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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALEEVANDRO LIMAA IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE CONTROLE NO DESENVOLVIMENTO DOPROCESSO OPERACIONAL: UM ESTUDO DE CASONovo Hamburgo, outubro <strong>de</strong> 2006.


1EVANDRO LIMAA IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE CONTROLE NO DESENVOLVIMENTO DOPROCESSO OPERACIONAL: UM ESTUDO DE CASOCentro Universitário FeevaleInstituto <strong>de</strong> Ciências Sociais aplicadasCurso <strong>de</strong> AdministraçãoHabilitação Administração <strong>de</strong> EmpresasTrabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> cursoProfessor Orientador: Ms. Sidnei Lopes DiasNovo Hamburgo, outubro <strong>de</strong> 2006.


2EVANDRO LIMATrabalho <strong>de</strong> Conclusão do Curso <strong>de</strong> Administração - HabilitaçãoAdministração <strong>de</strong> Empresas, com título A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DECONTROLE NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO OPERACIONAL: UMESTUDO DE CASO, submetido ao corpo docente do Centro Universitário Feevale,como requisito necessário para a obtenção do grau <strong>de</strong> Bacharel em Administração<strong>de</strong> Empresas.Aprovado por:_______________________________________Prof. Ms. Sidnei Lopes DiasOrientador________________________________________Prof. 1Banca Examinadora________________________________________Prof. 2Banca Examinadora________________________________________Prof. 3Banca ExaminadoraNovo Hamburgo, outubro <strong>de</strong> 2006.


3DEDICATÓRIAQuero <strong>de</strong>dicar este trabalho especialmente aminha companheira, incentivadora, amiga e esposaJô, que soube alimentar minhas esperanças,estimular e massagear meu ego, aquela que me <strong>de</strong>uforça, carinho e disposição.A minha família, e especialmente meuspais que formaram o alicerce e caráter necessáriospara encarar esse <strong>de</strong>safio na busca da conquista erealização.Aos meus filhos que enten<strong>de</strong>ram aausência e falta <strong>de</strong> atenção durante esta jornada.


4AGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>ço ao apoio a todos aqueles queapostaram e contribuíram para a conclusão <strong>de</strong>stacaminhada.Aos professores amigos, aqueles que, além<strong>de</strong> dividir seus conhecimentos mostraram querespeito e amiza<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m e sempre estarãoemparceirados.


5Não há nada <strong>de</strong> nobre em sermos superiores ao próximo.A verda<strong>de</strong>ira nobreza consiste em sermos superiores ao que éramos antes.(Autor <strong>de</strong>sconhecido)


6RESUMOA mo<strong>de</strong>rna teoria da administração direciona as ações das empresas no caminho daotimização, planejamento e controle <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, caminho este que requeragilida<strong>de</strong>, coerência e qualida<strong>de</strong> no levantamento <strong>de</strong> dados e transformação <strong>de</strong>stesem informações suficientes e que ao mesmo tempo não sejam <strong>de</strong>masiadas, para ofornecimento <strong>de</strong> subsídios para o gerenciamento do negócio e que possam servirtambém como instr<strong>um</strong>ento e fomentador das ações <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong>ntro dasorganizações. Utilizando-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a pesquisa exploratória <strong>de</strong>scritiva, apresenta-se<strong>um</strong> estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços que faz uso <strong>de</strong>inúmeras ferramentas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> processos e resultados. O objetivo <strong>de</strong>stetrabalho é verificar as contribuições e eficiência <strong>de</strong>stes mecanismos, sua influênciano processo operacional e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, e se ocorre alg<strong>um</strong>a disfunção ouexagero na adoção dos mesmos. Percebe-se que a utilização <strong>de</strong>stas ferramentas <strong>de</strong>controle, organizadas n<strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informação, possibilitam a interação doplanejamento operacional e do planejamento estratégico, sendo indispensáveis parao gerenciamento das ativida<strong>de</strong>s e para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.Palavras Chaves: Controle, Gerenciamento, Tomada <strong>de</strong> Decisões.


7ABSTRACTThe mo<strong>de</strong>rn theory of the management gui<strong>de</strong>s the actions of the companies in theroad of optimization, planning and control of their activities, a way that requiresagility, coherence and quality in the search of data and transforming them in enoughinformation and that, at the same time, they are not too much for the supply ofsubsidies for the management of the business which can also serve as instr<strong>um</strong>entand promoter of action planning insi<strong>de</strong> of the organizations. Being used of a<strong>de</strong>scriptive exploratory research, it comes to a case of study of a service businessthat makes use of countless tools of control of processes and results. The objectiveof this work is to verify the contributions and efficiency of these mechanisms, itsinfluence in the operational process and of <strong>de</strong>cisions taken, and if there happensdysfunction or exaggeration in the adoption of the same ones. It is noticed that theuse of these control tools, organized in a system of information, they make possiblethe interaction of the operational planning and of the strategic planning, beingindispensable for the management of the activities and for the <strong>de</strong>cisions taken.Key words: Control, Management, Decisions Taken.


8LISTA DE FIGURASFigura 1 As funções da administração ............................................................. 23Figura 2 Níveis <strong>de</strong> controle e avaliação ........................................................... 54Figura 3 Processo <strong>de</strong> controle ......................................................................... 62Figura 4 Organograma da empresa ................................................................. 74Figura 5 Reclamações proce<strong>de</strong>ntes da coleta domiciliar ................................. 83Figura 6 Expansão dos negócios ...................................................................... 85Figura 7 Absenteísmo – motoristas ................................................................. 86Figura 8 Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho – TF ................................................................. 88Figura 9 Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho – TG ................................................................. 89Figura 10 Rotativida<strong>de</strong> ....................................................................................... 90


9LISTA DE QUADROSQuadro 1 Processo administrativo nos diversos níveis da empresa ................. 24Quadro 2 Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho ............................................................. 80Quadro 3 Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho – coleta <strong>de</strong> resíduos domiciliares ........ 81


10SUMÁRIOINTRODUÇÃO ....................................................................................................... 122 OBJETIVOS ......................................................................................................... 162.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................. 162.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................ 162.3 PROBLEMA ......................................................................................... 163 METODOLOGIA .................................................................................................. 184 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 214.1 PROCESSO ORGANIZACIONAL ........................................................ 214.1.1 Planejamento ........................................................................ 254.1.2 Organização ......................................................................... 284.1.3 Direção ................................................................................. 334.1.4 Controle ................................................................................ 364.2 SISTEMAS ........................................................................................... 394.2.1 Componentes <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ............................................... 404.2.1.1 Processo ............................................................... 414.2.2 Sistemas <strong>de</strong> Informações ..................................................... 474.2.3 Sistemas <strong>de</strong> Controle ........................................................... 494.3 COMPONENTES DO SISTEMA DE CONTROLE ............................... 504.3.1 Tipos <strong>de</strong> Controle ................................................................. 53


114.3.2 Padrões <strong>de</strong> Medidas ............................................................. 574.3.3 Indicadores <strong>de</strong> Desempenho ................................................ 604.3.4 Itens <strong>de</strong> Controle .................................................................. 644.3.5 Itens <strong>de</strong> Verificação .............................................................. 654.3.6 Formulários ........................................................................... 664.5 AVALIAÇÃO DO CONTROLE .............................................................. 695 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 715.1 PERFIL DA EMPRESA ....................................................................... 715.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR DE PLANEJAMENTO / CONTROLE ECUSTOS .................................................................................................... 755.3 COLETA DE DADOS E GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES ................... 775.4 INDICADORES DE DESEMPENHO .................................................... 795.5 MENSURAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ................. 815.5.1 Reclamações <strong>de</strong> clientes ...................................................... 825.5.2 Expansão dos negócios ....................................................... 835.5.3 Funcionários ......................................................................... 855.6 MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ........... 905.7 USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA COLETA DE DADOS .............. 92CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 94REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 98ANEXOS ............................................................................................................... 100


12INTRODUÇÃOO estudo da administração <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>senvolve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>enten<strong>de</strong>r as características e variáveis que a compõem, bem como buscar oconhecimento dos fatores e técnicas utilizados nas organizações que po<strong>de</strong>mcontribuir para o gerenciamento <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização como <strong>um</strong> todo.Para Chiavenato (2005), é na administração que se encontra a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> intervir ou influenciar nos processos da empresa a fim <strong>de</strong> obter o melhorresultado, buscando sempre maior eficácia e eficiência. É justamente nesta buscaque o administrador estuda, projeta e aplica o conhecimento para atingir o melhorresultado.Para que possa atuar na empresa <strong>de</strong> forma a gerar tal influência se faznecessário, além <strong>de</strong> possuir <strong>um</strong> conhecimento <strong>de</strong> sua estrutura, ter seus processosorganizados e controlados.O ponto <strong>de</strong> partida para a boa administração da empresa é rever e aplicar osprincípios básicos, ou as funções da administração, que são: planejar, organizar,dirigir e controlar. Cada <strong>um</strong>a <strong>de</strong>las é fundamental e intransferível, e será através <strong>de</strong>


13sua aplicação que o administrador terá condições e subsídios para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões, imprescindíveis pra o sucesso e crescimento da organização.O planejamento a<strong>de</strong>quado da empresa, seus processos, visl<strong>um</strong>brando suasmetas e objetivos, será o ponto <strong>de</strong> partida e alicerce para o crescimento e<strong>de</strong>senvolvimento da organização. Mas somente o planejamento não garantirá que asações sejam realizadas da maneira esperada, então, se faz necessário organizar aempresa, envolvendo todos os seus componentes (pessoas, processos, ins<strong>um</strong>os),pois sem organização não será possível a aplicação das outras funçõesadministrativas.A função administrativa seguinte é a <strong>de</strong> direção ou gerenciamento do macroprocesso, é o momento <strong>de</strong> fazer com que o planejado e organizado sejaconquistado, através do envolvimento dos elementos que compõem a empresa.A utilização e aplicação <strong>de</strong>stas três funções básicas da administração,apesar <strong>de</strong> indispensáveis, não garante que as ações planejadas, organizadas edirigidas atingirão os objetivos estabelecidos. Neste momento surge a quarta funçãoque trás a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar ou medir os processos e resultados da empresa,visando evi<strong>de</strong>nciar se foi ou não alcançado os objetivos planejados.É nesta função administrativa que foi centrado este trabalho, buscandoi<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>ntro da empresa quais são os mecanismos <strong>de</strong> controle estabelecidospara monitoramento do processo, qual a forma <strong>de</strong> utilização dos resultados <strong>de</strong>stescontroles e também qual a contribuição para o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.


14Para aten<strong>de</strong>r aos objetivos do trabalho, o estudo foi focado na avaliação doscontroles do processo produtivo, e mais especificamente na análise do sistema <strong>de</strong>controle do serviço <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> resíduos domiciliares, pois embora a empresasendo composta <strong>de</strong> vários processos importantes, é na execução da ativida<strong>de</strong> fim,ou como chamado em alg<strong>um</strong>as organizações, no processo gerador <strong>de</strong> riqueza, queencontra-se a razão <strong>de</strong> ser dos <strong>de</strong>mais processos. Portanto, postula-se que nele<strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>positar maior atenção e controle.É neste contexto que será estabelecido o trabalho, avaliando o ato <strong>de</strong>controlar <strong>um</strong> processo e relacionando-o com as funções administrativas, além <strong>de</strong>verificar como estes controles estabelecidos influenciam na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Existe <strong>um</strong>a constante busca <strong>de</strong>ntro das organizações para a utilização <strong>de</strong>métodos e ferramentas <strong>de</strong> controle que possam fornecer informações referentes aoprocesso, ou seja, que confirmem ou não que o planejado alcance o resultado<strong>de</strong>sejado. Estes mecanismos têm o objetivo <strong>de</strong> indicar novos caminhos, quepossibilitem, teoricamente, <strong>um</strong>a maior visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações, bem como, <strong>de</strong> seusresultados.Tais ferramentas buscam fornecer subsídios necessários para que agerência possa adotar medidas necessárias, visando ajustar o processo e suasvariáveis.Julga-se correto acreditar que a função controlar é <strong>um</strong>a das açõesadministrativas mais importantes para o processo gerencial, é através <strong>de</strong>la que se


15monitoram e comparam o <strong>de</strong>sempenho projetado e atingido, servindo como basepara tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e ajustes administrativos.


162 OBJETIVOS2.1 OBJETIVO GERALAnalisar os principais instr<strong>um</strong>entos <strong>de</strong> controle da empresa e <strong>de</strong>stacar suainfluência no resultado operacional.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS• I<strong>de</strong>ntificar os principais tipos <strong>de</strong> controles existentes e sua finalida<strong>de</strong>;• Analisar os conceitos e as práticas dos controles operacionais existentes;• Avaliar os resultados obtidos com a utilização dos indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho operacionais e os reflexos na execução das ativida<strong>de</strong>s;• Evi<strong>de</strong>nciar a contribuição da utilização <strong>de</strong>stes controles para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões;2.3 PROBLEMADiante da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões cada vez mais rápidas e precisas,existe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> controle plenamente integrado e funcional. A


17transformação dos dados em informações corretas são fatores essenciais para osucesso dos resultados, portanto questiona-se: como os controles operacionaisadotados pela empresa em estudo, refletem no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seu processooperacional e na sua tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão?


183 METODOLOGIAO estudo <strong>de</strong> caso é a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa que permite maiorcompreensão <strong>de</strong> fenômenos sociais, políticos, organizacionais e também individuais.Utiliza-se o estudo <strong>de</strong> caso para examinar acontecimentos contemporâneos quandonão se po<strong>de</strong> manipular comportamentos relevantes (YIN, 2001).Este método permite o estudo <strong>de</strong> fenômenos em profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seucontexto à medida que eles se <strong>de</strong>senrolam nas organizações. Permite a análiseprocessual e contextual no momento em que se manifesta na organização.Permite, também, explorar o fenômeno com base em vários ângulos,consi<strong>de</strong>rando o maior número possível <strong>de</strong> variáveis.A utilização da análise do problema, através do estudo <strong>de</strong> caso, se mostra amais a<strong>de</strong>quada com a proposta <strong>de</strong>ste trabalho, pois possibilita o contato e análisedireta do problema em seu meio bem como a interpretação das possíveis variaçõesda efetivação da proposta apresentada, através da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação dopesquisador e os membros do fato pesquisado.


19Possibilita também coletar e comparar dados bibliográficos que sirvam <strong>de</strong>embasamento para a confirmação ou não da proposta apresentada. Serábibliográfica, pois o objetivo é avaliar e analisar as principais contribuições teóricasexistentes sobre o tema, on<strong>de</strong> <strong>um</strong>a das maiores vantagens se dá pelo fato <strong>de</strong>permitir o acesso a <strong>um</strong>a vasta gama <strong>de</strong> informações já coletadas e doc<strong>um</strong>entadas,tornando a pesquisa mais ampla.A pesquisa foi classificada como <strong>de</strong>scritiva, pois trabalha com dadoscolhidos da própria realida<strong>de</strong>. A coleta <strong>de</strong> dados é utilizada como <strong>um</strong>a das tarefascaracterísticas da pesquisa <strong>de</strong>scritiva, utilizando instr<strong>um</strong>entos como a observação,entrevista e questionários para i<strong>de</strong>ntificação da situação real ocorrida e a partir dissolançar as hipóteses e suas comprovações. Conforme Collis e Hussey (2005, p. 24)“a pesquisa <strong>de</strong>scritiva vai além da pesquisa exploratória ao examinar o problema,<strong>um</strong>a vez que avalia e <strong>de</strong>screve as características das questões pertinentes”.Para coletar dados serão utilizadas as seguintes técnicas: pesquisa eanálise doc<strong>um</strong>ental, através do levantamento dos tipos <strong>de</strong> doc<strong>um</strong>entos <strong>de</strong> controleutilizados, modo <strong>de</strong> abastecimento das informações e sua finalida<strong>de</strong>, bem comoinformações obtidas com supervisor administrativo - operacional encarregado <strong>de</strong>operação e membros executores das ativida<strong>de</strong>s, buscando informações sobreentendimento e registro das informações a serem controladas.Quanto ao método, será baseado na análise e interpretação das entrevistas,doc<strong>um</strong>entos e processos da empresa VEGA Engenharia Ambiental, no período <strong>de</strong>


20agosto à outubro <strong>de</strong> 2006 , sendo que seu conteúdo será comparado com as teoriasexistentes.


214 REVISÃO DA LITERATURAAntes <strong>de</strong> abordar o tema central <strong>de</strong>ste trabalho, faz-se necessáriocontextualizar o <strong>de</strong>senvolvimento das práticas e rotinas da organização, procurandocaracterizar as ações e sistemas <strong>de</strong>ntro da empresa.Chiavenato (2005) arg<strong>um</strong>enta que a administração <strong>de</strong> empresas éresponsável pela condução racional das ativida<strong>de</strong>s e recursos <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização.Ela trata das questões <strong>de</strong> planejamento, da organização (estruturação), da direção econtrole <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s e é nela que encontra-se os princípios pararealização <strong>de</strong>sta análise, procurando i<strong>de</strong>ntificar os conceitos que possibilitem oentendimento do funcionamento da empresa, sua estruturação, seus métodos eseus processos.elementos.A seguir, será caracterizado o processo organizacional e seus principais4.1 PROCESSO ORGANIZACIONALPara chegar-se a avaliação do controle das ativida<strong>de</strong>s precisa-se primeiroreconhecer ou i<strong>de</strong>ntificar à configuração da organização como <strong>um</strong> todo. É nesta


22configuração que se po<strong>de</strong> visualizar, a nível macro, a estrutura <strong>de</strong> trabalho, seuprocesso organizacional, sua estratégia, e como se aplicam as ferramentasadministrativas <strong>de</strong> organização, direção e do controle.Conforme Chiavenato (1994), o processo administrativo é <strong>um</strong> meio <strong>de</strong>integrar diferentes ativida<strong>de</strong>s da estratégia empresarial. Uma vez <strong>de</strong>finidos osobjetivos empresariais e formulada a estratégia que se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver,analisando o ambiente que envolve a empresa, a tarefa que preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhare a tecnologia que preten<strong>de</strong> utilizar, bem como as pessoas que <strong>de</strong>la participam,<strong>de</strong>ve ser administrada a ação empresarial que levará a cabo e estratégia escolhida.Para administrar a ação empresaria,l entra em jogo o processo administrativo, capaz<strong>de</strong> planejar, organizar, dirigir e controlar todas as ativida<strong>de</strong>s em todos os seus níveis<strong>de</strong> atuação.Portanto, julga-se correto acreditar, que o administrador necessita conhecere utilizar as funções básicas da administração que são planejar, organizar, dirigir econtrolar, pois estas apresentam-se <strong>de</strong> forma interligada e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para aeficácia do ato <strong>de</strong> administrar, sendo a essência da função. É através da a<strong>de</strong>quadautilização <strong>de</strong>stes princípios que se obterá o resultado pretendido.É preciso <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong>a análise, global, ter <strong>um</strong>a visão sistêmica econseguir perceber a interação entre os postos da organização, bem como dasvariáveis envolvidas no sistema.


23As funções administrativas são o alicerce principal <strong>de</strong> quem administra,embora tratadas <strong>de</strong> forma res<strong>um</strong>ida neste capítulo, são as principais e maioresativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas, na organização, pelo administrador.A figura 1 <strong>de</strong>monstra a interligação das funções administrativas.PLANEJAMENTOCONTROLEORGANIZAÇÃODIREÇÃOFigura 1: As funções da administraçãoFonte: Oliveira (1998, p. 81)A figura 1 mostra que o planejamento é o ponto <strong>de</strong> partida das funçõesadministrativas, mas, <strong>um</strong>a vez, iniciado o processo, passa a ser parte integrante,pois, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aplicadas as funções <strong>de</strong> organização e direção, ele será retroalimentadopela função controle, e se estabelecerá <strong>um</strong> círculo <strong>de</strong> aperfeiçoamentodo sistema.Além do conhecimento das funções administrativas, <strong>de</strong>ve-se ter ciência queelas se <strong>de</strong>senvolvem em diferentes níveis da empresa com as mesmas


24características, porém com enfoque diferenciado. Estas funções aplicadas no níveloperacional da empresa, por exemplo, terão <strong>um</strong>a conotação voltada a ativida<strong>de</strong> e asuas variáveis <strong>de</strong> execução, diferente do enfoque dado quando aplicadas no nívelestratégico, on<strong>de</strong> são observadas as questões macros da organização.As funções administrativas po<strong>de</strong>rão ser empregadas tanto no nívelestratégico, tático ou operacional com a mesma finalida<strong>de</strong>, mas o direcionamentopara cada nível será diferente <strong>de</strong> acordo com suas características e sua ligação como processo, ativida<strong>de</strong> ou do planejamento da empresa, conforme po<strong>de</strong>-se observarno quadro 1.NÍVEIS DEATUAÇÃOPLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO DIREÇÃO CONTROLEInstitucionalDeterminação eobjetivos eplanejamentoestratégicoDesenho daestruturaorganizacionalPolíticas ediretrizes <strong>de</strong>direção econdução dopessoalControlesglobais eavaliação do<strong>de</strong>sempenhoIntermediárioPlanejamento táticoe colocação <strong>de</strong>recursosEstrutura <strong>de</strong>órgãos e <strong>de</strong>cargos.Rotinas eprocedimentosGerência eaplicação <strong>de</strong>recursosvisando aaçãoempresariale li<strong>de</strong>rançaControles<strong>de</strong>partamentaise avaliação <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho<strong>de</strong>partamentalOperacionalPlanos operacionaisMétodos eprocessos <strong>de</strong>trabalho eoperaçãoChefiasupervisão emotivaçãodo pessoalControlesindividuais eavaliação do<strong>de</strong>sempenhoindividualQuadro 1: Processo administrativo nos diversos níveis da empresaFonte: Chiavenato (1994, p.168)


25De acordo com o quadro 1, po<strong>de</strong>-se verificar que o enfoque das funçõesadministrativas <strong>de</strong>ve ser condizente com o nível da organização em que estão sendoutilizadas, adotados por diferentes entes, com abordagens diferenciadas erelacionadas com o objetivo específico <strong>de</strong> cada <strong>um</strong> <strong>de</strong>les, sendo que no nível <strong>de</strong>atuação institucional, ou também <strong>de</strong>nominado estratégico, são <strong>de</strong>finidos pela altadireção os objetivos macros da organização.No nível intermediário ou tático é on<strong>de</strong> se localizam as chefias intermediáriasou gerentes <strong>de</strong> processo, e suas ações são direcionadas ao gerenciamento dosrecursos, li<strong>de</strong>rança e <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>partamental.Já no nível operacional, focado na operação e realização da ativida<strong>de</strong> em si,são estabelecidos os planos operacionais, os métodos e processos <strong>de</strong> trabalho e oscontroles individuais.Para compreen<strong>de</strong>r com mais clareza a hierarquização <strong>de</strong>stes processos éimportante caracterizá-los individualmente, conforme a seguir.4.1.1 PlanejamentoO planejamento surge como primeira função administrativa, por servir <strong>de</strong>base para as outras funções, e <strong>de</strong> acordo com Chiavenato (2004), é ele que <strong>de</strong>finequais os objetivos a serem atingidos e como fazer para alcançá-los. É <strong>um</strong> processogerencial que possibilita estabelecer o r<strong>um</strong>o a ser seguido pela organização, comvista a obter <strong>um</strong> nível <strong>de</strong> otimização na relação da empresa com o ambiente.


26Ao abordar a questão do planejamento <strong>de</strong>ntro da organização, é importanteter ciência que não se refere somente ao planejamento estratégico, pois seu<strong>de</strong>smembramento também se dá ao nível tático e operacional da empresa.Por sua vez o planejamento estratégico é o mais amplo e abrange toda aorganização, é concebido no nível mais alto da empresa, e diz respeito tanto àformulação <strong>de</strong> objetivos quanto à seleção <strong>de</strong> estratégias e serem seguidas para aobtenção <strong>de</strong>stes objetivos.Storner e Freeman (1999) comparam-no com <strong>um</strong>a locomotiva que puxa as<strong>de</strong>mais funções administrativas. Do planejamento estratégico <strong>de</strong>sdobra-se oplanejamento nos <strong>de</strong>mais níveis da organização, sendo em cada nível estabelecido<strong>um</strong> complemento do plano estratégico, apenas direcionado ao nível em questão.Segundo Chiavenato (2004, p. 152), “Planejamento Estratégico é oplanejamento global da empresa, projetado a longo prazo e envolve a organizaçãocomo <strong>um</strong>a totalida<strong>de</strong>”.Outra abordagem <strong>de</strong> planejamento é encontrada no nível tático, emboratendo os mesmos princípios <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes e metas, ele nãopossui a mesma abrangência do planejamento estratégico, atuando no nível<strong>de</strong>partamental ou das unida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>terminando quais os objetivos <strong>de</strong>vem seralcançados procurando dar as condições para organização e direção dos<strong>de</strong>partamentos.


27Ainda <strong>de</strong> acordo com Chiavenato (2004), o planejamento tático é projetadopara o médio prazo, geralmente anual, envolvendo cada <strong>de</strong>partamento e seusrecursos específicos e preocupa-se em atingir os objetivos <strong>de</strong>partamentais. Ele estácontido no planejamento estratégico, pois as ações e resultados <strong>de</strong>sejados nestenível estarão presentes no plano estratégico, porém localizados e administradosn<strong>um</strong> nível mais baixo da hierarquia, com empreendimentos mais limitados e comprazos mais curtos.O planejamento tático é a função <strong>de</strong> administrar que <strong>de</strong>terminaantecipadamente o que se <strong>de</strong>ve fazer e quais os objetivos que <strong>de</strong>vem seralcançados, visando dar condições racionais para quê se organize e dirija aempresa ou seus <strong>de</strong>partamentos ou divisões a partir <strong>de</strong> certas hipóteses arespeito da realida<strong>de</strong> atual e futura (CHIAVENATO, 1994, p. 214).O terceiro nível <strong>de</strong> planejamento é o executado no nível da operação, oplanejamento operacional mesmo sendo mais objetivo e específico não se tornamenos importante, pois nele encontram-se a realização das ativida<strong>de</strong>s e processosem si. Este plano abrange cada tarefa ou ativida<strong>de</strong> específica, é projetado para ocurto prazo envolvendo cada ativida<strong>de</strong> isoladamente e preocupa-se com as metasespecíficas.acrescentaNo que diz respeito ao planejamento operacional, Chiavenato (1994, p. 233)planejamento operacional se preocupa basicamente com “o que fazer” ecom “como fazer”. Refere-se especificamente as tarefas e operaçõesrealizadas no nível operacional. Como esta inserido na lógica do sistemafechado, o planejamento operacional esta voltado para otimização emaximização <strong>de</strong> resultados.


28Uma vez compreendido e executado o planejamento, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do nívelda organização em que se encontra, <strong>de</strong>ve-se partir para outra função administrativa,a <strong>de</strong> organizar. Neste momento parte-se para a organização da estrutura com vista aprepará-la para a implementação do planejado.Neste momento inicia-se a preparação da estrutura, visando aimplementação do planejado.4.1.2 OrganizaçãoAtualmente po<strong>de</strong>-se dizer que se vive n<strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong> eminentementeorganizada. Segundo Cury (2000), na socieda<strong>de</strong>, o homem, em todas as etapas <strong>de</strong>sua vida, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das organizações e nela esta inserido, pois todo o contexto <strong>de</strong>convivência em socieda<strong>de</strong> leva aos princípios da organização como fator<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da vida em grupo.Des<strong>de</strong> cedo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>-se da organização social e dos controles por elasestabelecidos e impostos como requisito para a vida em grupo com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nar <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas, unindo-as n<strong>um</strong> mesmo processo.A socieda<strong>de</strong> impõe regras e procedimentos para viabilizar a vida em grupo,estas regras e procedimentos po<strong>de</strong>m ser compreendidos na socieda<strong>de</strong> como as leisescritas que servem <strong>de</strong> balizadores para a convivência e estas, através do sistema<strong>de</strong> controle formal, servirão como organizadoras do processo social.


29Dentro das empresas não é diferente, mesmo tratando-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> gruporeduzido se comparado com a socieda<strong>de</strong> como <strong>um</strong> todo, nele são estabelecidos osmesmos princípios <strong>de</strong> organização e principalmente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle, <strong>um</strong>avez que o direcionamento das ações esta voltado para <strong>um</strong> objetivo único e com<strong>um</strong>daquele grupo.Ainda <strong>de</strong> acordo com Cruz (1998), nas empresas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> realizado oplanejamento necessário para encaminhamento e <strong>de</strong>finição das ações, faz-senecessário implementar a função administrativa <strong>de</strong> organização com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>preparar e organizar a estrutura da empresa. Para que os objetivos sejamalcançados, os planos executados e as pessoas possam trabalhar eficientemente,as ativida<strong>de</strong>s precisam ser agrupadas <strong>de</strong> maneira lógica e a autorida<strong>de</strong> distribuída<strong>de</strong> maneira a evitar conflitos e confusões, ou seja, efetivar a organização das ações,que terão como objetivo atingir metas.Organizar é o processo <strong>de</strong> arr<strong>um</strong>ar e alocar o trabalho, a autorida<strong>de</strong> e osrecursos entre os membros <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização <strong>de</strong> modo que eles possamalcançar eficientemente os objetivos da mesma... Assim os administradores<strong>de</strong>vem a<strong>de</strong>quar a estrutura da organização aos seus objetivos e recursos a<strong>um</strong> processo chamado <strong>de</strong> projeto organizacional (STONER e FREEMAN,1999, p. 6).Para Cury (2000) o conceito básico <strong>de</strong> organização po<strong>de</strong> ir além da estruturada empresa po<strong>de</strong>ndo ser abordado no âmbito social e mesmo assim tendo lugar nautilização industrial, pois a essência do ato <strong>de</strong> organizar está relacionada com aspessoas, sendo que as empresas são compostas por equipamentos, processo epessoas, <strong>de</strong>las e para elas serão <strong>de</strong>stinados os princípios <strong>de</strong> organização.


30Neste sentido Chiavenato (1994) compara a organização com <strong>um</strong>a unida<strong>de</strong>ou entida<strong>de</strong> social, on<strong>de</strong> as pessoas interagem entre si na busca <strong>de</strong> seus objetivosespecíficos, relacionando as empresas como exemplo <strong>de</strong> organização social, poistrata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> empreendimento h<strong>um</strong>ano moldado intencionalmente para atingir<strong>de</strong>terminados objetivos.Outra abordagem dada ao termo organizar, esta mais focada à ativida<strong>de</strong>empresarial, aborda os aspectos da função administrativa e a <strong>importância</strong> daestruturação e integração <strong>de</strong> recursos como forma <strong>de</strong> viabilizar a práticaadministrativa e obtenção dos resultados propostos.A palavra organização po<strong>de</strong> ser usada como função administrativa e partedo processo administrativo. Neste sentido, organização significa o ato <strong>de</strong>organizar, estruturar e integrar recursos e órgão inc<strong>um</strong>bidos <strong>de</strong> suaadministração e estabelecer relações entre eles e atribuições a cada <strong>um</strong><strong>de</strong>les. (CHIAVENATO, 1994, p. 254).Segundo Oliveira (1998), organização da empresa é a or<strong>de</strong>nação eagrupamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e recursos, visando o alcance dos objetivos e resultadosestabelecidos.De maneira geral a organização da empresa, como o próprio nome diz, visaorganizar e a<strong>de</strong>quar a estrutura <strong>de</strong>sta, integrando os recursos disponíveis, levandoem consi<strong>de</strong>ração as relações sociais estabelecidas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste processo, aomesmo tempo que os integra e <strong>de</strong>fine o r<strong>um</strong>o e atribuições <strong>de</strong> cada componente<strong>de</strong>ste processo, remetendo-os para o mesmo objetivo.


31Contudo, ao <strong>de</strong>finir organização, ainda não foram mencionados todos osseus principais componentes e para melhor entendimento, necessita-se aindaabordar os princípios básicos da organização que são: Divisão do trabalho,Especialização, Hierarquia e Amplitu<strong>de</strong> administrativa.O principal objetivo das organizações é produzir bens e / ou serviços. Paraser eficiente nesta proposta <strong>de</strong>ve-se buscar racionalizar suas operações. Chiavenato(2004, p. 128) <strong>de</strong>staca: ”Divisão do trabalho nada mais é do que a maneira pela qual<strong>um</strong> processo complexo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>composto em <strong>um</strong>a série <strong>de</strong> pequenas tarefasque o constituem”, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta ótica po<strong>de</strong>-se enten<strong>de</strong>r que por mais complexo que,seja <strong>um</strong> processo sua divisão o torna mais compreensível e controlável, sendo estadivisão <strong>um</strong>a das ações <strong>de</strong>senvolvidas quando da execução da função administrativa<strong>de</strong> organizar.O segundo princípio da organização trata da especialização, pois <strong>um</strong>a vezdividido o processo em tarefas menores acarreta necessariamente na especialização<strong>de</strong> seu executor. Embora sendo alvo <strong>de</strong> estudo das teorias administrativas eapontadas as novas tendências, ainda esta presente <strong>de</strong> forma majoritária aespecialização do executar das ativida<strong>de</strong>s, ficando restrito sua atuação e aptidão àexecução <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong> apenas.Outro princípio básico da organização e conseqüência da divisão dotrabalho, segundo Chiavenato (2005), é a diversificação funcional <strong>de</strong>ntro daempresa. Com a divisão do trabalho, precisa-se também <strong>de</strong>finir <strong>um</strong>a estruturahierárquica para dirigir as operações e manter sob controle a estrutura da


32organização. Quanto mais elevado o posto na estrutura hierárquica maior será aautorida<strong>de</strong> do gerente ou administrador.Na empresa a autorida<strong>de</strong> é dada <strong>de</strong> maneira formal, ou seja, é passado odireito <strong>de</strong> dar or<strong>de</strong>ns e <strong>de</strong> comandar os executores das ativida<strong>de</strong>s. De acordo comChiavenato (2004, p. 130), “autorida<strong>de</strong> formal é <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r concedido pelaorganização ao indivíduo que nela ocupa <strong>um</strong>a <strong>de</strong>terminada posição”, evi<strong>de</strong>nciandoque a questão <strong>de</strong> hierarquia necessita ser aplicada na empresa para viabilizar afunção administrativa da organização. A <strong>de</strong>finição da hierarquia <strong>de</strong> comando e a<strong>de</strong>legação da autorida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>nte é <strong>um</strong> fator indispensável para organizar aestrutura da empresa.Outro ponto a ser consi<strong>de</strong>rado quando fala-se <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> é quanto aresponsabilida<strong>de</strong> inerente à esta, pois o grau <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> é proporcional ao grau<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> ass<strong>um</strong>ida pela pessoa, e <strong>de</strong> acordo com Stoner e Freeman(1999), baseia-se no reconhecimento da legitimida<strong>de</strong> ou da legalida<strong>de</strong> ao exercê-la.Ainda, seguindo a abordagem dos princípios <strong>de</strong> organização como funçãoadministrativa, é importante abordar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> administrativa quesurge como <strong>de</strong>corrência do princípio <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>. Para Stoner eFreeman a amplitu<strong>de</strong> administrativa ou <strong>de</strong> comando esta relacionada com aquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> subordinados que o administrador dirige, e a partir da <strong>de</strong>finição dosníveis <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e conforme o número <strong>de</strong> subordinados estabelecidos em cada<strong>um</strong> <strong>de</strong>les, se dará a composição do organograma da empresa.


33Para representar a estrutura organizacional, é utilizado <strong>um</strong> gráfico universal<strong>de</strong>nominado organograma, que <strong>de</strong> acordo com Cury (2000, p. 219), é arepresentação gráfica e abreviada da estrutura da organização”. Existem vários tipos<strong>de</strong> organograma, po<strong>de</strong>ndo ser mais simples ou sofisticados, mas em síntese estes<strong>de</strong>monstram graficamente a distribuição dos órgãos componentes da empresa, afunções <strong>de</strong>senvolvidas por eles, os vínculos e relações inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, os níveisadministrativos e a hierarquia. De maneira geral é a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> todos oscomponentes da organização, divisão do trabalho, especialização, hierarquia eamplitu<strong>de</strong> administrativa que são apresentados à empresa como <strong>um</strong> todo.Portanto, quando equacionada a questão <strong>de</strong> organização da estrutura daempresa, consi<strong>de</strong>rando o entendimento e aplicação dos princípios já citados e,também, levando-se em conta o que já foi planejado, ainda é necessário continuar ocaminho da implementação das <strong>de</strong>mais funções administrativas. É chegada a hora<strong>de</strong> avançar e preocupar-se com a maneira como serão gerenciados todos osaspectos e componentes <strong>de</strong>sta estrutura que já foi planejada e organizada. A funçãoadministrativa, que suce<strong>de</strong> a organização, trata do gerenciamento e direcionamentonecessários para que se possa atingir os objetivos e metas estabelecidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oplanejamento, é a função direção, que será abordada a seguir.4.1.3 DireçãoA função administrativa da direção esta relacionada com as relações interpessoais.De acordo com Chiavenato (1994) as pessoas, quando inseridas naempresa, são colocadas em suas funções ou cargos, treinadas e precisam conhecer


34aquilo que se espera <strong>de</strong>las e como <strong>de</strong>sempenham seus cargos; precisam serguiadas e motivadas para os objetivos da organização, necessitam conhecer atotalida<strong>de</strong> da empresa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua visão, missão e objetivos.A direção constitui a terceira função administrativa, é aplicada <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>estabelecido o planejamento e a organização da empresa. Uma vez <strong>de</strong>finido oplanejamento e estabelecida à organização resta fazer as coisas andarem eacontecerem. A direção esta relacionada à ação e atua diretamente com as pessoaspois <strong>de</strong>las <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m a obtenção dos resultados.A função administrativa <strong>de</strong> direção ao nível institucional da empresa é aresponsável pela condução e orientação da ação empresarial por meio dadinamização das ativida<strong>de</strong>s relacionadas em todas as áreas e níveis daempresa. É a função predominante voltada para o <strong>de</strong>sempenho daspessoas, já que as pessoas são os recursos que vivificam os <strong>de</strong>maisrecursos empresariais. (CHIAVENATO, 1994, p. 369).Conforme Chiavenato (2004, p. 144), “a função <strong>de</strong> direção se relacionadiretamente com a maneira pela qual o objetivo, ou objetivos, <strong>de</strong>vem ser alcançadospor meio das ativida<strong>de</strong>s das pessoas que compõem a organização”, reforçando aligação <strong>de</strong>sta função com as relações inter-pessoais do administrador com seugrupo. Para que o planejado e organizado possam ser eficazes, surtindo os efeitos<strong>de</strong>sejados, é necessário que sejam complementados pela direção a<strong>de</strong>quada dogrupo através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a comunicação qualificada, além da habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e<strong>de</strong> motivação.A li<strong>de</strong>rança é outro fator importante a ser consi<strong>de</strong>rado nesta funçãoadministrativa, pois o papel do lí<strong>de</strong>r é essencial para que se possa direcionar ou


35dirigir as equipes <strong>de</strong>ntro da empresa. Para Cury (2000, p. 80), “li<strong>de</strong>rança é <strong>um</strong>processo que tem como finalida<strong>de</strong> influenciar as ativida<strong>de</strong>s do indivíduo ou e <strong>um</strong>grupo, nos esforços para realização <strong>de</strong> <strong>um</strong> objetivo em <strong>de</strong>terminada situação”.Igualmente, segundo Stoner e Freeman (1999, p. 07), “li<strong>de</strong>rar significa dirigir,influenciar e motivar os empregados a realizar tarefas essenciais. Enquanto planejare organizar lidam com aspectos mais abstratos do processo administrativo, aativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar é muito concreta: ela envolve o trabalho com pessoas”.Dentro <strong>de</strong>sta abordagem <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>staca-se o papel do lí<strong>de</strong>r naorganização, pois será ele, especificamente, que irá dirigir o grupo para asativida<strong>de</strong>s que terão <strong>de</strong> ser realizadas com harmonia e <strong>de</strong> forma objetiva para quese possa atingir as metas estabelecidas.Uma vez entendida e estabelecida a função <strong>de</strong> direção <strong>de</strong>ntro daorganização, e implementados os mecanismos e contatos necessários para suaefetivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve-se preocupar com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mensuração e controle doque até agora foi planejado, organizado e aplicada à <strong>de</strong>vida direção, é hora <strong>de</strong> secontrolar todos os processos para verificar se aquilo que foi proposto esta sendoatingido, ou se há alg<strong>um</strong> <strong>de</strong>svio não programado, sendo este o próximo temaabordado.


364.1.4 ControlePor tratar-se do foco <strong>de</strong>sta pesquisa, como já anunciado anteriormente, seráaprofundado o estudo <strong>de</strong>sta função administrativa, <strong>um</strong>a vez que a partir <strong>de</strong>leconstatam-se os dados indicados no planejamento, na organização e na direção,sendo ele essencial, após coleta e compilação dos dados, para redimensionamentodo planejamento, conforme visualizado na figura 01.Esta função administrativa está intimamente ligada às outras funções(planejar, organizar e dirigir), pois, conforme Oliveira (1998), elas sãointer<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e é justamente o controle que possibilita a confirmação dashipóteses lançadas, a mensuração e avaliação dos resultados da ação empresarial,bem como o redimensionamento <strong>de</strong> tais ações. Nenh<strong>um</strong> planejamento estarácompleto se não forem <strong>de</strong>finidos quais serão os meios para avaliar seus resultados econseqüências. O que não se po<strong>de</strong> controlar, não po<strong>de</strong> ser planejado e a<strong>de</strong>quado.O papel da função controle é acompanhar o <strong>de</strong>sempenho das estratégiasempresariais, através da comparação entre as situações alcançadas e as previstas.Neste sentido, a função controle é <strong>de</strong>stinada a assegurar se o <strong>de</strong>sempenho realpossibilita o alcance dos resultados e padrões que foram estabelecidosanteriormente.Controle e avaliação é <strong>um</strong>a função do processo administrativo que,mediante comparação com padrões previamente estabelecidos, procuramedir e avaliar o <strong>de</strong>sempenho e o resultado das ações, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>realimentar os tomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong> forma que possam corrigir oureforçar esse <strong>de</strong>sempenho ou interferir em funções do processoadministrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam os objetivosestabelecidos. (OLIVEIRA, 1998, c, p. 427).


37Ainda, segundo Oliveira (1998), a função controle e avaliação, inerente àsestratégias empresariais, possui alg<strong>um</strong>as finalida<strong>de</strong>s básicas:• I<strong>de</strong>ntificar problemas, falhas ou erros que se transformam em <strong>de</strong>svios doplanejado, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrigi-los e <strong>de</strong> evitar sua reincidência;• Fazer com que os resultados obtidos com a realização das operaçõesestejam, tanto quanto possível, próximos dos resultados esperados epossibilitem o alcance dos objetivos estabelecidos;• Verificar se as estratégias empresariais estão proporcionando osresultados esperados, <strong>de</strong>ntro das situações existentes e previstas;• Proporcionar informações gerenciais periódicas, para que seja rápida aintervenção no <strong>de</strong>sempenho do processo, caso necessário.Para Chiavenato (1994, p. 433), “a essência do controle resi<strong>de</strong> na<strong>de</strong>terminação se a ativida<strong>de</strong> está ou não alcançando os resultados <strong>de</strong>sejados.Quando se fala em resultados <strong>de</strong>sejados, parte-se do princípio que estes resultadosforam previstos e são conhecidos”. A partir <strong>de</strong>ste conceito a utilização dos controlespressupõe a existência <strong>de</strong> objetivos e <strong>de</strong> planos, pois não se po<strong>de</strong> controlar semplanos que <strong>de</strong>finam o que <strong>de</strong>ve ser feito .Stoner e Freeman (1999) abordam a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> controle como sendo oprocesso <strong>de</strong> garantir que as ativida<strong>de</strong>s realizadas se igualem às ativida<strong>de</strong>splanejadas, Esta abordagem, embora que sintética, exprime a essência do objetivo


38do ato <strong>de</strong> controlar, que é a <strong>de</strong> fazer com que aquilo que esta sendo realizado, ou foirealizado, saia <strong>de</strong> acordo com o planejado e conforme os objetivos estabelecidos.Chiavenato (1994) complementa dizendo que o controle esta presente emtodas as formas e níveis <strong>de</strong> ação empresarial. Os administradores <strong>de</strong>stinam boaparte do tempo para observar, rever e avaliar o <strong>de</strong>sempenho da organização como<strong>um</strong> todo. Estes controles po<strong>de</strong>m ser aplicados simultaneamente nos níveisestratégico, tático e operacional e cada <strong>um</strong> com suas características particulares,mas servido para o mesmo propósito. Esta aplicação nos diferentes níveis daempresa será abordada no próximo capítulo <strong>de</strong>ste trabalho.Conforme <strong>de</strong>scrito anteriormente, acredita-se que haja <strong>um</strong> consenso entreos autores já citados neste capítulo, ao <strong>de</strong>finirem a <strong>importância</strong> e finalida<strong>de</strong> docontrole. Para os mesmos, a função administrativa é o ponto chave para avaliar egerenciar as ativida<strong>de</strong>s empresariais, sem o efetivo controle não se torna possívelsaber se o que foi planejado esta sendo executado e tampouco se a organização edireção aplicadas ao processo surtem alg<strong>um</strong> benefício ou incremento à ativida<strong>de</strong>. Éele que possibilita ou fornece o ins<strong>um</strong>o mais importante para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, ainformação.Acredita-se, portanto, que somente a existência do controle não garante queserão medidas todas as variáveis pertinentes ao processo e tão poucos que asinformações resultantes <strong>de</strong>stas medições servirão ou chegarão até as pessoasresponsáveis e capazes <strong>de</strong> intervir no processo.


39Conforme Oliveira (1998) para que haja <strong>um</strong>a a<strong>de</strong>quação e garantia dofuncionamento correto da função controlar é preciso que sejam instituídos sistemas<strong>de</strong> informação e controle com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disponibilizar, em tempo a<strong>de</strong>quado,todas as informações baseadas nos dados coletados e que sejam acessíveis aosgerentes correspon<strong>de</strong>ntes. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> sistemas será abordada a seguir.4.2 SISTEMASA necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise e comparação do gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> dadosdisponíveis na organização e o estudo das relações entre os elementos que acompõem fez com que fossem criados e organizados sistemas que possibilitasseminter-relacionar estas variáveis.Segundo Oliveira (1998, p. 35), “sistema é <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> partes integrantese inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que, conjuntamente, formam <strong>um</strong> todo unitário com <strong>de</strong>terminadoobjetivo e efetuam <strong>de</strong>terminada função”.Alguns estudiosos buscam <strong>de</strong>finir o que é sistema através <strong>de</strong> <strong>um</strong>aabordagem mais objetiva e direcionada com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>ntro dasorganizações estabelecendo <strong>um</strong> elo com as práticas e a realida<strong>de</strong> da execução dastarefas. Cruz (1998, p. 47) <strong>de</strong>fine “sistema é à disposição <strong>de</strong> partes <strong>de</strong> <strong>um</strong> todo, que<strong>de</strong> forma coor<strong>de</strong>nada formam <strong>um</strong>a estrutura organizada, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>executar <strong>um</strong>a ou mais ativida<strong>de</strong>s”.


40Também neste aspecto, acredita-se existir certo consenso entre os autorescitados ao <strong>de</strong>finir sistema como sendo <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> itens que tem o propósito <strong>de</strong>coletar, armazenar e dispor informações para serem utilizadas posteriormente <strong>de</strong>acordo com a finalida<strong>de</strong> do controle que é empregado.Para que haja maior compreensão do q ue são sistemas, se faz necessário aabordagem <strong>de</strong> seus componente para que se possa enten<strong>de</strong>r as variáveis que ocompõem.4.2.1 Componentes <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistemaO entendimento da finalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> como se caracterizam seus componentessignificará melhor eficiência na compreensão do sistema como <strong>um</strong> todo epossibilitará a <strong>de</strong>finição a<strong>de</strong>quada do que e como controlar.É no <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s da empresa, ou no processo<strong>de</strong>senvolvido por ela, que se encontrarão os itens cabíveis <strong>de</strong> mensuração econtrole e será através do seu acompanhamento que a organização disporá dasinformações necessárias para o seu gerenciamento. Serão abordados a seguir oscomponentes do processo.


414.2.1.1 ProcessoO primeiro passo para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> processo é distinguí-lo da ativida<strong>de</strong> e/outarefa, pois, conforme CRUZ (2005) processo compreen<strong>de</strong> <strong>um</strong> universo mais amplo,sendo as ativida<strong>de</strong>s ou sua execução <strong>um</strong> <strong>de</strong>sdobramento do próprio processo.Os processos utilizam os recursos da organização para ofereceremresultados objetivos. Trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s realizadas n<strong>um</strong>a seqüêncialógica com o objetivo <strong>de</strong> produzir <strong>um</strong> bem ou serviço.Processo é a forma pela qual <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s cria, trabalha outransforma ins<strong>um</strong>os (entradas), agregando-lhes valor, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>produzir BENS ou SERVIÇOS, com qualida<strong>de</strong>, para serem entregues aclientes (saídas), sejam eles internos ou externos. (CRUZ, 2005, p. 106).Portanto, <strong>um</strong> processo é a <strong>de</strong>finição dos fluxos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> negócio,on<strong>de</strong> são consi<strong>de</strong>radas as ativida<strong>de</strong>s que são executadas e os recursos utilizados,sejam financeiros, h<strong>um</strong>anos e materiais.Para Cury (2000, p. 303), “processo é <strong>um</strong>a série <strong>de</strong> tarefas ou etapas querecebem ins<strong>um</strong>os (materiais, informações, pessoas, máquinas, métodos) e geramprodutos (produto físico, informação, serviço), com valor agregado, usado para finsespecíficos por seu receptor”. Portanto, qualquer tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> que <strong>um</strong>a empresaestiver realizando, em princípio, <strong>de</strong>ve integrar <strong>um</strong> processo.A função do processo é a <strong>de</strong> produzir bens ou serviços <strong>de</strong> forma organizada,repetitiva e sempre com a mesma qualida<strong>de</strong>, ou ainda buscando melhorá-la ainda


42mais, mas para isso não se po<strong>de</strong> confundir métodos <strong>de</strong> produção com processos,pois são diferentes. Enquanto o método <strong>de</strong>fine a técnica que será utilizada paratransformar as entradas em saídas, o processo <strong>de</strong>fine a forma pela qual esta técnicaserá empregada.Uma tarefa especial na compreensão e controle do processo é anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levantar os dados e enten<strong>de</strong>r seus elementos. Todo o processo écomposto por elementos e objetivos. Os elementos são: Ins<strong>um</strong>os, Recursos,Ativida<strong>de</strong>s, Informações e Tempo. Será através do conhecimento <strong>de</strong>stes elementosque se po<strong>de</strong>rá ter <strong>um</strong>a visão mais ampla sobre o processo.De acordo com Cruz (2005), ins<strong>um</strong>o é o conjunto <strong>de</strong> fatores, ou como opróprio nome diz “ins<strong>um</strong>os”, que entram ou contribuem <strong>de</strong> forma direta ou indiretapara a produção <strong>de</strong> bens ou serviços e que são indispensáveis para o<strong>de</strong>senvolvimento do processo, como matéria prima, energia, água, horastrabalhadas, etc. Para o autor po<strong>de</strong>-se dizer que ins<strong>um</strong>os são aqueles elementostransformados durante o processo.Cruz (2005), salienta que os recursos são os elementos que dão suporte àprodução, tais como capital, mão-<strong>de</strong>-obra, equipamentos, instalações etc. Seráatravés <strong>de</strong>les que se efetivará a produção ou <strong>de</strong>senvolvimento do processo e suacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir <strong>de</strong>terminado bem ou serviço.Uma vez disponibilizados os ins<strong>um</strong>os e recursos necessários paraefetivação do processo é necessário partir para a ação e executar as ativida<strong>de</strong>s quecompõem o processo. Todas as ações <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo, seja ele <strong>de</strong> qualquer


43tipo, são realizadas através <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s. Por isso as ativida<strong>de</strong>s possuem <strong>um</strong>papel fundamental no processo.A ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser caracterizada como a execução <strong>de</strong> <strong>um</strong>a tarefa ou açãoa ela <strong>de</strong>spendida por <strong>um</strong> indivíduo, ou seja, ação aplicada para a realização <strong>de</strong>alg<strong>um</strong>a tarefa. Dentro das organizações visualizamos as ativida<strong>de</strong>s como as tarefasa serem executadas, é a utilização da ação para concretização das tarefas.Cruz (1998, p. 86) <strong>de</strong>fine: “Ativida<strong>de</strong> é a menor parte <strong>de</strong> <strong>um</strong> processoqualquer, ação ou trabalho específico executado quer pelo ser h<strong>um</strong>ano quer pelamáquina”. Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a ativida<strong>de</strong> menor parte <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo narealida<strong>de</strong> ela é o fato motivador do processo, sem sua existência não haverianecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição e formalização.Cruz (2005), complementa dizendo que as ativida<strong>de</strong>s também po<strong>de</strong>m sercompreendidas como <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> normas e procedimentos associados à mão<strong>de</strong>-obrae as tecnologias que, <strong>um</strong>a vez processadas, irão produzir <strong>um</strong>a parte doprocesso geral da organização. Trata-se da junção <strong>de</strong>stes elementos <strong>de</strong> maneiraorganizada para atingir os objetivos da empresa.Será no <strong>de</strong>senvolvimento ou no controle das ativida<strong>de</strong>s que serão geradosos dados que se transformarão nas informações necessárias para acompanhamentoe gerenciamento do processo.Deve-se distinguir dado <strong>de</strong> informação. O que distingue dado ou <strong>um</strong>conjunto <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> <strong>um</strong>a informação que auxilia no processo <strong>de</strong>cisório é o


44conhecimento que ela propicia aos tomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Segundo Oliveira (1998),“dado é qualquer elemento i<strong>de</strong>ntificado em sua forma bruta, que por si só nãoconduz a <strong>um</strong>a compreensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado fato ou situação”.Através <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>finição acredita-se que no cotidiano das organizaçõesmuitos são os dados disponíveis e coletados, mas isso não significa que asinformações já estejam disponíveis, faltando ainda a compilação e combinação dosdados a fim <strong>de</strong> torná-los <strong>um</strong>a informação útil para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. É a partir dodado transformado, que o administrador po<strong>de</strong>rá utilizá-lo n<strong>um</strong> processo dinâmico ouelemento <strong>de</strong> ação, permitindo posicionar-se diante <strong>de</strong> <strong>um</strong> problema ou situaçãoqualquer <strong>de</strong>ntro da organização.Dado é o registro ou anotação a respeito <strong>de</strong> <strong>um</strong> evento ou ocorrência. Umbanco <strong>de</strong> dados é <strong>um</strong> meio <strong>de</strong> ac<strong>um</strong>ular e armazenar conjunto <strong>de</strong> dadospara serem posteriormente combinados e processados. Quando <strong>um</strong>conjunto <strong>de</strong> dados possui <strong>um</strong> significado (conjunto <strong>de</strong> números para formar<strong>um</strong>a data ou <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> letras para formar <strong>um</strong>a frase), temos <strong>um</strong>ainformação (CHIAVENATO, 2004, p. 332).Como exemplo <strong>de</strong> dados n<strong>um</strong>a empresa, cita-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção,custo <strong>de</strong> matéria prima, número <strong>de</strong> empregados. A informação seria a análise <strong>de</strong>stesdados, ou seja, vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> produção, produtivida<strong>de</strong>, etc.Dentro da empresa muitas serão as ativida<strong>de</strong>s e igualmente n<strong>um</strong>erososserão os dados passíveis <strong>de</strong> serem coletados. Uma ação importante é a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>quais dados são realmente importantes para a composição das informações e quaissão as informações que contribuirão para o acompanhamento e aprimoramento doprocesso.


45Outro componente do processo é a informação. A informação é a união,compilação e transformação dos dados. Aqueles registros que em separado nãoapresentavam elementos suficientes para influenciar no processo, quando cruzados,transformam-se em informações po<strong>de</strong>rosas para serem analisadas pelos tomadores<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Neste sentido Chiavenato (2004, p. 332) afirma: “Informação é oconjunto <strong>de</strong> dados com significado, que reduz a incerteza ou que a<strong>um</strong>enta oconhecimento a respeito <strong>de</strong> algo”.A informação é fundamental no apoio das estratégias e no processo <strong>de</strong>tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão bem como no controle das operações empresariais. Suautilização representa <strong>um</strong>a intervenção no processo <strong>de</strong> gestão, po<strong>de</strong>ndo inclusiveprovocar <strong>um</strong> dano organizacional, à medida que afeta os diversos elementos quecompõem <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> gestão. Neste sentido, Bauren (1994), coloca que: “Naausência <strong>de</strong> <strong>um</strong> fluxo <strong>de</strong> informações constante, os gestores sentem-se impotentespara qualquer coisa. Além disso, gran<strong>de</strong> parte das informações é gerada pelaprópria estrutura organizacional”.Torna-se necessário diferenciar e classificar qual é a finalida<strong>de</strong> dasinformações que se preten<strong>de</strong> obter através dos mecanismos <strong>de</strong> controle, para quese possa estabelecer o melhor mecanismo a ser utilizado.As informações disponíveis na empresa <strong>de</strong>vem propiciar a i<strong>de</strong>ntificação dosproblemas e das necessida<strong>de</strong>s da organização nos vários níveis da empresa(estratégico, tático e operacional), bem como fornecer subsídios para avaliar oimpacto e necessida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>cisões a serem tomadas. A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as


46<strong>de</strong>cisões tomadas na empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá muito da qualida<strong>de</strong> da informação àdisposição dos gestores (CHIAVENATO, 2004).Ainda há mais <strong>um</strong> componente importante do processo, o tempo, este é ocomponente fundamental <strong>de</strong> todo e qualquer processo, colocando-o <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong>aperspectiva prática e mensurável, dizendo quando fazer e o que tem <strong>de</strong> ser feitopara que o bem ou produto seja produzido.Com a velocida<strong>de</strong> e exigências <strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong> produtos ou serviçosem tempo cada vez mais curtos torna este componente cada vez mais importantequando do planejamento e organização <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo, pois <strong>de</strong> nada adiantarealizar ou produzir se não se consegue disponibilizá-lo em tempo a<strong>de</strong>quado aomercado.Toda ativida<strong>de</strong> ao ser realizada ou produto ao ser produzido <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r aprazos estabelecidos. O fator tempo mostra-se presente sendo <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a <strong>importância</strong><strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo, indispensável quando do planejamento e realização daativida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> ser o principal fator <strong>de</strong> avaliação e controle da execução damesma.Conclui-se, portanto que os componentes do processo são os elementospassíveis <strong>de</strong> controle, e será durante sua utilização que surgirão os dados quecompilados serão transformados em informações. O curso natural é buscar a<strong>de</strong>finição e i<strong>de</strong>ntificação do que são os sistemas <strong>de</strong> informações e sistemas <strong>de</strong>controle, como eles são compostos e sua <strong>importância</strong> para a transformação dos


47dados em informações capazes <strong>de</strong> contribuir para eficiência da empresa, abordagemesta realizada a seguir.4.2.2 Sistemas <strong>de</strong> InformaçõesNas organizações mo<strong>de</strong>rnas, a agilida<strong>de</strong> e velocida<strong>de</strong> na tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões estão diretamente relacionadas à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações e amaneira que a empresa se comunica. À medida que a<strong>um</strong>enta a complexida<strong>de</strong>interna na empresa e no ambiente em que ela atua, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ten<strong>de</strong> atornar-se também mais complexo. Para aten<strong>de</strong>r a esta situação <strong>de</strong> maneiraa<strong>de</strong>quada, necessita-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informações eficiente e eficaz.Para conciliar e organizar os dados e transformá-los em informaçõesa<strong>de</strong>quadas e suficientes para sua análise, se faz necessário estabelecer <strong>um</strong> sistema<strong>de</strong> informações capaz <strong>de</strong> transformar dados em informações, convertendo-os n<strong>um</strong>processo <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> informações gerenciais.Sistema <strong>de</strong> informações é o processo <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> dados eminformações. E quando esse processo está voltado para a geração <strong>de</strong>informações que são necessárias e utilizadas no processo <strong>de</strong>cisório daempresa, diz-se que esse é <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informações gerenciais(OLIVEIRA, 2001, p. 47).Os sistemas <strong>de</strong> informações estão baseados na coleta <strong>de</strong> dados, que por sisó não representam <strong>um</strong>a informação, mas é a junção e cruzamentos <strong>de</strong>stes dadosque os transformam em informações importantes para a avaliação do andamento doprocesso e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.


48Po<strong>de</strong>-se ir mais longe, ampliando o conceito <strong>de</strong> sistema, classificando-ocomo sistema <strong>de</strong> informação gerencial, on<strong>de</strong> os sistemas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong>informações são transformados em sistemas <strong>de</strong> informações gerenciais pelo fato <strong>de</strong>sua finalida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>r <strong>um</strong>a orientação para o processamento <strong>de</strong> transações emfavor <strong>de</strong> <strong>um</strong>a orientação para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões gerenciais. Neste aspecto Cruz(1998, p. 48), refere-se ao sistema <strong>de</strong> informações gerenciais como sendo “Umsistema <strong>de</strong> pessoas, equipamentos, procedimentos, doc<strong>um</strong>entos e comunicação quecoleta, valida, executa operações, transforma, armazena, recupera e apresentadados par uso no planejamento, orçamento, controle e outros processos gerenciais”.Todo sistema <strong>de</strong> informações é alimentado pelos ins<strong>um</strong>os ou entrada <strong>de</strong>dados, estes dados são processados e transformados em saídas ou resultados,porém, sua eficiência esta diretamente relacionada com a proporcionalida<strong>de</strong> entreentradas e saídas.O conhecimento do processo, bem como a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> quais são osdados necessários a serem coletados, juntamente com a condição <strong>de</strong> transformá-losem informação, é parte integrante do sistema <strong>de</strong> informações e se estas foremutilizadas <strong>de</strong> forma a contribuírem para o processo <strong>de</strong>cisório da organização,somente então se po<strong>de</strong>ria chamá-lo <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informações gerenciais.Além <strong>de</strong> caracterizar e verificar a <strong>importância</strong> do sistema <strong>de</strong> informações, éimportante <strong>de</strong>stacar que <strong>um</strong>a variável ou componente <strong>de</strong>ste é o sistema <strong>de</strong> controle,pois possui a mesma essência <strong>de</strong> gerar informações, mas com o enfoque <strong>de</strong>controlar o processo, sendo este o próximo tema a ser abordado.


494.2.3 Sistemas <strong>de</strong> ControleDa mesma maneira que a i<strong>de</strong>ntificação e classificação das informações sãoextremamente importantes, o reconhecimento dos processos que compõem aempresa também <strong>de</strong>vem ser alvos <strong>de</strong> estudo. As informações referem-se à<strong>de</strong>terminada área ou processo <strong>de</strong>ntro das organizações e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da finalida<strong>de</strong>necessitará <strong>de</strong> <strong>um</strong>a abordagem diferenciada para que se tenha o esperado controleda execução do processo.Conforme Hampton (1992) para que se possa abordar a questão do controleem si, ou seja, quais são os dados, para que servem e como são utilizados, se faznecessário conhecer e situar o sistema <strong>de</strong> controle como <strong>um</strong> todo, seufuncionamento, organização e finalida<strong>de</strong>.Hampton (1992) ainda profere que os sistemas <strong>de</strong> controle funcionam <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização como <strong>um</strong> elo entre as ações planejadas e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,possibilitando <strong>de</strong>cidir on<strong>de</strong> e como agir para ajustar o processo. Este é o princípio daadministração, que através da retro-alimentação do sistema, gera <strong>um</strong> círculo virtuoso<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação e melhoria.Por sua vez, Chiavenato (1994) arg<strong>um</strong>enta que a escassez ou excesso <strong>de</strong>ins<strong>um</strong>os <strong>de</strong> entrada constituem extremos ou <strong>de</strong>svios que <strong>de</strong>vem ser evitados. Damesma maneira, o sistema cujas saídas não atendam as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> meioambiente per<strong>de</strong> eficácia. Neste sentido, a função <strong>de</strong> controlar <strong>de</strong>ve sera<strong>de</strong>quadamente instalada procurando colher a quantida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> dados para


50serem transformados em informações, sem que haja <strong>um</strong> excesso que o tornepesado e contra producente, ao mesmo tempo que não po<strong>de</strong> ser superficial ou queincorra em falta <strong>de</strong> subsídio para compor <strong>um</strong>a informação gerencial.Os sistemas <strong>de</strong> controle são partes integrantes do sistema <strong>de</strong> informações,<strong>um</strong>a vez que os dados coletados servirão para a composição das informações aserem avaliadas nos diferentes níveis da empresa e com diferentes objetivos.Os autores citados na abordagem dos temas <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação esistemas <strong>de</strong> controle evi<strong>de</strong>nciam que sua utilização é indispensável para aalimentação, monitoração e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, quanto aos ajustes necessários noprocesso, relatam também, a <strong>importância</strong> <strong>de</strong> se instituírem controles a<strong>de</strong>quados acada tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, preocupados com sua abrangência, quantida<strong>de</strong> e finalida<strong>de</strong>,a fim <strong>de</strong> evitar tanto o exagero quanto a escassez <strong>de</strong>stes.Uma vez esclarecida a finalida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong>aorganização e sua <strong>importância</strong> para o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, cabe aindaampliar o conhecimento do sistema <strong>de</strong> controle como <strong>um</strong> todo e i<strong>de</strong>ntificar quais osseus componentes.4.3 COMPONENTES DO SISTEMA DE CONTROLEA finalida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> controle muitas vezes é distorcida <strong>de</strong>ntro dasorganizações, pois apesar <strong>de</strong> fornecerem informações capazes <strong>de</strong> dar subsídiospara a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e adaptar o processo para obter <strong>um</strong>a resposta mais


51próxima do planejado, em muitas vezes são manipulados pelos gerentes paraajustar o resultado, o que <strong>de</strong>svirtua do princípio básico da função <strong>de</strong> controlar.Segundo Oliveira (2001), o controle visa aten<strong>de</strong>r a duas finalida<strong>de</strong>sprincipais: correção <strong>de</strong> falhas ou erros, e prevenção <strong>de</strong> novas falhas. A primeira,correção <strong>de</strong> falhas ou erros <strong>de</strong>tecta-os, seja no planejamento, seja na execução datarefa, para que se possam apontar as medidas corretivas necessárias em caso <strong>de</strong><strong>de</strong>svios.A segunda função do controle é justamente prevenir novas falhas ou erros,pois ao corrigi-los se apontam os meios necessários para evitá-los no futuro,garantindo o redimensionamento tanto do planejamento como dos mecanismos <strong>de</strong>controle, qualificando tanto <strong>um</strong> processo quanto o outro. Oliveira (1998, p. 427)salienta que, “a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar <strong>de</strong>ve ser entendida como o processo <strong>de</strong>coletar e retro-alimentar informações sobre o <strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong> maneira que osresponsáveis pelas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão possam comparar os resultados”, e éatravés da comparação dos resultados realizados e planejados que po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>cidiro que fazer à respeito das distorções apresentadas.Em cada nível <strong>de</strong> empresa o controle possui <strong>um</strong>a finalida<strong>de</strong> e conduçãodiferente, <strong>de</strong> acordo com Chiavenato (2005), para o controle ao nível estratégicobuscam-se informações das relações da empresa com o ambiente e controla o<strong>de</strong>sempenho empresarial como <strong>um</strong> todo, enquanto no nível tático, são abordados osobjetivos setoriais avaliando os resultados <strong>de</strong> cada área ou <strong>de</strong>partamento, sendoassim focado no resultado global do setor, mediante <strong>um</strong>a visão integrada <strong>de</strong> todas


52as operações. Já no plano operacional, o controle é exercido diretamente naexecução da tarefa.Tão importante quanto controlar ou medir o que esta sendo realizado, se faznecessário estabelecer padrões <strong>de</strong> medida e avaliação a<strong>de</strong>quados ao tipo <strong>de</strong> dadoque se esta coletando, para que c<strong>um</strong>pram sua finalida<strong>de</strong> e contribuam para oprocesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Após o estabelecimento dos padrões que servirão <strong>de</strong> referência para secontrolar o resultado obtido, faz-se necessário <strong>de</strong>finir o que, como e com quaiscritérios isso ocorrerá, a fim <strong>de</strong> dispor das informações esperadas do sistema <strong>de</strong>controle. Ainda <strong>de</strong> acordo com Oliveira (1998, p. 433), “o processo <strong>de</strong> medir e avaliar<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ntro das organizações significa estabelecer o que medir e selecionarcomo medir, mediante critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, quantida<strong>de</strong> e tempo”.Chiavenato (2004, p. 357) complementa afirmando: “Todas as variações econfigurações do ato <strong>de</strong> controlar, através dos itens <strong>de</strong> controle, verificações, coleta<strong>de</strong> dados, enfim, buscando e criando informações, mostram a <strong>importância</strong> dosindicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho”, pois, segundo o autor, neles estão compiladas todasas informações necessárias para se acompanhar o processo.Além da i<strong>de</strong>ntificação dos componentes do controle, necessita-se aindamaior aprofundamento, na busca da i<strong>de</strong>ntificação dos tipos <strong>de</strong> controle normalmenteutilizados e como eles estão dispostos na organização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do nível da


53organização em que foram estabelecidos e quais as finalida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cada<strong>um</strong>, o que será abordado na seqüência.4.3.1 Tipos <strong>de</strong> ControleDepen<strong>de</strong>ndo do nível da organização o controle ass<strong>um</strong>e <strong>um</strong>a configuração efinalida<strong>de</strong>s distintas. Ele é orientado e envolve diferentes grupos <strong>de</strong>ntro dasorganizações, po<strong>de</strong>ndo situar-se no nível estratégico, tático ou operacional. Comoexemplo cita-se Chiavenato (1994, p. 459) o qual comenta: “Controle é a funçãosegundo a qual todo administrador, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o presi<strong>de</strong>nte até o supervisor <strong>de</strong> primeiralinha, certifica-se <strong>de</strong> aquilo que foi feito esta <strong>de</strong> acordo com o que se pretendiafazer”, reforçando a participação <strong>de</strong> todos os responsáveis pelos processos e aindaconclui dizendo: “A essência do controle é a ação que ajusta às operações, aospadrões pré-<strong>de</strong>terminados e sua base e a informação que os diretores (nívelinstitucional), gerentes (nível intermediário) e supervisores (nível operacional)recebem”.O controle será exercido para verificar o <strong>de</strong>sempenho da organização como<strong>um</strong> todo em relação ao <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada das áreas funcionais ou setorescorrespon<strong>de</strong>ntes. Estes controles estarão direcionados <strong>de</strong> acordo com o tipo <strong>de</strong>informação que se <strong>de</strong>seja obter tanto no nível operacional, tático ou estratégico,estando diretamente relacionados entre si.controle.Na figura 2 é possível visualizar os diferentes níveis <strong>de</strong> aplicação do


54EMPRESAControle e avaliaçãoEstratégicoTáticoOperacionalFigura 2: Níveis <strong>de</strong> controle e avaliaçãoFonte: Oliveira (1998, p. 435)Po<strong>de</strong>-se observar na figura 2 que o controle estratégico esta situado no nívelmais alto da empresa e segundo Oliveira (1998), ele é macro orientado envolvendo atotalida<strong>de</strong> da empresa, direcionado em longo prazo, é genérico e sintético quanto aoseu conteúdo e avalia o <strong>de</strong>sempenho global da empresa.Chiavenato (2005) complementa fazendo <strong>um</strong>a analogia com o planejamentoestratégico comentando que: “é no nível estratégico que se i<strong>de</strong>ntificam asoportunida<strong>de</strong>s e ameaças do ambiente on<strong>de</strong> opera a empresa, bem como aavaliação das forças e franquezas em contrapartida à sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> anteciparas necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>mandas do mercado, <strong>de</strong>vendo ser capaz <strong>de</strong> avaliar e conduzilar<strong>um</strong>o à seus objetivos”.


55No controle estratégico estarão compilados os dados necessários para quese possa saber o que fazer para a obtenção dos resultados pretendidos, sendoremetido para os níveis tático e operacional o direcionamento <strong>de</strong> como fazer para aobtenção <strong>de</strong>stes resultados.Chiavenato (1994, p. 435) <strong>de</strong>staca: “O controle estratégico – também<strong>de</strong>nominado controle organizacional - é tratado no nível institucional da empresa ese refere geralmente aos aspectos globais que envolvem a empresa como <strong>um</strong>atotalida<strong>de</strong>. Sua dimensão <strong>de</strong> tempo é o longo prazo”. A abordagem temporal serádiferente em cada nível da empresa.O controle estratégico é diretamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos controles realizadosnos níveis operacional e tático, pois <strong>de</strong>stes virão os dados que comporão asinformações analisadas, e serão a eles retornadas as ações para a<strong>de</strong>quação dospossíveis <strong>de</strong>svios das metas e objetivos traçados.Já os controles táticos, que são exercidos no nível intermediário daorganização, são focados no médio prazo e abrange normalmente as ações dasunida<strong>de</strong>s não sendo tão genéricos e abrangentes quanto o controle estratégico.Para Chiavenato (1994) o controle tático normalmente aborda cada unida<strong>de</strong> daempresa ou <strong>um</strong> <strong>de</strong>partamento focando sua ação no próprio nível tático, mas comreflexos no nível operacional.Embora estando localizado e sendo executado em outro nível da empresa ocontrole tático é parte integrante do controle estratégico, pois <strong>de</strong>le partirão as


56informações que serão analisadas no nível institucional. O controle tático é a ligaçãoentre o nível estratégico e os controles operacionais voltados para a execução dastarefas e operação. Neste caso os padrões <strong>de</strong> controle e avaliação sãoestabelecidos a partir <strong>de</strong> objetivos setoriais <strong>de</strong>partamentais, e conforme Oliveira(1998), servem para avaliar o resultado <strong>de</strong> cada área e dos sistemas administrativos.Portanto, o foco do controle é o resultado global da área, mediante visão integrada<strong>de</strong> todas as operações.O controle operacional esta direcionado para as tarefas e operação, seuacompanhamento, otimização e maximização dos resultados tem <strong>um</strong> caráterimediatista, pois as informações são acompanhadas em tempo real e os ajustes<strong>de</strong>verão ser adotados imediatamente.No nível operacional é mais fácil <strong>de</strong> visualizar a configuração do controle emsi, pois, <strong>de</strong>le são extraídos os dados principais que serão transformados eminformações e porque as ações corretivas inci<strong>de</strong>m, normalmente, sobre a própriatarefa ou operação realizada. Neste sentido Chiavenato (1994, p. 490) <strong>de</strong>fine ocontrole exercido neste nível como “sendo <strong>um</strong> subsistema <strong>de</strong> controle efetuado nonível mais baixo da empresa, seu conteúdo é específico e voltado para a tarefa ouoperação e é direcionado para o curto prazo e para ação corretiva imediata econcreta”.Oliveira (1998) corrobora afirmando que o controle e avaliação sãorealizados ao nível da execução das operações, ou seja, sobre a própria execuçãoda tarefa, estabelecendo a execução da ativida<strong>de</strong> como foco da avaliação e controle


57para a obtenção <strong>de</strong> informações que serão utilizadas em todos os níveis daempresa, partindo das análises <strong>de</strong>stinadas à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões no próprio nível daoperação e compondo as informações que serão utilizadas nos níveis tático eestratégico.4.3.2 Padrões <strong>de</strong> MedidasSe a finalida<strong>de</strong> do controle é assegurar que o executado saiu como oplanejado, <strong>um</strong> fator importante para a coleta <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estabelecerpadrões <strong>de</strong> medida e avaliação a<strong>de</strong>quados ao tipo <strong>de</strong> dado que se preten<strong>de</strong> coletar,e também estarem diretamente relacionados a aplicação da informação colhida.Oliveira (1998, p. 256) complementa afirmando que: “Os padrões são a base para acomparação dos resultados <strong>de</strong>sejados, po<strong>de</strong>m ser tangíveis ou intangíveis, vagos ouespecíficos, explícitos ou implícitos, bem como se referem à quantida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> etempo”.Oliveira (1998) acrescenta que nas empresas em que o processo já estaestabelecido, supõe-se que já existam os padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, estes são ospróprios objetivos da organização ou setor e são, por <strong>de</strong>finição, tangíveis,verificáveis e mensuráveis. Neste caso os objetivos são os padrões pelo qual oprocesso é medido e comparado.O autor finaliza dizendo que os objetivos ass<strong>um</strong>em, mesmo que não <strong>de</strong>forma explícita, o papel <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> medidas e servem como referência para quea empresa se organize e busque atingir suas metas. Antes <strong>de</strong> se querer <strong>de</strong>finir os


58padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ve-se pensar no planejamento <strong>de</strong> todo o processo, poisé nesse momento que se <strong>de</strong>finem os padrões, sendo eles os indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho específicos utilizados pela administração da empresa. Acontecem <strong>de</strong>forma circular. Um <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do outro, não funcionam <strong>de</strong> forma fragmentada.O fato mais importante na <strong>de</strong>finição dos padrões <strong>de</strong> medida é, sem dúvida,estabelecer os padrões a<strong>de</strong>quados a cada situação, levando-se em conta aestrutura e organização da empresa. Pior que não medir é medir errado, pois dadose informações não confiáveis ou que não contribuam diretamente para ogerenciamento do processo e, por conseguinte, da organização, não surtirão o efeito<strong>de</strong>sejado, pois se funciona <strong>de</strong> forma circular irá <strong>de</strong>slocar o planejamento a <strong>um</strong> foco“não real”.Robbins (2003, p. 142) comenta: “O que medimos é provavelmente mais<strong>de</strong>cisivo para o processo <strong>de</strong> controle do que como medimos”. A seleção errada <strong>de</strong>critérios po<strong>de</strong> ter conseqüências graves sobre o funcionamento do processo. Alémdisso, aquilo que se me<strong>de</strong> <strong>de</strong>termina, em gran<strong>de</strong> parte o que as pessoas naorganização tentarão superar.O responsável pela <strong>de</strong>finição dos padrões <strong>de</strong>ntro da organização, sejadiretor, gerente ou controller, precisa conhecer a organização e saber qual acontribuição <strong>de</strong> cada setor, pessoa ou tarefa para que possa converter essacontribuição em padrões mensuráveis. Quando não for possível estabelecer padrõesque possam ser medidos ainda é preferível adotar alg<strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> referencial, mesmoque subjetivo, para que se tenha <strong>um</strong> padrão balizador.


59Segundo Robbins (2003, p. 142), “<strong>um</strong> gerente precisa <strong>de</strong>terminar qual é ovalor com que <strong>um</strong>a pessoa, <strong>de</strong>partamento ou unida<strong>de</strong> contribui para a organizaçãoe, então, converter essa contribuição em padrões”. Mesmo que o padrão não possaser mensurável ou expresso em termos quantificáveis, é sempre preferível dispor <strong>de</strong>medidas subjetivas a não dispor <strong>de</strong> padrão nenh<strong>um</strong>.Outro fato importante, segundo Oliveira (1998), ao se <strong>de</strong>finir <strong>um</strong> padrão <strong>de</strong>medida é que ele precisa ser <strong>de</strong>safiador e motivador mas, coerente com a realida<strong>de</strong>.Estabelecer padrões irreais, com metas muito altas ou muito baixas, acabarão por<strong>de</strong>scaracterizar a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta comparação. Os gerentes <strong>de</strong>vem avaliar não só oprocesso, mas também o próprio padrão <strong>de</strong> medida com intuito <strong>de</strong> corrigi-lo casonecessário.Conclui-se portantoque o estabelecimento <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> medida é oalicerce principal para a efetivação do ato <strong>de</strong> controlar, mas igualmente importante éplanejar antecipadamente o processo para que se possa saber o que medir. Ocontrole não surtirá efeito se não houver a clareza do que <strong>de</strong>ve ser medido, mesmoque para isso seja necessário estabelecer padrões subjetivos <strong>de</strong> mensuração. Paramelhor entendimento dos padrões estabelecidos nas organizações e sua<strong>importância</strong>, será abordado, na seqüência, a utilização dos padrões comoindicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.


604.3.3 Indicadores <strong>de</strong> DesempenhoO processo <strong>de</strong> controle e avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho significa estabelecer oque medir e selecionar, como medir, mediante critérios <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> etempo. Cruz (2005, p. 73) <strong>de</strong>staca: “Medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é o conjunto <strong>de</strong>técnicas, instr<strong>um</strong>entos e normas que possibilitam manter o processo <strong>de</strong>ntro daqualida<strong>de</strong> esperada, além <strong>de</strong> permitir sua contínua melhoria”, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>staabordagem verifica-se que os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho estão diretamente ligadosao sistema da qualida<strong>de</strong>, mas seu objetivo principal é servir como referência para ocontrole do processo.Dentro das organizações várias são as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inferir alg<strong>um</strong> tipo <strong>de</strong>indicador que possibilite rastrear e medir o <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s propostas.Uma das maiores contribuições dos autores matemáticos, e baseados nosavanços obtidos nas indústrias do Japão e Estados unidos, quando daimplementação do sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e consequentemente do controle daqualida<strong>de</strong>, estão no aporte <strong>de</strong> indicadores financeiros e não financeiros,quantificáveis e objetivos que possibilitam medir e avaliar o <strong>de</strong>sempenhoorganizacional, os chamados indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.Chiavenato (2004) <strong>de</strong>clara que os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho são os sinaisvitais <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização, pois permitem mostrar o que esta sendo feito e quais sãoos resultados <strong>de</strong> suas ações.


61De acordo com Oliveira (1998, p. 140), “os gerentes realmente não po<strong>de</strong>msaber se as unida<strong>de</strong>s estão <strong>de</strong>sempenhando corretamente suas tarefas até quetenham avaliado quais ativida<strong>de</strong>s foram concluídas e comparando com o<strong>de</strong>sempenho real e com o padrão <strong>de</strong>sejado”.Igualmente Oliveira (1998), <strong>de</strong>staca que é fácil enten<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong>controle como constituído por três etapas separadas e distintas:a) Mensuração do <strong>de</strong>sempenho real;b) Comparação do <strong>de</strong>sempenho real em relação a <strong>um</strong> padrão;c) Tomada da ação gerencial para corrigir <strong>de</strong>svios ou padrões ina<strong>de</strong>quados.A figura 3 apresenta o processo <strong>de</strong> controle e <strong>de</strong>monstra a <strong>importância</strong> damensuração do <strong>de</strong>sempenho e utilização dos padrões para aferir o processo.


62Padrões <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenhoPadrões corretos2.Compararresultados c omos padrões1. Mensurar oDesempenhorealResultados3. Comparar osresultados comos padrõesAjustar oDesempenhorealFigura 3: Processo <strong>de</strong> controleFonte: Robbins (2003, p.141)A mensuração do <strong>de</strong>sempenho real é o ponto <strong>de</strong> partida para i<strong>de</strong>ntificaçãodos <strong>de</strong>svios no planejado, mas <strong>de</strong>ve-se estar atento se os padrões adotados, pois, aadoção <strong>de</strong> parâmetros que não condizentes com a realida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> inviabilizaralcançar os objetivos.De acordo com Oliveira (2001), a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> padrões irreais ou metas quenão condigam com a realida<strong>de</strong> da organização ou negócio também são perigosas,pois o estabelecimento <strong>de</strong> metas muito altas ou muito baixas não possibilitam <strong>um</strong>aintervenção eficiente no sistema, pois não refletem a realida<strong>de</strong> da situação.Nos casos do estabelecimento <strong>de</strong> metas aquém da capacida<strong>de</strong> do negócio,acabam criando <strong>um</strong>a falsa impressão e eficiência do negócio, não sendo avaliados


63a<strong>de</strong>quadamente a produtivida<strong>de</strong> e eficiência na execução da efetivida<strong>de</strong>. Uma açãosimples <strong>de</strong> a<strong>um</strong>ento do padrão <strong>de</strong>sejado po<strong>de</strong> “a<strong>de</strong>quar” o sistema e alinhar oprocesso.Segundo Oliveira (2001), não se trata da simples redução <strong>de</strong>ste padrão paraa<strong>de</strong>quação do sistema, embora que a primeira ação que ocorra seja oquestionamento do padrão adotado, é neste momento que po<strong>de</strong>rão ser avaliadostodos os critérios do processo <strong>de</strong> planejamento dos padrões, sabendo se estãocorretos, se o <strong>de</strong>sempenho esta <strong>de</strong> acordo e se as ações corretivas foram tomadaspara a confirmação da valida<strong>de</strong> do padrão estabelecido.Oliveira (2001) complementa dizendo que o processo <strong>de</strong> monitoração do<strong>de</strong>sempenho e sua aplicação para a correção dos <strong>de</strong>svios no processo é omecanismo principal para a retro alimentação do sistema <strong>de</strong> controle, possibilitandoque sejam, além <strong>de</strong> monitorados, aplicadas medidas <strong>de</strong> correção <strong>de</strong> quaisquer<strong>de</strong>svios significativos.Uma vez planejado e <strong>de</strong>finido os padrões que servirão <strong>de</strong> balizadores para osistema <strong>de</strong> controle, cabe pensar no “como” será medido, e para isso po<strong>de</strong>-seabordar a utilização <strong>de</strong> itens <strong>de</strong> controle e verificação que serão utilizados paraextrair do processo ou ativida<strong>de</strong> os dados para comparação com o padrão, assuntoeste abordado no próximo item.


644.3.4 Itens <strong>de</strong> ControlePara o gerenciamento a<strong>de</strong>quado do processo é preciso levar emconsi<strong>de</strong>ração que este po<strong>de</strong> ter <strong>um</strong> ou mais resultados. Portanto, o estabelecimento<strong>de</strong> itens <strong>de</strong> controle do resultado, em pontos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>finidos, mostram-seimprescindíveis para o levantamento <strong>de</strong> forma objetiva dos dados necessários parao monitoramento do processo.Campos (1994, p. 19) <strong>de</strong>fine: “Os itens <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo sãoíndices n<strong>um</strong>éricos estabelecidos sobre os efeitos <strong>de</strong> cada processo para medir suaqualida<strong>de</strong> total”.O autor citado ainda comenta que <strong>um</strong> processo é gerenciadoatravés <strong>de</strong> seus itens <strong>de</strong> controle que me<strong>de</strong>m a qualida<strong>de</strong>, custo, entrega esegurança dos seus efeitos. Cada processo po<strong>de</strong> ter <strong>um</strong> ou mais resultados<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da condução e das variáveis que o compõem. Para que se possagerenciar o processo é necessário medir o seu efeito.Ainda conforme Campos (1994), os itens <strong>de</strong> controle surgem com afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medir a qualida<strong>de</strong>, custo, entrega ou qualquer outro fator componentedo processo que se julgar necessário, através <strong>de</strong> critérios n<strong>um</strong>éricos quantificáveis.Estes itens também po<strong>de</strong>m ser chamados <strong>de</strong> itens <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> resultados e sãoestabelecidos sobre os pontos que foram <strong>de</strong>finidos como “pontos <strong>de</strong> controle”.Os itens <strong>de</strong> controle, conforme comentado anteriormente, serão utilizados<strong>de</strong>ntro das organizações em pontos específicos para verificar se aquilo que estavaprevisto foi realizado, porém ainda restará o questionamento do porque o planejado


65não foi alcançado. Cabe abordar quais as causas que levaram a ocorrer. Para tantoserão implementados os itens <strong>de</strong> verificação, que será abordado a seguir.4.3.5 Itens <strong>de</strong> VerificaçãoUm efeito do processo, medido pelos itens <strong>de</strong> controle po<strong>de</strong>m necessitarserem apuradas a causas que levaram para <strong>um</strong> <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>svio do programado.Nestes casos o gerente po<strong>de</strong> achar necessário verificar as causa do <strong>de</strong>svio comomeio <strong>de</strong> garantir <strong>um</strong> bom nível <strong>de</strong> seus resultados, ou para avaliar a qualida<strong>de</strong> doinstr<strong>um</strong>ento, pois o <strong>de</strong>svio po<strong>de</strong> indicar que o instr<strong>um</strong>ento esta mal planejado, malorganizado e não esta servindo a<strong>de</strong>quadamente a seu propósito.Para Campos (1994, p.19) “Os itens <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo sãoíndices n<strong>um</strong>éricos estabelecidos sobre as principais causas que afetam <strong>um</strong><strong>de</strong>terminado item <strong>de</strong> controle”. O autor se refere ao item <strong>de</strong> verificação como <strong>um</strong>controle do próprio item <strong>de</strong> controle, buscando as causas que levaram o <strong>de</strong>svio doprogramado.Os resultados <strong>de</strong> <strong>um</strong> item <strong>de</strong> controle são garantidos pelo acompanhamentodos itens <strong>de</strong> verificação. Os itens <strong>de</strong> verificação po<strong>de</strong>m também serchamados <strong>de</strong> “itens <strong>de</strong> controle das causas” e são estabelecidos sobre os“os pontos <strong>de</strong> verificação” do processo. (CAMPOS, 1994, p. 19).O objetivo maior ao estabelecer os itens <strong>de</strong> verificação e controle <strong>de</strong>ntro dasorganizações é dispor <strong>de</strong> indicadores que possam ser utilizados como balizadoresdo <strong>de</strong>senvolvimento do processo como <strong>um</strong> todo. Mas para que seja possível coletare acompanhar os resultados do processo se faz necessário estabelecer técnicas e


66uso <strong>de</strong> mecanismos para esta coleta. Neste momento surgem os formulários pararegistro dos dados, seguir será verificado sua finalida<strong>de</strong> e aplicação.4.3.6 FormuláriosO bom funcionamento da empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> basicamente da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>gerar e classificar informações e a maneira que elas são distribuídas <strong>de</strong>ntro daorganização. Deste modo, gran<strong>de</strong> parte das informações são colhidas eprocessadas através <strong>de</strong> doc<strong>um</strong>entos que, normalmente, são chamados <strong>de</strong>formulários. Os formulários são importantes instr<strong>um</strong>entos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados.Os formulários ass<strong>um</strong>em o papel <strong>de</strong> elo da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> informações daempresa, pois reúne os dados para posteriormente serem transformados eminformações úteis aos processos e à empresa.Conforme Simcsik (1992, p. 16) “os formulários foram surgindo nasempresas <strong>de</strong> forma natural, pois os indivíduos, ao perceberem suas própriasnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> coleta, agregação e interpretação <strong>de</strong> dados”. Posteriormente eramutilizados para geração e disseminação <strong>de</strong> informações sob a forma <strong>de</strong> relatórios.O ato <strong>de</strong> transformar dados em informações requer <strong>um</strong> suporte físico paraque se transforme na informação. A junção <strong>de</strong> dados prefixados com <strong>um</strong>acomplementação <strong>de</strong> dados variáveis se dá nos formulários que levam osfuncionários a exercerem ou não <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong>.


67O formulário ac<strong>um</strong>ula os dados, transformando-os em informação, e sãoestabelecidos <strong>de</strong>ntro das organizações <strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta,agregação e interpretação para serem utilizados posteriormente. Segundo Rocha(1987, p. 199), “nenh<strong>um</strong> formulário <strong>de</strong>ve ser encarado como <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento isolado,mas como <strong>um</strong> elo na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa e, como tal, <strong>um</strong> meioeficiente <strong>de</strong> comunicação”.O formulário é <strong>um</strong> importante meio <strong>de</strong> comunicação, transmissão e registro<strong>de</strong> informações <strong>de</strong>ntro das organizações, principalmente as baseadas em dadosquantitativos, e são utilizados como ferramenta <strong>de</strong> padronização da comunicaçãoindispensável para garantir que se tenha o dado ou informação certa na hora certa.Dentro da organização são utilizados inúmeros formulários <strong>de</strong> acordo com otipo <strong>de</strong> dado ou característica <strong>de</strong> cada <strong>um</strong>, sendo empregados conforme o tipo <strong>de</strong>informação e grau <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> que se preten<strong>de</strong> obter e serão nestesformulários que serão dispostos os dados que irão se transformar em informações.Nas empresas, existe <strong>um</strong> setor ou pessoa responsável pela elaboração<strong>de</strong>stes formulários e posterior transformação dos dados coletados em informações.Estes profissionais <strong>de</strong>vem possuir <strong>um</strong>a visão da totalida<strong>de</strong> da empresa a fim <strong>de</strong>implementar formulários <strong>de</strong> controles a<strong>de</strong>quados e que sejam eficazes na coleta <strong>de</strong>dados (ROCHA, 1987).O excessivo número <strong>de</strong> formulários <strong>de</strong> controle po<strong>de</strong> fazer com que haja aperda do foco e <strong>de</strong>scaracterização da real finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta ferramenta. O ato <strong>de</strong>


68medir e controlar algo que não agregue valor ao processo ou aplicar controlesduplos po<strong>de</strong> levar a <strong>de</strong>scaracterização do objetivo principal <strong>de</strong> obter informaçõesque promovam a retro-alimentação do sistema e garantia do alcance dos resultadospretendidos.Portanto, os instr<strong>um</strong>entos (formulários) <strong>de</strong>vem ser bem planejados,elaborados coletivamente, fundamentados por conhecimento macro da proposta dainstituição. É importante que ao preencher <strong>um</strong> formulário o colaborador tenhaclareza do porque o faz e para que o faz.Julga-se correto afirmar que não é a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formulários que garantea qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua função, mas a qualida<strong>de</strong> da elaboração <strong>de</strong> tal instr<strong>um</strong>ento.Uma vez conhecido e <strong>de</strong>finido o sistema <strong>de</strong> controle, seus tipos, quais ositens <strong>de</strong>verão ser controlados, estipulados também os padrões que servirão <strong>de</strong>referência, os formulários em que serão coletados os dados remete-nos para apróxima fase do sistema que é a avaliação dos itens controlados para, a partir daí,serem avaliados os dados e informações coletadas que servirão para o propósitoprincipal do ato <strong>de</strong> controlar que é o fornecimento <strong>de</strong> informações a<strong>de</strong>quadas para oacompanhamento do processo e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, situação esta que serádiscutida no próximo capítulo referente a avaliação <strong>de</strong> dados.


694.5 AVALIAÇÃO DO CONTROLEA utilização <strong>de</strong> maneira equivocada da ferramenta <strong>de</strong> controle po<strong>de</strong>apresentar <strong>um</strong> caráter negativo <strong>de</strong>ntro das empresas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da forma <strong>de</strong>condução e do objetivo que se busca em sua implementação.Segundo Chiavenato (2004, p. 386), “o controle é utilizado no sentido <strong>de</strong>coibir ou limitar certos tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios in<strong>de</strong>sejáveis ou <strong>de</strong> comportamento nãoaceitos. É o chamado controle social aplicado nas organizações para inibir oindividualismo”.O controle gerencial é <strong>um</strong> esforço sistemático <strong>de</strong> ajustar padrões <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho com objetivos <strong>de</strong> planejamento, projetar sistemas <strong>de</strong> feedback<strong>de</strong> informações, comparar o <strong>de</strong>sempenho presente com os padrões préestabelecidos,<strong>de</strong>terminando se existem <strong>de</strong>svios e medir sua <strong>importância</strong>, einiciar qualquer ação necessária para garantir que todos os recursos daempresa estejam sendo usados <strong>de</strong> modo mais eficaz e eficiente possívelpara o alcance dos objetivos da empresa. (STONER e FREEMAN, 1999, p.440).Por outro lado cada empresa possui suas características particulares e sefaz necessário <strong>de</strong>senvolver diferentes estilos administrativos que melhor atendam aoseu contexto, também os sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>vem ser mo<strong>de</strong>lados para a<strong>de</strong>quarseà empresa que <strong>de</strong>vem servir. (OLIVEIRA, 1998).A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coletar informações com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar os resultados(controlar) é o fechamento do ciclo das funções administrativas. É o momento que,passadas todas as etapas <strong>de</strong> planejamento das ativida<strong>de</strong>s, organização dos meios ea aplicação da <strong>de</strong>vida direção ao processo, chega a hora <strong>de</strong> aferir se os resultados


70atingidos estão <strong>de</strong> acordo com o planejado e a partir daí rodar novamente o ciclo,garantindo o giro, o movimento, que no cotidiano, se bem aplicado não sabemos seé o fim ou o começo.Enquanto o planejamento abre o processo administrativo, o controle serve<strong>de</strong> fechamento. A abrangência do controle po<strong>de</strong> ser em nível global,<strong>de</strong>partamental ou operacional, respectivamente <strong>de</strong>ntro dos planosestratégicos, tático e operacional (CHIAVENATO, 2004, p. 146).Depois <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>radas as características <strong>de</strong> cada nível da empresa, e a<strong>de</strong>finição dos tipos e objetivos <strong>de</strong> controles necessários, é chegada a hora <strong>de</strong> avaliarse eles c<strong>um</strong>prem seu papel e oferecem o resultado pretendido <strong>de</strong>ntro daorganização estudada.


715 ESTUDO DE CASO5.1 PERFIL DA EMPRESAA história da VEGA começou em 19 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1939, foi aí que nasceu aprimeira empresa <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> pavimentação para a Prefeitura doMunicípio <strong>de</strong> São Paulo.Sucessora da Vega & Cia. e Sopave Pavimentação S.A., a Empresa, optoupela inovação, apostando no progresso do país e foi expandindo sua gama <strong>de</strong>serviços.Em 1972, iniciou a operação <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> resíduos domiciliares, contratadapor diversas Administrações Regionais da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.A partir daí, passou a executar serviços <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aeroportuária e industrial, varrição e capinação. Eampliou sua área <strong>de</strong> atuação para outros serviços e outras cida<strong>de</strong>s brasileiras.Em 1977, <strong>de</strong>cidiu-se pela industrialização <strong>de</strong> equipamentos afins, adquirindotecnologia internacional, fabricando usinas <strong>de</strong> beneficiamento e caçambas coletoras,


72não somente para uso próprio, como também para aten<strong>de</strong>r ao mercado interno eexterno.Em 1992, a VEGA resolveu concentrar seus esforços empresariaisexclusivamente na área dos serviços ligados ao meio ambiente. A Empresa vemcontinuamente garantindo e melhorando sua eficiência, segurança e pontualida<strong>de</strong>dos serviços à seus clientes, públicos e privados, através do investimento emtecnologia e profissionalização da equipe, fomentando e implementando idéiaspioneiras, o que será potencializado com o Sistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong>.Em 01 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1997, ocorreu a cisão parcial da Vega Sopave S.A.,gerando a constituição <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova empresa, a Vega Engenharia Ambiental S.A.. Acisão da Vega Sopave S.A. <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> <strong>um</strong> trabalho <strong>de</strong> reestruturação da empresa,tendo como objetivo básico separar as ativida<strong>de</strong>s da Engenharia <strong>de</strong> Construção, quepermaneceram na Vega Sopave S.A. e a <strong>de</strong> Engenharia Ambiental que passaram aser <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> exclusiva da Vega Engenharia Ambiental S.A.A partir <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005, a Vega Engenharia Ambiental S.A.começou a ampliar seus negócios com a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominada Concessão. Sãocriadas novas empresas para prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> Engenharia Ambiental,controladas técnica e financeiramente pela Vega Engenharia Ambiental S.A.; porém,<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> termos contratuais específicos do regime <strong>de</strong> Concessão.As principais ativida<strong>de</strong>s hoje oferecidas na área <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong>Engenharia Ambiental são:


73• Coleta dos seguintes resíduos: domiciliares, hospitalares, farmácias,<strong>centro</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, laboratórios, clínicas veterinárias, <strong>de</strong> varrição e industrial;• Coleta seletiva <strong>de</strong> resíduos;• Varrição <strong>de</strong> vias públicas; capinação; limpeza <strong>de</strong> praias; conservação <strong>de</strong>áreas ver<strong>de</strong>s; limpeza <strong>de</strong> bocas-<strong>de</strong>-lobo, galerias e esgotos; limpeza elavagem <strong>de</strong> vias, logradouros e feiras-livres; serviços <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> guias emuretas <strong>de</strong> proteção e serviços <strong>de</strong> remoções diversas;• Operação e manutenção <strong>de</strong> usinas <strong>de</strong> triagem;• Implantação e Operação <strong>de</strong> plantas para tratamento por esterilização <strong>de</strong>resíduos <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;• Construção e/ ou Operação <strong>de</strong> Aterros Sanitários.O estudo foi baseado na regional RS da empresa, composta pelas unida<strong>de</strong>s:Novo Hamburgo, Canoas, São Leopoldo, Farroupilha e Rio Gran<strong>de</strong>. A seguir, expõeseo organograma da empresa (Regional RS), para melhor entendimento eacompanhamento da estrutura da empresa.


ORGANOGRAMANovo HamburgoSuperinten<strong>de</strong>nte RegionalEngenheira SanitaristaAmbientalFonte: Departamento <strong>de</strong> pessoal da empresaFigura 4: Organograma da empresaPlanej/Controle/Custos- Assist. Contr. Oper. Custos- Aux. Contr. Operac. Custos- EstagiárioOpereracional/ManutençãoOperaçãoAssistente ControleOperacionalFiscal ColetaFiscal VarriçãolManutençãoEncarregado <strong>de</strong> OperaçãoAuxiliar ManutençãoEncarregado ManutençãolAdministraçãoPessoalEnc. PessoalAss. PessoalAss. RHAux. PessoalAdministrativoFinanceiroServiçosGeraisAuxiliarEscritórioAux.Serv.GeraisPortariaZeladoria/LimpezaTesourariaAssistenteTesouraria ISESMTTécnicoSegurançaTrabalhoSuprimentosAssitentesuprimentosAuxiliarSuprimentosMotoristaColetorVarredorCapinadorMecânicoMecânico SocorristaEletricista1/2 Of. Mecân.LavadorBorracheiroSoldadorAprovação:Data: / /REV:00


75Através da análise <strong>de</strong>ste organograma po<strong>de</strong>-se verificar a distribuição dasfunções, a estrutura verticalizada da empresa, bem como a hierarquia daorganização no âmbito regional. Po<strong>de</strong>-se visualizar <strong>de</strong>sta forma a localização, naestrutura, do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Planejamento/Controle/Custos, o qual será alvo daavaliação <strong>de</strong>ste trabalho e que passará a ser abordado no próximo item.5.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR DE PLANEJAMENTO / CONTROLE ECUSTOSO <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Planejamento/Controle/Custos, que neste trabalho seráchamado <strong>de</strong> controle operacional, é responsável por garantir a integrida<strong>de</strong> dosdados gerados por cada setor, sua compilação, alimentação dos softwares eemissão <strong>de</strong> relatórios. Bem como pela manutenção e integração das informaçõesgeradas pela empresa.Na empresa o setor <strong>de</strong> controle operacional esta vinculado à EngenheiraSanitarista e Ambiental que ac<strong>um</strong>ula, também, o cargo <strong>de</strong> controller. Esteprofissional, tem como função analisar as informações geradas, i<strong>de</strong>ntificar possíveisdivergências e apontar soluções para os problemas apresentados.Os dados são coletados, compilados e transformados em informações,através <strong>de</strong> sistemas informatizados específicos. Após serem previamente analisadaspelo controller, essas informações são dispostas em relatórios operacionais.


76O setor <strong>de</strong> controle conta com quatro funcionários que trabalham na coleta ecompilação <strong>de</strong> dados, transformando-os em relatórios que são enviados para asupervisão das unida<strong>de</strong>s, superintendência regional e alta direção da empresa.Este <strong>de</strong>partamento da empresa possui <strong>um</strong>a função <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a <strong>importância</strong> nocontexto do processo <strong>de</strong> controle, pois será através <strong>de</strong>le que se verificará aconsistência dos dados coletados, sua correção e transformação nas informaçõesnecessárias para análise do <strong>de</strong>sempenho do processo operacional e tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão.O controle operacional, a partir <strong>de</strong>sta configuração, ass<strong>um</strong>e o papel <strong>de</strong>gerador <strong>de</strong> informações e também torna-se referência na mensuração, análise efornecimento <strong>de</strong> subsídios para o acompanhamento do processo gerencial.Na empresa em questão, os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho são <strong>de</strong>finidos emprocedimento próprio e ligados com o sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que normatiza os itenscontrolados, forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração e critérios para avaliação, e são <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong>acordo com as características <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida, ou seja, sãofragmentados, não garantindo a circularida<strong>de</strong> do processo.Para cada tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> são <strong>de</strong>terminados os controles necessários paraserem implantados para efetiva informação sobre o <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong> eanalisados nas reuniões gerenciais para acompanhamento dos resultados ea<strong>de</strong>quação, caso necessário, das estratégias ou forma <strong>de</strong> condução do trabalho.


77A opção pela análise <strong>de</strong>ste setor esta diretamente relacionada com o estudorealizado, pois, se a proposta é analisar e constatar a <strong>importância</strong> dos controles<strong>de</strong>ntro da organização, eles <strong>de</strong>vem ser o principal foco <strong>de</strong> avaliação. Será atravésda verificação da eficiência do sistema <strong>de</strong> controle e o encaminhamento dado àsinformações geradas a partir <strong>de</strong>les que tornará possível inferir a análise propostaneste trabalho.5.3 COLETA DE DADOS E GERAÇÃO DE INFORMAÇÕESPor mais amplo que pareça <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> controle ou sistema <strong>de</strong>informações gerenciais, sua essência está na correta e a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>finição dosdados a serem coletados e instituição <strong>de</strong> mecanismos para seu registro e controle. Aempresa tem instituído procedimentos e formulários <strong>de</strong> acordo com cada ativida<strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvida e neles são requeridos os dados que gerarão as informações quecomporão os relatórios gerenciais instituídos pela organização e direção.No setor <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> resíduos existem procedimentos doc<strong>um</strong>entados que<strong>de</strong>finem e orientam como <strong>de</strong>vem ser gerados e coletados os dados que serãoenviados para o setor <strong>de</strong> controle operacional. Os dados são gerados e coletadosatravés <strong>de</strong> computadores <strong>de</strong> bordo, instalados nos veículos, e na ausência <strong>de</strong>ste, éutilizado <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento chamado Ficha <strong>de</strong> Controle da Coleta (Anexo I). Em ambosos casos são registradas informações como turno <strong>de</strong> trabalho, horário <strong>de</strong> início,<strong>de</strong>scarga, intervalo, peso coletado, grupo <strong>de</strong> funcionários que participam daoperação, i<strong>de</strong>ntificação do veículo <strong>de</strong> coleta utilizado, número <strong>de</strong> viagens realizadas,observações adicionais, entre outras.


78Igualmente nas ativida<strong>de</strong>s chamadas <strong>de</strong> apoio operacional (fiscalizaçãooperacional e manutenção <strong>de</strong> veículos) são estabelecidos mecanismos para coleta<strong>de</strong> dados. Na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização operacional on<strong>de</strong> é gerado <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>entochamado <strong>de</strong> Ficha <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Fiscalização (Anexo II), a qual é utilizada pelosfiscais responsáveis pela operação para registro das informaçõesreferente aoandamento e acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s. Os fiscais registram a inspeção,acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s executadas e auxílio em casos <strong>de</strong> anomaliasdurante o trabalho. Também é utilizado <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento chamado ficha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>manutenção, on<strong>de</strong> são registrados os dados do setor <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> veículos(Anexo III) quando do <strong>de</strong>slocamento para prestar atendimento a veículos quepossam apresentar problemas mecânicos durante a execução dos serviços.Uma vez recebidos os dados, o setor <strong>de</strong> controle operacional <strong>de</strong>verácompilá-los inserindo n<strong>um</strong> sistema computacional. Alg<strong>um</strong>as distorções po<strong>de</strong>mocorrer quando do preenchimento equivocado dos formulários, falta <strong>de</strong> registro noscomputadores <strong>de</strong> bordo que aparecerão nos relatórios em forma <strong>de</strong> resultados forados padrões (distorcidos). O referido setor revisa os resultados obtidos com afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrigir possíveis distorções, antes <strong>de</strong> encaminhar ao profissionalcontroller para avaliação final.As informações recebidas nos relatórios servem <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> comparaçãoentre as projeções e metas estipuladas e o real executado através <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho previamente estabelecidos, sendo possível, a partir <strong>de</strong>stes, intervir noprocesso através da adoção <strong>de</strong> ações corretivas para os possíveis <strong>de</strong>svios


79apresentados. Além disso po<strong>de</strong>m ser tomadas ações preventivas para que as metasestipuladas sejam atingidas.5.4 INDICADORES DE DESEMPENHOA empresa opta por gerenciar através <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> gestão daqualida<strong>de</strong>, e enten<strong>de</strong> que a mensuração da sua eficiência e da qualida<strong>de</strong> dosserviços prestados se dá através da quantificação e análise <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho. Baseado n<strong>um</strong> quadro global da empresa, os seus indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho são apresentados no quadro 2.


80ITEMReclamações <strong>de</strong> clientesExpansão <strong>de</strong> negóciosFuncionáriosFornecedoresMeio AmbienteAções corretivasAções preventivasINDICADOR- Coleta domiciliar- Varrição <strong>de</strong> vias- Coleta <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>- Remoção <strong>de</strong> terra e entulho- Limpeza <strong>de</strong> feiras livres- Peso coletado /horas pagas/ mês- KM Varrida/ horas pagas mês- Peso tratado /horas pagas mês- KM percorrida- Peso aterrado- Densida<strong>de</strong>- Novos negócios- Absenteísmo- Aci<strong>de</strong>ntes do Trabalho (TG 1 e TF 2 )- Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito- Rotativida<strong>de</strong>- Concessão <strong>de</strong> certificados <strong>de</strong> parceria a fornecedores- Controle <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> f<strong>um</strong>aça- Prefixo dos veículos- Laudo sobre análise <strong>de</strong> efluentes- Laudo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> diesel- Dado mensal <strong>de</strong> resíduos internos- Levantadas- Encerradas- Em andamento- Levantadas- Encerradas- Em andamentoQuadro 2: Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoFonte: Manual da qualida<strong>de</strong> e procedimentos operacionais da empresa.1 TG: Taxa <strong>de</strong> Gravida<strong>de</strong> do Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Trabalho2 TF: Taxa <strong>de</strong> Freqüência da Ocorrência <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho


81No quadro 2 estão <strong>de</strong>monstrados todos os itens e indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho utilizados pela empresa.Como mencionado anteriormente o foco<strong>de</strong>ste trabalho está direcionado especificamente na análise do sistema <strong>de</strong> controledo serviço <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> resíduos domiciliares, buscando objetivar o presente estudo.Os indicadores cabíveis <strong>de</strong> avaliação se restringem aos apresentados no quadro 3.ITEMINDICADORReclamações <strong>de</strong> clientesExpansão <strong>de</strong> negóciosFuncionários- Coleta domiciliar- Peso coletado /horas pagas/ mês- Absenteísmo- Aci<strong>de</strong>ntes do Trabalho (TG e TF)- Rotativida<strong>de</strong>Quadro 3: Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho – coleta <strong>de</strong> resíduos domiciliaresFonte: Manual da qualida<strong>de</strong> e procedimentos operacionais da empresa.Para cada item avaliado existe <strong>um</strong> formulário e procedimento previamenteestabelecido para a coleta dos dados que serão compilados posteriormente, etransformados em informações para que os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho sejammensurados.5.5 MENSURAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHOA mensuração dos resultados é sem dúvida nenh<strong>um</strong>a o ponto crucial paraefetivação das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro da organização, por isso a empresa estabelece<strong>um</strong>a série <strong>de</strong> procedimentos doc<strong>um</strong>entados <strong>de</strong>monstrando a maneira <strong>de</strong> mensurá-


82los. Cada indicador possui <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> mensuração que será <strong>de</strong>monstrada aseguir.5.5.1 Reclamações <strong>de</strong> clientesPara mensuração do indicador <strong>de</strong> reclamações <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong>ve basear-sena estatística mensal <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> clientes. Este indicador dá-se através <strong>de</strong>ofícios emitidos pela contratante ou através <strong>de</strong> reclamações <strong>de</strong> clientes (munícipes)feitas por intermédio <strong>de</strong> <strong>um</strong> canal <strong>de</strong> comunicação via telefone, amplamentedivulgado, chamado <strong>de</strong> CAC – Central <strong>de</strong> Atendimento ao Cliente o qual, emqualquer manifestação, registra e gera <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento (ANEXO V) que fará parte daestatística mensal <strong>de</strong>ste indicador. Este indicador é exposto por grupo <strong>de</strong> cinqüentamil habitantes e quantificado da seguinte forma:Nº Total <strong>de</strong> reclamações proce<strong>de</strong>ntes_________________________________ ( X 50.000)Nº Total <strong>de</strong> habitantes atendidos


83RECLAMAÇÕES PROCEDENTESCOLETA DOMICILIARNovo Hamburgo4Índice 2005Índice 20063Meta =122100 0 0 00 0 0 0Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezFigura 5: Reclamações proce<strong>de</strong>ntes da coleta domiciliar.Fonte: Material empresa.A figura 5 <strong>de</strong>monstra o acompanhamento do indicador referente areclamações <strong>de</strong> clientes, sendo acompanhado mensalmente e observando o<strong>de</strong>sempenho no período anual.5.5.2 Expansão dos negóciosEste indicador avalia a produtivida<strong>de</strong> do serviço executado, através <strong>de</strong> <strong>um</strong>índice obtido da razão entre a tonelagem total mensal <strong>de</strong> resíduos coletados, pelonúmero total <strong>de</strong> horas pagas aos funcionários durante o mês.


84Tonelagem Total / mês____________________________Nº Total <strong>de</strong> Horas Pagas/mêsA quantificação da tonelagem mensal <strong>de</strong> resíduos coletados é feita atravésda totalização dos valores registrados no doc<strong>um</strong>ento (formulário) <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong>Ficha <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Veículos na Balança (ANEXO IV), nele estão registrados pesocoletado por cada veículo indicando data, hora, peso bruto, tara, peso líquido,número do tíquete emitido na operação, entre outros.Já para a quantificação do número total <strong>de</strong> horas mês são consi<strong>de</strong>radas asseguintes verbas salariais: horas do salário base, <strong>de</strong>scanso semanal, feriadoremunerado, ausência justificada, férias, domingos, feriados, horas extras pagas.Tais verbas são transformadas em horas, através da divisão do valor total pago pelosalário hora da categoria. Do valor total <strong>de</strong> horas, <strong>de</strong>ve ser subtraído o valor dashoras faltas / atrasos injustificados.Na figura 6 verifica-se a utilização <strong>de</strong>ste item controle e <strong>de</strong>monstrado nasreuniões <strong>de</strong> acompanhamento dos indicadores na forma <strong>de</strong> gráfico, sendo possível oacompanhamento da evolução do <strong>de</strong>sempenho referente a este tema.


85EXPANSÃO DOS NEGÓCIOSPRODUTIVIDADE (PESO COLETADO / HORAS PAGAS / MÊS)Coleta DomiciliarNovo Hamburgo0,40,363Índice 2004Índice 20050,350,3540,307 0,311 0,336 0,338 0,3410,3480,3100,322Índice 2006Meta = 0,28Previsão0,30,3080,250,2Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezJunho e Julho / 06 - Coletado 5% a mais <strong>de</strong> resíduos em relação ao mesmo período do ano passado.Agosto / 06 - 700 horas a menos que no mesmo período do ano passado. Quantida<strong>de</strong> coletada praticamente a mesma.Setembro / 06 – 1.550 horas a menos que no mesmo período do ano passado. Quantida<strong>de</strong> coletada praticamente a mesma.Figura 6: Expansão dos negóciosFonte: Material da empresa.5.5.3 FuncionáriosPara po<strong>de</strong>r medir e obter informações referente as variáveis que possaminfluenciar o processo quando se tratando dos funcionário que compõem a empresae mais especificamente o setor <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> resíduos domiciliares, que é foco <strong>de</strong>staanálise, a empresa estabelece alguns indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e estipula suasmetas em relação a estes.Um dos indicadores estabelecido avalia o índice <strong>de</strong> absenteísmo (IAB), seuobjetivo é fornecer a informação do total <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> ausências dos funcionários nomês, relacionadas com falta, atestados e doenças que possam comprometer ouinfluenciar a produtivida<strong>de</strong>. Este indicador é obtido através da razão <strong>de</strong> total <strong>de</strong>


86horas <strong>de</strong> ausência no período pelo total <strong>de</strong> horas pagas e seu resultado multiplicadopor cem, conforme fórmula <strong>de</strong>monstrada abaixo.Total <strong>de</strong> Horas <strong>de</strong> Ausência___________________________ X 100Total e Horas PagasA figura 7 apresenta o gráfico <strong>de</strong> acompanhamento do absenteísmo,apresentado em forma <strong>de</strong> gráfico, contendo, além do <strong>de</strong>sempenho, a mete fixadapara este item <strong>de</strong> controle.ABSENTEÍSMO - MOTORISTASNovo Hamburgo3Índice 2004Índice 2005Meta = 1,88Indice 2006211,000,900,3800,00 0,000,000,00 0,00 0,00Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezFigura 7: Absenteísmo - motoristasFonte: Material da empresa


87Outro indicador verificado no que se refere à monitoração das variáveisreferente aos funcionários esta relacionada com os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho sofridos nomês. Este indicador é obtido computando-se o número <strong>de</strong> dias perdidos poraci<strong>de</strong>ntes ocorridos no mês em relação ao número total <strong>de</strong> horas homemefetivamente trabalhadas.Este indicador é <strong>de</strong>monstrado através da utilização <strong>de</strong> duas taxasresultantes do cruzamento das informações anteriormente citadas, a Taxa <strong>de</strong>Gravida<strong>de</strong> e Taxa <strong>de</strong> Freqüência.A taxa <strong>de</strong> freqüência é <strong>um</strong> índice estatístico, comparativo, utilizado entre asunida<strong>de</strong>s, que reflete o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes a cada milhão <strong>de</strong> horas trabalhadas e<strong>de</strong>monstra a freqüência da ocorrência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes na organização. Como exemplopara entendimento <strong>de</strong>ste índice: se a freqüência for igual a 2, é porque ocorreramdois aci<strong>de</strong>ntes em <strong>um</strong> milhão <strong>de</strong> horas trabalhadas. A seguir é representada afórmula para apuração <strong>de</strong>ste índice.N° <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes com AfastamentoTaxa = ________________________________ X 1.000.000Freqüência Horas Homem Trabalhas MêsA figura 8 apresenta o gráfico <strong>de</strong> acompanhamento do indicador <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong>freqüência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes (TF).


88ACIDENTE DE TRABALHO - TFNovo Hamburgo80706050Ac<strong>um</strong>ulado 2005Ac<strong>um</strong>ulado 2006Índice 2005Índice 2006Meta = 114039,1730201009,303,106,20 6,30 6,803,10 3,10 3,10 3,100 0 0 0 0 00 0Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezNovembro / 05: Coletor Carlos Eduardo Stoffel (16025, torção <strong>de</strong> joelho ao <strong>de</strong>scer do caminhão.Julho / 06: Varredor Daniel Backes (1602584), tendinite no braço.Figura 8: Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho - TFFonte: Material da empresa.Da mesma forma, a taxa <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> é apurada com base nas mesmasinformações, porém com <strong>um</strong> componente extra, são computados os dias perdidospor motivo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho. A taxa <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> é <strong>um</strong> índice estatísticocomparativo que reflete o número <strong>de</strong> dias perdidos, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>trabalho, a cada mil horas trabalhadas, exemplo: se a taxa <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> for igual aCinco, per<strong>de</strong>-se cinco dias em mil horas trabalhadas.N° <strong>de</strong> Dias PerdidosTaxa = ________________________________ X 1.000Gravida<strong>de</strong> Horas Homem Trabalhas Mês


89aci<strong>de</strong>nte (TG).A figura 9 <strong>de</strong>monstra a utilização do indicador <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ACIDENTE DE TRABALHO - TGNovo Hamburgo32,5Ac<strong>um</strong>ulado 2005Ac<strong>um</strong>ulado 2006Índice 2005Índice 20062Meta = 0,901,511,481,361,160,990,790,70,650,591,10,650,610,500 0 0 0 0 00Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezJulho / 06: 15 dias perdidos no mês.Agosto / 06: 31 dias perdidos no mês.Figura 9: Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho - TGFonte: Material da empresa.Também é inferido <strong>um</strong> indicador que <strong>de</strong>monstra a rotativida<strong>de</strong> do quadrofuncional, ou seja, o número <strong>de</strong> funcionários <strong>de</strong>mitidos e admitidos no mês. Esteindicador contribui para a mensuração das variáveis referentes aos funcionários quepo<strong>de</strong>rão intervir no processo produtivo, sendo analisadas nas reuniões mensais paraeste fim, conforme apresentada na figura 10.


90ROTATIVIDADENovo Hamburgo65Índice 2004Índice 2005Indice 2006Meta = 2432,30211,70 1,70 1,701,101,70 1,701,101,700Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezJulho/2006 = 1602643 – Demissão Por Justa Causa, fora do programado, ficando acima da meta o índiceFigura 10: Rotativida<strong>de</strong>Fonte: Material da empresa.Uma vez conhecidos os indicadores e a forma <strong>de</strong> mensuração do<strong>de</strong>sempenho da organização po<strong>de</strong>-se partir para o entendimento da forma como sãomonitorados estes indicadores pelos componentes da empresa, principalmente ostomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, e em que momento são avaliados e discutidos.5.6 MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE DESEMPENHOTodas as informações geradas são analisadas e discutidas em doismomentos e com finalida<strong>de</strong> diferentes. A informação serve para quantificação e<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> valores a serem cobrados junto aos clientes, baseado no vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong>trabalho ou quantida<strong>de</strong> produzida. Por outro lado estas informações também são


91utilizadas como mecanismo <strong>de</strong> controle, aferição e acompanhamento do<strong>de</strong>sempenho a ser abordado nas reuniões gerenciais.A empresa possui <strong>um</strong> planejamento, on<strong>de</strong> metas mensais e quadrimestraissão pré-estabelecidas para os indicadores mensurados. Estas metas sãoquantificadas através <strong>de</strong> ferramentas e técnicas estatísticas.A empresa analisa o <strong>de</strong>sempenho dos indicadores em comparação às metaspré-estabelecidas em reuniões gerenciais. Uma das reuniões gerenciais é a daanálise crítica da direção, realizada mensalmente no âmbito da unida<strong>de</strong> e regional,on<strong>de</strong> são verificados os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho com supervisores eencarregados. Nesta reunião compilam-se todos os dados com intuito <strong>de</strong> mapear o<strong>de</strong>senvolvimento do processo e para que estes transformem-se em instr<strong>um</strong>ento paratomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do caminho e ações a serem adotadas. Todos os dadostransformados em informações e indicadores são analisados individualmente,discutidos verificando sua tendência ou projeção para que se possa, além <strong>de</strong>acompanhar o momento atual, prever e prover as medidas necessárias paradirecionamento <strong>de</strong> seu comportamento.Quadrimestralmente esses indicadores são avaliados n<strong>um</strong>a reunião que érealizada com a diretoria técnica e direção da empresa, juntamente com osuperinten<strong>de</strong>nte regional on<strong>de</strong> é realizada <strong>um</strong>a análise gerencial das informaçõescomo custos, <strong>de</strong>sempenho financeiro e econômico, análises gerais <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>,perspectivas <strong>de</strong> novos negócios. Esta reunião ocorre em nível nacional através <strong>de</strong>encontro e discussão com todos os superinten<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> todas as regionais e são


92avaliados os índices <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s do grupo no Brasil. Nesta reunião asmetas <strong>de</strong>finidas para os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho são revistas (confirmadas oualteradas), como mecanismo para impulsionar o processo <strong>de</strong> melhoria contínua.Além do processo principal, a empresa consi<strong>de</strong>ra alguns processos <strong>de</strong> apoioe realiza a medição e monitoramento dos mesmos, conforme quadro (ANEXO VI)nas reuniões quadrimestrais é acompanhado o <strong>de</strong>sempenho das unida<strong>de</strong>s,acompanhando sua média e sua projeção ou tendência para o futuro.5.7 USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA COLETA DE DADOSAtualmente a coleta <strong>de</strong> dados é realizada, além da utilização <strong>de</strong> formuláriosespecíficos, com o auxílio <strong>de</strong> tecnologia informatizada. Nos caminhões coletoressão instalados computadores <strong>de</strong> bordo on<strong>de</strong> são registradas todas as informaçõesreferentes ao <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong>, da mesma forma que apresentada naficha <strong>de</strong> controle da coleta com a diferença que os dados armazenados são<strong>de</strong>scarregados diretamente em <strong>um</strong> terminal <strong>de</strong> computador.A utilização <strong>de</strong>ste sistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados aperfeiçoa e agiliza acaptação <strong>de</strong> informações, pois não se faz necessário transferir manualmente asinformações para os programas computacionais.Uma nova tecnologia <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados e controle <strong>de</strong> informações estátendo sua implantação testada n<strong>um</strong>a das unida<strong>de</strong>s da empresa. Trata-se dainstalação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> rastreamento via satélite (GPS) nos caminhões da frota


93que realiza a coleta seletiva na cida<strong>de</strong>. O GPS registra a cada minuto todas asinformações referentes a execução da ativida<strong>de</strong>, localização do caminhão, percurso,<strong>de</strong>talhes da topografia do terreno, etc. Servindo como ferramenta que, além <strong>de</strong>registrar os dados, possibilita a interações <strong>de</strong> variáveis que até então somenteseriam possíveis com a utilização <strong>de</strong> controles adicionais e do cruzamento <strong>de</strong> dados.A nova tecnologia fornece informações em tempo real e é acompanhadadiretamente no setor <strong>de</strong> controle on<strong>de</strong> são recebidos os dados, o que agiliza ageração <strong>de</strong> informações e as tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.


94CONSIDERAÇÕES FINAISDurante a observação do processo, mais especificamente o processo <strong>de</strong>coleta domiciliar, buscou-se i<strong>de</strong>ntificar quais os tipos <strong>de</strong> controles utilizados paramensuração do processo existente bem como sua finalida<strong>de</strong>.O setor <strong>de</strong> controle acaba tendo <strong>um</strong>a posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, pois <strong>de</strong>le sãoesperadas as informações capazes <strong>de</strong> ilustrar o andamento do processo. Emboracada setor tenha conhecimento do andamento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, será durante aapresentação e comparação com os indicadores dos <strong>de</strong>mais setores que se po<strong>de</strong>ráter <strong>um</strong>a noção mais completa do resultado que se esta obtendo no contexto geral.Os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho são claramente <strong>de</strong>finidos na organização ediscutidos mensalmente nas reuniões <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong> Análise Crítica da Direção(ACD) e neste momento são comparados <strong>um</strong> a <strong>um</strong> os resultados obtidos com osespecíficos indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho estabelecidos.Um ponto interessante verificado esta relacionado à utilização do sistema <strong>de</strong>rastreamento via satélite para os caminhões, <strong>de</strong>monstrando que a inovação etecnologia estão sendo empregadas para a melhoria e eficiência do processo


95influenciando diretamente na qualida<strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z da coleta <strong>de</strong> dados econsequentemente influenciando no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Ao consi<strong>de</strong>rar a quantida<strong>de</strong> dos controles aplicados e o possível exagero ouescassez <strong>de</strong>stes. Acredita-se que a empresa, apesar <strong>de</strong> possuir <strong>um</strong> númeroconsi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> itens a serem controlados, os mesmos estão dispostos emformulários e sistemas sintetizados, ou seja, unem vários dados nos mesmosformulários e por esta razão não se verifica <strong>de</strong>sproporção em sua utilização. É claroque sempre há espaço para otimização dos sistemas utilizados e <strong>um</strong> exemplo disso,e em fase <strong>de</strong> implantação por parte da empresa, é o rastreamento via satélite dosveículos. Neste sistema boa parte das informações estará sendo fornecidaautomaticamente, não sendo necessário <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r tempo, por menor que seja parao preenchimento e envio <strong>de</strong> doc<strong>um</strong>entação.Ao avaliar o contexto geral <strong>de</strong>ste trabalho, po<strong>de</strong>-se concluir que os controlesestabelecidos pela empresa representam importante ferramenta para a mensuraçãodo processo operacional e, consequentemente, contribuem em muito para oprocesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, processo este claramente estabelecido através dasreuniões da avaliação e acompanhamento, transformando-se em essencialferramenta para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Todo o processo é sujeito a ajuste, pois essa é a principal finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seestabelecer dispositivos e sistemas que o controlem, e acredita-se que possam seradotadas medidas que venham contribuir para seu aperfeiçoamento; contudo, aimpressão final é que o processo ou os controles estabelecidos pela empresa


96c<strong>um</strong>prem seu papel e são fatores contribuintes indispensáveis para que ostomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão possam acompanhar e intervir no processo caso necessário.As reuniões realizadas pela empresa mostram-se <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a <strong>importância</strong> erelevância para ao gerenciamento e processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Como vistoneste trabalho, quando comentado sobre as funções administrativas (planejamento,organização, direção e controle), estas po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem atuar em nos três níveis daempresa (estratégico, tático e operacional), e po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar que, apesar dasreuniões para análise e exposição das informações sobre o controle serem bastanteeficientes, não ocorrem nos <strong>de</strong>mais entes componentes da empresa ou não sãoreproduzidas aos níveis mais baixos da organização para buscarem sua participaçãoe contribuição no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.No estudo realizado fica claro o estabelecimento a<strong>de</strong>quado dos controles emcada <strong>um</strong> dos níveis, coletando os dados pertinentes e necessários para suamensuração, avaliação e capazes <strong>de</strong> serem transformados em informaçõessuficientes para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Outro objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é avaliar os conceitos e práticas dos controlesoperacionais existentes na empresa. Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>ste enfoque centraram-se asobservações e análises no setor <strong>de</strong> coleta domiciliar da empresa, conforme járelatado anteriormente, e verifica-se que os dados passíveis <strong>de</strong> serem coletados sãotrabalhados pela empresa. No tocante as práticas <strong>de</strong> controle percebe-se que nonível operacional e mais precisamente os indivíduos responsáveis pelo registro dosdados nos formulários e sistemas, não possuem <strong>um</strong> entendimento claro da


97<strong>importância</strong> <strong>de</strong>ste processo, ou se existe, sua utilização é vista como <strong>um</strong>a burocraciaa ser enfrentada. Neste sentido mostra-se oportuno o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong>trabalho específico que visaria ampliar o entendimento e participação no processo<strong>de</strong> controle e correção dos <strong>de</strong>svios apresentados. Apesar das ações neste nível docontrole focarem-se no ajuste imediato dos <strong>de</strong>svios apresentados se comparadoscom os padrões, caberia <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> divulgação e ampliação doentendimento da real finalida<strong>de</strong> das ferramentas <strong>de</strong> controle, obtendo <strong>de</strong>ste formamaior participação e aceitação dos indivíduos que na essência são os responsáveispela coleta dos dados a serem analisados.É Importante <strong>de</strong>stacar que novas pesquisam po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas coma finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprimorar o entendimento e buscar melhor avaliação do processo <strong>de</strong>controle como <strong>um</strong> todo.O estudo da quantificação e racionalização dos formulários <strong>de</strong> controle, aampliação do processo <strong>de</strong> análise dos dados controlados e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoaos diversos níveis da empresa, além da racionalização e otimização da coleta <strong>de</strong>dados para alimentação do sistema <strong>de</strong> controle, seriam importantes fontes <strong>de</strong>análise que ampliariam o entendimento e compreensão <strong>de</strong>ste estudo.


98REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBAUREN, Ilse Maria. Gerenciamento da informação: <strong>um</strong> recurso estratégico noprocesso <strong>de</strong> gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1994.CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualida<strong>de</strong> total. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Bloc editores, 1994.CHIAVENATO, Idalberto. Administração teoria, processo e prática. São Paulo:Campus, 1994.CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 3ª ed.São Paulo: Campus, 2004.COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração. Um guia prático paraalunos <strong>de</strong> graduação e pós graduação. Porto Alegre: Bookman, 2005.CRUZ, Ta<strong>de</strong>u. Sistemas <strong>de</strong> informações gerenciais -Tecnologia da informação e aempresa do século XXI. São Paulo: Atlas, 1998.CRUZ, Ta<strong>de</strong>u. Sistemas Organizações & Métodos - Estudo integrado <strong>de</strong> novastecnologias <strong>de</strong> informação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.CRUZ, Ta<strong>de</strong>u. Sistemas, Métodos & Processos. Administrando Organizações pormeio <strong>de</strong> processos e negócio. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.CURY, Antonio. Organização e Métodos: Uma visão holística. 7ª ed , São Paulo:Atlas, 2000.HAMPTON, David R., Administração contemporânea. São Paulo: Makron Books,1992.MOTTA, Fernando C.P. Teoria geral da administração <strong>um</strong>a introdução. SãoPaulo: Pioneira, 2001.OLIVEIRA, Dijalma <strong>de</strong> Pinho Rebolças <strong>de</strong>. Sistemas Orgaizações & Métodos:Uma abordagem gerencial. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.OLIVEIRA, Dijalma <strong>de</strong> Pinho Rebolças <strong>de</strong>. Sistemas, Orgaizações & Métodos:Uma abordagem clássica. São Paulo: Atlas, 1998.


99OLIVEIRA, Dijalma <strong>de</strong> Pinho Rebolças <strong>de</strong>. Planejamento estratégico:conceitosmetodologia e prática. São Paulo: Atlas, 1998.PRODANOV, Cleber Cristiano. Manual <strong>de</strong> metodologia científica. NovoHamburgo: FEEVALE, 2006.ROBBINS, Stephen Paul. Administração: Mudanças e perspectivas. São Paulo:Saraiva, 2003.ROCHA, Luis Osvaldo Leal da. Organizações e métodos: Uma abordagem prática.São Paulo: Atlas, 1987.SIMCSIK, Tibor. OMIS –Organização, Métodos, Informação e Sistema. SãoPaulo: Makron Books, 1992.STONER, James A. F; FREEMAN, Edward R. Administração. 7ª ed. Rio <strong>de</strong>Janeiro: LTC, 1999.WOMACK, James P.; JONES, Daniel T. Mentalida<strong>de</strong> enxuta nas empresas. 7ª ed.São Paulo: Campus, 1998.YIN, Robert K. Estudo <strong>de</strong> Caso: Planejamento e método: Porto Alegre. Bookman,2001.


ANEXOS100


101ANEXO IFICHA DE CONTROLE DA COLETA


102F I C H AD E C O N T R O L E D E C O L E T ATURNO DATA SERVIÇO CÓDIGO C Ó D I G OPREFIXOCOLETA DOMICILIAR ( ) REGIONAL S E T O R( ) DIURNO COLETA VARRIÇÃO ( ) NOME CÓD.( ) NOTURNO _________________ ( )HORÁRIOSAÍDA CHEGADAQUILOMETRAGEMSAÍDA CHEGADAHORÍMETROSAÍDA CHEGADAHORÁRIO DEREFEIÇÃOABASTE-CIMENTOPLACA DO VEÍCULOM A T R Í C U L A D A E Q U I P E D E C O L E T AMOTORISTA COLETOR/AJUDANTE COLETOR/AJUDANTE COLETOR/AJUDANTE COLETOR/AJUDANTE COLETOR/AJUDANTEASUSAR CAMPO DE "OCORRÊNCIAS" PARA RELATAR QUALQUER SITUAÇÃO ATÍPICA NA COLETAVIAGEM HORA KM BALANÇA DESCARGA PESAGEMNº HORA KM Nº HORA KM Nº TÍQUETE LÍQUIDO1ª IT2ª IT3ª IT4ª IT5ª IT6ª ITCOLETA DE FEIRAS LIVRESCHAMADA E ATENDIMENTO DE SOCORROCOD. QUILOMETRAGEM HORÁRIO CÓD. DO HORA DO VEÍCULO HORÁRIOSAIDA SET. CHEGADA CHEGADA INÍCIO TÉRMINO RETORNO SET. DEFEITO DEFEITO SOCORRO CHEGADA TÉRMINOOCORRÊNCIAS


103ANEXO IIFICHA DE CONTROLE DE FISCALIZAÇÃO


104FrenteF I C H A D E C O N T R O L E D E F I S C A L I Z A Ç Ã OD A T A UNIDADE CÓD. HORÁRIOSERVIÇO SAÍDA CHEGADAQUILOMETRAGEM PREFIXO / PLACA MATRÍCULA HORÁRIO DESAÍDA CHEGADA DO VEÍCULO DO FISCAL REFEIÇÃO [18]ABASTEC.[1] [2] [3] [6] [16] [7] [17] [4] [5] AS[19]LOCALVEÍCULO DE FISCALIZAÇÃOHORAKMVEÍCULO FISCALIZADONº DA VIAG. KMFISCALIZAÇÃODURANTE OPROCESSO[8] [9] [10] [11] [12] [13] [14] [15]SETORFISCALIZADOPREFIXOversoSITUAÇÕES DE RETRABALHO - OBSERVAÇÕES DIVERSASSETORO B S E R V A Ç Õ E S[20]I N S P E Ç Ã O F I N A L[21]FISCAL


105ANEXO IIIFICHA DE CONTROLE DE MANUTENÇÃO


106F I C H A D E C O N T R O L E D E M A N U T E N Ç Ã ODATAUNIDADECÓDIGO HORÍMETRO HORÁRIO QUILOMETRAGEM PREFIXO / PLACASERVIÇO SAÍDA CHEGADA SAÍDA CHEGADA SAÍDA CHEGADA DO VEÍCULOHORÁRIO DEREFEIÇÃOABASTECIMENTOL O C A LCHEGADAHORÁRIOSAÍDAKMMATRÍCULADOSOCORRISTAPREFIXOVEÍCULOSOCORRIDOASDESCRIÇÃO DO DEFEITO / OBSERVAÇÕES


107ANEXO IVCONTROLE DE VEÍCULOS NA BALANÇA


108CONTROLE DE VEÍCULOS NA BALANÇAPERÍODO DATA UNIDADE A. R. SERV. BAL. DESC.V.GNº01020304050607080910111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940C.C.L. N. HORACHEGADANºSETORNºTÍQUETEPESAGEMBRUTO TARA LÍQUIDO


109ANEXO VFORMULÁRIO DA CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE


110Central <strong>de</strong> Atendimento ao ClienteCACDATA: _____/______/_____FORMA DE MANIFESTAÇÃO: ____HORA RECEBIDA:______Nº ATEND.:____________Nº RESPOSTA:_________ATENDENTE: _________________Unida<strong>de</strong>/A.R.: Munícipe Contratante TURNO Diurno Noturno FREQUÊNCIA: SETOR: Domiciliar Industrial Hospitalar (GG) Hospitalar (PG) Feiras-livres Remoção Varrição Outros Solicitação Disposição <strong>de</strong> ResíduosManifestante: _______________________________________________________________________________En<strong>de</strong>reço : _________________________________________________________________________________Bairro:______________________________________________________________________________________Ponto <strong>de</strong> Referência: __________________________________________________________________________Telefone: ____________________________Histórico:CódigoManifestação encaminhada em : / / Hora: Responsável / Fiscal (nome e visto)Matrícula do Motorista:Número do Veículo:Investigação do Problema/Ações Tomadas: O que (Providência)Quem (Responsável / Fiscal)Quando (Data)Retorno em : / / Hora: Responsável / Fiscal (nome e visto)Retorno ao Manifestante em: / / Hora: Nome e Visto:Análise da Manifestação:RNC Nº Visto do Analista: Proce<strong>de</strong>nte Não Proce<strong>de</strong>nte InconsistenteData: / /IMP-037-008


111ANEXO VIQUADRO DE MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DOS PROCESSOSANÁLISE CRITICA PELA DIREÇÃO


112ANÁLISE CRÍTICA PELA DIREÇÃOUNIDADE/EMPRESA:QUADRIMESTRALBIMESTRALITEM / PROCESSO DE APOIO:APROVAÇÃO:DATA:REALIZAÇÃO NOS 3 ÚLTIMOS QUADRIMESTRESREALIZAÇÃO NOS 4 ÚLTIMOS MESESSITUAÇÃO / TENDÊNCIAINDICADORMETAMÉDIA OUACUMULADOMÉDIA OUACUMULADOI B ESITUAÇÃOTENDÊNCIACRITÉRIOS PARA AÇÕESE = EXCELENTE : MAIOR QUE 10% DA META = MELHORE/B = NÃO NECESSITA ABERTURA DE PLANO DE AÇÃO OU RNCB = BOM : NA META E ATÉ 10% MELHOR QUE A META = ESTÁVELE/B = ABERTURA DE SAP A CRITÉRIO DA GERÊNCIAI = INSATISFATÓRIO : NÃO ATINGIU A META= PIOR= ABRIR PLANO DE AÇÃO OU RNC, CONFORME PTO-043

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