] acompanha o da<br />

industrialização: primórdios na década de 40, expansão na década de<br />

50 e estabelecimento definitivo nos anos 60. Também se pode<br />

associar o crescimento do jornalismo empresarial ao das Relações<br />

Públicas. Foi apenas em 1951 que apareceu o primeiro departamento<br />

de Relações Públicas de âmbito nacional no país (1984, p.26).<br />

Segundo Puhl, cabe ao jornalista a função social de registrar<br />

apenas aquilo que indica uma quebra de rotina. “Os responsáveis em escrever<br />

as notícias 12 , a fim de que as mesmas estejam prontas para serem veiculadas<br />

são os jornalistas” (2006, p.11).<br />

12 Para Puhl notícia é um “acontecimento, fato de interesse de um grupo ou da sociedade como<br />

um todo; é um relato de um fato recentemente ocorrido que interessa ao público em geral; é<br />

tudo que a opinião pública quer conhecer sobre o fato; qualquer coisa que muitas pessoas<br />

queiram ler é notícia, sempre que ela seja apresentada dentro dos limites do bom gosto e das<br />

leis de imprensa” (2006, p.10).


39<br />

Rego diz que a área do jornalismo empresarial atinge as<br />

seguintes atividades, tarefas e produtos jornalísticos:<br />

Produção periódica de press-releases e disseminação de<br />

informações para os meios de comunicação coletiva, particularmente<br />

imprensa especializada; coordenação de entrevistas para os quadros<br />

jornalísticos com o corpo executivo e diretivo da organização;<br />

coordenação e preparação de projetos jornalísticos especiais, do tipo<br />

carta econômica, revista empresarial, jornal de empresa; preparação<br />

de papers especializados para o top executivo; preparação de textos<br />

para os relatórios anuais da organização, destinados aos acionistas,<br />

entidades governamentais, empresariais e financeiros; preparação de<br />

textos para peças promocionais internas e externas;<br />

acompanhamento das entrevistas do corpo executivo com os meios<br />

de comunicação (1986, p.90).<br />

Dos veículos utilizados pela empresa para a sua comunicação, os<br />

pertencentes à área gráfica constituem a base de sustentação do jornalismo<br />

empresarial. Nesta área, Rego estabelece dois grupos que reúnem as<br />

principais publicações: “o primeiro compreende os jornais, revistas e boletins; o<br />

segundo engloba os relatórios, folhetos, folders, cartas pessoais, comunicados,<br />

instruções, manuais de acolhimento, circulares, apostilas, etc” (1986, p.42).<br />

Uma das áreas de atuação do jornalismo empresarial, que está<br />

em ampla expansão nas organizações, é a assessoria de imprensa. Martins<br />

conceitua o ofício como “a administração dos contatos e as informações<br />

relevantes que devem ser passadas aos jornalistas, nas redações, fazendo a<br />

interlocução entre assessorado – mídia, e assim, subseqüentemente,<br />

assessorado - público externo” (2005, p.28).<br />

Torquato associa o crescimento do setor a uma maior<br />

conscientização dos empresários sobre a importância da comunicação para o<br />

equilíbrio da imagem organizacional. “A assessoria de imprensa é a área nobre<br />

do sistema de comunicação externa das organizações. Está consolidada como<br />

conceito, como atividade e como suporte estratégico” (2002, p.81).


40<br />

Com a abertura dos meios de comunicação no Brasil, as<br />

empresas passam a mudar sua postura perante o mercado. Chinem associa<br />

essa transformação a mudanças nas relações internacionais que tornam o<br />

planeta uma grande aldeia global 13 . “É possível saber rapidamente o que<br />

acontece em qualquer lugar a qualquer hora. Surge a todo o momento novas<br />

idéias, novas tecnologias que exigem a tomada de novos rumos” (2006, p.13).<br />

Este processo resulta numa mudança de comportamento<br />

empresarial, onde as posturas low profile 14<br />

cedem lugar às posturas high<br />

profile 15 . Segundo Torquato, a internet ampliou o processo tornado-o mais<br />

democrático.<br />

Antes, na vida corporativa, todas as decisões e discussões e o fluxo<br />

das informações partiam de cima para baixo, seguindo uma<br />

hierarquia rígida, departamentalizada e balizada pela estrutura de<br />

poder; criaram-se feudos e imperava a centralização dentro das<br />

organizações. Era muito mais fácil controlar as informações. Hoje, ao<br />

contrário, elas estão sendo compartilhadas e as discussões tornamse<br />

cada vez mais coletivas, influenciando mesmo as decisões mais<br />

estratégicas. Com a Internet, o processo amplia-se ainda mais. A<br />

gestão do conhecimento e da informação tornou-se a pedra de toque<br />

da gestão do negócio (2002, p.xxi).<br />

Chinem considera que o terceiro setor é o próprio fenômeno da<br />

globalização. “Cada vez mais as empresas e os negócios tornaram-se<br />

transnacionais. Os países não têm mais fronteiras do ponto de vista político e<br />

econômico e esse fato determina a necessidade de se comunicar” (2006, p.15).<br />

13 Conforme Muller, a globalização é “um processo de internacionalização, tendo como uma das suas<br />

características a perda de poder por parte dos Estados-Nações sobre o seu território para<br />

mecanismos e empresas transnacionais” (s.d., p.1).<br />

14 Termo estrangeiro que significa baixo perfil. Torquato explica que nesta postura “todas as decisões<br />

e discussões e o fluxo das informações partiam de cima para baixo, seguindo uma hierarquia rígida,<br />

departamentalizada e balizada pela estrutura do poder” (2002, p.21).<br />

15 Refere-se a alto perfil. Comportamento contrário a low profile (baixo perfil). De acordo com<br />

Torquato (2002), nesta postura as informações são compartilhadas e as discussões tornam-se<br />

mais coletivas.


41<br />

A concorrência aumentou e o mercado de assessorias se<br />

profissionalizou recebendo muitos jornalistas egressos dos meios de<br />

comunicação tradicionais – jornais, rádios, revistas e televisões. Muller<br />

completa dizendo que “a globalização intensifica as relações sociais, passando<br />

a formar uma rede comunicacional” (s.d., p.1). Em conseqüência disso, o<br />

mercado passou a conviver com a figura do consultor de comunicação. De<br />

acordo com Torquato, esse profissional representa o grau mais elevado da<br />

área. Segundo o autor, sua figura vai muito além do que ser operador de<br />

assessoria de imprensa:<br />

tornou-se um conselheiro, um estrategista, um profissional capaz de<br />

efetuar leituras corretas sobre o meio ambiente e tirar conclusões<br />

sobre a maneira como o empresário deve comportar-se diante de<br />

fatos políticos, sociais e econômicos. O consultor de comunicação é o<br />

perfil mais elevado da área e esse profissional, geralmente com vasta<br />

experiência, passa a acompanhar as cúpulas dirigentes em missões<br />

mais elevadas, de contatos com autoridades públicas, de<br />

reivindicação de soluções para os problemas dos setores produtivos,<br />

de gestão junto ao universo de entidades para efeitos de trabalhos<br />

em parceria (2002, p.82).<br />

Com a criação do decreto-lei nº. 972 16 , de outubro de 1969,<br />

direcionou-se a responsabilidade do jornalismo empresarial interno para<br />

especialistas da área jornalística. Rego (1984) diz que, a regulamentação da<br />

profissão de jornalista cria um consenso, até entre autores de Relações<br />

Públicas, de que a execução das publicações empresariais fique a cargo de um<br />

jornalista. No entanto, a prática de atividades como assessoria de imprensa e<br />

programas específicos de comunicação permanecem sendo questionados<br />

pelos Relações Públicas que lutam para manter o comando dessas atividades<br />

nas organizações.<br />

16 O artigo 2º do decreto diz que a profissão de jornalista compreende privativamente o exercício<br />

habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades: a) redação, condensação ou<br />

coordenação da matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário (...) e) planejamento,<br />

organização e administração técnica dos serviços.


42<br />

1.4 Assessoria de Relações Públicas<br />

Diversos autores conceituam Relações Públicas como a<br />

responsável por estabelecer relacionamento mútuo entre organizações<br />

públicas e privadas. Rego associa esta filosofia a uma função administrativa,<br />

considerando também Relações Públicas como “uma técnica de comunicação<br />

por meio da qual o público toma conhecimento dos propósitos e realizações de<br />

organização” (1984, p.91).<br />

Para Freitas, Relações Públicas é o que define no plano<br />

estratégico das organizações a política de negócios. “Prevê, coordena e dirige<br />

toda a ação da comunicação empresarial. É a gestão da comunicação da<br />

empresa” (1984, org CORRÊA, p.67). Ferreira aposta na visão sistêmica<br />

desempenhada pelo profissional de relações públicas:<br />

Relações Públicas são os procedimentos da administração,<br />

sistematicamente estruturados, que se destinam a manter, promover,<br />

orientar e estimular a formação de ‘públicos’, por meio da<br />

comunicação dirigida, a fim de tornar possível a coexistência dos<br />

interesses visados (1984, org CORRÊA, p.75).<br />

Definindo Relações Públicas, Rego atribui ao campo:<br />

[...] o conjunto de meios utilizados pelas empresas para criar um<br />

clima de confiança entre o seu pessoal, entre os grupos com os quais<br />

estão em contato direta ou indiretamente e, geralmente, entre o<br />

público, a fim de manter a sua atividade e favorecer o seu<br />

desenvolvimento [...]. No conjunto desses instrumentos incluem-se as<br />

publicações empresariais, dirigindo-se para o ambiente interno<br />

(organizacional) e para o ambiente externo (sistema competitivo e<br />

opinião pública) (1984 p.31).<br />

À atividade de Relações Públicas - cujo nascimento ocorreu nos<br />

primeiros anos do século – atribui-se complexos sistemas que criam sólidos<br />

vínculos entre a organização e seus públicos. Sua prática contribui para a


43<br />

manutenção de climas de favorecimento em torno das atividades empresariais.<br />

Data de 1951 o aparecimento do primeiro departamento de Relações Públicas<br />

de âmbito nacional no país. Mas foi somente na década de 1970 que o sistema<br />

de Relações Públicas dos governos militares – bem equipado pólo emissor de<br />

um modelo de comunicação ufanista - ganhou o respeito dos meios de<br />

comunicação, ainda atingidos pela censura prévia.<br />

Públicas realizam:<br />

Cahen descreve algumas tarefas que as Assessorias de Relações<br />

[...] criar desde o “ponto zero” um PICE [Plano Integrado de<br />

Comunicação Empresarial] completo, ajudar a empresa a implantá-lo<br />

e permanentemente assessorá-la a mantê-lo e ir reformulando-o;<br />

auditoria de opinião pública; assessoria de imprensa; jornalismo<br />

empresarial – desde a criação de conceitos básicos para uma house<br />

organ até sua impressão, passando pelo layout, redação das<br />

matérias, coordenação geral, inclusive de fotos e produção da artefinal;<br />

relações com diversos segmentos de públicos prioritários,<br />

inclusive governo; projetos especiais em geral; peças impressas em<br />

geral, como folhetos institucionais, relatórios de diretoria e outras;<br />

produção de audiovisuais – planejamento, coordenação, contratação<br />

de firma especializada etc; serviços de apoio institucional a diretorias;<br />

assessoria em crises – trouble-shooting, dentre outras (1990, p.27).<br />

Cabe ao profissional responsável pela comunicação cuidar da<br />

imagem organizacional. Ela é construída através de ações voltadas para os<br />

públicos, que devem ser administradas, avaliadas e preservadas pelo setor de<br />

comunicação. Rego observa que o Relações Públicas deve promover os<br />

interesses da organização.<br />

[...] As Relações Públicas defendem as necessidades de as<br />

empresas se tornarem conhecidas e desfrutarem de uma boa<br />

imagem perante todos os públicos dos quais elas dependam direta ou<br />

indiretamente (o que inclui, é claro, o público interno). E as<br />

publicações empresariais servem como instrumentos dos mais viáveis<br />

e eficazes dentro do esquema de promoção da imagem das<br />

empresas junto a seus públicos (1984, p.20).


44<br />

As Relações Públicas devem administrar a comunicação eficaz na<br />

empresa com todos os seguimentos de público. São funções básicas de<br />

Relações Públicas a assessoria, pesquisa, planejamento, comunicação e<br />

avaliação. Rego completa esta definição dizendo que o profissional desta<br />

habilitação “trabalha com valores, conceitos e princípios voltados para a<br />

construção da identidade e da imagem organizacional” (1984, p.73).<br />

Uma das principais ferramentas utilizadas pelo profissional de<br />

relações públicas é a pesquisa de mercado. Através dela, efetua-se o<br />

mapeamento do perfil dos públicos. Rego observa que, a partir da pesquisa<br />

são definidas as estratégias e as ações básicas de comunicação.<br />

[...] Suas políticas estão voltadas para a formulação e implementação<br />

de políticas internas e externas. E tem uma atuação importante na<br />

assessoria ao corpo dirigente da organização. O profissional de<br />

relações públicas atua em conjunto com equipes de editoração e<br />

jornalistas, na medida em que os veículos de comunicação são<br />

importantes ferramentas de apoio, ao mesmo tempo em que eventos<br />

de relações públicas podem servir de fonte primária para a atividade<br />

jornalística (1984, p.73).<br />

O planejamento em Relações Públicas deve ter como referência o<br />

composto de poderes, mercados e instituições.<br />

Tipo<br />

Poder Executivo<br />

Formação<br />

abriga o quadro de coordenação executiva do País,<br />

nas esferas federais, estadual e municipal;<br />

Poder Legislativo composto pelas casas legisladores e seus<br />

participantes;<br />

Poder Judiciário<br />

abrigando as instituições jurídicas;<br />

Circuito Empresarial<br />

Circuito Financeiro<br />

reúne as organizações utilitárias, se possível, dentro<br />

de uma classificação por região, setor, tamanho e<br />

posicionamento no ranking econômico-financeiro;<br />

reúne as organizações utilitárias, se possível, dentro<br />

de uma classificação por região, setor, tamanho e<br />

posicionamento no ranking econômico-financeiro;


45<br />

Circuito educacional/cultural<br />

Universo de clientes<br />

e/ou usuários<br />

Circuito social global<br />

composto pelo universo de instituições e pessoas<br />

que integram o sistema de intelligentzia nacional<br />

(universidades, instituições, intelectuais, artistas,<br />

etc);<br />

composto por consumidores, clientes reais e/ou<br />

potenciais;<br />

composto pelas classes sociais, principalmente<br />

estratos médicos, onde estão localizados os<br />

irradiadores da dinâmica social e econômica, os<br />

white collars, por exemplo, cujo pensamento e<br />

cultura são representativos na vida nacional;<br />

Circuito interno composto pelos participantes do sistema<br />

organizacional;<br />

Circuito diplomático<br />

Circuito militar<br />

Circuito pessoal<br />

Circuito do exterior<br />

composto pelo universo dos embaixadores,<br />

ministros e secretários das embaixadas e<br />

consulados;<br />

composto pelos corpos das forças armadas;<br />

formado pelos amigos e pessoas relacionadas aos<br />

dirigentes das organizações<br />

constituído por pessoas, entidades, grupos que<br />

possam interessar a organização, dentro de uma<br />

proposta moderna de Relações Publicas<br />

internacionais.<br />

Fonte: REGO in Comunicação Empresarial: conceitos, estratégias, sistemas,<br />

estrutura, planejamento e técnicas, 1986, p.92.<br />

1.5 Assessoria de Publicidade e Propaganda<br />

O termo Publicidade e Propaganda vêm do latim publics, que<br />

significa a transferência de uma comunicação ao público. Barbosa completa o<br />

conceito dizendo que “denota a qualidade do que se torna público” (1984, org<br />

CORRÊA, p. 31).


46<br />

Separadas, as duas palavras se diferenciam - por não serem<br />

sinônimas – mas, unidas, completam o significado uma da outra.<br />

O diferencial semântico (se usarmos a categoria ideológica) aponta<br />

para a idéia de que qualquer anúncio é propaganda, já que<br />

comerciais são, em última instância, também ideológicos. Entretanto,<br />

nem todos os anúncios de propaganda são também publicitários...<br />

nem toda campanha tem como finalidade a persuasão comercial.<br />

...Propaganda é mais abrangente, todo anúncio é, nessa óptica, uma<br />

propaganda, mas nem toda propaganda seria publicidade (BARBOSA<br />

org CORRÊA, 1984, p.33).<br />

Como resposta às necessidades mercadológicas, no século XIX a<br />

Propaganda adquire sua conceituação contemporânea. “(...) como campanha<br />

cuja finalidade é promover comercialmente um produto, serviço ou loja”<br />

(BARBOSA org CORRÊA, 1984, p. 32). Completa o sentido do termo, seu<br />

caráter ideológico. “Publicidade (do latim publicitas e do francês publicitê)<br />

significa a arte de exercer ação psicológica sobre o público com finalidades<br />

comerciais, ou seja, venda de produtos e serviços” (BARBOSA org CORRÊA,<br />

1984, p.32).<br />

Barbosa pontua que, a segunda Revolução Industrial foi a mola<br />

propulsora para o desenvolvimento das técnicas publicitárias e sua aplicação<br />

no processo de consumo.<br />

[...] a técnica de persuasão encontrada para convencer as massas a<br />

consumir, é a publicidade, que passa a atuar sobre suas<br />

necessidades e desejos com o objetivo de fazer escoar a grande<br />

produção de bens industrializados. O poder da publicidade configurase<br />

após a segunda guerra mundial e nos Estados Unidos, após a<br />

crise em 1929 (1984, org CORRÊA, p.32).<br />

Associado à Publicidade e Propaganda está o marketing que<br />

“relaciona a empresa aos clientes, de forma a persuadi-los, para que a mesma<br />

multiplique o seu capital” (BARBOSA org CORRÊA,1984, p. 33). Rego (1986)


47<br />

define a área como um subsistema de comunicação que coloca em relação<br />

produtores e consumidores por meio dos distribuidores e dos mass media 17 .<br />

Diante de um mercado capitalista, que incentiva a todo o<br />

momento o consumo, cabe à Publicidade e Propaganda identificar as<br />

necessidades específicas dos públicos, trabalhando seus impulsos, desejos e<br />

frustrações. Na visão de Barbosa são funções da publicidade:<br />

[...] informar sobre aspectos reais e imaginários de um produto,<br />

serviço ou loja (em particular), a fim de convencer, persuadir,<br />

envolver um segmento de mercado de forma que este tenha o desejo<br />

de satisfazer suas necessidades físicas ou psíquicas por intermédio<br />

do objeto ou serviço. As empresas contratam agências<br />

especializadas a fim de que estas identifiquem problemas<br />

mercadológicos, planejem soluções, priorizem estratégias,<br />

identifiquem oportunidades, criem campanhas e peças publicitárias,<br />

viabilizem sua produção, planejem e veiculem seus anúncios de<br />

forma a otimizar o investimento, a fim de que o “target”, em contato<br />

com o discurso publicitário sinta-se predisposto a realizar as<br />

propostas da empresa, através de suas estratégias de marketing<br />

(1984, org CORRÊA, p.34).<br />

Fernandes considera que a publicidade é uma força da atualidade<br />

que atua sobre o público estimulando emoções, impulsionando desejos<br />

latentes e levando os indivíduos a satisfazer essas tendências.<br />

Os meios de comunicação sempre desempenharam o papel de<br />

mediadores não apenas entre os emissores e receptores, mas<br />

também entre a indústria e o consumidor através da publicidade. E<br />

para isso serviram-se da retórica, com apelos racionais e emocionais<br />

que a mídia proporciona (1984, org CORRÊA, p.141).<br />

Em conformidade com a legislação federal, a agência de<br />

publicidade e propaganda é uma pessoa jurídica especializada na arte e na<br />

técnica publicitária que através de especialistas estuda, concebe, executa e<br />

17 Em Rabaça & Barbosa, mass media se refere à comunicação de massa que significa aquela<br />

“comunicação dirigida a um grande público (relativamente numeroso, heterogêneo e anônimo),<br />

por intermediários técnicos sustentados pela economia de mercado, e a partir de uma fonte<br />

organizada (geralmente ampla e complexa)” (2002, p.172).


48<br />

distribui publicidade (propaganda) nos veículos de comunicação. Fernandes<br />

destaca algumas funções das agências de publicidade:<br />

Estudo do produto/serviço, análise do mercado real e potencial, exame<br />

das condições e sistemas de distribuição de venda, estudo dos meios de<br />

divulgação, formulação de um plano publicitário, execução do plano<br />

elaborado e apresentado, cooperação com o cliente (1984, org CORRÊA,<br />

p.148).<br />

deve possuir:<br />

Função<br />

Liderança econômica<br />

Antagonismo comercial<br />

Incentivo<br />

Criar hábitos<br />

No campo funcional, o profissional de Publicidade e Propaganda<br />

Ações<br />

criando confiança, melhorando imagem<br />

de marca, estabelecendo reputação;<br />

neutralizando a concorrência, fazendo<br />

pressão sobre os distribuidores,<br />

tomando fregueses e clientes dos<br />

concorrentes;<br />

fazendo comprar aqui e agora, iniciando<br />

o possível cliente a testar o produto,<br />

persuadi-lo a escrever para pedir<br />

informações;<br />

lembrando o produto, ensinando as<br />

pessoas a pedirem a marca,<br />

convertendo clientes ocasionais em<br />

clientes regulares;<br />

Inovação fazendo conhecer a existência do<br />

produto, com informações básicas<br />

sobre sua composição, descrevendo as<br />

utilizações;<br />

Expansão de consumo<br />

incitando o aumento da grandeza das<br />

unidades de produto compradas e a<br />

freqüência dos atos de consumo.<br />

Fonte: REGO in Comunicação Empresarial: conceitos, estratégias, sistemas,<br />

estrutura, planejamento e técnicas, 1986, p.94.<br />

Inserido num contexto social, o homem está a todo o momento<br />

comunicando. Por isso, algumas empresas modernas acabam elegendo a<br />

comunicação como fator preponderante de desenvolvimento. Sua eficácia, no<br />

entanto, está diretamente relacionada à forma como a informação é<br />

processada e passa a circular nos diferentes níveis mercadológicos. Dessa


49<br />

forma, caberá à área de comunicação social ser a detentora dos discursos<br />

estratégicos da organização. Isso se dá por meio de um trabalho conjunto,<br />

entre profissionais de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e<br />

Propaganda.<br />

O principal ingrediente desta integração nos setores,<br />

departamentos ou prestadoras de serviço da área é a informação que<br />

impulsionará a tomada de decisões dos diferentes públicos, na busca de uma<br />

imagem positiva da organização no mercado. Veremos a seguir que, esse<br />

diferencial mercadológico funciona como ativador e organizador das relações<br />

organizacionais, ao qual se inserem modelos e diferentes formas de processála<br />

nas empresas. À medida que os gestores trabalham a informação de forma<br />

estratégica, passam a construir uma comunicação mais eficaz com seus<br />

públicos. Incentivando o diálogo com seus clientes, algumas empresas<br />

utilizam-se da figura do ouvidor e, ou ombudsman para fortalecer seu<br />

relacionamento com os stakeholders por meio de uma política participativa.


50<br />

2 INFORMAÇÃO COMO CONTEÚ<strong>DO</strong> DA AÇÃO<br />

Tudo o que existe ao redor do homem comunica. E sua forma de<br />

interagir com as coisas, mudando o ambiente onde vive para imprimir suas<br />

marcas e pensamentos, demonstra uma tentativa de melhorar suas condições<br />

de sobrevivência. Como instrumento de socialização, Lira, Cândido, Araújo &<br />

Barros apresentam a informação como a base dos processos comunicacionais.<br />

[...] A informação cumpre papel importante na forma de aplicação, de<br />

entendimento, disseminação, interpretação e transformação de<br />

conhecimento, que traz à tona a questão da influência da informação<br />

na competitividade, seja ela a nível empresarial ou de nação (2008,<br />

p.169).<br />

No coração da organização, segundo Choo, está a informação<br />

processada na experiência e na competência de seus membros, que<br />

constituem a base para criar significado, construir conhecimento e tomar<br />

decisões. “(...) A informação é, em essência, a matéria-prima do cotidiano do<br />

ser humano” (2006, pág.10).<br />

Conceituando informação, Lira, Cândido, Araújo & Barros<br />

encontram a origem do termo no latim informare que significa “dar forma a<br />

aparência, criar, representar, uma idéia ou noção que é colocado em forma, em<br />

algo” (LIRA, CÂNDI<strong>DO</strong>, ARAÚJO & BARROS, 2008, p. 170).


51<br />

Para Bahia (1971), informação refere-se a todo e qualquer<br />

comunicado ou notícia que tenha significado, idéia ou valor, sendo este<br />

transmitido por um canal, entre emissor e receptor. Já Drucker entende a<br />

palavra como todo “dado investido de relevância e propósito” (2000, p. 13).<br />

Dando forma ao termo, vemos que a informação pode ser tanto<br />

um dado isolado como um agrupamento organizado de dados. Davenport e<br />

Prussak colocam que a informação é uma “mensagem, geralmente na forma de<br />

um documento ou uma comunicação audível ou visível” (1998, p.4).<br />

No ponto de vista corporativo, podemos considerar a informação o<br />

conjunto de dados úteis à organização e aos seres humanos. “O objetivo da<br />

informação no âmbito empresarial é habilitar a empresa a alcançar seus<br />

objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, que são representados<br />

por pessoas, tecnologia, capital e a própria informação” (Lira, Cândido, Araújo<br />

& Barros, p.171).<br />

A idéia de elo, entre ação organizacional e comunicação, está<br />

presente no pensamento do Simões (2001). Conforme o autor, é por meio da<br />

informação que se processam trocas, em prol de objetivos preestabelecidos.<br />

Soares compartilha a idéia de Simões vendo a “informação como ativador e<br />

organizador das relações organizacionais, na busca da redução da incerteza<br />

para a compreensão entre as partes e a minimização dos conflitos” (2004, p.<br />

3).<br />

Barreto (1994) considera a informação uma estrutura significante,<br />

com o intuito de gerar conhecimento no indivíduo, seu grupo ou sociedade. Já<br />

Kreps (1995) encontra na comunicação a possibilidade de compartilhar<br />

informações, proporcionando ferramentas para a cooperação e sistematização


52<br />

das ações. À medida que os indivíduos se comunicam, estão criando<br />

significados, estabelecendo trocas e respondendo a mensagens.<br />

2.1 Dado, informação e conhecimento<br />

Como se apregoa no antigo ditado popular: “o trabalho dignifica o<br />

homem 18 ” cabe às organizações garantir o sustento de indivíduos que muitas<br />

vezes passam a maior parte do tempo no trabalho dedicando-se ao seu ofício.<br />

No ambiente corporativo, a convivência formada perpassa relacionamentos ao<br />

qual se constroem sonhos, despertam-se desejos, criando símbolos capazes<br />

de expressar sentimentos correlatos aos seus autores.<br />

O processo comunicacional, a fluidez no fluxo informacional e a<br />

mediação do poder se tornam relevantes e indispensáveis<br />

ferramentas para buscar a compreensão mútua entre indivíduos e<br />

organizações e, conseqüentemente, corroboram para o alcance das<br />

metas estabelecidas (SOARES, 2004, p.1).<br />

Segundo Soares, estes sujeitos comunicam-se através de<br />

processos, sendo a informação o conector entre os objetivos e públicos da<br />

organização. “Se o processo de comunicação e o fluxo informacional forem<br />

eficientes, o entendimento é alcançado e os conflitos reduzidos, sendo as<br />

metas cumpridas mais facilmente” (2004, p.1).<br />

No dia-a-dia das organizações, seus autores sociais encontram<br />

na comunicação e na informação ferramentas fundamentais para a<br />

consolidação de planos e práticas. Apesar de estes termos serem usados<br />

muitas vezes como sinônimos, Escarpit defende a necessidade de dissociação<br />

18 Os ditos populares ajudam a imortalizar frases que apresentam temas do cotidiano. Neste<br />

caso, esta citação representa o esforço do homem, que é recompensado por seu salário ao<br />

final do mês. Outras frases deste gênero poderiam complementar a função social do trabalho,<br />

como “Deus ajuda, a quem cedo madruga”, ou “Onde se ganha o pão, não se come a carne.”


53<br />

entre eles. “A distinção está em que a comunicação é um ato e a informação<br />

seu produto” (1981, p.135).<br />

No mundo global, os avanços tecnológicos gerem cada vez mais<br />

competitividade às empresas. Em conseqüência disso, Lira, Cândido, Araújo &<br />

Barros indicam que o mercado passa a exigir das organizações novas<br />

estratégias para o estabelecimento de unidades produtivas, independente de<br />

fronteiras geográficas.<br />

Dentro desse panorama, a principal matéria-prima é a informação. A<br />

capacidade de gerar, tratar, processar, filtrar e transmitir informação<br />

impõe desta forma um grande desafio, tanto para as empresas como<br />

para os trabalhadores. O desafio é adquirir a competência necessária<br />

para transformar informações disponíveis e o conhecimento individual<br />

em ações integradas de alto valor agregado ao negócio (2008,<br />

p.168).<br />

Segundo Soares, o gerenciamento da informação, com vistas ao<br />

saber, pode ser entendido como um dos responsáveis pelo sucesso<br />

organizacional. Isso por que no mercado pode representar um diferencial<br />

competitivo, tornando-se fundamental à sobrevivência da empresa.<br />

Assim, sua gestão necessita ser ampla e flexível, em termos de<br />

concepção, implantação e manutenção. As ações de Comunicação e<br />

os profissionais que as manuseiam são os elementos entre os que<br />

detêm o conhecimento técnico para identificar, extrair, decodificar,<br />

organizar, armazenar dados e informações e os que estudam os<br />

recursos disponíveis no que concerne à tecnologia da informação e<br />

tomada de decisões, visando ao conhecimento e o sucesso<br />

organizacional (SOARES, 2007, p.1).<br />

Interligados no processo evolutivo do saber, encontramos os<br />

conceitos de dado, informação e conhecimento. De acordo com Bahia (1971),<br />

dado é a mensagem que está à disposição do emissor, sendo a informação a<br />

mensagem como solução ou decisão sobre algo. Já conhecimento é


54<br />

assimilação, aplicação e disponibilidade do dado recebido pelo receptor - a<br />

memória da mensagem.<br />

Analisando estes conceitos, Soares chama atenção para o fato de<br />

avaliar determinada ação, quando ao transformar um dado em informação<br />

chega-se ao conhecimento. “Quando se considera a informação como<br />

componente do processo organizacional, fica clara sua função: ativar e<br />

organizar os elementos envolvidos nas relações da organização com seus<br />

públicos, interligando interesses” (2007, p.5).<br />

Lira, Cândido, Araújo & Barros, acreditam que o conhecimento é<br />

adquirido através de um processo de aprendizado mútuo que requer<br />

treinamento contínuo.<br />

Na sociedade da informação, a liberdade de pensamento e a sua<br />

expressão não podem ser exercidas de maneira integral sem o<br />

reconhecimento do direito à informação, na medida em que o saber<br />

determina o entendimento e as opções da consciência que irão<br />

formar as opiniões e raciocínios sobre os acontecimentos sociais. A<br />

ausência de informações faz o agente achar-se destituído de<br />

capacidade crítica para avaliar o ambiente comunitário e exprimir<br />

suas convicções. Porém, o direito de ser informado e de ter acesso<br />

às informações desejadas deverá ser dado de forma precisa e correta<br />

(2008, p.169).<br />

2.2 A organização do conhecimento<br />

Comunicação é a ferramenta capaz de fazer com que os sujeitos<br />

gerem e compartilhem informações, proporcionem rotinas de planejamento e<br />

execução de tarefas. Apresentando uma visão holística sobre o uso da


55<br />

informação, Choo centraliza a ação organizacional em três estágios que se<br />

alimentam mutuamente: saber, refletir e decidir.<br />

“A organização que for capaz de integrar eficientemente os<br />

processos de significado, construção do conhecimento e tomada de decisões<br />

pode ser considerada uma organização do conhecimento” (2006, p.30).<br />

Segundo o autor, a organização do conhecimento possui informações e<br />

conhecimentos para torná-la bem informada, com capacidade de percepção e<br />

discernimento.<br />

Neste modelo, planos, metas e ações “baseiam-se numa<br />

compreensão correta de seu ambiente e de suas necessidades, e são<br />

alavancadas pelas fontes de informação disponíveis e pela competência de<br />

seus membros” (CHOO, 2006, p.31). Administrando recursos e processos de<br />

informação, a organização do conhecimento ganhará vantagem competitiva<br />

sendo capaz de:<br />

• Adaptar-se às mudanças do ambiente no momento adequado<br />

e de maneira eficaz;<br />

• Empenhar-se na aprendizagem constante, o que inclui<br />

desaprender pressupostos, normas e crenças que perderam<br />

validade;<br />

• Mobilizar o conhecimento e a experiência de seus membros<br />

para gerar inovação e criatividade;<br />

• Focalizar seu conhecimento em ações racionais e decisivas<br />

(CHOO, 2006, p.31).<br />

Como foi visto no capítulo anterior, uma das principais funções da<br />

assessoria de comunicação é suprir de informações úteis os gestores da<br />

instituição. Dessa forma, caberá aos profissionais do setor ou departamento<br />

gerar informações que dêem o devido suporte ao processo de tomada de<br />

decisões. Beuren (1998) aponta como estágios decisórios o reconhecimento do


56<br />

problema, a identificação das alternativas possíveis e a escolha da melhor<br />

delas.<br />

O modelo apresentado pela autora relaciona-se ao tipo de recurso<br />

necessário à sustentabilidade da tomada de decisão dos gestores. Para<br />

Beuren, surge imediatamente a necessidade de informações para o<br />

desenvolvimento e/ou análise das alternativas a fim de se resolver o problema.<br />

[...] o valor da informação resulta do valor da alteração no<br />

comportamento da decisão, causada pela informação, menos o custo<br />

da informação. Em outras palavras, dado um conjunto de decisões<br />

possíveis, o tomador de decisões selecionará uma das bases de<br />

informação disponíveis. Se a nova informação causar diferença na<br />

decisão a ser tomada, o valor dessa decisão é a diferença de valor<br />

entre o resultado da antiga e da nova decisão, menos o custo de<br />

obtenção da informação (1998, p.29).<br />

Outro aspecto abordado por ela diz respeito às características da<br />

informação, evidenciadas pela precisão e significância das informações<br />

transmitidas, a rapidez com que as informações fluem dos pontos sensores aos<br />

centros de decisão, a periodicidade, tempestividade e adequação da<br />

informação gerada. “Certamente, o aspecto mais importante diz respeito à<br />

determinação do nível ótimo de geração de informações. (...) seu valor está<br />

diretamente associado à redução da incerteza derivada do uso da informação”<br />

(BEUREN, 1998, p.32).<br />

Decisão<br />

de<br />

decidir<br />

Identificação<br />

da decisão<br />

a ser tomada<br />

Definição das<br />

regras para<br />

a decisão<br />

Formulação e<br />

avaliação de<br />

alternativas<br />

Escolha<br />

da<br />

alternativa<br />

Modelos<br />

de<br />

decisão<br />

Modelo<br />

de<br />

informação<br />

Decisão<br />

Fonte: BEUREN in Gerenciamento da informação: um Recurso Estratégico no<br />

Processo de Gestão Empresarial, 1988, p.33.


57<br />

O modelo descrito serve de suporte nas etapas de identificação<br />

da decisão, descrição de regras, formulação, avaliação e escolha das<br />

alternativas disponíveis. O resultado do processo decisório é a tomada de<br />

decisão, o que na prática pode ser visualizado no trabalho da Assessoria de<br />

Comunicação.<br />

Imbuídos da responsabilidade de serem os guardiões da<br />

informação, os jornalistas, publicitários e Relações Públicas precisam avaliar e<br />

decidir estrategicamente quais ações são pertinentes à empresa. Faz parte<br />

deste processo de escolha, a passagem da informação por filtros até a etapa<br />

de planejamento e execução. Outro desafio é segmentar a mensagem para os<br />

diferentes meios de comunicação, tornando-a apta e interessante aos olhos da<br />

opinião pública.<br />

Nos setores ou departamentos de comunicação trabalha-se a<br />

informação internamente, para que a mesma seja transmitida de forma eficaz<br />

externamente. Isso inclui um trabalho contínuo de construção e manutenção da<br />

imagem organizacional, cujas demandas são atendidas por jornalistas,<br />

publicitários e relações públicas.<br />

Cabe à área de Relações Públicas organizar a informação de<br />

dentro da empresa, tornando-a matéria-prima para o trabalho da Assessoria de<br />

Imprensa. Assim, o jornalista estará direcionado a atender a mídia e as<br />

exposições externas de seus assessorados, enquanto o publicitário se<br />

preocupa com o posicionamento dos produtos no mercado.


58<br />

2.3 Informação e comunicação na gestão empresarial<br />

Ao analisar o papel da comunicação na gestão empresarial, tornase<br />

fundamental resgatar alguns conceitos. Beuren entende por gestão “uma<br />

representação teórica do processo de administrar uma organização, a fim de<br />

garantir a consecução da missão 19 para a qual foi concebida” (1998, p.36).<br />

Segundo a autora, emanam do sistema institucional diretrizes que visam a<br />

orientar o processo de gestão.<br />

Soares completa a definição, incluindo a idéia da generalização<br />

de processos na prática de conceitos e técnicas. “A abordagem sistêmica que<br />

se constitui na transferência e aplicabilidade de princípios teóricos e práticos ao<br />

gerenciamento dos processos de planejamento, organização,<br />

controle/liderança, com eficiência e eficácia” (2007, p.17).<br />

Cabe ao sistema organizacional “assegurar a forma de a empresa<br />

configurar sua estrutura departamental e suas interações, com base no<br />

agrupamento das diversas atividades” (BEUREN, 1998, p. 38). No caso das<br />

assessorias de comunicação, a formatação das atividades desempenhadas por<br />

setor próprio ou serviço contratado dependerá do interesse dos gestores em<br />

definir estrategicamente o cumprimento das demandas na empresa.<br />

19 A autora diz que “a missão de uma organização consiste no fim mais amplo para o qual ela<br />

foi constituída, caracterizando e direcionando seu modo de atuação. Ela é orientadora das<br />

demais definições, em todos os níveis hierárquicos e áreas funcionais, de uma organização,<br />

bem como da configuração de seus sistemas e subsistemas” (BEUREN, 1998, p.37).


59<br />

Para Beuren, o sistema de informação 20 possibilita a captação de<br />

dados, seu processamento e a geração e divulgação de informações. “Ele é o<br />

encarregado de prover informações, em todas as etapas do processo de<br />

gestão (planejamento, execução e controle), para os diferentes níveis<br />

hierárquicos e áreas funcionais da empresa” (1998, p. 39).<br />

O ato de transmitir informações - com base nos princípios,<br />

procedimentos e orientações estabelecidos no modelo de gestão da empresa -<br />

é tido pela autora como função da área de comunicação.<br />

No que concerne à comunicação da informação, Bedford 21 destaca<br />

que a comunicação é o processo de desenvolver algo escrito, um<br />

mapa ou uma figura de determinada atividade ou situação e transmitila<br />

para outra pessoa ou grupo de pessoas, de modo que aquela<br />

atividade ou situação seja entendida. Isso implica a realização de<br />

observações pelo comunicador, o registro ou a simbolização dos<br />

termos mais significativos observados, a transmissão da informação<br />

simbolizada para o receptor e a compreensão pelo receptor da<br />

atividade ou situação representada (BEUREN, 1998, p. 39).<br />

Para que uma empresa assuma com coerência uma política de<br />

transparência, Soares considera que é fundamental entender que a informação<br />

é um recurso valioso, estratégico e caro.<br />

A gestão da informação não é um fim em si mesmo, mas um apoio<br />

indispensável para um objetivo mais abrangente – a gestão de uma<br />

organização. Deve ser implementada e desenvolvida em uma<br />

perspectiva de ‘negócio’ e sob a ótica do cliente. Deve respeitar o<br />

estilo de gestão e a cultura organizacional (2007, p.21).<br />

20 Soares define sistemas de informação como o “conjunto de elementos e componentes interrelacionados<br />

que coletam (entrada), manipulam (processamento) e disseminam (saída) os<br />

dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback [retorno] para atender a um<br />

objetivo” (2007, p.18).<br />

21 BEUREN, 1998, apud BEDFORD, Norton M. Income determination theory: an accounting<br />

framework. Reading, Massachusetts: Addison-Weslwy, 1965.


60<br />

Em tempos de globalização, o saber torna-se conteúdo do<br />

conhecimento. Focault 22 defende esta idéia afirmando em seus estudos que<br />

saber é poder.<br />

Todo o saber tem sua gênese em relações de poder, [...] saber e<br />

poder se implicam mutuamente: não há relação de poder sem a<br />

constituição de um campo de saber, como também, reciprocamente,<br />

todo saber constitui novas relações de poder. Todo ponto de<br />

exercício do poder é, ao mesmo tempo, um lugar de formação de<br />

saber (MACHA<strong>DO</strong>, 1989, p.xxi).<br />

Baseado nesta premissa, o mundo corporativo vem utilizando<br />

cada vez mais a informação como conteúdo de suas ações mercadológicas. “A<br />

informação está associada à idéia de movimento. Implica em percepção,<br />

tomada de decisão, controle e organicidade para alcançar a construção do<br />

conhecimento” (SOARES, 2007, in loco).<br />

Da mesma forma, a Assessoria de Comunicação se utiliza da<br />

informação para trabalhar de forma positiva a imagem da empresa. Uma das<br />

formas é produzir fatos para manter seu assessorado na mídia. Da mesma<br />

forma, a Assessoria de Imprensa presta um serviço aos veículos de<br />

comunicação fornecendo informações de interesse público e até mesmo fontes<br />

sobre determinado assunto. Isso proporciona visibilidade à empresa,<br />

fortalecendo sua imagem perante o mercado – o que lhe dá, ao mesmo tempo,<br />

certo poder perante os stakeholders.<br />

Le Coadic traz a idéia de que o conhecimento é visto como saber,<br />

resultado do ato de conhecer: “Conhecer é ser capaz de formar a idéia de<br />

22 Segundo Veiga-Neto, Michel Foucault foi o filósofo quem melhor nos mostrou como "as<br />

práticas e os saberes vêm funcionando, nos últimos quatro séculos, para fabricar a<br />

Modernidade e o sujeito moderno" (2004, p.17). Na obra História da Sexualidade: a vontade<br />

de saber, Foucault define poder como sendo “móvel, difuso e instável. As relações de poder<br />

estão presentes em todos os lugares e atuam em todas as direções” (SILVA, 2008, p.180).


61<br />

alguma coisa (...) o saber designa um conjunto articulado e organizado de<br />

conhecimentos a partir do qual uma ciência poderá originar-se” (1996, p. 26).<br />

A associação dos termos informação e conhecimento é defendida<br />

por Lira, Cândido, Araújo & Barros. Segundo os autores, o conhecimento é<br />

decorrente da interpretação da informação e de sua utilização para gerar novas<br />

idéias, resolver problemas ou tomar decisões.<br />

[...] E existe quando uma informação é explicada e suficientemente<br />

compreendida por alguém. Conhecimento também é o resultado de<br />

nossa aprendizagem, daquilo que experimentamos e podemos utilizar<br />

novamente em diversas situações (2008, p.172).<br />

Para Nonaka & Takeuchi, conhecimento refere-se a crenças e<br />

compromissos. “É uma função de uma atitude, perspectiva ou intenção<br />

específica (...) está relacionado à ação (...) e como a informação diz respeito ao<br />

significado. É específico ao contexto, sem relacional” (1997, p.63).<br />

Considerando que para toda e qualquer aprendizagem é<br />

necessário interação, Soares mostra que comunicação e informação passam a<br />

ser peças fundamentais para a gestão do conhecimento nas organizações.<br />

O fazer da comunicação emerge como necessidade do ser humano<br />

integrar-se em um processo que valorize o pensar e o interrelacionamento<br />

de contextos e informações, a fim de definir<br />

estratégias de ação e perfis de conhecimento (2007, p.5).<br />

Estudos de Choo (2003) mostram que uma pessoa à medida que<br />

consegue dar sentido às experiências, torna-se habilitada a avançar rumo ao<br />

conhecimento. O autor destaca que as organizações carecem aumentar sua<br />

consciência sobre a natureza da busca e do processamento humano da<br />

informação, envolvendo a compreensão de estilos e limites cognitivos, e das


62<br />

formas como as rotinas e as defesas emocionais podem bloquear a<br />

aprendizagem.<br />

Resgatando a idéia de comunicação como ferramenta estratégica,<br />

Kunsch (1999) considera que o maior desafio da informação está no fato de<br />

habilitar os gestores a alcançar os objetivos propostos para a organização,<br />

utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis.<br />

Choo (2004) defende a necessidade de educar os indivíduos<br />

quanto à gestão da qualidade e da quantidade de informações, além de<br />

desenvolver uma cultura organizacional que valorize e encoraje o<br />

compartilhamento de informações. “Sendo, assim, a informação é o que<br />

movimenta os gestores” (SOARES, 2007, p.7).<br />

2.4 O papel dos gestores<br />

De acordo com Chinem (2006), os Meios de Comunicação Social<br />

têm o papel importante de transmitir informação e ajudar no processo de<br />

criação da cidadania. Porém, para isso é necessário liberdade.<br />

No trato com a mídia, as relações devem ocorrer dentro de uma<br />

diplomacia havendo respeito e intercâmbio constante. “Se a empresa tem algo<br />

a comunicar, precisa criar uma sintonia com a opinião pública. Se as redações<br />

dos jornais procuram as empresas é porque o negócio empresarial virou<br />

notícia” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.14).


63<br />

Para o autor, as relações entre empresa e imprensa levam em<br />

consideração o interesse pela informação. “(...) A construção da imagem da<br />

empresa na sociedade depende da relação com todos os públicos – do<br />

acionista majoritário ao mais humilde consumidor, passando por imprensa e<br />

comunidade” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.13).<br />

Uma das principais tarefas da assessoria, ou departamento de<br />

comunicação é realizar a permanente interpretação crítica e seletiva do<br />

ambiente exterior. Esse trabalho permite que o comunicador seja mais que um<br />

operador da empresa, mas torne-se o estrategista – “um assessor próximo cuja<br />

contribuição será decisiva para a articulação de um discurso adequado e de<br />

uma identidade organizacional compatível com os negócios” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006,<br />

p.28).<br />

A prática dessa função estratégica torna a atuação do gestor<br />

comunicacional de extrema utilidade para os centros decisórios de qualquer<br />

instituição. “Através dele, a assessoria de comunicação poderá colaborar com<br />

os setores de planejamento estratégico e político dos assessorados. Poderá<br />

tornar-se a consciência que ajuda na identificação dos acertos e erros,<br />

sugerindo formas de aperfeiçoamento ou homologar impressões” (CHIN<strong>EM</strong>,<br />

2006, p.28).<br />

Num mercado em constante transformação, o gestor de<br />

comunicação acaba tornando-se uma espécie de olheiro para as organizações<br />

estando sempre à frente - adiantando tendências, indicando mudanças de<br />

posicionamento e as posturas mais adequadas para os diferentes públicos.


64<br />

Esse trabalho permite-lhe ampliar sua capacidade de detectar<br />

indícios de alterações nas várias áreas e segmentos da sociedade<br />

(setores políticos, econômico-financeiros, sindicais, estudantis,<br />

científicos e outros) e de, assim, poder antever objeções,<br />

inconvenientes e mal-entendidos a alguma ação planejada, tendo por<br />

objetivo os usuários de seus serviços (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.28).<br />

Lopes encontra no trabalho da Assessoria de Imprensa a<br />

possibilidade da empresa identificar antecipadamente as turbulências que<br />

movimentam e alteram vários segmentos da sociedade. Por meio dela, permitise<br />

que “empresários estabeleçam planejamentos estratégicos mais coerentes<br />

com as aspirações dos usuários de seus serviços” (LOPES, 2003, p.14).<br />

Cada dia mais conscientes sobre a importância da mídia e a<br />

influência que os meios de comunicação possuem perante a opinião pública, as<br />

empresas seguem trabalhando para serem “lembradas” desenvolvendo um<br />

bom relacionamento com a imprensa. Para atingir esses objetivos, Palma<br />

destaca o papel das Assessorias de imprensa na produção de textos<br />

informativos e divulgação jornalística, elaboração de pautas e artigos,<br />

organização de coletivas, apoio à realização de eventos, dentre outras funções.<br />

Jornalistas e Relações Públicas complementam-se na tarefa de lidar<br />

com a informação pública, como a expressão que resume o processo<br />

de transformação da informação em notícia, incluindo a difusão pelos<br />

meios de comunicação (1994, p.69).<br />

Por meio da promoção de acontecimentos, que são divulgadas na<br />

mídia em forma de notícia, as empresas passam a se inserir no espaço público<br />

apresentando elementos do campo em que atuam. Peça chave da Assessoria<br />

de Comunicação, a Assessoria de Imprensa colabora não só para a construção<br />

da imagem institucional, mas para a manutenção do negócio como referência<br />

de credibilidade e responsabilidade perante a sociedade.


65<br />

Para cumprir seu papel, a Assessoria de Imprensa pode ser tanto<br />

parte do quadro funcional da empresa, dentro de um setor ou como<br />

departamento da mesma como uma prestadora de serviço especializada na<br />

área – com forma de trabalho terceirizado. De acordo com Lopes, uma<br />

assessoria de imprensa compreende basicamente um grupo de jornalistas, que<br />

pode variar dependendo do porte da empresa, do número de clientes e<br />

serviços oferecidos.<br />

Podem complementar a equipe: diagramador(es), ilustrador(es),<br />

fotógrafo(s) e etc., mas tudo dependerá de uma avaliação de custos e<br />

do quanto a empresa acredita ser necessário para desempenhar o<br />

seu programa de comunicação com qualidade (2003, p.16).<br />

Para Koplin & Ferrareto “uma assessoria de comunicação social<br />

abrange as áreas específicas de publicidade e propaganda, relações públicas e<br />

jornalismo” (2001, p.13). Mesmo as três áreas tendo responsabilidades e<br />

tarefas distintas, verifica-se que as empresas utilizam os serviços de cada uma<br />

destas habilitações isoladamente. Porém, os autores acreditam que, apenas<br />

com sua aplicação conjunta e integrada os resultados da comunicação poderá<br />

ser sentida de forma abrangente e eficaz.<br />

2.5 Processando a informação nas empresas<br />

Viver na era da informação e do conhecimento é estar rodeado de<br />

um volume incalculável de conteúdo. Porém, o excesso e o bombardeio de<br />

informações, causado pela variedade de meios e facilidade de acesso e<br />

pesquisa, reflete-se na perda e eficiência da mensagem.


66<br />

Toda comunicação transmite uma mensagem. A mensagem<br />

transmitida apresenta-se conceitualmente como a objeção simbólica<br />

mediante a qual o sujeito promotor influi sobre o receptor, graças a<br />

uma ação sobre os processos psíquicos dos indivíduos ou das<br />

coletividades que formam o público. [...] Para conseguir o devido<br />

efeito sobre o público, a mensagem tem de aparecer como notícia, o<br />

que obriga a situar o juízo ou a opinião em segundo plano. [...] Na<br />

emissão há informação, formação, expressão e pressão: na<br />

impregnação subseqüente há ligação, participação, divertimento,<br />

libertação, catarse. A mensagem em si mesma liga-se à atualidade<br />

(ora imediata, ora mediata) numa estrutura a qual se misturam o<br />

interesse geral suscitado pelo fato, a força da primeira informação –<br />

propriamente a notícia – e a resenha, ou expressão jornalística, geral<br />

ou particular, do fato, acidente ou incidente (BENEYTO, 1974, p.52).<br />

Este contexto é visto por Lira, Cândido, Araújo & Barros com<br />

grande preocupação já que, no entendimento dos autores, a sobrecarga de<br />

informações pode redundar em desinformação e perda de eficiência no<br />

trabalho.<br />

[...] ao serem entendidas como recurso, as informações acarretam<br />

crescimento no número de fontes, veículos e registros, que passam a<br />

exigir dos indivíduos da organização um gerenciamento eficaz sob<br />

pena de prejuízo competitivo (2008, p.175).<br />

Com isso, segundo eles, saber processar a informação de forma<br />

eficaz torna-se um dos principais recursos econômicos para a competitividade<br />

nas empresas. Na prática corporativa, caberá ao profissional ou setor de<br />

comunicação verificar junto aos setores estratégicos quais os objetivos que a<br />

organização tem em trabalhar a informação, mediante resultados positivos para<br />

o seu negócio.<br />

Diante desses dados, o gestor de comunicação poderá<br />

assessorar a organização para o desenvolvimento de ações que melhorem seu<br />

posicionamento no mercado. “(...) O volume da comunicação, o tipo de<br />

comunicação e a direção da comunicação constituem o centro de<br />

processamento da eficiência organizacional” (REGO, 1986, p.32).


67<br />

atividade reguladora.<br />

Rego refere-se ao fato da informação empresarial constituir uma<br />

[...] compreende tudo aquilo que a empresa recebe ou emite com o<br />

objetivo de padronizar comportamentos: regulamentos, normas<br />

portarias, aviso, etc. [...] na empresa os objetivos da comunicação<br />

são de “modificar e adaptar o comportamento das pessoas às normas<br />

traçadas, influenciar atitudes e preferências, carrear todos os atos<br />

com vistas à execução das metas programadas” (1986, p.59).<br />

Num âmbito geral, Oliveira (2008) diz que a área da comunicação<br />

social é responsável pelos atos de comunicação indiretos, unilaterais e seus<br />

públicos. Como efeito da globalização, consolidou-se um sistema de<br />

comunicação estruturado tanto na linguagem como no planejamento de<br />

programas. A autora considera que o foco da comunicação nas organizações<br />

privadas postula sobre os seguintes princípios:<br />

Primeiro, a imagem/identidade é o patrimônio mais valioso de uma<br />

empresa; segundo, a comunicação é a responsável pela construção<br />

dessa imagem/identidade e por sua divulgação perante os seus<br />

públicos, tanto interno como externo; e terceiro, ela é que realmente<br />

vende a empresa no mercado (OLIVEIRA, 2008, p.129).<br />

A existência de uma organização implica relacionar a relevância<br />

de seus públicos – “associação de duas ou mais pessoas com alguns objetivos<br />

em comum. Supõe-se, também, que elas compartilhem algumas características<br />

e, em muitos casos, pertençam ao mesmo grupo sociocultural” (BALDISSERA,<br />

2001b, p.7).<br />

As organizações selecionam e distribuem informações,<br />

processadas em diferentes setores de forma oficial (através do discurso) e<br />

informal (conversas nos corredores). À medida que se buscam trabalhar essas


68<br />

informações, as empresas passam a desempenhar ações que vislumbram a<br />

construção de uma identidade 23 organizacional.<br />

[...] as informações são transformadas em estratégicas para<br />

comunicar e fazer reconhecer a empresa como identidade, como um<br />

espelhamento pelo qual os públicos se reconheçam. Para isso,<br />

procedem à seleção dos sentidos que serão postos em circulação na<br />

cadeia comunicacional, sempre observando a capacidade semiósica<br />

– capacidade de ler o mundo – e os traços da identidade do público<br />

ao qual a mensagem se destina. Ressalta-se que a construção da<br />

identidade da organização, realizada pelos públicos, pressupõe as<br />

informações que recebem sobre aquela organização (BALDISSERA,<br />

2001b, p.8).<br />

Para a construção de uma boa estratégia comunicacional, o autor<br />

pontua que o comunicador deverá fazer uma análise do ramo (setor) de<br />

atuação e determinar a posição exata da empresa, no âmbito de sua<br />

competência principal.<br />

[...] Basta observar que, atualmente uma das grandes características<br />

das grandes organizações é o fato de se constituírem e instituírem<br />

em referências que lideram as decisões e mudanças em sua<br />

atividade, fixando as normas de conduta do setor, culminando por<br />

assumir o importante papel de agentes de transformações sociais.<br />

Sob esse prisma, o estrategista deve prever e articular os recursos<br />

comunicacionais necessários para garantir a circulação de<br />

informações selecionadas e fazer com que os públicos reconheçam<br />

sua empresa, instituindo-a identitariamente, como referência. Dessa<br />

maneira, consegue-se agregar valor à marca que, atualmente, é o<br />

principal diferencial mercadológico (BALDISSERA, 2001a, p.3).<br />

A construção da imagem 24 organizacional é um dos objetivos da<br />

Assessoria de Comunicação, trabalhada pela assessoria de imprensa na busca<br />

de credibilidade. “Na visão estratégica, o foco está em localizar a maneira<br />

23 Para Baldissera, identidade organizacional é “resultante da ação de sujeitos num determinado<br />

contexto”. Revela o senso comum como origem de uma imagem única, coesa, linear e<br />

imaculada (2001b, p.7).<br />

24 Conforme Baldissera, imagem é a “mistificação de um termo construído a partir do outro”. As<br />

três instâncias da imagem são formadas pela imagem física (pressuposta pela visão), imagem<br />

linguagem (usada para comunicar) e imagem conceito (idealização do imaginário) (2007, in<br />

loco).


69<br />

especial de agregar, aos olhos dos públicos, valor real à organização (marca)”,<br />

(BALDISERRA, 2001, p.4).<br />

Neste universo, a Assessoria de Comunicação preocupa-se com<br />

o relacionamento da organização trabalhando aspectos internos - através de<br />

ferramentas que garantam um clima 25 organizacional favorável – contribuindo<br />

para a visão externa do público sobre a empresa. Outras ações de cunho<br />

social, político e econômico são vislumbrados para a veiculação na mídia,<br />

definindo a atuação e o posicionamento da empresa perante a sociedade. “Ou<br />

seja, através da irradiação de suas mensagens, suas ações são canalizadas<br />

para os circuitos internos e circuitos externos, por meio de jornais, revistas,<br />

televisão e rádio” (OLIVEIRA, 2008, p.130).<br />

2.6 O espírito de cidadania organizacional<br />

Para Iasbeck o papel da comunicação é muito mais do que uma<br />

função burocrática, desempenhada por um setor, área, ou departamento –<br />

onde se produzem notícias, informações administrativas e motivacionais,<br />

briefings, discursos para dirigentes ou releases para a imprensa.<br />

A comunicação de uma organização com os seus diversos públicos é<br />

o instrumento capaz de possibilitar a administração de sua<br />

identidade. [...] Comunicação é uma função que deve estar presente<br />

na ocupação e na preocupação de todos os que compõem uma<br />

Organização, pelo fato de serem, todos eles, representantes dessa<br />

Organização perante seus públicos (2006, p.3).<br />

O conjunto de expressões, gerados por toda e quaisquer áreas ou<br />

dimensões do funcionamento de uma organização, formam o composto da<br />

25 Citando Srour (1998), clima refere-se a temperatura social da organização em um bem<br />

específico.


70<br />

empresa. “Essa imagem é operativa nas escolhas que esse público faz, pode<br />

acarretar preferência, fidelidade, abandono, desconfiança, satisfação ou<br />

insatisfação, enfim, pode determinar o caráter da resposta ao estímulo<br />

‘discursivo’ recebido” (IASBECK, 2006, p. 4).<br />

Diante da necessidade eminente de ‘agradar’ os públicos, que<br />

como cidadãos lutam por seus direitos, as organizações vêm demonstrando<br />

preocupação constante com a qualidade. Nesta instância, surge a figura da<br />

ouvidoria – espaço que visa a garantir o fluxo da comunicação através da<br />

interação com os diferentes públicos.<br />

Para Sales, a ouvidoria serve de aporte ao cidadão.<br />

A ouvidoria é um serviço ao qual o cidadão pode recorrer a fim de<br />

encaminhar sugestões, reclamações e denúncias, no sentido de<br />

preservar os princípios que devem nortear a conduta da<br />

administração pública, quais sejam: a legalidade, a legitimidade, a<br />

impessoalidade, a moralidade, a economia e a publicidade (2006,<br />

p.2).<br />

Reunindo princípios de responsabilidade social 26 , aliados ao<br />

marketing de respeito ao consumidor 27 , a instituição de ouvidorias rapidamente<br />

se tornou uma realidade para empresas de médio e grande porte do país.<br />

“Diferencial competitivo, funciona positivamente como manifestação de<br />

26 Para Araújo, responsabilidade social é o processo que dentro das organizações vem<br />

recuperar o que antes se denominava filantropia. “Assim, por meio de doações a programas e<br />

campanhas sociais de governo; projetos sociais inovadores e de fomento ao desenvolvimento<br />

sócio-educativo, artístico e cultural, surgiu a necessidade de comunicação dessas ações<br />

sociais para o mercado, trazendo o resultado das modificações ocorridas na sociedade<br />

decorrente de uma nova realidade sócio-cultural, em que a preocupação com a questão social<br />

foi ampliada” (2006, p.14).<br />

27 Citando Fernandes pode-se afirmar que tal expansão foi especialmente estimulada pela<br />

instituição do Código de Defesa do Consumidor, sancionado no início da década de 90.<br />

“Constituindo-se num avançado dispositivo legal para a orientação das relações de consumo<br />

em nosso país abrangendo os mais variados setores de produção de bens tangíveis ou<br />

intangíveis – alimentação, saúde, educação, cultura, habitação, lazer, tecnologia, ecologia,<br />

entre outros” (2006, p.2).


71<br />

consciência cidadã por parte das empresas públicas e privadas que o adotam”<br />

(IASBECK, 2006, p.2).<br />

Nas áreas públicas, segundo o autor, o termo foi disseminado<br />

fortemente a partir de uma interpretação da emenda constitucional número 19,<br />

de 04 de junho de 1998 – que conservou o tradicional nome, enquanto nas<br />

empresas privadas passou a se chamar ombudsman 28 .<br />

Na história da imprensa, a atividade se fez emergente nos<br />

Estados Unidos no fim dos anos 1960. Segundo Maia (2003), alguns diários<br />

Inspiraram-se no conceito de ombudsman - enquanto pessoa ou instituição,<br />

encarregada de receber e tratar queixas – e designaram, ordinariamente ao<br />

jornalista, a função de atender as reclamações dos leitores.<br />

No mundo corporativo atual, onde o consumidor/ usuário torna-se<br />

cada vez mais exigente a ouvidoria abre um espaço para a interação da<br />

empresa com seus clientes.<br />

A ouvidoria é o lugar a que recorrerem àqueles usuários, clientes,<br />

consumidores, cidadãos que possuem algum tipo de interesse nos<br />

negócios da Organização. Seja para reclamar, criticar, sugerir, pedir<br />

informações, resolver dúvidas, elogiar, seja para simplesmente trocar<br />

idéias, o usuário do serviço de ouvidoria demonstra estar<br />

suficientemente motivado para acionar a Organização e, por isso,<br />

mobiliza-se e oferece a ela muitas e diversificadas informações,<br />

desde as mais óbvias e explícitas, até outras que podem facilmente<br />

ser inferidas na relação. A ouvidoria é, portanto, um lugar privilegiado<br />

de aferição da imagem que a Organização goza junto aos seus<br />

diversos públicos (IASBECK, 2006, p.7).<br />

Neste contexto, Iasbeck defende que o ouvidor ou ombudsman<br />

constitui a figura representativa de uma instituição maior, que envolve muitas<br />

28 Em Ferreira (2000), o termo ombudsman - do Sueco ombud, significa representante,<br />

deputado - e man, no inglês homem. Nos países de democracia avançada, como a Suécia,<br />

funcionário do governo que investiga as queixas dos cidadãos contra os órgãos da<br />

administração pública. Pessoa encarregada de observar e criticar as lacunas de uma empresa,<br />

colocando-se no ponto de vista do público: “o ombudsman critica o próprio jornal que lê, com<br />

olhos do leitor” (Jornal do Brasil, 25/06/1985).


72<br />

funções e complexas atividades com o objetivo de garantir o livre fluxo da<br />

comunicação.<br />

Valioso instrumento do marketing visa a também garantir os direitos<br />

do consumidor, os interesses dos fornecedores, o aumento da<br />

fidelização, a satisfação na pós-venda, além de servir de ponto<br />

estratégico para consultas sobre preferências de consumo,<br />

problemas de atendimento, necessidades de adequação tecnológica,<br />

enfim, um “porto seguro” para os administradores interessados em<br />

levar suas empresas ao sucesso ou, no mínimo, a algum bom termo<br />

no contexto mercadológico (2006, p.2).<br />

Atendendo o objetivo de estreitar relações entre o cidadão usuário<br />

de um serviço e a administração que o representa, Fernandes mostra que a<br />

figura do ouvidor e do ombudsman é utilizada em inúmeras organizações de<br />

nossa sociedade.<br />

[...] tanto do setor público quanto do privado – em secretarias e<br />

órgãos estaduais e municipais, em bancos, hospitais, jornais,<br />

penitenciárias, em entidades como CNPq (Conselho Nacional de<br />

Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Fenabrave (Federação<br />

Nacional das Indústrias de Veículos Automotores), entre outras, fato<br />

que destaca as possibilidades de sua implementação nas mais<br />

diversas áreas produtivas (2006, p.2).<br />

À medida que promove a interlocução entre a organização e seus<br />

segmentos de público, a autora observa que a ouvidoria passa a ter um caráter<br />

político. “O jogo de forças que cerceia a busca do predomínio ou do equilíbrio<br />

entre expectativas, necessidades e interesses é perpassado, sem dúvida, pelas<br />

relações de poder que, por sua vez, são mediadas pela comunicação”<br />

(FERNAN<strong>DE</strong>S, 2006, p.7).<br />

Na visão de Iasbeck, o ouvidor e o ombudsman são responsáveis<br />

por fazer girar processos comunicativos entre empresa-clientes e entre<br />

clientes-empresas. “Tais processos constituem trocas informacionais nas quais<br />

interesses conflitantes, aproximados ou congruentes são interpretados,


73<br />

conciliados, negociados e ou carreados com vistas a algum tipo de acordo que<br />

satisfaça as partes” (2006, p.2).<br />

Porém, essa atividade nas empresas nem sempre está atrelada à<br />

área de comunicação. Sem o planejamento e o cumprimento de ações que<br />

justifiquem a sua existência, a manutenção desta função na organização acaba<br />

se tornando uma exigência burocrática do setor no mercado.<br />

Vendo a ouvidoria como mídia, Iasbeck considera que a atividade<br />

assume todas as características de um meio de comunicação com feições<br />

técnicas, meios de produção definidos e público focado. Questionando as<br />

competências profissionais para o exercício do cargo, o autor focaliza na<br />

Comunicação Social o espaço profissional adequado e isento politicamente<br />

para assumir responsavelmente suas atribuições.<br />

[...] por não ser reconhecidas como tal, muitas Ouvidorias deixam de<br />

cumprir sua função para funcionarem como instituições de defesa dos<br />

fornecedores contra as reclamações dos consumidores. Urge,<br />

portanto, rever o papel das Ouvidorias e reposicioná-las como lugares<br />

de comunicação, conduzidas e administradas preferencialmente por<br />

profissionais da área da Comunicação Social (2006, p.1).<br />

Fernandes associa ao trabalho da ouvidoria, o surgimento de<br />

subsídios que são capazes de gerar mudança. Este processo de interação, na<br />

medida em que possibilita a satisfação do público, contribui para a credibilidade<br />

organizacional.<br />

Se a atividade da Ouvidoria [...] pode indicar a necessidade de<br />

mudanças, quer seja, pelo protagonismo dos indivíduos que a ela<br />

recorrem ou dos próprios agentes que nela, e na organização<br />

representada atuam, faz-se claro a importância do papel da<br />

comunicação organizacional na questão da visibilidade dos valores<br />

que intervêm no processo de mudança (2006, p.9).


74<br />

Para vencer seus anseios, o homem naturalmente se comunica<br />

expressando idéias e pensamentos sobre o ambiente onde vive. Intrínseco aos<br />

processos comunicativos está a informação, que constitui a base para o<br />

significado das coisas, a construção de conhecimento e tomada de decisões.<br />

Em tempos de globalização, nunca se dispôs de tantos recursos técnicos para<br />

se ter acesso à informação. Porém, ao mesmo tempo em que há uma riqueza<br />

de meios, há muitas fontes que disponibilizam conteúdos novos a todo o<br />

momento. Dessa forma, conseqüentemente, torna-se mais difícil deter a<br />

informação que na sociedade atual pode significar poder. Com isso, cada vez<br />

mais as empresas estão buscando qualificar este ‘bem’ que possuem<br />

trabalhando em modelos como a gestão da informação e do conhecimento.<br />

A proposta da Assessoria de Comunicação é atender as<br />

necessidades de comunicação da empresa com seus públicos, processando a<br />

informação de dentro para fora fazendo com que a mesma conquiste uma<br />

imagem credível no mercado. Diante de um público exigente, a figura do<br />

ouvidor e do ombudsman surge para fortalecer o relacionamento com os<br />

stakeholders - pessoas que justificam a existência da empresa. Tendo como<br />

cenário a cidade de Canoas, visualizamos a ampla concorrência que onze<br />

empresas de pequeno a grande porte, nos ramos de indústria, comércio e<br />

serviços sofrem para manter-se no mercado. Porém, contam com área, setor,<br />

departamento próprio ou terceirizado para atender suas demandas de<br />

comunicação social.


75<br />

3. O MERCA<strong>DO</strong> <strong>DE</strong> CANOAS<br />

Canoas é uma cidade brasileira, que está situada no Rio Grande<br />

do Sul. Fundado em 1939, possui o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB)<br />

gaúcho. Vizinha da capital Porto Alegre, o Município é sede de grandes<br />

empresas nacionais e multinacionais, como a Refinaria Alberto Pasqualini<br />

(Refap), Springer Carrier e AGCO do Brasil, além de nomes fortes nos ramos<br />

de gás, metal-mecânico e elétrico.<br />

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),<br />

com 329.174 habitantes Canoas é o município mais populoso da Região<br />

Metropolitana. No RS, a cidade só fica atrás de Porto Alegre, Pelotas - zona sul<br />

do Estado - e Caxias do Sul, na Serra.<br />

Possuidora de três universidades, a educação desponta como<br />

novo setor. A cidade tem a segunda maior rede de ensino do Estado: são 70<br />

escolas municipais, 36 públicas, e 30 particulares. Nesta metrópole do RS<br />

também está o quarto maior colégio eleitoral gaúcho, com 210.646 eleitores<br />

(divididos em 598 seções).


76<br />

3.1 Origem e desenvolvimento<br />

Dados do IBGE apontam que, o Município é constituído<br />

atualmente apenas por zona urbana, tendo como pioneiros grandes<br />

proprietários de terras. O primeiro deles foi o conquistador Francisco Pinto<br />

Bandeira, que recebeu da Coroa portuguesa, em 1740 - uma área com três<br />

léguas de comprimento e uma de largura ao longo da margem direita do Rio<br />

Gravataí. No local, foi instalada a sede da Fazenda do Gravataí - atualmente<br />

bairro Estância Velha.<br />

Em 1771, com a morte de Francisco, as terras passaram para o<br />

filho, Rafael Pinto Bandeira. O falecimento deles fez com que sua viúva, Josefa<br />

Eulália de Azevedo (a Brigadeira) dividisse a área entre os filhos. Assim, as<br />

terras da cidade foram repartidas dando origem a um povoado. A história<br />

registra o ano de 1871 como o início do povoamento de Canoas, quando o<br />

primeiro trecho da estrada de ferro passava a ligar São Leopoldo a Porto<br />

Alegre.<br />

No início, a cidade pertencia aos municípios de Gravataí e São<br />

Sebastião do Caí. Logo, o major Vicente Ferrer da Silva Freire, então<br />

proprietário da Fazenda Gravataí, aproveitou a Viação Férrea para transformar<br />

suas terras em uma estação de veraneio. Ponto de referência obrigatório, o<br />

local passou a ser designado Capão das Canoas. Logo, as grandes fazendas<br />

foram perdendo espaço para as pequenas propriedades, chácaras e granjas.<br />

Em 1908, Canoas é elevada à Capela Curada tendo por órago<br />

(santo que dá nome à igreja) São Luiz Gonzaga. Em 1938, assume a condição


77<br />

de vila e, no ano seguinte, torna-se cidade e sede de município. Em 1937, a<br />

instalação do 3º Regimento de Aviação Militar (RAV) - hoje o 5º Comando<br />

Aéreo Regional (5º Comar) - foi decisiva para a emancipação. O movimento foi<br />

liderado por Victor Hugo Ludwig.<br />

Em 27 de junho de 1939, a cidade foi criada pelo Decreto<br />

Estadual nº 7.839. Oficialmente, em 15 de janeiro de 1940, foi instalado o<br />

município de Canoas. O primeiro prefeito da cidade foi Edgar Braga da<br />

Fontoura, nomeado pelo interventor federal no Rio Grande do Sul, coronel<br />

Oswaldo Cordeiro de Farias, quando o município contava com 40.128<br />

habitantes. De lá pra cá, somam-se 24 chefes do executivo municipal.<br />

O crescimento econômico de Canoas deu-se, principalmente, a<br />

partir de 1945, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Além de numerosas<br />

indústrias, instalam-se no município a Base Militar da 5ª Zona Aérea e a Refap,<br />

impulsionando o desenvolvimento da cidade. Em 2008, cumpre seu segundo<br />

mandato na cidade o médico Marcos Ronchetti (PSDB).<br />

ESTRUTURA DA CIDA<strong>DE</strong><br />

CARACTERÍSTICAS<br />

Localização: Região Metropolitana de Porto Alegre<br />

Distância da Capital: 12 quilômetros<br />

Área: 131,097 km²<br />

População: 329.174 habitantes<br />

Eleitores: 210.646 (em 598 seções)<br />

BASE ECONÔMICA<br />

Indústria: 68.4%<br />

Comércio: 23.4%<br />

Serviços: 8.2%<br />

Matéria-prima: 4%<br />

Renda per capita anual: R$ 23.704 (2003)<br />

PIB: R$ 7.605.191.121,00 (IBGE/2003)<br />

PIB per capita: R$ 23.704,37 (IBGE/2003)


78<br />

FUNCIONALISMO PÚBLICO<br />

Servidores ativos: 4683<br />

Servidores inativos: 854<br />

Pensionistas: 253<br />

EDUCAÇÃO<br />

-Rede municipal<br />

Educação Infantil: 28 escolas<br />

• 1.783 alunos<br />

Ensino Fundamental: 42 escolas<br />

• 28.383 alunos<br />

Professores: 1.404<br />

Taxa de anafalbetismo: 3.23%.<br />

Dados da Secretaria Municipal de Educação indicam 10 mil analfabetos.<br />

-Rede estadual<br />

Escolas: 36<br />

Alunos: 34.870<br />

Professores: 1.299<br />

-Rede Particular<br />

Escolas: 30<br />

Alunos: 17.020<br />

Professores: 908<br />

-Ensino Superior<br />

Universidades: três<br />

SAÚ<strong>DE</strong><br />

Hospitais: Três<br />

Unidades Básicas: 24 postos<br />

SEGURANÇA<br />

Polícia Civil: 2ª DRM, 4 Delegacias de Polícia, 1 Delegacia da mulher e 1<br />

Delegacia de Trânsito<br />

Brigada Militar: 15º BPM, CPM e 5 companhias<br />

Guarda Municipal: 140 guardas<br />

QUALIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> VIDA<br />

Expectativa de vida: 70,8 (Homens: 66,6 e mulheres: 75,1)<br />

Mortalidade infantil: 12,67 óbitos a cada 1 mil nascimentos (em 2004)<br />

Abastecimento de água: 110.302 ligações econômicas<br />

Coleta de esgoto: 10008 ligações à rede da Corsan (9,6%)<br />

Esgoto tratado: 2.764 ligações que coletam e tratam.<br />

Fonte: Prefeitura de Canoas in www.canoas.rs.gov.br, 2008.


79<br />

3.2 Crescimento da cidade<br />

Aos 69 anos de emancipação política, Canoas atingiu<br />

recentemente o terceiro lugar na lista de municípios gaúchos, com mais de 30<br />

mil habitantes, que gerou novos postos de trabalho com carteira assinada no<br />

Estado. Conforme dados 29 do Cadastro Geral de Empregados e<br />

Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o Município perde apenas<br />

para Porto Alegre, que está em 1º lugar - com 17.964 novas vagas, seguido de<br />

Novo Hamburgo (17.099).<br />

Para a diretora Neusa Bastos, da secretaria municipal de<br />

Desenvolvimento Econômico, três fatores levam a cidade a ter o 3º lugar na<br />

oportunidade de empregos: a proximidade com a Capital, possuir um dos<br />

maiores parques industriais do RS e o segundo PIB gaúcho.<br />

O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (Cics)<br />

de Canoas, Paulo Fritzen, comenta a evolução dos números: “em 2004, a<br />

cidade possuía 837 indústrias, 5.978 comércios e 10.642 serviços. Hoje são<br />

1.025, 7.516 e 12.912, respectivamente”. Segundo ele, se dá por dois<br />

aspectos: primeiro a área de serviços apresenta um processo natural de<br />

terceirização, seguido pelo crescimento PIB que ficou acima da média histórica<br />

dos últimos. “Nossa cidade apresenta no mínimo três setores que crescem<br />

acima da média, que são educação, saúde e logística”.<br />

29 O resultado da pesquisa do Caged consta na matéria entitulada “Canoas está em 3º lugar na<br />

oportunidade de empregos”, da repórter Daiane Poitevin, publicada na página 3, do Jornal<br />

Diário de Canoas. A edição data 23 de junho de 2008.


80<br />

3.3 Modernização<br />

A rápida modernização fez com que Canoas, aos poucos,<br />

mudasse suas características. Em novembro de 1984, a cidade ganha o metrô<br />

da Trensurb que passa a funcionar entre as avenidas Victor Barreto e<br />

Guilherme Shell – próximo ao espaço da antiga estação férrea (hoje Fundação<br />

Cultural de Canoas). São seis estações que dividem o Município<br />

(Canoas/Unilasalle, Niterói/UniRitter, Fátima, São Luiz/Ulbra, Mathias Velho e<br />

Petrobrás), no trecho da linha 1 - entre Porto Alegre e São Leopoldo.<br />

O fácil acesso à capital do RS e cidades vizinhas como<br />

Cachoeirinha, Esteio, Nova Santa Rita, Porto Alegre e Triunfo - pelas BRs 116,<br />

290 e 386 – fizeram com que Canoas se tornasse uma rota de passagem. Boa<br />

parte da população acaba se deslocando para trabalhar na Capital e arredores,<br />

o que faz com que o município seja considerado cidade-dormitório. Porém, o<br />

crescimento de setores produtivos - como indústria, comércio e serviços - vem<br />

mudando a imagem do município, que já se tornou para o RS uma das cidades<br />

economicamente mais importantes da Região Metropolitana.<br />

A localidade também atrai pessoas de outros lugares por causa<br />

do seu movimentado centro, literalmente cortado pela linha ferroviária e autoestradas.<br />

O comércio local conta com cerca de 5,5 mil estabelecimentos, com<br />

ampla variedade e grande participação no mercado da Região Metropolitana.<br />

Atualmente, o segmento é responsável por 24% das receitas canoenses. A<br />

cidade abriga quatro centros comerciais: o Conjunto Comercial Canoas, o<br />

Canoas Shopping, o Shopping Via Porcello e o Calçadão da Rua Tiradentes.<br />

No âmbito internacional, exporta óleo de soja, máquinas, implementos


81<br />

agrícolas e condicionadores de ar. Além disso, o município importa grãos de<br />

soja e trigo, chapas e barras de ferro.<br />

O crescimento, porém, trouxe para a cidade conseqüências<br />

negativas, como grande déficit habitacional e alta taxa de criminalidade.<br />

Mesmo assim, a cidade continua crescendo possivelmente pelo esgotamento<br />

da capacidade habitacional de Porto Alegre e por oferecer alternativa<br />

imobiliária mais barata.<br />

3.4 Comunicação nas empresas<br />

Diante dos problemas e desafios enfrentados pelos primeiros<br />

moradores da cidade, a comunicação já acontecia em Canoas. Nos primeiros<br />

tempos, ela estava presente mesmo que de forma informal nas conversas de<br />

família, amigos e vizinhos. À medida que população foi formando seus<br />

negócios, criou vínculos com a localidade, contribuindo para o fortalecimento<br />

dos relacionamentos e a necessidade de fidelizar o cliente.<br />

Incentivos imobiliários - como a venda de lotes da Coab a preços<br />

módicos - fizeram com que rapidamente a cidade se expandisse. Logo, as<br />

vastas áreas de terra que ainda restavam nos atuais bairros Mathias Velho e<br />

Guajuviras foram invadidas. Com isso, a cidade se dividiu em diferentes<br />

conglomerados sociais com multifacetados estilos de vida.<br />

Em razão disso, a comunicação também passou a abranger dois<br />

núcleos opostos: o formal, seguido pelas empresas; e o informal, produzido


82<br />

pelo popular nos bairros. Em nível de análise, conforme a proposta desta<br />

pesquisa, estaremos centralizando esforços para descrever as principais<br />

mídias até hoje vigentes.<br />

O principal veículo de Comunicação Social da cidade é o Jornal<br />

Diário de Canoas (do Grupo Editorial Sinos). Fundado em 1992, o periódico é o<br />

único jornal impresso diário do município. A imprensa local é formada ainda por<br />

dois semanários (O Timoneiro e o Correio de Notícias) e cerca de 10<br />

publicações de distribuição gratuita (Sinal Vermelho, jornais de bairro como<br />

Nossa Senhora das Graças e Niterói, dentre outros). Há ainda as rádios Pop<br />

Rock (de concessão da Ulbra) e Real, e duas emissoras comunitárias (rádios<br />

Fátima e Collaziol).<br />

Seguindo a tendência da cidade, a comunicação organizacional<br />

não atinge ramos ou setores específicos. A pesquisa de campo, realizada com<br />

mais de 80 empresas – provenientes dos maillings do Sindicato das Indústrias<br />

Metal Mecânicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan) e da Câmara da<br />

Indústria, Comércio e Serviços (Cics) de Canoas – mostra que as demandas de<br />

comunicação são trabalhadas por menos da metade das organizações.<br />

De acordo com os depoimentos, a maioria das empresas de<br />

pequeno porte considera que não há necessidade de contar com profissionais<br />

próprios ou serviços terceirizados de comunicação. Nos contatos telefônicos,<br />

realizado de fevereiro a março de 2008, muitos disseram não necessitar da<br />

área de comunicação social no dia-a-dia da sua empresa, enquanto outros<br />

citaram a falta de recursos para investir ou manter a mesma.<br />

Durante as abordagens, ficou claro a falta de conhecimento dos<br />

pequenos empresários sobre a área de comunicação e suas habilitações. Entre


83<br />

as formas de divulgar a empresa, alguns entrevistados citaram o boca-a-boca<br />

como prática mais freqüente e eficaz, além da indicação dos próprios clientes,<br />

contatos comerciais, feiras, folhetos, site, cartões de visita e a internet.<br />

Somente 30 empresas de Canoas informaram possuir ao menos<br />

um profissional direcionado para a área de comunicação e marketing, sendo<br />

estas na sua totalidade de médio a grande porte. Dentre elas, somente 11<br />

responderam ao questionário utilizado como base de análise para este estudo.<br />

Intitulada “A Comunicação no dia-a-dia das organizações”, a entrevista<br />

remetida às empresas de Canoas por e-mail, de março a maio de 2008, conta<br />

com perguntas abertas e fechadas - dentre informações sobre o entrevistado,<br />

dados de identificação da empresa e perguntas sobre comunicação<br />

organizacional.<br />

A seguir, uma breve identificação sobre as organizações que<br />

compõem a base de dados deste trabalho que busca traçar o perfil do<br />

profissional de comunicação que atua na cidade. Por motivos de segurança,<br />

em função da concorrência, o nome das organizações será preservado.<br />

3.5 Empresa A<br />

Com fábrica instalada em Canoas desde 1995, a Empresa A atua<br />

no ramo metal-mecânico, sendo uma das principais fabricantes de motores a<br />

diesel da América Latina. Os produtos da companhia atendem o setor<br />

automotivo nos segmentos veicular, agrícola, industrial e marítimo.<br />

A empresa é uma multinacional com matriz nos EUA,<br />

estrategicamente instalada no Mercosul para atender os clientes da região e


84<br />

trabalhar como base para exportação de produtos para todo o mundo. Conta<br />

com filiais também em São Paulo e na Argentina; totalizando 2.850<br />

funcionários (750 deles em Canoas). Hoje a Empresa A vende seus produtos<br />

para mais de 30 países das Américas do Sul, Norte e Central, Europa e<br />

Oceania.<br />

3.6 Empresa B<br />

A Empresa B é uma organização não governamental, sem fins<br />

lucrativos, de utilidade pública municipal, estadual e federal. Atua no município<br />

de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre e Vale dos Sinos desde 1983.<br />

O tipo da atividade desenvolvido por ela é o da habilitação e reabilitação,<br />

através de uma equipe multiprofissional e intersetorial.<br />

Possui o diferencial de ser uma instituição formada, administrada<br />

e mantida pelo trabalho da pessoa com deficiência, possuindo uma gestão<br />

auto-sustentável, sem princípios assistencialistas. Os empreendimentos e<br />

programas desenvolvidos são sustentados pelos recursos provenientes de<br />

parcerias e prestação de serviços para a iniciativa privada e empresas<br />

públicas, além dos convênios com a Prefeitura Municipal de Canoas e Governo<br />

Estadual do Rio Grande do Sul.<br />

Atualmente, a instituição possui cadastrados 3700 associados,<br />

sendo 70% pessoas com deficiência e 80% em situação econômica na faixa de<br />

carência de um salário mínimo.


85<br />

3.7 Empresa C<br />

Com atuação em Canoas desde 1908, a Empresa C é uma<br />

instituição de ensino particular e católica que conta com 80 profissionais – entre<br />

professores e corpo técnico administrativo – trabalhando para os mais de 1100<br />

alunos de educação infantil, ensinos fundamental, médio e profissional.<br />

A primeira escola da rede foi fundada em 1670, na França,<br />

espalhando-se para o mundo. Atualmente, são mais de 80 países que contam<br />

com instituições de ensino da rede – dentre as 1500 Comunidades Educativas<br />

que atingem, aproximadamente, um milhão de crianças, jovens e adultos. A<br />

escola do município possui mais de 50 salas de aula, dois ginásios esportivos,<br />

bibliotecas e laboratórios específicos por área de estudo. Além das turmas<br />

regulares, são oferecidas diversas atividades extra-classes.<br />

3.8 Empresa D<br />

A Empresa D percorre uma longa trajetória, desde 1946, ligada<br />

ao mercado de equipamentos e processos para a indústria de bebidas. Atua na<br />

fabricação de máquinas e aparelhos para indústria do açúcar, para destilados<br />

de álcool e aguardentes para indústria de bebidas (moendas, cozinhadores,<br />

filtros, cristalizadores, centrífugas, engenhos, alambiques, dosadores,<br />

misturadores, engarrafadores, arrolhadoras, rotuladoras, dentre outros).<br />

Os produtos e instalações da empresa são os resultados de<br />

longos anos de experiência acumulada no mercado latino americano e total<br />

integração com o grupo alemão, líder mundial no segmento. Conta com 300


86<br />

funcionários, sendo pioneira mundial na utilização da tecnologia de clarificação<br />

iônica para açúcar na indústria de refrigerantes, a Empresa D revolucionou o<br />

processo trazendo uma solução econômica, ecologicamente correta e acima de<br />

tudo que excede as exigências do mercado.<br />

3.9 Empresa E<br />

Desenvolvendo sistemas e equipamentos de segurança para os<br />

segmentos automotivo, residencial, comercial e industrial a Empresa E se<br />

mantém em atuação desde 1994. Sua unidade fabril está sediada em Canoas,<br />

Rio Grande do Sul, e nela são fabricados produtos como alarmes, travas<br />

elétricas, módulos para automação de vidros, e centrais de alarme, entre<br />

outros.<br />

A empresa conta com 90 funcionários, além de uma rede de<br />

representantes - com presença em pontos estratégicos do território nacional,<br />

que trabalham para levar informações úteis e atendimento personalizado a<br />

todos os clientes.<br />

3.10 Empresa F<br />

A Empresa F é uma rede de distribuição de autopeças, que<br />

nasceu da necessidade dos lojistas de São Paulo enfrentarem a concorrência.<br />

Em 1998, 12 empreendedores buscaram disponibilizar ações que auxiliam<br />

seus associados na venda varejista, como comunicação visual e de mídia,<br />

treinamento, promoções e atendimento diferenciado pelas fábricas.<br />

Hoje a


87<br />

rede conta com 65 lojas associadas no Estado de São Paulo em 29 municípios.<br />

A loja local possui 20 funcionários a disposição dos seus clientes.<br />

No Estado do Rio Grande do Sul, em pouco mais de quatro anos,<br />

a Empresa F conta com 65 lojas associadas em 30 municípios. Dentro do<br />

processo de expansão, em 2003 a rede se expandiu para Minas Gerais (55<br />

lojas em 23 municípios); em 2005 chegou ao Espírito Santo (20 lojas em oito<br />

Municípios); em 2006 foi para Santa Catarina (23 lojas em 17 municípios); e em<br />

breve estará em Curitiba, Paraná e Belém . Sua linha de produtos conta com<br />

25 renomados fabricantes de Autopeças, além da marca própria de Aditivo<br />

para radiador, Pastilha de freio, Disco de freio, Juntas Homocinética, dentre<br />

outros.<br />

3.11 Empresa G<br />

Com 46 anos de existência na cidade, a Empresa G é uma casa<br />

de saúde administrada por uma associação beneficente. Nela são atendidos<br />

por dia, em média, 486 casos de emergência e realizadas 47 internações.<br />

Noventa por cento de todos os procedimentos médicos ocorrem por meio do<br />

Sistema Único de Saúde.<br />

O hospital conta atualmente com 300 leitos, UTI (nível 2, com 20<br />

leitos), bloco cirúrgico, setor de convênios e SUS, além de 22 especialidades. A<br />

equipe é formada por 975 funcionários, sendo 200 médicos. Por mês são<br />

realizadas 1,5 mil internações, 600 cirurgias, 230 partos e diversos<br />

atendimentos de urgência e emergência.


88<br />

3.12 Empresa H<br />

Fundada em 1943, a Empresa H é uma instituição de ensino<br />

particular baseada nos princípios luteranos. Conta atualmente com 1,2 mil<br />

alunos, distribuídos em turmas de educação infantil, ensinos fundamental,<br />

médio e técnico. O colégio é uma das instituições mais antigas de Canoas e<br />

tem sua história marcada pela atuação de homens inovadores, preocupados<br />

com a formação educacional dos jovens canoenses e de municípios vizinhos.<br />

A rede de educação possui 27 escolas espalhadas em sete<br />

estados brasileiros. Quatorze delas localizando-se no Rio Grande do Sul. Além<br />

das atividades regulares em sala de aula, laboratórios e biblioteca, a escola<br />

oferece à comunidade atividades educacionais e culturais, saídas de estudo,<br />

eventos especiais e diversas atividades extracurriculares.<br />

3.13 Empresa I<br />

A Empresa I nasceu em 1967, no bairro Niterói em Canoas.<br />

Tendo como princípio a excelência do atendimento, seu fundador passou a<br />

vender produtos de qualidade a preços justos. Passados 41 anos, esta<br />

empresa tipicamente familiar tornado-se uma marca líder no mercado de<br />

óticas. Conta atualmente com sete lojas, laboratório próprio e serviço<br />

especializado, composto por 70 colaboradores diretos.<br />

Sempre preocupada em fornecer o melhor para seus clientes, a<br />

Empresa I trabalha com os últimos lançamentos em lentes e armação para<br />

óculos podendo, assim, dar a melhor visão com o maior conforto. Além de


89<br />

Canoas – que permanece como sede administrativa, possuindo três lojas no<br />

Centro - as atividades da empresa se expandiram para outras cidades do RS<br />

como Esteio, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha e Porto Alegre.<br />

3.14 Empresa J<br />

Instalada em Canoas desde 1996, a Empresa J é uma das<br />

organizações referência na cidade. Conta com 3.600 colaboradores, atuando<br />

como fabricante e distribuidora global de equipamentos agrícolas, destacandose<br />

em tecnologia com mais de 3.600 concessionárias independentes e<br />

distribuidores em mais de 140 países. Suas marcas incluem alguns dos mais<br />

respeitados nomes do setor - Massey Ferguson, Fendt, Challenger e Valtra.<br />

A fábrica de tratores, localizada no município, representa um dos<br />

principais centros mundiais de produção da empresa. A unidade possui um<br />

Centro Tecnológico equipado com bancos de testes de alta precisão para<br />

desenvolvimento de novos produtos. Capacitada para atender normas<br />

internacionais, ela está credenciada para cumprir as exigências do mercado<br />

externo. Seus produtos abastecem mais de 90 países.<br />

3.15 Empresa L<br />

A Empresa L é uma unidade hospitalar em operação em Canoas<br />

desde 2004 quando abriu suas portas parcialmente. Foi inaugurada<br />

oficialmente em outubro de 2007 para atender as demandas da área da saúde<br />

no município e cidades vizinhas da Região Metropolitana. Possui uma equipe


90<br />

multidisciplinar, formada por profissionais e estudantes da área da saúde e<br />

afins.<br />

Por meio de convênios particulares e Sistema Único de Saúde,<br />

são oferecidos no complexo hospitalar mais de 13 especialidades envolvendo<br />

consultas, exames e cirurgias. A Empresa L conta ainda com uma<br />

maternidade recém-inaugurada, setor de UTI e pronto-atendimento adulto e<br />

pediátrico 24 horas. Conta atualmente com 70 leitos em funcionamento (dos<br />

481 previstos para sua capacidade total), sendo que 70% dos seus<br />

atendimentos são prestados aos usuários do SUS.<br />

Conhecendo algumas características de Canoas, percebe-se que<br />

nos últimos anos esta cidade tornou-se um importante pólo de negócios para o<br />

Rio Grande do Sul. Possuidora de uma variedade de indústrias, comércios e<br />

serviços, a cidade é auto-sustentável economicamente, embora sua imagem<br />

ainda esteja associada à cidade-dormitório de Porto Alegre. Em meio a um<br />

cenário de ampla concorrência, apresentamos por meio do estudo de caso<br />

onze empresas de pequeno a grande porte, que atuam em setores produtivos<br />

do Município. Ambas contam com área, setor, departamento próprio ou<br />

terceirizado para atender suas demandas de comunicação social. Porém, como<br />

essas organizações encaram a comunicação no seu dia-a-dia? As implicações<br />

diferem, nem sempre com a mesma atenção, disponibilidade de recursos e<br />

equipe qualificada que a área necessita para vencer as crescentes demandas<br />

organizacionais.


91<br />

4 A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> NO DIA-A-DIA DAS ORGANIZAÇÕES<br />

Com um setor produtivo organizado e em plena expansão,<br />

Canoas já figura como uma das cidades do RS mais importantes<br />

economicamente para o Estado. Buscando verificar como as empresas locais<br />

se comportam em termos de comunicação social, optou-se em observar como<br />

a informação é tratada no dia-a-dia de 11 empresas da cidade. Conforme<br />

apresentadas anteriormente, estas organizações atuam nos ramos da indústria,<br />

comércio e serviços do município.<br />

Por meio da aplicação do questionário “A comunicação aplicada<br />

no dia-a-dia das empresas de Canoas”, foram coletados dados centralizados<br />

nos seguintes eixos: identificação da empresa e entrevistado, estrutura<br />

organizacional e comunicação empresarial. Fazem parte da análise<br />

exploratória, presente no corpo dos estudos de casos, 13 perguntas fechadas e<br />

24 perguntas abertas - conforme os modelos apresentados em anexo.<br />

Para sistematizar as informações descritas, emergiram as<br />

seguintes categorias: modelo de gestão, assessoria de comunicação,<br />

atendimento às demandas de comunicação, imagem da empresa,<br />

planejamento estratégico, comunicação empresarial, importância da<br />

informação, política de comunicação e públicos. Cada empresa, aqui


92<br />

denominada por uma letra do alfabeto – em função da não divulgação dos<br />

nomes, conforme convencionado com os entrevistados - terá associado a estes<br />

itens o conteúdo apresentado por seus profissionais. No final das colocações<br />

de cada empresa, serão apresentadas algumas considerações sobre os<br />

questionamentos propostos.<br />

4.1 Empresa A<br />

4.1.1 Modelo de Gestão: presidente;<br />

4.1.2 Assessoria de Comunicação: área de comunicação heterogênea.<br />

Formada por departamento de Marketing (publicitários,<br />

administradores com apoio de empresa terceirizada para Assessoria<br />

de Imprensa), e Comunicação Interna (jornalista, publicitário e<br />

administradora);<br />

4.1.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.1.3.1 Comunicação interna: ligado ao setor de Recursos humanos.<br />

É responsável pelo desenvolvimento e veiculação de<br />

informativos internos (eletrônicos, audiovisuais e impressos),<br />

pela organização de eventos internos e pelo fluxo de<br />

informações entre áreas, nas plantas da empresa e matriz;<br />

4.1.3.2 Marketing: além da venda e acompanhamento do mercado, é<br />

responsável pela inserção da imagem da empresa por meio de<br />

ações, eventos, publicidade ou relacionamento com a imprensa<br />

e comunidade.<br />

4.1.3.2.1 Assessoria de Imprensa: um profissional atua junto<br />

a uma empresa contratada para desenvolver textos,


93<br />

artigos e press releases e abastecer, especialmente,<br />

a imprensa especializada do setor;<br />

4.1.3.2.2 Publicidade e Propaganda: há um profissional que<br />

cuida da aplicação da marca, desenvolvimento da<br />

marca, assinatura da empresa. Algumas diretrizes<br />

são remetidas via matriz. Há suporte de agência<br />

para desenvolver anúncios ou outros;<br />

4.1.3.2.3 Relações Públicas: Não há departamento ou<br />

profissional para atender as demandas específicas<br />

da área;<br />

4.1.4 Imagem da empresa: mantém relacionamento com seus<br />

públicos, faz publicidade de seus produtos, divulga suas<br />

ações, preocupa-se com o fluxo de informações entre áreas e<br />

o desenvolvimento humano;<br />

4.1.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto,<br />

descentralizado por equipe (gerenciamento de projetos);<br />

4.1.6 Comunicação Empresarial: possui planejamento de<br />

Comunicação, cujo objetivo macro é manter o alinhamento<br />

anual definido pela diretoria. Programa de Comunicação:<br />

dividido em ações externas (rede de distribuidores, clientes e<br />

imprensa especializada) - participa de feiras e patrocina<br />

alguns eventos ligados ao negócio; e internas<br />

(desenvolvimento das pessoas) - trabalhando a liderança para<br />

manter a comunicação com as equipes, mantendo atualizados<br />

os canais de comunicação e desenvolvendo ações internas;


94<br />

4.1.7 Importância da informação: não faz pesquisa de mercado e<br />

opinião pública, mas realiza sondagens com clientes e<br />

fornecedores. Há processo de avaliação dos projetos, ações e<br />

serviços prestados;<br />

4.1.8 Política de comunicação: internamente é baseada em<br />

comunicação face a face (canais de comunicação, eventos,<br />

instrumentos e ações que buscam motivar os funcionários).<br />

Não há diretrizes formais, mas a comunicação é tida como um<br />

fator relevante para o sucesso das políticas de Qualidade,<br />

Ética e Segurança da empresa;<br />

4.1.9 Públicos: descritos de forma abrangente, por ordem de<br />

importância. Divididos em externos (acionistas/ investidores,<br />

clientes, imprensa/ formadores de opinião, fornecedores e<br />

comunidade) e internos (líderes, funcionários, família e<br />

comunidade, fornecedores/ terceiros).<br />

Conforme os dados apresentados, verifica-se que a Empresa A<br />

conta com um modelo de gestão centralizado no presidente. As demandas de<br />

comunicação empresarial estão divididas nos departamentos de Marketing e<br />

Comunicação Interna, contando com jornalistas, publicitários e<br />

administradores. Embora sua área de comunicação interna não conte com a<br />

habilitação de Relações Públicas, a Companhia está organizada para atender<br />

de forma integrada todas as suas atividades. Isso explica em parte, as<br />

demandas de Assessoria de Imprensa serem terceirizadas.


95<br />

No entanto, por se tratar de uma multinacional há capital para a<br />

contratação de agências especializadas, descentralizando serviços, o que<br />

atende a uma tendência atual do mercado. Suas ações são planejadas,<br />

concomitantemente com seus gestores - inclusive a comunicação, que deve<br />

estar alinhada com os interesses da diretoria. Verifica-se uma preocupação<br />

constante com o fluxo da informação e a qualidade de seus produtos e<br />

serviços, garantido assim uma imagem positiva perante seus públicos.<br />

4.2 Empresa B<br />

4.2.1 Modelo de Gestão: diretoria;<br />

4.2.2 Assessoria de Comunicação: setor de Comunicação e Marketing,<br />

formado por uma jornalista que atende ao cargo de Assessora de<br />

Imprensa;<br />

4.2.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.2.3.1 Assessoria de Imprensa: realizada internamente por<br />

uma jornalista no setor de Comunicação e Marketing.<br />

Divulga suas ações através de releases para imprensa<br />

local e do site;<br />

4.2.3.2 Publicidade e Propaganda: o setor de Comunicação e<br />

Marketing, juntamente com um arte-finalista, é responsável<br />

pelas demandas desta habilitação. Há parceria com uma<br />

agência para elaboração de algumas campanhas<br />

específicas;<br />

4.2.3.3 Relações Públicas: as funções que seriam realizadas por<br />

um profissional de Relações Públicas, também ficam a


96<br />

cargo do setor de Comunicação e Marketing. Em ocasiões<br />

esporádicas os setores de Recursos Humanos e Serviço<br />

Social também atuam nessa área;<br />

4.2.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, divulga<br />

suas ações, mantém relacionamento com a imprensa local e<br />

comunidade;<br />

4.2.5 Planejamento Estratégico: plano de ação por projeto. Cada projeto<br />

é ligado a um setor, onde o de Comunicação e Marketing dá suporte<br />

técnico no que diz respeito à divulgação;<br />

4.2.6 Comunicação Empresarial: para a empresa Planejamento de<br />

Comunicação são todas as ações que envolvem a divulgação de<br />

suas atividades, seja para público interno ou externo. Possui plano<br />

de comunicação, mas o entrevistado não cita como funciona;<br />

4.2.7 Importância da Informação: não realiza pesquisas de mercado e,<br />

ou opinião pública, mas faz avaliação de projetos, ações e serviços<br />

prestados;<br />

4.2.8 Política de Comunicação: questão não respondida;<br />

4.2.9 Públicos: questão não respondida.<br />

Sendo a Empresa B uma organização não governamental, conta<br />

com o modelo de gestão formado por uma diretoria. Possui setor interno de<br />

Comunicação e Marketing, que desempenha atividades das três habilitações<br />

(Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Relações Públicas). O plano de<br />

comunicação demonstra que a empresa está focada na divulgação de suas<br />

ações, seja para públicos internos como externos. Isso ocorre inclusive nos<br />

projetos cuja atuação do setor está limitada a dar suporte técnico aos


97<br />

profissionais de outras áreas - responsáveis pela atividade. Esse<br />

direcionamento vai de encontro à formação da única profissional da área de<br />

comunicação social (que é jornalista), em atuação na empresa.<br />

Observa-se também que a mesma não participa do planejamento<br />

estratégico da instituição e da tomada de decisões, cuja atuação é restrita as<br />

suas competências. Embora algumas parceiras sejam providenciadas para dar<br />

suporte a algumas demandas da área - como a agência que é voluntária para<br />

efetuar algumas campanhas, além do apoio de setores como Recursos<br />

Humanos e Serviço Social para atividades inerentes a Relações Públicas - fica<br />

claro que há carências no modelo de comunicação, conseqüente da falta de<br />

equipe consolidada.<br />

4.3 Empresa C<br />

4.3.1 Modelo de Gestão: diretoria;<br />

4.3.2 Assessoria de Comunicação: departamento de Comunicação e<br />

Marketing, formado por uma jornalista que está diretamente ligado ao<br />

diretor da instituição;<br />

4.3.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.3.3.1 Comunicação e Marketing: dentro do departamento atendem-se<br />

as demandas de Marketing, Publicidade e Propaganda e<br />

Assessoria de Imprensa. Responsável por organizar e fotografar<br />

eventos, atualizar o site, enviar releases, produzir textos e<br />

diagramar informativo, produzir banners e cartazes, convites de<br />

formatura, cartão para datas comemorativas e boletins<br />

escolares;


98<br />

4.3.3.1.1 Assessoria de Imprensa: são efetuadas internamente<br />

pelo departamento de Comunicação e Marketing.<br />

Divulga suas ações através de releases para os jornais<br />

locais, utilização do site do Colégio e envio de<br />

newsletters para as famílias;<br />

4.3.3.1.2 Publicidade e Propaganda: a empresa costuma fazer<br />

a publicidade de seus produtos, com demandas<br />

atendidas pelo departamento de Comunicação e<br />

Marketing;<br />

4.3.3.1.3 Relações Públicas: Não há profissional específico<br />

para atender estar habilitação;<br />

4.3.4 Imagem da empresa: preocupa-se com a marca, faz<br />

publicidade de seus produtos, divulga suas ações, mantém<br />

relacionamento com a imprensa local e as famílias;<br />

4.3.5 Planejamento estratégico: não possui, nem plano de ação por<br />

projeto. Conforme o entrevistado, existe um planejamento<br />

mínimo, mas não se traça um objetivo para isso;<br />

4.3.6 Comunicação Empresarial: a empresa não possui programa<br />

de comunicação específico. Sua mantenedora cuida do<br />

planejamento de marketing e comunicação da rede de<br />

instituições de ensino. O entrevistado coloca que tudo o que é<br />

feito pela pessoa responsável pela comunicação passa pela<br />

diretoria da empresa, que muitas vezes não compreende o que<br />

é um departamento de comunicação, por isso não sabe o que<br />

esperar dela. “A comunicação da empresa não tem


99<br />

planejamento, não tem verba específica, não tem autonomia e<br />

por isso considero que não temos planejamento;”<br />

4.3.7 Importância da Informação: não faz pesquisa de mercado e,<br />

ou opinião pública, nem há processos de avaliação de projetos,<br />

ações e serviços prestados;<br />

4.3.8 Política de comunicação: não há orientações direcionadas à<br />

área, somente sobre o uso da marca;<br />

4.3.9 Públicos: não há especificado a divisão entre internos e<br />

externos. Descritos por ordem de importância - pais de alunos,<br />

alunos, professores e funcionários.<br />

As informações expostas sobre a Empresa C mostram que seus<br />

gestores possuem uma visão restrita sobre a área de Comunicação Social.<br />

Mesmo a instituição possuindo departamento próprio, para atender as<br />

demandas de Marketing, Publicidade e Propaganda, e Assessoria de Imprensa<br />

há um direcionamento administrativo para as atividades. Observa-se também<br />

que o profissional responsável pela área, mesmo estando diretamente ligado<br />

ao diretor da empresa, não ocupa uma posição estratégica na mesma.<br />

Sem a existência de um planejamento, ou mesmo de uma política<br />

de comunicação cabe ao jornalista – único profissional atuante no<br />

departamento de Comunicação e Marketing - o papel de ser “tarefeiro”. Apesar<br />

do entrevistado não visualizar demandas de Relações Públicas, apregoam-se<br />

atividades inerentes às três habilitações. Por causa de sua formação, acaba-se<br />

dando destaque para as demandas de Assessoria de Imprensa atendendo<br />

tanto a públicos internos como externos. Sem a divisão de tarefas ou o apoio


100<br />

de outros profissionais e setores, o trabalho do departamento pode se tornar<br />

desconexo prejudicando os resultados e até mesmo a imagem da empresa.<br />

4.4 Empresa D<br />

4.4.1 Modelo de Gestão: conselho deliberativo e diretoria;<br />

4.4.2 Assessoria de Comunicação: não possui área própria de<br />

Comunicação Social, mas conta com setor de Marketing. Ele é<br />

formado por uma publicitária, que atua no cargo de Analista de<br />

Marketing – subordinada ao Gerente Comercial;<br />

4.4.3 Atendimento às demandas de Comunicação<br />

4.4.3.1 Marketing: desenvolve e mantêm os sistemas de informações<br />

comerciais e de mercado, gerencia o uso da identidade visual e<br />

marca da empresa, desenvolve materiais de divulgação e<br />

promocionais, desenvolve e administra a divulgação de<br />

materiais publicitários, desenvolve e administra a participação<br />

em feiras e eventos e representa a área Comercial dentro do<br />

processo de qualidade;<br />

4.4.3.1.1 Assessoria de Imprensa: possui parceria com empresa<br />

prestadora de serviços. A divulgação é feita através de<br />

anúncios em revistas especializadas e feiras do setor;<br />

4.4.3.1.2 Publicidade e Propaganda: faz a publicidade de seus<br />

produtos de forma terceirizada, através da parceria com uma<br />

agência;<br />

4.4.3.1.3 Relações Públicas: não existe setor ou profissional própria<br />

na empresa;


101<br />

4.4.4 Imagem da Empresa: cuida da marca, divulga suas ações, realiza a<br />

publicidade dos produtos e busca visibilidade em feiras do setor;<br />

4.4.5 Planejamento Estratégico: não possui plano de ação por projeto;<br />

4.4.6 Comunicação Empresarial: não há Programa de Comunicação. Não<br />

informou o que a empresa considera Planejamento de Comunicação;<br />

4.4.7 Importância da Informação: não faz pesquisas de mercado, mas<br />

realizada avaliação de projetos, ações e, ou serviços prestados;<br />

4.4.8 Política de Comunicação: não respondeu esta pergunta;<br />

4.4.9 Públicos: descreve por ordem de importância, divididos em internos<br />

(funcionários) e externos (clientes, fornecedores e comunidade).<br />

Conforme os dados apresentados, percebe-se que a Empresa D<br />

conta com o modelo de gestão dividido entre Conselho Deliberativo e Diretoria.<br />

Não possui setor próprio de comunicação social, restringindo sua visão de<br />

negócio à área comercial. A exemplo disso está a frente do setor de Marketing<br />

uma publicitária que é responsável pelos sistemas de informação comerciais e<br />

de mercado além de demandas técnicas de sua formação. Apesar de algumas<br />

atividades corresponderem às outras habilitações da área de comunicação<br />

(Jornalismo e Relações Públicas), há parceria com agência de Publicidade e<br />

serviços de Assessoria de Imprensa.<br />

No conteúdo exposto pelo entrevistado, não há qualquer menção<br />

de que a empresa trabalhe a informação internamente, pensando no público<br />

externo. Ou seja, o foco das ações está na venda e isso fica claro na descrição<br />

dos públicos – não havendo menção da mídia, ou outros setores da sociedade.<br />

Ao mesmo tempo, a empresa demonstra preocupação com a marca, busca


102<br />

visibilidade através da participação de eventos e divulga suas ações e<br />

produtos. Isso justifica a necessidade de um trabalho integrado de<br />

comunicação, o que ajudaria a fortalecer seu relacionamento com os públicos.<br />

4.5 Empresa E<br />

4.5.1 Modelo de gestão: diretoria;<br />

4.5.2 Assessoria de Comunicação: não existe setor de Comunicação<br />

Social na empresa. Um técnico em Eletrônica, estudante de<br />

Engenharia de Produção, atua no setor de Marketing e<br />

Desenvolvimento com o cargo de Técnico Eletrônico;<br />

4.5.3 Atendimento às demandas de comunicação:<br />

4.5.3.1 Marketing e Desenvolvimento: solicita serviços de criação, forma<br />

idéias e modos de abordagem, meio de aceitação tipo cliente final,<br />

revendedoras, concessionárias;<br />

4.5.3.1.1 Assessoria de Imprensa: “em feiras, formulamos algo<br />

antes e em cima disso trabalhamos nossos ideais para dar<br />

alguma declaração em veículo de notícias”. Divulgação por<br />

meio de catálogos, sites e feiras;<br />

4.5.3.1.2 Publicidade e Propaganda: não há setor ou<br />

departamento específico na empresa. A publicidade dos<br />

produtos é feita de forma terceirizada;<br />

4.5.3.1.3 Relações Públicas: não há setor ou departamento<br />

específico na empresa;<br />

4.5.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, busca<br />

visibilidade através de feiras, mantém relacionamento com clientes;


103<br />

4.5.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projetos (procedimento<br />

padrão com várias etapas de desenvolvimento);<br />

4.5.6 Comunicação Empresarial: não possui Programa de Comunicação.<br />

Para a empresa Planejamento de Comunicação “deve ser um meio de<br />

como abordar determinado assunto ou produto, de como vai ser<br />

lançado, qual importância vão dar a este produto. Acho que mais ou<br />

menos isso aí”;<br />

4.5.7 Importância da informação: a empresa faz pesquisa de mercado e<br />

opinião pública, e há processo de avaliação de projetos, ações e, ou<br />

serviços prestados;<br />

4.5.8 Política de Comunicação: a comunicação funciona através do site,<br />

catálogos, visitas a clientes e visita de clientes;<br />

4.5.9 Públicos: Não há divisão de internos e externos. Foram apontadas por<br />

ordem de importância concessionárias, distribuidores, atacados, lojas<br />

de som e alarmes e auto-elétricas.<br />

A Empresa E é comandada por uma diretoria. Mesmo não<br />

possuindo área de comunicação específica, demonstra que há demandas nas<br />

três habilitações. Atendendo às necessidades do seu cronograma de trabalho,<br />

direcionou um profissional Técnico em Eletrônica - que demonstra ter noções<br />

básicas, como observador, do setor de Marketing e Desenvolvimento.<br />

Conseqüentemente, a comunicação da empresa fica restrita aos seus públicos<br />

básicos. Observa-se, inclusive que o conteúdo do site institucional não<br />

comunica ou dá clareza sobre seu negócio e atuação no mercado.


104<br />

Outro ponto refere-se à padronização da empresa que trabalha<br />

por processos. Isso indica que o profissional da área não participa do<br />

planejamento das ações e da tomada de decisões. Não há também menção<br />

sobre algum tipo de gerenciamento da informação, indicando que as atividades<br />

seguem um modelo mecanicista. Ao mesmo tempo, nota-se que o setor faz<br />

mesmo que de forma restrita a divulgação da empresa através de catálogos,<br />

sites e feiras, e mantém um relacionamento comercial com os clientes. Isso<br />

justifica a necessidade de um trabalho integrado de comunicação, fortalecendo<br />

sua imagem perante o mercado.<br />

4.6 Empresa F<br />

4.6.1 Modelo de gestão: presidente, conselho deliberativo, diretoria;<br />

4.6.2 Assessoria de comunicação: conta com área de Comunicação<br />

Social, ligada ao departamento de Marketing.<br />

Não foi citada a<br />

formação do profissional que coordena as atividades;<br />

4.6.3 Atendimento às demandas de comunicação:<br />

4.6.3.1 Marketing: o profissional responsável pelo departamento<br />

coordena todas as ações planejadas, em conjunto com a<br />

diretoria. Apoiado pelo vice-presidente de Marketing, há<br />

reuniões semanais para fazer o acompanhamento das<br />

realizações e do andamento do plano de ação traçado para o<br />

ano/semestre;<br />

4.6.3.1.1 Assessoria de Imprensa: a empresa contrata assessoria<br />

externa, para trabalhos eventuais. “Por ser uma empresa de


105<br />

médio porte, opta por chamar assessoria externa quando está<br />

com alguma ação que exija maior exposição externa”;<br />

4.6.3.1.2 Publicidade e Propaganda: agência terceirizada presta apoio<br />

ao departamento de Marketing. Faz a publicidade paga de<br />

seus produtos para anunciar as promoções de suas lojas aos<br />

consumidores finais. Realiza campanhas internas para que as<br />

lojas associadas tomem conhecimento das autopeças com<br />

preços promocionais, e externas através de jornais, folders,<br />

rádio e materiais expostos nas lojas associadas;<br />

4.6.3.1.3 Relações Públicas: o entrevistado não deixa claro se há<br />

demandas atendidas por esta habilitação. Informa somente<br />

que “na verdade, todo trabalho de comunicação e marketing é<br />

planejado e executado pela mesma pessoa”;<br />

4.6.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, comunicase<br />

com seus públicos através de campanha promocionais, divulga<br />

suas ações quando considera mais significativo fazê-lo;<br />

4.6.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto. No início de<br />

cada semestre, a empresa revê o planejamento de Marketing e as<br />

ações previstas. Faz o balanço das atividades realizadas, em<br />

andamento e as que estão planejadas para o futuro;<br />

4.6.6 Comunicação Empresarial: Não conta com programa de<br />

Comunicação, pois faltam recursos financeiros para trabalhar no<br />

desenvolvimento de um planejamento institucional de comunicação.<br />

Porém, o entrevistado afirma mais adiante – quando perguntando o<br />

que para a empresa é planejamento de comunicação - que “esta é<br />

uma empresa que trabalha com planejamento de comunicação. A


106<br />

empresa planeja com antecedência as ações que fará com o público<br />

interno (associados) e com o público externo”;<br />

4.6.7 Importância da informação: não faz pesquisa de mercado e opinião<br />

pública, nem há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou<br />

serviços prestados;<br />

4.6.8 Política de Comunicação: foco comercial, priorizando espaços nas<br />

diferentes mídias (rádio, TV e jornais) de anúncios. Com isso, criamse<br />

campanhas publicitárias de curta duração com apoio de agência<br />

de publicidade;<br />

4.6.9 Públicos: descritos por ordem de importância, divididos em internos<br />

(associados) e externos (motoristas do Estado - acionistas, oficinas<br />

mecânicas e consumidores finais).<br />

De acordo com os dados apresentados, observa-se que a<br />

Empresa F move-se pela necessidade de sobrevivência no mercado. Isso<br />

explica o foco na publicidade e divulgação de seus produtos. Seu modelo de<br />

gestão conta com três eixos de comando: presidente, conselho deliberativo e<br />

diretoria. A necessidade constante de venda e visibilidade, ao mesmo tempo<br />

em que justificam o foco no marketing deixam claro a inexistência de um<br />

gerenciamento da informação. Ao mesmo tempo, observa-se que a empresa<br />

restringe o relacionamento com seus clientes deixando claro os interesses do<br />

negócio.<br />

Os investimentos em comunicação estão associados à dimensão<br />

dada pelos gestores para o apelo externo - como lançamentos de produtos e<br />

ações de maior visibilidade. Apesar de o entrevistado considerar que, a


107<br />

empresa planeja suas ações e realiza acompanhamento periódico dos<br />

resultados, verifica-se a falta de planejamento institucional em longo prazo.<br />

Isso faz com que seu capital informativo tenda para a venda direita deixando o<br />

cliente em segundo plano. Mantendo um trabalho integrado e contínuo de<br />

comunicação, contribui-se para o fortalecimento da imagem da empresa no<br />

mercado e o relacionamento com seus públicos.<br />

4.7 Empresa G<br />

4.7.1 Modelo de Gestão: diretoria (superintendência). Organograma<br />

institucional dividido em assembléia geral, presidente, conselho<br />

deliberativo e fiscal;<br />

4.7.2 Assessoria de comunicação: setor interno da empresa, composto<br />

por um jornalista. Está diretamente ligado à diretoria –<br />

superintendência;<br />

4.7.3 Atendimento às demandas de comunicação:<br />

4.7.3.1 Assessoria de Comunicação: engloba uma agência interna de<br />

criação e elaboração de planos e metas de comunicação e<br />

divulgação. Realiza o agendamento, organização e<br />

acompanhamento de entrevistas coletivas, contato permanente<br />

com a mídia, elaboração de textos (releases) enviados aos<br />

veículos de comunicação, divulgação de eventos, edição de<br />

jornais (distribuídos interna e externamente) e clipping de<br />

notícias veiculadas na mídia. Atende também as demandas de<br />

marketing e endomarketing;


108<br />

4.7.3.1.1 Assessoria de Imprensa: a Assessoria de Comunicação<br />

desenvolve este trabalho internamente, tendo a tarefa<br />

como uma das prioridades diárias do setor. Divulga suas<br />

ações através da web (maior parte newsletter, internet e<br />

intranet), jornal (diários e semanais, revistas locais), rádio<br />

(boletins duas vezes por semana) e impressos (folders,<br />

press releases, house organs);<br />

4.7.3.1.2 Publicidade e Propaganda: o setor responde a estas<br />

necessidades e indica terceiras quando as demandas são<br />

de maior complexidade. A publicidade de seus produtos é<br />

feita internamente;<br />

4.7.3.1.3 Relações Públicas: a Assessoria de Comunicação<br />

desenvolve também esta atividade, conforme as<br />

necessidades da instituição e demandas relacionadas à<br />

filantropia e seu papel social;<br />

4.7.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, divulga<br />

suas ações mantendo relacionamento com a mídia, demonstra<br />

preocupação com a melhoria contínua e, sobretudo, com a<br />

informação, trabalha questões referente à filantropia e seu papel<br />

social;<br />

4.7.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto, visando a<br />

resultados. Área de apoio baseada no modelo Gecon – Gestão de<br />

Informações;<br />

4.7.6 Comunicação Empresarial: há Plano de Comunicação desde<br />

janeiro de 2007. Por meio da Assessoria, desenvolve vários projetos<br />

voltados para os públicos interno e externo, com o objetivo de


109<br />

ampliar a relação com seu nicho de mercado. Para a empresa<br />

Planejamento de Comunicação é o “processo que administra as<br />

informações da instituição, elaborado pela Assessoria de<br />

Comunicação e aprovado pela alta administração. Realiza a<br />

intermediação da comunicação entre uma empresa, entidade ou<br />

pessoa física e os meios de comunicação, tendo como matéria-prima<br />

a informação, e como processo, sua abordagem na forma de notícia,<br />

utilizando técnicas próprias do jornalismo”. Numa segunda<br />

denominação: “projeto e setor que envolve todos os seus<br />

colaboradores e públicos na divulgação, imprensa, marketing e<br />

relações públicas em geral. Para tanto, o setor é denominado<br />

Assessoria de Comunicação com o objetivo de englobar uma<br />

agência interna de criação e elaboração de planos e metas de<br />

comunicação e divulgação”;<br />

4.7.7 Importância da Informação: o processo de pesquisas é realizado<br />

pelo setor de ouvidoria nas dependências do hospital e também por<br />

consultoria externa empresa para avaliar o clima organizacional bem<br />

como treinamento contínuo. Há avaliação dos projetos, ações e, ou<br />

serviços prestados;<br />

4.7.8 Política de Comunicação: definida por critérios e prioridades da<br />

superintendência, que por meio de seu plano estratégico, designa<br />

atividades pertinentes à divulgação e ações diárias as suas<br />

assessorias no organograma. A instituição é filantrópica e, assim,<br />

limita fatores de amplitude na mídia, mas mantém uma política de<br />

pró-atividade junto aos meios de comunicação. Destaque para o<br />

feedback aos veículos;


110<br />

4.7.9 Públicos: não houve divisão entre internos e externos. Por ordem de<br />

importância são descritos administrativo, assistencial, apoio, médicos<br />

e o público em geral atendido pela Casa de Saúde.<br />

Verifica-se que a empresa vê a comunicação de forma<br />

estratégica, colocando-a como suporte e apoio da diretoria. A assessoria de<br />

comunicação está estruturada para atender as demandas de Jornalismo,<br />

Publicidade e Propaganda, e Relações Públicas, embora não possua esta<br />

divisão de tarefas pela falta de profissionais específicos a cada habilitação.<br />

Participa do planejamento das ações e tomada de decisões. Sendo o único<br />

profissional em atuação na Assessoria de Comunicação um jornalista,<br />

evidencia-se que o direcionamento das atividades atende a sua formação<br />

(Assessoria de Imprensa), estabelecendo como processo a abordagem na<br />

forma de notícia com técnicas de Jornalismo. Assim, as demandas das outras<br />

habilitações (Publicidade e Propaganda e Relações Públicas) ficam atreladas a<br />

projetos.<br />

Conseqüentemente o resultado do trabalho nestas áreas ficará<br />

prejudicado. Isso é visualizado claramente, quando o entrevistado aponta que<br />

as atividades de Publicidade e Propaganda e de Relações Públicas são<br />

atendidas conforme necessidade da organização, e podem ser terceirizadas de<br />

acordo com a complexidade. Porém, há uma preocupação constante com a<br />

informação em todos os âmbitos comunicacionais. Isso fica claro, desde o<br />

planejamento estratégico, que utiliza plano de ação por projetos na busca de<br />

resultados através da Gestão da Informação. Esta prerrogativa engloba um<br />

plano estruturado de comunicação, contando com programa e política própria<br />

para o setor. A Assessoria de Comunicação é responsável por esta gestão,


111<br />

contando com apoio dos demais setores para trabalhar a informação como<br />

conteúdo da ação aos seus públicos.<br />

4.7 Empresa H<br />

4.8.1 Modelo de Gestão: diretoria e conselho deliberativo;<br />

4.8.2 Assessoria de Comunicação: não há departamento, ou setor<br />

interno da empresa que atenda diretamente as demandas da área de<br />

Comunicação Social;<br />

4.8.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.8.3.1 Assessoria de imprensa: desde setembro de 2007, conta com<br />

empresa prestadora de serviços. O trabalho é realizado por<br />

duas jornalistas terceirizadas. Divulgação de seus produtos por<br />

meio de materiais impressos como folders, anúncio em jornais e<br />

pela publicação de matérias não pagas;<br />

4.8.3.2 Publicidade e Propaganda: não há setor, departamento ou<br />

profissional para atender as demandas específicas da<br />

habilitação. “Diretoria e conselheiros escolhem que tipo de<br />

publicação fazer, sem qualquer tipo de estudo de produto<br />

(folder, propaganda em rádio, jornal e televisão, anúncios, etc.)<br />

ou veículo para circulação”. A empresa faz publicidade de seus<br />

produtos de forma interna e externa. Possui contrato com<br />

agência externa;<br />

4.8.3.3 Relações Públicas: não há setor, departamento ou profissional<br />

para atender as demandas desta habilitação na empresa;


112<br />

4.8.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, divulga<br />

seus produtos e ações mantendo relacionamento com a mídia,<br />

4.8.5 Planejamento Estratégico: o entrevistado informa que não há<br />

planejamento estratégico, nem plano de ação por projeto;<br />

4.8.6 Comunicação Empresarial: não há Programa de Comunicação. O<br />

entrevistado informa que a empresa não pensa em planejamento,<br />

sendo esse um dos desafios da empresa contratada que busca<br />

mostrar a importância de haver planejamento de ações – mas, este<br />

ainda não foi realizado;<br />

4.8.7 Importância da informação: não faz pesquisa de mercado e opinião<br />

pública, mas avalia os resultados de projetos, ações e, ou serviços<br />

prestados;<br />

4.8.8 Política de Comunicação: conforme o entrevistado, não existe<br />

política de comunicação. A direção quer que saiam informações<br />

sobre a escola independente da forma (paga ou gratuita);<br />

4.8.9 Públicos: por ordem de importância, foram divididos em internos<br />

(alunos e professores), e externos (comunidade do bairro Niterói).<br />

Conforme o conteúdo apresentando no questionário<br />

correspondente, a Empresa H demonstra essencialmente preocupação em<br />

divulgar seus serviços, na busca de novos alunos. Atendendo os anseios da<br />

sua diretoria, contratou uma empresa terceirizada para realizar a Assessoria de<br />

Imprensa. Porém, as atividades da mesma ficam restritas a contatos à<br />

divulgação e contatos com a mídia. Materiais de divulgação, por exemplo, são<br />

feitos com outros fornecedores de forma isolada. Observa-se também que, a<br />

diretoria não possui visão clara sobre as demandas de Relações Públicas que


113<br />

possivelmente são atendidas indiretamente, de forma interna e administrativa.<br />

Visivelmente, há problemas de comunicação na organização, já que a mesma<br />

não planeja suas ações e as executa de forma desconexa.<br />

A listagem de públicos, apresentada pelo entrevistado, mostra<br />

que a empresa – ou mesmo quem executa as demandas da área de<br />

Comunicação – possui uma visão restrita sobre os stakeholders e seu potencial<br />

no mercado. Isso também é conseqüência do formato de trabalho dado à<br />

empresa terceira, que não participa do planejamento organizacional e da<br />

tomada de decisões limitando-se a ser “tarefeira”. Dessa forma, fica claro que a<br />

empresa associa informação à imagem, priorizando a divulgação como forma<br />

de ganhar visibilidade para vencer a concorrência. Conseqüentemente, a<br />

comunicação não atinge nível estratégico na organização.<br />

4.9 Empresa I<br />

4.9.1 Modelo de Gestão: presidente;<br />

4.9.2 Assessoria de Comunicação: setor de Comunicação Social ligado<br />

ao Marketing. A equipe conta com três profissionais, chefiados por<br />

um jornalista (diretor de Marketing e Comunicação);<br />

4.9.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.9.3.1 Marketing: efetua campanhas promocionais, entrada de novos<br />

produtos, mídia, comunicação interna e externa, treinamento de<br />

novos produtos, impressos, matéria de expediente, entre outros;


114<br />

4.9.3.1.1 Assessoria de Imprensa: as demandas são atendidas<br />

conjuntamente com o Marketing. Divulgação das ações feitas<br />

nos mais diversos meios de comunicação;<br />

4.9.3.1.2 Publicidade e Propaganda: demandas atendidas<br />

conjuntamente com o Marketing. Publicidade dos produtos<br />

feita de forma interna e terceirizada (para mídia eletrônica);<br />

4.9.3.1.3 Relações Públicas: atende as demandas, conjuntamente<br />

com o Marketing;<br />

4.9.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, planeja e<br />

divulga suas ações para os meios de comunicação, mantém<br />

relacionamento com clientes e demonstra preocupação constante<br />

com a administração da informação para seu público;<br />

4.9.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto, do tipo<br />

coletivo, macro estratégia e estratégia direcionada;<br />

4.9.6 Comunicação Empresarial: não possui Programa de Comunicação.<br />

Para a empresa Planejamento de Comunicação é “estabelecer uma<br />

ligação entre a empresa e seu público (onde está inserida e onde<br />

pretende atuar). Administração da informação da empresa para seu<br />

público”;<br />

4.9.7 Importância da informação: não faz pesquisas de mercado e<br />

opinião pública, apenas a satisfação dos clientes. Há processo de<br />

avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados;<br />

4.9.8 Política de comunicação: usa-se e-mail, circular e Skipe 30 ;<br />

30 Software gratuito utilizado via internet para comunicação instantânea através de transmissão<br />

de voz – nos moldes da ligação telefônica - e mensagens de texto – como as salas de batepapo<br />

virtual, dentre outros serviços.


115<br />

4.9.9 Públicos: não apresentou divisão de internos e externos, nem<br />

indicou ordem de importância. “Variados devido às distintas<br />

localizações dos PDVs. Na divisão varejo: 60% mulheres, faixa etária<br />

dos 25 aos 50 anos, Classe B.”<br />

De acordo com os dados apresentados, verifica-se que a empresa<br />

mantém seu foco nos clientes trabalhando a informação para seus públicos.<br />

Possui modelo de gestão centralizado no presidente, cujo setor de<br />

Comunicação fica atrelado ao Marketing seguindo um foco comercial. As ações<br />

são direcionadas para as demandas existentes nas três áreas da comunicação<br />

social. Ambas são atendidas pela equipe - formada por três profissionais,<br />

gerida por um jornalista.<br />

Em conseqüência disso, há um direcionamento para interfaces<br />

com a mídia para divulgação dos produtos e ações, buscando a satisfação dos<br />

clientes. A política de comunicação é simples e direta, facilitando a circulação<br />

de informações dentro e fora da empresa. Observa-se também que há um<br />

alinhamento de atividades, com o planejamento estratégico o que demonstra<br />

que pelo menos o gestor do setor participa do planejamento das ações e da<br />

tomada de decisões. Concomitantemente, percebe-se que essas<br />

características vêm ao encontro da prática de uma Assessoria de Comunicação<br />

integrada.<br />

4.10 Empresa J<br />

4.10.1 Modelo de Gestão: diretoria;


116<br />

4.10.2 Assessoria de Comunicação: área de Comunicação Social ligada<br />

ao Marketing. A gerência de Recursos humanos é formada por um<br />

jornalista que faz a gestão do subsistema de comunicação interna,<br />

responsabilidade social e serviço social para as plantas da empresa<br />

para a América do Sul;<br />

4.10.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.10.3.1 Marketing: setor interno formado por um profissional de<br />

Publicidade e Propaganda e um profissional de Relações<br />

Públicas.<br />

4.10.3.1.1 Assessoria de Imprensa: demandas atendidas por uma<br />

prestadora de serviços terceirizada. Divulga suas ações<br />

por meio de revistas e jornais especializados do setor<br />

Agrícola, rádio, TV (canal rural, comerciais), eventos,<br />

feiras;<br />

4.10.3.1.2 Publicidade e Propaganda: conta com um profissional<br />

interno e agência contratada. Faz a publicidade de seus<br />

produtos de forma terceirizada;<br />

4.10.3.1.3 Relações Públicas: possui um profissional interno;<br />

4.10.4 Imagem da Empresa: divulga suas ações na mídia, faz publicidade<br />

de seus produtos, busca visibilidade em eventos do setor, preocupase<br />

com a circulação de informações dentro e fora da empresa,<br />

trabalha questões referentes à responsabilidade social e serviço<br />

social;<br />

4.10.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto;


117<br />

4.10.6 Comunicação Empresarial: possui Programa de Comunicação.<br />

Não respondeu sobre o que para a empresa é Planejamento de<br />

Comunicação;<br />

4.10.7 Importância da Informação: faz pesquisas de mercado e opinião<br />

pública anualmente, efetuadas por uma empresa especializada no<br />

ramo agrícola. Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou<br />

serviços de comunicação;<br />

4.10.8 Política de comunicação: não respondeu;<br />

4.10.9 Públicos: somente foram descritos os públicos externos (clientes<br />

finais e rede de concessionárias).<br />

A empresa J é uma multinacional, que possui como modelo de<br />

gestão uma diretoria. Organizada nos moldes de sua sede, possui a área de<br />

comunicação divida entre os setores de Marketing (demandas de Publicidade e<br />

Propaganda, Relações Públicas e Assessoria de Imprensa) e Recursos<br />

Humanos (Comunicação Interna). Esta organização, conforme o descrito pelo<br />

entrevistado, absorve as demandas das três habilitações da Comunicação<br />

Social, apoiadas por uma agência de Publicidade e Assessoria de Imprensa<br />

terceiras contratadas. O planejamento estratégico da empresa conta com plano<br />

de comunicação, onde questões referentes à política e planejamento de<br />

comunicação não foram respondidas por serem consideras informações<br />

sigilosas.<br />

Os dados apresentados revelam que a Empresa J possui uma<br />

preocupação constante com a informação e imagem organizacional. Chama<br />

atenção o direcionamento de um jornalista para atuar na área de Recursos


118<br />

Humanos, cuidando da comunicação interna. A divulgação de ações e produtos<br />

é segmentada, buscando visibilidade na mídia. Há investimentos para projetos<br />

de responsabilidade e serviço social junto à planta da América Latina. Observase<br />

ainda um detalhamento estratégico da informação, o que contribui para o<br />

relacionamento com os públicos da empresa. Com isso, percebe-se que essas<br />

práticas são resultados de um trabalho integrado de comunicação.<br />

4.11 Empresa L<br />

4.11.1 Modelo de gestão: reitor;<br />

4.11.2 Assessoria de Comunicação: setor de Comunicação Social, ligado<br />

à reitoria. Formado por um jornalista, que atua como assessor de<br />

comunicação social;<br />

4.11.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />

4.11.3.1 Assessoria de Comunicação: elaboração de material de<br />

divulgação da empresa, site, veículos de mídia impressa e<br />

eletrônica do Rio Grande do Sul, elaboração de revistas e jornais<br />

sobre a empresa;<br />

4.11.3.1.1 Assessoria de Imprensa: as demandas são atendidas pelo<br />

setor de Comunicação. Divulga suas ações através dos<br />

veículos de comunicação, mídia paga e internet;<br />

4.11.3.1.2 Publicidade e Propaganda: demandas atendidas pelo setor<br />

de Comunicação. Faz publicidade de seus produtos,<br />

atendendo às demandas internamente;


119<br />

4.11.3.1.3 Relações Públicas: não possui área ou profissional<br />

específico para essas demandas;<br />

4.11.4 Imagem da Empresa: divulga suas ações na mídia, faz publicidade<br />

de seus produtos constantemente;<br />

4.11.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto. “Geralmente<br />

são planificadas ações de marketing externo visando à captação,<br />

manutenção e integração dos públicos. A estratégia de divulgação de<br />

ingresso na instituição é permanente”;<br />

4.11.6 Comunicação Empresarial: possui Programa de Comunicação<br />

desde a década de 1980. Não respondeu o que para a empresa é<br />

Planejamento de Comunicação;<br />

4.11.7 Importância da Informação: a empresa faz pesquisas de mercado e<br />

opinião pública, além de avaliação de projetos, ações e, ou serviços<br />

prestados;<br />

4.11.8 Política de Comunicação: não respondeu esta pergunta;<br />

4.11.9 Públicos: não há divisão entre internos e externos, descritos por<br />

ordem de importância - estudantes, pacientes, colaboradores em<br />

geral.<br />

Com modelo de gestão centralizado no reitor, a empresa<br />

analisada segue a linha de trabalho do grupo ao qual está ligada. Isso pode ser<br />

observado na descrição de públicos, onde o entrevistado cita em primeiro lugar<br />

estudantes, seguido de pacientes. O planejamento estratégico também traz<br />

como foco a captação de novos alunos, e a divulgação contínua das formas de<br />

ingresso na instituição. Neste aspecto, pode-se observar que a Empresa L<br />

torna-se mais um produto do negócio principal do grupo. Dessa forma, a


120<br />

instituição associa a sua imagem à diversificação, buscando ampliar sua<br />

atuação no mercado. Com isso, observa-se que o setor próprio de<br />

Comunicação não é estratégico, mas “tarefeiro”, não participando do<br />

planejamento das ações e da tomada de decisões.<br />

As demandas de Publicidade e Propaganda e Assessoria de<br />

Imprensa são atendidas internamente, direcionadas conseqüentemente para o<br />

Jornalismo - formação do profissional atuante no setor. Conforme as atividades<br />

descritas pelo entrevistado, verifica-se que a informação é processada visando<br />

aos públicos externos. Não há dados que descrevam ou comprovem se há<br />

ações de comunicação interna efetuadas pelo setor. A falta de profissionais<br />

próprios para atender as áreas de Publicidade e Propaganda e Relações<br />

Públicas de forma integrada, pode prejudicar os resultados do trabalho e até<br />

mesmo trazer danos à imagem da empresa.


121<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

A partir das reflexões realizadas pode-se perceber que a<br />

comunicação é uma atividade inerente ao homem. Sua prática o acompanha<br />

no dia-a-dia, inclusive no mundo dos negócios. Porém, saber comunicar-se de<br />

forma eficaz e estratégica tem sido um grande desafio para os empresários ao<br />

longo de sua história. Em meio a um cenário de ampla concorrência, e acesso<br />

ilimitado à informação – gerado pela globalização - amplia-se a necessidade<br />

das empresas trabalharem o relacionamento com seus públicos.<br />

Por isso, algumas organizações modernas vêm elegendo<br />

profissionais de comunicação social para planejar e executar ações<br />

institucionais capazes de gerar visibilidade e credibilidade perante o mercado.<br />

Isso se dá por meio de um trabalho integrado, prioritariamente por jornalistas,<br />

publicitários e relações públicas. Agindo conjuntamente, o setor, departamento,<br />

ou assessoria terceirizada poderá atender simultaneamente diferentes frentes<br />

tornando a comunicação a mola propulsora para o desenvolvimento da<br />

empresa.<br />

Em meio às características das três habilitações da Assessoria de<br />

Comunicação, percebe-se que a informação é a base dos processos<br />

comunicativos - detentora do significado,<br />

torna-se agente da produção do


122<br />

conhecimento e tomada de decisões. Ampliando o diálogo com seus clientes,<br />

algumas empresas utilizam-se do ouvidor e do ombudsman para aproximar a<br />

empresa dos seus públicos. Para garantir um feedback positivo, basta que a<br />

função seja desempenhada por profissionais qualificados que saibam o quanto<br />

vale a imagem de uma empresa.<br />

Por meio de estudo de caso em onze empresas canoenses, de<br />

pequeno a grande porte e, que atuam em setores produtivos do Município,<br />

observa-se que a maioria (dez empresas) conta com área, setor ou<br />

departamento próprio de comunicação social. Destas, sete estão ligadas ao<br />

Marketing (agregando ao nome: setor ou departamento de Comunicação e<br />

Marketing). Nas demais, há dois setores únicos de Marketing (um dos casos,<br />

associado à área de desenvolvimento: setor de Marketing e Desenvolvimento).<br />

As duas empresas multinacionais possuem as demandas de comunicação<br />

divididas entre os Recursos Humanos (Comunicação Interna) e o Marketing<br />

(Mercado, Assessoria de Imprensa e Publicidade e Propaganda).<br />

Apesar dos entrevistados afirmarem que há demandas presentes<br />

no dia-a-dia das organizações para as três habilitações da área de<br />

comunicação social, somente três empresas demonstraram contar com algum<br />

tipo de trabalho multidisciplinar. O resultado desta união, defendida por Chinem<br />

(2006), através da multiplicidade de talentos, comprova que a Assessoria de<br />

Comunicação atinge uma posição estratégica da empresa perante o mercado.<br />

A gestão das atividades em sete empresas cabe a jornalistas. Nas<br />

demais, temos um publicitário à frente de um departamento de Marketing, e um<br />

técnico em eletrônica comandando um setor de Marketing e Desenvolvimento.<br />

Chama atenção a existência de apenas um profissional de Relações Públicas


123<br />

em atuação nas 11 organizações. Entre os serviços terceirizados, cinco delas<br />

contam com a prestação de serviços de Assessoria de Imprensa e oito com<br />

agências de Publicidade e Propaganda.<br />

Tomando como base a pesquisa de campo, realizada com 80<br />

empresas de Canoas – em que mais da metade, contatadas via telefone,<br />

afirmou não utilizar a comunicação no seu dia-dia – nota-se que a falta de<br />

conhecimento sobre a área e suas habilitações acaba inviabilizando<br />

investimentos e serviços. Somam-se a isso, a dificuldade de visualizar retornos<br />

financeiros, além dos gastos com impostos e mão-de-obra especializada. A<br />

resposta de muitos indicou também que esse tipo de serviço não é considerado<br />

essencial para 62,5% micro-empresários da cidade.<br />

Porém, verifica-se que 10 das 11 empresas que responderam aos<br />

questionários utilizados como objeto de pesquisa, possuem conhecimento<br />

prático sobre a área de comunicação social. Apenas um dos entrevistados não<br />

possui formação específica. Koplin & Ferraretto chegam a cogitar a<br />

possibilidade dos serviços de cada uma das habilitações serem<br />

desempenhados isoladamente. Nos casos em que não há divisão de tarefas, e<br />

um único profissional passa a atender todas as demandas da Assessoria de<br />

Comunicação verificam-se que a atuação do mesmo se restringe a sua<br />

habilitação. Dessa forma, reafirma-se o pensamento dos autores de que<br />

somente com sua aplicação conjunta – onde a ação de cada habilitação<br />

completa a outra - a organização poderá atingir os resultados de forma<br />

completa.<br />

Na tentativa de traçar o perfil dos assessores de comunicação em<br />

Canoas utilizo as características descritas pelos onze entrevistados. No geral,


124<br />

observo que, o objetivo da maioria das empresas locais em possuir Assessoria<br />

de Comunicação centraliza-se em dois eixos: assessoria de imprensa e<br />

publicidade e propaganda, para divulgação de produtos e serviços. A<br />

coordenação das atividades cabe geralmente a um jornalista que agregará as<br />

suas funções de gestor, tarefas administrativas e técnicas. Indiretamente,<br />

somam-se às demandas da área, atividades inerentes ao Relações Públicas,<br />

cujas ações poderão ser apoiadas por outros setores.<br />

Essa perspectiva de profissional “super homem” é comprovada<br />

por Ziegler quando diz que, o perfil desejável para as empresas requer o<br />

somatório de múltiplos conhecimentos e habilidades. No entanto, esta atitude<br />

gerencial colabora para a generalização das atividades de comunicação,<br />

ampliando sua abrangência de atuação. Dessa forma, o bom comunicador<br />

deve ter capacidade de relacionamento no mercado, saber vender seu<br />

trabalho, estabelecer uma rede de contatos, entender um pouco de<br />

administração, fotografia, diagramação, recursos humanos, ter desembaraço<br />

na hora de negociar, falar e evidenciar segurança perante os clientes.<br />

Acreditamos que o assunto proposto nesta pesquisa não se<br />

esgota com este trabalho pela ampla complexidade do tema. Das conclusões<br />

conquistadas, emergem novos questionamentos que servem de motivação<br />

para a realização de contínuas pesquisas nesta área.<br />

Pontos podem ser<br />

aprofundados, como: por que a Relações Públicas está perdendo mercado<br />

para o Jornalismo, no que diz respeito à atuação na Assessoria de Imprensa?<br />

Qual o papel do Marketing e Recursos Humanos na Assessoria de<br />

Comunicação moderna? E, que feedback o ouvidor e o ombudsman trazem às


125<br />

empresas?<br />

Dessa forma, o presente trabalho poderá possibilitar projetos<br />

futuros a serem aprofundados pelo meio acadêmico.


126<br />

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jan.2008.


133<br />

ANEXOS<br />

Questionário Empresa A<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXXXX*<br />

FORMAÇÃO: jornalismo (Comunicação Social, jornalismo)<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: analista sênior – RH – Comunicação Interna<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Área de Recursos Humanos, depto<br />

Comunicação Interna.<br />

(Breve apresentação da (s) função(ões) desempenhada (s) e equipe)<br />

Responsável pelo desenvolvimento e veiculação de informativos internos (por<br />

eletrônicos, audiovisuais e impressos), pela organização de eventos internos e pelo<br />

fluxo de informação entre áreas, entre as 3 plantas da empresa e entre a matriz nos<br />

EUA.<br />

Nossa área de comunicação é bem heterogênea: no MKT temos publicitários,<br />

administradores com apoio de empresa terceira em assessoria de imprensa. Na<br />

comunicação interna - jornalista, publicitário, administradora.<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXXXXXXX*<br />

Data da Fundação:<br />

Telefone: XXXXXX*<br />

Site: XXXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: metal-mecânica. Setor Automotivo.<br />

Número de Funcionários: 2.850 (nas 3 plantas: Sp, Canoas e Argentina). Em Canoas:<br />

750 pessoas.<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( X ) Sim ( ) Não. A quem está<br />

ligado? Comunicação interna ao RH (exercendo algumas funções da comunicação<br />

social), e assessoria de imprensa ligada ao Marketing e Vendas.<br />

Modelo de Gestão<br />

( X ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />

toma as suas decisões sem consultar o<br />

superior.<br />

( ) Outro. ________________


134<br />

Organograma simplificado: Presidente – 9 Diretores – 90 gerente.<br />

Presidente da América Latina reporta-se ao Presidente da Companhia nos EUA e o<br />

grupo todo reporta-se ao conselho de acionistas. Empresa de capital aberto.<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( X ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( X ) Sim ( ) Não<br />

Que tipo? Descentralizado por equipe e por meio de Projetos (método PMI para<br />

gerenciamento de projetos).<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? O departamento<br />

além de venda e acompanhamento de mercado, é responsável pela inserção da<br />

imagem da empresa por meio de ações, eventos, publicidade ou relacionamento com<br />

imprensa e comunidade.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Ligado ao<br />

Marketing. Há um profissional que cuida da aplicação da marca, desenvolvimento da<br />

marca, assinatura da empresa. Algumas diretrizes são remetidas via matriz nos<br />

Estados Unidos. Há suporte de agencia para desenvolver anúncios ou outros.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

(X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Um profissional<br />

ligado ao Marketing que atua junto a uma empresa contratada (CDI – Cada da<br />

Imprensa) para desenvolver textos, artigos e press relises e abastecer, especialmente,<br />

a imprensa especializada no setor.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( ) Sim ( X ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

Na comunicação externa trabalhamos especialmente em três frentes: rede de<br />

distribuidores (dealers), clientes e imprensa especializada. A empresa é patrocinadora<br />

de alguns eventos como formula truck e participa ativamente de feiras de engenharia<br />

automobilista ou feiras de parte/peças (Fenatran, Expo SAE, etc.). É uma estratégia<br />

para manter relacionamento com publico consumidor final de nossos clientes, uma vez<br />

que fornecemos peças.<br />

Na comunicação interna assumimos um compromisso de ser aliados no<br />

desenvolvimento das pessoas: sustentando a liderança para manter a comunicação<br />

com suas equipes (informes, reuniões, orientações, desenvolvimento), mantendo<br />

atualizados os canais de comunicação e desenvolvendo ações internas.<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

A comunicação interna é baseada em comunicação face a face. Temos canais de<br />

comunicação interna, eventos, instrumentos e ações que buscam harmonizar e


135<br />

motivar os funcionários. Além disso, as ações de Rh (em conjunto está a comunicação<br />

interna) tem como desafio identificar ou incentivar a identidade com as competências<br />

chave da empresa: Simplicidade, Qualidade em tudo que faz, Gostar do que faz,<br />

austeridade nas despesas, Agilidade, Capacidade de mudanças, .<br />

Apesar disso não há uma política formalizada e publicada em comunicação. A<br />

comunicação é um fator relevante para o sucesso das Políticas de Qualidade, Ética e<br />

Segurança da empresa.<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Externos:<br />

Acionistas/investidores<br />

Clientes<br />

Imprensa/Formadores de Opinião<br />

Fornecedores<br />

Comunidade<br />

Interno:<br />

Líderes<br />

Funcionários<br />

Família e Comunidade<br />

Fornecedores/Terceiros<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( X) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?___________<br />

A demanda é feita por equipe interna com suporte de empresas contratadas.<br />

Como divulga suas ações? Participação em feiras – divulgação: assessoria de<br />

imprensa para notas em jornais e revistas do ramo, anúncios em revistas<br />

especializadas.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( X ) Sim ( ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim ( X ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Realiza pesquisa e sondagens com clientes e fornecedores.<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( X ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

O planejamento da comunicação é feito em separado para Marketing e Comunicação<br />

Interna, mas ambos setores têm como desafio macro manter o alinhamento anual<br />

definido pela Diretoria.<br />

Na comunicação interna criamos um tema macro que serve de pilar norteador para<br />

ações a serem desenvolvidos. Na pesquisa de clima ou em pesquisas pontuais sobre<br />

os canais de comunica interna mensuramos o atingimento das metas ou não.<br />

Este ano, por exemplo, temos dois temas a desenvolver e multiplicar internamente:<br />

dirigindo para o crescimento e internacionalização da empresa. Para isso, canais e<br />

ações já estabelecidos se encharcam destes temas e novas ações são pensadas para<br />

que se consiga disseminar os conteúdos relevantes a este novo momento da<br />

companhia. Ainda não definimos índices métricos para aferir resultados na área de<br />

comunicação interna, mas vejo este sendo o nosso próximo desafio.


136<br />

Questionário Empresa B<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Jornalista – assessora de imprensa<br />

FORMAÇÃO: Comunicação Social – habilitação Jornalismo<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXXX*<br />

Data da Fundação: 23/05/1983<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades:<br />

Número de Funcionários:<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim ( ) Não. A quem está<br />

ligado? __________________________________________________<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( x ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Que tipo?<br />

Cada projeto da XXXXX* [Empresa B] é ligado a um setor que fica responsável<br />

pelo plano de ação. Nesse caso, o Setor de Comunicação e Marketing dá suporte<br />

técnico no que diz respeito à divulgação.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

O setor de Comunicação e Marketing, juntamente com o arte finalista são os<br />

responsáveis pela área de publicidade e propaganda. Além disso, esse ano a<br />

XXXX* [Empresa B] está realizando uma parceria com [um] a agência XXXX*,<br />

para a elaboração de algumas campanhas específicas.


137<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

As funções que seriam realizadas por um profissional de Relações Públicas,<br />

também ficam a cargo do Setor de Comunicação e Marketing. Em ocasiões<br />

esporádicas, os setores de RH e Serviço Social também atuam nessa área.<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

_____________________________________________________________<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?<br />

A demanda é feita internamente.<br />

Como divulga suas ações? Através de releases para a imprensa local e do seu<br />

site.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( ) Sim ( x ) Não.<br />

A XXXX* [Empresa B] não possui contrato, mas uma agência de publicidade<br />

trabalha como voluntária para a Associação, em campanhas pontuais.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( x ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

Para a XXXX* [Empresa B] planejamento de comunicação são todos as ações<br />

que envolvem a divulgação de suas atividades, seja para o público interno ou<br />

externo.


138<br />

Questionário Empresa C<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />

FORMAÇÃO: Jornalista. Mestranda em Comunicação<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Assessora de Comunicação e Marketing<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Comunicação e Marketing<br />

(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação: 1908<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Educação<br />

Número de Funcionários: 80<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim (X) Não. A quem está<br />

ligado? Existe uma pessoa que cuida de tudo que o colégio entende que é<br />

comunicação: Banners, cartazes, atualizar o site, enviar releases, organizar festa...<br />

Enfim a pessoa responsável pela comunicação fica diretamente ligada ao Irmão diretor<br />

da instituição.<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

(X) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( ) Sim ( x) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( ) Sim (X) Não<br />

Que tipo? Existe um planejamento mínino. Por exemplo: quem vai fotografar? Quem<br />

vai fazer o texto sobre o evento, mas não se traça um objetivo para isso.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

(X) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

Dentro do departamento de comunicação e marketing atendo as três áreas: Marketing,<br />

PP e Assessora de imprensa. Como única pessoa do setor fica responsável por<br />

fotografar todos em eventos do Colégio, atualizar site, enviar releases, produzir textos<br />

em diagramar informativo encartado no jornal ZH uma vez por mês. Também produz<br />

cartazes, convites de formatura, cartão para datas comemorativas e boletins<br />

escolares.


139<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( ) Sim ( x) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

( ) Sim (x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( ) Sim ( x) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( ) Sim ( x) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

Existe um planejamento de Marketing e de comunicação desenvolvido pela<br />

mantenedora que é quem cuida da marca Rede XXXXX* [Empresa C].<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

Nunca recebi orientações sobre política de comunicação. Alguns detalhes como o uso<br />

de alguns termos (Colégio ao invés de escola), o cuidado com as palavras XXXX* e<br />

XXXX* [referentes a Empresa C].<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Pais de alunos, alunos, professores e funcionários.<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

(x) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?<br />

Como divulga suas ações? Releases para os jornais locais. Utilização do site do<br />

Colégio, envio de newletter para as famílias.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( ) Sim (X) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim (X) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( ) Sim (X) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

Geralmente fico responsável por fotografar e divulgar. Não se planeja os objetivos<br />

essa divulgação. Na maioria das vezes as fotografias servem apenas para registro<br />

histórico. Tudo que é feito pela pessoa responsável pela comunicação passa pela<br />

direção do Colégio, que muitas vezes não compreende o que é um departamento de<br />

comunicação e por isso não sabe o que esperar dele. A comunicação do Colégio não<br />

tem um planejamento, não tem uma verba específica, não tem autonomia e por isso<br />

considero que não temos planejamento.


140<br />

Questionário Empresa D<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: ANALISTA <strong>DE</strong> MARKETING<br />

FORMAÇÃO: <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL – PUBLICIDA<strong>DE</strong> E PROPAGANDA<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXXX*<br />

Data da Fundação: 07/03/1946<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Indústria metalúrgica. Equipamentos para as indústrias de<br />

bebidas.<br />

Número de Funcionários: 300<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim ( X) Não. A quem está<br />

ligado? __________________________________________________<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( X ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( X ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe toma<br />

as suas decisões sem consultar o superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( X) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( ) Sim ( X ) Não<br />

Que tipo? ______________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

( X ) Sim ( ) Não.<br />

Resumidamente o que o departamento executa?<br />

– Desenvolver e manter o sistema de informações comerciais, com<br />

relatórios, estatísticas e indicadores de nossa atuação no mercado.<br />

– Desenvolver e manter o sistema de informações de mercado, baseado<br />

no sistema de relatórios de Gerentes de Conta e informações colhidas<br />

no mercado.<br />

– Gerenciar o uso da identidade visual e marcas da empresa.<br />

– Desenvolver materiais de divulgação.<br />

– Desenvolver materiais promocionais.<br />

– Desenvolver e administrar a divulgação de materiais publicitários.<br />

– Desenvolver e administrar a participação em feiras e eventos.<br />

– Representa área comercial dentro do processo de qualidade PGQP


141<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Vide acima.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

( ) Sim ( X ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( ) Sim (X ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( ) Sim ( X ) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

_____________________________________________________________<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Internos são os funcionários. Externos são clientes, fornecedores, comunidade.<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( X ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Terceirizada.<br />

Como divulga suas ações? A divulgação é feita através de anúncios em revistas<br />

especializadas e também em feiras do setor.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Contratamos por trabalho, porém possuímos parceria com uma<br />

agência de publicidade e outra com assessoria de imprensa.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim ( X) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( X ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

_____________________________________________________________<br />

_____________________________________________________________<br />

_____________________________________________________________<br />

Questionário Empresa E<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS


142<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />

FORMAÇÃO: Tec.Eletronico / eng.de produção<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: técnico eletrônico<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Marketing /Desenvolvimento<br />

(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />

Somente eu no setor<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação:desde 1994<br />

Telefone:XXXX*<br />

Site:www.XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Eletrônicos<br />

Número de Funcionários: 90<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim (x ) Não. A quem está<br />

ligado? __________________________________________________<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

(x ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />

toma as suas decisões sem consultar o<br />

superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

(x ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

(x ) Sim ( ) Não<br />

Que tipo? Existe um procedimento padrão com varias etapas de desenvolvimento.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

(x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Solicita serviços<br />

de criação, forma idéias modos de abordagem, meio de aceitação tipo cliente final,<br />

revendedores, concessionárias.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

(x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Em feiras que<br />

participamos, formulamos algo antes de ir, em cima disso trabalhamos nossos ideais<br />

para alguma declaração a dar a algum veiculo de noticias.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( ) Sim (x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? __<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( ) Sim (x ) Não. Desde quando?


143<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

Nossa comunicação funciona através do site,catálogos,visitas a clientes e visita de<br />

clientes.<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

As concessionárias,os distribuidores,os atacados,as lojas de som e alarmes e as auto<br />

elétricas.<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Terceirizada<br />

__________<br />

Como divulga suas ações? Catálogos, sites,feiras.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

(x ) Sim ( ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

(x ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

Deve ser um meio de como abordar determinado assunto ou produto,de como vai ser<br />

lançado,qual importância vão dar a este produto,acho que mais ou menos isso aí.<br />

__________________________________________________________<br />

Questionário Empresa F<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />

FORMAÇÃO: Jornalista (Unisinos) com pós-graduação em Marketing – ênfase em<br />

administração de vendas (Feevale)<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Assessora de Imprensa<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Departamento Marketing<br />

(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação: 26/01/1998<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades:


144<br />

A XXXX* [Empresa F] é uma empresa que funciona como uma espécie de<br />

cooperativa, à qual pequenos revendedores de autopeças se associam em busca de<br />

competitividade e de condições para concorrer com os grandes revendedores.<br />

Participando da XXXX* [Empresa F], que juridicamente é formada como uma empresa<br />

dividida em cotas, os sócios podem fazer compras em grandes quantidades, dividindo<br />

custos e as vantagens das compras em grandes volumes.<br />

Número de Funcionários: 20<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim<br />

ligado?<br />

( ) Não. A quem está<br />

Ao Departamento de Marketing da empresa<br />

_________________________________________________<br />

Modelo de Gestão<br />

(x ) Presidente<br />

( x) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( x ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />

toma as suas decisões sem consultar o<br />

superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

(x ) Sim ( ) Não<br />

Que tipo? No início de cada semestre, a empresa revê o planejamento de marketing e<br />

as ações nele previstas, e faz o balanço das atividades realizadas, as atividades em<br />

andamento e as que estão planejadas para o futuro.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

(x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

A profissional responsável pelo departamento de marketing é a coordenadora de todas<br />

as ações planejadas no início de cada semestre, em conjunto com a diretoria. Este<br />

departamento está apoiado por uma vice-presidência de marketing (formada por<br />

empresários associados à Rede) que se reúne uma vez por semana, para fazer o<br />

acompanhamento das realizações e do andamento do plano de ação traçado para o<br />

ano/semestre.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

A pessoa responsável pelo planejamento de marketing contrata agência para apoiar<br />

nesta área, mas as decisões são do departamento de marketing, junto com a diretoria.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?


145<br />

A empresa contrata assessoria externa, para trabalhos eventuais. Por ser uma<br />

empresa de médio porte, a XXXX* [Empresa F] opta por chamar assessoria externa<br />

quando está com alguma ação que exige maior exposição externa.<br />

_<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

Na verdade, todo o trabalho de comunicação e marketing é planejado e executado<br />

pela mesma pessoa.<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( ) Sim ( x) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

A empresa atua com uma comunicação mais comercial, em que precisa de espaços<br />

nas diferentes mídias (especialmente rádio, televisão e jornais) de anúncios. São<br />

momentos em que são criadas e desenvolvidas campanhas publicitárias, geralmente<br />

de curta duração, com apoio da agência de publicidade. Por falta de recursos<br />

financeiros, a empresa consegue trabalhar pouco no desenvolvimento de um<br />

planejamento institucional de comunicação.<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

O público interno são os associados – hoje em torno de 75 empresas de todo o Rio<br />

Grande do Sul, que precisam saber dos novos produtos adquiridos pela sociedade, e<br />

sobre campanhas promocionais realizadas a partir da conquista de bons preços para<br />

determinados produtos.<br />

O público externo são todos os motoristas do Estado, que compram autopeças, e as<br />

oficinas mecânicas. Na verdade, XXXX* [Empresa F] tem três públicos: seus<br />

acionistas, as oficinas mecânicas, que podem comprar autopeças nas revendas<br />

associadas à Rede, e os consumidores finais, que compram autopeças nas lojas<br />

associadas.<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

(x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?___________<br />

Sim, a empresa faz publicidade paga, para anunciar aos consumidores finais as<br />

promoções de suas lojas, obtidas através de compras em grandes volumes, e faz<br />

campanhas internas, para que as lojas associadas tomem conhecimento das<br />

autopeças com preços promocionais. As campanhas externas são feitas através de<br />

jornais, folders distribuídos publicamente e de rádio, e através de materiais de<br />

divulgação expostos nas lojas associadas.<br />

Estas campanhas são feitas por agência contratada, que planeja as campanhas,<br />

sempre com a participação do departamento e da vice-presidência de marketing da<br />

empresa.<br />

Como divulga suas ações?


146<br />

Quando as ações são mais significativas, contrata assessoria de imprensa para estas<br />

ações específicas.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim (x ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( ) Sim (x ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

Esta é uma empresa que trabalha com planejamento de comunicação. A empresa<br />

planeja com antecedência as ações que fará com o público interno (os associados) e<br />

com o público externo.<br />

Questionário Empresa G<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL<br />

FORMAÇÃO: JORNALISTA<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação: 29/06/1962<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Saúde / é um Hospital filantrópico e privado.<br />

Número de Funcionários: 980<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim ( ) Não. A quem está<br />

ligado?<br />

No organograma institucional, está diretamente ligado a Diretoria – Superintendência.<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

(x ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />

toma as suas decisões sem consultar o<br />

superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

• A mantenedora XXXX* possui<br />

Assembléia Geral, Presidente,<br />

conselhos, deliberativo e fiscal.<br />

3) Comunicação Empresarial


147<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

(x ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

______________________________________________________<br />

Que tipo? Plano de Ação Estratégica – por resultados – sendo área de apoio baseado<br />

no modelo Gecon – Gestão de Informações. XXXX*<br />

______________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

( x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

A Assessoria de Comunicação responde por estas demandas. Marketing e<br />

endomarketing.<br />

______________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

A Assessoria de Comunicação responde a estas necessidades e indica terceiras<br />

quando as demandas forem de maior complexidade.<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

A Assessoria de Comunicação desenvolve este trabalho, tendo a tarefa como uma das<br />

prioridades diárias do setor.<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

A Assessoria de Comunicação desenvolve também esta atividade conforme as<br />

necessidades da instituição e demandas relacionadas a filantropia e seu papel social.<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Desde quando? Desde janeiro de 2007 com a entrada da gestão<br />

atual.<br />

Como funciona?<br />

Por meio da Assessoria que desenvolve vários projetos voltados aos públicos interno e<br />

externo, com o objetivo de ampliar a relação com seu nicho de mercado.<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

É definida por critérios e prioridades provenientes da Superintendência, que por meio<br />

de seu plano estratégico, designa atividades pertinentes a divulgação e ações diárias


148<br />

às suas assessorias no organograma. A instituição é filantrópica e assim, limita fatores<br />

de amplitude na mídia, mas mantém uma política de pro atividade junto aos meios de<br />

comunicação. Destaque para o feedback aos veículos.<br />

_____________________________________________________________<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Administrativo, Assistencial, Apoio, Médicos e público em geral atendido pela Casa de<br />

Saúde.<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?<br />

Interna<br />

_________________________________________________________________<br />

Como divulga suas ações?<br />

Web – maior parte newsletter, internet e intranet<br />

Jornal – diários e semanais, revistas locais<br />

Rádio – boletins duas vezes por semana,<br />

Impressos- folders, press releases, house organs<br />

______________________________________<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

A XXXX* (Estúdio e agência responsável pelo novo layout e logomarca do hospital)<br />

XXXX*<br />

O processo de pesquisa é realizado pela ouvidoria do hospital, nas dependências da<br />

instituição e também por consultoria externa, XXXX* para avaliar o clima<br />

organizacional em processo minucioso, bem como treinamento contínuo, como, por<br />

exemplo, o programa Atnedo Bem e Resolvo que atingiu todo o público interno. Novas<br />

pesquisas estão em desenvolvimento e devem atingir todos os públicos.<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( x) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

1 - Processo que administra as informações da instituição, elaborado por uma<br />

Assessoria de Comunicação (Ascom) e aprovado pela alta direção. A Ascom realiza a<br />

intermediação da comunicação entre uma empresa, entidade ou pessoa física e os<br />

meios de comunicação, tendo como matéria-prima a informação e, como processo, sua<br />

abordagem na forma de notícia, utilizando técnicas próprias do Jornalismo.<br />

2 - Projeto e setor que envolva todos os seus colaboradores e públicos, na divulgação,<br />

imprensa, marketing e relações públicas em geral. Para tanto, o setor é denominado<br />

de Assessoria de Comunicação, com o objetivo de englobar uma agência interna de<br />

criação e elaboração de planos e metas de comunicação e divulgação.<br />

Exemplos:


149<br />

Realizar um levantamento das atividades, projetos, ações e serviços do seu cliente,<br />

fazendo o possível para que isso se torne notícia a ser publicada de forma gratuita;<br />

• Agendamento e acompanhamento de entrevistas coletivas, facilitando o<br />

trabalho do entrevistado e do entrevistador;<br />

• Contato permanente com a mídia, sugerindo pautas e fazendo esclarecimentos<br />

necessários para a eficiência da matéria jornalística a ser publicada;<br />

• Elaborar textos (releases), que são enviados para os veículos de comunicação;<br />

• Divulgar eventos;<br />

• Editar jornais (que podem ser distribuídos interna e externamente);<br />

• Organizar entrevistas coletivas;<br />

• Dar orientações de como lidar com a imprensa;<br />

• Montar clippings - eles reúnem recortes de jornais e revistas nos quais o seu<br />

cliente apareceu ou matérias veiculadas na TV;<br />

• Sugerir assuntos que podem ser interessantes para a mídia.<br />

Enfim, comunicação é também planejamento de médio e longo prazo, depois de<br />

definida a imagem que a empresa procura.<br />

Questionário Empresa H<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: diretora<br />

FORMAÇÃO: jornalista<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXXX*<br />

Data da Fundação: setembro de 2007<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: consultoria na área de jornalismo<br />

Número de Funcionários: XXXX* diretor<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim (x) Não. A quem está<br />

ligado? __________________________________________________<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( x ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />

( ) Outro. ________________<br />

3) Comunicação Empresarial


150<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( ) Sim ( x ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( ) Sim ( x ) Não<br />

Que tipo? ______________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de marketing?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Diretor e<br />

conselheiros escolhem que tipo de publicação fazer, sem qualquer tipo de estudo de<br />

produto (folder, propaganda em rádio, jornal e televisão, anúncios,...) ou veículo para<br />

circulação.<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de assessorias de imprensa?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

Desde setembro de 2007 [um]a XXXX* Consultoria em Comunicação se encarrega de<br />

fazer a assessoria de imprensa da escola.<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />

demandas de relações públicas?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

Não existe uma política de comunicação no [a Empresa H] XXXX*. A direção quer<br />

apenas que saiam informações sobre a escola independente da forma (paga ou<br />

gratuita)<br />

_____________________________________________________________<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Interno: alunos e professores<br />

Externo: comunidade do bairro Niterói<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Das duas formas<br />

___________<br />

Como divulga suas ações? Através de materiais impressos como folders, anúncios em<br />

jornais e pela publicação de matérias não pagas.<br />

______________________________________


151<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( x ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

Eles não pensam em um planejamento. Desde que começamos o trabalho estamos<br />

tentando mostrar a importância de um planejamento, mas este ainda não foi realizado.<br />

_____________________________________________________________<br />

_____________________________________________________________<br />

_____________________________________________________________<br />

Questionário Empresa I<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />

FORMAÇÃO: Comunicação Social (Jornalismo) – Especialização Marketing<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Diretor de Mkt e Com do Grupo XXXX*. Diretor da<br />

XXXX* Projetos Gráficos.<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA:<br />

Grupo XXXX*: Diretoria de Marketing e comunicação, e Departamento de Óculos de<br />

Segurança. Equipe composta por duas pessoas, trabalhando de forma integrada.<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação: 17/05/67<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Comércio e Indústria<br />

Número de Funcionários: 100<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? (x) Sim<br />

ligado? Marketing<br />

( ) Não. A quem está<br />

Modelo de Gestão<br />

( x) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />

toma as suas decisões sem consultar o<br />

superior.<br />

( ) Outro. ________________


3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

(x) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

(x) Sim ( ) Não<br />

Que tipo? Coletivo, macro estratégia e estratégia direcionada<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

marketing?<br />

(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

Campanhas promocionais, entrada de novos produtos, mídia, comunicação interna e<br />

externa, treinamento de novos produtos, impressos, matéria de expediente, entre outros.<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

PP (publicidade e propaganda)?<br />

(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Conjunto com<br />

Marketing<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

assessorias de imprensa?<br />

(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

Conjunto com Marketing<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

relações públicas?<br />

(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

Conjunto com Marketing<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

Usa-se e-mail, circular e Skipe.<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Variado, devido às distintas localizações dos PDVs. Na divisão Varejo: 60% mulheres, faixa<br />

etária dos 25 aos 50 anos, Classe B.<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

(X) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Interna e terceirizada (para<br />

mídia eletrônica)<br />

Como divulga suas ações? Nos mais diversos meios de comunicação<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

(X) Sim ( ) Não.<br />

Agência trabalha por job<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( ) Sim (x) Não. Quem realiza e com que periodicidade?


Pesquisamos apenas a satisfação dos clientes.<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

(x) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação<br />

Modelo de Gestão:<br />

É estabelece uma ligação entre a XXXX* [Empresa I] e o seu público (onde está inserida e<br />

onde pretende atuar). Administração a informação da empresa para seu público.<br />

Questionário Empresa J<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />

FORMAÇÃO: <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL – HAB. JORNALISMO<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: ESPECIALISTA RECURSOS HUMANOS<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: RECURSOS HUMANOS<br />

Gestão do subsistema de Comunicação Interna, Responsabilidade Social e Serviço Social<br />

para as plantas da AGCO para América do Sul.<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação: 1996<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Equipamentos agrícolas<br />

Número de Funcionários: Brasil: 3.600<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim ( ) Não. A quem está ligado?<br />

Marketing _______________________________________________<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( X ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />

( ) Outro. ________________3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Que tipo? ______________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

marketing?


( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

PP (publicidade e propaganda)?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

PROFISSIONAL INTERNO E AGENCIA <strong>DE</strong> PROPAGANDA<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

assessorias de imprensa?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

<strong>ASSESSOR</strong>IA <strong>DE</strong> IMPRENSA<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

relações públicas?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

PROFISSIONAL INTERNO<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( X ) Sim ( ) Não. Desde quando?<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

_____________________________________________________________<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Externos: Clientes finais e rede de concessionárias.<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

( X ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? TERCEIRIZADA<br />

Como divulga suas ações? Através de revistas e jornais especializados do setor agrícola,<br />

rádio, TV (Canal Rural, comerciais), eventos, feiras, etc.<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

A empresa que realiza pesquisas de mercado para a XXXX* [Empresa J] é a XXXX*,<br />

empresa especializada no segmento agrícola. As pesquisas são realizadas anualmente.<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

( X ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

_____________________________________________________________<br />

_____________________________________________________________<br />

_____________________________________________________________


Questionário Empresa L<br />

A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />

NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />

FORMAÇÃO: JORNALISTA FORMA<strong>DO</strong> PELA UNISINOS <strong>EM</strong> 1986<br />

CARGO NA ORGANIZAÇÃO: <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL<br />

SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: XXXX*<br />

(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />

Elaboração de material de divulgação dos hospitais da XXXX* [Empresa L], alimentação do<br />

site informativo da XXXX* [Empresa L], alimentação dos veículos de mídia impressa e<br />

eletrônica do Rio Grande do Sul, elaboração de revistas e jornais sobre XXXX* [a Empresa<br />

L].<br />

1) Dados de Identificação<br />

Nome da empresa: XXXX*<br />

Data da Fundação: 16 de agosto de 1972<br />

Telefone: XXXX*<br />

Site: XXXX*<br />

2) Estrutura Organizacional<br />

Ramo e atividades: Instituição de Ensino Superior<br />

Número de Funcionários:<br />

Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim<br />

A Reitoria da Universidade<br />

( ) Não. A quem está ligado?<br />

Modelo de Gestão<br />

( ) Presidente<br />

( ) Conselho Deliberativo<br />

( ) Conselho Consultivo<br />

( ) Diretoria<br />

( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />

( x ) Outro reitor<br />

3) Comunicação Empresarial<br />

A empresa possui planejamento estratégico?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Há plano de ação por projeto?<br />

( x ) Sim ( ) Não<br />

Que tipo? Geralmente são planificadas ações de marketing externo visando a captação,<br />

manutenção e integração de alunos, pacientes e comunidade em geral. A estratégia de<br />

divulgação dos vestibulares da Universidade é permanente<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

marketing?<br />

( ) Sim (x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

PP (publicidade e propaganda)?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________


Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

assessorias de imprensa?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />

relações públicas?<br />

( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />

_____________________________________________________________<br />

A empresa possui programa de comunicação?<br />

( x ) Sim ( ) Não. Desde quando? Desde meados da década de 80<br />

Como funciona?<br />

_____________________________________________________________<br />

Qual a política de comunicação existente?<br />

_____________________________________________________________<br />

Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />

Estudantes, pacientes do [a Empresa L] XXXX*, colaboradores em geral<br />

A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />

(x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?__Interna<br />

Como divulga suas ações? Por meio da assessoria de imprensa, da mídia paga e da<br />

internet<br />

Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />

comunicação?<br />

( ) Sim ( x ) Não.<br />

Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />

(x ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />

Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />

(x ) Sim ( ) Não.<br />

O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />

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_____________________________________________________________<br />

*Informações suprimidas para preservar a identidade das empresas e seus colaboradores.

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