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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE

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FOLHA DE APROVAÇÃOAutora: Deise Gabriele BeierTítulo: Prevalência de sobrepeso/obesidade, hábitos de vida e nível de atividadefísica de escolares selecionados de Sapiranga, RS.Data e local de aprovação: Centro Universitário Feevale, Novo Hamburgo/RS, julhode 2010.___________________________________________________________________Professor: João Carlos Jaccottet Piccoli, Ph.D (Orientador)BANCA EXAMINADORA___________________________________________________________________Prof a . M.S. Magale Konrath___________________________________________________________________Prof a . M.S. Maria Helena Weber


Dedico este trabalhoDedico com muito amor este estudo aosmeus pais Dilson Alberto Beier e Terezinha deFátima Pimentel pelo amor, criação e incentivoao longo da vida.Ao meu pai que sempre me proporcionoubons estudos, não me deixando faltar nada meapoiando sempre que necessário.A minha avó Alcedina, cuja presença,dedicação e amor ajudaram-me a percorrer estatrajetória.Ao meu namorado Regis Appolo pelocarinho e compreensão e incentivo nosmomentos mais difíceis.Aos parentes e amigos pelo apoio ecompreensão nos momentos em que estiveausente em nosso convívio.Obrigada por sempre acreditarem emmim e que no final tudo é possível!


AGRADECIMENTOSAgradeço a Deus por ter me dado forças e coragem e meproporcionar saúde e oportunidades para realizar sonhos e desejos.Agradeço à minha mãe, pelo carinho, amor e compreensão nãosomente nesta etapa, mas em toda a minha vida. Te amo, obrigada porexistir e por me ter na tua vida.Ao meu pai, que financiou meus estudos, proporcionando-me umavida com tudo o que precisava e um pouco mais, colaborando e apoiandosempre para que conseguisse terminar meus estudos. Realmente sem eletudo seria muito mais difícil, pois ele que me guiou, me deu forças paracontinuar, acreditou no meu potencial e no meu esforço, ajudando eincentivando. Obrigada, te amo!A minha irmã, pelo carinho e por saber que posso contar sempre comvocê.Ao grande amor da minha vida, que me ama do jeito que sou, queacredita em mim, que me apóia e me auxilia sempre em tudo. Obrigada porexistir, por me amar e por estar ao meu lado sempre, te amo!Amo todos vocês, muito obrigada!Ao Professor Piccoli, meu orientador, pelos ensinamentos durante odesenvolvimento deste estudo, tornando possível a realização destetrabalho.Aos colegas e amigos da faculdade, que demonstraramcompanheirismo, amizade, convívio durante todos estes anos.Enfim, a todos aqueles que, de alguma maneira, contribuíram narealização deste trabalho e colaboraram na minha formação profissional.


RESUMOA obesidade infantil apresenta prevalência elevada e caráter multifatorial, e suaocorrência na população brasileira tem adquirido grande expressão na área dasaúde, principalmente devido ao impacto que causa na vida das crianças, trazendoconseqüências físicas, sociais, econômicas e psicológicas. O objetivo do presenteestudo foi verificar a prevalência de sobrepeso/obesidade, hábitos de vida e nível deatividade física de escolares matriculados em escolas municipais de Sapiranga, RS.O estudo de característica descritiva, de corte transversal, investigou uma amostracomposta por estudantes de 9 a 12 anos, sendo 128 meninos e 119 meninas. Acoleta dos dados foi feita através da verificação dos índices de massa corporal (IMC)seguido da aplicação do questionário PAQ-C que mede o nível de atividade físicanos sete dias anteriores e pelo questionário EVIA (Estilo de vida na infância eadolescência) delimitando o perfil do estilo de vida a partir das característicassocioeconômica, organização do cotidiano, participação sociocultural e práticaesportiva. Os dados apresentados a partir dos escores do PAQ-C, demonstraramque o índice de sedentarismo é maior nas meninas, 51,3%, enquanto elas, também,apresentam uma menor proporção de indivíduos moderadamente ativos, 39,5%. OIMC das meninas apresentou um percentual mais alto, 26,9%, comparado com odos meninos, 19,5%. Constatou-se que a amostra é classificada comomoderadamente ativa. Os meninos de 9 e 12 anos com sobrepeso apresentaram-semuito sedentários e as meninas com sobrepeso (10 anos) classificaram-se comoativas. Observou-se que 93,5% da amostra tinham como passatempo assistir TV,93,5% despendendo em torno de 3,04h/dia em frente a este aparelho. Os hábitos devida das crianças demonstram diferenciação para os sexos em todo o tipo deatividade. Concluiu-se que de forma geral, todos os fatores contribuem para aprevalência do sobrepeso/obesidade infantil e que existe uma cultura da prática deatividade física no município de Sapiranga. Através dos resultados obtidos poderãoser realizados projetos junto à comunidade da cidade em questão, para que de certaforma possam ser mantidas ou melhoradas estas classificações obtidas quanto aonível de atividade física.Palavras-chaves: Sobrepeso e obesidade infantil. Hábitos de vida. Nível deatividade física.


RESUMOChildhood obesity has a high prevalence and multifactorial, and its occurrence inBrazil has acquired great expression in health, mainly due to the impact that causesthe lives of children, bringing physical, social, economic and psychological. The aimof this study was to assess the prevalence of overweight / obesity, lifestyle habits andphysical activity level of children enrolled in municipal schools Sapiranga, RS. Thestudy of trait descriptive cross-sectional study investigated a sample of students 9-12years, 128 boys and 119 girls. Data collection was done by checking the body massindex (BMI) was followed by application of PAQ-C questionnaire that measures thelevel of physical activity in seven days earlier and the questionnaire EVIA (Lifestyle inchildhood and adolescence) delimiting the profile of lifestyle from the socioeconomiccharacteristics, organization of daily life, involvement in socio-cultural and sportsactivities. The data presented from the scores of the PAQ-C demonstrated that therate of inactivity is higher among girls, 51.3%, while they also have a lower proportionof moderately active individuals, 39.5%. The BMI of the girls had a higherpercentage, 26.9%, compared with boys, 19.5%. It was found that the sample isclassified as moderately active. The boys of 9 and 12 years were overweight werevery sedentary and overweight girls (10 years) were classified as active. It wasobserved that 93.5% of the sample were watching TV as a hobby, spending around93.5% from 3.04 m / day in front of this unit. The habits of life of children showdifferentiation for both sexes in every kind of activity. It was concluded that ingeneral, all factors contributing to the prevalence of overweight / obesity in childrenand that there is a culture of physical activity in the municipality of Sapiranga.Through the results could be realized projects in the community of the cityconcerned, that somehow can be maintained or increased these ratings obtained onthe level of physical activity.Keywords: Childhood overweight and obesity. Lifestyle habits. Physical activity level.


LISTA DE ANEXOSANEXOS A – Questionário PAQ-C....................................................................82ANEXOS B – Questionário hábitos de vida.....................................................87


1LISTA DE TABELASPag.Tabela 1- Critérios de referência para definição de baixo peso, excesso de peso eobesidade para o sexo masculino................................................................................ 26Tabela 2 - Critérios de referência para definição de baixo peso, excesso de peso eobesidade para o sexo masculino................................................................................ 27Tabela 3 – Distribuição das freqüências absolutas e relativas da amostra segundoa faixa etária e sexo .................................................................................................... 42Tabela 4 - Distribuição da amostra segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) ...... 43Tabela 5 - Distribuição do Índice de Massa Corporal (IMC) da amostra segundo osexo................. ............................................................................................................ 43Tabela 6 - Distribuição da amostra segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) parao sexo masculino, segundo grupo etário .............. ..................................................... 44Tabela 7 - Distribuição da amostra segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) parao sexo feminino, segundo grupo etário........................................................................ 45Tabela 8 - Distribuição da amostra segundo o nível de atividade física pelo escorePAQ-C ......................................................................................................................... 45Tabela 9 - Distribuição dos valores mínimos e máximos, média e desvio padrãodos resultados da amostra segundo o peso, estatura, IMC e nível de atividadefísica............................................................................................................................. 46Tabela 10 - Distribuição do nível de atividade física da amostra segundo o sexo ..... 46Tabela 11 - Relação entre o nível de atividade física e o perfil de IMC por sexomasculino e faixa etária da amostra............................................................................ 47Tabela 12 - Relação da amostra entre o nível de atividade física e o perfil de IMCpor sexo feminino e faixa etária .................................................................................. 49Tabela 13 - Resultados das ocorrências de freqüências realizadas no interior daresidência da amostra..................................................................................................49Tabela 14 - Comparação das ocorrências de freqüências relativas realizadas nointerior da residência da amostra por sexo e faixa etária ........................................... 50Tabela 15 - Tempo médio despendido em atividades feitas no interior de casa porsexo e faixa etária ....................................................................................................... 52Tabela 16 - Comparações entre atividades feitas no interior de casa por sexo efaixa etária ................................................................................................................... 54


3SUMÁRIOPág.INTRODUÇAO .................................................................................................. 11Objetivos ............................................................................................................ 13Justificativa ........................................................................................................ 14Definição de termos ........................................................................................... 151 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 171.1 Sobrepeso/Obesidade Infantil...................................................................... 171.1.1 O IMC na avaliação do Sobrepeso e Obesidade Infantil.......................... 241.2 Hábitos de Vida ............................................................................................ 271.3 Atividade Física............................................................................................ 332 METODOLOGIA.............................................................................................. 372.1 Delineamento da pesquisa........................................................................... 372.2 População e amostra ................................................................................... 372.2.1 Critérios de exclusão................................................................................. 382.3 Instrumentos e Materiais ............................................................................. 382.4 Controle de variáveis.................................................................................... 402.5 Plano de coleta dos dados .......................................................................... 402.6 Tratamento estatístico ................................................................................. 403 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................. 42CONCLUSÃO ................................................................................................. 68REFERÊNCIAS ................................................................................................. 69ANEXOS............................................................................................................. 81APÊNDICES ...................................................................................................... 92


12como uma verdadeira epidemia mundial das sociedades desenvolvidas e emdesenvolvimento como o Brasil.Nos países em desenvolvimento, a obesidade coexiste com os casos dedesnutrição, provavelmente pela modificação e transformações econômicas nosúltimos vinte anos, com incorporação de hábitos e estilo de vida associados a,outros maus hábitos que agravam ainda mais os problemas causados pelaobesidade (WHO, 2004).Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), o número deobesos entre os anos de 1995- 2000 passou de 200 para 300 milhões, somandocerca de 5% da população mundial. Estimativas mostram que no ano de 2025 onúmero de adultos obesos em todo o mundo poderá chegar a 1,5 bilhões se aestimativa atual continuar assim. Dados divulgados pela Associação Brasileira paraEstudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), ressaltam que cerca de 70milhões de pessoas (40% dos brasileiros) estão acima do que se pode considerarum peso aceitável, 10% das crianças e adolescentes brasileiros possuem sobrepesoe 7,3% sofrem de obesidade (VILLARES; RIBEIRO; SILVA, 2004). Estima-se que oBrasil gaste por ano 1,5 bilhão de reais com internações hospitalares, consultasmédicas e remédios para o tratamento do excesso de peso corporal e doençasassociadas (600 milhões vêm do Sistema Único de Saúde (SUS), o equivalente a12% do orçamento do governo gasto com todas as outras doenças) (ANJOS, 2006).A obesidade infantil está diretamente relacionada à obesidade na vidaadulta, sendo fator de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólicaassociada à doenças crônicas como: diabete mellitus tipo 2, hipertensão, doençacardiovascular e alguns tipos de câncer. Além dessas doenças algumas crianças ejovens podem desenvolver apnéia do sono, asma, refluxo, azia, além de problemasemocionais (SANTOS; WOLF, 2008).Nahas (2001) denomina o sedentarismo como a “doença da civilização”.Este autor, ainda afirma que cientistas acreditam ser um grande aumento àautomatização da sociedade atual por meio do apelo ao conforto. Isso tudo reduziuas atividades físicas, criando uma geração sedentária. Para Gomes e Moreira(2002), a vida moderna possui vantagens e desvantagens, visto que, automóvel,computador, televisor, telefones, controles, podem ser excelentes instrumentos paralocomoção, comunicação, educação e lazer. No entanto, toda essa tecnologia,


13também, contribui para o atual estilo de vida sedentária, alimentação inadequada,alto índice de estresse, enfim, hábitos altamente nocivos à saúde.Para Guedes e Guedes (2003) e Vitolo (2003), a mudança do estilo de vidados jovens, associados aos aspectos alimentares e da prática da atividade física,podem contribuir para o aumento do sobrepeso e da obesidade na adolescência,período em que geralmente se inicia o comportamento sedentário, em virtude dasubstituição da atividade física informal, como andar de bicicleta, uso de patins,skates e atividades lúdicas, por outras de origem social ou cultural, como osvideogames, computador, televisão ou atividades extracurriculares, com baixademanda de gasto energético.A prática de atividade física regular é de fundamental importância para apromoção da saúde de crianças e adolescentes, podendo ser considerada um dosrequisitos básicos para o crescimento e o desenvolvimento normais (MAESTRI;FIAMONCINI, 2006). Segundo Oliveira (2007), muitas pesquisas vêm mostrando osbenefícios da prática regular de exercícios físicos para a saúde que vai além docontrole de peso corporal. Para Alves et al. (2005), a prática de atividade física, devefazer parte dos cuidados de rotina para o bem estar da criança e do adulto.Considerando-se o problema do sobrepeso/obesidade não só como atual,mas também como possível agravante no futuro a preocupação com a prevenção daobesidade, objetivou-se neste estudo responder a seguinte pergunta: Qual aprevalência de sobrepeso/obesidade, hábitos de vida e nível de atividade física emescolares de 9 a 12 anos do ensino fundamental matriculados em escolas públicasselecionadas de Sapiranga, RS?a) ObjetivosObjetivo Geral- Verificar a prevalência de sobrepeso/obesidade, hábitos de vida e nível deatividade física de escolares matriculados em escolas públicas e particulares doensino fundamental selecionadas de Sapiranga, RS.


14Objetivos Específicos- Avaliar a estatura e peso dos participantes do estudo;- Verificar a regularidade da prática da atividade física entre os participantesdo estudo;- Identificar os hábitos de vida cotidiana da amostra do estudo;- Comparar o nível de atividade física com o perfil de IMC por sexo e idade;- Verificar o tempo médio sentado dos escolares da amostra;b) JustificativaA prevalência da obesidade e sobrepeso está a aumentar em todo o mundotanto em jovens quanto em adultos, justificando a designação de epidemia global.Atualmente, a vida moderna tem criado condições para o desenvolvimento cada vezmaior do excesso de peso em crianças e adolescentes da sociedade e, isto se deve,muitas vezes, ao estilo de vida e aos maus hábitos alimentares que acabam porlevar a uma alimentação pobre em nutrientes (OMS, 2003).Em geral, percebem-se vários fatores que condicionam um estado deobesidade, cuja falta de atividade física e maus hábitos alimentares estãointimamente ligados. Tais situações são frutos de uma sociedade cada vez maismoderna, globalizada e tecnologicamente avançada, ou seja, oferece facilidades quesão rapidamente aceitas e utilizadas pelas pessoas, inclusive pelas crianças.Hábitos saudáveis como caminhadas, andar de bicicleta, brincadeiras ao arlivre, são inconscientemente substituídas por videogames, jogos e bate-papos naInternet e que, se por um lado instruem a criança para o mundo moderno, por outropromove uma série de conseqüências indesejáveis, como o sedentarismo,hipertensão, problemas posturais e nas articulações e até mesmo diabetes.O aumento significativo dos índices de sobrepeso e obesidade na infânciavem sendo motivo de debates por diversos especialistas nas áreas da medicina,educação física, psicologia, nutricionistas e pedagogos, pois trazem sérios


15problemas à saúde e, em especial na aprendizagem; crianças que sofrem com aobesidade, são alvos de apelidos e rejeição o que acaba afetando sua autoestima eautoimagem, prejudicando a integração da criança com o grupo de colegas e, ainda,o seu próprio rendimento escolar (PAPALIA; OLDS, 2000).Segundo Cohen e Cunha (2004) e Santo e Mercês (2005) concordam queuma das melhores formas de promover a saúde é por meio da escola. Isso porque, aescola é um espaço social, onde muitas pessoas convivem, aprendem e trabalham,onde os estudantes e os professores passam a maior parte do seu tempo. Alémdisso, nas escolas os programas de educação e saúde podem ter sua maiorrepercussão beneficiando os alunos na infância e na adolescência fazendo delescidadãos mais saudáveis e com isto mais felizes.Sabendo-se que o profissional de Educação Física está intrinsecamenteligado as questões de saúde, é que surge o interesse e a necessidade da realizaçãodo estudo proposto, vê-se a importância de novos estudos, buscando dados darealidade que possam enquadrar esse grupo, onde se espera que os resultadosdeste estudo possam trazer subsídios para favorecer e revelar a importância doprofissional de Educação Física, como agente de saúde, e para criação deprogramas educativos que promovam hábitos saudáveis e que contribuam para ocontrole do sobrepeso e obesidade entre os escolares e consequentementediminuam os riscos de doenças e morte na vida adulta, além de que os resultadosdeste estudo poderão servir como forma de conscientização e estabelecer metas deprevenção e de tratamento eficazes, contribuindo desta forma para a melhoria daqualidade de vida desses alunos e de suas respectivas famílias.Acima de tudo, a escolha por escolares surgiu da possibilidade de oferecerretorno à equipe diretiva das escolas avaliadas, para que reflitam sobre odiagnóstico do seu perfil de alunos e busquem providências para sanar possíveisíndices elevados de obesidade.c) Definição de termos


16ATIVIDADE FÍSICA: Qualquer movimento corporal produzido pelosmúsculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis derepouso (PITANGA, 2004).EXERCÍCIO FÍSICO: Movimento corporal repetitivo, estruturado e planejadoque resulta em uma melhoria ou manutenção de uma ou mais componentes daaptidão física (FONTOURA; ASSUMPÇÃO; MORAIS, 2002).ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC): Relação do peso (em quilogramas)sobre a estatura (em metros) ao quadrado, que classifica o estado nutricional deuma população. IMC= KG/m² (COSTA, 2001).OBESIDADE: Acúmulo excessivo de gordura total para um peso corporal eque trará muitos riscos à saúde (WILMORE; COSTILL, 2001).PREVALÊNCIA: Número de casos clínicos ou de portadores existentes emum determinado momento, em uma comunidade, dando uma idéia estática daocorrência do fenômeno. Pode ser expressa em números absolutos ou emcoeficientes (BRUNNER; SUDDARTH, 2002).SOBREPESO: Refere-se àqueles valores de massa corporal que seencontram entre a massa tida como normal e a obesa, podendo ocorrer em funçãode excesso de gordura corporal ou de valores elevados de massa magra(WILMORE; COSTILL, 2001).


1 REVISÃO DE LITERATURA1.1 Sobrepeso / Obesidade InfantilSegundo a Organização Mundial de Saúde (2005), a obesidade infantil já éconsiderada, no mundo todo, caso de saúde pública. No Brasil, estima-se que 15milhões de crianças e jovens, ou seja, 25% da população infanto-juvenil pesa maisque o ideal, sendo 1,5 milhão já considerados obesos (BRASIL, 2004).Levando-se em conta o que apontam as pesquisas norte-americanas queconstataram que uma criança obesa tem 40% de chances a mais de se tornar umadulto obeso, esse percentual alcança 90% se essa mesma criança continuarrelutando com a balança durante a adolescência e 35% de se tornar um adultoobeso, e a causa disso é que as células de gordura adquiridas na infância podemperder volume, mas nunca diminuir de quantidade (OMS, 2004).A obesidade na vida adulta pode ter seu início na adolescência, já que “aobesidade na adolescência é um fator preditivo da obesidade no adulto” (FONSECA;SICHIERI; VEIGA, 1998. A origem da obesidade adulta e suas conseqüênciasadversas para a saúde costumam residir na segunda infância. Já o peso excessivodurante a adolescência está relacionado a efeitos adverso para a saúde até 55 anosdepois (MCARDLE; KATCH e KATCH, 2006). O sobrepeso e a obesidade nainfância têm sido relacionados com diversos fatores de risco como as doençascardiovasculares, hipertensão, diabetes, menor concentração plasmática decolesterol de alta densidade (HDL), distúrbios psicológicos, doenças renais,apoplexia, males hepáticos e ainda dificuldades motoras (BOUCHARD, 2003).Guedes e Guedes (1995) definem a obesidade como aquela condição naqual a quantidade de gordura ultrapassa os índices desejados, trata-se, então, doexcesso de gordura corporal ou o acúmulo excessivo e generalizado de gordura notecido subcutâneo, constituindo-se em processo patológico multifatorial. Salvo emcasos patológicos, as variações de gordura corporal ocorrem em razão dodesequilíbrio entre consumo e gasto calórico.Ainda segundo Dâmaso (2001), o sedentarismo e os maus hábitosalimentares são os principais fatores do sobrepeso e obesidade, considerando-se


18que o peso excessivo pode representar um risco considerável à saúde. No estudode Batista Filho e Rissin, (2003) foi encontrado uma relação direta entre asmudanças nos hábitos alimentares da população brasileira e o aumento nos casosde obesidade. Segundo Wilmore e Costill (2004) a obesidade tem relação direta coma genética do indivíduo, mas defende, também, a idéia de que é possível se tornarobeso pelo estilo de vida que optar, neste caso, a obesidade está associada aosedentarismo e a má alimentação.De acordo com Wilmore e Costill (2004, p 669):Investigações recentes confirmam que existe um significativo componentegenético na etiologia da obesidade. Sem dúvida, é possível ser obesodevido basicamente ao estilo de vida escolhido na ausência de uma históriafamiliar (genética) de obesidade.Segundo Fisberg (1997), a obesidade pode ser definida como uma condiçãode acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, numa extensão emque a saúde pode ser prejudicada causando complicações como intolerância aglicose, resistência a insulina, dislipdemia, diabetes tipo 2, hipertensão,concentrações plasmáticas elevadas de leptina, tecido adiposo visceral, aumentadoo maior risco de doença cardíaca coronariana e de câncer (MCARDLE; KATCH;KATCH, 2006). Esses autores citam, ainda, que a obesidade constitui a segundacausa principal de morte prematura na América do Norte, ficando atrás apenas dofumo de cigarros.Soares e Petrosky (2003) afirmam que há três períodos críticos da vida, nosquais pode ocorrer o aumento do número de células adiposas, ou seja, a hiperplasia.Tais períodos estão intrinsecamente relacionados com os períodos críticos desurgimento da obesidade e se caracterizam pelo: último semestre da gravidez,quando os hábitos nutricionais da mãe podem modificar a composição corporal dofeto em desenvolvimento; primeiro ano de vida e período de aceleração docrescimento da adolescência. Este tipo de obesidade (a hiperplásica) que já semanifesta na infância, aumenta a dificuldade da perda de peso e gera umatendência natural à obesidade futura. A obesidade hipertrófica, pode se manifestarao longo de qualquer fase da vida adulta, e é causada pelo aumento do volume decélulas adiposas (GUEDES; GUEDES, 2003).Bouchard (2003) destaca que é na infância e na adolescência o momentopropício para se intervir, uma vez que os distúrbios do peso geralmente têm origem


19nestes períodos e, quando isso ocorre, a possibilidade de se tornar um adulto obesoé três vezes maior do que numa criança de peso normal.Barbosa (2004) aponta como um dos caminhos para a obesidade oconstante consumo de “fast food” e alimentos industrializados. A mídia, através desuas estratégias de marketing, estimula o consumo de alimentos extremamente ricosem carboidratos e gorduras polinsaturadas. Além disso, os alimentos estãodisponíveis a qualquer hora com preços acessíveis. O autor, também, aponta odeclínio da prática de atividade física dos indivíduos e o desenvolvimento deequipamentos poupadores de energia contribuindo para que o ser humano gastemenos energia. Comodidades como elevadores, escadas rolantes, transportesmotorizados e o uso prolongado de aparelhos eletrônicos (televisão, videogame,computador, controle remoto) criaram uma geração acostumada com as facilidadesdo esforço mínimo. Essa combinação de genética, alimentação irregular esedentarismo, contribuem para o aumento da prevalência do sobrepeso e obesidadeno mundo (VITOLO, 2003; ROBERT, 2003).Para entender melhor as causas da obesidade Domingues Filho (2004)classificou a obesidade em exógena e endógena. A obesidade exógena ousecundária ou nutricional, de etiologia multicausal, é responsável por 95% doscasos, e ocasiona um excesso de gordura decorrente de um balanço positivo deenergia entre a ingestão e o gasto energético. As causas da obesidade endógena ouprimária, decorrente de problemas hormonais, são: alteração do metabolismotireoidiano, gonodal, hipotálamo-hipofisário, tumores como craniofaringeoma e assíndromes genéticas (ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2003).Segal (1998) classifica os fatores etiológicos da obesidade em: a)neuroendócrina (problemas nas glândulas produtoras de hormônios de ordemgenética e/ou ambiental sendo a causa mais freqüente o hipotireoidismo); b)latrogênica (causada por drogas como os psicotrópicos e corticosteróides ou lesõeshipotireodismo); c) desequilíbrios nutricionais (dieta hiperlipídica); d) inatividadefísica (baixo gasto calórico desfavorecendo o equilíbrio metabólico energético) e e)obesidade genética (doenças genéticas raras com características disfórmicas). Oautor, ainda, explica que a obesidade tem várias causas, sendo que o paciente podeter uma ou mais causas em seu determinado caso.O excesso de peso na infância, segundo Oliveira et al. (2003), acontecegeralmente por uma combinação de fatores, incluindo hábitos alimentares errôneos,


20propensão genética, estilo de vida familiar, condição socioeconômica, fatorespsicológicos e etnias. Para Guyton e Hall (2002), o histórico familiar é um fatorimportante, pois uma criança cujos pais sejam obesos, exite 80% de chances dedesenvolver a obesidade. Este valor é reduzido para 40% se apenas um dos pais forobeso, se nenhum dos pais possuírem tal enfermidade essa criança terá 7% dechances de se tornar uma pessoa obesa.A obesidade infantil, para Fisberg (2005), vem sendo há muitos anos, motivode pesquisas por estudiosos do mundo inteiro e é considerada a doença nutricionalque mais cresce no mundo e a de mais difícil tratamento. Nos países desenvolvidos,ela é considerada uma doença crônica e um dos mais importantes problemas desaúde pública.O crescente aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade, observadoem diferentes regiões do mundo e em diversos segmentos sociais, não só nospaíses ricos, mas, também nos países em desenvolvimento, tem causado grandepreocupação entre autoridades sanitárias e população em geral (WHO,1998).Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e OrganizaçãoMundial da Saúde - OMS (2000), em 1995, estimava-se que havia, em todo omundo, 200 milhões de adultos obesos, além de 18 milhões de crianças menores decinco anos com sobrepeso. No ano de 2000, o número de adultos obesos subiu paramais de 300 milhões. Dados recentes sugerem que aproximadamente 22% dascrianças americanas e adolescentes provavelmente estejam com sobrepeso e que11% sejam obesas. Nos EUA, quando são comparados dados dos inquéritosnacionais de 1965 e 1980, constata-se que a obesidade nas crianças de 6 a 11 anosaumentou em 67% entre os meninos e em 41% entre as meninas; e nos inquéritosnacionais de 1980 e 1990, constata-se que a obesidade em crianças de 6 a 11 anosaumentou 12% nos meninos e em 44% nas meninas (DIETZ,1998).Estudos realizados entre os anos de 1963 a 1980, envolvendo crianças eadolescentes na faixa etária de 6 a 17 anos, nos Estados Unidos, demonstraram quea obesidade cresceu de 18 a 30% nos meninos entre 6 e 11 anos; de 17 a 25% nasmeninas da mesma faixa; de 15 a 18% nos meninos de 12 a 17 anos; e 16 a 25%nas meninas da mesma faixa etária. No Japão, a obesidade em crianças de 10 anosde idade cresceu de 3% - 3,5% em 1968, para 8% – 9% em 1992 (PIMENTA;PALMA, 2001).


21Para Giugliano e Carneiro (2004, p. 1):Dados referentes às crianças brasileiras, levantados em 1989 pelo InstitutoNacional de Alimentação e Nutrição (INAN) e pelo Programa Nacional deSaúde e Nutrição (PNSN), apontam que cerca de um milhão e meio decrianças são obesas, com maior prevalência nas meninas e nas áreas demaior desenvolvimento.Kaufman (1999) apud Pimenta e Palma (2001), e Corso et al. (2004),afirmam que há no Brasil cerca de 3 milhões de crianças com menos de 10 anos deidade que sofrem de obesidade , ou seja, a população de obesos dobrou em relaçãoa vinte anos atrás.Na mesma proporção, uma pesquisa realizada com estudantes de 5ª a 8ªséries da zona urbana do município de Cianorte – Paraná indicou que 24,3% de1.178 alunos de uma amostra estudada, podem ser classificados como obesos(GARCIA et al., 2003). No estudo realizado por Pimenta e Palma (2001) numaproporção menor ao estudo de Garcia et al., (2003), com 56 crianças entre 10 e 11,9anos, do Rio de Janeiro, demonstrou que 51,78% destas, apresentaram algum graude obesidade.Em um estudo feito na cidade de São Paulo, Albano e Souza (2001),observaram uma prevalência de 11% de sobrepeso e obesidade em adolescentes,muito parecidos com os resultados obtidos por Farias Júnior e Lopes (2003) emFlorianópolis, Santa Catarina onde foi constatada a prevalência de 11,4%, sendomais elevada em adolescentes do sexo masculino – 14,8% e 8,6% no sexo feminino.Dados mais atuais citados por Repetto, Rizzolli e Bonatto (2003) e Salgado(2004), demonstraram o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade entreescolares de 6 a 18 anos de idade. No ano de 1996, a prevalência em Curitiba erade 15,6% nos adolescentes; Belo Horizonte no ano de 1998, apontava 8,5%; Rio deJaneiro e Florianópolis em 1999, 12,2% e 22,3%, respectivamente; São Paulo eRecife no ano de 2001, demonstraram esse aumento em mais de 30% dosescolares.Comparando-se os dados do Estudo Nacional da Despesa Familiar(ENDEF), realizado em 1974/1975, com os dados da pesquisa sobre Padrões deVida (PPV), realizada em 1996/1997, somente nas regiões sudeste e nordesteverificou-se um aumento na prevalência de sobrepeso de 4,9% para 17,4% (WANG;MONTEIRO; POPKIN, 2002). Tal fato levou Oliveira et al., (2003), a concluir como


22sendo o resultado de uma alimentação inadequada, aliada a falta de prática deatividade física.Em Recife, Silva e Balaban (2001) realizaram um estudo do tipo transversalonde avaliaram a prevalência de sobrepeso e obesidade em 430 estudantes de 10 a19 anos de uma escola da rede privada, sendo 154 do sexo masculino e 276 dosexo feminino. O sobrepeso foi definido como IMC igual ou superior ao percentil 85,para idade e sexo. Foram classificados como obesos os indivíduos com sobrepeso eespessura da prega tricipital igual ou superior ao percentil 85. A prevalência desobrepeso foi de 20% com variação de 16 a 24%; para obesidade foi de 4,2% comvariação de 2 a 6%.O sobrepeso foi maior nos adolescentes do sexo masculino(35,7%) do que nos do sexo feminino (11,2%) (p0,001). Como também, aobesidade foi mais freqüente nos adolescentes masculinos (9,7%) do que nosfemininos (4,2%) (p0.001).Em Montes Claros, Minas Gerais, Nunes e Pereira (2000) apud Lamounier(2000) avaliaram a prevalência de sobrepeso em adolescentes de uma escola declasse média/alta e verificaram uma associação entre o sobrepeso dos adolescentese a obesidade dos pais, associação entre o sobrepeso dos adolescentes e a práticade atividades físicas. Foram avaliados todos os 281 adolescentes da escola, 149meninos (53%) e 132 meninas (47%), com idade entre 10 e 18 anos. Osadolescentes foram pesados e medidos e responderam a um questionário sobre asua prática de atividade física e sobre as características antropométricas dos pais.Para a definição do sobrepeso utilizou-se como ponto de corte o percentil 95 do IMCdas curvas de referência construídas a partir do peso e estatura representativos deadolescentes brasileiros. Foi encontrado sobrepeso em 62 adolescentes (22,1%),sendo 46 meninos (30,9%) e 16 meninas (12,1%).Em Vitória, Espírito Santo, Almeida et al. (2000) avaliaram a prevalência deobesidade e sobrepeso em 52 estudantes adolescentes (25 da escola pública e 27da particular), do ensino fundamental e médio. A amostra aleatória consistiu de1.020 estudantes, 480 da escola pública, de um bairro pobre e 540 de escolaparticular, em bairro de classe média alta. Dos 52 alunos avaliados, usando-se oIMC, o sobrepeso e obesidade foi presente em 13,4%. Apresentaram sobrepeso11,5% dos avaliados, com igual distribuição entre sexos. A obesidade foi encontradaem uma adolescente do sexo feminino da escola pública (2%).


23Em São Paulo, Priore (1998) avaliou adolescentes de 7 a 17 anosmatriculados em 7 escolas públicas da capital. A amostra do tipo não probabilística,de 320 alunos, 160 do sexo masculino e 160 do sexo feminino, apresentou umaprevalência de sobrepeso/obesidade de 15,6% e 14,5% para os sexos masculino efeminino, respectivamente. A prevalência total de sobrepeso foi de 14,7%, resultadoparecido ao encontrado por Barreto (2008) na cidade de Cascavel-PR em 383adolescentes entre 10 a 19 anos onde 15,4% dos adolescentes apresentaramprevalência de sobrepeso. Dalla Costa et al. (2007) na mesma região do estudorealizado por Barreto (2008) identificou uma menor prevalência de sobrepeso(10,2%), enquanto Silva et al. (2002) identificaram uma prevalência de 6,2% emadolescentes da cidade de Recife.Em Ouro Preto, Minas Gerais, Barros et al. (2000) avaliaram 418adolescentes de bom nível social, faixa etária de 10 a 20 anos, 199 do sexo femininoe 219 do sexo masculino. A prevalência de sobrepeso/obesidade foi 16,6% para osexo feminino e 25,8% para o sexo masculino.Em Salvador, Passos, Deiró e Medeiros (1999) avaliaram 56 adolescentesna faixa etária de 10 a 14 anos, atendidos no ambulatório de adolescência dohospital da Universidade Federal da Bahia. Os autores utilizando IMC, para osvalores de percentis estabelecidos, detectaram 37,5% de obesidade e 10,7% desobrepeso.Segundo os dados da Organização Pan-Americana de Saúde, da SBEM(Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), “os inquéritos populacionaistêm registrado um grande aumento na incidência de obesidade no Brasil nas últimastrês décadas”. No Brasil, entre 1975 e 1997 (IBGE, 1982; BRASIL, 1999) observa-seque a prevalência da obesidade aumentou de 8 para 13% em mulheres, de 3 a 7%nos homens, e de 3 a 15% em crianças e adolescentes, segundo os dados doMinistério da Saúde de 1999. Estes números demonstram que a prevalência daobesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas.Em um estudo de carácter transversal, realizado por Rangel (2000), com oobjetivo de analisar a obesidade e o sobrepeso de escolares de 6 a 7 anos domunicípio de Marechal Cândido Rondon, Paraná, os resultados encontradosdemonstraram que a amostra pertencente ao estudo apresentou altos índices desobrepeso e obesidade, e o autor concluiu como sendo o resultado de umaalimentação inadequada, aliada a falta de atividade física.


24As mudanças dos hábitos alimentares são vistas hoje, como um grandeproblema de saúde e são as causas pelo aumento do consumo de gordura pelapopulação. Esta afirmação é destacada na pesquisa realizada por Monteiro et al.(2000), com o objetivo de atualizar a tendência secular existente nos anos de 1962e 1988, da composição e adequação nutricional da dieta familiar nas áreasmetropolitanas do Brasil, com base em nova pesquisa sobre orçamentos familiaresrealizadas entre março de 1987 e fevereiro de 1988 e entre outubro de 1995 esetembro de 1996. Monteiro et al. (2000) observou a intensificação do consumorelativo de carnes, de leites e seus derivados (exceto manteiga) em todas as áreasmetropolitanas, enquanto o consumo de ovos passou a declinar, sobretudo noCentro-Sul e se elevaram no Norte-Nordeste. A participação relativa de açúcarrefinado e refrigerantes, cresceu em todas as áreas, sendo que a participação deóleos e gorduras vegetais manteve-se constante no Norte-Nordeste e declinou noCentro-Sul.Todas as transformações sofridas pela criança, no que diz respeito ao seucrescimento e desenvolvimento, são marcadas, principalmente, pelo determinantegenético. Porém, o ambiente implica em transformações bastante significativas,principalmente no que se refere à composição corporal que está na dependênciadireta dos hábitos alimentares e da prática da atividade física.1.1.1 O IMC na avaliação do Sobrepeso e Obesidade InfantilExistem vários métodos para verificar a gordura corporal como: pesagemhidrostática, densitometria óssea, bioimpedância elétrica, medidas das dobrascutâneas, entre outras. Porém, estes métodos acabam por se tornar caros edemorados, pois exigem locais adequados e pessoas treinadas e isso não seadequou a grandes pesquisas onde se necessita uma medida rápida, barata esimples, porém confiável (GUEDES; GUEDES, 1997).Lambert Adolfhe Jaques Quetelet (1786-1874), é considerado o pai daantropometria científica, por ter aplicado em 1841, métodos estatísticos nos estudosdos seres humanos, abandonando padrões subjetivos e adotando a análisecientífica. Quetelet mostrou através de estudos científicos de aplicabilidade da teoria


25da curva normal de Gauss para estudar fenômenos biológicos. Foi possível então adistribuição das medidas em forma de sino, o que levou, em conseqüência, o estudodas medidas antropométricas. Em 1871 a partir de seus achados ele criou o quehoje se conhece como índice de massa corporal (IMC) (MATTHEWS, 1986).Segundo Guedes e Guedes (1997), o índice de Quetelet, calculado peladivisão do valor da massa corporal, em quilogramas, pela estatura ao quadrado, emmetros, também, chamado de “índice de Massa Corporal”, vem sendo o recursomais utilizado na determinação da relação peso/ estatura em estudos que procuramanalisar o crescimento somático de crianças e adolescentes. O IMC fornece oestado nutricional do indivíduo, classificando-o em: abaixo do peso, peso ideal(eutrofia), sobrepeso e obesidade. Porém, alguns cuidados necessitam ser tomadosao se determinar o IMC porque pessoas musculosas podem ter um Índice de MassaCorporal alto e não serem gordas.Antes de 1980, os médicos normalmente usavam tabelas de peso porestatura, uma para homens e outra para mulheres, que incluíam faixas de pesospara cada polegada de estatura. Mas essas tabelas eram limitadas porque sebaseavam somente no peso e não na composição corporal. O IMC se tornou umpadrão internacional para medição da obesidade na década de 1980 e foi difundidono final da década de 1990, quando o governo lançou uma iniciativa para encorajaralimentação saudável e prática de exercícios (ANJOS, 2006).O Índice de Massa Corporal (IMC) é utilizado pela facilidade de realização,objetividade da medida e possibilidade de comparação com um padrão de referênciade manuseio relativamente simples, principalmente em estudos populacionais(COSTA, 2000). Apesar das restrições ao uso do IMC, este índice tem sidoamplamente utilizado em estudos epidemiológicos e se revelado válido para estudara prevalência da desnutrição e da obesidade e as suas relações com amorbimortalidade, bem como para avaliar tendências seculares da saúde na infância(MONTEIRO, 1998).Deste modo, o interesse na análise antropométrica de escolares, consiste napossibilidade de acompanhar mudanças na freqüência e distribuição dos distúrbiosnutricionais, identificar necessidades de ações específicas e diferenciadas denutrição e saúde e monitorar desigualdades sociais em saúde (HEYWARD;STOLARCZYK, 2000).


26A referência de sobrepeso e obesidade adotada pela Organização Mundialda Saúde (OMS) utiliza os valores de peso e estatura, calculando-se o índicePeso/Estatura (P/E). Esta referência descreve os limites correspondentes ao índiceP/E para meninos de 49,0cm (zero meses) a 145,0cm (11 anos e 7 meses) e parameninas de 49,0cm (zero meses) a 137,0cm (10 anos e 1 mês). Segundo a curva doíndice P/E são consideradas obesas, crianças com índices superiores a 2,0 escoresZ acima da mediana da população de referência (SOTELO; COLUGNATI; TADDEI,2004).O critério de distribuição percentilar proposta por Must et al. apud Sotelo,Colugnati e Taddei (2004) para diagnosticar o estado nutricional a partir do Índice deMassa Corpórea (IMC), foi elaborado para classificação de crianças a partir de 6anos e adultos segundo sexo, idade e raça, utilizando-se os pontos de corte quedefinem como sobrepeso crianças com IMC entre os percentís 85 e 95, e obesas,aquelas acima do percentil 95.As curvas de Cole et al. apud Sotelo, Colugnati e Taddei (2004) para o IMCforam desenvolvidas baseando-se em estudos transversais representativos de seispaíses (Brasil, Estados Unidos, Grã Bretanha, Hong Kong, Holanda e Cingapura),cada um com mais de 10 mil participantes. Tais curvas foram estimadas de formaque os pontos das curvas ajustadas dos percentis 85 e 95 de IMC aos 18 anosfossem obrigatoriamente os pontos de corte para sobrepeso e obesidade utilizadospara adultos 25 e 30Kg/m2, respectivamente. As curvas contemplam a distribuiçãopercentilar por faixa etária dentro de cada sexo.TABELA 1 - Critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Pesoe Obesidade para o sexo masculino (CONDE; MONTEIRO, 2006)Idade BP Normal EP OB9 anos < 12,95 12,95 - 18,57 18,57 - 23,67 > 23,6710 anos < 13,09 13,09 - 19,09 19,09 - 24,67 > 24,6711 anos < 13,32 13,32 - 19,68 19,68 - 25,58 > 25,5812 anos < 13,63 13,63 - 20,32 20,32 - 26,36 > 26,36BP = Baixo Peso; EP = Excesso de Peso; OB = Obesidade


27TABELA 2 - Critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Pesoe Obesidade para o sexo feminino (CONDE; MONTEIRO, 2006).Idade BP Normal EP OB9 anos < 13,16 13,16 -17,96 17,96 -21,28 > 21,2810 anos < 13,40 13,40 -18,63 18,63 -22,32 > 22,3211 anos < 13,81 13,81 -19,51 19,51 -23,54 > 23,5412 anos < 14,37 14,37 -20,55 20,55 -24,89 > 24,89BP = Baixo Peso; EP = Excesso de Peso; OB = Obesidade1.2 Hábitos de VidaCom o avanço da tecnologia, as mudanças nos hábitos alimentares, ocontato com as drogas lícitas e ilícitas, além de maus hábitos posturais, entre outras,as causas levam as crianças e adolescentes a desenvolver várias patologiasrelacionadas, seja nesta fase ou na fase adulta. O estilo de vida moderno,principalmente nas grandes cidades, tende a contribuir para o sedentarismo eobesidade de crianças e jovens, tanto pelo tipo de moradia quanto pelosequipamentos elétricos como a televisão, computador e videogame cada vez maispresentes nos lares (BAILEY, 1988 apud PEREIRA; BARROS, 2004). Esse avançotecnológico exerce influências negativas sobre a vida dos adolescentes como aspropagandas e programas de sexualidade, violência, uso e abuso de álcool etabaco. Um exemplo apresentado por Almeida et. al. (2002), foi de que 23% doscomerciais eram de produtos alimentícios, sendo que quase 60% dessaspropagandas, veiculando produtos do grupo de gorduras, óleos e doces (SILVA,2003).De acordo com um estudo realizado por Pimenta e Palma (2001), a médiade tempo semanal dedicado à atividade física foi de 476,25 minutos por criança,enquanto que a média de tempo destinado a assistir televisão foi de 1.103,03minutos. Oliveira et al. (2003), verificaram que a obesidade infantil foi inversamenterelacionada com a prática da atividade física sistemática e positivamente relacionadacom a presença da TV, computador e “video-game” nas residências. Silva et al.(2003) demonstraram uma relação entre TV e obesidade em adolescentes de 12 –


2817 anos em que a prevalência do sobrepeso/obesidade aumentava aumentava 2% acada hora adicional de TV. Da mesma forma, outro estudo de Gortmaker et. al.(1996), demonstrou que o risco de sobrepeso aumentava em 4,6 vezes emadolescentes de 10 – 15 anos que assistiam TV mais de 5h/dia, comparadosàqueles que assistiam por até 2h/dia.Dados obtidos na amostra de Pelegrini e Silva et al. (2007) realizado com 64escolares da cidade de Três Barras - Paraná demonstrou que 41,67% dosadolescentes ficavam mais de 3 horas em frente à TV e constatou que 72,34% dosindivíduos permaneciam de 30 minutos à 1 hora na frente destes eletrônicos.Observou-se ainda que 85,71% dos adolescentes deste estudo, durante apermanência na frente dos eletrônicos acabaram ingerindo algum tipo de alimento eapenas 14,29% não costumavam ingerir nenhum tipo de alimento.No estudo de Hallal et al. (2006) com 4.452 participantes, a média diária detempo gasto assistindo à televisão foi de 3,3 horas (DP 2,0). O percentual deadolescentes que relataram jogar vídeo-game por uma hora ou mais por dia foi de22,4%, enquanto 9,7% dos adolescentes relataram que usam o computador por umahora ou mais por dia.Segundo Wong et al. (1992), o tempo excessivo dedicado a assistir televisãomostra-se como um sinal mundial para identificação de crianças e adolescentesinseridos em estilos de vida que valorizam inadequados hábitos alimentares einatividade física. Em um estudo realizado por Andersen et al. (1998) cuja amostrafoi constituída de mais de quatro mil crianças e adolescentes americanos entre 6 e18 anos, foi evidenciado que os indivíduos, tanto do sexo masculino quanto dofeminino, que assistiam 4 ou mais horas de televisão por dia tinham maior IMC doque aqueles que assistiam pelo menos 2 horas de televisão por dia.Estudos realizados em crianças e adolescentes de São Paulo (ANDRADE etal., 1998; MATSUDO et al., 1998; ANDRADE et al., 2003) verificaram que emregiões de baixo nível os meninos gastam em média 4,2 horas assistindo TV por diae as meninas 4,0 horas/dia. Já os escolares das regiões de alto nível gastavamsignificantemente menos tempo (3,6 horas/dia para os meninos e 3,9 horas/dia paraas meninas).No estudo realizado por Soares et al. (2007) com 3.752 estudantes de 10 a12 anos de idade da cidade de Joinville constatou-se que 94,66% moravam emcasa, 4,09% em apartamento e 1,25% em sobrado. Sendo que 58,91% destas casas


29eram de alvenaria e 15,29% de madeira. No indicador das condições de moradiareferente ao número de cômodos de suas residências as crianças revelaram que emsuas moradias existiam em média 6,79 cômodos para seus habitantes. Asfreqüências percentuais obtidas revelaram este fato, sendo que para 5 cômodos(20,34%), 6 (25,40%), 7 (19,92%) e 8 (14,35%). Seguido das residências com 9cômodos (8,78%), 10 (4,14%), 11 e 4 (3,21%) e 3 (0,68%). Desta forma, osresultados expressaram superioridade aos apresentados para Gaya e Torres (1996),Gaya et al. (2002) demonstrando possivelmente maior privacidade em suasatividades dentro de casa, como dormir, ver TV, estudar ou escutar música.Quanto à densidade populacional média por residência, foi percebido que agrande maioria, se distribui entre 3 a 5 moradores (79,54%). Esta tendência revelaque as crianças convivem em agregados familiares não muito numerosos quequando relacionados ao número de cômodos de suas casas, parecem ter algumaprivacidade e melhor possibilidade de circulação. Esta relação de moradia revelou,portanto, uma qualidade de vida bem superior ao estudo de Gaya et al. (2002) emPorto Alegre (SOARES et al., 2007).A maioria dos alunos do estudo de Soares et al. (2007), moravam perto daescola, onde 95,2% residem até 1 km. Mais da maioria das crianças (57,1%) iam apé para a escola seguido do uso da bicicleta (38,6%). Em estudo realizado por Hallalet al. (2006) na cidade de Pelotas-RS, constatou-se entre os adolescentes avaliadosque 74,6% das meninas e 75,6% dos meninos caminhavam ou iam de bicicleta até aescola. Tal fato denota que as crianças têm a possibilidade de ir a escola bem pertode suas casas, provavelmente pelo grande número de escolas municipaisdistribuídas regionalmente pelo setor de planejamento da Secretaria de Educação. Aforma de deslocamento demonstra em parte uma determinação cultural, onde osdescendentes de alemães têm por hábito a grande utilização da bicicleta como meiode transporte para o trabalho e escola. Joinvile é conhecida como cidade dasbicicletas e seu relevo urbano é propício ao uso da bicicleta já que a cidade temcaracterísticas plana.Os estudos de Torres e Gaya (1997, 2000), foram realizados com escolaresprovenientes de famílias de baixa renda, e um estilo de vida com característicassedentárias pôde ser constatado a partir de alguns resultados. Em um estudoenglobando tanto escolares de baixo nível socioeconômico quanto escolares de altonível socioeconômico, Guedes (2002), encontrou resultados semelhantes os


30encontrados por Torres e Gaya (1997, 2000), para atividades realizadas em casa.Contudo, os escolares de alto nível socioeconômico tiveram percentuais aindasuperiores em atividades como assistir televisão e escutar música. Por outro lado,nas atividades realizadas fora de casa, os escolares de alto nível socioeconômicotiveram percentuais superiores em atividades como andar de bicicleta e depatins/roller, atividades pouco realizadas pelos escolares de baixo nívelsocioeconômico. Com relação aos locais para a prática de atividades de lazerpoucas diferenças foram encontradas entre os escolares de alto e baixo nívelsocioeconômico, tendo os de alto nível socioeconômico uma elevada proporçãorealizando este tipo de atividade, enquanto os de baixo nível socioeconômico umaproporção bastante reduzida.Os resultados apresentados por Guedes (2002), pareceram apontar para ahipótese de que crianças e adolescentes de baixo nível socioeconômico realizavammenos atividades de lazer com esforço físico quando estavam fora de casa e quepossuíam menos acesso ao esporte organizado além das aulas de educação físicaescolar. A partir destas informações foi possível verificar que crianças eadolescentes de baixo nível socioeconômico apresentaram um estilo de vida maissedentário que os escolares de alto nível socioeconômico.Com relação ao hábito de sono das crianças nota-se, que grande parte dosalunos tinham o hábito de acordar antes das 7 horas, provavelmente porque iam aescola pela manhã, já que o município oferecia o ensino de 5º e 6º ano do ensinofundamental neste turno, demonstrando, assim, uma adequação sócio cultural aosmecanismos vigentes na política educacional da cidade. Após o horário das 7 horas,Soares et al. (2007) constatou que os meninos acordavam significativamente maiscedo que as meninas, contrário ao que manifestou o estudo de Gaya et al. (2002)onde as meninas acordavam mais cedo para atender as necessidades domésticas,(cuidar de irmãos menores, cozinhar, limpar a casa).Os dados do estudo de Soares et al. (2007) confirmaram que a grandemaioria das crianças, principalmente as meninas, demonstraram o hábito dedormirem mais cedo, entre 21 e 22 h (Masculino=22,44%; Feminino=41,38%). Talfato reflete um hábito saudável quando se refere ao descanso dos indivíduos, poisrepouso adequado possibilita as crianças recuperação física e psicológica. Pereira eBarros (2004) em Minas Gerais na cidade de Montes Claros constataram que dos464 estudantes na faixa etária entre 11 a 14 anos, 73% dormiam antes das 23h.


31Entre os meninos constatou-se também o fato significante de que 21,66% destes,dormirem após as 23h (21,66%), podendo demonstrar hábitos noturnos comoassistir TV. Quanto ao número de horas que as crianças costumavam dormir,constatou-se que 28,78% dos meninos dormiam mais de 8 horas por noite e 26,66%das meninas dormiam menos de 8h. Quanto às 9 horas ou mais, as posições seinverteram apontando diferenças significativas onde às meninas (51,69%)demonstraram ter um maior número de horas de sono que os meninos (45,82%)(SOARES et al. 2007). Não obstante a isso, o fato de algumas crianças dormiremem sala de aula pode estar prejudicando-as na sua aprendizagem escolar. Por tanto,um número adequado de horas de sono parece influenciar no desempenho dasatividades diárias das crianças (POLETTO, 2001).Com relação às atividades realizadas no interior da residência Soares et al.(2007), perceberam, que assistir TV configurou-se na atividade mais comum naapreciação de ambos os gêneros (Masculino=62,34; Feminino=61,22%). ParaPoletto (2001), as emissoras de TV normalmente apresentam programas debaixíssimo nível educacional, nos quais estão presentes a violência, a sensualidadebanalizada, o desrespeito aos cidadãos, notadamente aos mais humildes. Dentre asatividades preferidas realizadas em casa, 29,71% dos meninos revelaram jogarvideogame enquanto que 60,89% das meninas revelaram escutar música (SOARES,et al., 2007). No estudo de Pereira e Barros (2004) o resultado é semelhante aoestudo de Soares et al. (2007), onde 31,5% dos escolares preferiam jogarvideogame.A normalização social parece influenciar os hábitos das crianças já que paraos meninos as atividades significativamente mais desenvolvidas quando saem decasa são: jogar bola (65,27%), andar de bicicleta (64,47%) e conversar/brincar comos amigos (67,36%), enquanto que as meninas demonstraram interesse emconversar/brincar com amigos (67,63%), passear de carro (50,18%) e andar debicicleta (45,29%). Quanto a sua participação social as meninas revelam atividadesmenos ativas que os meninos, fato já considerado por Gallahue e Ozmun (2001) ePrista (2002).Além dos hábitos de atividades, deve-se levar em consideração os hábitosalimentares, que nas últimas décadas apresentam mudanças preocupantes para asaúde pública do Brasil. A transição nutricional que o Brasil vivencia caracteriza-sepelo aumento da obesidade, cujas causas estão relacionadas às práticas


32alimentares inadequadas associadas à inatividade física, sendo os adolescentesconsiderados grupo de risco (COSTA; CINTRA; FISBERG, 2006). O estudo deBatista Filho e Rissin (2003) utilizou como principal fonte de informações trêsestudos transversais realizados nas décadas de 1970, 1980 e 1990, e constataramum declínio da prevalência de desnutrição em crianças e elevação, num ritmo maisacelerado, da prevalência de sobrepeso e obesidade em adultos. A ocorrência deobesidade duplicou ou triplicou em homens e mulheres adultos. O estudo deAndrade et al. (2003) apontou que adolescentes do Rio de Janeiro possuíam umaingestão abaixo dos índices desejados das porções recomendadas dos gruposalimentares e uma ingestão elevada de alimentos de alta densidade energética.Estes hábitos alimentares podem ser determinantes no desenvolvimento daobesidade e doenças crônicas não-transmissíveis. Tal análise demonstra que alémde conscientizar os estudantes quanto à prática da atividade física, deve-se também,alertá-los sobre o risco de uma alimentação desregrada.Outro fator a ser considerado é o estresse na adolescência, já que osadolescentes são a ele vulneráveis. Segundo Pires et al. (2004), em quase todas associedades a adolescência aparece claramente destacada da infância e damaturidade, caracterizada por um período de muitas transformações, tanto de ordemfísica, quanto psicológica. O estudo deste mesmo autor demonstra uma relaçãoentre o estresse e a atividade física, onde os adolescentes que apresentaram ummaior nível de atividade física, apresentavam um menor nível de estresse.É hábito comum entre os adolescentes a formação de grupos, e é nessesgrupos que eles acabam por encontrar motivação para desenvolver suapersonalidade e seguir com a prática desportiva. Segundo Becker Jr. apudMachado, Piccoli e Scalon (2005) o grupo é um conjunto de indivíduos, que se reúnepor ou para alguma coisa. Além disso, é uma situação indeterminada com doisreferenciais: um problema comum e o conhecimento entre as pessoas. Acaracterística de um grupo é a interação entre seus membros, pois todos elesdependem um dos outros, assumindo objetivos comuns, onde há sentimentos deatração pessoal e linhas de comunicação aberta. O essencial para um grupo é quehaja a necessidade de um sentimento de identidade coletiva, pelas quais seusintegrantes o consideram uma unidade em si mesmo, diferente dos demais.Quanto aos hábitos esportivos, o estudo de Machado, Piccoli e Scalon(2005) realizado com 102 adolescentes na faixa etária de 14 a 17 anos participantes


33dos programas de iniciação desportiva das Escolas Luteranas do Brasil mostrou queo principal fator motivacional para a aderência a estes programas era a saúde paraos meninos e o divertimento para as meninas. Os autores ainda afirmam que“analisando-se o jovem e seu envolvimento esportivo, observa-se que na faixa de 14a 17 anos a adesão a esta prática era guiada por uma motivação intrínseca, pois erauma opção pessoal, como também, por existir uma acentuada necessidade dojovem pertencer e ser aceito por um grupo”. Esta afirmação denota que a motivaçãoé um aspecto que interfere na aderência à prática esportiva entre adolescentes.1.3 Atividade FísicaSegundo Howley e Franks (2000), desde o princípio da história, tem-seregistros de filósofos que observavam a atividade física regular como defundamental importância na manutenção e aquisição de uma vida saudável.Hipócrates, no ano 400 A.C., afirmou que:(...) Comer apenas não manterá um homem bem, ele deve também fazerexercícios. Visto que o alimento e o exercício embora possuam qualidadesopostas, ainda assim trabalham juntos para produzir saúde. E isso énecessário como pode-se evidenciar, para discernir a potência de váriosexercícios, tanto naturais como artificiais, para saber qual deles tende aengordar e qual tende a emagrecer, e não apenas isso, mas também paratornar o exercício proporcional á quantidade de alimento, á constituição dopaciente e idade do indivíduo. (p 17).Aproximadamente, há um século, a atividade física sofreu importantesmudanças em todas as suas dimensões. A partir de então, começou a surgir váriasdefinições e concepções para caracterizar-se a atividade física. De acordo comCaspersen e Heat (1985), a atividade física é definida como sendo qualquermovimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gastoenergético maior do que os níveis de repouso. Desta forma, o nível de prática deatividade física irá determinar a quantidade de energia necessária para realização domovimento.Corrobando com as afirmações de Caspersen e Heat (1985), Mcardle, Katche Katch (2003) compreendem a atividade física como um movimento produzido pelacontração muscular e que faz aumentar o dispêndio de energia. O exercício físico é


34o principal componente da atividade física, sendo o exercício físico definido como aatividade planejada, estruturada, repetitiva e intencional.Barbanti (2003) centraliza seu conceito na totalidade do movimentoexecutado no contexto do esporte, da aptidão física, da recreação, das brincadeiras,dos jogos e do exercício. Para Nieman (1999), a atividade física é a fórmula paraviver mais, pois ela diminui o estresse, tornando as pessoas resistentes a váriasdoenças.Almejando entender mais sobre a atividade física, encontrou-se na obra deGuedes e Guedes (1995), uma abordagem com cinco categorias, que relatam asprincipais demandas energéticas das atividades físicas do cotidiano:a demanda energética proveniente do tempo dedicado ao descanso e ásnecessidades vitais, como horas de sono, refeições, higiene e outras ; ademanda energética provocada pelas atividades físicas no desempenho deuma ocupação profissional; a demanda energética necessária á realizaçãode tarefas domésticas; a demanda energética induzida pelo envolvimentoem atividades esportivas e em programas de condicionamento físico. (p.20).Este segmento de abordagem citado por Guedes e Guedes (1995), éreforçada por Nahas (2001), que em relação ao gasto energético agrega comoatividades físicas, as atividades ocupacionais (trabalho), atividades da vida diária,deslocamentos como transporte, e as atividades de lazer, onde estão incluídos osexercícios físicos, os esportes, as lutas entre outros.A aderência à prática de atividades físicas com gasto energéticosignificativo, somente é incorporado ao cotidiano do indivíduo quando é incorporadaa seu estilo de vida. A OMS (2003), alerta para importância da aquisição de padrõesde atividade física ainda na infância e adolescência, para que estes sejam facilmentemantidos ao longo da fase adulta, fornecendo hábitos de vida ativa e saudável.A prática da atividade física regular durante a adolescência pode evitarfuturos problemas de saúde. Segundo Howley e Franks (2000), um estilo de vidasaudável melhora a qualidade de vida. Um aumento em atividades físicas total deintensidade baixa a moderada está associado a uma redução do risco de doençacardíaca, já a atividade de intensidade vigorosa e regular aumenta a capacidadecardiorespiratória.Os benefícios dessa prática são ressaltados há bastante tempo, poisPitanga, Priore e Fisberg (2002) afirmam em um estudo feito que já era evidenciadaa importância da prática em algumas escritas gregas e chinesas, importância estarelacionada ao tratamento de doenças e a melhoria da saúde. Além do que os


35aspectos físicos apresentam uma melhora significativa em alguns âmbitos, Vieira etal. (2002) observaram que adolescentes com boa aptidão física apresentavammenor índice de massa corporal (IMC), menos pressão sanguínea sistólica ediastólica e maior concentração plasmática de HDL-colesterol do que osadolescentes sedentários comportam aproximadamente uma probabilidade duasvezes maior de sofrer um ataque cardíaco fatal do que seus congêneres fisicamentemais ativos. Segundo Silva (1999) a adoção de um estilo de vida não sedentário,calçado na prática regular de atividade física, encerra a possibilidade dedesenvolvimento da maior parte das doenças crônicas degenerativas, além de servircomo elemento promotor de mudanças com relação a fatores de risco para inúmerasoutras doenças. Sugere-se inclusive, que a prática regular de atividade física podeser, na tentativa de controle das doenças crônicas degenerativas, o equivalente aoque a imunização representa na tentativa de controle das doenças infectocontagiosas.No que se refere ao estilo de vida, Nahas (2001) afirma que correspondeao conjunto de ações habituais que reflete nas atitudes, nos valores e asoportunidades na vida das pessoas. Gonçalves e Vilarta (2004) caracterizam-nacomo: o conjunto de hábitos e comportamentos aprendidos e adotados durante todaa vida, capazes de influenciar nas decisões de bem-estar, com o nível de integraçãopessoal com o meio familiar ambiental e social.Para Nahas (2001) há várias atitudes e hábitos que podem influenciar naadoção de um estilo de vida mais saudável: adotar hábitos alimentares, respeitar asnecessidades específicas de nutrientes para cada etapa da vida, praticar atividadesapropriadas à própria condição fisiológica e com regularidade, controlar o estressefísico e emocional, envolver-se em ações comunitárias, dedicar-se ao lazer, baseadoem ações que envolvam atividades esportivas, hobbies ou trabalho voluntário.Mas para que todos os indivíduos saibam da importância de um estilo devida associado à atividade física, tais informações devem chegar de forma que,todos tenham acesso, seja pelos meios de comunicações, por grupos de 3ª idade oupor oficinas da comunidade. Palma (2000) comenta que é importante que asociedade saiba dos benefícios da atividade física e que ela fornece alteraçõespositivas para combater e prevenir o aparecimento de doenças. Gonçalves e Vilarta(2004), também acreditam que essas informações devam chegar até as pessoas,


36abordando sobre a importância da vida ativa com costumes saudáveis durante todaa vida.Analisando-se outros estudos que utilizam o IPAQ como referência, cita-seMatsudo et al. (2002), que investigou o nível de atividade física da população doestado de São Paulo, considerando a Capital, Região Metropolitana, o Litoral e ointerior do estado. Foram entrevistados 953 indivíduos do sexo masculino e 1048 dosexo feminino, na faixa etária de 14 e 77 anos, distribuídos em 29 cidades. O estudoresultou em um índice de 46% de indivíduos ativos fisicamente e 54%insuficientemente ativos fisicamente. Observou-se também que à medida que a faixaetária aumenta, há um decréscimo significativo no percentual de indivíduosfisicamente ativos.Baretta (2005) analisou o nível de atividade física de um grupo de 575habitantes do Município de Joaçaba, Santa Catarina, na faixa etária entre 20 e 59anos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana. Como resultado do seuestudo observou um percentual de 42,6% de indivíduos classificados como ativosfisicamente.No Brasil, há poucos estudos de base populacional ou escolar sobreatividade física em adolescentes. Em um estudo transversal realizado na Cidade deNiterói, Rio de Janeiro, com adolescentes de 14 e 15 anos, 85% dos meninos e 94%das meninas foram classificados como sedentários – escore abaixo de três em umaescala que variava de zero a cinco pontos; a escala englobava atividades esportivasrealizadas no tempo de lazer (SILVA; MALINA, 2000). Em adolescentes de 15 a 19anos residentes na zona urbana da cidade de Pelotas-RS, a prevalência desedentarismo, foi de 22% nos meninos e 55% nas meninas (OEHLSCHLAEGER etal., 2004).Hallal et al., (2006), num estudo na cidade de Pelotas-RS, indicou que99,2% de 4.452 adolescentes entre 10 e 12 anos de idade freqüentavam a escola,72,8% utilizavam regularmente um modo de transporte ativo (caminhada oubicicleta). Entre os meninos, 12,3% relataram o uso de carro ou moto nodeslocamento para a escola, 12,1% ônibus, 67,2% caminhada e 8,4% bicicleta. Jáentre as meninas, os respectivos percentuais foram 12,1%, 13,1%, 70,0% e 4,6%.


2 METODOLOGIA2.1 Delineamento do estudoO presente estudo constituiu-se de uma pesquisa descritiva que segundoRudio (1997), tem como objetivo analisar, descrever, observar, correlacionar fatosfenômenos ou comportamento sem manipulá-los.Já para Gil (2002), a pesquisa descritiva tem como objetivo, descrever ascaracterísticas de determinada população ou o estabelecimento de relação entrevariáveis. Tomando-se como referência a caracterização anteriormente apresentada,o estudo teve como objetivo principal verificar a prevalência desobrepeso/obesidade, hábitos de vida e nível de atividade física de escolaresselecionados de Sapiranga, RS.2.2 População e AmostraA população do presente estudo foi composta por estudantes de 9 a 12 anosde idade, matriculados na rede pública de ensino, selecionados na cidade deSapiranga, Rio Grande do Sul.A amostra da investigação, inicialmente, foi composta por 500 escolares comidades entre 9 a 12 anos, de ambos os sexos, do Ensino Fundamental,matriculados em dois estabelecimentos de ensino da rede pública municipal, dacidade de Sapiranga, RS. Aos pais ou responsáveis legais desses escolares foramenviados um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para menores de idade,tendo sido retornados, apenas, 247.A amostra final foi, então, composta, por conveniência, por 247 escolaresque retornaram os Termos assinados por seus pais ou responsáveis legais.Para a realização da pesquisa e coleta de dados, inicialmente foiapresentado o projeto aos diretores das escolas que após a leitura do mesmo,autorizaram o início da coleta.


38Os pais ou responsáveis foram devidamente informados a respeito doprojeto através de uma carta de esclarecimento explicando o objetivo da pesquisa, ena qual se esclareceu que os procedimentos eram indolores, não invasivos, nãocausavam constrangimento e eram sigilosos. Também foi enviado aos pais ouresponsáveis, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A),instrumento no qual se esclarece o objetivo do presente estudo, a explanação dosobjetivos propostos, do procedimento da coleta dos dados, a garantia do anonimato,da liberdade de recusa e participação ou retirada do consentimento em qualquerfase da pesquisa, da garantia de qualquer esclarecimento que se fizer necessário,bem como certifica a ausência de risco a saúde física e integridade moral dosparticipantes, atendendo à resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.A amostra foi finalmente constituída após os participantes teremapresentado os termos de consentimento livre e esclarecido para menores de idadeassinados por seus pais ou responsáveis legais (Apêndice A).2.2.1 Critérios de exclusãoForam excluídos do estudo, todos os escolares com idade inferior a 9 anos esuperior a 12 anos de idade, além dos escolares que:a) se recusaram a participar do estudo;b) não apresentaram autorização dos pais ou responsáveis;c) não responderam o questionário;2.3 Instrumentos e materiaisPara se verificar o nível de atividade física dos escolares foi utilizado oquestionário de atividade física para crianças PAQ-C (CROCKER et al., 1997) quefoi traduzido e modificado apenas para excluir atividades físicas e esportivas nãopraticadas no Brasil. Em suma, esse questionário investiga o nível de atividade físicamoderada e intensa de crianças e adolescentes nos sete dias anteriores ao


39preenchimento do questionário. Contudo, o PAQ-C tem a limitação de nãodiscriminar a intensidade, freqüência e duração das atividades e de não estimar ogasto calórico do período (CROCKER et al., 1997).O questionário é composto de nove questões sobre a prática de esportes ejogos; as atividades físicas na escola e no tempo de lazer, incluindo o final desemana. Cada questão tem valor de 1 a 5 e o escore final é obtido pela média dasquestões, representando o intervalo de muito sedentário (1) a muito ativo (5). Osescores 2, 3 e 4 indicam as categorias sedentário, moderadamente ativo e ativo,respectivamente. Sendo assim, a partir do escore pode-se classificar os indivíduoscomo ativos ou sedentários. Ativos são aqueles que têm escore 3 enquantosedentários são os indivíduos com escores < 3.O PAQ-C também inclui perguntas sobre o nível comparado de atividade,sobre a média diária do tempo de assistência à televisão (também indica tempo ematividade sedentária), e sobre a presença de alguma doença que impedisse aatividade física regular na semana avaliada, porém esses dados não entram nocômputo do escore. O preenchimento do questionário pelo aluno leva em torno devinte minutos.Crocker et al. (1997) relataram que o PAQ-C apresenta valores deconsistência interna entre 0,79 e 0,89 e de fidedignidade de teste-reteste entre 0,75e 0,82. A validade foi investigada pela correlação do escore do PAQ-C com osresultados do nível comparado de atividade física (r = 0,63), com o questionário deatividade física de Godin e Shephard (r = 0,41), com o acelerômetro Caltrac (r =0,39) e com um teste de banco para a avaliação da aptidão cárdio-respiratória (r =0,28) (Anexo A).O estilo de vida dos escolares foi determinado através da aplicação doquestionário EVIA (Estilo de Vida na Infância e Adolescência) sugerido por Sobral(1992), adaptado e revisado para a realidade brasileira (do Rio Grande do Sul) porTorres e Gaya (1997) e adaptado pela pesquisadora do estudo, sendo delimitado operfil do estilo de vida a partir das seguintes dimensões: a) característicassocioeconômicas; b) organização do cotidiano; c) participação sociocultural; d)prática esportiva.Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva às ocorrênciasem valores percentuais e absolutos (Anexo B).


40Para avaliar a composição corporal da amostra do estudo, foi calculado oÍndice de Massa Corporal - IMC (índice de Quetelét) que, tomando como referênciao peso e a estatura do indivíduo avalia o sobrepeso e obesidade através da seguintefórmula:IMC = estatura ao quadrado em (cm) /Peso em (kg)Os resultados foram classificados de acordo com a tabela de Conde eMonteiro (2006).Para aferir o peso foi utilizado uma balança digital GA.MA com capacidadede 150kg e precisão de 100g. Para medir a estatura foi utilizado um estadiômetro dotipo trena com 200 cm e precisão de 0,1cm.2.4 Controle de variáveisA pesquisadora solicitou que as crianças não tivessem praticado atividadesfísicas antes da aferição dos dados, pois a perda de suor poderia interferir nosresultados obtidos. Além disso, a coleta dos dados foi feita pela mesma avaliadoracom o objetivo de se certificar de que o protocolo fosse seguido fielmente. Apesquisadora solicitou com antecedência para que os alunos se apresentassem comvestimenta adequada: camiseta (top para as meninas) e bermuda. Os alunospermaneceram descalços durante a avaliação do IMC.2.5 Plano de coleta dos dadosAntecedendo a coleta de dados, a pesquisadora estabeleceu contato com adireção das escolas, visando mediante a apresentação da proposta de pesquisa, aautorização para o levantamento de dados entre os alunos e solicitou autorizaçãopara realizar a coleta de dados. Com a permissão da direção das escolas, foramsolicitados informações quanto aos dias e horários em que houvesse a presença dealunos na faixa etária de 9 a 12 anos de idade nas aulas de Educação Física, paraassim agendar os dias de visita para a coleta de dados.


41A partir das datas marcadas para as visitas nas escolas a pesquisadoraentregou aos sujeitos da pesquisa, um pedido de autorização que foi preenchido eassinado pelos seus responsáveis (Apêndice A).Após a autorização dos pais foi feita a coleta dos dados pela própriapesquisadora, que percorreu as unidades escolares a serem pesquisadas. Para aaplicação dos instrumentos, foi utilizada as dependências das escolas.Os alunos foram orientados a se apresentarem com vestimenta adequada:camiseta e bermuda, para assim serem pesados numa balança específica e aferidoa sua altura, por meio de uma fita métrica exposta na parede, os dados foramanotados em planilhas elaboradas individualmente (Apêndice B).O nível de atividade física foi avaliado através do questionário PAQ-C(CROCKER et al., 1997) e os hábitos de vida foram avaliados através doquestionário EVIA (Estilo de Vida na Infância e Adolescência) adaptado por(TORRES; GAYA, 1997).Após a coleta dos dados, procedeu-se a análise e interpretação dosmesmos, em que a pesquisadora realizou o cálculo do IMC e comparou com osresultados obtidos nos escolares de mesmo gênero e faixa etária de acordo com atabela proposta por Conde e Monteiro (2006).O estudo ocorreu conforme o previsto, e a coleta de dados foi realizada nomês de março de 2010.2.6 Tratamento estatísticoOs dados foram submetidos à estatística descritiva (média, desvio padrão),como também, foram calculadas as freqüências absolutas e relativas de cada casoobservado.Utilizou-se o qui-quadrado entre o variável nível de atividade física e gêneroe a Anova, entre o tempo sentado por dia e por semana entre os níveis de atividadefísica dos sujeitos da amostra com uma confiabilidade de 95% e com margem deerro de 5%. Os cálculos foram realizados no programa Statistical Package fortheSocial Sciences (SPSS), versão 12.0.


3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOSNesta sessão será realizada a análise dos dados obtidos com o presenteestudo bem como a discussão dos resultados. A população do presente estudocompreendeu escolares do município de Sapiranga, com idade entre 9 e 12 anos deambos os sexos, sendo assim fizeram parte do estudo 247 escolares.Dos 247 escolares selecionados para esta pesquisa, houve umapredominância maior do sexo masculino do que em relação ao sexo feminino. Nototal de 247 escolares investigados, 128 eram do sexo masculino, correspondendo a51,8% do total, e 119 do sexo feminino, correspondendo a 48,2% do total deescolares investigados.TABELA 3 - Distribuição das freqüências absolutas e relativas da amostrasegundo a faixa etária e sexo (n = 247)Faixa etáriaSexoMasculino FemininoTotal9 anos 32 (25,0%) 29 (24,4%) 61 (24,7%)10 anos 42 (32,8%) 38 (31,9%) 80 (32,4%)11 anos 30 (23,4%) 33 (27,7%) 63 (25,5%)12 anos 24 (18,8%) 19 (16,0%) 43 (17,4%)Total 128 (100%) 119 (100%) 247 (100%)Em relação à faixa etária da amostra como mostra a tabela 3, verificou-seque 24,7% dos indivíduos têm 9 anos (25,0% masculino e 24,4% feminino), 32,4%tem 10 anos (32,8% masculino e 31,9%feminino), 25,5% tem 11 anos (23,4%masculino e 27,7% feminino) e 17,4% apresentam 12 anos de idade (18,8%masculino e 16,0% feminino).


43TABELA 4 - Distribuição da amostra segundo o Índice de Massa Corporal(IMC) (n = 247)Classificação IMC F %Baixo peso 5 2,0Normal 156 63,2Excesso de peso 57 23,1Obesidade 29 11,7Total 247 100,0Na tabela 4, em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), analisou-se quemais da metade dos alunos avaliados 156 (63,2%) estão com o peso normal, 57(23,1%) estão com excesso de peso, 29 (11,7%) estão obesos e 5 (2%) estãoabaixo do peso. No estudo de Barreto (2008) com 383 escolares, verificou-se 72,9%dos alunos apresentaram uma classificação normal para o IMC, 15,4%apresentaram sobrepeso e 7,5% apresentaram prevalência de obesidade.Resultados estes diferentes ao desta amostra.Já a prevalência de sobrepeso no estudo de Dalla Costa et al. (2007) foi de10,2%, enquanto Silva et al. (2002) identificaram uma prevalência de 6,2%.TABELA 5 - Distribuição do Índice de Massa Corporal (IMC) da amostrasegundo o sexo (n = 247)Índice de massaSexocorporal Masculino FemininoTotalBaixo peso 3 (2,4%) 2 (1,7%) 5 (2,0%)Normal 86 (67,2%) 70 (58,8%) 156 (63,2%)Excesso de peso 25 (19,5%) 32 (26,9%) 57 (23,1%)Obesidade 14 (10,9%) 15 (12,6%) 29 (11,7%)Total 128 (100%) 119 (100%) 247 (100%)Em relação ao sexo, na tabela 5 pode-se verificar que 1,7 % das meninas e2,4% dos meninos apresentaram estar abaixo do peso recomendado pelaclassificação do IMC (Tabela 1), conforme Conde e Monteiro (2006). Os percentuaisde sobrepeso para o sexo feminino apresentaram um percentual mais alto (26,9%)


44em relação ao sexo masculino (19,5%). Já a prevalência de obesidade, ficaramsemelhantes, 10,9% para o masculino e 12,6% para o feminino.Comparando-se com o estudo de Silva et al. (2002) realizado na cidade deRecife, onde foram avaliados 211 adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos,sendo 89 do sexo feminino e 122 do sexo masculino, a prevalência de sobrepeso/obesidade foi 11,5% para o sexo masculino e 12,3% para o sexo feminino.Também no estudo de Priore (1998), em São Paulo, avaliou-se adolescentesde 7 a 17 anos matriculados em 7 escolas públicas da capital. A seleção foi nãoamostral, sendo considerado o número de 320 alunos, 160 do sexo masculino e 160do sexo feminino apresentaram uma prevalência de sobrepeso/obesidade de 15,6%e 14,5% para os sexos masculino e feminino, respectivamente.Relacionando-se estes dois estudos com os resultados obtidos destaamostra, veremos que a população estudada nesta pesquisa está longe de sercomparada com as atuais mencionadas no referencial. Este estudo apresentouprevalência de sobrepeso/obesidade de 19,5% para os meninos e 26,9% para asmeninas.Oliveira (2003), cita ainda que há uma maior prevalência de obesidade nosexo feminino em relação ao masculino.TABELA 6 - Distribuição da amostra segundo o Índice de Massa Corporal(IMC) para o sexo masculino, segundo grupo etário (n = 247)Baixo peso Normal Excesso Obesidade TotalGrupode pesoetárion % n % n % n % n %9 anos- 20 23,3 6 24,0 6 42,9 32 25,010 anos3 100,0 28 32,6 7 28,0 4 28,6 42 32,811 anos- 23 26,7 5 20,0 2 14,3 30 23,412 anos- 15 17,4 7 28,0 2 14,3 24 18,8Total3 100,0 86 100,0 25 100,0 14 100,0 128 100,0Verificou-se pelos dados apresentados pela tabela 6 que os meninos da faixaetária de 9 anos, metade destes apresentaram estar com obesidade (42,9%). Sendoque os maiores problemas de sobrepeso foram encontrados nos meninos com faixaetária de 12 anos (28,0%).


45TABELA 7 - Distribuição da amostra segundo o Índice de Massa Corporal(IMC) para o sexo feminino, segundo grupo etário (n = 247)Baixo peso Normal Excesso Obesidade TotalGrupode pesoetáriof % f % f % f % f %9 anos2 100,0 17 24,3 7 21,9 3 20,0 29 24,410 anos- 19 27,1 12 37,5 7 46,7 38 31,911 anos- 22 31,4 9 28,1 2 13,3 33 27,712 anos- 12 17,1 4 12,5 3 20,0 19 16,0Total2 100,0 70 100,0 32 100,0 15 100,0 119 100,0Os dados apresentados na tabela 7 revelam que a maior parte das meninasapresentaram estar no peso normal. Sendo que, as meninas com faixa etária de 10anos foram as que apresentaram maiores problemas de sobrepeso 37,5% eobesidade 46,7%.Comparando-se os resultados, o número de meninos abaixo do peso foimaior (3) do que as meninas (2), já na classificação normal os meninosapresentaram um maior número (86) enquanto as meninas (70), na classificaçãosobrepeso as meninas apresentaram maior número (32) do que os meninos (25) ena classificação obeso a diferença entre os gêneros foi mínima, (15) meninas e (14)meninos.TABELA 8 - Distribuição da amostra segundo o nível de atividade física peloescore PAQ-C (n = 247)Classificação Nível atividadefísicaPelo escore (PAQ-C, 1 a 5)F %Muito sedentário 5 2,0Sedentário 94 38,1Moderadamente ativo 112 45,3Ativo 34 13,8Muito ativo 2 0,8Total 247 100,0


46A análise das respostas ao questionário sobre atividade física (PAQ-C)identificou 5 (2,0%) escolares com escore 1 (muito sedentários) e 94 (38,1%) comescore 2 (sedentários), resultando 112 (45,3%) escolares com escore 3(moderadamente ativo), 34 (13,8%) com escore 4 (ativos) e 2 (0,8%) estudantesapresentaram escore 5 (muito ativo), resultando 148 (59,9%) escolares ativos e 99(40,1%) escolares sedentários (Tabela 8).No estudo de Arruda e Lopes (2006), com 1024 adolescentes, verificou-seque em todas as idades de 10 a 17 anos mais de 60% dos adolescentes eramoderadamente ativos ou ativos; 29,4% dos adolescentes foram classificados comoinsuficientemente ativos. Este resultado foi inferior aos encontrados em escolares deFlorianópolis-SC e Londrina- PR.TABELA 9 - Distribuição dos valores mínimos e máximos, média e desviopadrão dos resultados da amostra segundo o peso, estatura, IMC e nível deatividade física (n = 247)Itens Mínimo Máximo Média DesviopadrãoPeso 23,3 77,0 40,18 10,89Estatura 0,70 1,73 1,44 0,10Índice massa corporal 11,95 129,18 19,36 8,07Nível atividade física(escore 1 a 5)1 5 2,74 0,70De forma geral na tabela 9, verificou-se médias de massa corporal de 40,18± 10,89 Kg, de estatura 1,44 ± 0,10 m, de IMC de 19,36 ± 8,07 Kg/m² e de nível deatividade física (escore) 2,74 ± 0,70.TABELA 10 - Distribuição do nível de atividade física da amostra segundo osexo (n = 247)(continua)Nível atividade físicaPelo escore (PAQ-C, 1 a 5)Masculinof %SexoFemininof %Totalf %Muito sedentário 03 2,3 02 1,7 05 2,9


47TABELA 10 - Distribuição do nível de atividade física da amostra segundo osexo (n = 247)(conclusão)Sedentário 35 27,3 59 49,6 94 38,1Moderadamente ativo 65 50,8 47 39,5 112 45,3Ativo 24 18,8 10 8,4 34 13,8Muito ativo 01 0,8 01 0,8 02 0,8Total 128 100 119 100 247 100Os dados apresentados a partir dos escores do PAQ-C na tabela 10demonstram que o índice de sedentarismo é maior nas meninas (49,6%), sendo queapresenta uma menor proporção em relação aos meninos moderadamente ativos(50,8%).Vários estudos sobre os níveis de atividade física em diversas idadesevidenciam que o sexo masculino tende a ser mais ativo do que o feminino. Sallis(1993) apud Silva e Malina (2000), relatou que a diferença entre sexos varia de 15%a 25%. Os resultados deste estudo, de certo modo, confirmam os dadosencontrados na literatura; na classificação ativo, verificou-se que 18,8% são do sexomasculino e 8,4% são do sexo feminino, na classificação moderadamente ativo,verificou-se que 50% são do sexo masculino e 39,5% são do sexo feminino,apresentando uma diferença de 11,3%, percentual este semelhante ao encontradopor Silva e Malina (2000) em seus estudos.Apesar da prevalência de IMC não ser de sobrepeso e obesidade, a altaprevalência do sedentarismo entre os escolares deste estudo (38,1%) mereceatenção, visto que, com o aumento da idade, estes índices tendem a aumentar(SILVA; MALINA, 2003). Deste modo, há uma grande probabilidade depermanecerem sedentários na vida adulta.aixaetárioIMCMédiaf %TABELA 11 – Relação entre o nível de atividade física e o perfil de IMC porsexo masculino e faixa etária da amostra (n = 247)Muitosedentáriof %Sedentáriof %Moderadamenteativof %Ativof %(continua)Muitoativof %Totalf %


48TABELA 11 – Relação entre o nível de atividade física e o perfil de IMC porsexo masculino e faixa etária da amostra (n = 247)(conclusão)9anos 32 18,93 1 33,3 7 20,0 18 27,7 6 25,0 - 32 25,010anos 42 18,10 1 33,3 133 7,1 16 24,6 12 50,0 - 42 32,811anos 30 18,40 - 8 22,9 18 27,7 4 16,7 - 30 23,412anos 24 24,38 1 33,3 7 20,0 13 20,0 2 8,3 1 100 24 18,8Total 128 100 3 100 35 100 65 100 24 100 1 100 128 100A análise dos valores médios de massa corporal para o sexo masculino natabela 11, revelou um comportamento crescente ao longo das idades consideradas.A média do IMC apresentado pelos meninos da faixa etária de 9 anos, mostra queestes escolares se encontram com excesso de peso conforme a classificação databela do IMC que considera como excesso de peso, os que apresentam IMC 19,09).Os meninos na faixa etária de 11 anos demonstraram ser moderadamenteativos (27,7%) e também apresentaram um IMC de 18,40 que os classifica comonormal. Na faixa etária de 12 anos a média do IMC apresentada pelos meninosclassifica-os como excesso de peso (


49FaixaetárioTABELA 12 – Relação da amostra entre o nível de atividade física e o perfilde IMC por sexo feminino e faixa etária (n = 247)Muito SedentárioAtivo Muito TotalsedentárioativoIMCMédiaf %f %f %Moderadamenteativof %f %f %f %9anos 29 18,10 01 50,0 14 23,7 10 21,3 04 40,0 - 29 24,410anos 38 19,80 01 50,0 19 32,2 13 27,7 04 40,0 01 100 38 31,911anos 33 18,75 - 17 28,8 14 29,8 02 20,0 - 33 27,712anos 19 18,33 - 09 15,3 10 21,3 - - 19 16,0Total 119 100 02 100 59 100 47 100 10 100 01 100 119 100Conforme a tabela 12, pode-se identificar que as meninas na faixa etária de9 anos apresentaram estar com excesso de peso (IMC< 17,96), assim como asmeninas com faixa etária entre 10 anos (IMC< 18,63), conforme previsto por Condee Monteiro (2006). Comparando-se o nível de atividade física com o IMC por faixaetária de 9 e 11 anos, observa-se que as meninas são mais ativas que os meninos,ao contrário das meninas, os meninos com faixa etária de 10 e 12 anosapresentaram ser mais ativos (50% e 8,3%) respectivamente. Dentre as meninasclassificadas como moderadamente ativas com 11 anos apresentaram uma médiade 29,8%, sendo a mais alta desta classificação comparando-se com as outrasfaixas etárias do mesmo sexo..As meninas com faixa etária de 12 anos mostraram ser menos ativas 15,3%,sendo que apresentaram um IMC médio de (18,33) classificado como peso normal.TABELA 13 – Resultados das ocorrências de freqüências realizadas nointerior da residência da amostra (n = 247)(continua)SexoAtividade que costuma realizar emMasculino Feminino Totalcasaf % f % f %Televisão 120 93,8 111 93,3 231 93,5Vídeo game 82 64,1 33 27,7 115 46,6Computador 67 52,3 59 49,6 126 51,0


50TABELA 13 – Resultados das ocorrências de freqüências realizadas nointerior da residência da amostra (n = 247)(conclusão)Leitura 105 82,0 92 77,3 197 79,8Música 101 78,9 98 82,4 199 80,6Brincar com amigos 117 91,4 98 82,4 215 87,0Ajudar nas tarefas decasaCuidar de crianças que moram nacasa102 79,7 106 89,1 208 84,240 31,3 45 37,8 85 34,4Estudar 113 88,3 103 86,6 216 87,4Outros 42 32,8 22 18,5 64 25,9Base 128 119 247Observa-se na tabela 13 que, independentemente do sexo, as atividadesrealizadas no interior da residência são, predominantemente: assistir televisão(93,5%), estudar (87,4%), brincar com os amigos (87,0%), ajudar nas tarefas decasa (84,2%), escutar música (80,6%), realizar leituras, utilizar o computador(51,0%), jogar videogame (46,6%) e cuidar de crianças que moram na mesma casa(34,4%). Torres e Gaya (1997), Guedes (2002) obtiveram resultados parecidos coma deste estudo onde assistir televisão, brincar com os amigos, escutar música erealizar tarefas domésticas eram as atividades mais freqüentes realizadas pelosescolares.TABELA 14 –Comparação das ocorrências de freqüências relativasrealizadas no interior da residência da amostra por sexo e faixa etária (n = 247)(continua)Atividades Gênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalTelevisãoVídeo gameMasculino 96,4 93,5 97,1 84,2 93,8Feminino 93,9 91,2 96,4 91,7 93,3Masculino 57,1 65,2 74,3 52,6 64,1Feminino 36,4 26,5 25,0 20,8 27,7Computador Masculino 46,4 58,7 54,3 42,1 52,3


51TABELA 14 –Comparação das ocorrências de freqüências relativasrealizadas no interior da residência da amostra por sexo e faixa etária (n = 247)(conclusão)Feminino 57,6 50,0 53,6 33,3 49,6LeituraMasculino 78,6 78,3 94,3 73,7 82,0Feminino 63,6 85,3 78,6 83,3 77,3Musica Masculino 60,7 80,4 88,6 84,2 78,9Feminino 69,7 82,4 85,7 95,8 82,4Brincar com amigosAjudar nas tarefas decasaCuidar de crianças quemoram na casaEstudarOutrosMasculino 85,7 89,1 97,1 94,7 91,4Feminino 84,8 82,4 85,7 75,0 82,4Masculino 71,4 82,6 85,7 73,7 79,7Feminino 81,8 88,2 92,9 95,8 89,1Masculino 28,6 39,1 31,4 15,8 31,3Feminino 36,4 35,3 39,3 41,7 37,8Masculino 89,3 87,0 91,4 84,2 88,3Feminino 90,9 82,4 89,3 83,3 86,6Masculino 21,4 37,0 40,0 26,3 32,8Feminino 15,2 35,3 14,3 4,2 18,5Observa-se na tabela 14 que, independentemente do sexo e faixa etária, asatividades realizadas que estão associadas à faixa etária de 9, 10 e 11 anos são,predominantemente: assistir televisão e brincar com os amigos. Destaca-se quenessas variáveis as comparações entre as faixas etárias, ocorreram associaçõesestatisticamente significativas.Ajudar nas tarefas domésticas está predominantemente relacionada ao sexofeminino, pois em todas as faixas etárias as meninas apresentaram percentuais maisaltos (95,8%) do que o sexo masculino (85,7%). Não obstante a variável cuidar decrianças apresenta uma realidade próxima, pois segundo os resultados, é umaatividade predominantemente relacionada ao sexo feminino, com índices de 41,7%(12 anos) e 39,3% (11anos). Em países e regiões economicamente mais pobres,essas atividades apresentam uma contribuição ainda mais expressiva para o nívelde atividade física dos adolescentes mais pobres (SOUZA JUNIOR, 2008).Dentre as atividades realizadas em casa, com menor envolvimento deatividade física, as meninas (86,6%) revelaram que estudar era uma das suasatividades preferidas, enquanto no mesmo item os meninos (88,3%) mostraram um


52maior interesse por esta atividade. Separando por faixa etária, o percentual maisbaixo para esta atividade foi constatado aos 10 anos (82,4%) para as meninas e(87,0%) para os meninos. Comparando estes resultados com o estudo de Soares etal. (2007), percebe-se que os resultados foram contrário e mais baixos que desteestudo, onde 69,93% das meninas apresentaram uma prevalência maior do que nosmeninos 49,51%.Jogar videogame por sua vez, configura-se numa atividadesignificantemente masculina (64,1%), já as meninas responderam, que 72,3% delasnunca jogam. Ao comparar as faixas etárias verificou-se que os percentuais comvalores mais altos entre as faixas etárias foi aos 11 anos (74,3%) para os meninos eaos 9 anos (36,4%) para as meninas.TABELA 15 – Tempo médio despendido em atividades feitas no interior decasa por sexo e faixa etária (n = 247)(continua)Atividades Gênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anosTelevisão Masculino 2,78 2,72 3,32 3,81Feminino 2,71 3,00 3,52 2,91Vídeo game Masculino 2,31 2,03 2,35 2,30Feminino 1,08 1,33 2,29 1,00Computador Masculino 2,54 2,33 2,42 3,25Feminino 1,95 1,94 2,33 2,88Leitura Masculino 1,59 1,50 1,21 1,57Feminino 1,43 1,93 1,86 1,50Musica Masculino 2,00 1,89 2,06 2,00Feminino 1,91 2,18 2,67 2,43Brincar com amigos Masculino 2,92 2,78 3,18 2,61Feminino 2,75 2,79 2,58 2,28Ajudar nas tarefas de casa Masculino 2,10 2,26 2,07 1,86Feminino 2,41 2,70 2,54 2,39Atividades Masculino 2,50 2,44 2,36 2,33Cuidar de crianças quemoram na casaFeminino 2,75 2,58 2,73 2,50Masculino 2,44 2,58 2,31 2,06Estudar Feminino 2,50 2,64 2,72 2,35


53TABELA 15 – Tempo médio despendido em atividades feitas no interior decasa por sexo e faixa etária (n = 247)(conclusão)Outros Masculino 2,17 2,00 1,64 1,60Feminino 3,00 2,42 2,00 2,00Na tabela 15 observa-se que a média diária de assistência à TV foi de 3,04h/dias, sendo 3,05 para os meninos e 3,03 para as meninas. Comparando-se oresultado deste estudo com o de Silva e Malina (2003) com 323 adolescentes nacidade de Niterói – RJ, verificou-se que os escolares desta amostra apresentaramresultados inferior aos encontrados em Niterói e São Paulo, onde a média deassistência a TV foi de 4,7h/dia Estudos no estado de São Paulo apresentaramvariações entre 3,6 h/dia e 3,9 h/dia entre escolares com média de 13 anos. Noestudo de Silva e Malina (2003), a média foi de 4,4h/dia e 4,9h/dia para os sexosmasculino e feminino, respectivamente; a amostra ter sido constituída apenas poradolescentes explica estes valores mais elevados, quando comparada a esteestudo, que inclui crianças e pré adolescentes, naturalmente mais ativos.Comparando-se a faixa etária e o sexo, com a assistência de TV, em ambosos sexos o resultado foi superior comparando as outras atividades, os meninos comidade de 12 anos apresentaram um índice superior (3,81h/dia) em relação asmeninas de 12 anos (2,72h/dia). Brincar com os amigos foi a segunda atividade commais gasto entre os meninos, o resultado mais alto foi aos 9 anos (2,92h/dia) e omais baixo aos 12 anos (2,61h/dia). Entre as meninas cuidar de crianças foi asegunda atividade mais relatada, onde as meninas de 9 anos apresentaram ummaior índice comparando-se com as outras faixas etárias (2,75h/dia), entre osmeninos esta atividade também foi superior aos 9 anos (2,50h/dia). Utilizar ocomputador foi atividade predominante nos meninos com idade de 12 anos(3,25h/dia), já nos meninos de 10 anos esta atividade teve um índice de 2,33h/dia.Comparando-se os sexos com 12 anos de idade, a atividade estudar teveum maior índice entre as meninas (2,35h/dia) em relação aos meninos (2,06h/dia).Jogar videogame foi umas das atividades menos relatadas entre as meninas detodas as faixas etárias deste estudo com uma média de 1,39h/dia. No estudo deHallal et al. (2006) jogar videogame o percentual foi de 22,4%, mais de 1hora.


54Andersen et al. (1998) relatou que tanto indivíduos do sexo masculinoquanto do sexo feminino que assistiam TV mais de 4h/dia, tinham o IMC maior doque aqueles que assistiam menos de 2h/dia. Em proporções semelhantes ao tempodestinado para assistir televisão, esses alunos também reservam de 1 até 3 horasdo seu dia para o lazer. Isso prova que estão dividindo seu tempo entre televisão elazer.TABELA 16 – Comparações entre atividades feitas no interior de casa porsexo e faixa etária (n = 247).O que costumaGênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalfazerJogar bola Masculino 28,6 43,5 51,4 52,6 43,8Feminino 6,1 8,8 10,7 - 6,7Andar de skate Masculino 7,1 - - - 1,6Feminino - - - - -Andar de patins Masculino 3,6 - - - 0,8Andar debicicletaFeminino 3,0 - 10,7 4,2 4,2Masculino 14,3 34,8 20,0 15,8 23,4Feminino 42,4 26,5 25,0 45,8 34,5Andar de carro Masculino 7,1 2,2 5,7 - 3,9Feminino 12,1 8,8 14,3 12,5 11,8Brincar Masculino 39,3 19,6 22,9 31,6 26,6Feminino 36,4 55,9 39,3 33,3 42,0Outros Masculino - - - - -Feminino - - - 4,2 0,8Total Masculino 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Feminino 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Na tabela 16, observa-se que os maiores índices de ocorrência defreqüência das atividades realizadas na rua entre os escolares são: brincar (34,0%),andar de bicicleta (28,7%), jogar bola (25,9%) e andar de carro (7,7%).Comparando-se os sexos e faixas etárias para, observa-se que para asmeninas de 9 anos a principal atividade é andar de bicicleta (42,4%), mas


55comprando-se com as outras faixas etárias brincar é a atividade mais realizada,enquanto que para os meninos de 9 anos a principal atividade é brincar (39,3%)enquanto que nas outras faixas etárias a principal atividade é jogar bola.Outra atividade que apresenta considerável freqüência de ocorrência naamostra investigada aos 9 anos do sexo masculino é jogar bola (28,6%), enquantoaos 10 anos 34,8% preferem andar de bicicleta e os meninos de 11 e 12 anos aprincipal atividade é brincar. No sexo feminino a segunda atividade de maiorocorrência aos 9 anos com 36,4% é brincar, enquanto que nas outras faixas etáriasa unanimidade é andar de bicicleta.Segundo estudo realizado por Gaya e Torres (1999) os escolares maisjovens divertem-se fora de casa normalmente em áreas próximas as suas casas.Sua mobilidade é restrita por questões de idade e, sobretudo, por segurança.Observa-se, também, que ocorre uma alta na freqüência de ocorrência nos doissexos com o aumento das idades em relação as atividades praticadas.Outra atividade, que apresenta considerável freqüência de ocorrência naamostra investigada é jogar bola com índice de 25,9% sendo uma atividadepredominantemente masculina, com 43,7% para os meninos e 6,7% para asmeninas. Andar de patins, skate foram os hábitos relacionados pelos escolares commenores índices de ocorrências, sendo 0,8% e 2,4% respectivamente. Quanto a suaparticipação social as meninas revelam atividades menos ativas que os rapazes, fatojá considerado por Prista (2002), Gallahue e Ozmun (2001).GrupoetárioNãorespondeuTABELA 17 – Comparação entre a assistência de TV segundo o nível deatividade física e gênero masculino (n = 247)(continua)Muitosedentáriof %Sedentáriof %Moderadamenteativof %Ativof %Muitoativof %TotalF %- 5 4,3 2 3,1 3 12,5 - 10 7,81 hora - 7 20,0 6 9,2 4 16,7 - 17 13,32 horas - 4 11,4 11 16,9 2 8,3 - 17 13,33 horas - 6 17,1 10 15,4 5 20,8 1 100,0 22 17,24 horas 3 100,0 13 37,1 36 55,4 10 41,7 - 62 48,4


56TABELA 17 – Comparação entre a assistência de TV segundo o nível deatividade física e gênero masculino (n = 247)(conclusão)Total 3 100,0 35 100,0 65 100,0 24 100,0 1 100,0 128 100,0GrupoetárioNãorespondeu1 hora2 horas3 horas4 horasTotalTABELA 18 – Comparação entre a assistência de TV segundo o nível deatividade física e gênero feminino (n = 247)Muito Sedentário Moderadam Ativo Muito Totalsedentárioente ativoativof %f %f %f %f %f %- 2 3,4 4 8,5 - - 6 5,0- 10 16,9 6 12,8 2 20,0 - 18 15,1- 12 20,3 5 10,6 1 10,0 - 18 15,11 50,0 15 25,4 5 10,6 3 30,0 1 100,0 25 21,01 50,0 20 33,9 27 57,4 4 40,0 - 52 43,72 100,0 59 100,0 47 100,0 10 100,0 1 100,0 119 100,0Conforme as tabelas 17 e 18, os meninos e meninas que se classificaramcomo ativos, através do PAQ-C, apresentaram uma média de 4 horas de assistênciaà televisão e os que apresentaram a classificação moderadamente ativo esedentários, permaneceram o mesmo tempo em frente a televisão.Nas últimas décadas, as crianças vêm se tornando menos ativas,impulsionadas pelos avanços tecnológicos, resultando numa relação positiva entre ainatividade, como o tempo gasto assistindo televisão e o aumento da adiposidadeem escolares (PIMENTA; PALMA, 2001).De acordo com Rocha (1983) o fator que contribuiu bastante a redução doesforço físico é a televisão pois, uma criança passa em média 4h/dia diante datelevisão e, como escolares da amostra avaliada são alunos de escolas públicas, amaioria pertence a famílias de menor poder aquisitivo e assistir televisão se tornaum meio de lazer de baixo custo.


57TABELA 19 – Distribuição da amostra segundo o lugar da realização deatividades de lazer por sexo e faixa etária (n = 247).Onde realiza Gênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalPátio Masculino 42,9% 43,5% 57,1% 47,4% 47,7%Feminino 54,5% 78,8% 53,6% 50,0% 60,2%Campo Masculino 10,7% 21,7% 22,9% 21,1% 19,5%Feminino 6,1% - 3,6% - 2,5%Rua Masculino 35,7% 26,1% 17,1% 31,6% 26,6%Feminino 36,4% 18,2% 39,3% 41,7% 33,1%Parque Masculino 7,1% 2,2% 2,9% - 3,1%Feminino - - 3,6% - ,8%Quadra Masculino 3,6% 6,5% - - 3,1%Feminino - - - 8,3% 1,7%Outros Masculino - - - - -Feminino 3,0% 3,0% - - 1,7%Total Masculino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Feminino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%O lugar para a prática de atividades preferidas entre os sexos na tabela 19,foi o pátio da casa (53,7%), seguido de rua (29,7%), campo (11,4%), quadra (2,4%)e parque (2,0%). Entre os meninos nas faixas etárias de 9 a 12 anos o lugar commais ocorrência foi o pátio de casa (42,9%), assim como no sexo feminino nasmesmas faixas etárias.Observa-se que o lugar com menor ocorrência da realização de atividadesaos 9 anos de idade para os meninos foi a quadra (3,6%), assim como nas meninasonde observa-se nenhuma ocorrência de freqüência. Aos 10 anos obteve-se umamenor freqüência (2,2%) no parque, para as meninas o lugar de maior freqüêncianesta faixa etária foi o pátio (78,8%). Para ambos os sexos de 11 anos o lugar demenos ocorrência relatado foi o parque 2,9% meninos e 3,6% meninas, resultadosestes relativos com os escolares de 12 anos onde nenhum dos sexos utilizam estelugar para as suas atividades.Comparando-se o estudo de Soares et al. (2007) com este, os resultadosapresentam percentuais bastante similares, onde 43,65% dos meninos e 62,34%das meninas utilizam o pátio da casa como lugar preferido.


58TABELA 20 – Distribuição da amostra de acordo com os materiais deesporte segundo o sexo feminino e masculino (n = 247)Materiais Gênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalPatins Masculino 10,7% 13,0% 2,9% 5,3% 8,6%Feminino 18,2% 8,8% 25,0% 16,7% 16,8%Bicicleta Masculino 85,7% 87,0% 82,9% 89,5% 85,9%Feminino 87,9% 88,2% 92,9% 95,8% 90,8%Skate Masculino 42,9% 28,3% 17,1% 10,5% 25,8%Feminino 9,1% 2,9% 3,6% 8,3% 5,9%Bola de Plástico Masculino 17,9% 30,4% 22,9% 15,8% 23,4%Feminino 18,2% 26,5% 25,0% 41,7% 26,9%Bola de vôlei Masculino 28,6% 23,9% 31,4% 15,8% 25,8%Feminino 27,3% 29,4% 53,6% 45,8% 37,8%Bola de basquete Masculino 28,6% 23,9% 11,4% 26,3% 21,9%Feminino 12,1% 5,9% 7,1% 12,5% 9,2%Bola futebol Masculino 75,0% 60,9% 71,4% 73,7% 68,8%Feminino 42,4% 55,9% 53,6% 66,7% 53,8%Bola handebol Masculino - 6,5% 2,9% 5,3% 3,9%Feminino - 2,9% 3,6% - 1,7%Chuteira Masculino 39,3% 41,3% 48,6% 47,4% 43,8%Feminino 3,0% 11,8% 25,0% 4,2% 10,9%Raquete de tênis Masculino 25,0% 23,9% 22,9% 10,5% 21,9%Feminino 18,2% 5,9% 14,3% 25,0% 15,1%Outros Masculino - 4,3% 2,9% 5,3% 3,1%Feminino 3,0% 8,8% 3,6% 4,2% 5,0%Em relação aos materiais esportivos que as crianças possuem (Tabela 20),a bicicleta é o implemento esportivo que a maioria das crianças referiu ter (85,9%meninos e 90,8% meninas). A bicicleta não está disponível apenas para a prática dolazer e atividade física, mas seu uso serve como meio de transporte da família paraa escola e trabalho. O uso desta como meio de transporte para a escola já foireferenciado na cidade de Joinvile onde 38,6% dos alunos do estudo usavam abicicleta para ir a escola.A bola de futebol foi outro material que a maioria das crianças referiram ter(68,8% meninos e 53,8% meninas).


59TABELA 21 – Distribuição da amostra de acordo com os materiais de esporte.Participa dealgum grupoGênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalEscola Masculino 28,6% 30,4% 25,7% 15,8% 26,6%Feminino 18,2% 32,4% 14,3% 20,8% 21,8%CTG Masculino 3,6% 4,3% 2,9% 15,8% 5,5%Feminino - 2,9% 3,6% - 1,7%Teatro Masculino - - 2,9% - ,8%Feminino - 8,8% 7,1% 8,3% 5,9%Religioso Masculino - - 8,6% 15,8% 4,7%Feminino 15,2% 14,7% 14,3% 29,2% 17,6%Musical Masculino 3,6% 6,5% 2,9% 5,3% 4,7%Feminino 3,0% - - - ,8%Dança Masculino 3,6% 8,7% 11,4% - 7,0%Feminino 12,1% 8,8% 14,3% 8,3% 10,9%Ginástica Masculino - 8,7% 2,9% 5,3% 4,7%Feminino - - - - -Outros Masculino - 2,2% - - ,8%Feminino - - - - -Não participa Masculino 60,7% 39,1% 42,9% 42,1% 45,3%Feminino 51,5% 32,4% 46,4% 33,3% 41,2%Total Masculino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Feminino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Outras atividades de associativismo como a participação em grupos sociaise culturais também é importante para o desenvolvimento global do escolas. Noentanto, nossos dados confirmam que são poucos, entre os escolares quefreqüentam essas formas organizadas de associativismo.Observa-se na tabela 21 que as atividades com maiores índices deocorrência de freqüência entre as atividades de participação em grupos sociais são:projetos na escola (24,3%), atividades religiosas (10,9%) e grupo de dança (8,9%).No estudo Guedes (2002) as atividades que tiveram maiores índices de ocorrênciaforam: Freqüentar clubes (26,3%), atividades religiosas (11,7%) e grupo musical(9,6%).


60A ocorrência entre os escolares da investigação estarem ligados à Igreja,observa-se um aspecto interessante, em todas as comparações os índices deocorrência de freqüência são maiores na faixa etária de 11 e 12 anos. Pode-selevantar como forma de hipótese a realização da catequese como possívelexplicação desse comportamento, já que nas idades de 9 e 10 anos não teveocorrências.Não obstante, as demais atividades como participação em grupo de dança(8,9%), CTG (3,6%) e teatro (3,2%) reforçam a realidade, de pouca participação dosescolares em atividades associativas.TABELA 22 – Distribuição da amostra de acordo com a prática esportivaGrupoetárioGênero Sim Não Total9 anos Masculino 14,5% 27,4% 21,9%Feminino 31,6% 25,9% 27,7%10 anos Masculino 34,5% 37,0% 35,9%Feminino 23,7% 30,9% 28,6%11 anos Masculino 36,4% 20,5% 27,3%Feminino 31,6% 19,8% 23,5%12 anos Masculino 14,5% 15,1% 14,8%Feminino 13,2% 23,5% 20,2%Total 100,0% 100,0% 100,0%Quanto à participação em atividades de práticas esportivas regulares alémdas aulas de educação física, ou seja, uma prática esportiva orientada por umresponsável, observa-se que 37,0% dos alunos de 10 anos não praticam nenhumaatividade enquanto que 36,4% dos meninos de 11 anos participam de algumaatividade orientada. Resultados estes próximos aos do sexo feminino onde 30,9%das meninas com 10 anos não participam de nenhuma atividade orientada e 31,6%das meninas entre 10 e 11 anos participam de algum tipo de atividade.Esses resultados diferenciam-se aos encontrados por Torres e Gaya (1996)e Oliveira (1998) no qual evidenciaram que a participação em práticas ocorrem deforma desigual.


61TABELA 23 – Distribuição da amostra de acordo com o lugar onde realiza a práticaesportivaOnde pratica Gênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalCampo Masculino 25,0% 31,6% 33,3% 37,5% 32,1%Feminino 20,0% - - - 5,7%Escola Masculino 75,0% 47,4% 42,9% 25,0% 46,4%Feminino 30,0% 37,5% 75,0% 80,0% 54,3%Ginásio Masculino - 10,5% 14,3% 25,0% 12,5%Feminino 10,0% 12,5% 8,3% - 8,6%Clube Masculino - - - 12,5% 1,8%Feminino - - - - -Parque Masculino - 5,3% 9,5% - 5,4%Feminino 30,0% 50,0% - 20,0% 22,9%Academia Masculino - 5,3% - - 1,8%Feminino 10,0% - 16,7% - 8,6%Total Masculino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Feminino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Comparando-se os dados sobre o lugar onde ocorrem as práticas esportivas(tabela 23), constata-se que as crianças utilizam a escola em 46,4% entre osmeninos e 54,3% entre as meninas, em segundo usufruem do campo 32,1% osmeninos e 22,9% o parque para as meninas. O uso do parque revela diferençasignificativa a favor das meninas. Os campos são preferência significativa entre osmeninos (32,1%), academia e clube apresentam percentuais bastantes diferentesentre os sexos, mas não chegam a se configurar, segundo as crianças, em locais desua preferência. Os primeiros, provavelmente por evidenciarem questões deestrutura física ou de segurança pública.TABELA 24 – Distribuição da amostra de acordo com o esporte praticado.(continua)Qual esporte Gênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos TotalFutebol Masculino 25,0% 57,9% 61,9% 50,0% 53,6%Feminino 30,0% 25,0% 25,0% ,0% 22,9%Bicicross Masculino - - - 12,5% 1,8%Feminino - - - - -


62TABELA 24 – Distribuição da amostra de acordo com o esporte praticado.(conclusão)Voleibol Masculino 25,0% - - 12,5% 5,4%Feminino - 12,5% 8,3% 40,0% 11,4%Futsal Masculino - 5,3% 9,5% 25,0% 8,9%Feminino - 12,5% 16,7% 40,0% 14,3%Atletismo Masculino 12,5% 5,3% 4,8% - 5,4%Feminino 20,0% 37,5% - - 14,3%Natação Masculino - 5,3% - - 1,8%Feminino 20,0% - 16,7% - 11,4%Basquete Masculino - 15,8% - - 5,4%Feminino - - 8,3% - 2,9%Mini tênis Masculino 25,0% - - - 3,6%Feminino 30,0% 12,5% 16,7% - 17,1%Handebol Masculino 12,5% 5,3% 19,0% - 10,7%Feminino - - - 20,0% 2,9%Dança Masculino - 5,3% 4,8% - 3,6%Feminino - - 8,3% - 2,9%Total Masculino 100,0% 100,0%100,0%100,0% 100,0%Feminino 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Percebeu-se que as atividades mais citadas pelos meninos referiam-se aesportes coletivos e de maior contato físico como: futebol, futsal e handebol. Porparte das meninas, o futebol de forma significativa (22,9%) o mini tênis (17%) eatletismo e futsal (14,3%), foram as modalidades preferidas significativamente entreas meninas, possivelmente por apresentar características mais susceptíveis a elas.A atividade mais citada pelos meninos de 9 anos foi o futebol, voleibol e mini tênisambos (25%), comparando-se com as meninas da mesma faixa etária os resultadossão similares onde o futebol e mini tênis (30%) são os preferidos. Para os meninosde 10, 11 e 12 anos o futebol prevalece com 57,9%, 61,9% e 50% respectivamentee 37,5% das meninas citam o atletismo como esporte preferido, resultados bemdiferentes se comparados com as meninas de 11 e 12 anos que citam não praticareste esporte. Soares et al. (2007), no seu estudo evidenciou-se que os meninosreferiam-se a esportes como karatê, xadrez e capoeira, enquanto as meninas


63preferiam o voleibol (48,41%), e a dança (21,43%). Gaya et al. (2002) sugerem que,incrementar práticas esportivas para as meninas e diversificar o oferecimento demodalidades esportivas em prol de uma formação motora ampla e qualificada paraos dois gêneros, torna o esporte, no âmbito de sua prática na escola, uma atividadenormativa de valores, atitudes e habilidades são opções que necessitam comurgência de tratamento pedagógico adequado.TABELA 25 – Distribuição da amostra de acordo com o porque praticam esteesportePorque é Porque Porque TotalPorqueGênero legal emagreço gostopraticaf % f % f % f %9 anos Masculino 3 13,6 2 33,3 3 10,7 8 14,3Feminino 4 50,0 2 40,0 4 18,2 10 28,610 anos Masculino 5 22,7 3 50,0 11 39,3 19 33,9Feminino 2 25,0 - 6 27,3 8 22,911 anos Masculino 9 40,9 - 12 42,9 21 37,5Feminino 1 12,5 2 40,0 9 40,9 12 34,312 anos Masculino 5 22,7 1 16,7 2 7,1 8 14,3Feminino 1 12,5 1 20,0 3 13,6 5 14,3Total 30 100,0 11 100,0 50 100,0 91 100,0Em relação aos motivos que levaram as crianças ao esporte (tabela 25)percebe-se que gostar de determinada modalidade esportiva parece ser o melhormotivo apontado entre as crianças deste estudo para a prática de esporte. Osíndices apresentados a este item, sendo 50% para os meninos e 62,9% para asmeninas. Na faixa etária de 10 anos (50%) masculino e 9 (40%) e 11 (40%) anosfeminino, verifica-se um percentual alto em relação a imagem corporal quando dizemque praticam alguma atividade física com a finalidade de emagrecer.TABELA 26 – Distribuição da amostra de acordo com o esporte que já praticaram(continua)9 anos 10 anos 11 a nos 12 anos TotalEsporte Gênerof %f % f % f % f %Futebol Masculino 2 7,1 3 6,5 8 22,9 5 26,3 18 14,1Feminino - 1 2,9 - - 1 2 ,9


64TABELA 26 – Distribuição da amostra de acordo com o esporte que já praticaram(conclusão)Handebol Masculino - 3 6,5 6 17,1 4 21,1 13 10,2Feminino 4 12,1 7 0,6 5 19,2 3 13,0 19 16,4Voleibol Masculino 2 7,1 1 2,2 2 5,7 - 5 3,9Feminino - - 1 3,8 2 8,7 3 2,6Judô Masculino - 1 2,2 - 1 5,3 2 1,6Feminino - - - - -Futsal Masculino 3 10,7 1 2,2 2 5,7 - 6 4,7Feminino - - - 2 8,7 2 1,7Nilcon Masculino - 1 2,2 - - 1 2,8Feminino - - - 1 4,3 1 4,9Bicicross Masculino - 1 2,2 - - 1 4,8GinásticaolímpicaFeminino - 1 2,9 - - 1 2,9Masculino - 2 4,3 - - 2 1,6Feminino - - - 1 4,3 1 4,9Dança Masculino - 3 6,5 2 5,7 - 5 3,9Feminino 1 3,0 - - 1 4,3 2 1,7Basquete Masculino 21 75,0 30 65,2 15 42,9 9 47,4 75 58,6Feminino 2 6,1 - - - 2 1,7Atletismo Masculino 28 100 46 100 35 100 19 100 128 100Feminino 2 6,1 3 8,8 1 3,8 1 4,3 7 6,0Não praticou Masculino 21 75,0 30 65,2 15 42,9 9 47,4 75 58,6Feminino 24 72,7 22 64,7 19 73,1 12 52,2 77 66,4TABELA 27 – Distribuição da amostra de acordo do com a desistência do esportepraticado(continua)Porque parouGênero9 anosf %10 anosf %11 anosf %12 anosf %TotalF %Desistiu Masculino 1 14,3 9 56,3 5 25,0 4 40,0 19 35,8Feminino 2 25,0 5 41,7 1 14,3 3 27,3 11 28,9Acabou Masculino 3 42,9 2 12,5 7 35,0 3 30,0 15 28,3Feminino 3 37,5 1 8,3 4 57,1 4 36,4 12 31,6


65TABELA 27 – Distribuição da amostra de acordo do com a desistência do esportepraticado(conclusão)Cuidar do irmão Masculino - 2 12,5 5 25,0 1 10,0 8 15,1Feminino 2 25,0 2 16,7 1 14,3 2 18,2 7 18,4Pais não deixarão Masculino 2 28,6 1 6,3 1 5,0 1 10,0 5 9,4Feminino - 3 25,0 1 14,3 1 9,1 5 13,2Mudou turno Masculino 1 14,3 2 12,5 1 5,0 1 10,0 5 9,4Feminino 1 12,5 1 8,3 - 1 9,1 3 7,9Falta de ginásio Masculino - - 1 5,0 - 1 1,9Feminino - - - - -Total Masculino 7 100 16 100 20 100 10 100 53 100Feminino 8 100 12 100 7 100 11 100 38 100De acordo com a tabela 26 o esporte que os meninos citam já haviampraticado eram o futebol (14,1%), o handebol (10,2%), o futsal (4,7%). As meninas jáhaviam praticado handebol (16,4%), atletismo (6,0%) e o voleibol (2,6%). Em todasas idades e sexo percebeu-se um número alto de crianças que nunca praticaramnenhuma atividade (62,3%).Na tabela 27 as crianças citaram ainda que 33% desistiram de praticar,seguido de 29,7% por término da atividade. As crianças do sexo masculino com 9 e11 anos revelaram que só pararam porque a atividade terminou, enquanto que osmeninos de 10 e 12 anos revelaram ter desistido. Comparando-se os sexospercebe-se que as meninas apresentaram um percentual mais alto quando aquestão foi cuidar de irmão (18,4%), o índice mais alto entre as idades do sexofeminino foi 25% na faixa etária de 9 anos.TABELA 28 – Médias de tempo e vezes entre os sexos e faixa etária emque praticavam e praticam algum tipo de esporte(continua)ItensGênero 9 anos 10 anos 11 anos 12 anosQuanto tempo práticaeste esporte (meses)MasculinoFeminino10,00 17,95 24,05 16,3810,80 14,50 15,50 6,40


66TABELA 28 – Médias de tempo e vezes entre os sexos e faixa etária emque praticavam e praticam algum tipo de esporte(conclusão)Número de vezes queMasculinoprática este esporte por2,13 2,26 2,76 2,00semanaFeminino2,20 1,50 1,67 2,20Número de horas queMasculinoprática este esporte por1,88 2,16 2,38 2,13diaFeminino2,20 2,00 1,83 1,40Há quanto tempoMasculinopraticava este esporte3,71 14,25 13,00 7,90(meses)Feminino4,75 15,58 9,57 10,36Número de horas queMasculinopraticava este esporte por1,71 1,94 2,55 2,50diaFeminino1,75 2,00 1,86 2,18Há quanto tempo praticoueste esporte (meses)MasculinoFeminino4,71 13,06 11,05 6,808,88 13,25 7,71 7,36Na tabela 28, verificou-se que as meninas e meninos do sexo feminino comidade de 10 anos já haviam parado de praticar na grande maioria a 15,58 e 14,25meses, respectivamente. Os resultados refletem, possivelmente, uma falta deoportunidades para a continuidade da prática esportiva.O quesito da freqüência semanal mostra quantas vezes por semana ascrianças realizam atividade esportiva sistematizada. A grande maioria, nos doissexos, aponta que duas vezes por semana (meninos=2,00 h/dia; meninas=2,20h/dia). Segundo Soares et al.(2007 na faixa etária analisada, é provável que esteacúmulo de dias/horas seja suficiente para provocar alterações necessárias aodesenvolvimento geral dos indivíduos, mas deve-se ter em conta que ainda é baixoo número de escolares que usufruem desta opção.Quanto ao número de horas diárias de prática esportiva a grande maioriadas crianças relatou participar das atividades por um período de uma a duas horasdiárias, sendo que, os meninos (2,13 h/dia) apresentam um índice mais alto que asmeninas (1,40 h/dia) envolvidas em atividades. Comprando-se com os resultados denúmeros de horas que praticavam este esporte os meninos com 9 anos revelaram


67ser os que menos tempo dispunham para tal atividade (1,71 h/dia) enquanto que osmeninos de 12 anos apresentaram índices de (2,55h/dia).A maioria praticava suas atividades pelo menos, duas vezes por semana,sendo os percentuais das meninas (66,08%) e dos meninos (63,45%) bastantesemelhantes. As jornadas diárias de atividade apresentaram escore mais elevado(50,76%) para uma hora. Na prática esportiva de duas horas diárias os papéisinvertem-se mostrando as meninas (40,94%), superiores aos meninos (29,95%). Osíndices mostram que as atividades pareciam satisfatórias no seu tempo derealização, pois a grande maioria das crianças (M=80,71%; F=87,72%) relatouatividades de uma a duas horas de duração.


CONCLUSÃOAtravés do presente estudo pôde-se observar uma predominância deescolares classificados como moderadamente ativos (45,3%), sedentários (38%) eativos (13,8%), demonstrando, também, que os meninos são mais ativos que asmeninas. Constatou-se que quanto maior a idade menor era o nível de atividadefísica.Quanto ao IMC, 63,2% da amostra encontra-se no peso ideal, estando asmeninas mais propensas ao excesso de peso do que os meninos. Quanto aoshábitos de vida, a preferência deu-se em assistir televisão num tempo médio de trêshoras por dia para ambos os sexos.O presente estudo poderá contribuir para projetos sociais comunitáriosdirecionados a manutenção de um estilo de vida ativo de jovens sapiranguenses.


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ANEXOS82


ANEXO A: QUESTIONÁRIO PAQ-C83


84QUESTIONÁRIO PAQ-CNome: ___________________________________ Idade: _____ Sexo: M ( ) F: ( )Data: ___________________Gostaria de saber que tipos de atividade física você praticou NOS ÚLTIMOSSETE DIAS (nessa última semana). Essas atividades incluem esporte e dançaque façam você suar ou que façam você sentir suas pernas cansadas, ou aindajogos (tais como pique), saltos, corrida e outros, que façam você se sentirofegante.LEMBRE-SE:A. Não existe certo ou errado - este questionário não é um teste.B. Por favor responda a todas as questões de forma sincera e precisa - é muitoimportante para o resultado.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1. ATIVIDADE FÍSICAVocê fez alguma das seguintes atividades nos ÚLTIMOS 7 DIAS (na semanapassada)? Se sim, quantas vezes?** Marque apenas um X por atividade **Nenhuma 1-2 3-4 5-6 7 vezes ou maisSaltos ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Atividade no parque ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Pique ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Caminhada ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Andar de bicicleta ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Correr ou trotar ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Ginástica aeróbica ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Natação ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Dança ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Andar de skate ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Futebol ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Voleibol ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Basquete ( ) ( ) ( ) ( ) ( )“Caçador” ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Outros (liste no espaço) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )___________________ ( ) ( ) ( ) ( ) ( )___________________ ( ) ( ) ( ) ( ) ( )2. Nos últimos 7 dias, durante as aulas de Educação Física, o quanto você foiativo (jogou intensamente, correu, saltou e arremessou)?


85Eu não faço as aulas .....................................................................( )Raramente .....................................................................................( )Algumas vezes ..............................................................................( )Freqüentemente ............................................................................( )Sempre ..........................................................................................( )marqueapenasumaopção3. Nos últimos 7 dias, o que você fez na maior parte do RECREIO?Ficou sentado (conversando, lendo, ou fazendo trabalho de casa) ..........( )Ficou em pé, parado ou andou ................................................................. ( ) marqueCorreu ou jogou um pouco ....................................................................... ( ) apenasCorreu ou jogou um bocado ...................................................... ...............( ) umaCorreu ou jogou intensamente a maior parte do tempo ............................( ) opção4. Nos últimos 7 dias, o que você fez normalmente durante o horário do almoço(além de almoçar)?Ficou sentado (conversando, lendo, ou fazendo trabalho de casa) ..........( )Ficou em pé, parado ou andou ..................................................................( ) marqueCorreu ou jogou um pouco ........................................................................( ) apenasCorreu ou jogou um bocado ......................................................................( ) umaCorreu ou jogou intensamente a maior parte do tempo ............................( ) opção5. Nos últimos 7 dias, quantos dias da semana você praticou algum esporte,dança, ou jogos em que você foi muito ativo, LOGO DEPOIS DA ESCOLA?Nenhum dia ............................................................................................( )1 vez na semana passada .....................................................................( ) marque2 ou 3 vezes na semana passada ..........................................................( ) apenas4 vezes na semana passada ..................................................................( ) uma5 vezes na semana passada ..................................................................( ) opção6. Nos últimos 7 dias, quantas vezes você praticou algum esporte, dança, oujogos em que você foi muito ativo, A NOITE?Nenhum dia .............................................................................................( )1 vez na semana passada .......................................................................( ) marque2-3 vezes na semana passada ................................................................( ) apenas4-5 vezes na semana passada ................................................................( ) uma6-7 vezes na semana passada ................................................................( ) opção7. NO ÚLTIMO FINAL DE SEMANA quantas vezes você praticou algum esporte,dança, ou jogos em que você foi muito ativo?Nenhum dia ............................................................................................( )1 vez .......................................................................................................( ) marque2-3 vezes .................................... ...........................................................( ) apenas4-5 vezes ................................................................................................( ) uma


866- vezes ..................................................................................................( ) opção8. Em média quantas horas você assiste televisão por dia? __________horas.9. Qual das opções abaixo melhor representa você nos últimos 7 dias?** Leia TODAS AS 5 afirmativas antes de decidir qual é a melhor opção**A). Todo ou quase todo o meu tempo livre eu utilizei fazendocoisas que envolvem pouco esforço físico (assistir TV, fazertrabalho de casa, jogar videogames) .......................................( )B) Eu pratiquei alguma atividade física (1-2 vezes na últimasemana) durante o meu tempo livre (ex. Praticou esporte,correu, nadou, andou de bicicleta, fez ginástica aeróbica) ...........( )marqueapenasC) Eu pratiquei atividade física no meu tempo livre uma(3-4vezes na semana passada) ..................................................( ) opçãoD) Eu geralmente pratiquei atividade física no meu tempolivre (5-6 vezes na semana passada) ............................................( )E) Eu pratiquei atividade física regularmente no meu tempolivre na semana passada (7 ou mais vezes) .................................( )10. Comparando você com outras pessoas do mesma idade e sexo, como vocêse considera?Muito mais em forma .................................................................( )Mais em forma ...........................................................................( )Igualmente em forma .................................................................( )Menos em forma ........................................................................( )Completamente fora de forma ...................................................( )marqueapenasumaopção11. Você teve alguma problema de saúde na semana passada que impediu quevocê fosse normalmente ativo?Sim ...........................................................................................................................Não ...........................................................................................................................Se sim, o que impediu você de ser normalmente ativo? ________________________12. Comparando você com outras pessoas da mesma idade e sexo, como vocêse classifica em função da sua atividade física nos últimos 7 dias?A) Eu fui muito menos ativo que os outros ...............................( )B) Eu fui um pouco menos ativo que os outros ........................( ) marqueC) Eu fui igualmente ativo .........................................................( ) apenasD) Eu fui um pouco mais ativo que os outros ...........................( ) umaE) Eu fui muito mais ativo que os outros ..................................( ) opção


8713. Marque a freqüência em que você praticou atividade física (esporte, jogos,dança ou outra atividade física) na semana passada.Nenhuma vez Algumas vezes Poucas vezes Diversas vezes Muitas vezesSegunda ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Terça ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Quarta ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Quinta ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Sexta ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Sábado ( ) ( ) ( ) ( ) ( )Domingo ( ) ( ) ( ) ( ) ( )


ANEXO B: QUESTIONÁRIO DE HÁBITOS DE VIDA88


89QUESTIONÁRIO DE HÁBITOS DE VIDAEscola: _____________________________________________________________Turno de estudo da escola: ( ) manhã ( ) tarde ( ) noiteSérie:______________________Turma:_____________________Nome completo: _____________________________________________________Sexo: ( ) masculino( ) femininoData de nascimento: _________/_________/_________1. Qual o tipo de moradia:( ) casa ( ) apartamento2. Qual o grau de escolaridade do responsável da família:Escolaridade do pai:Escolaridade da mãe:( ) Analfabeto ( ) Analfabeto( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau incompleto( ) 1º grau completo ( ) 1º grau completo( ) 2º incompleto ( ) 2º incompleto( ) 2º completo ( ) 2º completo( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior incompleto( ) Ensino superior completo ( ) Ensino superior completo( ) Pós graduação – Especialização ( ) Pós graduação - Especialização( ) Pós graduação – Mestrado; Doutorado ( ) Pós graduação – Mestrado;Doutorado1) Na sua casa tem... (assinale os itens abaixo)TV ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Vídeo cassete ( ) sim ( ) não Quantos? ___________DVD ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Computador ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Vídeo Game ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Rádio ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Carro ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Bicicleta ( ) sim ( ) não Quantos? ___________Moto ( ) sim ( ) não Quantos? ___________2) Quantas pessoas moram na sua casa/apartamento (incluindo você)? ______3) A que horas você costuma acordar de manhã?


90( ) antes das 6 horas( ) entre 7 e 8 horas( ) entre 8 e 9 horas( ) depois das 9 horas( ) outro horário? Informe: _____________4) A que horas você costuma dormir?( ) antes das 21 horas( ) entre 21 e 22 horas( ) entre 22 e 23 horas( ) entre 23 e 24 horas( ) depois das 24 horas5) Assinale as atividades que você costuma fazer quando está em casa:( ) ver TVQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) jogar vídeo gameQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) utilizar computador (internet, msn, orkut, jogos online, skype)Quantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) leiturasQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) escutar músicaQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) brincar com amigosQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) ajudar nas tarefas domésticasQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) cuidar de crianças que moram na mesma casaQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) estudarQuantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas( ) outras atividades (indique) ___________________________________________Quantas horas por dia? ( ) 1h ( ) 2h ( ) 3h ( ) mais de 3 horas6) O que você costuma fazer quando sai de casa?( ) jogar bola( ) andar skate( ) andar de patins/roller( ) andar de bicicleta( ) passear de carro( ) brincar com os amigos


91( ) outros? Indique: ___________________________________________________7) Onde você realiza suas atividades de lazer?( ) pátio de casa( ) campo ou terreno baldio perto de casa( ) rua( ) parque/praça( ) quadra da escola no turno contrário ao das aulas( ) outros? Quais?____________________________________________________8) Assinale os materiais de esporte que você tem:( ) patins/roller( ) bicicleta( ) skate( ) bola de plástico( ) bola de vôlei( ) bola de basquete( ) bola de futebol( ) bola de handebol( ) chuteiras( ) raquete de tênis( ) outros? Quais? ___________________________________________________9) Você participa de algum grupo? Assinale qual:( ) atividades na escola, no turno oposto das aulas. Quais: ____________________( ) CTG( ) grupo de teatro( ) atividades religiosas (catequese, grupo de jovens)( ) grupo musical( ) grupo de dança( ) ginástica olímpica( ) outros? Quais? ___________________________________________________10) Caso você, atualmente, esteja praticando algum esporte com orientação deum professor/treinador, responda as perguntas abaixo:a) Qual esporte que você rática?______________________________________b) Por que você escolheu este sporte?_________________________________c) Há quanto tempo pratica?_________________________________________d) Onde pratica?__________________________________________________e) Quantas vezes por semana?_______________________________________f) Quantas horas por dia?___________________________________________g) Formação profissional do professor/treinador?_________________________


9211) Se você, algum tempo atrás, praticou algum esporte com orientação deum professor/treinador, responda:a) Qual esporte praticava? __________________________________________b) Há quanto tempo? ______________________________________________c) Quantas horas por dia? __________________________________________d) Por quanto tempo o praticou? _____________________________________e) Por que parou de praticá-lo? ______________________________________


APÊNDICES93


APÊNDICE A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO94


95TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDOEu, ______________________________________________,livremente,permito que meus (minhas) filhos (as) matriculados (as) nas escolas públicas domunicípio de Sapiranga - RS, participe da pesquisa que tem como objetivo, estimara prevalência de sobrepeso e/ou obesidade em crianças e adolescentes na faixaetária de 10 a 12 anos, sob a responsabilidade da acadêmica Deise Gabriele Beier,acadêmica do curso de Educação Física do Centro Universitário <strong>FEEVALE</strong>, sob aOrientação do professor João Carlos Jaccottet Picolli.Fui informado (a) que a participação de meus (minhas) filhos (as) implicaráem responder a dois questionários e permitir que sejam feitas medidas de peso eestatura.Esta pesquisa trará informações sobre o estado nutricional de seu filho (a) etambém essas informações poderão ser úteis cientificamente.Não haverá riscos para integridade física, mental ou moral do seu filho (a).Os dados individualizados serão confidenciais, bem como não serãodivulgados os nomes dos participantes. Os resultados coletivos serão divulgadosnos meios científicos.A desistência em participar poderá ser efetuada a qualquer momento, semqualquer conseqüência para meu filho (a).Eu, Deise Gabriele Beier, pesquisadora, estarei sempre à disposição paraesclarecimento de dúvidas ou reclamações através dos telefones: (51) 3599-**** ou(51) 9927-****Sapiranga, ________ de _________________________2010.Nome do pai/ mãe responsável legal: _____________________________________Assinatura do pai/ mãe/ responsável legal: _________________________________Nome da pesquisadora: Deise Gabriele BeierAssinatura da Pesquisadora: ________________________________


APÊNDICE B: FICHA DE COLETA DE DADOS96


97FICHA DE COLETA DE DADOSNOME ESCOLA: _________________________________DADOS PESSOAIS:NOME: _________________________________________SÉRIE:_________________ SEXO: ( ) M ( ) FDATA DE NASCIMENTO:_______/_______/_______IDADE: __________DADOS ANTROPOMÉTRICOSPESO: ___________KgALTURA: ___________cmÍNDICE DE MASSA CORPORAL: __________________kg/m2RESULTADO:( ) BAIXO PESO( ) NORMAL( ) SOBREPESO( ) OBESO

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