O PERFIL DO ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO EM ... - GED Apostilas
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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE<br />
O <strong>PERFIL</strong> <strong>DO</strong> <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong><br />
<strong>EM</strong> CANOAS<br />
CLÁUDIA BOFF <strong>DE</strong> SOUZA<br />
Novo Hamburgo, Julho de 2008
2<br />
CLÁUDIA BOFF <strong>DE</strong> SOUZA<br />
O <strong>PERFIL</strong> <strong>DO</strong> <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong><br />
<strong>EM</strong> CANOAS<br />
MONOGRAFIA <strong>DE</strong> CONCLUSÃO <strong>DO</strong> CURSO <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO<br />
LATUS SENSUS <strong>EM</strong> GESTÃO ESTRATÉGICA<br />
DA <strong>COMUNICAÇÃO</strong> <strong>EM</strong>PRESARIAL<br />
Orientadora: Christine Bahia de Oliveira<br />
Novo Hamburgo, julho de 2008
3<br />
CLÁUDIA BOFF <strong>DE</strong> SOUZA<br />
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, submetido ao corpo docente do<br />
Centro Universitário Feevale, como parte necessária para a obtenção do grau de<br />
Pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação Empresarial.<br />
Aprovado por:<br />
_______________________________________<br />
Profª. Ms. Christine Bahia de Oliveira<br />
Orientadora<br />
________________________________________<br />
Profª. Drª Cíntia Carvalho<br />
Coordenadora do Curso<br />
________________________________________<br />
Prof. Dr. Humberto Kesle<br />
Banca Examinadora<br />
Novo Hamburgo, julho de 2008
4<br />
<strong>DE</strong>DICATÓRIA<br />
Dedico esta monografia de pós-graduação<br />
àqueles que acreditam no poder da comunicação,<br />
fazendo dela um diferencial estratégico. Da<br />
mesma forma, aos que colaboram para o<br />
exercício desta profissão - coerentes com a<br />
prática da ética e responsabilidade social,<br />
em meio à árdua missão de sermos formadores<br />
de opinião.<br />
Ao meu noivo Letieri, que segue me incentivando<br />
ao longo desta trajetória como comunicóloga.<br />
Sem dúvida, as coisas acontecem na hora certa -<br />
basta que lutemos pelos nossos sonhos!<br />
E em especial aos meus pais Maria do Carmo e<br />
Dilson, motivo pelo qual mais uma vez se tornou<br />
possível minha formação acadêmica - agora em<br />
nível de especialização. Vocês são meu exemplo!
5<br />
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
A Deus, pela oportunidade de cumprir mais esta<br />
etapa de vida. Obrigado por eu existir!<br />
Aos meus familiares, amigos e colegas do Diário de<br />
Canoas que me deram apoio para realização deste<br />
trabalho. Sem esquecer a gentileza dos 11<br />
entrevistados que acreditaram nesta proposta e<br />
cederam um pouco da sua experiência para formar<br />
o corpus desta pesquisa.<br />
Maria do Carmo, Dilson, Letieri, Marcelo, Fabi,<br />
Kaká, Ju e dinda Susi... Vocês foram fundamentais.<br />
Amo vocês!<br />
A professora Chris Bahia, pela amizade e<br />
aprendizado. Aos demais educadores, pelos<br />
saberes adquiridos, e a coordenadora Cíntia<br />
Carvalho, por não esmorecer. Parabéns Feevale<br />
por apostar num curso de pós-graduação na área<br />
de comunicação empresarial!
6<br />
“O dom maior de uma empresa [...] é transformar<br />
a comunicação num triunfo em relação à<br />
concorrência. Não existe vida fora da capacidade<br />
de competir. Assim como não existe concorrência<br />
sem uma comunicação capaz de diferenciar a<br />
corporação. Por isso, a comunicação, a<br />
capacidade de oferecer informações<br />
consistentes, com rapidez, coerência e<br />
continuidade tornou-se vital para as empresas.”<br />
Paulo Nassar
7<br />
RESUMO<br />
Vendo a informação como recurso estratégico, cada vez mais as empresas<br />
estão buscando trabalhá-la a seu favor para conquistar uma imagem credível<br />
no mercado. Centradas na necessidade de manter um relacionamento eficaz<br />
com os seus públicos, as organizações contam com as Assessorias de<br />
Comunicação. Diante deste cenário, o presente estudo visa a melhor<br />
conceituar essa atividade e suas atribuições. Para isso, buscou-se, a partir de<br />
pesquisa bibliográfica e entrevistas com onze profissionais de Canoas, realizar<br />
uma análise de natureza qualitativa, para verificar como está organizada e o<br />
posicionamento desta ferramenta no âmbito empresarial. A partir do recorte<br />
mercadológico proposto, traçamos o perfil dos assessores de comunicação em<br />
atuação na cidade.<br />
Palavras-Chave: Mercado - Comunicação Empresarial - Assessoria de<br />
Comunicação – Informação – Credibilidade - Gestão Empresarial.
8<br />
ABSTRACT<br />
More and more companies are using information as a strategic tool to enhance<br />
their credibility in the marketplace. In order to maintain an effective relationship<br />
with the public, they rely on communication services. In light of this context, this<br />
study seeks to better understand these activities and their attributes. Through<br />
desk research and interviews with eleven communication professionals from<br />
Canoas a qualitative analysis was carried out to verify how these services are<br />
organized and positioned in the corporate environment. From this analysis, it<br />
was then possible to profile the professionals working in the corporate<br />
communication field.<br />
Key-words: Marketplace - Communication companies – Information -<br />
Assessorship of Communication – Credibility - Corporate management.
9<br />
SUMÁRIO<br />
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 17<br />
METO<strong>DO</strong>LOGIA ...................................................................................................... 22<br />
Capítulo 1 – <strong>ASSESSOR</strong>IA <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong> .................................................. 25<br />
1.1 Empresa, comunicação e sistema .................................................................. 29<br />
1.2 O trabalho das assessorias ............................................................................. 32<br />
1.3 Assessoria Jornalística.................................................................................... 37<br />
1.4 Assessoria de Relações Públicas ................................................................... 42<br />
1.5 Assessoria de Publicidade e Propaganda...................................................... 45<br />
Capítulo 2 – INFORMAÇÃO COMO CONTEÚ<strong>DO</strong> DA AÇÃO ................................ 50<br />
2.1 Dado, informação e conhecimento ................................................................. 52<br />
2.2 A organização do conhecimento..................................................................... 54<br />
2.3 Informação e comunicação na gestão empresarial....................................... 58<br />
2.4 O papel dos gestores ....................................................................................... 62<br />
2.5 Processando a informação nas empresas ..................................................... 65<br />
2.6 O espírito de cidadania organizacional .......................................................... 69<br />
Capítulo 3 – O MERCA<strong>DO</strong> <strong>DE</strong> CANOAS................................................................ 75<br />
3.1 Origem e desenvolvimento.............................................................................. 76<br />
3.2 Crescimento da cidade .................................................................................... 79
10<br />
3.3 Modernização.................................................................................................... 80<br />
3.4 Comunicação nas empresas ........................................................................... 81<br />
3.5 Empresa A......................................................................................................... 83<br />
3.6 Empresa B......................................................................................................... 84<br />
3.7 Empresa C......................................................................................................... 85<br />
3.8 Empresa D......................................................................................................... 85<br />
3.9 Empresa E ......................................................................................................... 86<br />
3.10 Empresa F ....................................................................................................... 86<br />
3.11 Empresa G....................................................................................................... 87<br />
3.12 Empresa H....................................................................................................... 88<br />
3.13 Empresa I ........................................................................................................ 88<br />
3.14 Empresa J ....................................................................................................... 89<br />
3.15 Empresa L ....................................................................................................... 89<br />
Capítulo 4 – A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> NO DIA-A-DIA DAS ORGANIZAÇÕES.............. 91<br />
4.1. Empresa A........................................................................................................ 92<br />
4.1.1 Modelo de Gestão ................................................................................. 92<br />
4.1.2 Assessoria de Comunicação ............................................................... 92<br />
4.1.3 Atendimento às demandas de Comunicação ..................................... 92<br />
4.1.3.1 Comunicação interna ................................................................ 92<br />
4.1.3.2 Marketing.................................................................................... 92<br />
4.1.3.2.1 Assessoria de Imprensa ............................................ 92<br />
4.1.3.2.2 Publicidade e Propaganda ........................................ 93<br />
4.1.3.2.3 Relações Públicas...................................................... 93<br />
4.1.4 Imagem da empresa.............................................................................. 93<br />
4.1.5 Planejamento estratégico..................................................................... 93<br />
4.1.6 Comunicação Empresarial ................................................................... 93<br />
4.1.7 Importância da informação .................................................................. 94
11<br />
4.1.8 Política de comunicação ...................................................................... 94<br />
4.1.9 Públicos ................................................................................................. 94<br />
4.2 Empresa B......................................................................................................... 95<br />
4.2.1 Modelo de Gestão ................................................................................. 95<br />
4.2.2 Assessoria de Comunicação ............................................................... 95<br />
4.2.3 Atendimento às demandas de Comunicação ..................................... 95<br />
4.2.3.1 Assessoria de Imprensa.......................................................... 95<br />
4.2.3.2 Publicidade e Propaganda ........................................................ 95<br />
4.2.3.3 Relações Públicas ..................................................................... 95<br />
4.2.4 Imagem da empresa.............................................................................. 96<br />
4.2.5 Planejamento Estratégico .................................................................... 96<br />
4.2.6 Comunicação Empresarial ................................................................... 96<br />
4.2.7 Importância da Informação .................................................................. 96<br />
4.2.8 Política de Comunicação...................................................................... 96<br />
4.2.9 Públicos ................................................................................................. 96<br />
4.3 Empresa C......................................................................................................... 97<br />
4.3.1 Modelo de Gestão ................................................................................. 97<br />
4.3.2 Assessoria de Comunicação ............................................................... 97<br />
4.3.3 Atendimento às demandas de Comunicação ..................................... 97<br />
4.3.3.1 Comunicação e Marketing ........................................................ 97<br />
4.3.3.1.1 Assessoria de Imprensa ............................................ 98<br />
4.3.3.1.2 Publicidade e Propaganda ........................................ 98<br />
4.3.3.1.3 Relações Públicas...................................................... 98<br />
4.3.4 Imagem da empresa.............................................................................. 98<br />
4.3.5 Planejamento Estratégico .................................................................... 98<br />
4.3.6 Comunicação Empresarial ................................................................... 98<br />
4.3.7 Importância da Informação .................................................................. 98
12<br />
4.3.8 Política de Comunicação...................................................................... 99<br />
4.3.9 Públicos ................................................................................................. 99<br />
4.4 Empresa D....................................................................................................... 100<br />
4.4.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 100<br />
4.4.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 100<br />
4.4.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 100<br />
4.4.3.1 Marketing.................................................................................. 100<br />
4.4.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 100<br />
4.4.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 100<br />
4.4.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 100<br />
4.4.4 Imagem da empresa............................................................................ 101<br />
4.4.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 100<br />
4.4.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 101<br />
4.4.7 Importância da Informação ................................................................ 101<br />
4.4.8 Política de Comunicação.................................................................... 101<br />
4.4.9 Públicos ............................................................................................... 101<br />
4.5 Empresa E ....................................................................................................... 102<br />
4.5.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 102<br />
4.5.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 102<br />
4.5.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 102<br />
4.5.3.1 Marketing e Desenvolvimento ................................................ 102<br />
4.5.3.1.1 Assessoria de Imprensa ...........................................102<br />
4.5.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 102<br />
4.5.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 102<br />
4.5.4 Imagem da empresa............................................................................ 102<br />
4.5.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 103<br />
4.5.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 103
13<br />
4.5.7 Importância da Informação ................................................................ 103<br />
4.5.8 Política de Comunicação.................................................................... 103<br />
4.5.9 Públicos ............................................................................................... 103<br />
4.6 Empresa F ....................................................................................................... 104<br />
4.6.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 104<br />
4.6.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 104<br />
4.6.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 104<br />
4.6.3.1 Marketing.................................................................................. 104<br />
4.6.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 104<br />
4.6.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 105<br />
4.6.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 105<br />
4.6.4 Imagem da empresa............................................................................ 105<br />
4.6.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 105<br />
4.6.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 105<br />
4.6.7 Importância da Informação ................................................................ 106<br />
4.6.8 Política de Comunicação.................................................................... 106<br />
4.6.9 Públicos ............................................................................................... 106<br />
4.7 Empresa G....................................................................................................... 107<br />
4.7.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 107<br />
4.7.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 107<br />
4.7.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 107<br />
4.7.3.1 Assessoria de Comunicação .................................................. 107<br />
4.7.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 108<br />
4.7.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 108<br />
4.7.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 108<br />
4.7.4 Imagem da empresa............................................................................ 108<br />
4.7.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 108
14<br />
4.7.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 108<br />
4.7.7 Importância da Informação ................................................................ 109<br />
4.7.8 Política de Comunicação.................................................................... 109<br />
4.7.9 Públicos ............................................................................................... 110<br />
4.8 Empresa H....................................................................................................... 111<br />
4.8.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 111<br />
4.8.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 111<br />
4.8.3 Atendimento às demandas de Comunicação ....................................111<br />
4.8.3.1 Assessoria de Imprensa.......................................................... 111<br />
4.8.3.2 Publicidade e Propaganda ...................................................... 111<br />
4.8.3.3 Relações Públicas ................................................................... 111<br />
4.8.4 Imagem da empresa............................................................................ 112<br />
4.8.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 112<br />
4.8.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 112<br />
4.8.7 Importância da Informação ................................................................ 112<br />
4.8.8 Política de Comunicação.................................................................... 112<br />
4.8.9 Públicos ............................................................................................... 112<br />
4.9 Empresa I ........................................................................................................ 113<br />
4.9.1 Modelo de Gestão ............................................................................... 113<br />
4.9.2 Assessoria de Comunicação ............................................................. 113<br />
4.9.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................... 113<br />
4.9.3.1 Marketing.................................................................................. 113<br />
4.9.3.1.1 Assessoria de Imprensa .......................................... 114<br />
4.9.3.1.2 Publicidade e Propaganda ...................................... 114<br />
4.9.3.1.3 Relações Públicas.................................................... 114<br />
4.9.4 Imagem da empresa............................................................................ 114<br />
4.9.5 Planejamento Estratégico .................................................................. 114
15<br />
4.9.6 Comunicação Empresarial ................................................................. 114<br />
4.9.7 Importância da Informação ................................................................ 114<br />
4.9.8 Política de Comunicação.................................................................... 114<br />
4.9.9 Públicos ............................................................................................... 114<br />
4.10 Empresa J ..................................................................................................... 115<br />
4.10.1 Modelo de Gestão ............................................................................. 115<br />
4.10.2 Assessoria de Comunicação ........................................................... 116<br />
4.10.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................. 116<br />
4.10.3.1 Marketing................................................................................ 116<br />
4.10.3.1.1 Assessoria de Imprensa ........................................ 116<br />
4.10.3.1.2 Publicidade e Propaganda .................................... 116<br />
4.10.3.1.3 Relações Públicas.................................................. 116<br />
4.10.4 Imagem da empresa.......................................................................... 116<br />
4.10.5 Planejamento Estratégico ................................................................ 116<br />
4.10.6 Comunicação Empresarial ............................................................... 117<br />
4.10.7 Importância da Informação .............................................................. 117<br />
4.10.8 Política de Comunicação.................................................................. 117<br />
4.10.9 Públicos ............................................................................................. 117<br />
4.11 Empresa L ..................................................................................................... 118<br />
4.11.1 Modelo de Gestão ............................................................................. 118<br />
4.11.2 Assessoria de Comunicação ........................................................... 118<br />
4.11.3 Atendimento às demandas de Comunicação ................................. 118<br />
4.11.3.1 Assessoria de Comunicação ................................................ 118<br />
4.11.3.1.1 Assessoria de Imprensa ........................................ 118<br />
4.11.3.1.2 Publicidade e Propaganda .................................... 118<br />
4.11.3.1.3 Relações Públicas.................................................. 119<br />
4.11.4 Imagem da empresa.......................................................................... 119
16<br />
4.11.5 Planejamento Estratégico ................................................................ 119<br />
4.11.6 Comunicação Empresarial ............................................................... 119<br />
4.11.7 Importância da Informação .............................................................. 119<br />
4.11.8 Política de Comunicação.................................................................. 119<br />
4.11.9 Públicos ............................................................................................. 119<br />
CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS ................................................................................... 121<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 126<br />
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS....................................................................... 130<br />
ANEXOS ................................................................................................................ 133
17<br />
INTRODUÇÃO<br />
A comunicação está presente no dia-a-dia do homem, tornandose<br />
uma necessidade ainda mais crescente no mundo corporativo. Percebendo<br />
a importância da informação como recurso estratégico, cada vez mais as<br />
empresas estão buscando trabalhá-la a seu favor.<br />
Para conquistar uma<br />
imagem credível, ancorada no relacionamento eficaz com os mais diversos<br />
públicos, as organizações contam com as Assessorias de Comunicação. Sua<br />
eficácia dependerá do trabalho desempenhado, preferencialmente, por<br />
jornalistas, publicitários e relações públicas.<br />
Esta pesquisa é resultado das reflexões proporcionadas pelo<br />
Curso de Pós-Graduação Latu Sensus em Gestão Estratégica da Comunicação<br />
Empresarial, no Centro Universitário Feevale. Verificando que a área de<br />
comunicação social vem sofrendo constantes transformações, decorrentes da<br />
globalização, observou-se que as Assessorias de Comunicação vem<br />
modificando sua organização à medida que ganham novo posicionamento<br />
empresarial. Sabendo das dificuldades que permeiam esta atividade, buscouse<br />
leituras sobre este espaço profissional que geraram neste pesquisador<br />
interesse pelo tema comunicação empresarial, mas especificamente<br />
Assessoria de Comunicação.
18<br />
O trabalho entitulado “O Perfil dos Assessores de Comunicação<br />
em Canoas” busca estudar o funcionamento das Assessorias de Comunicação,<br />
visualizando como a informação é processada nos setores, departamentos e<br />
serviços terceirizados de comunicação social em onze empresas canoenses. A<br />
presente pesquisa traz como objetivo principal, verificar se a atuação dos<br />
profissionais de comunicação é estratégica nas organizações da cidade.<br />
Tal estudo pretende, ao mesmo tempo, acompanhar o mercado<br />
de comunicação empresarial e suas oportunidades assim como averiguar a<br />
inserção destes profissionais no processo de tomada de decisões<br />
organizacionais. No entrecruzamento da teoria proposta pelos autores, com a<br />
prática descrita pelas empresas deste município gaúcho, pretende-se traçar o<br />
perfil do gestor que atua no assessoramento de comunicação local. Dessa<br />
forma, esta pesquisa quer elucidar a tendência empreendedora que os<br />
profissionais da área de comunicação vêem demonstrando no século XXI.<br />
Num mundo globalizado, a interface constante com as novas<br />
tecnologias torna a comunicação fundamental para qualquer ramo da atividade<br />
humana. Centrado na necessidade empresarial de visibilidade e credibilidade<br />
perante os seus públicos, e no crescimento de uma sociedade mais exigente<br />
com a qualidade e transparência das informações emitidas, este estudo se<br />
torna necessário para melhor conceituar Assessoria de Comunicação, os<br />
assessores de Canoas e suas atribuições. O tema é importante para ampliar os<br />
estudos da área de comunicação empresarial que ainda são insuficientes no<br />
Brasil, servindo de complemento de estudos para estudantes de comunicação<br />
e administração, e demais interessados no assunto. Além disso, destina-se a
19<br />
empresários, funcionários e formadores de opinião gerando reflexão e<br />
questionamento sobre o atual papel das Assessorias de Comunicação.<br />
Para isso, o trabalho está estruturado da seguinte forma: no<br />
primeiro capítulo, apresentamos a Assessoria de Comunicação como<br />
ferramenta mercadológica contextualizando-a historicamente - trazendo<br />
origens, conceitos e peculiaridades das três habilitações da área de<br />
Comunicação Social. Desta forma, é possível situar o leitor sobre o tema<br />
abordado na pesquisa, compreendendo em que condições e circunstâncias<br />
surgiu esta atividade, além de distinguir as tarefas realizadas por jornalistas,<br />
publicitários e relações públicas. Aborda-se também o trabalho das<br />
assessorias, apontando os tipos (setor ou departamento interno de<br />
comunicação social, prestação de serviços terceirizados) e profissionais que<br />
fazem parte dos mesmos, assim, como a idéia de trabalho multidisciplinar e<br />
integrado, envolvendo o planejamento, a produção e execução das ações. A<br />
base dos conceitos e definições está centrada em diversos autores como<br />
Torquato, Chinem e Rego.<br />
O capítulo seguinte decorre sobre a informação como base dos<br />
processos comunicacionais. Para autores como Soares e Choo, constitui a<br />
matéria-prima para a construção do conhecimento e tomada de decisão. Em<br />
função disso, algumas empresas fazem da informação o conteúdo de suas<br />
ações trabalhando a gestão da informação e do conhecimento. Chinem é o<br />
autor-guia na busca de esclarecimentos sobre o papel dos gestores na<br />
estrutura empresarial. Verificando a importância da mídia e a influência que os<br />
meios de comunicação possuem perante a opinião pública, destaca-se a<br />
Assessoria de Imprensa como forma de credibilizar a empresa perante os seus
20<br />
públicos. E, neste contexto, surge a figura do ouvidor e do ombudsman para<br />
estreitar relações entre o cidadão usuário de um serviço e a administração que<br />
o representa.<br />
Na terceira parte do trabalho são apresentadas algumas<br />
características do mercado de Canoas. Esta importante cidade do Rio Grande<br />
do Sul, nos últimos anos, tem conquistado grande crescimento econômico, o<br />
que resulta em ampla concorrência para o setor produtivo local.<br />
Dados<br />
referentes à origem, estrutura e desenvolvimento do município são descritos<br />
com base no levantamento realizado pela Assessoria de Imprensa da<br />
Prefeitura de Canoas. Em seguida, foca-se nas relações comunicacionais das<br />
empresas - tanto nos âmbitos da comunicação formal e informal, como nas<br />
principais mídias da cidade.<br />
Neste capítulo também serão abordadas a pesquisa de campo<br />
realizada com 80 organizações canoenses, provenientes dos maillings<br />
disponibilizados pelo Sindicato das Indústrias Metal Mecânicas de Canoas e<br />
Nova Santa Rita (Simecan) e pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços<br />
(Cics) de Canoas. Das 30 empresas que informaram contar com serviços<br />
próprios ou terceirizados de comunicação, será apresentado o perfil de 11<br />
organizações que aceitaram responder o questionário proposto para este<br />
estudo de caso. Por questão de conveniência entre as partes, o nome das<br />
mesmas será substituído por letras do alfabeto.<br />
O quarto capítulo mostra a compilação dos dados contidos no<br />
questionário “A comunicação aplicada no dia-a-dia das empresas de Canoas”.<br />
Ao final de cada uma delas, são descritas algumas considerações da análise<br />
exploratória que remeterá a idéia de que a Assessoria de Comunicação deve
21<br />
ser integrada, ao menos pelas três habilitações da área de comunicação social.<br />
Esta afirmação é amparada nas idéias de Torquato, Rego e Chinem. A partir<br />
do recorte feito em 11 empresas que atuam no ramo da indústria, comércio e<br />
serviços do município, tomando como base as informações colhidas nas<br />
respostas dos entrevistados, será visualizado o perfil dos Assessores de<br />
Comunicação em atuação em Canoas.
22<br />
METO<strong>DO</strong>LOGIA<br />
Para a realização do presente estudo, utiliza-se como<br />
delineamento a pesquisa bibliográfica, trazendo o embasamento teórico sobre<br />
Assessoria de Comunicação. Da mesma forma, torna-se fundamental saber<br />
onde ela se insere, suas funções e o modo de trabalho, para que se possa<br />
visualizar a utilização da comunicação em caráter estratégico nos níveis<br />
decisórios da empresa. Concomitantemente, temos a informação como<br />
ativador e organizador das relações organizacionais, ao qual se inserem<br />
modelos e diferentes formas de processar a informação nas empresas. Esses<br />
conceitos são descritos nas idéias de Chinem, Torquato, Rego, Choo, Soares,<br />
Beuren, dentre outros.<br />
Dentro das possibilidades de níveis de pesquisa social 1 optou-se<br />
pela exploratória, por “proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de<br />
determinado fato” (GIL, 2002, p.45). A natureza deste tipo de pesquisa,<br />
segundo Gil (2007), tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e<br />
modificar conceitos e idéias, com vistas à formulação de problemas mais<br />
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Dessa forma, a<br />
1 Entende-se por pesquisa social, “o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a<br />
obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social” (GIL, 2006, p.42).
23<br />
metodologia proposta se adequa ao trabalho por apresentar menor rigidez no<br />
seu planejamento e por conter levantamento bibliográfico.<br />
Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de<br />
proporcionar visão geral, do tipo aproximativo, acerca de determinado<br />
fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema<br />
escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular<br />
hipóteses precisas e operacionais (GIL, 2002, p.44).<br />
As formas de coletas de dados adotadas podem ser divididas em<br />
primárias e secundárias. Constituem fontes primárias, as entrevistas feitas com<br />
11 empresas de Canoas, na qual foram aplicados questionários com perguntas<br />
abertas e fechadas. Segundo Marconi & Lakatos (2003), entrevista é um<br />
procedimento utilizado na investigação social para coletar dados, seja para<br />
ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.<br />
Nos meses de fevereiro e março de 2008 foram contatadas por<br />
telefone 80 empresas provenientes dos maillings do Sindicato das Indústrias<br />
Metal Mecânicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan) e da Câmara da<br />
Indústria, Comércio e Serviços (Cics) de Canoas. Destas, 30 afirmaram possuir<br />
ao menos um profissional direcionado para a área de Comunicação e<br />
Marketing. Em seguida, foi encaminhado por e-mail o questionário “A<br />
Comunicação no dia-a-dia das organizações” aos contatos que se dispuseram<br />
a participar do estudo de caso no período de abril a julho de 2008. As<br />
entrevistas correspondentes foram realizadas com base no roteiro que compõe<br />
os anexos.<br />
As fontes secundárias, aqui utilizadas, são compostas de livros,<br />
artigos, periódicos, sites e palestras. Conforme Gil, a pesquisa bibliográfica “é<br />
desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de<br />
livros e artigos científicos” (2006, p.65). Sua principal vantagem, segundo o
24<br />
autor (2002) está no fato de se permitir uma cobertura de fenômenos bem mais<br />
ampla do que se poderia pesquisar diretamente.<br />
Utilizando como metodologia a interpretação e análise do estudo<br />
de caso, busca-se fazer desta pesquisa um diálogo crítico unindo teoria e<br />
realidade, oferecendo ao mesmo tempo ao leitor aprendizagem. Yin indica que<br />
“um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno<br />
contemporâneo dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os<br />
limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos” (2005,<br />
p.32).<br />
Gil completa dizendo que o estudo de caso se caracteriza pelo<br />
“estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a<br />
permitir o seu conhecimento amplo e detalhado” (2006, p.72). Pretende-se,<br />
assim, por meio da identificação e seleção de conteúdo, integração das<br />
informações e síntese das descobertas, não estabelecer conclusões precisas e<br />
definitivas. Entretanto, Gil (2002), ressalta que num estudo de caso a análise<br />
dos dados coletados possui natureza predominante qualitativa.<br />
Seguindo esses preceitos, considero que será possível verificar<br />
quais as atividades exercidas pelas Assessorias de Comunicação de Canoas,<br />
observando de forma prática qual a organização e o posicionamento que os<br />
setores, departamentos ou serviços terceirizados atingem nas organizações<br />
locais.
25<br />
1 <strong>ASSESSOR</strong>IA <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong><br />
O homem é um ser social, o que pressupõe que ele precisa estar<br />
numa “freqüência habitual de pessoas 2 ”. Ao estabelecer vínculos,<br />
relacionando-se com o outro, o indivíduo deverá comunicar-se. Essa relação de<br />
trocas pode ser observada, inclusive na origem do termo comunicação 3 , que<br />
significa “pôr em comum”. Ao utilizar-se deste meio para expressar idéias e<br />
experiências, o homem busca atingir um objetivo definido. Faria & Suassuna<br />
mostram que a comunicação está presente em todas as coisas, tornado-se<br />
imprescindível para a existência humana.<br />
A vida como processo é uma seqüência de comunicações. O que<br />
sabemos foi-nos comunicado pela Natureza, pela experiência<br />
capitalizada de nossos antepassados sob a forma de livros, teses,<br />
idéias e tradições que polarizam as experiências humanas bem<br />
sucedidas; aquilo que criamos através de nossa inteligência e<br />
raciocínio lógico precisa ser comunicado, para ter valor e produzir<br />
efeitos positivos (1982, p. 02).<br />
2 O termo social relaciona-se à sociedade. Nas definições apresentadas para o verbete,<br />
sociedade refere-se a relações ou freqüência habitual de pessoas (BUENO, 2001, p. 722).<br />
3 A palavra comunicação “deriva do latim communicare, cujo significado seria ‘tornar comum’,<br />
‘partilhar’, ‘repartir’, ‘associar’, ‘trocar opiniões’, ‘conferenciar’. Implica participação, interação,<br />
troca de mensagens, emissão ou recebimento de informações novas” (RABAÇA & BARBOSA,<br />
2002, p. 155).
26<br />
Um ser social dependerá da comunicação para manter-se inserido<br />
nos grupos onde vive. Conseqüentemente, a sua permanência ou sucesso<br />
nestes ambientes estão relacionados à forma e àquilo que ele conseguir<br />
comunicar ao seu semelhante. “O que pensamos de ‘fulano’, depende do que<br />
ele conseguiu comunicar a nós sobre si mesmo” (FARIA & SUASSUNA, 1982,<br />
p.9).<br />
Sua capacidade de interação, amparada em códigos diversos,<br />
imprime ao homem uma forma própria de comunicação que o difere dos<br />
demais seres. Pinto descreve o homem como sendo o único animal capaz de<br />
elaborar um sistema de transmissão de informações articuladas e complexas.<br />
“(...) a civilização é produto da comunicação: antes das pedras, as pirâmides<br />
foram feitas de linguagem” (1994, p.13). Faria & Suassuna mostram que o<br />
processo de comunicação ultrapassa os sentidos do som e da imagem.<br />
Comunicamos muito mais que supomos, pois, além da escrita e da<br />
palavra, existem as figuras ou imagens que sugerem pensamentos;<br />
os gestos que transmitem atitudes, ação que transmite<br />
procedimentos; odores que marcam afinidades; sons que estimulam<br />
as emoções, e o tato que delimita a ação pessoal (1982, p. 2).<br />
No modelo clássico de comunicação existem seis elementos<br />
básicos de comunicação: fonte, codificador, mensagem, canal, decodificador e<br />
receptor. Na comunicação de pessoa para pessoa, Berlo (1999) coloca que o<br />
processo pode ser simplificado agrupando-se fonte e codificador bem como<br />
receptor e decodificador. Assim, temos F+(M+C)+R onde (F)ontes transmitem<br />
(M)ensagens, por meio de (C)anais, para (R)eceptores.<br />
A eficácia do processo de comunicação dependerá dos meios<br />
(canais) e de quem o executa. Faria & Suassuna conceituam comunicação<br />
como “a técnica de transmitir uma mensagem a um público ou pessoa, fazendo
27<br />
com que um pensamento definido e codificado possa alcançar o objetivo por<br />
meio de estímulo capaz de produzir a ação desejada” (1982, p.1).<br />
Berlo diz que, havendo um objetivo a comunicar e uma resposta a<br />
obter, o comunicador espera que a sua comunicação seja a mais fiel possível.<br />
Porém, segundo o autor, nenhuma fonte comunica como livre agente, sem ser<br />
influenciada por sua posição no sistema sociocultural.<br />
Condição necessária à comunicação humana é uma relação de<br />
interdependência entre a fonte e o receptor. Cada um influencia o<br />
outro. [...] Num segundo nível [...] a mensagem inicial influencia a<br />
resposta que lhe é dada, a resposta dada influencia a resposta<br />
subseqüente, etc. As respostas influenciam as respostas<br />
subseqüentes porque são utilizadas pelos comunicadores como<br />
feedback – como informação que ajuda a determinar se estão<br />
obtendo o efeito desejado (BERLO, 1999, p.134).<br />
Autores como Martins e Torquato compreendem a comunicação<br />
como “todo sinal, signo ou símbolo que pode ser empregado por uma ou várias<br />
pessoas para modificar o comportamento de uma ou mais pessoas”<br />
(MARTINS, 2005, p.27). Baseado neste pensamento, Torquato amplia o<br />
conceito de comunicação levando-o para o âmbito empresarial: “(...) a<br />
informação empresarial constitui uma atividade reguladora, compreendendo<br />
tudo aquilo que a empresa recebe ou emite com o objetivo de padronizar<br />
comportamentos: regulamentos, normas, portarias, avisos etc” (1986, p.59).<br />
Westphalen completa o conceito de comunicação, mostrando a<br />
importância deste processo às empresas. “Se comunicar serve para construir a<br />
sua imagem de empresa, comunicar bem visa à obtenção de uma imagem<br />
positiva, simultaneamente rica e coerente” (s.d., p.5).<br />
Em tempos de globalização, a informação está em todo o lugar<br />
circulando de forma rápida e simultânea em diferentes meios. Isso torna o
28<br />
mercado cada vez mais competitivo, onde as empresas necessitam deter o<br />
conhecimento sobre determinado produto, público-alvo e sua concorrência.<br />
Rego cita a comunicação como um aspecto universal da atividade da empresa.<br />
“(...) tudo que ela produz para o meio interno ou externo ao grupo fechado que<br />
ela constitui, está relacionado a um ato comunicativo, a uma troca de sinais de<br />
um lugar para outro” (1986, p. 58).<br />
Embora a comunicação pareça estar intrinsecamente ligada ao<br />
homem, esta ciência - considerada por muitos autores ainda recente – pode<br />
significar problema às empresas que não vislumbraram a sua importância.<br />
Rego relaciona a qualidade comunicacional à obtenção do sucesso ou fracasso<br />
empresarial. “(...) o volume da comunicação, o tipo de comunicação e a direção<br />
da comunicação constituem o centro de processamento da eficiência<br />
organizacional” (1986, p. 32).<br />
organizações:<br />
Torquato mostra a importância deste processo para as<br />
Quando uma empresa é formada, precisa dizer a que veio. A<br />
empresa é uma integração de fatores: capital, trabalho, fator<br />
tecnológico e pessoas. Eles se justam para gerar um produto, que<br />
pode ser um bem de consumo de massa, como um sorvete, ou um<br />
bem durável, como um automóvel. Tais produtos devem chegar ao<br />
consumidor. Quem os fará chegar ao consumidor? O sistema de<br />
comunicação, cuja finalidade é mostrar que o produto existe e pode<br />
ser adquirido nas lojas. Seja um sistema de comunicação simples, em<br />
que o produto é vendido de porta em porta, seja um sistema de<br />
comunicação complexo, no qual é colocado nas gôndolas do<br />
supermercado (2002, p.83).
29<br />
1.1 Empresa, comunicação e sistema<br />
Como unidade sócio-econômica, a empresa é um sistema que<br />
reúne capital, trabalho, normas, políticas e natureza técnica. Sua atuação está<br />
voltada para a produção de um bem de consumo ou serviço. No dia-a-dia, as<br />
organizações coordenam recursos humanos para atingir objetivos específicos.<br />
Essa dinâmica é processada pela interligação de funcionários nos<br />
departamentos, setores ou áreas de conhecimento que comunicam ou são<br />
informados sobre o andamento das atividades.<br />
Rego utiliza a idéia de unidade, presente na teoria dos sistemas 4 ,<br />
para afirmar que a comunicação é um sistema aberto semelhante às empresas.<br />
“Como sistema, a comunicação é organizada pelos elementos – fonte,<br />
codificador, canal, mensagem, decodificador, receptor, ingredientes que<br />
vitalizam o processo” (1986, p.16). Assim como uma empresa, a comunicação<br />
não apenas objetiva gerar bens econômicos, mas procura desempenhar papel<br />
significativo no tecido social - trabalhando conceitos como imagem,<br />
credibilidade e formação de opinião.<br />
As formas de comunicação utilizadas pela empresa para<br />
relacionar-se e interagir com os seus públicos são denominadas Comunicação<br />
Organizacional. Seu objetivo é “assegurar fluxos regulares de informação entre<br />
a organização e seus públicos, de forma a manter o equilíbrio do sistema<br />
empresa” (REGO, 1986, p.67). Na visão de Riel (1995) comunicação<br />
organizacional engloba relações públicas, estratégias organizacionais,<br />
4 A Teoria de Sistemas impregna-se do conceito de organização na medida em que um sistema<br />
“é todo organizado, constituindo-se na possibilidade técnica e operacional de integração de<br />
partes intercambiadas e interdependentes” (REGO, 1986, p.13).
30<br />
marketing corporativo, propaganda corporativa, comunicação interna e externa<br />
dentre um grupo heterogêneo de atividades de comunicação.<br />
À medida que a comunicação contribui para a construção da<br />
imagem e credibilidade organizacional, torna-se um processo estratégico<br />
fundamental para a tomada de decisões na empresa. “A comunicação então<br />
pode ser entendida como um composto que dá forma à organização, que a<br />
informa fazendo-a ser o que é” (SCROFERNEKER, 2000, p. 3).<br />
Independente do porte, ramo de atividades ou nível de inserção<br />
no mercado toda organização deve gerenciar a comunicação com os seus<br />
públicos. Para Rego, a principal determinante para o crescimento empresarial é<br />
a comunicação.<br />
Toda organização depende, para seu crescimento e prosperidade, da<br />
manutenção da confiança na sua integridade e no bom senso de sua<br />
política e atuação. Seja no que diz respeito aos clientes, fornecedores<br />
e acionistas. E isto só se consegue com um programa de<br />
comunicação (1986, p.57).<br />
Historicamente, o universo corporativo vem sofrendo profundas<br />
transformações. Novos conceitos, formas de gestão e tecnologias impõem<br />
novas configurações às empresas que buscam acompanhar a movimentação<br />
do mercado. O surgimento da comunicação empresarial no Brasil pode ser<br />
associado à industrialização, ocorrida no final da década de 1960, quando as<br />
organizações se preocupavam em dizer aos empregados o quanto deveriam se<br />
orgulhar do seu trabalho. Torquato afirma que “a comunicação aparecia como<br />
eixo da estratégia de arregimentação dos trabalhadores em torno da meta de<br />
dar o melhor de si à organização” (2002, p.4).
31<br />
Modificações nos processos produtivos da comunicação de<br />
massa começaram a ocorrer a partir de 1970, culminando no surgimento das<br />
assessorias de comunicação privadas e públicas. As empresas, em plena<br />
ditadura militar, passaram a copiar o sistema de Relações Públicas dos<br />
governos militares utilizando-se de linguagem formal e ufanista.<br />
Na década de 1980, as organizações passaram a adotar o<br />
conceito estratégico com mais força trabalhando o conceito de<br />
posicionamento 5 . Torquato cita o surgimento das grandes corporações, com<br />
“modelos desenhados visando à centralização das chamadas funções-meio<br />
(planejamento, recursos humanos, comunicação) e as descentralizações das<br />
chamadas funções-fim (fabricação, vendas e distribuição)” (2002, p.5).<br />
O posicionamento mais elevado 6 do profissional caracterizou toda<br />
a década de 1990. Profissionalizando-se, Torquato (2002) diz que o<br />
comunicador se torna um intérprete eficaz dos efeitos da globalização,<br />
principalmente no que se refere ao foco do discurso e à nitidez da identidade e<br />
imagem organizacionais. A crise financeira das empresas jornalísticas causa o<br />
encolhimento das redações. Com isso, os jornalistas dos grandes jornais e<br />
revistas acabam assumindo funções importantes nas corporações, acirrando a<br />
disputa com os profissionais de relações públicas pelo comando das<br />
assessorias de comunicação.<br />
5 No marketing posicionamento refere-se a “situação de determinada marca, produto ou serviço no<br />
mercado, em função da concorrência e de atributos como qualidade, preço, etc” (RABAÇA &<br />
BARBOSA, 2002, p.582).<br />
6 Amplia-se o conceito de posicionamento, onde o profissional passa “a ser um leitor mais<br />
agudo da necessidade de a empresa interagir estrategicamente com o meio ambiente e a<br />
competir em um mercado aberto a novos conceitos e demandas” (TORQUATO, 2002, p.7).
32<br />
A partir do ano 2000, o meio corporativo também se modifica.<br />
Influenciados por fenômenos como a globalização e a internacionalização dos<br />
mercados, os empresários se obrigam a investir em networking 7 - abrindo mais<br />
o relacionamento com funcionários e clientes. Em função disso, passa-se a<br />
trabalhar a comunicação mercadológica, com ênfase na publicidade - para<br />
vencer a concorrência - dentro dos conceitos de transparência e visibilidade.<br />
1.2 O trabalho das assessorias<br />
Ao longo do tempo, o papel do comunicador redefine-se.<br />
Enquanto na década de 1960 o profissional era considerado o produtor de<br />
mídias – responsável exclusivamente por publicações, eventos e contatos com<br />
a imprensa – atualmente sua atuação passa a ser de gestão empresarial,<br />
agindo nos processos de mudanças e na busca de melhores resultados para o<br />
negócio.<br />
No ambiente complexo das organizações, Carneiro considera que<br />
o grande desafio dos comunicólogos está no alinhamento do discurso<br />
corporativo único.<br />
7 Conforme Rabaça & Barbosa networking relaciona-se a rede. “Determinado número de linhas<br />
de comunicação que ligam o computador a terminais remoto” (2002, p. 627). No caso do<br />
estudo, o termo associa-se a diferentes formas de comunicação interligadas por uma rede de<br />
relacionamento.
33<br />
Nos últimos anos, a Comunicação eminentemente midiática vem<br />
dando lugar ao relacionamento direto, e a atitude tem gerado maior<br />
valor à imagem que a retórica corporativa. No mundo empresarial de<br />
hoje, carente de ética e de credibilidade, a atitude vale mais do que<br />
um milhão de palavras. E, sem dúvida, tem grande potencial de<br />
comunicar a real identidade empresarial. Daí a necessidade de<br />
alinhar não só conceitos de comunicação, mas, sobretudo, atitudes e<br />
comportamentos que denotem os valores e princípios corporativos.<br />
Se, por exemplo, a responsabilidade social compõe o núcleo de<br />
identidade de uma companhia, tal atitude deve ser incorporada às<br />
suas diversas operações e internalizadas por seus colaboradores. A<br />
comunicação pode, neste caso, não só difundir, mas, sobretudo,<br />
envolver e comprometer toda a organização com seus valores<br />
estratégicos (2006, org Corrêa, p. 54).<br />
O instrumento que integra a comunicação nas empresas é a<br />
assessoria de comunicação. Para Chinem, a assessoria ou agência de<br />
comunicação é a empresa encarregada de divulgar a corporação para a mídia.<br />
Cabe a ela “(...) trabalhar a notícia que vem das empresas. E a notícia que vem<br />
das empresas é a comunicação empresarial” (2006, p.11).<br />
Possuidora de uma natureza dinâmica e versátil – já que os fatos<br />
mudam a todo o momento – a Assessoria de Comunicação é responsável por<br />
múltiplas atividades e desempenha papel estratégico na política de<br />
comunicação das empresas. Sob sua responsabilidade estão trabalhos<br />
convencionais da organização, além de demandas específicas da área de<br />
comunicação social. Chinem descreve algumas dessas atividades:<br />
[...] edição de jornais, revistas, noticiários, materiais jornalísticos para<br />
vídeos e novas mídias [...] ela facilita os contatos com as informações<br />
obtidas (quer via noticiário, quer por meio de contato direto com<br />
jornalistas e demais fontes), prepara textos de apoio, sinopses e<br />
súmulas, administra as listagens referentes aos veículos que estão no<br />
mercado e cuida para que as peculiaridades de cada um deles sejam<br />
respeitadas (2006, p.11).<br />
O funcionamento das assessorias de comunicação varia conforme<br />
o porte e o ramo de atividades da empresa, assim como sua política perante os
34<br />
stakeholders 8<br />
(públicos de interesse). As demandas são geradas pelos<br />
departamentos e, ou setores específicos da organização e não se restringem à<br />
divulgação e contatos com a imprensa. Somam-se às atividades ações de<br />
comunicação integrada com os clientes e a opinião pública. Chinem descreve<br />
como os serviços de assessoria de comunicação podem ser prestados.<br />
Em uma grande empresa prestadora de serviços básicos à<br />
população, os serviços de assessoria de comunicação podem ser<br />
prestados através das seguintes alternativas: uma estrutura interna<br />
própria, que garanta o mínimo de condições de trabalho aos seus<br />
profissionais; contratação de serviços de terceiros (assessorias<br />
externas); uma estrutura mista, que mantenha uma assessoria interna<br />
para os trabalhos rotineiros e uma empresa sob contrato para<br />
eventos e determinados serviços especiais. E nesse caso, os<br />
trabalhos executados pela assessoria de comunicação para que haja<br />
uma uniformidade de trabalho (2006, p. 34).<br />
Tradicionalmente, este trabalho é desempenhado por<br />
profissionais designados pela direção – dentro ou fora da instituição – e que<br />
executam tarefas próprias nas instituições. Tanto no Brasil como nos Estados<br />
Unidos e Europa, as assessorias são compostas por diferentes profissionais<br />
“independentes de serem jornalistas, relações públicas, publicitário,<br />
administrador de empresa, engenheiro, especialista com pós-graduação em<br />
marketing ou qualquer outra profissão” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p. 12).<br />
8 A área de Relações Públicas define stakeholder como “qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos<br />
que pode afetar a realização dos objetivos de uma organização, ou ser afetado por ela. Este<br />
conceito inclui pessoas, grupos e instituições em geral, que afetam e/ou são afetados pela<br />
companhia” (RABAÇA & BARBOSA, 2002, p.693).
35<br />
Depto<br />
Pessoal<br />
Produção<br />
Tecnologia<br />
Comercial<br />
Admininistração<br />
Figura 1 – Organograma Funcional Burocrático da Empresa 9<br />
Conforme o autor, a figura do assessor ou consultor de<br />
comunicação institucional se projeta num cenário de crescimento, devendo<br />
ganhar maior espaço no território das entidades intermediárias da sociedade.<br />
Neste contexto, sua função é estratégica:<br />
sua missão será sempre a de planejar e operar estratégias, posições<br />
bem mais consistentes que o simples estreitamento de relações com<br />
a imprensa. Trata-se de uma posição que propiciará ascender ao<br />
patamar de estrategista e, assim, exercer funções mais elevadas,<br />
extrapolando sua interferência no ambiente da organização e<br />
tornando-o um agente político na construção de uma sociedade mais<br />
consciente de direitos e deveres (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.17).<br />
Para Ziegler, o perfil profissional desejável para as empresas é<br />
composto pelo somatório de múltiplos conhecimentos e habilidades. Esta<br />
atitude gerencial colabora para a generalização das atividades de<br />
comunicação, ampliando a abrangência de atuação na área. Segundo o autor,<br />
o bom comunicador deve ter:<br />
9 CURVELLO org DUARTE in Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia:<br />
teoria e técnica, 2003, p.133.
36<br />
capacidade de relacionamento no mercado, saber ‘vender seu<br />
trabalho’; estabelecer uma rede de contatos a mais vasta possível,<br />
ser versátil: entender um pouco de administração, de fotografia,<br />
diagramação, recursos humanos; ter desembaraço na hora de<br />
negociar, evidenciar segurança; dissociar-se da imagem de<br />
profissionais auto-suficientes, pois esse perfil inibe o contato com os<br />
clientes (ZIEGLER, 2006, p.1).<br />
O perfil da equipe e, ou profissional de comunicação dependerá<br />
da cultura da empresa. Uma assessoria poderá ter uma única pessoa – o<br />
próprio assessor -, ou vários profissionais organizados - como uma típica<br />
redação de jornal, focada em demandas específicas. Para Koplin e Ferraretto<br />
(2001) uma assessoria de comunicação social deverá abranger três áreas<br />
específicas: Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo.<br />
Figura 2 - Assessoria de Comunicação no organograma<br />
empresarial 10 Apesar das três áreas terem responsabilidades e tarefas distintas,<br />
Koplin & Ferraretto (2001) consideram a possibilidade dos serviços de cada<br />
uma das habilitações isoladamente. No entanto, os autores completam que<br />
somente com sua aplicação conjunta – onde a ação de cada habilitação<br />
10 CURVELLO org DUARTE in Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia:<br />
teoria e técnica, 2003, p.133.
37<br />
completa a outra - a organização poderá atingir os resultados de forma<br />
completa. Chinem defende a comunicação trabalhada de forma integrada,<br />
resultando numa multiplicidade de talentos.<br />
A comunicação torna-se o somatório de uma série de ações. Sua<br />
atuação de forma multidisciplinar, baseada em técnicas de jornalismo,<br />
relações publicas, publicidade, propaganda, promoções, recursos<br />
humanos, pesquisa e marketing. Nesse novo cenário é que entram os<br />
profissionais em condições de gerir a comunicação de forma<br />
estratégica (2006, p.32).<br />
1.3 Assessoria Jornalística<br />
Um dos segmentos mais antigos que convencionamos chamar de<br />
comunicação empresarial é o Jornalismo.<br />
Historicamente, Rego comprova<br />
esta afirmação indicando que as atividades do jornalismo empresarial<br />
precederam o desenvolvimento do campo das Relações Públicas - situação<br />
facilmente explicável pela anterioridade da imprensa 11 .<br />
De uma forma ou de outra, foi a partir do aparecimento desta<br />
[jornalismo empresarial] que as publicações jornalísticas, a serviço<br />
das organizações, iniciaram um trajeto que teve sua primeira<br />
escalada sistemática na Revolução Industrial e o seu<br />
desenvolvimento mais seguro a partir dos primeiros anos deste<br />
século (1984, p.11).<br />
Torquato define jornalismo empresarial como “(...) o conjunto de<br />
formas jornalísticas” - jornais, revistas e boletins, rádio e TV. (2002, p. 70).<br />
11 Para Rabaça & Barbosa, imprensa é o “conjunto de processos de impressão; máquina de<br />
imprimir – prensa, prelo. Conjunto dos jornais e revistas de um lugar, ou de determinada<br />
categoria, gênero ou assunto (...). O mesmo que jornalimso; conjunto dos jornalistas. O<br />
conjunto dos processos de difusão de informações jornalística por veículos impressos (jornais e<br />
revistas – imprensa crítica) ou eletrônicos (rádio e televisão – imprensa falada e televisiva) etc”<br />
(2002, p.328). O termo deriva da prensa móvel, processo gráfico criado por Johannes<br />
Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então<br />
os únicos veículos jornalísticos existentes.
38<br />
Rego amplia o conceito, indicando que jornalismo praticado nas empresas é<br />
uma atividade de comunicação de massa por possuir uma audiência<br />
heterogênea.<br />
Comunicação, como se sabe, é o processo de transmissão de idéias<br />
e informações entre indivíduos. [...] O jornalismo é uma atividade de<br />
comunicação de massa que tem todas essas características:<br />
audiência ampla, heterogênea e anônima; produto público, rápido e<br />
efêmero; atividade exercida por uma instituição (1984, p.35).<br />
Ao lado das Relações Públicas e da Propaganda, o Jornalismo<br />
Empresarial forma o tripé clássico dos fluxos irradiadores de informação para a<br />
formação de opinião nas organizações. Seu aparecimento está associado à<br />
criação das publicações jornalísticas, a serviço das organizações.<br />
Analisando o progresso do jornalismo empresarial no país, Rego<br />
mostra que seu trajeto teve a primeira escalada sistemática na Revolução<br />
Industrial alcançando desenvolvimento mais seguro nos primeiros anos deste<br />
século:<br />
[...] pode-se notar que ele [o jornalismo] acompanha o da<br />
industrialização: primórdios na década de 40, expansão na década de<br />
50 e estabelecimento definitivo nos anos 60. Também se pode<br />
associar o crescimento do jornalismo empresarial ao das Relações<br />
Públicas. Foi apenas em 1951 que apareceu o primeiro departamento<br />
de Relações Públicas de âmbito nacional no país (1984, p.26).<br />
Segundo Puhl, cabe ao jornalista a função social de registrar<br />
apenas aquilo que indica uma quebra de rotina. “Os responsáveis em escrever<br />
as notícias 12 , a fim de que as mesmas estejam prontas para serem veiculadas<br />
são os jornalistas” (2006, p.11).<br />
12 Para Puhl notícia é um “acontecimento, fato de interesse de um grupo ou da sociedade como<br />
um todo; é um relato de um fato recentemente ocorrido que interessa ao público em geral; é<br />
tudo que a opinião pública quer conhecer sobre o fato; qualquer coisa que muitas pessoas<br />
queiram ler é notícia, sempre que ela seja apresentada dentro dos limites do bom gosto e das<br />
leis de imprensa” (2006, p.10).
39<br />
Rego diz que a área do jornalismo empresarial atinge as<br />
seguintes atividades, tarefas e produtos jornalísticos:<br />
Produção periódica de press-releases e disseminação de<br />
informações para os meios de comunicação coletiva, particularmente<br />
imprensa especializada; coordenação de entrevistas para os quadros<br />
jornalísticos com o corpo executivo e diretivo da organização;<br />
coordenação e preparação de projetos jornalísticos especiais, do tipo<br />
carta econômica, revista empresarial, jornal de empresa; preparação<br />
de papers especializados para o top executivo; preparação de textos<br />
para os relatórios anuais da organização, destinados aos acionistas,<br />
entidades governamentais, empresariais e financeiros; preparação de<br />
textos para peças promocionais internas e externas;<br />
acompanhamento das entrevistas do corpo executivo com os meios<br />
de comunicação (1986, p.90).<br />
Dos veículos utilizados pela empresa para a sua comunicação, os<br />
pertencentes à área gráfica constituem a base de sustentação do jornalismo<br />
empresarial. Nesta área, Rego estabelece dois grupos que reúnem as<br />
principais publicações: “o primeiro compreende os jornais, revistas e boletins; o<br />
segundo engloba os relatórios, folhetos, folders, cartas pessoais, comunicados,<br />
instruções, manuais de acolhimento, circulares, apostilas, etc” (1986, p.42).<br />
Uma das áreas de atuação do jornalismo empresarial, que está<br />
em ampla expansão nas organizações, é a assessoria de imprensa. Martins<br />
conceitua o ofício como “a administração dos contatos e as informações<br />
relevantes que devem ser passadas aos jornalistas, nas redações, fazendo a<br />
interlocução entre assessorado – mídia, e assim, subseqüentemente,<br />
assessorado - público externo” (2005, p.28).<br />
Torquato associa o crescimento do setor a uma maior<br />
conscientização dos empresários sobre a importância da comunicação para o<br />
equilíbrio da imagem organizacional. “A assessoria de imprensa é a área nobre<br />
do sistema de comunicação externa das organizações. Está consolidada como<br />
conceito, como atividade e como suporte estratégico” (2002, p.81).
40<br />
Com a abertura dos meios de comunicação no Brasil, as<br />
empresas passam a mudar sua postura perante o mercado. Chinem associa<br />
essa transformação a mudanças nas relações internacionais que tornam o<br />
planeta uma grande aldeia global 13 . “É possível saber rapidamente o que<br />
acontece em qualquer lugar a qualquer hora. Surge a todo o momento novas<br />
idéias, novas tecnologias que exigem a tomada de novos rumos” (2006, p.13).<br />
Este processo resulta numa mudança de comportamento<br />
empresarial, onde as posturas low profile 14<br />
cedem lugar às posturas high<br />
profile 15 . Segundo Torquato, a internet ampliou o processo tornado-o mais<br />
democrático.<br />
Antes, na vida corporativa, todas as decisões e discussões e o fluxo<br />
das informações partiam de cima para baixo, seguindo uma<br />
hierarquia rígida, departamentalizada e balizada pela estrutura de<br />
poder; criaram-se feudos e imperava a centralização dentro das<br />
organizações. Era muito mais fácil controlar as informações. Hoje, ao<br />
contrário, elas estão sendo compartilhadas e as discussões tornamse<br />
cada vez mais coletivas, influenciando mesmo as decisões mais<br />
estratégicas. Com a Internet, o processo amplia-se ainda mais. A<br />
gestão do conhecimento e da informação tornou-se a pedra de toque<br />
da gestão do negócio (2002, p.xxi).<br />
Chinem considera que o terceiro setor é o próprio fenômeno da<br />
globalização. “Cada vez mais as empresas e os negócios tornaram-se<br />
transnacionais. Os países não têm mais fronteiras do ponto de vista político e<br />
econômico e esse fato determina a necessidade de se comunicar” (2006, p.15).<br />
13 Conforme Muller, a globalização é “um processo de internacionalização, tendo como uma das suas<br />
características a perda de poder por parte dos Estados-Nações sobre o seu território para<br />
mecanismos e empresas transnacionais” (s.d., p.1).<br />
14 Termo estrangeiro que significa baixo perfil. Torquato explica que nesta postura “todas as decisões<br />
e discussões e o fluxo das informações partiam de cima para baixo, seguindo uma hierarquia rígida,<br />
departamentalizada e balizada pela estrutura do poder” (2002, p.21).<br />
15 Refere-se a alto perfil. Comportamento contrário a low profile (baixo perfil). De acordo com<br />
Torquato (2002), nesta postura as informações são compartilhadas e as discussões tornam-se<br />
mais coletivas.
41<br />
A concorrência aumentou e o mercado de assessorias se<br />
profissionalizou recebendo muitos jornalistas egressos dos meios de<br />
comunicação tradicionais – jornais, rádios, revistas e televisões. Muller<br />
completa dizendo que “a globalização intensifica as relações sociais, passando<br />
a formar uma rede comunicacional” (s.d., p.1). Em conseqüência disso, o<br />
mercado passou a conviver com a figura do consultor de comunicação. De<br />
acordo com Torquato, esse profissional representa o grau mais elevado da<br />
área. Segundo o autor, sua figura vai muito além do que ser operador de<br />
assessoria de imprensa:<br />
tornou-se um conselheiro, um estrategista, um profissional capaz de<br />
efetuar leituras corretas sobre o meio ambiente e tirar conclusões<br />
sobre a maneira como o empresário deve comportar-se diante de<br />
fatos políticos, sociais e econômicos. O consultor de comunicação é o<br />
perfil mais elevado da área e esse profissional, geralmente com vasta<br />
experiência, passa a acompanhar as cúpulas dirigentes em missões<br />
mais elevadas, de contatos com autoridades públicas, de<br />
reivindicação de soluções para os problemas dos setores produtivos,<br />
de gestão junto ao universo de entidades para efeitos de trabalhos<br />
em parceria (2002, p.82).<br />
Com a criação do decreto-lei nº. 972 16 , de outubro de 1969,<br />
direcionou-se a responsabilidade do jornalismo empresarial interno para<br />
especialistas da área jornalística. Rego (1984) diz que, a regulamentação da<br />
profissão de jornalista cria um consenso, até entre autores de Relações<br />
Públicas, de que a execução das publicações empresariais fique a cargo de um<br />
jornalista. No entanto, a prática de atividades como assessoria de imprensa e<br />
programas específicos de comunicação permanecem sendo questionados<br />
pelos Relações Públicas que lutam para manter o comando dessas atividades<br />
nas organizações.<br />
16 O artigo 2º do decreto diz que a profissão de jornalista compreende privativamente o exercício<br />
habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades: a) redação, condensação ou<br />
coordenação da matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário (...) e) planejamento,<br />
organização e administração técnica dos serviços.
42<br />
1.4 Assessoria de Relações Públicas<br />
Diversos autores conceituam Relações Públicas como a<br />
responsável por estabelecer relacionamento mútuo entre organizações<br />
públicas e privadas. Rego associa esta filosofia a uma função administrativa,<br />
considerando também Relações Públicas como “uma técnica de comunicação<br />
por meio da qual o público toma conhecimento dos propósitos e realizações de<br />
organização” (1984, p.91).<br />
Para Freitas, Relações Públicas é o que define no plano<br />
estratégico das organizações a política de negócios. “Prevê, coordena e dirige<br />
toda a ação da comunicação empresarial. É a gestão da comunicação da<br />
empresa” (1984, org CORRÊA, p.67). Ferreira aposta na visão sistêmica<br />
desempenhada pelo profissional de relações públicas:<br />
Relações Públicas são os procedimentos da administração,<br />
sistematicamente estruturados, que se destinam a manter, promover,<br />
orientar e estimular a formação de ‘públicos’, por meio da<br />
comunicação dirigida, a fim de tornar possível a coexistência dos<br />
interesses visados (1984, org CORRÊA, p.75).<br />
Definindo Relações Públicas, Rego atribui ao campo:<br />
[...] o conjunto de meios utilizados pelas empresas para criar um<br />
clima de confiança entre o seu pessoal, entre os grupos com os quais<br />
estão em contato direta ou indiretamente e, geralmente, entre o<br />
público, a fim de manter a sua atividade e favorecer o seu<br />
desenvolvimento [...]. No conjunto desses instrumentos incluem-se as<br />
publicações empresariais, dirigindo-se para o ambiente interno<br />
(organizacional) e para o ambiente externo (sistema competitivo e<br />
opinião pública) (1984 p.31).<br />
À atividade de Relações Públicas - cujo nascimento ocorreu nos<br />
primeiros anos do século – atribui-se complexos sistemas que criam sólidos<br />
vínculos entre a organização e seus públicos. Sua prática contribui para a
43<br />
manutenção de climas de favorecimento em torno das atividades empresariais.<br />
Data de 1951 o aparecimento do primeiro departamento de Relações Públicas<br />
de âmbito nacional no país. Mas foi somente na década de 1970 que o sistema<br />
de Relações Públicas dos governos militares – bem equipado pólo emissor de<br />
um modelo de comunicação ufanista - ganhou o respeito dos meios de<br />
comunicação, ainda atingidos pela censura prévia.<br />
Públicas realizam:<br />
Cahen descreve algumas tarefas que as Assessorias de Relações<br />
[...] criar desde o “ponto zero” um PICE [Plano Integrado de<br />
Comunicação Empresarial] completo, ajudar a empresa a implantá-lo<br />
e permanentemente assessorá-la a mantê-lo e ir reformulando-o;<br />
auditoria de opinião pública; assessoria de imprensa; jornalismo<br />
empresarial – desde a criação de conceitos básicos para uma house<br />
organ até sua impressão, passando pelo layout, redação das<br />
matérias, coordenação geral, inclusive de fotos e produção da artefinal;<br />
relações com diversos segmentos de públicos prioritários,<br />
inclusive governo; projetos especiais em geral; peças impressas em<br />
geral, como folhetos institucionais, relatórios de diretoria e outras;<br />
produção de audiovisuais – planejamento, coordenação, contratação<br />
de firma especializada etc; serviços de apoio institucional a diretorias;<br />
assessoria em crises – trouble-shooting, dentre outras (1990, p.27).<br />
Cabe ao profissional responsável pela comunicação cuidar da<br />
imagem organizacional. Ela é construída através de ações voltadas para os<br />
públicos, que devem ser administradas, avaliadas e preservadas pelo setor de<br />
comunicação. Rego observa que o Relações Públicas deve promover os<br />
interesses da organização.<br />
[...] As Relações Públicas defendem as necessidades de as<br />
empresas se tornarem conhecidas e desfrutarem de uma boa<br />
imagem perante todos os públicos dos quais elas dependam direta ou<br />
indiretamente (o que inclui, é claro, o público interno). E as<br />
publicações empresariais servem como instrumentos dos mais viáveis<br />
e eficazes dentro do esquema de promoção da imagem das<br />
empresas junto a seus públicos (1984, p.20).
44<br />
As Relações Públicas devem administrar a comunicação eficaz na<br />
empresa com todos os seguimentos de público. São funções básicas de<br />
Relações Públicas a assessoria, pesquisa, planejamento, comunicação e<br />
avaliação. Rego completa esta definição dizendo que o profissional desta<br />
habilitação “trabalha com valores, conceitos e princípios voltados para a<br />
construção da identidade e da imagem organizacional” (1984, p.73).<br />
Uma das principais ferramentas utilizadas pelo profissional de<br />
relações públicas é a pesquisa de mercado. Através dela, efetua-se o<br />
mapeamento do perfil dos públicos. Rego observa que, a partir da pesquisa<br />
são definidas as estratégias e as ações básicas de comunicação.<br />
[...] Suas políticas estão voltadas para a formulação e implementação<br />
de políticas internas e externas. E tem uma atuação importante na<br />
assessoria ao corpo dirigente da organização. O profissional de<br />
relações públicas atua em conjunto com equipes de editoração e<br />
jornalistas, na medida em que os veículos de comunicação são<br />
importantes ferramentas de apoio, ao mesmo tempo em que eventos<br />
de relações públicas podem servir de fonte primária para a atividade<br />
jornalística (1984, p.73).<br />
O planejamento em Relações Públicas deve ter como referência o<br />
composto de poderes, mercados e instituições.<br />
Tipo<br />
Poder Executivo<br />
Formação<br />
abriga o quadro de coordenação executiva do País,<br />
nas esferas federais, estadual e municipal;<br />
Poder Legislativo composto pelas casas legisladores e seus<br />
participantes;<br />
Poder Judiciário<br />
abrigando as instituições jurídicas;<br />
Circuito Empresarial<br />
Circuito Financeiro<br />
reúne as organizações utilitárias, se possível, dentro<br />
de uma classificação por região, setor, tamanho e<br />
posicionamento no ranking econômico-financeiro;<br />
reúne as organizações utilitárias, se possível, dentro<br />
de uma classificação por região, setor, tamanho e<br />
posicionamento no ranking econômico-financeiro;
45<br />
Circuito educacional/cultural<br />
Universo de clientes<br />
e/ou usuários<br />
Circuito social global<br />
composto pelo universo de instituições e pessoas<br />
que integram o sistema de intelligentzia nacional<br />
(universidades, instituições, intelectuais, artistas,<br />
etc);<br />
composto por consumidores, clientes reais e/ou<br />
potenciais;<br />
composto pelas classes sociais, principalmente<br />
estratos médicos, onde estão localizados os<br />
irradiadores da dinâmica social e econômica, os<br />
white collars, por exemplo, cujo pensamento e<br />
cultura são representativos na vida nacional;<br />
Circuito interno composto pelos participantes do sistema<br />
organizacional;<br />
Circuito diplomático<br />
Circuito militar<br />
Circuito pessoal<br />
Circuito do exterior<br />
composto pelo universo dos embaixadores,<br />
ministros e secretários das embaixadas e<br />
consulados;<br />
composto pelos corpos das forças armadas;<br />
formado pelos amigos e pessoas relacionadas aos<br />
dirigentes das organizações<br />
constituído por pessoas, entidades, grupos que<br />
possam interessar a organização, dentro de uma<br />
proposta moderna de Relações Publicas<br />
internacionais.<br />
Fonte: REGO in Comunicação Empresarial: conceitos, estratégias, sistemas,<br />
estrutura, planejamento e técnicas, 1986, p.92.<br />
1.5 Assessoria de Publicidade e Propaganda<br />
O termo Publicidade e Propaganda vêm do latim publics, que<br />
significa a transferência de uma comunicação ao público. Barbosa completa o<br />
conceito dizendo que “denota a qualidade do que se torna público” (1984, org<br />
CORRÊA, p. 31).
46<br />
Separadas, as duas palavras se diferenciam - por não serem<br />
sinônimas – mas, unidas, completam o significado uma da outra.<br />
O diferencial semântico (se usarmos a categoria ideológica) aponta<br />
para a idéia de que qualquer anúncio é propaganda, já que<br />
comerciais são, em última instância, também ideológicos. Entretanto,<br />
nem todos os anúncios de propaganda são também publicitários...<br />
nem toda campanha tem como finalidade a persuasão comercial.<br />
...Propaganda é mais abrangente, todo anúncio é, nessa óptica, uma<br />
propaganda, mas nem toda propaganda seria publicidade (BARBOSA<br />
org CORRÊA, 1984, p.33).<br />
Como resposta às necessidades mercadológicas, no século XIX a<br />
Propaganda adquire sua conceituação contemporânea. “(...) como campanha<br />
cuja finalidade é promover comercialmente um produto, serviço ou loja”<br />
(BARBOSA org CORRÊA, 1984, p. 32). Completa o sentido do termo, seu<br />
caráter ideológico. “Publicidade (do latim publicitas e do francês publicitê)<br />
significa a arte de exercer ação psicológica sobre o público com finalidades<br />
comerciais, ou seja, venda de produtos e serviços” (BARBOSA org CORRÊA,<br />
1984, p.32).<br />
Barbosa pontua que, a segunda Revolução Industrial foi a mola<br />
propulsora para o desenvolvimento das técnicas publicitárias e sua aplicação<br />
no processo de consumo.<br />
[...] a técnica de persuasão encontrada para convencer as massas a<br />
consumir, é a publicidade, que passa a atuar sobre suas<br />
necessidades e desejos com o objetivo de fazer escoar a grande<br />
produção de bens industrializados. O poder da publicidade configurase<br />
após a segunda guerra mundial e nos Estados Unidos, após a<br />
crise em 1929 (1984, org CORRÊA, p.32).<br />
Associado à Publicidade e Propaganda está o marketing que<br />
“relaciona a empresa aos clientes, de forma a persuadi-los, para que a mesma<br />
multiplique o seu capital” (BARBOSA org CORRÊA,1984, p. 33). Rego (1986)
47<br />
define a área como um subsistema de comunicação que coloca em relação<br />
produtores e consumidores por meio dos distribuidores e dos mass media 17 .<br />
Diante de um mercado capitalista, que incentiva a todo o<br />
momento o consumo, cabe à Publicidade e Propaganda identificar as<br />
necessidades específicas dos públicos, trabalhando seus impulsos, desejos e<br />
frustrações. Na visão de Barbosa são funções da publicidade:<br />
[...] informar sobre aspectos reais e imaginários de um produto,<br />
serviço ou loja (em particular), a fim de convencer, persuadir,<br />
envolver um segmento de mercado de forma que este tenha o desejo<br />
de satisfazer suas necessidades físicas ou psíquicas por intermédio<br />
do objeto ou serviço. As empresas contratam agências<br />
especializadas a fim de que estas identifiquem problemas<br />
mercadológicos, planejem soluções, priorizem estratégias,<br />
identifiquem oportunidades, criem campanhas e peças publicitárias,<br />
viabilizem sua produção, planejem e veiculem seus anúncios de<br />
forma a otimizar o investimento, a fim de que o “target”, em contato<br />
com o discurso publicitário sinta-se predisposto a realizar as<br />
propostas da empresa, através de suas estratégias de marketing<br />
(1984, org CORRÊA, p.34).<br />
Fernandes considera que a publicidade é uma força da atualidade<br />
que atua sobre o público estimulando emoções, impulsionando desejos<br />
latentes e levando os indivíduos a satisfazer essas tendências.<br />
Os meios de comunicação sempre desempenharam o papel de<br />
mediadores não apenas entre os emissores e receptores, mas<br />
também entre a indústria e o consumidor através da publicidade. E<br />
para isso serviram-se da retórica, com apelos racionais e emocionais<br />
que a mídia proporciona (1984, org CORRÊA, p.141).<br />
Em conformidade com a legislação federal, a agência de<br />
publicidade e propaganda é uma pessoa jurídica especializada na arte e na<br />
técnica publicitária que através de especialistas estuda, concebe, executa e<br />
17 Em Rabaça & Barbosa, mass media se refere à comunicação de massa que significa aquela<br />
“comunicação dirigida a um grande público (relativamente numeroso, heterogêneo e anônimo),<br />
por intermediários técnicos sustentados pela economia de mercado, e a partir de uma fonte<br />
organizada (geralmente ampla e complexa)” (2002, p.172).
48<br />
distribui publicidade (propaganda) nos veículos de comunicação. Fernandes<br />
destaca algumas funções das agências de publicidade:<br />
Estudo do produto/serviço, análise do mercado real e potencial, exame<br />
das condições e sistemas de distribuição de venda, estudo dos meios de<br />
divulgação, formulação de um plano publicitário, execução do plano<br />
elaborado e apresentado, cooperação com o cliente (1984, org CORRÊA,<br />
p.148).<br />
deve possuir:<br />
Função<br />
Liderança econômica<br />
Antagonismo comercial<br />
Incentivo<br />
Criar hábitos<br />
No campo funcional, o profissional de Publicidade e Propaganda<br />
Ações<br />
criando confiança, melhorando imagem<br />
de marca, estabelecendo reputação;<br />
neutralizando a concorrência, fazendo<br />
pressão sobre os distribuidores,<br />
tomando fregueses e clientes dos<br />
concorrentes;<br />
fazendo comprar aqui e agora, iniciando<br />
o possível cliente a testar o produto,<br />
persuadi-lo a escrever para pedir<br />
informações;<br />
lembrando o produto, ensinando as<br />
pessoas a pedirem a marca,<br />
convertendo clientes ocasionais em<br />
clientes regulares;<br />
Inovação fazendo conhecer a existência do<br />
produto, com informações básicas<br />
sobre sua composição, descrevendo as<br />
utilizações;<br />
Expansão de consumo<br />
incitando o aumento da grandeza das<br />
unidades de produto compradas e a<br />
freqüência dos atos de consumo.<br />
Fonte: REGO in Comunicação Empresarial: conceitos, estratégias, sistemas,<br />
estrutura, planejamento e técnicas, 1986, p.94.<br />
Inserido num contexto social, o homem está a todo o momento<br />
comunicando. Por isso, algumas empresas modernas acabam elegendo a<br />
comunicação como fator preponderante de desenvolvimento. Sua eficácia, no<br />
entanto, está diretamente relacionada à forma como a informação é<br />
processada e passa a circular nos diferentes níveis mercadológicos. Dessa
49<br />
forma, caberá à área de comunicação social ser a detentora dos discursos<br />
estratégicos da organização. Isso se dá por meio de um trabalho conjunto,<br />
entre profissionais de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e<br />
Propaganda.<br />
O principal ingrediente desta integração nos setores,<br />
departamentos ou prestadoras de serviço da área é a informação que<br />
impulsionará a tomada de decisões dos diferentes públicos, na busca de uma<br />
imagem positiva da organização no mercado. Veremos a seguir que, esse<br />
diferencial mercadológico funciona como ativador e organizador das relações<br />
organizacionais, ao qual se inserem modelos e diferentes formas de processála<br />
nas empresas. À medida que os gestores trabalham a informação de forma<br />
estratégica, passam a construir uma comunicação mais eficaz com seus<br />
públicos. Incentivando o diálogo com seus clientes, algumas empresas<br />
utilizam-se da figura do ouvidor e, ou ombudsman para fortalecer seu<br />
relacionamento com os stakeholders por meio de uma política participativa.
50<br />
2 INFORMAÇÃO COMO CONTEÚ<strong>DO</strong> DA AÇÃO<br />
Tudo o que existe ao redor do homem comunica. E sua forma de<br />
interagir com as coisas, mudando o ambiente onde vive para imprimir suas<br />
marcas e pensamentos, demonstra uma tentativa de melhorar suas condições<br />
de sobrevivência. Como instrumento de socialização, Lira, Cândido, Araújo &<br />
Barros apresentam a informação como a base dos processos comunicacionais.<br />
[...] A informação cumpre papel importante na forma de aplicação, de<br />
entendimento, disseminação, interpretação e transformação de<br />
conhecimento, que traz à tona a questão da influência da informação<br />
na competitividade, seja ela a nível empresarial ou de nação (2008,<br />
p.169).<br />
No coração da organização, segundo Choo, está a informação<br />
processada na experiência e na competência de seus membros, que<br />
constituem a base para criar significado, construir conhecimento e tomar<br />
decisões. “(...) A informação é, em essência, a matéria-prima do cotidiano do<br />
ser humano” (2006, pág.10).<br />
Conceituando informação, Lira, Cândido, Araújo & Barros<br />
encontram a origem do termo no latim informare que significa “dar forma a<br />
aparência, criar, representar, uma idéia ou noção que é colocado em forma, em<br />
algo” (LIRA, CÂNDI<strong>DO</strong>, ARAÚJO & BARROS, 2008, p. 170).
51<br />
Para Bahia (1971), informação refere-se a todo e qualquer<br />
comunicado ou notícia que tenha significado, idéia ou valor, sendo este<br />
transmitido por um canal, entre emissor e receptor. Já Drucker entende a<br />
palavra como todo “dado investido de relevância e propósito” (2000, p. 13).<br />
Dando forma ao termo, vemos que a informação pode ser tanto<br />
um dado isolado como um agrupamento organizado de dados. Davenport e<br />
Prussak colocam que a informação é uma “mensagem, geralmente na forma de<br />
um documento ou uma comunicação audível ou visível” (1998, p.4).<br />
No ponto de vista corporativo, podemos considerar a informação o<br />
conjunto de dados úteis à organização e aos seres humanos. “O objetivo da<br />
informação no âmbito empresarial é habilitar a empresa a alcançar seus<br />
objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, que são representados<br />
por pessoas, tecnologia, capital e a própria informação” (Lira, Cândido, Araújo<br />
& Barros, p.171).<br />
A idéia de elo, entre ação organizacional e comunicação, está<br />
presente no pensamento do Simões (2001). Conforme o autor, é por meio da<br />
informação que se processam trocas, em prol de objetivos preestabelecidos.<br />
Soares compartilha a idéia de Simões vendo a “informação como ativador e<br />
organizador das relações organizacionais, na busca da redução da incerteza<br />
para a compreensão entre as partes e a minimização dos conflitos” (2004, p.<br />
3).<br />
Barreto (1994) considera a informação uma estrutura significante,<br />
com o intuito de gerar conhecimento no indivíduo, seu grupo ou sociedade. Já<br />
Kreps (1995) encontra na comunicação a possibilidade de compartilhar<br />
informações, proporcionando ferramentas para a cooperação e sistematização
52<br />
das ações. À medida que os indivíduos se comunicam, estão criando<br />
significados, estabelecendo trocas e respondendo a mensagens.<br />
2.1 Dado, informação e conhecimento<br />
Como se apregoa no antigo ditado popular: “o trabalho dignifica o<br />
homem 18 ” cabe às organizações garantir o sustento de indivíduos que muitas<br />
vezes passam a maior parte do tempo no trabalho dedicando-se ao seu ofício.<br />
No ambiente corporativo, a convivência formada perpassa relacionamentos ao<br />
qual se constroem sonhos, despertam-se desejos, criando símbolos capazes<br />
de expressar sentimentos correlatos aos seus autores.<br />
O processo comunicacional, a fluidez no fluxo informacional e a<br />
mediação do poder se tornam relevantes e indispensáveis<br />
ferramentas para buscar a compreensão mútua entre indivíduos e<br />
organizações e, conseqüentemente, corroboram para o alcance das<br />
metas estabelecidas (SOARES, 2004, p.1).<br />
Segundo Soares, estes sujeitos comunicam-se através de<br />
processos, sendo a informação o conector entre os objetivos e públicos da<br />
organização. “Se o processo de comunicação e o fluxo informacional forem<br />
eficientes, o entendimento é alcançado e os conflitos reduzidos, sendo as<br />
metas cumpridas mais facilmente” (2004, p.1).<br />
No dia-a-dia das organizações, seus autores sociais encontram<br />
na comunicação e na informação ferramentas fundamentais para a<br />
consolidação de planos e práticas. Apesar de estes termos serem usados<br />
muitas vezes como sinônimos, Escarpit defende a necessidade de dissociação<br />
18 Os ditos populares ajudam a imortalizar frases que apresentam temas do cotidiano. Neste<br />
caso, esta citação representa o esforço do homem, que é recompensado por seu salário ao<br />
final do mês. Outras frases deste gênero poderiam complementar a função social do trabalho,<br />
como “Deus ajuda, a quem cedo madruga”, ou “Onde se ganha o pão, não se come a carne.”
53<br />
entre eles. “A distinção está em que a comunicação é um ato e a informação<br />
seu produto” (1981, p.135).<br />
No mundo global, os avanços tecnológicos gerem cada vez mais<br />
competitividade às empresas. Em conseqüência disso, Lira, Cândido, Araújo &<br />
Barros indicam que o mercado passa a exigir das organizações novas<br />
estratégias para o estabelecimento de unidades produtivas, independente de<br />
fronteiras geográficas.<br />
Dentro desse panorama, a principal matéria-prima é a informação. A<br />
capacidade de gerar, tratar, processar, filtrar e transmitir informação<br />
impõe desta forma um grande desafio, tanto para as empresas como<br />
para os trabalhadores. O desafio é adquirir a competência necessária<br />
para transformar informações disponíveis e o conhecimento individual<br />
em ações integradas de alto valor agregado ao negócio (2008,<br />
p.168).<br />
Segundo Soares, o gerenciamento da informação, com vistas ao<br />
saber, pode ser entendido como um dos responsáveis pelo sucesso<br />
organizacional. Isso por que no mercado pode representar um diferencial<br />
competitivo, tornando-se fundamental à sobrevivência da empresa.<br />
Assim, sua gestão necessita ser ampla e flexível, em termos de<br />
concepção, implantação e manutenção. As ações de Comunicação e<br />
os profissionais que as manuseiam são os elementos entre os que<br />
detêm o conhecimento técnico para identificar, extrair, decodificar,<br />
organizar, armazenar dados e informações e os que estudam os<br />
recursos disponíveis no que concerne à tecnologia da informação e<br />
tomada de decisões, visando ao conhecimento e o sucesso<br />
organizacional (SOARES, 2007, p.1).<br />
Interligados no processo evolutivo do saber, encontramos os<br />
conceitos de dado, informação e conhecimento. De acordo com Bahia (1971),<br />
dado é a mensagem que está à disposição do emissor, sendo a informação a<br />
mensagem como solução ou decisão sobre algo. Já conhecimento é
54<br />
assimilação, aplicação e disponibilidade do dado recebido pelo receptor - a<br />
memória da mensagem.<br />
Analisando estes conceitos, Soares chama atenção para o fato de<br />
avaliar determinada ação, quando ao transformar um dado em informação<br />
chega-se ao conhecimento. “Quando se considera a informação como<br />
componente do processo organizacional, fica clara sua função: ativar e<br />
organizar os elementos envolvidos nas relações da organização com seus<br />
públicos, interligando interesses” (2007, p.5).<br />
Lira, Cândido, Araújo & Barros, acreditam que o conhecimento é<br />
adquirido através de um processo de aprendizado mútuo que requer<br />
treinamento contínuo.<br />
Na sociedade da informação, a liberdade de pensamento e a sua<br />
expressão não podem ser exercidas de maneira integral sem o<br />
reconhecimento do direito à informação, na medida em que o saber<br />
determina o entendimento e as opções da consciência que irão<br />
formar as opiniões e raciocínios sobre os acontecimentos sociais. A<br />
ausência de informações faz o agente achar-se destituído de<br />
capacidade crítica para avaliar o ambiente comunitário e exprimir<br />
suas convicções. Porém, o direito de ser informado e de ter acesso<br />
às informações desejadas deverá ser dado de forma precisa e correta<br />
(2008, p.169).<br />
2.2 A organização do conhecimento<br />
Comunicação é a ferramenta capaz de fazer com que os sujeitos<br />
gerem e compartilhem informações, proporcionem rotinas de planejamento e<br />
execução de tarefas. Apresentando uma visão holística sobre o uso da
55<br />
informação, Choo centraliza a ação organizacional em três estágios que se<br />
alimentam mutuamente: saber, refletir e decidir.<br />
“A organização que for capaz de integrar eficientemente os<br />
processos de significado, construção do conhecimento e tomada de decisões<br />
pode ser considerada uma organização do conhecimento” (2006, p.30).<br />
Segundo o autor, a organização do conhecimento possui informações e<br />
conhecimentos para torná-la bem informada, com capacidade de percepção e<br />
discernimento.<br />
Neste modelo, planos, metas e ações “baseiam-se numa<br />
compreensão correta de seu ambiente e de suas necessidades, e são<br />
alavancadas pelas fontes de informação disponíveis e pela competência de<br />
seus membros” (CHOO, 2006, p.31). Administrando recursos e processos de<br />
informação, a organização do conhecimento ganhará vantagem competitiva<br />
sendo capaz de:<br />
• Adaptar-se às mudanças do ambiente no momento adequado<br />
e de maneira eficaz;<br />
• Empenhar-se na aprendizagem constante, o que inclui<br />
desaprender pressupostos, normas e crenças que perderam<br />
validade;<br />
• Mobilizar o conhecimento e a experiência de seus membros<br />
para gerar inovação e criatividade;<br />
• Focalizar seu conhecimento em ações racionais e decisivas<br />
(CHOO, 2006, p.31).<br />
Como foi visto no capítulo anterior, uma das principais funções da<br />
assessoria de comunicação é suprir de informações úteis os gestores da<br />
instituição. Dessa forma, caberá aos profissionais do setor ou departamento<br />
gerar informações que dêem o devido suporte ao processo de tomada de<br />
decisões. Beuren (1998) aponta como estágios decisórios o reconhecimento do
56<br />
problema, a identificação das alternativas possíveis e a escolha da melhor<br />
delas.<br />
O modelo apresentado pela autora relaciona-se ao tipo de recurso<br />
necessário à sustentabilidade da tomada de decisão dos gestores. Para<br />
Beuren, surge imediatamente a necessidade de informações para o<br />
desenvolvimento e/ou análise das alternativas a fim de se resolver o problema.<br />
[...] o valor da informação resulta do valor da alteração no<br />
comportamento da decisão, causada pela informação, menos o custo<br />
da informação. Em outras palavras, dado um conjunto de decisões<br />
possíveis, o tomador de decisões selecionará uma das bases de<br />
informação disponíveis. Se a nova informação causar diferença na<br />
decisão a ser tomada, o valor dessa decisão é a diferença de valor<br />
entre o resultado da antiga e da nova decisão, menos o custo de<br />
obtenção da informação (1998, p.29).<br />
Outro aspecto abordado por ela diz respeito às características da<br />
informação, evidenciadas pela precisão e significância das informações<br />
transmitidas, a rapidez com que as informações fluem dos pontos sensores aos<br />
centros de decisão, a periodicidade, tempestividade e adequação da<br />
informação gerada. “Certamente, o aspecto mais importante diz respeito à<br />
determinação do nível ótimo de geração de informações. (...) seu valor está<br />
diretamente associado à redução da incerteza derivada do uso da informação”<br />
(BEUREN, 1998, p.32).<br />
Decisão<br />
de<br />
decidir<br />
Identificação<br />
da decisão<br />
a ser tomada<br />
Definição das<br />
regras para<br />
a decisão<br />
Formulação e<br />
avaliação de<br />
alternativas<br />
Escolha<br />
da<br />
alternativa<br />
Modelos<br />
de<br />
decisão<br />
Modelo<br />
de<br />
informação<br />
Decisão<br />
Fonte: BEUREN in Gerenciamento da informação: um Recurso Estratégico no<br />
Processo de Gestão Empresarial, 1988, p.33.
57<br />
O modelo descrito serve de suporte nas etapas de identificação<br />
da decisão, descrição de regras, formulação, avaliação e escolha das<br />
alternativas disponíveis. O resultado do processo decisório é a tomada de<br />
decisão, o que na prática pode ser visualizado no trabalho da Assessoria de<br />
Comunicação.<br />
Imbuídos da responsabilidade de serem os guardiões da<br />
informação, os jornalistas, publicitários e Relações Públicas precisam avaliar e<br />
decidir estrategicamente quais ações são pertinentes à empresa. Faz parte<br />
deste processo de escolha, a passagem da informação por filtros até a etapa<br />
de planejamento e execução. Outro desafio é segmentar a mensagem para os<br />
diferentes meios de comunicação, tornando-a apta e interessante aos olhos da<br />
opinião pública.<br />
Nos setores ou departamentos de comunicação trabalha-se a<br />
informação internamente, para que a mesma seja transmitida de forma eficaz<br />
externamente. Isso inclui um trabalho contínuo de construção e manutenção da<br />
imagem organizacional, cujas demandas são atendidas por jornalistas,<br />
publicitários e relações públicas.<br />
Cabe à área de Relações Públicas organizar a informação de<br />
dentro da empresa, tornando-a matéria-prima para o trabalho da Assessoria de<br />
Imprensa. Assim, o jornalista estará direcionado a atender a mídia e as<br />
exposições externas de seus assessorados, enquanto o publicitário se<br />
preocupa com o posicionamento dos produtos no mercado.
58<br />
2.3 Informação e comunicação na gestão empresarial<br />
Ao analisar o papel da comunicação na gestão empresarial, tornase<br />
fundamental resgatar alguns conceitos. Beuren entende por gestão “uma<br />
representação teórica do processo de administrar uma organização, a fim de<br />
garantir a consecução da missão 19 para a qual foi concebida” (1998, p.36).<br />
Segundo a autora, emanam do sistema institucional diretrizes que visam a<br />
orientar o processo de gestão.<br />
Soares completa a definição, incluindo a idéia da generalização<br />
de processos na prática de conceitos e técnicas. “A abordagem sistêmica que<br />
se constitui na transferência e aplicabilidade de princípios teóricos e práticos ao<br />
gerenciamento dos processos de planejamento, organização,<br />
controle/liderança, com eficiência e eficácia” (2007, p.17).<br />
Cabe ao sistema organizacional “assegurar a forma de a empresa<br />
configurar sua estrutura departamental e suas interações, com base no<br />
agrupamento das diversas atividades” (BEUREN, 1998, p. 38). No caso das<br />
assessorias de comunicação, a formatação das atividades desempenhadas por<br />
setor próprio ou serviço contratado dependerá do interesse dos gestores em<br />
definir estrategicamente o cumprimento das demandas na empresa.<br />
19 A autora diz que “a missão de uma organização consiste no fim mais amplo para o qual ela<br />
foi constituída, caracterizando e direcionando seu modo de atuação. Ela é orientadora das<br />
demais definições, em todos os níveis hierárquicos e áreas funcionais, de uma organização,<br />
bem como da configuração de seus sistemas e subsistemas” (BEUREN, 1998, p.37).
59<br />
Para Beuren, o sistema de informação 20 possibilita a captação de<br />
dados, seu processamento e a geração e divulgação de informações. “Ele é o<br />
encarregado de prover informações, em todas as etapas do processo de<br />
gestão (planejamento, execução e controle), para os diferentes níveis<br />
hierárquicos e áreas funcionais da empresa” (1998, p. 39).<br />
O ato de transmitir informações - com base nos princípios,<br />
procedimentos e orientações estabelecidos no modelo de gestão da empresa -<br />
é tido pela autora como função da área de comunicação.<br />
No que concerne à comunicação da informação, Bedford 21 destaca<br />
que a comunicação é o processo de desenvolver algo escrito, um<br />
mapa ou uma figura de determinada atividade ou situação e transmitila<br />
para outra pessoa ou grupo de pessoas, de modo que aquela<br />
atividade ou situação seja entendida. Isso implica a realização de<br />
observações pelo comunicador, o registro ou a simbolização dos<br />
termos mais significativos observados, a transmissão da informação<br />
simbolizada para o receptor e a compreensão pelo receptor da<br />
atividade ou situação representada (BEUREN, 1998, p. 39).<br />
Para que uma empresa assuma com coerência uma política de<br />
transparência, Soares considera que é fundamental entender que a informação<br />
é um recurso valioso, estratégico e caro.<br />
A gestão da informação não é um fim em si mesmo, mas um apoio<br />
indispensável para um objetivo mais abrangente – a gestão de uma<br />
organização. Deve ser implementada e desenvolvida em uma<br />
perspectiva de ‘negócio’ e sob a ótica do cliente. Deve respeitar o<br />
estilo de gestão e a cultura organizacional (2007, p.21).<br />
20 Soares define sistemas de informação como o “conjunto de elementos e componentes interrelacionados<br />
que coletam (entrada), manipulam (processamento) e disseminam (saída) os<br />
dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback [retorno] para atender a um<br />
objetivo” (2007, p.18).<br />
21 BEUREN, 1998, apud BEDFORD, Norton M. Income determination theory: an accounting<br />
framework. Reading, Massachusetts: Addison-Weslwy, 1965.
60<br />
Em tempos de globalização, o saber torna-se conteúdo do<br />
conhecimento. Focault 22 defende esta idéia afirmando em seus estudos que<br />
saber é poder.<br />
Todo o saber tem sua gênese em relações de poder, [...] saber e<br />
poder se implicam mutuamente: não há relação de poder sem a<br />
constituição de um campo de saber, como também, reciprocamente,<br />
todo saber constitui novas relações de poder. Todo ponto de<br />
exercício do poder é, ao mesmo tempo, um lugar de formação de<br />
saber (MACHA<strong>DO</strong>, 1989, p.xxi).<br />
Baseado nesta premissa, o mundo corporativo vem utilizando<br />
cada vez mais a informação como conteúdo de suas ações mercadológicas. “A<br />
informação está associada à idéia de movimento. Implica em percepção,<br />
tomada de decisão, controle e organicidade para alcançar a construção do<br />
conhecimento” (SOARES, 2007, in loco).<br />
Da mesma forma, a Assessoria de Comunicação se utiliza da<br />
informação para trabalhar de forma positiva a imagem da empresa. Uma das<br />
formas é produzir fatos para manter seu assessorado na mídia. Da mesma<br />
forma, a Assessoria de Imprensa presta um serviço aos veículos de<br />
comunicação fornecendo informações de interesse público e até mesmo fontes<br />
sobre determinado assunto. Isso proporciona visibilidade à empresa,<br />
fortalecendo sua imagem perante o mercado – o que lhe dá, ao mesmo tempo,<br />
certo poder perante os stakeholders.<br />
Le Coadic traz a idéia de que o conhecimento é visto como saber,<br />
resultado do ato de conhecer: “Conhecer é ser capaz de formar a idéia de<br />
22 Segundo Veiga-Neto, Michel Foucault foi o filósofo quem melhor nos mostrou como "as<br />
práticas e os saberes vêm funcionando, nos últimos quatro séculos, para fabricar a<br />
Modernidade e o sujeito moderno" (2004, p.17). Na obra História da Sexualidade: a vontade<br />
de saber, Foucault define poder como sendo “móvel, difuso e instável. As relações de poder<br />
estão presentes em todos os lugares e atuam em todas as direções” (SILVA, 2008, p.180).
61<br />
alguma coisa (...) o saber designa um conjunto articulado e organizado de<br />
conhecimentos a partir do qual uma ciência poderá originar-se” (1996, p. 26).<br />
A associação dos termos informação e conhecimento é defendida<br />
por Lira, Cândido, Araújo & Barros. Segundo os autores, o conhecimento é<br />
decorrente da interpretação da informação e de sua utilização para gerar novas<br />
idéias, resolver problemas ou tomar decisões.<br />
[...] E existe quando uma informação é explicada e suficientemente<br />
compreendida por alguém. Conhecimento também é o resultado de<br />
nossa aprendizagem, daquilo que experimentamos e podemos utilizar<br />
novamente em diversas situações (2008, p.172).<br />
Para Nonaka & Takeuchi, conhecimento refere-se a crenças e<br />
compromissos. “É uma função de uma atitude, perspectiva ou intenção<br />
específica (...) está relacionado à ação (...) e como a informação diz respeito ao<br />
significado. É específico ao contexto, sem relacional” (1997, p.63).<br />
Considerando que para toda e qualquer aprendizagem é<br />
necessário interação, Soares mostra que comunicação e informação passam a<br />
ser peças fundamentais para a gestão do conhecimento nas organizações.<br />
O fazer da comunicação emerge como necessidade do ser humano<br />
integrar-se em um processo que valorize o pensar e o interrelacionamento<br />
de contextos e informações, a fim de definir<br />
estratégias de ação e perfis de conhecimento (2007, p.5).<br />
Estudos de Choo (2003) mostram que uma pessoa à medida que<br />
consegue dar sentido às experiências, torna-se habilitada a avançar rumo ao<br />
conhecimento. O autor destaca que as organizações carecem aumentar sua<br />
consciência sobre a natureza da busca e do processamento humano da<br />
informação, envolvendo a compreensão de estilos e limites cognitivos, e das
62<br />
formas como as rotinas e as defesas emocionais podem bloquear a<br />
aprendizagem.<br />
Resgatando a idéia de comunicação como ferramenta estratégica,<br />
Kunsch (1999) considera que o maior desafio da informação está no fato de<br />
habilitar os gestores a alcançar os objetivos propostos para a organização,<br />
utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis.<br />
Choo (2004) defende a necessidade de educar os indivíduos<br />
quanto à gestão da qualidade e da quantidade de informações, além de<br />
desenvolver uma cultura organizacional que valorize e encoraje o<br />
compartilhamento de informações. “Sendo, assim, a informação é o que<br />
movimenta os gestores” (SOARES, 2007, p.7).<br />
2.4 O papel dos gestores<br />
De acordo com Chinem (2006), os Meios de Comunicação Social<br />
têm o papel importante de transmitir informação e ajudar no processo de<br />
criação da cidadania. Porém, para isso é necessário liberdade.<br />
No trato com a mídia, as relações devem ocorrer dentro de uma<br />
diplomacia havendo respeito e intercâmbio constante. “Se a empresa tem algo<br />
a comunicar, precisa criar uma sintonia com a opinião pública. Se as redações<br />
dos jornais procuram as empresas é porque o negócio empresarial virou<br />
notícia” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.14).
63<br />
Para o autor, as relações entre empresa e imprensa levam em<br />
consideração o interesse pela informação. “(...) A construção da imagem da<br />
empresa na sociedade depende da relação com todos os públicos – do<br />
acionista majoritário ao mais humilde consumidor, passando por imprensa e<br />
comunidade” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.13).<br />
Uma das principais tarefas da assessoria, ou departamento de<br />
comunicação é realizar a permanente interpretação crítica e seletiva do<br />
ambiente exterior. Esse trabalho permite que o comunicador seja mais que um<br />
operador da empresa, mas torne-se o estrategista – “um assessor próximo cuja<br />
contribuição será decisiva para a articulação de um discurso adequado e de<br />
uma identidade organizacional compatível com os negócios” (CHIN<strong>EM</strong>, 2006,<br />
p.28).<br />
A prática dessa função estratégica torna a atuação do gestor<br />
comunicacional de extrema utilidade para os centros decisórios de qualquer<br />
instituição. “Através dele, a assessoria de comunicação poderá colaborar com<br />
os setores de planejamento estratégico e político dos assessorados. Poderá<br />
tornar-se a consciência que ajuda na identificação dos acertos e erros,<br />
sugerindo formas de aperfeiçoamento ou homologar impressões” (CHIN<strong>EM</strong>,<br />
2006, p.28).<br />
Num mercado em constante transformação, o gestor de<br />
comunicação acaba tornando-se uma espécie de olheiro para as organizações<br />
estando sempre à frente - adiantando tendências, indicando mudanças de<br />
posicionamento e as posturas mais adequadas para os diferentes públicos.
64<br />
Esse trabalho permite-lhe ampliar sua capacidade de detectar<br />
indícios de alterações nas várias áreas e segmentos da sociedade<br />
(setores políticos, econômico-financeiros, sindicais, estudantis,<br />
científicos e outros) e de, assim, poder antever objeções,<br />
inconvenientes e mal-entendidos a alguma ação planejada, tendo por<br />
objetivo os usuários de seus serviços (CHIN<strong>EM</strong>, 2006, p.28).<br />
Lopes encontra no trabalho da Assessoria de Imprensa a<br />
possibilidade da empresa identificar antecipadamente as turbulências que<br />
movimentam e alteram vários segmentos da sociedade. Por meio dela, permitise<br />
que “empresários estabeleçam planejamentos estratégicos mais coerentes<br />
com as aspirações dos usuários de seus serviços” (LOPES, 2003, p.14).<br />
Cada dia mais conscientes sobre a importância da mídia e a<br />
influência que os meios de comunicação possuem perante a opinião pública, as<br />
empresas seguem trabalhando para serem “lembradas” desenvolvendo um<br />
bom relacionamento com a imprensa. Para atingir esses objetivos, Palma<br />
destaca o papel das Assessorias de imprensa na produção de textos<br />
informativos e divulgação jornalística, elaboração de pautas e artigos,<br />
organização de coletivas, apoio à realização de eventos, dentre outras funções.<br />
Jornalistas e Relações Públicas complementam-se na tarefa de lidar<br />
com a informação pública, como a expressão que resume o processo<br />
de transformação da informação em notícia, incluindo a difusão pelos<br />
meios de comunicação (1994, p.69).<br />
Por meio da promoção de acontecimentos, que são divulgadas na<br />
mídia em forma de notícia, as empresas passam a se inserir no espaço público<br />
apresentando elementos do campo em que atuam. Peça chave da Assessoria<br />
de Comunicação, a Assessoria de Imprensa colabora não só para a construção<br />
da imagem institucional, mas para a manutenção do negócio como referência<br />
de credibilidade e responsabilidade perante a sociedade.
65<br />
Para cumprir seu papel, a Assessoria de Imprensa pode ser tanto<br />
parte do quadro funcional da empresa, dentro de um setor ou como<br />
departamento da mesma como uma prestadora de serviço especializada na<br />
área – com forma de trabalho terceirizado. De acordo com Lopes, uma<br />
assessoria de imprensa compreende basicamente um grupo de jornalistas, que<br />
pode variar dependendo do porte da empresa, do número de clientes e<br />
serviços oferecidos.<br />
Podem complementar a equipe: diagramador(es), ilustrador(es),<br />
fotógrafo(s) e etc., mas tudo dependerá de uma avaliação de custos e<br />
do quanto a empresa acredita ser necessário para desempenhar o<br />
seu programa de comunicação com qualidade (2003, p.16).<br />
Para Koplin & Ferrareto “uma assessoria de comunicação social<br />
abrange as áreas específicas de publicidade e propaganda, relações públicas e<br />
jornalismo” (2001, p.13). Mesmo as três áreas tendo responsabilidades e<br />
tarefas distintas, verifica-se que as empresas utilizam os serviços de cada uma<br />
destas habilitações isoladamente. Porém, os autores acreditam que, apenas<br />
com sua aplicação conjunta e integrada os resultados da comunicação poderá<br />
ser sentida de forma abrangente e eficaz.<br />
2.5 Processando a informação nas empresas<br />
Viver na era da informação e do conhecimento é estar rodeado de<br />
um volume incalculável de conteúdo. Porém, o excesso e o bombardeio de<br />
informações, causado pela variedade de meios e facilidade de acesso e<br />
pesquisa, reflete-se na perda e eficiência da mensagem.
66<br />
Toda comunicação transmite uma mensagem. A mensagem<br />
transmitida apresenta-se conceitualmente como a objeção simbólica<br />
mediante a qual o sujeito promotor influi sobre o receptor, graças a<br />
uma ação sobre os processos psíquicos dos indivíduos ou das<br />
coletividades que formam o público. [...] Para conseguir o devido<br />
efeito sobre o público, a mensagem tem de aparecer como notícia, o<br />
que obriga a situar o juízo ou a opinião em segundo plano. [...] Na<br />
emissão há informação, formação, expressão e pressão: na<br />
impregnação subseqüente há ligação, participação, divertimento,<br />
libertação, catarse. A mensagem em si mesma liga-se à atualidade<br />
(ora imediata, ora mediata) numa estrutura a qual se misturam o<br />
interesse geral suscitado pelo fato, a força da primeira informação –<br />
propriamente a notícia – e a resenha, ou expressão jornalística, geral<br />
ou particular, do fato, acidente ou incidente (BENEYTO, 1974, p.52).<br />
Este contexto é visto por Lira, Cândido, Araújo & Barros com<br />
grande preocupação já que, no entendimento dos autores, a sobrecarga de<br />
informações pode redundar em desinformação e perda de eficiência no<br />
trabalho.<br />
[...] ao serem entendidas como recurso, as informações acarretam<br />
crescimento no número de fontes, veículos e registros, que passam a<br />
exigir dos indivíduos da organização um gerenciamento eficaz sob<br />
pena de prejuízo competitivo (2008, p.175).<br />
Com isso, segundo eles, saber processar a informação de forma<br />
eficaz torna-se um dos principais recursos econômicos para a competitividade<br />
nas empresas. Na prática corporativa, caberá ao profissional ou setor de<br />
comunicação verificar junto aos setores estratégicos quais os objetivos que a<br />
organização tem em trabalhar a informação, mediante resultados positivos para<br />
o seu negócio.<br />
Diante desses dados, o gestor de comunicação poderá<br />
assessorar a organização para o desenvolvimento de ações que melhorem seu<br />
posicionamento no mercado. “(...) O volume da comunicação, o tipo de<br />
comunicação e a direção da comunicação constituem o centro de<br />
processamento da eficiência organizacional” (REGO, 1986, p.32).
67<br />
atividade reguladora.<br />
Rego refere-se ao fato da informação empresarial constituir uma<br />
[...] compreende tudo aquilo que a empresa recebe ou emite com o<br />
objetivo de padronizar comportamentos: regulamentos, normas<br />
portarias, aviso, etc. [...] na empresa os objetivos da comunicação<br />
são de “modificar e adaptar o comportamento das pessoas às normas<br />
traçadas, influenciar atitudes e preferências, carrear todos os atos<br />
com vistas à execução das metas programadas” (1986, p.59).<br />
Num âmbito geral, Oliveira (2008) diz que a área da comunicação<br />
social é responsável pelos atos de comunicação indiretos, unilaterais e seus<br />
públicos. Como efeito da globalização, consolidou-se um sistema de<br />
comunicação estruturado tanto na linguagem como no planejamento de<br />
programas. A autora considera que o foco da comunicação nas organizações<br />
privadas postula sobre os seguintes princípios:<br />
Primeiro, a imagem/identidade é o patrimônio mais valioso de uma<br />
empresa; segundo, a comunicação é a responsável pela construção<br />
dessa imagem/identidade e por sua divulgação perante os seus<br />
públicos, tanto interno como externo; e terceiro, ela é que realmente<br />
vende a empresa no mercado (OLIVEIRA, 2008, p.129).<br />
A existência de uma organização implica relacionar a relevância<br />
de seus públicos – “associação de duas ou mais pessoas com alguns objetivos<br />
em comum. Supõe-se, também, que elas compartilhem algumas características<br />
e, em muitos casos, pertençam ao mesmo grupo sociocultural” (BALDISSERA,<br />
2001b, p.7).<br />
As organizações selecionam e distribuem informações,<br />
processadas em diferentes setores de forma oficial (através do discurso) e<br />
informal (conversas nos corredores). À medida que se buscam trabalhar essas
68<br />
informações, as empresas passam a desempenhar ações que vislumbram a<br />
construção de uma identidade 23 organizacional.<br />
[...] as informações são transformadas em estratégicas para<br />
comunicar e fazer reconhecer a empresa como identidade, como um<br />
espelhamento pelo qual os públicos se reconheçam. Para isso,<br />
procedem à seleção dos sentidos que serão postos em circulação na<br />
cadeia comunicacional, sempre observando a capacidade semiósica<br />
– capacidade de ler o mundo – e os traços da identidade do público<br />
ao qual a mensagem se destina. Ressalta-se que a construção da<br />
identidade da organização, realizada pelos públicos, pressupõe as<br />
informações que recebem sobre aquela organização (BALDISSERA,<br />
2001b, p.8).<br />
Para a construção de uma boa estratégia comunicacional, o autor<br />
pontua que o comunicador deverá fazer uma análise do ramo (setor) de<br />
atuação e determinar a posição exata da empresa, no âmbito de sua<br />
competência principal.<br />
[...] Basta observar que, atualmente uma das grandes características<br />
das grandes organizações é o fato de se constituírem e instituírem<br />
em referências que lideram as decisões e mudanças em sua<br />
atividade, fixando as normas de conduta do setor, culminando por<br />
assumir o importante papel de agentes de transformações sociais.<br />
Sob esse prisma, o estrategista deve prever e articular os recursos<br />
comunicacionais necessários para garantir a circulação de<br />
informações selecionadas e fazer com que os públicos reconheçam<br />
sua empresa, instituindo-a identitariamente, como referência. Dessa<br />
maneira, consegue-se agregar valor à marca que, atualmente, é o<br />
principal diferencial mercadológico (BALDISSERA, 2001a, p.3).<br />
A construção da imagem 24 organizacional é um dos objetivos da<br />
Assessoria de Comunicação, trabalhada pela assessoria de imprensa na busca<br />
de credibilidade. “Na visão estratégica, o foco está em localizar a maneira<br />
23 Para Baldissera, identidade organizacional é “resultante da ação de sujeitos num determinado<br />
contexto”. Revela o senso comum como origem de uma imagem única, coesa, linear e<br />
imaculada (2001b, p.7).<br />
24 Conforme Baldissera, imagem é a “mistificação de um termo construído a partir do outro”. As<br />
três instâncias da imagem são formadas pela imagem física (pressuposta pela visão), imagem<br />
linguagem (usada para comunicar) e imagem conceito (idealização do imaginário) (2007, in<br />
loco).
69<br />
especial de agregar, aos olhos dos públicos, valor real à organização (marca)”,<br />
(BALDISERRA, 2001, p.4).<br />
Neste universo, a Assessoria de Comunicação preocupa-se com<br />
o relacionamento da organização trabalhando aspectos internos - através de<br />
ferramentas que garantam um clima 25 organizacional favorável – contribuindo<br />
para a visão externa do público sobre a empresa. Outras ações de cunho<br />
social, político e econômico são vislumbrados para a veiculação na mídia,<br />
definindo a atuação e o posicionamento da empresa perante a sociedade. “Ou<br />
seja, através da irradiação de suas mensagens, suas ações são canalizadas<br />
para os circuitos internos e circuitos externos, por meio de jornais, revistas,<br />
televisão e rádio” (OLIVEIRA, 2008, p.130).<br />
2.6 O espírito de cidadania organizacional<br />
Para Iasbeck o papel da comunicação é muito mais do que uma<br />
função burocrática, desempenhada por um setor, área, ou departamento –<br />
onde se produzem notícias, informações administrativas e motivacionais,<br />
briefings, discursos para dirigentes ou releases para a imprensa.<br />
A comunicação de uma organização com os seus diversos públicos é<br />
o instrumento capaz de possibilitar a administração de sua<br />
identidade. [...] Comunicação é uma função que deve estar presente<br />
na ocupação e na preocupação de todos os que compõem uma<br />
Organização, pelo fato de serem, todos eles, representantes dessa<br />
Organização perante seus públicos (2006, p.3).<br />
O conjunto de expressões, gerados por toda e quaisquer áreas ou<br />
dimensões do funcionamento de uma organização, formam o composto da<br />
25 Citando Srour (1998), clima refere-se a temperatura social da organização em um bem<br />
específico.
70<br />
empresa. “Essa imagem é operativa nas escolhas que esse público faz, pode<br />
acarretar preferência, fidelidade, abandono, desconfiança, satisfação ou<br />
insatisfação, enfim, pode determinar o caráter da resposta ao estímulo<br />
‘discursivo’ recebido” (IASBECK, 2006, p. 4).<br />
Diante da necessidade eminente de ‘agradar’ os públicos, que<br />
como cidadãos lutam por seus direitos, as organizações vêm demonstrando<br />
preocupação constante com a qualidade. Nesta instância, surge a figura da<br />
ouvidoria – espaço que visa a garantir o fluxo da comunicação através da<br />
interação com os diferentes públicos.<br />
Para Sales, a ouvidoria serve de aporte ao cidadão.<br />
A ouvidoria é um serviço ao qual o cidadão pode recorrer a fim de<br />
encaminhar sugestões, reclamações e denúncias, no sentido de<br />
preservar os princípios que devem nortear a conduta da<br />
administração pública, quais sejam: a legalidade, a legitimidade, a<br />
impessoalidade, a moralidade, a economia e a publicidade (2006,<br />
p.2).<br />
Reunindo princípios de responsabilidade social 26 , aliados ao<br />
marketing de respeito ao consumidor 27 , a instituição de ouvidorias rapidamente<br />
se tornou uma realidade para empresas de médio e grande porte do país.<br />
“Diferencial competitivo, funciona positivamente como manifestação de<br />
26 Para Araújo, responsabilidade social é o processo que dentro das organizações vem<br />
recuperar o que antes se denominava filantropia. “Assim, por meio de doações a programas e<br />
campanhas sociais de governo; projetos sociais inovadores e de fomento ao desenvolvimento<br />
sócio-educativo, artístico e cultural, surgiu a necessidade de comunicação dessas ações<br />
sociais para o mercado, trazendo o resultado das modificações ocorridas na sociedade<br />
decorrente de uma nova realidade sócio-cultural, em que a preocupação com a questão social<br />
foi ampliada” (2006, p.14).<br />
27 Citando Fernandes pode-se afirmar que tal expansão foi especialmente estimulada pela<br />
instituição do Código de Defesa do Consumidor, sancionado no início da década de 90.<br />
“Constituindo-se num avançado dispositivo legal para a orientação das relações de consumo<br />
em nosso país abrangendo os mais variados setores de produção de bens tangíveis ou<br />
intangíveis – alimentação, saúde, educação, cultura, habitação, lazer, tecnologia, ecologia,<br />
entre outros” (2006, p.2).
71<br />
consciência cidadã por parte das empresas públicas e privadas que o adotam”<br />
(IASBECK, 2006, p.2).<br />
Nas áreas públicas, segundo o autor, o termo foi disseminado<br />
fortemente a partir de uma interpretação da emenda constitucional número 19,<br />
de 04 de junho de 1998 – que conservou o tradicional nome, enquanto nas<br />
empresas privadas passou a se chamar ombudsman 28 .<br />
Na história da imprensa, a atividade se fez emergente nos<br />
Estados Unidos no fim dos anos 1960. Segundo Maia (2003), alguns diários<br />
Inspiraram-se no conceito de ombudsman - enquanto pessoa ou instituição,<br />
encarregada de receber e tratar queixas – e designaram, ordinariamente ao<br />
jornalista, a função de atender as reclamações dos leitores.<br />
No mundo corporativo atual, onde o consumidor/ usuário torna-se<br />
cada vez mais exigente a ouvidoria abre um espaço para a interação da<br />
empresa com seus clientes.<br />
A ouvidoria é o lugar a que recorrerem àqueles usuários, clientes,<br />
consumidores, cidadãos que possuem algum tipo de interesse nos<br />
negócios da Organização. Seja para reclamar, criticar, sugerir, pedir<br />
informações, resolver dúvidas, elogiar, seja para simplesmente trocar<br />
idéias, o usuário do serviço de ouvidoria demonstra estar<br />
suficientemente motivado para acionar a Organização e, por isso,<br />
mobiliza-se e oferece a ela muitas e diversificadas informações,<br />
desde as mais óbvias e explícitas, até outras que podem facilmente<br />
ser inferidas na relação. A ouvidoria é, portanto, um lugar privilegiado<br />
de aferição da imagem que a Organização goza junto aos seus<br />
diversos públicos (IASBECK, 2006, p.7).<br />
Neste contexto, Iasbeck defende que o ouvidor ou ombudsman<br />
constitui a figura representativa de uma instituição maior, que envolve muitas<br />
28 Em Ferreira (2000), o termo ombudsman - do Sueco ombud, significa representante,<br />
deputado - e man, no inglês homem. Nos países de democracia avançada, como a Suécia,<br />
funcionário do governo que investiga as queixas dos cidadãos contra os órgãos da<br />
administração pública. Pessoa encarregada de observar e criticar as lacunas de uma empresa,<br />
colocando-se no ponto de vista do público: “o ombudsman critica o próprio jornal que lê, com<br />
olhos do leitor” (Jornal do Brasil, 25/06/1985).
72<br />
funções e complexas atividades com o objetivo de garantir o livre fluxo da<br />
comunicação.<br />
Valioso instrumento do marketing visa a também garantir os direitos<br />
do consumidor, os interesses dos fornecedores, o aumento da<br />
fidelização, a satisfação na pós-venda, além de servir de ponto<br />
estratégico para consultas sobre preferências de consumo,<br />
problemas de atendimento, necessidades de adequação tecnológica,<br />
enfim, um “porto seguro” para os administradores interessados em<br />
levar suas empresas ao sucesso ou, no mínimo, a algum bom termo<br />
no contexto mercadológico (2006, p.2).<br />
Atendendo o objetivo de estreitar relações entre o cidadão usuário<br />
de um serviço e a administração que o representa, Fernandes mostra que a<br />
figura do ouvidor e do ombudsman é utilizada em inúmeras organizações de<br />
nossa sociedade.<br />
[...] tanto do setor público quanto do privado – em secretarias e<br />
órgãos estaduais e municipais, em bancos, hospitais, jornais,<br />
penitenciárias, em entidades como CNPq (Conselho Nacional de<br />
Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Fenabrave (Federação<br />
Nacional das Indústrias de Veículos Automotores), entre outras, fato<br />
que destaca as possibilidades de sua implementação nas mais<br />
diversas áreas produtivas (2006, p.2).<br />
À medida que promove a interlocução entre a organização e seus<br />
segmentos de público, a autora observa que a ouvidoria passa a ter um caráter<br />
político. “O jogo de forças que cerceia a busca do predomínio ou do equilíbrio<br />
entre expectativas, necessidades e interesses é perpassado, sem dúvida, pelas<br />
relações de poder que, por sua vez, são mediadas pela comunicação”<br />
(FERNAN<strong>DE</strong>S, 2006, p.7).<br />
Na visão de Iasbeck, o ouvidor e o ombudsman são responsáveis<br />
por fazer girar processos comunicativos entre empresa-clientes e entre<br />
clientes-empresas. “Tais processos constituem trocas informacionais nas quais<br />
interesses conflitantes, aproximados ou congruentes são interpretados,
73<br />
conciliados, negociados e ou carreados com vistas a algum tipo de acordo que<br />
satisfaça as partes” (2006, p.2).<br />
Porém, essa atividade nas empresas nem sempre está atrelada à<br />
área de comunicação. Sem o planejamento e o cumprimento de ações que<br />
justifiquem a sua existência, a manutenção desta função na organização acaba<br />
se tornando uma exigência burocrática do setor no mercado.<br />
Vendo a ouvidoria como mídia, Iasbeck considera que a atividade<br />
assume todas as características de um meio de comunicação com feições<br />
técnicas, meios de produção definidos e público focado. Questionando as<br />
competências profissionais para o exercício do cargo, o autor focaliza na<br />
Comunicação Social o espaço profissional adequado e isento politicamente<br />
para assumir responsavelmente suas atribuições.<br />
[...] por não ser reconhecidas como tal, muitas Ouvidorias deixam de<br />
cumprir sua função para funcionarem como instituições de defesa dos<br />
fornecedores contra as reclamações dos consumidores. Urge,<br />
portanto, rever o papel das Ouvidorias e reposicioná-las como lugares<br />
de comunicação, conduzidas e administradas preferencialmente por<br />
profissionais da área da Comunicação Social (2006, p.1).<br />
Fernandes associa ao trabalho da ouvidoria, o surgimento de<br />
subsídios que são capazes de gerar mudança. Este processo de interação, na<br />
medida em que possibilita a satisfação do público, contribui para a credibilidade<br />
organizacional.<br />
Se a atividade da Ouvidoria [...] pode indicar a necessidade de<br />
mudanças, quer seja, pelo protagonismo dos indivíduos que a ela<br />
recorrem ou dos próprios agentes que nela, e na organização<br />
representada atuam, faz-se claro a importância do papel da<br />
comunicação organizacional na questão da visibilidade dos valores<br />
que intervêm no processo de mudança (2006, p.9).
74<br />
Para vencer seus anseios, o homem naturalmente se comunica<br />
expressando idéias e pensamentos sobre o ambiente onde vive. Intrínseco aos<br />
processos comunicativos está a informação, que constitui a base para o<br />
significado das coisas, a construção de conhecimento e tomada de decisões.<br />
Em tempos de globalização, nunca se dispôs de tantos recursos técnicos para<br />
se ter acesso à informação. Porém, ao mesmo tempo em que há uma riqueza<br />
de meios, há muitas fontes que disponibilizam conteúdos novos a todo o<br />
momento. Dessa forma, conseqüentemente, torna-se mais difícil deter a<br />
informação que na sociedade atual pode significar poder. Com isso, cada vez<br />
mais as empresas estão buscando qualificar este ‘bem’ que possuem<br />
trabalhando em modelos como a gestão da informação e do conhecimento.<br />
A proposta da Assessoria de Comunicação é atender as<br />
necessidades de comunicação da empresa com seus públicos, processando a<br />
informação de dentro para fora fazendo com que a mesma conquiste uma<br />
imagem credível no mercado. Diante de um público exigente, a figura do<br />
ouvidor e do ombudsman surge para fortalecer o relacionamento com os<br />
stakeholders - pessoas que justificam a existência da empresa. Tendo como<br />
cenário a cidade de Canoas, visualizamos a ampla concorrência que onze<br />
empresas de pequeno a grande porte, nos ramos de indústria, comércio e<br />
serviços sofrem para manter-se no mercado. Porém, contam com área, setor,<br />
departamento próprio ou terceirizado para atender suas demandas de<br />
comunicação social.
75<br />
3. O MERCA<strong>DO</strong> <strong>DE</strong> CANOAS<br />
Canoas é uma cidade brasileira, que está situada no Rio Grande<br />
do Sul. Fundado em 1939, possui o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB)<br />
gaúcho. Vizinha da capital Porto Alegre, o Município é sede de grandes<br />
empresas nacionais e multinacionais, como a Refinaria Alberto Pasqualini<br />
(Refap), Springer Carrier e AGCO do Brasil, além de nomes fortes nos ramos<br />
de gás, metal-mecânico e elétrico.<br />
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),<br />
com 329.174 habitantes Canoas é o município mais populoso da Região<br />
Metropolitana. No RS, a cidade só fica atrás de Porto Alegre, Pelotas - zona sul<br />
do Estado - e Caxias do Sul, na Serra.<br />
Possuidora de três universidades, a educação desponta como<br />
novo setor. A cidade tem a segunda maior rede de ensino do Estado: são 70<br />
escolas municipais, 36 públicas, e 30 particulares. Nesta metrópole do RS<br />
também está o quarto maior colégio eleitoral gaúcho, com 210.646 eleitores<br />
(divididos em 598 seções).
76<br />
3.1 Origem e desenvolvimento<br />
Dados do IBGE apontam que, o Município é constituído<br />
atualmente apenas por zona urbana, tendo como pioneiros grandes<br />
proprietários de terras. O primeiro deles foi o conquistador Francisco Pinto<br />
Bandeira, que recebeu da Coroa portuguesa, em 1740 - uma área com três<br />
léguas de comprimento e uma de largura ao longo da margem direita do Rio<br />
Gravataí. No local, foi instalada a sede da Fazenda do Gravataí - atualmente<br />
bairro Estância Velha.<br />
Em 1771, com a morte de Francisco, as terras passaram para o<br />
filho, Rafael Pinto Bandeira. O falecimento deles fez com que sua viúva, Josefa<br />
Eulália de Azevedo (a Brigadeira) dividisse a área entre os filhos. Assim, as<br />
terras da cidade foram repartidas dando origem a um povoado. A história<br />
registra o ano de 1871 como o início do povoamento de Canoas, quando o<br />
primeiro trecho da estrada de ferro passava a ligar São Leopoldo a Porto<br />
Alegre.<br />
No início, a cidade pertencia aos municípios de Gravataí e São<br />
Sebastião do Caí. Logo, o major Vicente Ferrer da Silva Freire, então<br />
proprietário da Fazenda Gravataí, aproveitou a Viação Férrea para transformar<br />
suas terras em uma estação de veraneio. Ponto de referência obrigatório, o<br />
local passou a ser designado Capão das Canoas. Logo, as grandes fazendas<br />
foram perdendo espaço para as pequenas propriedades, chácaras e granjas.<br />
Em 1908, Canoas é elevada à Capela Curada tendo por órago<br />
(santo que dá nome à igreja) São Luiz Gonzaga. Em 1938, assume a condição
77<br />
de vila e, no ano seguinte, torna-se cidade e sede de município. Em 1937, a<br />
instalação do 3º Regimento de Aviação Militar (RAV) - hoje o 5º Comando<br />
Aéreo Regional (5º Comar) - foi decisiva para a emancipação. O movimento foi<br />
liderado por Victor Hugo Ludwig.<br />
Em 27 de junho de 1939, a cidade foi criada pelo Decreto<br />
Estadual nº 7.839. Oficialmente, em 15 de janeiro de 1940, foi instalado o<br />
município de Canoas. O primeiro prefeito da cidade foi Edgar Braga da<br />
Fontoura, nomeado pelo interventor federal no Rio Grande do Sul, coronel<br />
Oswaldo Cordeiro de Farias, quando o município contava com 40.128<br />
habitantes. De lá pra cá, somam-se 24 chefes do executivo municipal.<br />
O crescimento econômico de Canoas deu-se, principalmente, a<br />
partir de 1945, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Além de numerosas<br />
indústrias, instalam-se no município a Base Militar da 5ª Zona Aérea e a Refap,<br />
impulsionando o desenvolvimento da cidade. Em 2008, cumpre seu segundo<br />
mandato na cidade o médico Marcos Ronchetti (PSDB).<br />
ESTRUTURA DA CIDA<strong>DE</strong><br />
CARACTERÍSTICAS<br />
Localização: Região Metropolitana de Porto Alegre<br />
Distância da Capital: 12 quilômetros<br />
Área: 131,097 km²<br />
População: 329.174 habitantes<br />
Eleitores: 210.646 (em 598 seções)<br />
BASE ECONÔMICA<br />
Indústria: 68.4%<br />
Comércio: 23.4%<br />
Serviços: 8.2%<br />
Matéria-prima: 4%<br />
Renda per capita anual: R$ 23.704 (2003)<br />
PIB: R$ 7.605.191.121,00 (IBGE/2003)<br />
PIB per capita: R$ 23.704,37 (IBGE/2003)
78<br />
FUNCIONALISMO PÚBLICO<br />
Servidores ativos: 4683<br />
Servidores inativos: 854<br />
Pensionistas: 253<br />
EDUCAÇÃO<br />
-Rede municipal<br />
Educação Infantil: 28 escolas<br />
• 1.783 alunos<br />
Ensino Fundamental: 42 escolas<br />
• 28.383 alunos<br />
Professores: 1.404<br />
Taxa de anafalbetismo: 3.23%.<br />
Dados da Secretaria Municipal de Educação indicam 10 mil analfabetos.<br />
-Rede estadual<br />
Escolas: 36<br />
Alunos: 34.870<br />
Professores: 1.299<br />
-Rede Particular<br />
Escolas: 30<br />
Alunos: 17.020<br />
Professores: 908<br />
-Ensino Superior<br />
Universidades: três<br />
SAÚ<strong>DE</strong><br />
Hospitais: Três<br />
Unidades Básicas: 24 postos<br />
SEGURANÇA<br />
Polícia Civil: 2ª DRM, 4 Delegacias de Polícia, 1 Delegacia da mulher e 1<br />
Delegacia de Trânsito<br />
Brigada Militar: 15º BPM, CPM e 5 companhias<br />
Guarda Municipal: 140 guardas<br />
QUALIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> VIDA<br />
Expectativa de vida: 70,8 (Homens: 66,6 e mulheres: 75,1)<br />
Mortalidade infantil: 12,67 óbitos a cada 1 mil nascimentos (em 2004)<br />
Abastecimento de água: 110.302 ligações econômicas<br />
Coleta de esgoto: 10008 ligações à rede da Corsan (9,6%)<br />
Esgoto tratado: 2.764 ligações que coletam e tratam.<br />
Fonte: Prefeitura de Canoas in www.canoas.rs.gov.br, 2008.
79<br />
3.2 Crescimento da cidade<br />
Aos 69 anos de emancipação política, Canoas atingiu<br />
recentemente o terceiro lugar na lista de municípios gaúchos, com mais de 30<br />
mil habitantes, que gerou novos postos de trabalho com carteira assinada no<br />
Estado. Conforme dados 29 do Cadastro Geral de Empregados e<br />
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o Município perde apenas<br />
para Porto Alegre, que está em 1º lugar - com 17.964 novas vagas, seguido de<br />
Novo Hamburgo (17.099).<br />
Para a diretora Neusa Bastos, da secretaria municipal de<br />
Desenvolvimento Econômico, três fatores levam a cidade a ter o 3º lugar na<br />
oportunidade de empregos: a proximidade com a Capital, possuir um dos<br />
maiores parques industriais do RS e o segundo PIB gaúcho.<br />
O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (Cics)<br />
de Canoas, Paulo Fritzen, comenta a evolução dos números: “em 2004, a<br />
cidade possuía 837 indústrias, 5.978 comércios e 10.642 serviços. Hoje são<br />
1.025, 7.516 e 12.912, respectivamente”. Segundo ele, se dá por dois<br />
aspectos: primeiro a área de serviços apresenta um processo natural de<br />
terceirização, seguido pelo crescimento PIB que ficou acima da média histórica<br />
dos últimos. “Nossa cidade apresenta no mínimo três setores que crescem<br />
acima da média, que são educação, saúde e logística”.<br />
29 O resultado da pesquisa do Caged consta na matéria entitulada “Canoas está em 3º lugar na<br />
oportunidade de empregos”, da repórter Daiane Poitevin, publicada na página 3, do Jornal<br />
Diário de Canoas. A edição data 23 de junho de 2008.
80<br />
3.3 Modernização<br />
A rápida modernização fez com que Canoas, aos poucos,<br />
mudasse suas características. Em novembro de 1984, a cidade ganha o metrô<br />
da Trensurb que passa a funcionar entre as avenidas Victor Barreto e<br />
Guilherme Shell – próximo ao espaço da antiga estação férrea (hoje Fundação<br />
Cultural de Canoas). São seis estações que dividem o Município<br />
(Canoas/Unilasalle, Niterói/UniRitter, Fátima, São Luiz/Ulbra, Mathias Velho e<br />
Petrobrás), no trecho da linha 1 - entre Porto Alegre e São Leopoldo.<br />
O fácil acesso à capital do RS e cidades vizinhas como<br />
Cachoeirinha, Esteio, Nova Santa Rita, Porto Alegre e Triunfo - pelas BRs 116,<br />
290 e 386 – fizeram com que Canoas se tornasse uma rota de passagem. Boa<br />
parte da população acaba se deslocando para trabalhar na Capital e arredores,<br />
o que faz com que o município seja considerado cidade-dormitório. Porém, o<br />
crescimento de setores produtivos - como indústria, comércio e serviços - vem<br />
mudando a imagem do município, que já se tornou para o RS uma das cidades<br />
economicamente mais importantes da Região Metropolitana.<br />
A localidade também atrai pessoas de outros lugares por causa<br />
do seu movimentado centro, literalmente cortado pela linha ferroviária e autoestradas.<br />
O comércio local conta com cerca de 5,5 mil estabelecimentos, com<br />
ampla variedade e grande participação no mercado da Região Metropolitana.<br />
Atualmente, o segmento é responsável por 24% das receitas canoenses. A<br />
cidade abriga quatro centros comerciais: o Conjunto Comercial Canoas, o<br />
Canoas Shopping, o Shopping Via Porcello e o Calçadão da Rua Tiradentes.<br />
No âmbito internacional, exporta óleo de soja, máquinas, implementos
81<br />
agrícolas e condicionadores de ar. Além disso, o município importa grãos de<br />
soja e trigo, chapas e barras de ferro.<br />
O crescimento, porém, trouxe para a cidade conseqüências<br />
negativas, como grande déficit habitacional e alta taxa de criminalidade.<br />
Mesmo assim, a cidade continua crescendo possivelmente pelo esgotamento<br />
da capacidade habitacional de Porto Alegre e por oferecer alternativa<br />
imobiliária mais barata.<br />
3.4 Comunicação nas empresas<br />
Diante dos problemas e desafios enfrentados pelos primeiros<br />
moradores da cidade, a comunicação já acontecia em Canoas. Nos primeiros<br />
tempos, ela estava presente mesmo que de forma informal nas conversas de<br />
família, amigos e vizinhos. À medida que população foi formando seus<br />
negócios, criou vínculos com a localidade, contribuindo para o fortalecimento<br />
dos relacionamentos e a necessidade de fidelizar o cliente.<br />
Incentivos imobiliários - como a venda de lotes da Coab a preços<br />
módicos - fizeram com que rapidamente a cidade se expandisse. Logo, as<br />
vastas áreas de terra que ainda restavam nos atuais bairros Mathias Velho e<br />
Guajuviras foram invadidas. Com isso, a cidade se dividiu em diferentes<br />
conglomerados sociais com multifacetados estilos de vida.<br />
Em razão disso, a comunicação também passou a abranger dois<br />
núcleos opostos: o formal, seguido pelas empresas; e o informal, produzido
82<br />
pelo popular nos bairros. Em nível de análise, conforme a proposta desta<br />
pesquisa, estaremos centralizando esforços para descrever as principais<br />
mídias até hoje vigentes.<br />
O principal veículo de Comunicação Social da cidade é o Jornal<br />
Diário de Canoas (do Grupo Editorial Sinos). Fundado em 1992, o periódico é o<br />
único jornal impresso diário do município. A imprensa local é formada ainda por<br />
dois semanários (O Timoneiro e o Correio de Notícias) e cerca de 10<br />
publicações de distribuição gratuita (Sinal Vermelho, jornais de bairro como<br />
Nossa Senhora das Graças e Niterói, dentre outros). Há ainda as rádios Pop<br />
Rock (de concessão da Ulbra) e Real, e duas emissoras comunitárias (rádios<br />
Fátima e Collaziol).<br />
Seguindo a tendência da cidade, a comunicação organizacional<br />
não atinge ramos ou setores específicos. A pesquisa de campo, realizada com<br />
mais de 80 empresas – provenientes dos maillings do Sindicato das Indústrias<br />
Metal Mecânicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan) e da Câmara da<br />
Indústria, Comércio e Serviços (Cics) de Canoas – mostra que as demandas de<br />
comunicação são trabalhadas por menos da metade das organizações.<br />
De acordo com os depoimentos, a maioria das empresas de<br />
pequeno porte considera que não há necessidade de contar com profissionais<br />
próprios ou serviços terceirizados de comunicação. Nos contatos telefônicos,<br />
realizado de fevereiro a março de 2008, muitos disseram não necessitar da<br />
área de comunicação social no dia-a-dia da sua empresa, enquanto outros<br />
citaram a falta de recursos para investir ou manter a mesma.<br />
Durante as abordagens, ficou claro a falta de conhecimento dos<br />
pequenos empresários sobre a área de comunicação e suas habilitações. Entre
83<br />
as formas de divulgar a empresa, alguns entrevistados citaram o boca-a-boca<br />
como prática mais freqüente e eficaz, além da indicação dos próprios clientes,<br />
contatos comerciais, feiras, folhetos, site, cartões de visita e a internet.<br />
Somente 30 empresas de Canoas informaram possuir ao menos<br />
um profissional direcionado para a área de comunicação e marketing, sendo<br />
estas na sua totalidade de médio a grande porte. Dentre elas, somente 11<br />
responderam ao questionário utilizado como base de análise para este estudo.<br />
Intitulada “A Comunicação no dia-a-dia das organizações”, a entrevista<br />
remetida às empresas de Canoas por e-mail, de março a maio de 2008, conta<br />
com perguntas abertas e fechadas - dentre informações sobre o entrevistado,<br />
dados de identificação da empresa e perguntas sobre comunicação<br />
organizacional.<br />
A seguir, uma breve identificação sobre as organizações que<br />
compõem a base de dados deste trabalho que busca traçar o perfil do<br />
profissional de comunicação que atua na cidade. Por motivos de segurança,<br />
em função da concorrência, o nome das organizações será preservado.<br />
3.5 Empresa A<br />
Com fábrica instalada em Canoas desde 1995, a Empresa A atua<br />
no ramo metal-mecânico, sendo uma das principais fabricantes de motores a<br />
diesel da América Latina. Os produtos da companhia atendem o setor<br />
automotivo nos segmentos veicular, agrícola, industrial e marítimo.<br />
A empresa é uma multinacional com matriz nos EUA,<br />
estrategicamente instalada no Mercosul para atender os clientes da região e
84<br />
trabalhar como base para exportação de produtos para todo o mundo. Conta<br />
com filiais também em São Paulo e na Argentina; totalizando 2.850<br />
funcionários (750 deles em Canoas). Hoje a Empresa A vende seus produtos<br />
para mais de 30 países das Américas do Sul, Norte e Central, Europa e<br />
Oceania.<br />
3.6 Empresa B<br />
A Empresa B é uma organização não governamental, sem fins<br />
lucrativos, de utilidade pública municipal, estadual e federal. Atua no município<br />
de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre e Vale dos Sinos desde 1983.<br />
O tipo da atividade desenvolvido por ela é o da habilitação e reabilitação,<br />
através de uma equipe multiprofissional e intersetorial.<br />
Possui o diferencial de ser uma instituição formada, administrada<br />
e mantida pelo trabalho da pessoa com deficiência, possuindo uma gestão<br />
auto-sustentável, sem princípios assistencialistas. Os empreendimentos e<br />
programas desenvolvidos são sustentados pelos recursos provenientes de<br />
parcerias e prestação de serviços para a iniciativa privada e empresas<br />
públicas, além dos convênios com a Prefeitura Municipal de Canoas e Governo<br />
Estadual do Rio Grande do Sul.<br />
Atualmente, a instituição possui cadastrados 3700 associados,<br />
sendo 70% pessoas com deficiência e 80% em situação econômica na faixa de<br />
carência de um salário mínimo.
85<br />
3.7 Empresa C<br />
Com atuação em Canoas desde 1908, a Empresa C é uma<br />
instituição de ensino particular e católica que conta com 80 profissionais – entre<br />
professores e corpo técnico administrativo – trabalhando para os mais de 1100<br />
alunos de educação infantil, ensinos fundamental, médio e profissional.<br />
A primeira escola da rede foi fundada em 1670, na França,<br />
espalhando-se para o mundo. Atualmente, são mais de 80 países que contam<br />
com instituições de ensino da rede – dentre as 1500 Comunidades Educativas<br />
que atingem, aproximadamente, um milhão de crianças, jovens e adultos. A<br />
escola do município possui mais de 50 salas de aula, dois ginásios esportivos,<br />
bibliotecas e laboratórios específicos por área de estudo. Além das turmas<br />
regulares, são oferecidas diversas atividades extra-classes.<br />
3.8 Empresa D<br />
A Empresa D percorre uma longa trajetória, desde 1946, ligada<br />
ao mercado de equipamentos e processos para a indústria de bebidas. Atua na<br />
fabricação de máquinas e aparelhos para indústria do açúcar, para destilados<br />
de álcool e aguardentes para indústria de bebidas (moendas, cozinhadores,<br />
filtros, cristalizadores, centrífugas, engenhos, alambiques, dosadores,<br />
misturadores, engarrafadores, arrolhadoras, rotuladoras, dentre outros).<br />
Os produtos e instalações da empresa são os resultados de<br />
longos anos de experiência acumulada no mercado latino americano e total<br />
integração com o grupo alemão, líder mundial no segmento. Conta com 300
86<br />
funcionários, sendo pioneira mundial na utilização da tecnologia de clarificação<br />
iônica para açúcar na indústria de refrigerantes, a Empresa D revolucionou o<br />
processo trazendo uma solução econômica, ecologicamente correta e acima de<br />
tudo que excede as exigências do mercado.<br />
3.9 Empresa E<br />
Desenvolvendo sistemas e equipamentos de segurança para os<br />
segmentos automotivo, residencial, comercial e industrial a Empresa E se<br />
mantém em atuação desde 1994. Sua unidade fabril está sediada em Canoas,<br />
Rio Grande do Sul, e nela são fabricados produtos como alarmes, travas<br />
elétricas, módulos para automação de vidros, e centrais de alarme, entre<br />
outros.<br />
A empresa conta com 90 funcionários, além de uma rede de<br />
representantes - com presença em pontos estratégicos do território nacional,<br />
que trabalham para levar informações úteis e atendimento personalizado a<br />
todos os clientes.<br />
3.10 Empresa F<br />
A Empresa F é uma rede de distribuição de autopeças, que<br />
nasceu da necessidade dos lojistas de São Paulo enfrentarem a concorrência.<br />
Em 1998, 12 empreendedores buscaram disponibilizar ações que auxiliam<br />
seus associados na venda varejista, como comunicação visual e de mídia,<br />
treinamento, promoções e atendimento diferenciado pelas fábricas.<br />
Hoje a
87<br />
rede conta com 65 lojas associadas no Estado de São Paulo em 29 municípios.<br />
A loja local possui 20 funcionários a disposição dos seus clientes.<br />
No Estado do Rio Grande do Sul, em pouco mais de quatro anos,<br />
a Empresa F conta com 65 lojas associadas em 30 municípios. Dentro do<br />
processo de expansão, em 2003 a rede se expandiu para Minas Gerais (55<br />
lojas em 23 municípios); em 2005 chegou ao Espírito Santo (20 lojas em oito<br />
Municípios); em 2006 foi para Santa Catarina (23 lojas em 17 municípios); e em<br />
breve estará em Curitiba, Paraná e Belém . Sua linha de produtos conta com<br />
25 renomados fabricantes de Autopeças, além da marca própria de Aditivo<br />
para radiador, Pastilha de freio, Disco de freio, Juntas Homocinética, dentre<br />
outros.<br />
3.11 Empresa G<br />
Com 46 anos de existência na cidade, a Empresa G é uma casa<br />
de saúde administrada por uma associação beneficente. Nela são atendidos<br />
por dia, em média, 486 casos de emergência e realizadas 47 internações.<br />
Noventa por cento de todos os procedimentos médicos ocorrem por meio do<br />
Sistema Único de Saúde.<br />
O hospital conta atualmente com 300 leitos, UTI (nível 2, com 20<br />
leitos), bloco cirúrgico, setor de convênios e SUS, além de 22 especialidades. A<br />
equipe é formada por 975 funcionários, sendo 200 médicos. Por mês são<br />
realizadas 1,5 mil internações, 600 cirurgias, 230 partos e diversos<br />
atendimentos de urgência e emergência.
88<br />
3.12 Empresa H<br />
Fundada em 1943, a Empresa H é uma instituição de ensino<br />
particular baseada nos princípios luteranos. Conta atualmente com 1,2 mil<br />
alunos, distribuídos em turmas de educação infantil, ensinos fundamental,<br />
médio e técnico. O colégio é uma das instituições mais antigas de Canoas e<br />
tem sua história marcada pela atuação de homens inovadores, preocupados<br />
com a formação educacional dos jovens canoenses e de municípios vizinhos.<br />
A rede de educação possui 27 escolas espalhadas em sete<br />
estados brasileiros. Quatorze delas localizando-se no Rio Grande do Sul. Além<br />
das atividades regulares em sala de aula, laboratórios e biblioteca, a escola<br />
oferece à comunidade atividades educacionais e culturais, saídas de estudo,<br />
eventos especiais e diversas atividades extracurriculares.<br />
3.13 Empresa I<br />
A Empresa I nasceu em 1967, no bairro Niterói em Canoas.<br />
Tendo como princípio a excelência do atendimento, seu fundador passou a<br />
vender produtos de qualidade a preços justos. Passados 41 anos, esta<br />
empresa tipicamente familiar tornado-se uma marca líder no mercado de<br />
óticas. Conta atualmente com sete lojas, laboratório próprio e serviço<br />
especializado, composto por 70 colaboradores diretos.<br />
Sempre preocupada em fornecer o melhor para seus clientes, a<br />
Empresa I trabalha com os últimos lançamentos em lentes e armação para<br />
óculos podendo, assim, dar a melhor visão com o maior conforto. Além de
89<br />
Canoas – que permanece como sede administrativa, possuindo três lojas no<br />
Centro - as atividades da empresa se expandiram para outras cidades do RS<br />
como Esteio, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha e Porto Alegre.<br />
3.14 Empresa J<br />
Instalada em Canoas desde 1996, a Empresa J é uma das<br />
organizações referência na cidade. Conta com 3.600 colaboradores, atuando<br />
como fabricante e distribuidora global de equipamentos agrícolas, destacandose<br />
em tecnologia com mais de 3.600 concessionárias independentes e<br />
distribuidores em mais de 140 países. Suas marcas incluem alguns dos mais<br />
respeitados nomes do setor - Massey Ferguson, Fendt, Challenger e Valtra.<br />
A fábrica de tratores, localizada no município, representa um dos<br />
principais centros mundiais de produção da empresa. A unidade possui um<br />
Centro Tecnológico equipado com bancos de testes de alta precisão para<br />
desenvolvimento de novos produtos. Capacitada para atender normas<br />
internacionais, ela está credenciada para cumprir as exigências do mercado<br />
externo. Seus produtos abastecem mais de 90 países.<br />
3.15 Empresa L<br />
A Empresa L é uma unidade hospitalar em operação em Canoas<br />
desde 2004 quando abriu suas portas parcialmente. Foi inaugurada<br />
oficialmente em outubro de 2007 para atender as demandas da área da saúde<br />
no município e cidades vizinhas da Região Metropolitana. Possui uma equipe
90<br />
multidisciplinar, formada por profissionais e estudantes da área da saúde e<br />
afins.<br />
Por meio de convênios particulares e Sistema Único de Saúde,<br />
são oferecidos no complexo hospitalar mais de 13 especialidades envolvendo<br />
consultas, exames e cirurgias. A Empresa L conta ainda com uma<br />
maternidade recém-inaugurada, setor de UTI e pronto-atendimento adulto e<br />
pediátrico 24 horas. Conta atualmente com 70 leitos em funcionamento (dos<br />
481 previstos para sua capacidade total), sendo que 70% dos seus<br />
atendimentos são prestados aos usuários do SUS.<br />
Conhecendo algumas características de Canoas, percebe-se que<br />
nos últimos anos esta cidade tornou-se um importante pólo de negócios para o<br />
Rio Grande do Sul. Possuidora de uma variedade de indústrias, comércios e<br />
serviços, a cidade é auto-sustentável economicamente, embora sua imagem<br />
ainda esteja associada à cidade-dormitório de Porto Alegre. Em meio a um<br />
cenário de ampla concorrência, apresentamos por meio do estudo de caso<br />
onze empresas de pequeno a grande porte, que atuam em setores produtivos<br />
do Município. Ambas contam com área, setor, departamento próprio ou<br />
terceirizado para atender suas demandas de comunicação social. Porém, como<br />
essas organizações encaram a comunicação no seu dia-a-dia? As implicações<br />
diferem, nem sempre com a mesma atenção, disponibilidade de recursos e<br />
equipe qualificada que a área necessita para vencer as crescentes demandas<br />
organizacionais.
91<br />
4 A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> NO DIA-A-DIA DAS ORGANIZAÇÕES<br />
Com um setor produtivo organizado e em plena expansão,<br />
Canoas já figura como uma das cidades do RS mais importantes<br />
economicamente para o Estado. Buscando verificar como as empresas locais<br />
se comportam em termos de comunicação social, optou-se em observar como<br />
a informação é tratada no dia-a-dia de 11 empresas da cidade. Conforme<br />
apresentadas anteriormente, estas organizações atuam nos ramos da indústria,<br />
comércio e serviços do município.<br />
Por meio da aplicação do questionário “A comunicação aplicada<br />
no dia-a-dia das empresas de Canoas”, foram coletados dados centralizados<br />
nos seguintes eixos: identificação da empresa e entrevistado, estrutura<br />
organizacional e comunicação empresarial. Fazem parte da análise<br />
exploratória, presente no corpo dos estudos de casos, 13 perguntas fechadas e<br />
24 perguntas abertas - conforme os modelos apresentados em anexo.<br />
Para sistematizar as informações descritas, emergiram as<br />
seguintes categorias: modelo de gestão, assessoria de comunicação,<br />
atendimento às demandas de comunicação, imagem da empresa,<br />
planejamento estratégico, comunicação empresarial, importância da<br />
informação, política de comunicação e públicos. Cada empresa, aqui
92<br />
denominada por uma letra do alfabeto – em função da não divulgação dos<br />
nomes, conforme convencionado com os entrevistados - terá associado a estes<br />
itens o conteúdo apresentado por seus profissionais. No final das colocações<br />
de cada empresa, serão apresentadas algumas considerações sobre os<br />
questionamentos propostos.<br />
4.1 Empresa A<br />
4.1.1 Modelo de Gestão: presidente;<br />
4.1.2 Assessoria de Comunicação: área de comunicação heterogênea.<br />
Formada por departamento de Marketing (publicitários,<br />
administradores com apoio de empresa terceirizada para Assessoria<br />
de Imprensa), e Comunicação Interna (jornalista, publicitário e<br />
administradora);<br />
4.1.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.1.3.1 Comunicação interna: ligado ao setor de Recursos humanos.<br />
É responsável pelo desenvolvimento e veiculação de<br />
informativos internos (eletrônicos, audiovisuais e impressos),<br />
pela organização de eventos internos e pelo fluxo de<br />
informações entre áreas, nas plantas da empresa e matriz;<br />
4.1.3.2 Marketing: além da venda e acompanhamento do mercado, é<br />
responsável pela inserção da imagem da empresa por meio de<br />
ações, eventos, publicidade ou relacionamento com a imprensa<br />
e comunidade.<br />
4.1.3.2.1 Assessoria de Imprensa: um profissional atua junto<br />
a uma empresa contratada para desenvolver textos,
93<br />
artigos e press releases e abastecer, especialmente,<br />
a imprensa especializada do setor;<br />
4.1.3.2.2 Publicidade e Propaganda: há um profissional que<br />
cuida da aplicação da marca, desenvolvimento da<br />
marca, assinatura da empresa. Algumas diretrizes<br />
são remetidas via matriz. Há suporte de agência<br />
para desenvolver anúncios ou outros;<br />
4.1.3.2.3 Relações Públicas: Não há departamento ou<br />
profissional para atender as demandas específicas<br />
da área;<br />
4.1.4 Imagem da empresa: mantém relacionamento com seus<br />
públicos, faz publicidade de seus produtos, divulga suas<br />
ações, preocupa-se com o fluxo de informações entre áreas e<br />
o desenvolvimento humano;<br />
4.1.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto,<br />
descentralizado por equipe (gerenciamento de projetos);<br />
4.1.6 Comunicação Empresarial: possui planejamento de<br />
Comunicação, cujo objetivo macro é manter o alinhamento<br />
anual definido pela diretoria. Programa de Comunicação:<br />
dividido em ações externas (rede de distribuidores, clientes e<br />
imprensa especializada) - participa de feiras e patrocina<br />
alguns eventos ligados ao negócio; e internas<br />
(desenvolvimento das pessoas) - trabalhando a liderança para<br />
manter a comunicação com as equipes, mantendo atualizados<br />
os canais de comunicação e desenvolvendo ações internas;
94<br />
4.1.7 Importância da informação: não faz pesquisa de mercado e<br />
opinião pública, mas realiza sondagens com clientes e<br />
fornecedores. Há processo de avaliação dos projetos, ações e<br />
serviços prestados;<br />
4.1.8 Política de comunicação: internamente é baseada em<br />
comunicação face a face (canais de comunicação, eventos,<br />
instrumentos e ações que buscam motivar os funcionários).<br />
Não há diretrizes formais, mas a comunicação é tida como um<br />
fator relevante para o sucesso das políticas de Qualidade,<br />
Ética e Segurança da empresa;<br />
4.1.9 Públicos: descritos de forma abrangente, por ordem de<br />
importância. Divididos em externos (acionistas/ investidores,<br />
clientes, imprensa/ formadores de opinião, fornecedores e<br />
comunidade) e internos (líderes, funcionários, família e<br />
comunidade, fornecedores/ terceiros).<br />
Conforme os dados apresentados, verifica-se que a Empresa A<br />
conta com um modelo de gestão centralizado no presidente. As demandas de<br />
comunicação empresarial estão divididas nos departamentos de Marketing e<br />
Comunicação Interna, contando com jornalistas, publicitários e<br />
administradores. Embora sua área de comunicação interna não conte com a<br />
habilitação de Relações Públicas, a Companhia está organizada para atender<br />
de forma integrada todas as suas atividades. Isso explica em parte, as<br />
demandas de Assessoria de Imprensa serem terceirizadas.
95<br />
No entanto, por se tratar de uma multinacional há capital para a<br />
contratação de agências especializadas, descentralizando serviços, o que<br />
atende a uma tendência atual do mercado. Suas ações são planejadas,<br />
concomitantemente com seus gestores - inclusive a comunicação, que deve<br />
estar alinhada com os interesses da diretoria. Verifica-se uma preocupação<br />
constante com o fluxo da informação e a qualidade de seus produtos e<br />
serviços, garantido assim uma imagem positiva perante seus públicos.<br />
4.2 Empresa B<br />
4.2.1 Modelo de Gestão: diretoria;<br />
4.2.2 Assessoria de Comunicação: setor de Comunicação e Marketing,<br />
formado por uma jornalista que atende ao cargo de Assessora de<br />
Imprensa;<br />
4.2.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.2.3.1 Assessoria de Imprensa: realizada internamente por<br />
uma jornalista no setor de Comunicação e Marketing.<br />
Divulga suas ações através de releases para imprensa<br />
local e do site;<br />
4.2.3.2 Publicidade e Propaganda: o setor de Comunicação e<br />
Marketing, juntamente com um arte-finalista, é responsável<br />
pelas demandas desta habilitação. Há parceria com uma<br />
agência para elaboração de algumas campanhas<br />
específicas;<br />
4.2.3.3 Relações Públicas: as funções que seriam realizadas por<br />
um profissional de Relações Públicas, também ficam a
96<br />
cargo do setor de Comunicação e Marketing. Em ocasiões<br />
esporádicas os setores de Recursos Humanos e Serviço<br />
Social também atuam nessa área;<br />
4.2.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, divulga<br />
suas ações, mantém relacionamento com a imprensa local e<br />
comunidade;<br />
4.2.5 Planejamento Estratégico: plano de ação por projeto. Cada projeto<br />
é ligado a um setor, onde o de Comunicação e Marketing dá suporte<br />
técnico no que diz respeito à divulgação;<br />
4.2.6 Comunicação Empresarial: para a empresa Planejamento de<br />
Comunicação são todas as ações que envolvem a divulgação de<br />
suas atividades, seja para público interno ou externo. Possui plano<br />
de comunicação, mas o entrevistado não cita como funciona;<br />
4.2.7 Importância da Informação: não realiza pesquisas de mercado e,<br />
ou opinião pública, mas faz avaliação de projetos, ações e serviços<br />
prestados;<br />
4.2.8 Política de Comunicação: questão não respondida;<br />
4.2.9 Públicos: questão não respondida.<br />
Sendo a Empresa B uma organização não governamental, conta<br />
com o modelo de gestão formado por uma diretoria. Possui setor interno de<br />
Comunicação e Marketing, que desempenha atividades das três habilitações<br />
(Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Relações Públicas). O plano de<br />
comunicação demonstra que a empresa está focada na divulgação de suas<br />
ações, seja para públicos internos como externos. Isso ocorre inclusive nos<br />
projetos cuja atuação do setor está limitada a dar suporte técnico aos
97<br />
profissionais de outras áreas - responsáveis pela atividade. Esse<br />
direcionamento vai de encontro à formação da única profissional da área de<br />
comunicação social (que é jornalista), em atuação na empresa.<br />
Observa-se também que a mesma não participa do planejamento<br />
estratégico da instituição e da tomada de decisões, cuja atuação é restrita as<br />
suas competências. Embora algumas parceiras sejam providenciadas para dar<br />
suporte a algumas demandas da área - como a agência que é voluntária para<br />
efetuar algumas campanhas, além do apoio de setores como Recursos<br />
Humanos e Serviço Social para atividades inerentes a Relações Públicas - fica<br />
claro que há carências no modelo de comunicação, conseqüente da falta de<br />
equipe consolidada.<br />
4.3 Empresa C<br />
4.3.1 Modelo de Gestão: diretoria;<br />
4.3.2 Assessoria de Comunicação: departamento de Comunicação e<br />
Marketing, formado por uma jornalista que está diretamente ligado ao<br />
diretor da instituição;<br />
4.3.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.3.3.1 Comunicação e Marketing: dentro do departamento atendem-se<br />
as demandas de Marketing, Publicidade e Propaganda e<br />
Assessoria de Imprensa. Responsável por organizar e fotografar<br />
eventos, atualizar o site, enviar releases, produzir textos e<br />
diagramar informativo, produzir banners e cartazes, convites de<br />
formatura, cartão para datas comemorativas e boletins<br />
escolares;
98<br />
4.3.3.1.1 Assessoria de Imprensa: são efetuadas internamente<br />
pelo departamento de Comunicação e Marketing.<br />
Divulga suas ações através de releases para os jornais<br />
locais, utilização do site do Colégio e envio de<br />
newsletters para as famílias;<br />
4.3.3.1.2 Publicidade e Propaganda: a empresa costuma fazer<br />
a publicidade de seus produtos, com demandas<br />
atendidas pelo departamento de Comunicação e<br />
Marketing;<br />
4.3.3.1.3 Relações Públicas: Não há profissional específico<br />
para atender estar habilitação;<br />
4.3.4 Imagem da empresa: preocupa-se com a marca, faz<br />
publicidade de seus produtos, divulga suas ações, mantém<br />
relacionamento com a imprensa local e as famílias;<br />
4.3.5 Planejamento estratégico: não possui, nem plano de ação por<br />
projeto. Conforme o entrevistado, existe um planejamento<br />
mínimo, mas não se traça um objetivo para isso;<br />
4.3.6 Comunicação Empresarial: a empresa não possui programa<br />
de comunicação específico. Sua mantenedora cuida do<br />
planejamento de marketing e comunicação da rede de<br />
instituições de ensino. O entrevistado coloca que tudo o que é<br />
feito pela pessoa responsável pela comunicação passa pela<br />
diretoria da empresa, que muitas vezes não compreende o que<br />
é um departamento de comunicação, por isso não sabe o que<br />
esperar dela. “A comunicação da empresa não tem
99<br />
planejamento, não tem verba específica, não tem autonomia e<br />
por isso considero que não temos planejamento;”<br />
4.3.7 Importância da Informação: não faz pesquisa de mercado e,<br />
ou opinião pública, nem há processos de avaliação de projetos,<br />
ações e serviços prestados;<br />
4.3.8 Política de comunicação: não há orientações direcionadas à<br />
área, somente sobre o uso da marca;<br />
4.3.9 Públicos: não há especificado a divisão entre internos e<br />
externos. Descritos por ordem de importância - pais de alunos,<br />
alunos, professores e funcionários.<br />
As informações expostas sobre a Empresa C mostram que seus<br />
gestores possuem uma visão restrita sobre a área de Comunicação Social.<br />
Mesmo a instituição possuindo departamento próprio, para atender as<br />
demandas de Marketing, Publicidade e Propaganda, e Assessoria de Imprensa<br />
há um direcionamento administrativo para as atividades. Observa-se também<br />
que o profissional responsável pela área, mesmo estando diretamente ligado<br />
ao diretor da empresa, não ocupa uma posição estratégica na mesma.<br />
Sem a existência de um planejamento, ou mesmo de uma política<br />
de comunicação cabe ao jornalista – único profissional atuante no<br />
departamento de Comunicação e Marketing - o papel de ser “tarefeiro”. Apesar<br />
do entrevistado não visualizar demandas de Relações Públicas, apregoam-se<br />
atividades inerentes às três habilitações. Por causa de sua formação, acaba-se<br />
dando destaque para as demandas de Assessoria de Imprensa atendendo<br />
tanto a públicos internos como externos. Sem a divisão de tarefas ou o apoio
100<br />
de outros profissionais e setores, o trabalho do departamento pode se tornar<br />
desconexo prejudicando os resultados e até mesmo a imagem da empresa.<br />
4.4 Empresa D<br />
4.4.1 Modelo de Gestão: conselho deliberativo e diretoria;<br />
4.4.2 Assessoria de Comunicação: não possui área própria de<br />
Comunicação Social, mas conta com setor de Marketing. Ele é<br />
formado por uma publicitária, que atua no cargo de Analista de<br />
Marketing – subordinada ao Gerente Comercial;<br />
4.4.3 Atendimento às demandas de Comunicação<br />
4.4.3.1 Marketing: desenvolve e mantêm os sistemas de informações<br />
comerciais e de mercado, gerencia o uso da identidade visual e<br />
marca da empresa, desenvolve materiais de divulgação e<br />
promocionais, desenvolve e administra a divulgação de<br />
materiais publicitários, desenvolve e administra a participação<br />
em feiras e eventos e representa a área Comercial dentro do<br />
processo de qualidade;<br />
4.4.3.1.1 Assessoria de Imprensa: possui parceria com empresa<br />
prestadora de serviços. A divulgação é feita através de<br />
anúncios em revistas especializadas e feiras do setor;<br />
4.4.3.1.2 Publicidade e Propaganda: faz a publicidade de seus<br />
produtos de forma terceirizada, através da parceria com uma<br />
agência;<br />
4.4.3.1.3 Relações Públicas: não existe setor ou profissional própria<br />
na empresa;
101<br />
4.4.4 Imagem da Empresa: cuida da marca, divulga suas ações, realiza a<br />
publicidade dos produtos e busca visibilidade em feiras do setor;<br />
4.4.5 Planejamento Estratégico: não possui plano de ação por projeto;<br />
4.4.6 Comunicação Empresarial: não há Programa de Comunicação. Não<br />
informou o que a empresa considera Planejamento de Comunicação;<br />
4.4.7 Importância da Informação: não faz pesquisas de mercado, mas<br />
realizada avaliação de projetos, ações e, ou serviços prestados;<br />
4.4.8 Política de Comunicação: não respondeu esta pergunta;<br />
4.4.9 Públicos: descreve por ordem de importância, divididos em internos<br />
(funcionários) e externos (clientes, fornecedores e comunidade).<br />
Conforme os dados apresentados, percebe-se que a Empresa D<br />
conta com o modelo de gestão dividido entre Conselho Deliberativo e Diretoria.<br />
Não possui setor próprio de comunicação social, restringindo sua visão de<br />
negócio à área comercial. A exemplo disso está a frente do setor de Marketing<br />
uma publicitária que é responsável pelos sistemas de informação comerciais e<br />
de mercado além de demandas técnicas de sua formação. Apesar de algumas<br />
atividades corresponderem às outras habilitações da área de comunicação<br />
(Jornalismo e Relações Públicas), há parceria com agência de Publicidade e<br />
serviços de Assessoria de Imprensa.<br />
No conteúdo exposto pelo entrevistado, não há qualquer menção<br />
de que a empresa trabalhe a informação internamente, pensando no público<br />
externo. Ou seja, o foco das ações está na venda e isso fica claro na descrição<br />
dos públicos – não havendo menção da mídia, ou outros setores da sociedade.<br />
Ao mesmo tempo, a empresa demonstra preocupação com a marca, busca
102<br />
visibilidade através da participação de eventos e divulga suas ações e<br />
produtos. Isso justifica a necessidade de um trabalho integrado de<br />
comunicação, o que ajudaria a fortalecer seu relacionamento com os públicos.<br />
4.5 Empresa E<br />
4.5.1 Modelo de gestão: diretoria;<br />
4.5.2 Assessoria de Comunicação: não existe setor de Comunicação<br />
Social na empresa. Um técnico em Eletrônica, estudante de<br />
Engenharia de Produção, atua no setor de Marketing e<br />
Desenvolvimento com o cargo de Técnico Eletrônico;<br />
4.5.3 Atendimento às demandas de comunicação:<br />
4.5.3.1 Marketing e Desenvolvimento: solicita serviços de criação, forma<br />
idéias e modos de abordagem, meio de aceitação tipo cliente final,<br />
revendedoras, concessionárias;<br />
4.5.3.1.1 Assessoria de Imprensa: “em feiras, formulamos algo<br />
antes e em cima disso trabalhamos nossos ideais para dar<br />
alguma declaração em veículo de notícias”. Divulgação por<br />
meio de catálogos, sites e feiras;<br />
4.5.3.1.2 Publicidade e Propaganda: não há setor ou<br />
departamento específico na empresa. A publicidade dos<br />
produtos é feita de forma terceirizada;<br />
4.5.3.1.3 Relações Públicas: não há setor ou departamento<br />
específico na empresa;<br />
4.5.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, busca<br />
visibilidade através de feiras, mantém relacionamento com clientes;
103<br />
4.5.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projetos (procedimento<br />
padrão com várias etapas de desenvolvimento);<br />
4.5.6 Comunicação Empresarial: não possui Programa de Comunicação.<br />
Para a empresa Planejamento de Comunicação “deve ser um meio de<br />
como abordar determinado assunto ou produto, de como vai ser<br />
lançado, qual importância vão dar a este produto. Acho que mais ou<br />
menos isso aí”;<br />
4.5.7 Importância da informação: a empresa faz pesquisa de mercado e<br />
opinião pública, e há processo de avaliação de projetos, ações e, ou<br />
serviços prestados;<br />
4.5.8 Política de Comunicação: a comunicação funciona através do site,<br />
catálogos, visitas a clientes e visita de clientes;<br />
4.5.9 Públicos: Não há divisão de internos e externos. Foram apontadas por<br />
ordem de importância concessionárias, distribuidores, atacados, lojas<br />
de som e alarmes e auto-elétricas.<br />
A Empresa E é comandada por uma diretoria. Mesmo não<br />
possuindo área de comunicação específica, demonstra que há demandas nas<br />
três habilitações. Atendendo às necessidades do seu cronograma de trabalho,<br />
direcionou um profissional Técnico em Eletrônica - que demonstra ter noções<br />
básicas, como observador, do setor de Marketing e Desenvolvimento.<br />
Conseqüentemente, a comunicação da empresa fica restrita aos seus públicos<br />
básicos. Observa-se, inclusive que o conteúdo do site institucional não<br />
comunica ou dá clareza sobre seu negócio e atuação no mercado.
104<br />
Outro ponto refere-se à padronização da empresa que trabalha<br />
por processos. Isso indica que o profissional da área não participa do<br />
planejamento das ações e da tomada de decisões. Não há também menção<br />
sobre algum tipo de gerenciamento da informação, indicando que as atividades<br />
seguem um modelo mecanicista. Ao mesmo tempo, nota-se que o setor faz<br />
mesmo que de forma restrita a divulgação da empresa através de catálogos,<br />
sites e feiras, e mantém um relacionamento comercial com os clientes. Isso<br />
justifica a necessidade de um trabalho integrado de comunicação, fortalecendo<br />
sua imagem perante o mercado.<br />
4.6 Empresa F<br />
4.6.1 Modelo de gestão: presidente, conselho deliberativo, diretoria;<br />
4.6.2 Assessoria de comunicação: conta com área de Comunicação<br />
Social, ligada ao departamento de Marketing.<br />
Não foi citada a<br />
formação do profissional que coordena as atividades;<br />
4.6.3 Atendimento às demandas de comunicação:<br />
4.6.3.1 Marketing: o profissional responsável pelo departamento<br />
coordena todas as ações planejadas, em conjunto com a<br />
diretoria. Apoiado pelo vice-presidente de Marketing, há<br />
reuniões semanais para fazer o acompanhamento das<br />
realizações e do andamento do plano de ação traçado para o<br />
ano/semestre;<br />
4.6.3.1.1 Assessoria de Imprensa: a empresa contrata assessoria<br />
externa, para trabalhos eventuais. “Por ser uma empresa de
105<br />
médio porte, opta por chamar assessoria externa quando está<br />
com alguma ação que exija maior exposição externa”;<br />
4.6.3.1.2 Publicidade e Propaganda: agência terceirizada presta apoio<br />
ao departamento de Marketing. Faz a publicidade paga de<br />
seus produtos para anunciar as promoções de suas lojas aos<br />
consumidores finais. Realiza campanhas internas para que as<br />
lojas associadas tomem conhecimento das autopeças com<br />
preços promocionais, e externas através de jornais, folders,<br />
rádio e materiais expostos nas lojas associadas;<br />
4.6.3.1.3 Relações Públicas: o entrevistado não deixa claro se há<br />
demandas atendidas por esta habilitação. Informa somente<br />
que “na verdade, todo trabalho de comunicação e marketing é<br />
planejado e executado pela mesma pessoa”;<br />
4.6.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, comunicase<br />
com seus públicos através de campanha promocionais, divulga<br />
suas ações quando considera mais significativo fazê-lo;<br />
4.6.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto. No início de<br />
cada semestre, a empresa revê o planejamento de Marketing e as<br />
ações previstas. Faz o balanço das atividades realizadas, em<br />
andamento e as que estão planejadas para o futuro;<br />
4.6.6 Comunicação Empresarial: Não conta com programa de<br />
Comunicação, pois faltam recursos financeiros para trabalhar no<br />
desenvolvimento de um planejamento institucional de comunicação.<br />
Porém, o entrevistado afirma mais adiante – quando perguntando o<br />
que para a empresa é planejamento de comunicação - que “esta é<br />
uma empresa que trabalha com planejamento de comunicação. A
106<br />
empresa planeja com antecedência as ações que fará com o público<br />
interno (associados) e com o público externo”;<br />
4.6.7 Importância da informação: não faz pesquisa de mercado e opinião<br />
pública, nem há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou<br />
serviços prestados;<br />
4.6.8 Política de Comunicação: foco comercial, priorizando espaços nas<br />
diferentes mídias (rádio, TV e jornais) de anúncios. Com isso, criamse<br />
campanhas publicitárias de curta duração com apoio de agência<br />
de publicidade;<br />
4.6.9 Públicos: descritos por ordem de importância, divididos em internos<br />
(associados) e externos (motoristas do Estado - acionistas, oficinas<br />
mecânicas e consumidores finais).<br />
De acordo com os dados apresentados, observa-se que a<br />
Empresa F move-se pela necessidade de sobrevivência no mercado. Isso<br />
explica o foco na publicidade e divulgação de seus produtos. Seu modelo de<br />
gestão conta com três eixos de comando: presidente, conselho deliberativo e<br />
diretoria. A necessidade constante de venda e visibilidade, ao mesmo tempo<br />
em que justificam o foco no marketing deixam claro a inexistência de um<br />
gerenciamento da informação. Ao mesmo tempo, observa-se que a empresa<br />
restringe o relacionamento com seus clientes deixando claro os interesses do<br />
negócio.<br />
Os investimentos em comunicação estão associados à dimensão<br />
dada pelos gestores para o apelo externo - como lançamentos de produtos e<br />
ações de maior visibilidade. Apesar de o entrevistado considerar que, a
107<br />
empresa planeja suas ações e realiza acompanhamento periódico dos<br />
resultados, verifica-se a falta de planejamento institucional em longo prazo.<br />
Isso faz com que seu capital informativo tenda para a venda direita deixando o<br />
cliente em segundo plano. Mantendo um trabalho integrado e contínuo de<br />
comunicação, contribui-se para o fortalecimento da imagem da empresa no<br />
mercado e o relacionamento com seus públicos.<br />
4.7 Empresa G<br />
4.7.1 Modelo de Gestão: diretoria (superintendência). Organograma<br />
institucional dividido em assembléia geral, presidente, conselho<br />
deliberativo e fiscal;<br />
4.7.2 Assessoria de comunicação: setor interno da empresa, composto<br />
por um jornalista. Está diretamente ligado à diretoria –<br />
superintendência;<br />
4.7.3 Atendimento às demandas de comunicação:<br />
4.7.3.1 Assessoria de Comunicação: engloba uma agência interna de<br />
criação e elaboração de planos e metas de comunicação e<br />
divulgação. Realiza o agendamento, organização e<br />
acompanhamento de entrevistas coletivas, contato permanente<br />
com a mídia, elaboração de textos (releases) enviados aos<br />
veículos de comunicação, divulgação de eventos, edição de<br />
jornais (distribuídos interna e externamente) e clipping de<br />
notícias veiculadas na mídia. Atende também as demandas de<br />
marketing e endomarketing;
108<br />
4.7.3.1.1 Assessoria de Imprensa: a Assessoria de Comunicação<br />
desenvolve este trabalho internamente, tendo a tarefa<br />
como uma das prioridades diárias do setor. Divulga suas<br />
ações através da web (maior parte newsletter, internet e<br />
intranet), jornal (diários e semanais, revistas locais), rádio<br />
(boletins duas vezes por semana) e impressos (folders,<br />
press releases, house organs);<br />
4.7.3.1.2 Publicidade e Propaganda: o setor responde a estas<br />
necessidades e indica terceiras quando as demandas são<br />
de maior complexidade. A publicidade de seus produtos é<br />
feita internamente;<br />
4.7.3.1.3 Relações Públicas: a Assessoria de Comunicação<br />
desenvolve também esta atividade, conforme as<br />
necessidades da instituição e demandas relacionadas à<br />
filantropia e seu papel social;<br />
4.7.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, divulga<br />
suas ações mantendo relacionamento com a mídia, demonstra<br />
preocupação com a melhoria contínua e, sobretudo, com a<br />
informação, trabalha questões referente à filantropia e seu papel<br />
social;<br />
4.7.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto, visando a<br />
resultados. Área de apoio baseada no modelo Gecon – Gestão de<br />
Informações;<br />
4.7.6 Comunicação Empresarial: há Plano de Comunicação desde<br />
janeiro de 2007. Por meio da Assessoria, desenvolve vários projetos<br />
voltados para os públicos interno e externo, com o objetivo de
109<br />
ampliar a relação com seu nicho de mercado. Para a empresa<br />
Planejamento de Comunicação é o “processo que administra as<br />
informações da instituição, elaborado pela Assessoria de<br />
Comunicação e aprovado pela alta administração. Realiza a<br />
intermediação da comunicação entre uma empresa, entidade ou<br />
pessoa física e os meios de comunicação, tendo como matéria-prima<br />
a informação, e como processo, sua abordagem na forma de notícia,<br />
utilizando técnicas próprias do jornalismo”. Numa segunda<br />
denominação: “projeto e setor que envolve todos os seus<br />
colaboradores e públicos na divulgação, imprensa, marketing e<br />
relações públicas em geral. Para tanto, o setor é denominado<br />
Assessoria de Comunicação com o objetivo de englobar uma<br />
agência interna de criação e elaboração de planos e metas de<br />
comunicação e divulgação”;<br />
4.7.7 Importância da Informação: o processo de pesquisas é realizado<br />
pelo setor de ouvidoria nas dependências do hospital e também por<br />
consultoria externa empresa para avaliar o clima organizacional bem<br />
como treinamento contínuo. Há avaliação dos projetos, ações e, ou<br />
serviços prestados;<br />
4.7.8 Política de Comunicação: definida por critérios e prioridades da<br />
superintendência, que por meio de seu plano estratégico, designa<br />
atividades pertinentes à divulgação e ações diárias as suas<br />
assessorias no organograma. A instituição é filantrópica e, assim,<br />
limita fatores de amplitude na mídia, mas mantém uma política de<br />
pró-atividade junto aos meios de comunicação. Destaque para o<br />
feedback aos veículos;
110<br />
4.7.9 Públicos: não houve divisão entre internos e externos. Por ordem de<br />
importância são descritos administrativo, assistencial, apoio, médicos<br />
e o público em geral atendido pela Casa de Saúde.<br />
Verifica-se que a empresa vê a comunicação de forma<br />
estratégica, colocando-a como suporte e apoio da diretoria. A assessoria de<br />
comunicação está estruturada para atender as demandas de Jornalismo,<br />
Publicidade e Propaganda, e Relações Públicas, embora não possua esta<br />
divisão de tarefas pela falta de profissionais específicos a cada habilitação.<br />
Participa do planejamento das ações e tomada de decisões. Sendo o único<br />
profissional em atuação na Assessoria de Comunicação um jornalista,<br />
evidencia-se que o direcionamento das atividades atende a sua formação<br />
(Assessoria de Imprensa), estabelecendo como processo a abordagem na<br />
forma de notícia com técnicas de Jornalismo. Assim, as demandas das outras<br />
habilitações (Publicidade e Propaganda e Relações Públicas) ficam atreladas a<br />
projetos.<br />
Conseqüentemente o resultado do trabalho nestas áreas ficará<br />
prejudicado. Isso é visualizado claramente, quando o entrevistado aponta que<br />
as atividades de Publicidade e Propaganda e de Relações Públicas são<br />
atendidas conforme necessidade da organização, e podem ser terceirizadas de<br />
acordo com a complexidade. Porém, há uma preocupação constante com a<br />
informação em todos os âmbitos comunicacionais. Isso fica claro, desde o<br />
planejamento estratégico, que utiliza plano de ação por projetos na busca de<br />
resultados através da Gestão da Informação. Esta prerrogativa engloba um<br />
plano estruturado de comunicação, contando com programa e política própria<br />
para o setor. A Assessoria de Comunicação é responsável por esta gestão,
111<br />
contando com apoio dos demais setores para trabalhar a informação como<br />
conteúdo da ação aos seus públicos.<br />
4.7 Empresa H<br />
4.8.1 Modelo de Gestão: diretoria e conselho deliberativo;<br />
4.8.2 Assessoria de Comunicação: não há departamento, ou setor<br />
interno da empresa que atenda diretamente as demandas da área de<br />
Comunicação Social;<br />
4.8.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.8.3.1 Assessoria de imprensa: desde setembro de 2007, conta com<br />
empresa prestadora de serviços. O trabalho é realizado por<br />
duas jornalistas terceirizadas. Divulgação de seus produtos por<br />
meio de materiais impressos como folders, anúncio em jornais e<br />
pela publicação de matérias não pagas;<br />
4.8.3.2 Publicidade e Propaganda: não há setor, departamento ou<br />
profissional para atender as demandas específicas da<br />
habilitação. “Diretoria e conselheiros escolhem que tipo de<br />
publicação fazer, sem qualquer tipo de estudo de produto<br />
(folder, propaganda em rádio, jornal e televisão, anúncios, etc.)<br />
ou veículo para circulação”. A empresa faz publicidade de seus<br />
produtos de forma interna e externa. Possui contrato com<br />
agência externa;<br />
4.8.3.3 Relações Públicas: não há setor, departamento ou profissional<br />
para atender as demandas desta habilitação na empresa;
112<br />
4.8.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, divulga<br />
seus produtos e ações mantendo relacionamento com a mídia,<br />
4.8.5 Planejamento Estratégico: o entrevistado informa que não há<br />
planejamento estratégico, nem plano de ação por projeto;<br />
4.8.6 Comunicação Empresarial: não há Programa de Comunicação. O<br />
entrevistado informa que a empresa não pensa em planejamento,<br />
sendo esse um dos desafios da empresa contratada que busca<br />
mostrar a importância de haver planejamento de ações – mas, este<br />
ainda não foi realizado;<br />
4.8.7 Importância da informação: não faz pesquisa de mercado e opinião<br />
pública, mas avalia os resultados de projetos, ações e, ou serviços<br />
prestados;<br />
4.8.8 Política de Comunicação: conforme o entrevistado, não existe<br />
política de comunicação. A direção quer que saiam informações<br />
sobre a escola independente da forma (paga ou gratuita);<br />
4.8.9 Públicos: por ordem de importância, foram divididos em internos<br />
(alunos e professores), e externos (comunidade do bairro Niterói).<br />
Conforme o conteúdo apresentando no questionário<br />
correspondente, a Empresa H demonstra essencialmente preocupação em<br />
divulgar seus serviços, na busca de novos alunos. Atendendo os anseios da<br />
sua diretoria, contratou uma empresa terceirizada para realizar a Assessoria de<br />
Imprensa. Porém, as atividades da mesma ficam restritas a contatos à<br />
divulgação e contatos com a mídia. Materiais de divulgação, por exemplo, são<br />
feitos com outros fornecedores de forma isolada. Observa-se também que, a<br />
diretoria não possui visão clara sobre as demandas de Relações Públicas que
113<br />
possivelmente são atendidas indiretamente, de forma interna e administrativa.<br />
Visivelmente, há problemas de comunicação na organização, já que a mesma<br />
não planeja suas ações e as executa de forma desconexa.<br />
A listagem de públicos, apresentada pelo entrevistado, mostra<br />
que a empresa – ou mesmo quem executa as demandas da área de<br />
Comunicação – possui uma visão restrita sobre os stakeholders e seu potencial<br />
no mercado. Isso também é conseqüência do formato de trabalho dado à<br />
empresa terceira, que não participa do planejamento organizacional e da<br />
tomada de decisões limitando-se a ser “tarefeira”. Dessa forma, fica claro que a<br />
empresa associa informação à imagem, priorizando a divulgação como forma<br />
de ganhar visibilidade para vencer a concorrência. Conseqüentemente, a<br />
comunicação não atinge nível estratégico na organização.<br />
4.9 Empresa I<br />
4.9.1 Modelo de Gestão: presidente;<br />
4.9.2 Assessoria de Comunicação: setor de Comunicação Social ligado<br />
ao Marketing. A equipe conta com três profissionais, chefiados por<br />
um jornalista (diretor de Marketing e Comunicação);<br />
4.9.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.9.3.1 Marketing: efetua campanhas promocionais, entrada de novos<br />
produtos, mídia, comunicação interna e externa, treinamento de<br />
novos produtos, impressos, matéria de expediente, entre outros;
114<br />
4.9.3.1.1 Assessoria de Imprensa: as demandas são atendidas<br />
conjuntamente com o Marketing. Divulgação das ações feitas<br />
nos mais diversos meios de comunicação;<br />
4.9.3.1.2 Publicidade e Propaganda: demandas atendidas<br />
conjuntamente com o Marketing. Publicidade dos produtos<br />
feita de forma interna e terceirizada (para mídia eletrônica);<br />
4.9.3.1.3 Relações Públicas: atende as demandas, conjuntamente<br />
com o Marketing;<br />
4.9.4 Imagem da empresa: faz publicidade de seus produtos, planeja e<br />
divulga suas ações para os meios de comunicação, mantém<br />
relacionamento com clientes e demonstra preocupação constante<br />
com a administração da informação para seu público;<br />
4.9.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto, do tipo<br />
coletivo, macro estratégia e estratégia direcionada;<br />
4.9.6 Comunicação Empresarial: não possui Programa de Comunicação.<br />
Para a empresa Planejamento de Comunicação é “estabelecer uma<br />
ligação entre a empresa e seu público (onde está inserida e onde<br />
pretende atuar). Administração da informação da empresa para seu<br />
público”;<br />
4.9.7 Importância da informação: não faz pesquisas de mercado e<br />
opinião pública, apenas a satisfação dos clientes. Há processo de<br />
avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados;<br />
4.9.8 Política de comunicação: usa-se e-mail, circular e Skipe 30 ;<br />
30 Software gratuito utilizado via internet para comunicação instantânea através de transmissão<br />
de voz – nos moldes da ligação telefônica - e mensagens de texto – como as salas de batepapo<br />
virtual, dentre outros serviços.
115<br />
4.9.9 Públicos: não apresentou divisão de internos e externos, nem<br />
indicou ordem de importância. “Variados devido às distintas<br />
localizações dos PDVs. Na divisão varejo: 60% mulheres, faixa etária<br />
dos 25 aos 50 anos, Classe B.”<br />
De acordo com os dados apresentados, verifica-se que a empresa<br />
mantém seu foco nos clientes trabalhando a informação para seus públicos.<br />
Possui modelo de gestão centralizado no presidente, cujo setor de<br />
Comunicação fica atrelado ao Marketing seguindo um foco comercial. As ações<br />
são direcionadas para as demandas existentes nas três áreas da comunicação<br />
social. Ambas são atendidas pela equipe - formada por três profissionais,<br />
gerida por um jornalista.<br />
Em conseqüência disso, há um direcionamento para interfaces<br />
com a mídia para divulgação dos produtos e ações, buscando a satisfação dos<br />
clientes. A política de comunicação é simples e direta, facilitando a circulação<br />
de informações dentro e fora da empresa. Observa-se também que há um<br />
alinhamento de atividades, com o planejamento estratégico o que demonstra<br />
que pelo menos o gestor do setor participa do planejamento das ações e da<br />
tomada de decisões. Concomitantemente, percebe-se que essas<br />
características vêm ao encontro da prática de uma Assessoria de Comunicação<br />
integrada.<br />
4.10 Empresa J<br />
4.10.1 Modelo de Gestão: diretoria;
116<br />
4.10.2 Assessoria de Comunicação: área de Comunicação Social ligada<br />
ao Marketing. A gerência de Recursos humanos é formada por um<br />
jornalista que faz a gestão do subsistema de comunicação interna,<br />
responsabilidade social e serviço social para as plantas da empresa<br />
para a América do Sul;<br />
4.10.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.10.3.1 Marketing: setor interno formado por um profissional de<br />
Publicidade e Propaganda e um profissional de Relações<br />
Públicas.<br />
4.10.3.1.1 Assessoria de Imprensa: demandas atendidas por uma<br />
prestadora de serviços terceirizada. Divulga suas ações<br />
por meio de revistas e jornais especializados do setor<br />
Agrícola, rádio, TV (canal rural, comerciais), eventos,<br />
feiras;<br />
4.10.3.1.2 Publicidade e Propaganda: conta com um profissional<br />
interno e agência contratada. Faz a publicidade de seus<br />
produtos de forma terceirizada;<br />
4.10.3.1.3 Relações Públicas: possui um profissional interno;<br />
4.10.4 Imagem da Empresa: divulga suas ações na mídia, faz publicidade<br />
de seus produtos, busca visibilidade em eventos do setor, preocupase<br />
com a circulação de informações dentro e fora da empresa,<br />
trabalha questões referentes à responsabilidade social e serviço<br />
social;<br />
4.10.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto;
117<br />
4.10.6 Comunicação Empresarial: possui Programa de Comunicação.<br />
Não respondeu sobre o que para a empresa é Planejamento de<br />
Comunicação;<br />
4.10.7 Importância da Informação: faz pesquisas de mercado e opinião<br />
pública anualmente, efetuadas por uma empresa especializada no<br />
ramo agrícola. Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou<br />
serviços de comunicação;<br />
4.10.8 Política de comunicação: não respondeu;<br />
4.10.9 Públicos: somente foram descritos os públicos externos (clientes<br />
finais e rede de concessionárias).<br />
A empresa J é uma multinacional, que possui como modelo de<br />
gestão uma diretoria. Organizada nos moldes de sua sede, possui a área de<br />
comunicação divida entre os setores de Marketing (demandas de Publicidade e<br />
Propaganda, Relações Públicas e Assessoria de Imprensa) e Recursos<br />
Humanos (Comunicação Interna). Esta organização, conforme o descrito pelo<br />
entrevistado, absorve as demandas das três habilitações da Comunicação<br />
Social, apoiadas por uma agência de Publicidade e Assessoria de Imprensa<br />
terceiras contratadas. O planejamento estratégico da empresa conta com plano<br />
de comunicação, onde questões referentes à política e planejamento de<br />
comunicação não foram respondidas por serem consideras informações<br />
sigilosas.<br />
Os dados apresentados revelam que a Empresa J possui uma<br />
preocupação constante com a informação e imagem organizacional. Chama<br />
atenção o direcionamento de um jornalista para atuar na área de Recursos
118<br />
Humanos, cuidando da comunicação interna. A divulgação de ações e produtos<br />
é segmentada, buscando visibilidade na mídia. Há investimentos para projetos<br />
de responsabilidade e serviço social junto à planta da América Latina. Observase<br />
ainda um detalhamento estratégico da informação, o que contribui para o<br />
relacionamento com os públicos da empresa. Com isso, percebe-se que essas<br />
práticas são resultados de um trabalho integrado de comunicação.<br />
4.11 Empresa L<br />
4.11.1 Modelo de gestão: reitor;<br />
4.11.2 Assessoria de Comunicação: setor de Comunicação Social, ligado<br />
à reitoria. Formado por um jornalista, que atua como assessor de<br />
comunicação social;<br />
4.11.3 Atendimento às demandas de Comunicação:<br />
4.11.3.1 Assessoria de Comunicação: elaboração de material de<br />
divulgação da empresa, site, veículos de mídia impressa e<br />
eletrônica do Rio Grande do Sul, elaboração de revistas e jornais<br />
sobre a empresa;<br />
4.11.3.1.1 Assessoria de Imprensa: as demandas são atendidas pelo<br />
setor de Comunicação. Divulga suas ações através dos<br />
veículos de comunicação, mídia paga e internet;<br />
4.11.3.1.2 Publicidade e Propaganda: demandas atendidas pelo setor<br />
de Comunicação. Faz publicidade de seus produtos,<br />
atendendo às demandas internamente;
119<br />
4.11.3.1.3 Relações Públicas: não possui área ou profissional<br />
específico para essas demandas;<br />
4.11.4 Imagem da Empresa: divulga suas ações na mídia, faz publicidade<br />
de seus produtos constantemente;<br />
4.11.5 Planejamento estratégico: plano de ação por projeto. “Geralmente<br />
são planificadas ações de marketing externo visando à captação,<br />
manutenção e integração dos públicos. A estratégia de divulgação de<br />
ingresso na instituição é permanente”;<br />
4.11.6 Comunicação Empresarial: possui Programa de Comunicação<br />
desde a década de 1980. Não respondeu o que para a empresa é<br />
Planejamento de Comunicação;<br />
4.11.7 Importância da Informação: a empresa faz pesquisas de mercado e<br />
opinião pública, além de avaliação de projetos, ações e, ou serviços<br />
prestados;<br />
4.11.8 Política de Comunicação: não respondeu esta pergunta;<br />
4.11.9 Públicos: não há divisão entre internos e externos, descritos por<br />
ordem de importância - estudantes, pacientes, colaboradores em<br />
geral.<br />
Com modelo de gestão centralizado no reitor, a empresa<br />
analisada segue a linha de trabalho do grupo ao qual está ligada. Isso pode ser<br />
observado na descrição de públicos, onde o entrevistado cita em primeiro lugar<br />
estudantes, seguido de pacientes. O planejamento estratégico também traz<br />
como foco a captação de novos alunos, e a divulgação contínua das formas de<br />
ingresso na instituição. Neste aspecto, pode-se observar que a Empresa L<br />
torna-se mais um produto do negócio principal do grupo. Dessa forma, a
120<br />
instituição associa a sua imagem à diversificação, buscando ampliar sua<br />
atuação no mercado. Com isso, observa-se que o setor próprio de<br />
Comunicação não é estratégico, mas “tarefeiro”, não participando do<br />
planejamento das ações e da tomada de decisões.<br />
As demandas de Publicidade e Propaganda e Assessoria de<br />
Imprensa são atendidas internamente, direcionadas conseqüentemente para o<br />
Jornalismo - formação do profissional atuante no setor. Conforme as atividades<br />
descritas pelo entrevistado, verifica-se que a informação é processada visando<br />
aos públicos externos. Não há dados que descrevam ou comprovem se há<br />
ações de comunicação interna efetuadas pelo setor. A falta de profissionais<br />
próprios para atender as áreas de Publicidade e Propaganda e Relações<br />
Públicas de forma integrada, pode prejudicar os resultados do trabalho e até<br />
mesmo trazer danos à imagem da empresa.
121<br />
CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
A partir das reflexões realizadas pode-se perceber que a<br />
comunicação é uma atividade inerente ao homem. Sua prática o acompanha<br />
no dia-a-dia, inclusive no mundo dos negócios. Porém, saber comunicar-se de<br />
forma eficaz e estratégica tem sido um grande desafio para os empresários ao<br />
longo de sua história. Em meio a um cenário de ampla concorrência, e acesso<br />
ilimitado à informação – gerado pela globalização - amplia-se a necessidade<br />
das empresas trabalharem o relacionamento com seus públicos.<br />
Por isso, algumas organizações modernas vêm elegendo<br />
profissionais de comunicação social para planejar e executar ações<br />
institucionais capazes de gerar visibilidade e credibilidade perante o mercado.<br />
Isso se dá por meio de um trabalho integrado, prioritariamente por jornalistas,<br />
publicitários e relações públicas. Agindo conjuntamente, o setor, departamento,<br />
ou assessoria terceirizada poderá atender simultaneamente diferentes frentes<br />
tornando a comunicação a mola propulsora para o desenvolvimento da<br />
empresa.<br />
Em meio às características das três habilitações da Assessoria de<br />
Comunicação, percebe-se que a informação é a base dos processos<br />
comunicativos - detentora do significado,<br />
torna-se agente da produção do
122<br />
conhecimento e tomada de decisões. Ampliando o diálogo com seus clientes,<br />
algumas empresas utilizam-se do ouvidor e do ombudsman para aproximar a<br />
empresa dos seus públicos. Para garantir um feedback positivo, basta que a<br />
função seja desempenhada por profissionais qualificados que saibam o quanto<br />
vale a imagem de uma empresa.<br />
Por meio de estudo de caso em onze empresas canoenses, de<br />
pequeno a grande porte e, que atuam em setores produtivos do Município,<br />
observa-se que a maioria (dez empresas) conta com área, setor ou<br />
departamento próprio de comunicação social. Destas, sete estão ligadas ao<br />
Marketing (agregando ao nome: setor ou departamento de Comunicação e<br />
Marketing). Nas demais, há dois setores únicos de Marketing (um dos casos,<br />
associado à área de desenvolvimento: setor de Marketing e Desenvolvimento).<br />
As duas empresas multinacionais possuem as demandas de comunicação<br />
divididas entre os Recursos Humanos (Comunicação Interna) e o Marketing<br />
(Mercado, Assessoria de Imprensa e Publicidade e Propaganda).<br />
Apesar dos entrevistados afirmarem que há demandas presentes<br />
no dia-a-dia das organizações para as três habilitações da área de<br />
comunicação social, somente três empresas demonstraram contar com algum<br />
tipo de trabalho multidisciplinar. O resultado desta união, defendida por Chinem<br />
(2006), através da multiplicidade de talentos, comprova que a Assessoria de<br />
Comunicação atinge uma posição estratégica da empresa perante o mercado.<br />
A gestão das atividades em sete empresas cabe a jornalistas. Nas<br />
demais, temos um publicitário à frente de um departamento de Marketing, e um<br />
técnico em eletrônica comandando um setor de Marketing e Desenvolvimento.<br />
Chama atenção a existência de apenas um profissional de Relações Públicas
123<br />
em atuação nas 11 organizações. Entre os serviços terceirizados, cinco delas<br />
contam com a prestação de serviços de Assessoria de Imprensa e oito com<br />
agências de Publicidade e Propaganda.<br />
Tomando como base a pesquisa de campo, realizada com 80<br />
empresas de Canoas – em que mais da metade, contatadas via telefone,<br />
afirmou não utilizar a comunicação no seu dia-dia – nota-se que a falta de<br />
conhecimento sobre a área e suas habilitações acaba inviabilizando<br />
investimentos e serviços. Somam-se a isso, a dificuldade de visualizar retornos<br />
financeiros, além dos gastos com impostos e mão-de-obra especializada. A<br />
resposta de muitos indicou também que esse tipo de serviço não é considerado<br />
essencial para 62,5% micro-empresários da cidade.<br />
Porém, verifica-se que 10 das 11 empresas que responderam aos<br />
questionários utilizados como objeto de pesquisa, possuem conhecimento<br />
prático sobre a área de comunicação social. Apenas um dos entrevistados não<br />
possui formação específica. Koplin & Ferraretto chegam a cogitar a<br />
possibilidade dos serviços de cada uma das habilitações serem<br />
desempenhados isoladamente. Nos casos em que não há divisão de tarefas, e<br />
um único profissional passa a atender todas as demandas da Assessoria de<br />
Comunicação verificam-se que a atuação do mesmo se restringe a sua<br />
habilitação. Dessa forma, reafirma-se o pensamento dos autores de que<br />
somente com sua aplicação conjunta – onde a ação de cada habilitação<br />
completa a outra - a organização poderá atingir os resultados de forma<br />
completa.<br />
Na tentativa de traçar o perfil dos assessores de comunicação em<br />
Canoas utilizo as características descritas pelos onze entrevistados. No geral,
124<br />
observo que, o objetivo da maioria das empresas locais em possuir Assessoria<br />
de Comunicação centraliza-se em dois eixos: assessoria de imprensa e<br />
publicidade e propaganda, para divulgação de produtos e serviços. A<br />
coordenação das atividades cabe geralmente a um jornalista que agregará as<br />
suas funções de gestor, tarefas administrativas e técnicas. Indiretamente,<br />
somam-se às demandas da área, atividades inerentes ao Relações Públicas,<br />
cujas ações poderão ser apoiadas por outros setores.<br />
Essa perspectiva de profissional “super homem” é comprovada<br />
por Ziegler quando diz que, o perfil desejável para as empresas requer o<br />
somatório de múltiplos conhecimentos e habilidades. No entanto, esta atitude<br />
gerencial colabora para a generalização das atividades de comunicação,<br />
ampliando sua abrangência de atuação. Dessa forma, o bom comunicador<br />
deve ter capacidade de relacionamento no mercado, saber vender seu<br />
trabalho, estabelecer uma rede de contatos, entender um pouco de<br />
administração, fotografia, diagramação, recursos humanos, ter desembaraço<br />
na hora de negociar, falar e evidenciar segurança perante os clientes.<br />
Acreditamos que o assunto proposto nesta pesquisa não se<br />
esgota com este trabalho pela ampla complexidade do tema. Das conclusões<br />
conquistadas, emergem novos questionamentos que servem de motivação<br />
para a realização de contínuas pesquisas nesta área.<br />
Pontos podem ser<br />
aprofundados, como: por que a Relações Públicas está perdendo mercado<br />
para o Jornalismo, no que diz respeito à atuação na Assessoria de Imprensa?<br />
Qual o papel do Marketing e Recursos Humanos na Assessoria de<br />
Comunicação moderna? E, que feedback o ouvidor e o ombudsman trazem às
125<br />
empresas?<br />
Dessa forma, o presente trabalho poderá possibilitar projetos<br />
futuros a serem aprofundados pelo meio acadêmico.
126<br />
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em: 20 jan.2008.<br />
Site do Simecan. Disponível em . Acesso em: 22<br />
jan.2008.
133<br />
ANEXOS<br />
Questionário Empresa A<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXXXX*<br />
FORMAÇÃO: jornalismo (Comunicação Social, jornalismo)<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: analista sênior – RH – Comunicação Interna<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Área de Recursos Humanos, depto<br />
Comunicação Interna.<br />
(Breve apresentação da (s) função(ões) desempenhada (s) e equipe)<br />
Responsável pelo desenvolvimento e veiculação de informativos internos (por<br />
eletrônicos, audiovisuais e impressos), pela organização de eventos internos e pelo<br />
fluxo de informação entre áreas, entre as 3 plantas da empresa e entre a matriz nos<br />
EUA.<br />
Nossa área de comunicação é bem heterogênea: no MKT temos publicitários,<br />
administradores com apoio de empresa terceira em assessoria de imprensa. Na<br />
comunicação interna - jornalista, publicitário, administradora.<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXXXXXXX*<br />
Data da Fundação:<br />
Telefone: XXXXXX*<br />
Site: XXXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: metal-mecânica. Setor Automotivo.<br />
Número de Funcionários: 2.850 (nas 3 plantas: Sp, Canoas e Argentina). Em Canoas:<br />
750 pessoas.<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( X ) Sim ( ) Não. A quem está<br />
ligado? Comunicação interna ao RH (exercendo algumas funções da comunicação<br />
social), e assessoria de imprensa ligada ao Marketing e Vendas.<br />
Modelo de Gestão<br />
( X ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />
toma as suas decisões sem consultar o<br />
superior.<br />
( ) Outro. ________________
134<br />
Organograma simplificado: Presidente – 9 Diretores – 90 gerente.<br />
Presidente da América Latina reporta-se ao Presidente da Companhia nos EUA e o<br />
grupo todo reporta-se ao conselho de acionistas. Empresa de capital aberto.<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( X ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( X ) Sim ( ) Não<br />
Que tipo? Descentralizado por equipe e por meio de Projetos (método PMI para<br />
gerenciamento de projetos).<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? O departamento<br />
além de venda e acompanhamento de mercado, é responsável pela inserção da<br />
imagem da empresa por meio de ações, eventos, publicidade ou relacionamento com<br />
imprensa e comunidade.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Ligado ao<br />
Marketing. Há um profissional que cuida da aplicação da marca, desenvolvimento da<br />
marca, assinatura da empresa. Algumas diretrizes são remetidas via matriz nos<br />
Estados Unidos. Há suporte de agencia para desenvolver anúncios ou outros.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
(X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Um profissional<br />
ligado ao Marketing que atua junto a uma empresa contratada (CDI – Cada da<br />
Imprensa) para desenvolver textos, artigos e press relises e abastecer, especialmente,<br />
a imprensa especializada no setor.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( ) Sim ( X ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
Na comunicação externa trabalhamos especialmente em três frentes: rede de<br />
distribuidores (dealers), clientes e imprensa especializada. A empresa é patrocinadora<br />
de alguns eventos como formula truck e participa ativamente de feiras de engenharia<br />
automobilista ou feiras de parte/peças (Fenatran, Expo SAE, etc.). É uma estratégia<br />
para manter relacionamento com publico consumidor final de nossos clientes, uma vez<br />
que fornecemos peças.<br />
Na comunicação interna assumimos um compromisso de ser aliados no<br />
desenvolvimento das pessoas: sustentando a liderança para manter a comunicação<br />
com suas equipes (informes, reuniões, orientações, desenvolvimento), mantendo<br />
atualizados os canais de comunicação e desenvolvendo ações internas.<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
A comunicação interna é baseada em comunicação face a face. Temos canais de<br />
comunicação interna, eventos, instrumentos e ações que buscam harmonizar e
135<br />
motivar os funcionários. Além disso, as ações de Rh (em conjunto está a comunicação<br />
interna) tem como desafio identificar ou incentivar a identidade com as competências<br />
chave da empresa: Simplicidade, Qualidade em tudo que faz, Gostar do que faz,<br />
austeridade nas despesas, Agilidade, Capacidade de mudanças, .<br />
Apesar disso não há uma política formalizada e publicada em comunicação. A<br />
comunicação é um fator relevante para o sucesso das Políticas de Qualidade, Ética e<br />
Segurança da empresa.<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Externos:<br />
Acionistas/investidores<br />
Clientes<br />
Imprensa/Formadores de Opinião<br />
Fornecedores<br />
Comunidade<br />
Interno:<br />
Líderes<br />
Funcionários<br />
Família e Comunidade<br />
Fornecedores/Terceiros<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( X) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?___________<br />
A demanda é feita por equipe interna com suporte de empresas contratadas.<br />
Como divulga suas ações? Participação em feiras – divulgação: assessoria de<br />
imprensa para notas em jornais e revistas do ramo, anúncios em revistas<br />
especializadas.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( X ) Sim ( ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim ( X ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Realiza pesquisa e sondagens com clientes e fornecedores.<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( X ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
O planejamento da comunicação é feito em separado para Marketing e Comunicação<br />
Interna, mas ambos setores têm como desafio macro manter o alinhamento anual<br />
definido pela Diretoria.<br />
Na comunicação interna criamos um tema macro que serve de pilar norteador para<br />
ações a serem desenvolvidos. Na pesquisa de clima ou em pesquisas pontuais sobre<br />
os canais de comunica interna mensuramos o atingimento das metas ou não.<br />
Este ano, por exemplo, temos dois temas a desenvolver e multiplicar internamente:<br />
dirigindo para o crescimento e internacionalização da empresa. Para isso, canais e<br />
ações já estabelecidos se encharcam destes temas e novas ações são pensadas para<br />
que se consiga disseminar os conteúdos relevantes a este novo momento da<br />
companhia. Ainda não definimos índices métricos para aferir resultados na área de<br />
comunicação interna, mas vejo este sendo o nosso próximo desafio.
136<br />
Questionário Empresa B<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Jornalista – assessora de imprensa<br />
FORMAÇÃO: Comunicação Social – habilitação Jornalismo<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXXX*<br />
Data da Fundação: 23/05/1983<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades:<br />
Número de Funcionários:<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim ( ) Não. A quem está<br />
ligado? __________________________________________________<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( x ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Que tipo?<br />
Cada projeto da XXXXX* [Empresa B] é ligado a um setor que fica responsável<br />
pelo plano de ação. Nesse caso, o Setor de Comunicação e Marketing dá suporte<br />
técnico no que diz respeito à divulgação.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
O setor de Comunicação e Marketing, juntamente com o arte finalista são os<br />
responsáveis pela área de publicidade e propaganda. Além disso, esse ano a<br />
XXXX* [Empresa B] está realizando uma parceria com [um] a agência XXXX*,<br />
para a elaboração de algumas campanhas específicas.
137<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
As funções que seriam realizadas por um profissional de Relações Públicas,<br />
também ficam a cargo do Setor de Comunicação e Marketing. Em ocasiões<br />
esporádicas, os setores de RH e Serviço Social também atuam nessa área.<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
_____________________________________________________________<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?<br />
A demanda é feita internamente.<br />
Como divulga suas ações? Através de releases para a imprensa local e do seu<br />
site.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( ) Sim ( x ) Não.<br />
A XXXX* [Empresa B] não possui contrato, mas uma agência de publicidade<br />
trabalha como voluntária para a Associação, em campanhas pontuais.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( x ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
Para a XXXX* [Empresa B] planejamento de comunicação são todos as ações<br />
que envolvem a divulgação de suas atividades, seja para o público interno ou<br />
externo.
138<br />
Questionário Empresa C<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />
FORMAÇÃO: Jornalista. Mestranda em Comunicação<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Assessora de Comunicação e Marketing<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Comunicação e Marketing<br />
(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação: 1908<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Educação<br />
Número de Funcionários: 80<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim (X) Não. A quem está<br />
ligado? Existe uma pessoa que cuida de tudo que o colégio entende que é<br />
comunicação: Banners, cartazes, atualizar o site, enviar releases, organizar festa...<br />
Enfim a pessoa responsável pela comunicação fica diretamente ligada ao Irmão diretor<br />
da instituição.<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
(X) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( ) Sim ( x) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( ) Sim (X) Não<br />
Que tipo? Existe um planejamento mínino. Por exemplo: quem vai fotografar? Quem<br />
vai fazer o texto sobre o evento, mas não se traça um objetivo para isso.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
(X) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
Dentro do departamento de comunicação e marketing atendo as três áreas: Marketing,<br />
PP e Assessora de imprensa. Como única pessoa do setor fica responsável por<br />
fotografar todos em eventos do Colégio, atualizar site, enviar releases, produzir textos<br />
em diagramar informativo encartado no jornal ZH uma vez por mês. Também produz<br />
cartazes, convites de formatura, cartão para datas comemorativas e boletins<br />
escolares.
139<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( ) Sim ( x) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
( ) Sim (x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( ) Sim ( x) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( ) Sim ( x) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
Existe um planejamento de Marketing e de comunicação desenvolvido pela<br />
mantenedora que é quem cuida da marca Rede XXXXX* [Empresa C].<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
Nunca recebi orientações sobre política de comunicação. Alguns detalhes como o uso<br />
de alguns termos (Colégio ao invés de escola), o cuidado com as palavras XXXX* e<br />
XXXX* [referentes a Empresa C].<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Pais de alunos, alunos, professores e funcionários.<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
(x) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?<br />
Como divulga suas ações? Releases para os jornais locais. Utilização do site do<br />
Colégio, envio de newletter para as famílias.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( ) Sim (X) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim (X) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( ) Sim (X) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
Geralmente fico responsável por fotografar e divulgar. Não se planeja os objetivos<br />
essa divulgação. Na maioria das vezes as fotografias servem apenas para registro<br />
histórico. Tudo que é feito pela pessoa responsável pela comunicação passa pela<br />
direção do Colégio, que muitas vezes não compreende o que é um departamento de<br />
comunicação e por isso não sabe o que esperar dele. A comunicação do Colégio não<br />
tem um planejamento, não tem uma verba específica, não tem autonomia e por isso<br />
considero que não temos planejamento.
140<br />
Questionário Empresa D<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: ANALISTA <strong>DE</strong> MARKETING<br />
FORMAÇÃO: <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL – PUBLICIDA<strong>DE</strong> E PROPAGANDA<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXXX*<br />
Data da Fundação: 07/03/1946<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Indústria metalúrgica. Equipamentos para as indústrias de<br />
bebidas.<br />
Número de Funcionários: 300<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim ( X) Não. A quem está<br />
ligado? __________________________________________________<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( X ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( X ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe toma<br />
as suas decisões sem consultar o superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( X) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( ) Sim ( X ) Não<br />
Que tipo? ______________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
( X ) Sim ( ) Não.<br />
Resumidamente o que o departamento executa?<br />
– Desenvolver e manter o sistema de informações comerciais, com<br />
relatórios, estatísticas e indicadores de nossa atuação no mercado.<br />
– Desenvolver e manter o sistema de informações de mercado, baseado<br />
no sistema de relatórios de Gerentes de Conta e informações colhidas<br />
no mercado.<br />
– Gerenciar o uso da identidade visual e marcas da empresa.<br />
– Desenvolver materiais de divulgação.<br />
– Desenvolver materiais promocionais.<br />
– Desenvolver e administrar a divulgação de materiais publicitários.<br />
– Desenvolver e administrar a participação em feiras e eventos.<br />
– Representa área comercial dentro do processo de qualidade PGQP
141<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Vide acima.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
( ) Sim ( X ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( ) Sim (X ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( ) Sim ( X ) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
_____________________________________________________________<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Internos são os funcionários. Externos são clientes, fornecedores, comunidade.<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( X ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Terceirizada.<br />
Como divulga suas ações? A divulgação é feita através de anúncios em revistas<br />
especializadas e também em feiras do setor.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Contratamos por trabalho, porém possuímos parceria com uma<br />
agência de publicidade e outra com assessoria de imprensa.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim ( X) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( X ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
_____________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________<br />
Questionário Empresa E<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS
142<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />
FORMAÇÃO: Tec.Eletronico / eng.de produção<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: técnico eletrônico<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Marketing /Desenvolvimento<br />
(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />
Somente eu no setor<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação:desde 1994<br />
Telefone:XXXX*<br />
Site:www.XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Eletrônicos<br />
Número de Funcionários: 90<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim (x ) Não. A quem está<br />
ligado? __________________________________________________<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
(x ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />
toma as suas decisões sem consultar o<br />
superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
(x ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
(x ) Sim ( ) Não<br />
Que tipo? Existe um procedimento padrão com varias etapas de desenvolvimento.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
(x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Solicita serviços<br />
de criação, forma idéias modos de abordagem, meio de aceitação tipo cliente final,<br />
revendedores, concessionárias.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
(x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Em feiras que<br />
participamos, formulamos algo antes de ir, em cima disso trabalhamos nossos ideais<br />
para alguma declaração a dar a algum veiculo de noticias.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( ) Sim (x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? __<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( ) Sim (x ) Não. Desde quando?
143<br />
Como funciona?<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
Nossa comunicação funciona através do site,catálogos,visitas a clientes e visita de<br />
clientes.<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
As concessionárias,os distribuidores,os atacados,as lojas de som e alarmes e as auto<br />
elétricas.<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Terceirizada<br />
__________<br />
Como divulga suas ações? Catálogos, sites,feiras.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
(x ) Sim ( ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
(x ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
Deve ser um meio de como abordar determinado assunto ou produto,de como vai ser<br />
lançado,qual importância vão dar a este produto,acho que mais ou menos isso aí.<br />
__________________________________________________________<br />
Questionário Empresa F<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />
FORMAÇÃO: Jornalista (Unisinos) com pós-graduação em Marketing – ênfase em<br />
administração de vendas (Feevale)<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Assessora de Imprensa<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: Departamento Marketing<br />
(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação: 26/01/1998<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades:
144<br />
A XXXX* [Empresa F] é uma empresa que funciona como uma espécie de<br />
cooperativa, à qual pequenos revendedores de autopeças se associam em busca de<br />
competitividade e de condições para concorrer com os grandes revendedores.<br />
Participando da XXXX* [Empresa F], que juridicamente é formada como uma empresa<br />
dividida em cotas, os sócios podem fazer compras em grandes quantidades, dividindo<br />
custos e as vantagens das compras em grandes volumes.<br />
Número de Funcionários: 20<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim<br />
ligado?<br />
( ) Não. A quem está<br />
Ao Departamento de Marketing da empresa<br />
_________________________________________________<br />
Modelo de Gestão<br />
(x ) Presidente<br />
( x) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( x ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />
toma as suas decisões sem consultar o<br />
superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
(x ) Sim ( ) Não<br />
Que tipo? No início de cada semestre, a empresa revê o planejamento de marketing e<br />
as ações nele previstas, e faz o balanço das atividades realizadas, as atividades em<br />
andamento e as que estão planejadas para o futuro.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
(x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
A profissional responsável pelo departamento de marketing é a coordenadora de todas<br />
as ações planejadas no início de cada semestre, em conjunto com a diretoria. Este<br />
departamento está apoiado por uma vice-presidência de marketing (formada por<br />
empresários associados à Rede) que se reúne uma vez por semana, para fazer o<br />
acompanhamento das realizações e do andamento do plano de ação traçado para o<br />
ano/semestre.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
A pessoa responsável pelo planejamento de marketing contrata agência para apoiar<br />
nesta área, mas as decisões são do departamento de marketing, junto com a diretoria.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?
145<br />
A empresa contrata assessoria externa, para trabalhos eventuais. Por ser uma<br />
empresa de médio porte, a XXXX* [Empresa F] opta por chamar assessoria externa<br />
quando está com alguma ação que exige maior exposição externa.<br />
_<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
Na verdade, todo o trabalho de comunicação e marketing é planejado e executado<br />
pela mesma pessoa.<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( ) Sim ( x) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
A empresa atua com uma comunicação mais comercial, em que precisa de espaços<br />
nas diferentes mídias (especialmente rádio, televisão e jornais) de anúncios. São<br />
momentos em que são criadas e desenvolvidas campanhas publicitárias, geralmente<br />
de curta duração, com apoio da agência de publicidade. Por falta de recursos<br />
financeiros, a empresa consegue trabalhar pouco no desenvolvimento de um<br />
planejamento institucional de comunicação.<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
O público interno são os associados – hoje em torno de 75 empresas de todo o Rio<br />
Grande do Sul, que precisam saber dos novos produtos adquiridos pela sociedade, e<br />
sobre campanhas promocionais realizadas a partir da conquista de bons preços para<br />
determinados produtos.<br />
O público externo são todos os motoristas do Estado, que compram autopeças, e as<br />
oficinas mecânicas. Na verdade, XXXX* [Empresa F] tem três públicos: seus<br />
acionistas, as oficinas mecânicas, que podem comprar autopeças nas revendas<br />
associadas à Rede, e os consumidores finais, que compram autopeças nas lojas<br />
associadas.<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
(x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?___________<br />
Sim, a empresa faz publicidade paga, para anunciar aos consumidores finais as<br />
promoções de suas lojas, obtidas através de compras em grandes volumes, e faz<br />
campanhas internas, para que as lojas associadas tomem conhecimento das<br />
autopeças com preços promocionais. As campanhas externas são feitas através de<br />
jornais, folders distribuídos publicamente e de rádio, e através de materiais de<br />
divulgação expostos nas lojas associadas.<br />
Estas campanhas são feitas por agência contratada, que planeja as campanhas,<br />
sempre com a participação do departamento e da vice-presidência de marketing da<br />
empresa.<br />
Como divulga suas ações?
146<br />
Quando as ações são mais significativas, contrata assessoria de imprensa para estas<br />
ações específicas.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim (x ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( ) Sim (x ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
Esta é uma empresa que trabalha com planejamento de comunicação. A empresa<br />
planeja com antecedência as ações que fará com o público interno (os associados) e<br />
com o público externo.<br />
Questionário Empresa G<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL<br />
FORMAÇÃO: JORNALISTA<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação: 29/06/1962<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Saúde / é um Hospital filantrópico e privado.<br />
Número de Funcionários: 980<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim ( ) Não. A quem está<br />
ligado?<br />
No organograma institucional, está diretamente ligado a Diretoria – Superintendência.<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
(x ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />
toma as suas decisões sem consultar o<br />
superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
• A mantenedora XXXX* possui<br />
Assembléia Geral, Presidente,<br />
conselhos, deliberativo e fiscal.<br />
3) Comunicação Empresarial
147<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
(x ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
______________________________________________________<br />
Que tipo? Plano de Ação Estratégica – por resultados – sendo área de apoio baseado<br />
no modelo Gecon – Gestão de Informações. XXXX*<br />
______________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
( x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
A Assessoria de Comunicação responde por estas demandas. Marketing e<br />
endomarketing.<br />
______________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
A Assessoria de Comunicação responde a estas necessidades e indica terceiras<br />
quando as demandas forem de maior complexidade.<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
A Assessoria de Comunicação desenvolve este trabalho, tendo a tarefa como uma das<br />
prioridades diárias do setor.<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
A Assessoria de Comunicação desenvolve também esta atividade conforme as<br />
necessidades da instituição e demandas relacionadas a filantropia e seu papel social.<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Desde quando? Desde janeiro de 2007 com a entrada da gestão<br />
atual.<br />
Como funciona?<br />
Por meio da Assessoria que desenvolve vários projetos voltados aos públicos interno e<br />
externo, com o objetivo de ampliar a relação com seu nicho de mercado.<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
É definida por critérios e prioridades provenientes da Superintendência, que por meio<br />
de seu plano estratégico, designa atividades pertinentes a divulgação e ações diárias
148<br />
às suas assessorias no organograma. A instituição é filantrópica e assim, limita fatores<br />
de amplitude na mídia, mas mantém uma política de pro atividade junto aos meios de<br />
comunicação. Destaque para o feedback aos veículos.<br />
_____________________________________________________________<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Administrativo, Assistencial, Apoio, Médicos e público em geral atendido pela Casa de<br />
Saúde.<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?<br />
Interna<br />
_________________________________________________________________<br />
Como divulga suas ações?<br />
Web – maior parte newsletter, internet e intranet<br />
Jornal – diários e semanais, revistas locais<br />
Rádio – boletins duas vezes por semana,<br />
Impressos- folders, press releases, house organs<br />
______________________________________<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
A XXXX* (Estúdio e agência responsável pelo novo layout e logomarca do hospital)<br />
XXXX*<br />
O processo de pesquisa é realizado pela ouvidoria do hospital, nas dependências da<br />
instituição e também por consultoria externa, XXXX* para avaliar o clima<br />
organizacional em processo minucioso, bem como treinamento contínuo, como, por<br />
exemplo, o programa Atnedo Bem e Resolvo que atingiu todo o público interno. Novas<br />
pesquisas estão em desenvolvimento e devem atingir todos os públicos.<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( x) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
1 - Processo que administra as informações da instituição, elaborado por uma<br />
Assessoria de Comunicação (Ascom) e aprovado pela alta direção. A Ascom realiza a<br />
intermediação da comunicação entre uma empresa, entidade ou pessoa física e os<br />
meios de comunicação, tendo como matéria-prima a informação e, como processo, sua<br />
abordagem na forma de notícia, utilizando técnicas próprias do Jornalismo.<br />
2 - Projeto e setor que envolva todos os seus colaboradores e públicos, na divulgação,<br />
imprensa, marketing e relações públicas em geral. Para tanto, o setor é denominado<br />
de Assessoria de Comunicação, com o objetivo de englobar uma agência interna de<br />
criação e elaboração de planos e metas de comunicação e divulgação.<br />
Exemplos:
149<br />
Realizar um levantamento das atividades, projetos, ações e serviços do seu cliente,<br />
fazendo o possível para que isso se torne notícia a ser publicada de forma gratuita;<br />
• Agendamento e acompanhamento de entrevistas coletivas, facilitando o<br />
trabalho do entrevistado e do entrevistador;<br />
• Contato permanente com a mídia, sugerindo pautas e fazendo esclarecimentos<br />
necessários para a eficiência da matéria jornalística a ser publicada;<br />
• Elaborar textos (releases), que são enviados para os veículos de comunicação;<br />
• Divulgar eventos;<br />
• Editar jornais (que podem ser distribuídos interna e externamente);<br />
• Organizar entrevistas coletivas;<br />
• Dar orientações de como lidar com a imprensa;<br />
• Montar clippings - eles reúnem recortes de jornais e revistas nos quais o seu<br />
cliente apareceu ou matérias veiculadas na TV;<br />
• Sugerir assuntos que podem ser interessantes para a mídia.<br />
Enfim, comunicação é também planejamento de médio e longo prazo, depois de<br />
definida a imagem que a empresa procura.<br />
Questionário Empresa H<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXXX*<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: diretora<br />
FORMAÇÃO: jornalista<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXXX*<br />
Data da Fundação: setembro de 2007<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: consultoria na área de jornalismo<br />
Número de Funcionários: XXXX* diretor<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( ) Sim (x) Não. A quem está<br />
ligado? __________________________________________________<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( x ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />
( ) Outro. ________________<br />
3) Comunicação Empresarial
150<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( ) Sim ( x ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( ) Sim ( x ) Não<br />
Que tipo? ______________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de marketing?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de PP (publicidade e propaganda)?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Diretor e<br />
conselheiros escolhem que tipo de publicação fazer, sem qualquer tipo de estudo de<br />
produto (folder, propaganda em rádio, jornal e televisão, anúncios,...) ou veículo para<br />
circulação.<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de assessorias de imprensa?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
Desde setembro de 2007 [um]a XXXX* Consultoria em Comunicação se encarrega de<br />
fazer a assessoria de imprensa da escola.<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as<br />
demandas de relações públicas?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
Não existe uma política de comunicação no [a Empresa H] XXXX*. A direção quer<br />
apenas que saiam informações sobre a escola independente da forma (paga ou<br />
gratuita)<br />
_____________________________________________________________<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Interno: alunos e professores<br />
Externo: comunidade do bairro Niterói<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Das duas formas<br />
___________<br />
Como divulga suas ações? Através de materiais impressos como folders, anúncios em<br />
jornais e pela publicação de matérias não pagas.<br />
______________________________________
151<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( x ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
Eles não pensam em um planejamento. Desde que começamos o trabalho estamos<br />
tentando mostrar a importância de um planejamento, mas este ainda não foi realizado.<br />
_____________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________<br />
Questionário Empresa I<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />
FORMAÇÃO: Comunicação Social (Jornalismo) – Especialização Marketing<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: Diretor de Mkt e Com do Grupo XXXX*. Diretor da<br />
XXXX* Projetos Gráficos.<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA:<br />
Grupo XXXX*: Diretoria de Marketing e comunicação, e Departamento de Óculos de<br />
Segurança. Equipe composta por duas pessoas, trabalhando de forma integrada.<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação: 17/05/67<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Comércio e Indústria<br />
Número de Funcionários: 100<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? (x) Sim<br />
ligado? Marketing<br />
( ) Não. A quem está<br />
Modelo de Gestão<br />
( x) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe<br />
toma as suas decisões sem consultar o<br />
superior.<br />
( ) Outro. ________________
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
(x) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
(x) Sim ( ) Não<br />
Que tipo? Coletivo, macro estratégia e estratégia direcionada<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
marketing?<br />
(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
Campanhas promocionais, entrada de novos produtos, mídia, comunicação interna e<br />
externa, treinamento de novos produtos, impressos, matéria de expediente, entre outros.<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
PP (publicidade e propaganda)?<br />
(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa? Conjunto com<br />
Marketing<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
assessorias de imprensa?<br />
(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
Conjunto com Marketing<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
relações públicas?<br />
(x) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
Conjunto com Marketing<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
Usa-se e-mail, circular e Skipe.<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Variado, devido às distintas localizações dos PDVs. Na divisão Varejo: 60% mulheres, faixa<br />
etária dos 25 aos 50 anos, Classe B.<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
(X) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? Interna e terceirizada (para<br />
mídia eletrônica)<br />
Como divulga suas ações? Nos mais diversos meios de comunicação<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
(X) Sim ( ) Não.<br />
Agência trabalha por job<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( ) Sim (x) Não. Quem realiza e com que periodicidade?
Pesquisamos apenas a satisfação dos clientes.<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
(x) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação<br />
Modelo de Gestão:<br />
É estabelece uma ligação entre a XXXX* [Empresa I] e o seu público (onde está inserida e<br />
onde pretende atuar). Administração a informação da empresa para seu público.<br />
Questionário Empresa J<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />
FORMAÇÃO: <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL – HAB. JORNALISMO<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: ESPECIALISTA RECURSOS HUMANOS<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: RECURSOS HUMANOS<br />
Gestão do subsistema de Comunicação Interna, Responsabilidade Social e Serviço Social<br />
para as plantas da AGCO para América do Sul.<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação: 1996<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Equipamentos agrícolas<br />
Número de Funcionários: Brasil: 3.600<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim ( ) Não. A quem está ligado?<br />
Marketing _______________________________________________<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( X ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />
( ) Outro. ________________3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Que tipo? ______________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
marketing?
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
PP (publicidade e propaganda)?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
PROFISSIONAL INTERNO E AGENCIA <strong>DE</strong> PROPAGANDA<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
assessorias de imprensa?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
<strong>ASSESSOR</strong>IA <strong>DE</strong> IMPRENSA<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
relações públicas?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
PROFISSIONAL INTERNO<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( X ) Sim ( ) Não. Desde quando?<br />
Como funciona?<br />
_____________________________________________________________<br />
Qual a política de comunicação existente?<br />
_____________________________________________________________<br />
Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Externos: Clientes finais e rede de concessionárias.<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
( X ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada? TERCEIRIZADA<br />
Como divulga suas ações? Através de revistas e jornais especializados do setor agrícola,<br />
rádio, TV (Canal Rural, comerciais), eventos, feiras, etc.<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
A empresa que realiza pesquisas de mercado para a XXXX* [Empresa J] é a XXXX*,<br />
empresa especializada no segmento agrícola. As pesquisas são realizadas anualmente.<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
( X ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
_____________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________
Questionário Empresa L<br />
A <strong>COMUNICAÇÃO</strong> APLICADA NO DIA-A-DIA DAS <strong>EM</strong>PRESAS <strong>DE</strong> CANOAS<br />
NOME <strong>DO</strong> ENTREVISTA<strong>DO</strong>: XXXX*<br />
FORMAÇÃO: JORNALISTA FORMA<strong>DO</strong> PELA UNISINOS <strong>EM</strong> 1986<br />
CARGO NA ORGANIZAÇÃO: <strong>ASSESSOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>COMUNICAÇÃO</strong> SOCIAL<br />
SETOR/ <strong>DE</strong>PARTAMENTO QUE ATUA: XXXX*<br />
(Breve apresentação da (s) função (ões) desempenhada (s) e equipe)<br />
Elaboração de material de divulgação dos hospitais da XXXX* [Empresa L], alimentação do<br />
site informativo da XXXX* [Empresa L], alimentação dos veículos de mídia impressa e<br />
eletrônica do Rio Grande do Sul, elaboração de revistas e jornais sobre XXXX* [a Empresa<br />
L].<br />
1) Dados de Identificação<br />
Nome da empresa: XXXX*<br />
Data da Fundação: 16 de agosto de 1972<br />
Telefone: XXXX*<br />
Site: XXXX*<br />
2) Estrutura Organizacional<br />
Ramo e atividades: Instituição de Ensino Superior<br />
Número de Funcionários:<br />
Existe setor de comunicação social na empresa? ( x ) Sim<br />
A Reitoria da Universidade<br />
( ) Não. A quem está ligado?<br />
Modelo de Gestão<br />
( ) Presidente<br />
( ) Conselho Deliberativo<br />
( ) Conselho Consultivo<br />
( ) Diretoria<br />
( ) Liberal. Cada membro da equipe toma as suas decisões sem consultar o superior.<br />
( x ) Outro reitor<br />
3) Comunicação Empresarial<br />
A empresa possui planejamento estratégico?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Há plano de ação por projeto?<br />
( x ) Sim ( ) Não<br />
Que tipo? Geralmente são planificadas ações de marketing externo visando a captação,<br />
manutenção e integração de alunos, pacientes e comunidade em geral. A estratégia de<br />
divulgação dos vestibulares da Universidade é permanente<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
marketing?<br />
( ) Sim (x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
PP (publicidade e propaganda)?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
assessorias de imprensa?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
Existe algum setor, departamento ou profissional designado para atender as demandas de<br />
relações públicas?<br />
( ) Sim ( x ) Não. Resumidamente o que o departamento executa?<br />
_____________________________________________________________<br />
A empresa possui programa de comunicação?<br />
( x ) Sim ( ) Não. Desde quando? Desde meados da década de 80<br />
Como funciona?<br />
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Qual a política de comunicação existente?<br />
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Quem são os públicos da empresa (internos e externos por ordem de importância)?<br />
Estudantes, pacientes do [a Empresa L] XXXX*, colaboradores em geral<br />
A empresa faz publicidade dos seus produtos?<br />
(x ) Sim ( ) Não. A demanda é feita interna ou terceirizada?__Interna<br />
Como divulga suas ações? Por meio da assessoria de imprensa, da mídia paga e da<br />
internet<br />
Possui contrato com alguma agência de publicidade ou assessoria externa de<br />
comunicação?<br />
( ) Sim ( x ) Não.<br />
Costuma-se fazer pesquisas de mercado e opinião pública?<br />
(x ) Sim ( ) Não. Quem realiza e com que periodicidade?<br />
Há processo de avaliação dos projetos, ações e, ou serviços prestados?<br />
(x ) Sim ( ) Não.<br />
O que para a empresa é planejamento de comunicação?<br />
_____________________________________________________________<br />
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_____________________________________________________________<br />
*Informações suprimidas para preservar a identidade das empresas e seus colaboradores.